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Dissertações |
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DIEGO SANTANA JERONIMO DA SILVA
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Perfil de Expressão dos genes da Via WNT de Sinalização em indivíduos com Nefrite Lúpica sob tratamento com imunossupressores: Estudo Prospectivo
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Orientador : PAULA SANDRIN GARCIA
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MEMBROS DA BANCA :
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RAFAEL LIMA GUIMARAES
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DENISE MARIA DO NASCIMENTO COSTA
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RONALDO CELERINO DA SILVA
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Data: 28/02/2023
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A nefrite lúpica (NL) é uma das características clínicas mais comuns do Lúpus Eritematoso Sistêmico e atinge até 70% dos pacientes. Além disso, é um dos sintomas que mais provocam morbimortalidade nos pacientes com a doença. A busca por um biomarcador específico que consiga predizer a resposta e o direcionamento do tratamento da NL é um desafio para a clínica. Entre os biomarcadores propostos, fatores genéticos associados a resposta inflamatória e imunológica têm sido amplamente estudados. Nesse contexto, a Via WNT βcatenina tem sido apontada com papel importante nas doenças inflamatórias e autoimunes. Nesse sentido, o presente trabalho analisou o perfil de expressão gênica de genes da via WNT de sinalização em diferentes momentos durante o tratamento da NL, por meio de um estudo prospectivo. Para isso, foi selecionada uma coorte de 14 pacientes, de acordo com os critérios metodológicos de seleção. A população foi caracterizada por critérios clínico-laboratoriais e realizadas coletas de sangue periférico, para a posterior análise de expressão gênica. As coletas foram realizadas no início e em quatro momentos distintos do segmento de tratamento. Nossos resultados demonstraram que o gene WNT16 apresenta aumento significativo entre o diagnóstico (T=0M) e 3 meses após o segmento da terapia (T=3M) (p = 0.0078). A partir das análises, o estudo indica que o gene WNT16 pode ser um indicador de resposta ao tratamento, participando principalmente no momento de indução à terapia.
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A nefrite lúpica (NL) é uma das características clínicas mais comuns do Lúpus Eritematoso Sistêmico e atinge até 70% dos pacientes. Além disso, é um dos sintomas que mais provocam morbidade e mortalidade nos pacientes com a doença. A busca por um biomarcador mais específico e que consiga predizer a resposta e o direcionamento do tratamento da NL é um desafio para a clínica. Entre os biomarcadores propostos, fatores genéticos associados a resposta inflamatória e imunológicas têm sido amplamente estudados. Nesse contexto, a Via WNT βcatenina tem sido apontada com um papel importante nas doenças inflamatórias crônicas e aut oimunes. A partir disso, o presente trabalho buscou avaliar o perfil de expressão gênica de genes da via WNT de sinalização ( DKKI, SOST, LRP5, WNT2, WNT16 e BMP2) em diferentes momentos durante o tratamento da NL, por meio de um estudo prospectivo. Foram selecionados doze pacientes para o estudo avaliados clinicamente e que estavam de acordo com os critérios do estudo. Além disso,foram realizadas coletas de sangue periférico, para a posterior extração do RNA e síntese do cDNA, e análise de expressão gênica. As coletas foram realizadas no início da terapia de indução para a NL e 3 meses após o segmento de tratamento. Nossos resultados mostraram que o Score do SLEDAI e a dose de prednisona mostraram diferenças estatisticamente significativas quando comparados os tempos 0 e após 3 meses de tratamento (p = 0,01). Entretanto, a análise da expressão gênica não demonstrou diferença significativa entre os genes avaliados nos diferentes momentos avaliados. Desse modo, concluímos que o período de 0 a 3 meses para os parâmetros avaliados não foi suficiente para se obter resultados significativos tanto dos parâmetros clínicos e laboratoriais, quanto para o padrão de expressão dos genes avaliados, necessitando assim de um maior período de acompanhamento da coorte em estudo.
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GIOVANNA BLOISE DE ALMEIDA
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Perfil transcriptômico de lesões de pele de pacientes com Hidradenite Supurativa
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Orientador : LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
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RAFAEL LIMA GUIMARAES
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WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
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Data: 24/03/2023
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A hidradenite supurativa (HS) é uma condição inflamatória da pele caracterizada
clinicamente por nódulos profundos e dolorosos recorrentes, abscessos e tratos
sinusais em áreas com glândulas apócrinas, como axilas, mamas, virilhas e
nádegas. Apesar de muitos avanços recentes, o panorama fisiopatológico da HS
ainda precisa ser esclarecido. Para elucidar a patogênese do HS, foi realizada uma
meta-análise transcriptômica da pele a partir de estudos de sequenciamento de
RNA (RNA-Seq) em pacientes com HS. Os achados corroboram a tríade HS
composta por inflamação exacerbada, diferenciação epitelial alterada e sinalização
do metabolismo desregulado. A regulação positiva de genes específicos, como
KRT6, KRT16, genes da família das serpinas e SPRR3, confirma o envolvimento
precoce dos folículos pilosos e o comprometimento da função da barreira da pele
lesionada de HS. Além disso, os resultados sugerem que as adipocinas podem ser
consideradas biomarcadores de HS e distúrbios relacionados ao metabolismo.
Finalmente, a genotipagem identificou várias mutações em pacientes com HS
sugerindo potenciais novos genes relacionados ao HS associados à forma
esporádica desta doença. No geral, este estudo fornece informações sobre as vias
moleculares envolvidas no HS e identifica potenciais biomarcadores relacionados
à patogênese da HS.
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A hidradenite supurativa (HS) é uma condição inflamatória da pele caracterizada
clinicamente por nódulos profundos e dolorosos recorrentes, abscessos e tratos
sinusais em áreas com glândulas apócrinas, como axilas, mamas, virilhas e
nádegas. Apesar de muitos avanços recentes, o panorama fisiopatológico da HS
ainda precisa ser esclarecido. Para elucidar a patogênese do HS, foi realizada uma
meta-análise transcriptômica da pele a partir de estudos sequenciamento de RNA
(RNA-Seq) em pacientes com HS. Os achados corroboram a tríade HS composta
por inflamação suprarregulada, diferenciação epitelial alterada e sinalização do
metabolismo desregulado. A suprarregulação de genes específicos, como KRT6,
KRT16, genes da família das serpinas e SPRR3, confirma o envolvimento precoce
dos folículos pilosos e o comprometimento da função de barreira na pele lesionada
de HS. Além disso, os resultados sugerem que as adipocinas podem ser
consideradas biomarcadores de HS e distúrbios relacionados ao metabolismo.
Finalmente, a genotipagem identificou várias mutações em pacientes com HS
sugerindo potenciais novos genes relacionados ao HS associados à forma
esporádica desta doença. No geral, este estudo fornece informações sobre as vias
moleculares envolvidas no HS e identifica potenciais biomarcadores relacionados ao
HS.
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ANA BEATRIZ LUCAS DE MOURA RAFAEL
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INVESTIGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS NO GENE CAV-1 COM COMPLICAÇÕES
CEREBROVASCULARES EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM ANEMIA FALCIFORME
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Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
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PAULA SANDRIN GARCIA
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PEDRO LUIZ DE FRANCA NETO
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Data: 31/03/2023
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Dentre as complicações clínicas da anemia falciforme (AF), o acidente vascular
cerebral (AVC) é a de maior gravidade. A ultrassonografia com Doppler
transcraniano (DTC) é uma ferramenta de triagem que estratifica o risco de AVC,
levando ao início da terapia profilática. Entretanto, o DTC apresenta algumas
limitações intrínsecas, sendo necessária a identificação de novos indicadores que o
auxiliem. O CAV1 é um gene interessante para avaliação desse risco e é
responsável por codificar a proteína caveolina-1. Essa proteína regula processos
que estão envolvidos com a fisiopatologia do AVC na AF e está principalmente
envolvida na diminuição da biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), importante
vasodilatador. Para este estudo foram selecionados 3 polimorfismos no gene CAV1:
rs3807989 (G>A), rs7804372 (T>A) e rs1997623(A>C). Selecionamos 339
indivíduos com AF menores de 20 anos de idade acompanhados na Fundação de
Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), Recife-PE. As
genotipagens para os polimorfismos ocorreram por PCR em tempo real com
discriminação alélica utilizando sondas TaqMan no aparelho QuantStudio® 5. Os
polimorfismos rs3807989 e rs7804372 não se mostraram associados
estatisticamente com as variáveis analisadas. Já o rs1997623 demonstrou
associação estatisticamente relevante com o AVC (p=0,003) e Doença
Cerebrovascular (P=0,011). Além disso, o alelo selvagem "A" demonstrou estar mais
relacionado com o AVC (P = 0.0032; OR: 2.568; IC: 1.374 – 4.655) e com a DCV (P
= 0.0092; OR: 1.950; IC: 1.205 – 3.160) quando comparado ao alelo variante "C".
Estes achados conferem ao rs1997623 um caráter protetivo contra essas condições
avaliadas, sendo necessários ainda estudos futuros para a confirmação destes
resultados visto que o AVC é uma doença multifatorial.
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Dentre as complicações clínicas da anemia falciforme (AF), o acidente vascular cerebral (AVC) é a de maior gravidade. A ultrassonografia com Doppler transcraniano (DTC) é uma ferramenta de triagem que pressagia o risco de AVC, levando ao início da terapia profilática, mas apresenta algumas limitações intrínsecas, sendo necessária a identificação de novos indicadores que o auxiliem. O CAV1 um interessante modulador molecular para avaliação desse risco sendo responsável por codificar a proteína caveolina-1, que regula vias de sinalização e processos que estão envolvidos com a fisiopatologia do AVC na AF, principalmente por regular negativamente a biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), importante vasodilatador. Para este estudo foram selecionados 3 polimorfismos no gene CAV1: rs3807989, rs7804372 e rs1997623. Selecionamos 339 indivíduos com AF menores de 20 anos de idade acompanhados na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), Recife-PE. As genotipagens para os polimorfismos ocorreram por PCR em tempo real com discriminação alélica utilizando sondas TaqMan no aparelho QuantStudio® 5. Os polimorfismos rs3807989 e rs7804372 não se mostraram associados estatisticamente com as variáveis analisadas. Já o rs1997623 demonstrou associação estatisticamente relevante com o AVC (p=0,003) e Doença Cerebrovascular (P=0,011). Além disso, o alelo selvagem "A" demonstrou estar mais relacionado com o AVC (P = 0.0032; OR: 2.568; IC: 1.374 – 4.655) e com a DCV (P = 0.0092; OR: 1.950; IC: 1.205 – 3.160) quando comparado ao alelo mutado "C", conferindo ao rs1997623 caráter protetivo contra essas condições avaliadas, sendo necessários ainda estudos futuros para a confirmação destes resultados visto que o AVC é uma doença multifatorial.
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DANÍZIA MENEZES DE LIMA SILVA
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Investigação da associação de polimorfismos nos genes MMP2 e MMP9 com complicações cerebrovasculares em pacientes pediátricos com anemia falciforme
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Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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BETANIA LUCENA DOMINGUES HATZLHOFER
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PEDRO LUIZ DE FRANCA NETO
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WILL DE BARROS PITA
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Data: 31/03/2023
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As metaloproteinases de matriz 2 e 9, são responsáveis pela remodelação da matriz
extracelular além de estarem diretamente relacionadas com processos inflamatórios
e de caráter neurológico, o que as coloca como grandes candidatas a moduladoras
da fisiopatologia da anemia falciforme (AF), em especial das complicações de caráter
cerebrovascular. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência e possível
associação dos polimorfismos nos genes MMP2 e MMP9 com o desenvolvimento de
complicações cerebrovasculares em pacientes pediátricos com AF. No estudo foram
incluídos 364 pacientes pediátricos entre 2 e 20 anos (mediana de idade de 14 anos)
acompanhados na fundação HEMOPE, e foi realizada a genotipagem para os
polimorfismos rs243865 do gene MMP2 e rs17576 do gene MMP9 por meio de PCR
em tempo real com sondas TaqMan®. Nenhuma associação foi observada entre o
polimorfismo rs243865 com as complicações cerebrovasculares e variáveis
laboratoriais analisadas no estudo. Já em relação ao polimorfismo rs17576 não foram
observadas associações com as complicações cerebrovasculares em questão, mas
foi observada uma associação com as variáveis laboratoriais: número de células
vermelhas (RBC) p=0,032, bilirrubina total (BT) p=0,003 e bilirrubina indireta p=0,007
nos trazendo hipóteses sobre uma possível participação da MMP9 com o perfil
hemolítico da doença. De forma geral, a influência de ambos os genes quanto ao
desenvolvimento das complicações cerebrovasculares na AF precisam ser melhores
investigados em diferentes populações
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As metaloproteinases de matriz 2 e 9, são responsáveis pela remodelação da matriz extracelular além de estarem diretamente relacionadas com processos inflamatórios e de caráter neurológico, o que as coloca como grandes candidatas a moduladoras da fisiopatologia da anemia falciforme (AF), em especial das complicações de caráter cerebrovascular. Este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto e possível associação dos polimorfismos nos genes MMP2 e MMP9 com o desenvolvimento de complicações cerebrovasculares em pacientes pediátricos com AF. No estudo foram selecionados 364 pacientes pediátricos entre 2 e 20 anos (mediana de idade de 14 anos) acompanhados pela fundação HEMOPE, e foi realizada a genotipagem para os polimorfismos -1306 C>T (rs243865) do gene MMP2 e rs17576 do gene MMP9 por meio de PCR em tempo real com sondas TaqMan®. Nenhuma associação foi observada entre o polimorfismo rs243865 com as variáveis clinicas e laboratoriais analisadas. Já em relação polimorfismo rs17576 apesar de não ter sido observada uma associação com nenhuma variável clínica, uma associação inusitada com três variáveis laboratoriais foi encontrada; número de células vermelhas (RBC) p=0,032, bilirrubina total (BT) p=0,003 e bilirrubina indireta p=0,007.De forma geral esses resultados nos trazem reflexões controvérsias sobre a real participação das gelatinases da modulação da AF abrindo fronteiras para novas análises através de novas perspectivas.
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REBECA MICAELA DA SILVA
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Análise da expressão dos genes que codificam os receptores de estrógeno α e β (ESR1 e ESR2) e sua correlação com a expressão gênica dos marcadores inflamatórios NLRP3 e IL-1β em mulheres com síndrome metabólica na pós-menopausa
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Orientador : JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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BRUNO DE MELO CARVALHO
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PAULA SANDRIN GARCIA
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RONALDO CELERINO DA SILVA
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Data: 30/06/2023
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A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada pela associação de patologias cardiometabólicas como obesidade, hipertensão, dislipidemia e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e essas ocasionam individualmente um estado pró-inflamatório crônico de
baixo grau. Um maior risco de desenvolvimento da SM é observado na pós- menopausa, uma vez que a redução nos níveis de 17β-estradiol (E2), nessa fase
reprodutiva, pode influenciar no metabolismo de lipídeos, glicose e insulina. Essa influência depende da ligação do E2 aos receptores de estrógeno α e β, codificados pelos genes ESR1 e ESR2. Sendo assim, este trabalho visou investigar a expressão relativa dos genes ESR1 e ESR2 em mulheres pós-menopausadas com SM e como essa se correlaciona com a expressão dos marcadores inflamatórios NLRP3 e IL-1β. Mulheres com SM, que formavam o grupo de estudo, tiveram uma redução na expressão do gene ESR1 (FC = -2,02; p = 0,0466) em comparação ao controle saudável. Entre o grupo de estudo, as mulheres com obesidade apresentaram um aumento na expressão de ESR2 (FC = 1,61; p = 0,0004) em comparação às com sobrepeso, enquanto às com DM2 uma redução na expressão de ESR1 (FC = -1,87; p = 0,0071) em comparação às sem DM2. Adicionalmente, correlações positivas foram observadas entre a expressão do gene NLRP3 com ESR1 (rs = 0,4113; p = 0,0379) e a circunferência abdominal (rs = 0,4099; p = 0,0303). Por sua vez, o avanço da faixa etária esteve negativamente correlacionado com a expressão dos genes ESR1 (r = - 0,4218; p = 0,0181) e ESR2 (rs = -0,5405; p = 0,0064).
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A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada pela associação de patologias
cardiometabólicas como obesidade, hipertensão, dislipidemia e Diabetes Mellitus tipo
2 (DM2). A alteração nos níveis de estrógenos pode estar relacionada ao
desenvolvimento da SM, uma vez que estes influenciam na homeostase do
metabolismo de lipídeos, glicose e insulina, e reduzem o risco de desenvolvimento de
doenças cardiometabólicas. Os mecanismos de ação desses hormônios dependem
da ligação aos receptores de estrógeno α e β, codificados pelos genes ESR1 e ESR2.
Sabendo que mulheres na fase reprodutiva apresentam níveis de estrógeno diferentes
das mulheres na pós-menopausa, este trabalho visa investigar a expressão relativa
dos genes ESR1 e ESR2 na pós-menopausa em relação à SM, através da técnica de
RT-qPCR. No presente estudo, a expressão de ESR1 foi reduzida nas mulheres com
SM na pós-menopausa, com um leve aumento da expressão do gene ESR2, ambos
em comparação ao controle saudável na pós-menopausa, contudo não foram
observadas diferenças estatisticamente significativas. Nas patologias subdivididas, a
expressão de ESR1 teve uma leve redução em pacientes com obesidade e DM2,
enquanto a expressão de ESR2 foi reduzida em pacientes com dislipidemia e DM2,
também sem diferenças estatisticamente significativas. Ambos os genes se
apresentaram reduzidos de acordo com o avanço dos anos em menopausa e da faixa
etária. Essa redução pode resultar na perda de efeitos protetivos ao desenvolvimento
das patologias cardiometabólicas da ação dos estrógenos sob os seus receptores.
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JOSE PEREIRA DOS SANTOS JUNIOR
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Diagnóstico genético diferencial para doenças raras em Pernambuco
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Orientador : JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
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VERIDIANA MUNFORD
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WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
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Data: 25/07/2023
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Doenças Raras (DR) afetam até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos,
geralmente possuem curso clínico crônico, progressivo e muitas vezes incapacitante,
onde o tempo do diagnóstico é determinante para a qualidade de vida. O objetivo
deste trabalho foi realizar o rastreamento genético de mutações associadas ao
Xeroderma Pigmentoso (XP) e a síndrome cardiofaciocutânea (CFC), visando
caracterizar as variantes gênicas e auxiliar o diagnóstico precoce e a redução dos
danos aos pacientes. Neste estudo, analisamos portadores de XP gêmeos
monozigóticos, com quadros clínicos e graus de evolução da doença diferentes.Foi
realizada a genotipagem utilizando STRs autossômicos e Y-STRs, para confirmar a
irmandade com uma probabilidade de >0.99%, bem como a monozigosidade dos
gêmeos. Além disso, foi realizada identificação de mutação no gene XPV/POLH
(c.672_673insT) por exoma, com mudança de aminoácido de leucina para serina
(p.Leu225Serfs*33), classificada como deletéria a função do gene. Também foram
analisados casos de pacientes com diagnóstico clínico da CFC, e nesses casos foi
realizado o sequenciamento Sanger do éxon 2 do gene HRAS para iniciar o processo
de diagnóstico diferencial, permitindo direcionar o diagnóstico para outros genes.
Através deste estudo, foi possível reforçar a importância do diagnóstico genético para
DR, além de determinar pela primeira vez no estado de Pernambuco, a mutação
associada ao XP em gêmeos monozigóticos, que auxiliará na melhoria da qualidade
de vida dos pacientes, bem como na investigação de novos casos e redução de casos
graves.
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O Xeroderma Pigmentoso (XP) é uma condição genética rara, caracterizada pelo aumento da sensibilidade aos raios ultravioleta e maior predisposição ao desenvolvimento de tumores, devido a mutações em genes relacionados com o reparo do DNA. Em doenças genéticas monogênicas, é raro que pacientes gêmeos monozigóticos apresentem fenótipos diferentes. Assim, o objetivo desse trabalho, foi identificar e classificar a mutação associada a XP em pacientes gêmeos monozigóticos no estado de Pernambuco, visando caracterizar a mutação que ocorre no estado, bem como, auxiliar no diagnóstico precoce e possibilitar a redução de casos graves. Para identificar a mutação, foi realizado um exoma, utilizando painel customizado de genes de reparo, com mutação confirmada por sequenciamento convencional. Para confirmar a monozigozidade, foi realizada a genotipagem utilizando STRs autossômicos e Y-STRs. Neste estudo, identificamos portadores de XP gêmeos monozigóticos, com quadros clínicos e graus de evolução da doença diferentes. A genotipagem confirmou a irmandade, com uma probabilidade >0.999999, bem como a monozigosidade dos gêmeos. Através do exoma foi possível identificar a inserção de uma timina na região codificadora do gene XPV/POLH (c.672_673insT), com mudança de aminoácido de leucina para serina (p.Leu225Serfs*33), classificada como deletéria a função do gene. Portanto, foi possível determinar pela primeira vez no estado de Pernambuco, a mutação associada a XP em gêmeos monozigóticos, que auxiliará na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, bem como, na investigação de novos casos e redução de casos graves.
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MARIA LUIZA SALUSTIANO BANDEIRA
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ANÁLISE DA EXPRESSÃO DIFERENCIAL DAS ISOFORMAS DO GENE TP73 EM PACIENTES COM CORE BINDING FACTOR LEUKEMIA
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Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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ISABEL WEINHÄUSER
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JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
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JUAN LUIZ COELHO DA SILVA
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Data: 18/09/2023
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Homólogo do TP53, o gene TP73 possui dois promotores distintos (P1 e P2),
gerando diferentes transcritos com diferentes funções. Quando a transcrição é
iniciada em P2, resulta na isoforma sem o domínio de transativação, a ΔNp73. Ela
pode se ligar aos sítios de ligação ao DNA da p53 e TAp73 (isoforma completa), mas
é incapaz de induzir a transcrição. Logo, o que parece caracterizar a atividade
oncogênica do gene é o balanço crítico entre a TAp73 e a ∆Np73. Nas leucemias
mieloides agudas (LMA) com alterações do tipo core binding fator (CBF), as duas
isoformas são expressas, mas o significado clínico ainda não foi descrito. Assim,
objetivamos avaliar o impacto prognóstico do balanço ΔNp73/TAp73 em pacientes
com LMA-CBF. Amostras de pacientes com LMA e LMA-CBF tratados em centros de
referência pernambucanos (CAAE: 47769821.7.0000.5208) foram submetidas à
análise da expressão relativa das isoformas por qPCR. No total, 122 pacientes LMA
foram incluídos, sendo 24 deles LMA-CBF. Considerando todos os pacientes, a alta
razão ΔNp73/TAp73 foi associada com uma menor sobrevida global em 5 anos
(P=0,002) e sobrevida livre de doença (P=0,014). Semelhantemente, a sobrevida
global foi significativamente menor nos pacientes com LMA-CBF com alta razão
(18,7%) em comparação com aqueles com baixa razão (41,6%) (P=0,008). Em
resumo, o aumento da razão de expressão relativa ΔNp73/TAp73 está associada a
um pior desfecho clínico em pacientes com LMA-CBF.
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O gene TP73 foi descrito pela primeira vez como o primeiro homólogo do gene
supressor de tumor TP53. Devido ao uso de dois promotores distintos e splicings
alternativos na região carboxi-terminal do gene, este pode gerar diferentes
transcritos com, consequentemente, diferentes funções. Diferentemente do seu
homólogo TP53, o que parece caracterizar a atividade oncogênica do TP73 é o
balanço crítico de suas isoformas, particularmente a isoforma completa TAp73, que
possui o domínio de transativação conservado, e sua contraparte truncada, ∆Np73.
Essa relação é comumente associada com o prognóstico de várias neoplasias
humanas, incluindo neoplasias hematológicas. Nas leucemias mieloides agudas
(LMA) com alterações genéticas recorrentes do tipo core binding fator (CBF), as
duas isoformas são expressas, mas o significado clínico ainda não foi descrito.
Desta forma, o objetivo do trabalho é determinar o impacto prognóstico do balanço
ΔNp73/TAp73 em pacientes com LMA do tipo CBF. Inicialmente, utilizamos duas
bases de dados públicos (TCGA e AMLCG2008) contendo informações sobre o
transcriptoma de pacientes CBF para avaliar os níveis de expressão das isoformas.
Na coorte TCGA, oito isoformas estavam expressas. De maneira correspondente, 14
isoformas estavam expressas na coorte AML2008, sendo 10 delas correspondentes
as formas clássicas TAp73 e ΔNp73. Em seguida, amostras de medula óssea de
pacientes CBF diagnosticados e tratados em centros de referência brasileiros foram
submetidas à análise da expressão relativa para isoformas de TP73 por qPCR. Até o
momento, foram incluídos pacientes atendidos na Fundação HEMOPE e no Hospital
do Câncer de Pernambuco (CAAE: 47769821.7.0000.5208). A expressão relativa
das isoformas foi avaliada separadamente como fator prognóstico na coorte de
estudo, bem como a razão ΔNp73/TAp73. Pacientes com alta razão ∆Np73/TAp73
possuíram sobrevida global significativamente menor do que aqueles com baixa
razão (p = 0,008), bem como a expressão isolada de ∆Np73 (p = 0,005). A análise
univariada confirmou que a alta razão ∆Np73/TAp73 (p = 0,012) e a expressão
isolada de ∆Np73 (p = 0,008) foram associadas com uma pior sobrevida global.
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ANA CLÁUDIA MENDONÇA DOS ANJOS
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MODULADORES GENÉTICOS DA DOENÇA CEREBROVASCULAR EM POPULAÇÃO PEDIÁTRICA COM ANEMIA FALCIFORME
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Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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RAFAEL LIMA GUIMARAES
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JOSEFINA APARECIDA PELLEGRINI BRAGA
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MAGNUN NUELDO NUNES DOS SANTOS
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Data: 26/09/2023
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O acidente vascular cerebral (AVC) é uma complicação da anemia falciforme (AF), doença genética mais comum no mundo, relacionada com alta morbidade e mortalidade. Atualmente, a única ferramenta disponível para rastrear o risco de AVC em crianças com AF é o Doppler Transcraniano (DTC). Apesar de suas vantagens, a técnica apresenta algumas limitações que restringem sua capacidade de identificação precoce de pacientes com maior risco. Vários estudos sugerem que alterações em genes não relacionados com a mutação primária da AF possam modular o quadro clínico dos pacientes, contribuindo para o desenvolvimento do AVC. Este trabalho investigou polimorfismos em genes cujas proteínas são importantes na fisiopatologia da AF associados ao risco do desenvolvimento do AVC. Os polimorfismos selecionados foram ANXA2 (rs11853426), TEK (rs489347), TGFBR3 (rs284875), ADCY9 (rs2238432), ENPP1 (rs1044498), a deleção da alfa talassemia (-α3.7Kb) e hapótipos do gene da BS-globina. Foram selecionados para o estudo 403 pacientes com AF menores de 20 anos de idade em acompanhamento regular na Fundação HEMOPE. Os perfis clínicos e laboratoriais foram extraídos dos prontuários clínicos. Os polimorfismos selecionados foram genotipados utilizando Polymerase chain reaction (PCR) em tempo real por discriminação alélica. A pesquisa da deleção da (-3.7-kb foi realizada pela técnica gap-PCR e a determinação dos haplotiplos da βs-globina pelo método de PCR, seguido de análise de restrição. Observamos em nosso estudo que níveis aumentados de HbF tiveram impacto estatístico significativo na diminuição do risco do AVC (p<0,001), assim como níveis menores de leucócitos (p<0,033). O efeito protetor da alfa talassemia contra a ocorrência do AVC não foi estabelecido em nossa população, provavelmente pela pequena quantidade de análises realizadas. Ao avaliarmos os pacientes que desenvolveram AVC com os resultados do DTC, observamos que 34,38% tinham DTC AR (p<0,0001). Esta correlação é confirmada pela literatura. Em nossa coorte há predominância do haplótipo CAR/CAR (57,8%), refletindo na gravidade da doença nestes pacientes, uma vez que 39,8% dos pacientes apresentaram mais que dois episódios de crise álgica ao ano. Não encontramos associação dos haplótipos e nem dos polimorfismos dos genes candidatos com a ocorrência da DCV, provavelmente tornando-os ferramentas não elegíveis na identificação do risco de DCV em nossos pacientes. Os resultados deste estudo indicam que o background genético dos pacientes em nossa população pode alterar a influência dos modificadores genéticos da AF, tornando nossa população adequada para o estudo de variantes genéticas e seus efeitos no desfecho clínico.
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O acidente vascular cerebral (AVC) é uma complicação da anemia falciforme (AF), doença genética mais comum no mundo, relacionada com alta morbidade e mortalidade. Atualmente, a única ferramenta disponível para rastrear o risco de AVC em crianças com AF é o Doppler Transcraniano (DTC). Apesar desuas vantagens, a técnica apresenta algumas limitações que restringem sua capacidade de identificação precoce de pacientes com maior risco. Vários estudos sugerem que alterações em genes não relacionados com a mutação primária da AF possam modular o quadro clínico dos pacientes, contribuindo para o desenvolvimento do AVC. Este trabalho propõe-se investigar polimorfismos em genes cujas proteínas são importantes na fisiopatologia da AF associados ao risco do desenvolvimento do AVC. Os polimorfismos selecionados são ANXA2 (rs11853426), TEK (rs489347), TGFBR3 (rs284875), ADCY9 (rs2238432), ENPP1 (rs1044498), a deleção da alfa talassemia (-α
3.7Kb) e hapótipos do gene da BS-globina. Foram selecionados para o estudo 403 pacientes com AF menores de 20 anos de idade em acompanhamento regular na Fundação HEMOPE. Os perfis clínicos e laboratoriais foram extraídos dos prontuários clínicos. Os polimorfismos selecionados foram genotipados utilizando Polymerase chain reaction (PCR) em tempo real por discriminação alélica. A pesquisa da deleção da (-3.7-kb foi realizada pela técnica gap-PCR e a determinação dos haplotiplos da β s -globina pelo método de PCR, seguido de análise de restrição. Observamos em nosso estudo que níveis aumentados de HbF tiveram impacto estatístico significativo na diminuição do risco do AVC (p<0,001), assim como níveis menores de leucócitos (p<0,033). O efeito protetor da alfa talassemia contra a ocorrência do AVC não foi estabelecido em nossa população, provavelmente pela pequena quantidade de análises realizadas até o momento. Ao avaliarmos os pacientes que desenvolveram AVC com os resultados do DTC, observamos que 34,38% tinham DTC AR (p<0,0001). Esta correlação é confirmada pela literatura. Em nossa coorte há predominância do haplótipo CAR/CAR (57,8%), refletindo na gravidade da doença nestes pacientes, uma vez que 39,8% dos pacientes apresentaram mais que dois episódios de crise álgica ao ano. Não encontramos associação dos haplótipos e nem dos polimorfismos dos genes candidatos com a ocorrência da DCV, provavelmente tornando-os ferramentas não elegíveis na identificação do risco de DCV em nossos pacientes. Os resultados preliminares deste estudo indicam que o background genético dos pacientes em nossa população pode alterar a influência dos modificadores genéticos da AF, tornando nossa população adequada para o estudo de variantes genéticas e seus efeitos no desfecho clínico.
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BEATRIZ MELO CORDEIRO
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Análise de associação de SNPs e Haplótipos em pacientes com COVID-19 no estado de Pernambuco, Brasil
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Orientador : SÉRGIO DE SÁ LEITÃO PAIVA JÚNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
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AUGUSTO SCHRANK
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WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
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Data: 29/09/2023
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Desde o primeiro caso de pneumonia súbita em Wuhan, China, em 2019,
posteriormente identificado como COVID-19, causado pelo SARS-CoV-2,
pesquisadores buscam entender sua rápida disseminação e variedade de sintomas.
O genoma do hospedeiro influencia a dinâmica da doença, tornando a análise
genômica associativa essencial. O sequenciamento completo do exoma (WES)
oferece bom custo-benefício e confiabilidade para esse tipo de estudo. Este trabalho
investigou variantes genéticas associadas à COVID-19 em 63 amostras caso e 36
controle de pacientes de Pernambuco, Brasil, através da coleta de amostra
sanguínea e realizando WES. Os dados foram analisados com critérios de
qualidade, incluindo filtragem das variantes encontradas, Equilíbrio de Hardy
Weinberg e correção de Bonferroni. Das 10.529 variantes, nenhuma foi significativa
individualmente. A análise haplotípica identificou 16 haplótipos significativos,
envolvendo 62 loci em 59 genes de 11 cromossomos. Quatro foram associados à
suscetibilidade e doze à proteção à COVID-19. Alguns genes já associados à
resposta imunológica à COVID-19 foram confirmados, contudo, variantes em genes
ainda não associados também foram identificadas. Nossos resultados indicam dois
novos locus cromossômicos, 6p21.31 e 11p15.4, associados à suscetibilidade e
proteção à doença, respectivamente. Além dos novos haplótipos associados ao
acometimento ou proteção da COVID-19, este estudo apresenta novos genes a
serem explorados, expandindo o conhecimento sobre a resposta do hospedeiro ao
SARS-CoV-2.
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Mostrar Abstract
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Desde o primeiro caso repentino de pneumonia no final de 2019 em Wuhan,
na China, que posteriormente foi determinada como COVID-19, causada por um novo
coronavírus nomeado SARS-CoV-2, pesquisadores do mundo todo se dedicaram a
descobrir como e porquê essa doença alcançou níveis epidêmicos tão altos e
apresentava tanta variação na resposta imunológica das pessoas acometidas,
variando de assintomáticos a óbito. De acordo com o histórico de que o genoma do
hospedeiro interfere na relação doença-indivíduo, estudos de associação genômica
dos pacientes acometidos por COVID-19 se tornou uma das principais fontes para o
entendimento do desenvolvimento dessa doença e o sequenciamento completo do
exoma (WES) se mostrou ótima ferramenta para a obtenção desses resultados. Este
trabalho teve como objetivo investigar, através do WES, genótipos/haplótipos
potencioalmente relacionados a COVID-19 de 99 indivíduos no estado de
Pernambuco, Brasil. Como resultado foram encontrados 10.529 SNPs, sendo 376 em
equilíbrio de Hardy-Weinberg, entretanto, nenhum passou pela correção estatística de
Bonferroni. Dos 111 haplótipos encontrados, 16 foram estatisticamente significativos.
Sugerimos 6p21.31 e 11p15.4 como novos candidatos a locus de associação a
suscetibilidade e proteção, respectivamente, e os haplótipos TTCGGTAACA
(cromossomo 6) e AACGGTCGA (cromossomo 1) mostraram associação
estatisticamente significativa à suscetibilidade e proteção, respectivamente.
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ALEXSANDRO PEDRO DA SILVA
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Investigação da associação dos polimorfismos rs10754558 e rs4612666 no gene NLRP3 com a ocorrência de
complicações clínicas em pacientes com anemia falciforme
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Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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EDIS BELINI JUNIOR
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MAGNUN NUELDO NUNES DOS SANTOS
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PAULA SANDRIN GARCIA
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Data: 20/10/2023
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A anemia falciforme (AF), doença causada por uma mutação em homozigose no gene
da beta globina e formação de uma variante estrutural da hemoglobina (HbS), é
caracterizada por quadro hemolítico e inflamatório crônico desencadeando
sintomatologia heterogênea entre os pacientes. O grupo heme, liberado na hemólise,
promove a ativação do inflamassoma NLRP3 culminando na liberação de IL-1β e IL-
18. Polimorfismos no gene NLRP3 já foram associados com doenças inflamatórias e
podem estar relacionados com a fisiopatologia da AF. Dessa forma, neste estudo foi
avaliada a associação dos polimorfismos rs10754558 e rs4612666 do gene NLRP3
em 880 indivíduos (58% adultos e 42% pediátricos) com AF atendidos no HEMOPE.
As genotipagens foram realizadas utilizando sondas TaqMan®. No grupo pediátrico,
o SNP rs10754558 foi associado com menor frequência de sequestro esplênico nos
pacientes de genótipo CC (p = 0,003; OR: 0,42; IC 95%: 0,24 – 0,73) e alelo C (p =
0,009; OR: 0.60; IC 95%: 0,42 – 0,88). Além disso, o rs10754558 também foi
associado com maior frequência de priapismo (p = 0,047; OR: 2,58; IC 95%: 1,04 –
6,37). O polimorfismo rs1075455 já foi relacionado com a expressão do NLRP3 e com
os níveis de IL1β e IL-18, podendo contribuir para a regulação da resposta inflamatória
e fisiopatologia da AF. Dessa forma, esses resultados apontam o polimorfismo
rs10754558 do gene NLRP3 como um potencial modulador de risco para
complicações clínicas de pacientes com AF.
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Mostrar Abstract
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A anemia falciforme (AF) é uma doença causada por uma mutação no gene da beta
globina levando à produção de uma hemoglobina alterada (HbS). A doença é
caracterizada por quadro hemolítico e inflamatório crônico causando complicações
que variam entre os pacientes. Estudos mostram que o grupo heme e hemoglobina
livres promovem fortemente a ativação do complexo inflamassoma NLRP3
culminando na liberação de IL-1β e IL-18. Com isso, a investigação de polimorfismos
no gene NLRP3 pode fornecer mais informações sobre a fisiopatologia da AF. Foram
incluídos no estudo 880 indivíduos com acompanhamento regular no HEMOPE, sendo
511 (58%) indivíduos maiores de 18 anos e 369 (42%) até os 18 anos de idade. Foram
genotipados os SNPs rs10754558 e rs4612666 do gene NLRP3 por meio de qPCR
utilizando sondas TaqMan®. No grupo de pacientes adultos, não encontramos
associação entre os SNPs e as complicações clínicas analisadas. No grupo pediátrico,
o SNP rs10754558 foi associado com menor frequência de sequestro esplênico nos
pacientes de genótipo CC (p = 0,003; OR: 0,42; IC 95%: 0,24 – 0,73) e alelo C (p =
0,009; OR: 0.60; IC 95%: 0.42 - 0.88). Além disso, o rs10754558 também foi associado
com maior frequência de priapismo (p = 0,047; OR: 2,58; IC 95%: 1,04 – 6,37). Dessa
forma, esses resultados apontam o polimorfismo rs10754558 do gene NLRP3 como
um potencial modulador de risco para complicações clínicas de pacientes com AF.
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CARLA FERNANDES DOS SANTOS
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Perfil de expressão dos genes CTLA-4, VDR e PTPN22 em indivíduos com síndrome de Down
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Orientador : NEIDE SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
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JUAN LUIZ COELHO DA SILVA
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MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
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Data: 23/10/2023
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A síndrome de Down (SD) é resultado da trissomia do cromossomo 21, possuindo uma incidência estimada de 1:700 nascidos vivos. Os indivíduos com SD apresentam uma maior frequência de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas do que a população em geral. No entanto, alterações na expressão de genes importantes na regulação do sistema imunológico, como o CTLA-4, VDR e PTPN22 ainda não foram estudadas na SD. O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil de expressão dos genes CTLA-4, VDR e PTPN22 em indivíduos com SD. Por meio de ensaios de expressão gênica relativa, comparamos os níveis de mRNA dos genes CTLA-4, VDR e PTPN22 entre indivíduos com SD (n=22) e grupo controle saudável (CT) (n=13), cuja média de idade foi de 10,9 anos e 11,6 anos, respectivamente. Uma comparação da expressão gênica também foi realizada entre indivíduos com SD estratificados com base na presença de hipotireoidismo e nos níveis de Proteína C reativa ultrassensível (PCR-us). Não houve diferença na expressão gênica entre indivíduos SD estratificados com relação à PCR-us e ao hipotireoidismo. Mas observamos diferença significativa na expressão do CTLA-4 (FC: -1,71; p=0,0014) e do VDR (FC: +1,86; p=0,0096) de indivíduos com SD em relação aos controles, porém não do PTPN22 (FC: +1,30; p=0,8007). A expressão aumentada do VDR nos indivíduos com SD está possivelmente relacionada à regulação do metabolismo da vitamina D, podendo estar de acordo com um aumento da inflamação como parte de uma resposta imune. E a expressão reduzida do CTLA-4 sugere uma provável contribuição para o desequilíbrio imunológico na SD devido à sua função ineficiente. Além disso, nossos resultados são insuficientes para inferir uma relação entre a expressão diferencial e a propensão a doenças autoimunes e inflamatórias crônicas nesses indivíduos.
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A síndrome de Down (SD) é resultado da trissomia do cromossomo 21, possuindo uma prevalência estimada de 1:800 nascidos vivos. A SD é considerada a causa genética mais comum de deficiência intelectual e os indivíduos apresentam uma variedade de manifestações clínicas que podem afetar múltiplos sistemas. Indivíduos com SD apresentam frequência elevada de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas comparados à população em geral. Estudos envolvendo genes importantes na regulação do sistema imunológico, como o CTLA-4, PTPN22 e o VDR vem sendo relacionados com o desenvolvimento dessas doenças na população em geral, mas na SD os dados são limitados. O objetivo desse estudo é avaliar o perfil de expressão dos genes CTLA-4, VDR e PTPN22 em indivíduos SD e grupo controle saudável. O cariótipo dos indivíduos com SD foram obtidos pela cultura de linfócitos e cerca de 20 metáfases foram analisadas por bandeamento G. Os níveis de mRNA dos genes CTLA-4 e VDR foram avaliados em indivíduos SD (n=42) e controles saudáveis (n=15) por meio de expressão gênica relativa, usando sondas fluorogênicas Taqman® baseadas em qPCR, e os genes endógenos EF1A e HPRT1 foram avaliados pelo método SyBR Green. A análise citogenética mostrou que, dos 54 indivíduos com SD, 90,7% apresentaram trissomia livre do cromossomo 21, 5,6% mosaicismo cromossômico e 3,7% translocação Robertsoniana. Em relação à expressão gênica, encontramos uma regulação positiva do CTLA-4 (1,13 vezes) e do VDR (2,19 vezes) nos indivíduos SD. Porém apenas o VDR foi diferencialmente expresso na SD comparado aos controles (p<0.0001). No entanto, esse resultado é insuficiente para compreender se essa expressão diferencial pode ser relacionada ao contexto imune/inflamatório dos indivíduos SD uma vez que não foi possível avaliar os achados clínicos desses indivíduos. Dessa forma, será necessária uma comparação entre os grupos em relação à presença de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas.
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MIRELI DE SANTANA REGO
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Peptídeos Bioinspirados em Proteínas Transportadoras de Lipídeos de Cajanus cajan com Atividade Antimicrobiana de Amplo Espectro
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Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
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MEMBROS DA BANCA :
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LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
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JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
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LIVIA MARIA BATISTA VILELA
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Data: 08/11/2023
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Os peptídeos antimicrobianos (AMPs) têm atraído crescente interesse como alternativas promissoras no tratamento de infecções antimicrobianas, devido à sua
capacidade de combater microrganismos patogênicos, além de efeitos anti- inflamatórios e imunomoduladores. Este estudo teve como objetivo identificar genes
codificantes para AMPs no genoma do feijão-guandu (Cajanus cajan), desenhar peptídeos racionalmente modificados com atividade contra bactérias, fungos e/ou vírus (inclusive o SARS-CoV-2). Foram identificados 50 genes completos codificantes de Proteínas Transportadoras de Lipídeos (LTPs, Lipid Transfer Proteins) no genoma de C. cajan, que serviram de base para o desenho racional. Foram gerados e sintetizados cinco peptídeos racionalmente modificados, designados como RAMPs (Rationally Modified AntiMicrobial Peptides), com base em análises in silico, levando em conta as predições de atividade antimicrobiana, estabilidade estrutural e possíveis efeitos citotóxicos. Um desses peptídeos (PLTP-CAJ1) foi avaliado in vitro quanto ao seu potencial antimicrobiano, apresentando atividade contra patógenos humanos, incluindo bactérias (Staphylococcus aureus ATCC 25923, Klebsiella pneumoniae ATCC 13883 e Acitenobacter baumannii ATCC 19606) em dosagens não citotóxicas 0,16-1.024 μg/mL) conforme avaliado pelo teste MTT. Os RAMPs desenhados têm potencial para o desenvolvimento de novos fármacos no combate a infecções causadas por patógenos de interesse clínico. No entanto, antes de sua aplicação clínica, é crucial que eles sejam submetidos a testes adicionais, incluindo estudos in vivo, para avaliar sua eficácia e segurança.
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Nesta era de resistência a múltiplas drogas, os peptídeos antimicrobianos (Antimicrobial Peptides, AMPs) apresentam-se potenciais candidatos a medicamentos para combater infecções antimicrobianas, aliado a seus efeitos anti-inflamatórios e imunomoduladores. O presente trabalho teve como objetivo identificar genes codificantes para AMPs e seus produtos a partir do feijão guandu (Cajanus cajan), gerando um peptídeo sintético com potencial atividade contra diversos patógenos. Foram identificados 50 genes completos codificantes de Proteínas Transportadoras de Lipídeos (LTPs, Lipid Transfer Proteins) no genoma de C. cajan. Destas, três foram selecionadas para geração de RAMPs (Rationally Modified AntiMicrobial Peptides), seguindo pipeline desenvolvido para avaliação de sua estrutura, ação antimicrobiana e efeitos sobre células eucarióticas. Os cinco RAMPs desenhados foram sintetizados e um deles (PLTP-CAJ1) foi avaliado quanto ao seu efeito antimicrobiano, apresentando atividade antimicrobiana contra patógenos humanos, incluindo bactérias (Staphylococcus aureus ATCC 25923, Klebisiella pneumoniae ATCC 13883, Acitenobacter baumannii ATCC 19606) em dosagens não citotóxicas 0,16-1.024 µg/mL) considerando o teste MTT. Os peptídeos identificados representam importantes alvos para o desenvolvimento de fármacos e devem ser testados quanto à sua ação contra fitopatógenos de interesse agrícola.
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Teses |
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RAYSA SAMANTA MORAES LARANJEIRA
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Polimorfismos e perfil de expressão de genes do
inflamassoma em pacientes com Síndrome de Turner
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Orientador : NEIDE SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
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MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
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MATHEUS FILGUEIRA BEZERRA
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NEIDE SANTOS
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SUELEN CRISTINA DE LIMA
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Data: 15/02/2023
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A síndrome de Turner (ST) é uma das cromossomopatias mais frequentes em humanos, acometendo cerca de 1:2500 nascimentos do sexo feminino. Essas pacientes apresentam um risco duas vezes mais elevado de desenvolver doenças autoimunes e desordens inflamatórias comparadas às mulheres em geral. Vários genes que estão envolvidos com o contexto imune e inflamatório vêm sendo avaliados e relatados quanto ao risco às desordens inflamatórias e imunes na ST. Contudo, não há relatos sobre a possível associação de alterações no perfil de ativação do inflamassoma nesta sindrome. O objetivo deste trabalho foi investigar a possível associação entre polimorfismos e expressão nos genes do inflamassoma com o contexto inflamatório na ST. Além disso, avaliamos a influência do 17β-estradiol (E2) in vitro no perfil de expressão do inflamassoma em pacientes ST e controles. O estudo de associação incluindo 92 pacientes ST (caso) e 146 controles saudáveis (HC), para polimorfismos nos genes IL-1β e NLRP3, foi realizado usando ensaios de genotipagem TaqMan. A expressão gênica de IL-1β, NLRP3 e NLRP1, avaliada em 17 pacientes ST e 17 controles, foi realizada usando sondas fluorogênicas baseadas em qPCR. Posteriormente foi avaliada a expressão dos genes IL-1β e NLRP3 em cultivo de PBMCs com e sem tratamento de E2 e estímulo com LPS em oito pacientes ST e oito controles. Diferenças na distribuição alélica e genotípica foram observadas em IL-1β rs16944 e NLRP3 rs4925659 em ST e HC. A expressão gênica de IL-1β e NLRP3 foi regulada negativamente (FC=-6.78, p=1.032e-10 e FC=-15.73, p= 9.075e-10, respectivamente) e NLRP1 foi regulado positivamente (FC=21.5, p=5.925e-08) em ST comparado com HC. Em contrapartida, NLRP3 foi regulado positivamente (FC=9.87, p=0.002) e IL-1β foi
regulado negativamente (FC=-1.59, p=0.711) em PBMCs de pacientes ST comparado ao controle. Nossos resultados indicam uma distribuição diferencial dos polimorfismos IL-1β e NLRP3 em pacientes com ST. Além disso, alterações na expressão dos genes IL-1β, NLRP3 e NLRP1 podem conferir desequilíbrio inflamatório nessas pacientes e o E2 parece suprimir a expressão de NLRP3 e IL- 1β na ST.
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A síndrome de Turner (ST) é uma das cromossomopatias mais frequentes em humanos, acometendo cerca de 1:2500 nascimentos do sexo feminino. Essas pacientes apresentam um risco duas vezes mais elevado de desenvolver doenças autoimunes e desordens inflamatórias comparadas às mulheres em geral. Vários genes que estão envolvidos com o contexto imune e inflamatório vêm sendo avaliados e relatados quanto ao risco às desordens inflamatórias e imunes na ST. Contudo, não há relatos sobre a possível associação de alterações no perfil de ativação do inflamassoma nesta sindrome. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi determinar se polimorfismos nos genes rs16944 IL-1β e rs10754558 e rs4925659 NLRP3, bem como se o perfil de expressão destes genes conferem susceptibilidade às desordens inflamatórias na ST, comparando ao grupo controle. Este estudo compreendeu 92 pacientes com ST (caso) com ou sem história de doenças inflamatórias e 146 mulheres saudáveis (controle). A análise dos polimorfismos foi realizada utilizando o sistema Taqman e os dados foram analisados pelo programa SNPStats, com nível de significância de 0,05. Associações estatisticamente significantes foram observadas no alelo G de rs16944 (A>G) (p=0.001, OR=1.83) e genótipo GG (p=0.002, OR=3.09) no grupo caso comparado ao controle. Em contraste, não foram observadas diferenças na distribuição de rs10754558 (G>C) entre caso e controle (p=1.0 e p=0.6). Não detectamos o genótipo homozigoto AA de rs4925659 (G>A) em TS, e o alelo G e o genótipo GG foram significativamente mais frequentes em controles do que em TS (p=0.02, OR=0.61), embora nossa população para este polimorfismo não esteja no equilíbrio de Hardy-Weinberg. Nossos resultados sugerem uma possível associação do polimorfismo IL-1β rs16944 e o risco de desordens inflamatórias em pacientes com ST.
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MARINUS DE MORAES LIMA
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IMPORTÂNCIA CLÍNICA E PROGNÓSTICA DO DNA MITOCONDRIAL NA LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA
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Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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THIAGO XAVIER CARNEIRO
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RONALD FEITOSA PINHEIRO
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ADERSON DA SILVA ARAUJO
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ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
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TERCILIO CALSA JUNIOR
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Data: 27/02/2023
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A leucemia mielóide aguda (LMA) é uma neoplasia do sistema hematopoiético caracterizada por alterações genéticas de origem clonal que leva a um bloqueio na maturação, aumento da proliferação e uma reprogramação metabólica com consequente aumento da atividade mitocondrial dos precursores mieloides. Uma das maneiras de se avaliar a ativdade mitocondrial de uma célula é por meio da quantificação do DNA mitocondrial (mtDNA). Este vem sendo amplamente estudado em vários tumores sólidos como um marcador metabólico capaz de predizer processos essenciais para manutenção celular. Contudo, muito pouco se sabe sobre seu papel na fisiopatologia da LMA. O objetivo dessa tese é avaliar a importância clínica da quantificação do DNA mitocondrial em pacientes adultos com diagnóstico recente de LMA. No total, foram analisadas duas coortes independentes: uma composta por 156 pacientes com leucemia promielocítica aguda (LPA) e outra formada por 482 pacientes com LMA não-LPA. Na primeira coorte foi demonstrado que pacientes com alto conteúdo de mtDNA tiveram melhores desfechos clínicos (maior sobrevida libre de doença [SLD] e menor incidência cumulativa de recidiva [ICR]), independentemente da carga tumoral. Esses resultados foram mais evidentes no grupo de pacientes de baixo risco de recaída. Já na segunda coorte, os pacientes com alto conteúdo de mtDNA foram associados à piores desfechos quando comparados com os pacientes com conteúdo normal de mtDNA. Um alto conteúdo de mtDNA foi independentemente associado a menor SLD e aumento da ICR.
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A Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é uma neoplasia caracterizada pela infiltração da medula óssea, sangue periférico e outros órgãos por células proliferativas, clonais anormalmente diferenciadas do sistema hematopoiético. É um grupo heterogêneo de alterações clonais que levam a um bloqueio na maturação e/ou uma proliferação de precursores mieloides. A reprogramação metabólica é uma das marcas emergentes em LMA. Porém, devido à alta heterogeneidade molecular observada entre os diferentes pacientes, o estudo do estado metabólico em células leucêmicas pode ser desafiador, já que alguns pacientes com LMA também apresentam aumento da atividade mitocondrial, o que pode está relacionado a desfechos adversos. O DNA mitocondrial (mtDNA) vem amplamente estudado por estar envolvido em múltiplos processos celulares, principalmente no controle do metabolismo energético. Em células somáticas, cada mitocôndria possui em torno de 2 a 10 cópias de mtDNA, podendo variar consideravelmente dependendo do tipo de célula, estágio de diferenciação, tecido de origem, atividade metabólica, resposta ao estresse oxidativo e processos patológicos, como a tumorigênese, podendo configurar uma maior resistência da célula clonal. O objetivo dessa tese é avaliar qual a importância da quantificação do DNA mitocondrial em pacientes com diagnóstico recente de Leucemia Mielóide Aguda, associando o número de cópias de DNA mitocondrial com outras alterações moleculares associadas e estabelecer correlações com o escore de risco citogenético adaptado (AGR), demonstrando o seu papel prognóstico. Foram analisadas duas coortes: uma com pacientes com diagnóstico de leucemia promielocítica aguda (LPA) e outra com pacientes
com LMA (excluindo pacientes com LPA), ambas comparando com voluntários normais. Na primeira coorte foi demonstrado que pacientes com alto conteúdo de mtDNA tiveram melhores resultados, independentemente da carga do tumor. Esses resultados foram mais evidentes em pacientes de baixo risco. Já na segunda coorte, os pacientes com alto conteúdo de mtDNA foram estratificados com piores desfechos quando comparados com os pacientes com conteúdo normal de mtDNA. os altos níveis de mtDNA foi independentemente associado a menor sobrevida livre de doença (SLD) e aumento da incidência cumulativa de recidiva (ICR), denotando como possível marcador prognóstico. A possibilidade de estudar e descobrir dependências específicas do metabolismo de energia e /ou suas ligações com o microambiente das células poderá abrir novos caminhos de pesquisa e, em última análise, novas opções de tratamento para Pacientes com LMA.
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WENDELL PALOMA MARIA DOS SANTOS REIS
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Análise da influência de polimorfismos nos genes ACE2, MTHFR, AnxA2, DDX58, RelA e IL-6 em desfechos clínicos da COVID-19 em uma população de Pernambuco
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Orientador : LINDOMAR JOSE PENA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
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JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
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JURANDY JÚNIOR FERRAZ DE MAGALHÃES
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LINDOMAR JOSE PENA
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MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
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NEIDE SANTOS
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Data: 28/02/2023
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COVID-19 é uma doença respiratória com diferentes desfechos clínicos que podem estar relacionados à idade, o sexo, a presença de morbidades e a variabilidade genética viral e/ou hospedeira. Variações em genes de vias envolvidas na entrada viral, na coagulação e no processo inflamatório têm sido associadas aos desfechos graves da COVID-19. Neste sentido, investigamos a distribuição alélica e genotípica de SNPs nos genes ACE2(rs228566), MTHFR(rs1801133), ANXA2(rs7163836 e rs7170178), DDX58(rs10813831), RelA(rs7101916) e IL6(rs1800795) e suas possíveis relações com a gravidade da COVID-19. Para isso, foram utilizadas amostras de swab nasofaríngeo e dados clínico-epidemiológicos de 312 indivíduos diagnosticados com COVID-19. Destas, 100 amostras foram selecionadas aleatoriamente e submetidas a extração de DNA genômico por diferentes métodos (Chelex, Fenol/Clorofórmio e kit comercial), para selecionar o método mais adequado para as análises genéticas. Posteriormente, foi realizada a genotipagem através de PCR em tempo real usando sondas alelo-específicas, bem como a estratificação dos indivíduos quanto a gravidade em casos: leves(CL), graves(CG) e fatais(CF). A extração de DNA por chelex, mostrou-se mais barata, rápida e adequada para amostras nasofaríngeas. Entre os indivíduos com COVID-19, febre e tosse foram os sintomas mais frequentes (>76% em ambos) entre os CL, enquanto tosse (89,1%), baixa saturação (82,6%) e dispneia (78,3%) foram os mais comuns entre os CG. Nos CF, dispneia (85,7%), baixa saturação e tosse (ambos 75,7%) foram predominantes. Quanto as morbidades, doenças cardiovasculares (29,3% e 15,7% respectivamente) e diabetes mellitus (25% e 14,3% respectivamente) predominaram entre os CG e CF. Dentre as variantes genéticas, os genótipos A/G (rs7170178 em ANXA2) e G/G (rs10813831 em DDX58) foram associados a uma maior susceptibilidade à mortalidade por COVID-19 e os genótipos C/C e C/T (rs7101916 em RelA) foram associados à gravidade da doença. Novos estudos com abordagens genômicas e funcionais de variantes de ANXA2, DDX58 e RelA são necessárias para uma melhor compreensão do papel desses genes nos desfechos da COVID-19.
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A COVID-19 apresenta manifestações clínicas que vão desde a ausência de sintomas até complicações graves. Diferentes desfechos podem estar relacionados a fatores como: idade, sexo, morbidades e variabilidade genética viral e do hospedeiro. Polimorfismos em genes envolvidos em coagulopatias têm sido associados a resultados graves de COVID-19. Investigamos a distribuição alélica e genotípica de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos genes ACE2 (rs228566), MTHFR (rs1801133) e ANXA2 (rs7163836 e rs7170178) e sua possível relação com a gravidade da COVID-19. Foram coletadas 312 amostras de swab nasofaríngeo de indivíduos com COVID-19 e o DNA genômico extraído. Os indivíduos foram estratificados em COVID-19 leve, grave e fatal. A genotipagem foi realizada por qPCR, usando sondas alelo-específicas. Nos casos leves, febre e tosse foram os sintomas mais frequentes (>76% em ambos). Nos casos graves, tosse (89,1%), baixa saturação (82,6%) e dispneia (78,3%) foram mais comuns. Nos casos fatais, os sintomas mais comuns foram dispneia (85,7%), baixa saturação de oxigênio e tosse (ambos 75,7%). Doenças cardiovasculares (29,3% e 15,7% respectivamente) e diabetes mellitus (25% e 14,3% respectivamente) foram as morbidades mais frequentes entre graves e fatais. Apenas o polimorfismo rs7170178 em ANXA2 foi associado. O genótipo AG foi significativamente mais frequente entre os casos fatais, sugerindo maior suscetibilidade à mortalidade da doença. Novos estudos envolvendo outras variantes do ANXA2 devem ser realizados para confirmar o papel desse gene nos diferentes desfechos clínicos da COVID-19.
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BIANCA DE FRANCA SAO MARCOS
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Avaliação do Microambiente Tumoral Pulmonar Infectado
com o Papilomavírus Humano
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Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO CARLOS DE FREITAS
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ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
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FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
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JACINTO DA COSTA SILVA NETO
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NEIDE SANTOS
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Data: 13/03/2023
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O Papilomavírus Humano (HPV) de alto risco é o principal agente
causador do câncer do colo do útero. No entanto, o HPV tem sido correlacionado
com outros tipos de câncer, como o câncer de pulmão. No entanto, ainda não
está claro como o HPV atua na carcinogênese pulmonar. Neste estudo, os
tumores de pacientes com câncer de pulmão foram avaliados quanto à expressão
das proteínas do HPV (E2, E5, E6 e E7) por RT-qPCR, bem como a expressão de
fatores de transcrição (STAT4, STAT3, STAT6, JAK2 e FOXO4). Também foi
realizado análises de imunofenotipagem de linfócitos e monócitos isolados de
PBMC e cultivados in vitro juntamente com a linhagem celular A549 transfectadas
com os oncogenes do HPV16. Pelo menos uma das proteínas do HPV foi
encontrada em 66,7% dos tumores pulmonares. As oncoproteínas E5 e E7 foram
superexpressas e com forte correlação positiva entre elas. Uma superexpressão
de todos os fatores de transcrição foi observada nos tumores infectados pelo
HPV, principalmente FOXO4 e STAT4. Houve um aumento de citocinas no
sobrenadante, células T auxiliares e da atividade de células citotóxica, além de
uma diminuição das células T reguladoras na presença das oncoproteínas virais.
Destacando-se uma atividade anti-tumoral de E5 de HPV16. Nossos resultados
sugerem que as oncoproteínas do HPV podem estar associadas à ativação de
fatores de transcrição, assim como podem manipular células imunológicas do
microambiente tumoral de pulmão.
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Mostrar Abstract
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O Papilomavírus Humano (HPV) de alto risco é o principal agente causador do câncer do colo do útero, contribuindo com cerca de 95% dos casos de câncer do colo do útero. No entanto, o HPV tem sido correlacionado com outros tipos de câncer, como o câncer de pulmão. No entanto, ainda não está claro como o HPV atua na carcinogênese pulmonar. Neste estudo, os tumores de pacientes com câncer de pulmão foram avaliados quanto à expressão das proteínas do HPV (E2, E5, E6 e E7) por RT-qPCR, bem como a expressão de fatores de transcrição (STAT4, STAT3, STAT6, JAK2 e FOXO4) associados com proliferação, diferenciação e metástase celular. Pelo menos uma das proteínas do HPV foi encontrada em 66,7% dos tumores pulmonares analisados. As oncoproteínas E5 e E7 foram superexpressas e com forte correlação positiva entre elas. Além disso, uma forte correlação negativa entre E6 e E2 também foi observada, sugerindo uma possível integração viral. Uma superexpressão de todos os fatores de transcrição foi observada nos tumores infectados pelo HPV em comparação com os tumores negativos para o HPV, principalmente em relação a FOXO4 e STAT4. Nossos resultados sugerem que as oncoproteínas do HPV podem estar associadas à ativação de fatores de transcrição associados à progressão do câncer de pulmão.
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HEMILLY RAYANNE FERREIRA DA SILVA
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Desenvolvimento e avaliação de novas proteínas quiméricas recombinantes baseadas em epítopos
imunogênicos para o diagnóstico da Leishmaniose Visceral canina e humana
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Orientador : OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
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JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
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OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
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VIRGINIA MARIA BARROS DE LORENA
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ZULMA MARIA DE MEDEIROS
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Data: 12/07/2023
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A leishmaniose visceral (LV) é a forma mais grave das leishmanioses, quando
não diagnosticada precocemente. Este diagnóstico, contudo, é prejudicado pela
ausência de métodos eficientes e de baixo custo aplicáveis para a doença
humana e no cão, seu principal reservatório. Testes sorológicos baseados em
antígenos recombinantes ainda são a melhor alternativa para o diagnóstico,
potencialmente conciliando sensibilidade e especificidade com facilidade de
execução. O uso de um único antígeno para o diagnóstico da LV humana e
canina ainda diminuiria os custos de produção e distribuição. Ferramentas de
genética molecular foram previamente utilizadas na produção de uma proteína
quimérica (Q5) reunindo fragmentos de três antígenos de Leishmania infantum
identificados com potencial para sorodiagnóstico da LV. Esta proteína apresentou
alto potencial para diagnosticar cães e humanos no ELISA e em testes rápidos.
Este estudo se iniciou então com uma nova avaliação da Q5 no ELISA, usando
um maior número de soros caninos previamente avaliados por testes
recomendados no Brasil. Os resultados revelaram um desempenho equivalente
da Q5 em cães sintomáticos, mas apresentaram divergências em assintomáticos,
sugerindo uma eficiência insuficiente. Buscou-se então desenvolver outra proteína
quimérica, derivada da Q5, porém incluindo fragmentos de dois outros antígenos.
A avaliação desta proteína mostrou maior potencial no diagnóstico da LV, com
desempenho equivalente em cães e humanos. Este desempenho a qualifica como
alternativa barata para uso no diagnóstico da LV em substituição aos testes
atualmente recomendados.
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Mostrar Abstract
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As leishmanioses são doenças infecciosas e negligenciadas, onde a
Leishmaniose visceral (LV) é a forma mais grave da doença causada pelo
parasita Leishmania infantum. A LV é endêmica no Brasil, e o seu controle
depende de métodos diagnósticos mais eficientes. O exame sorológico ainda é a
melhor alternativa quando se utiliza antígenos recombinantes, pois apresentam
grande sensibilidade, especificidade e fácil execução. No entanto, nenhum
antígeno único foi encontrado até o momento com potencial para diagnosticar
tanto a LV humana como a canina. Em trabalhos anteriores, identificamos
antígenos recombinantes de L. infantum com potencial para o sorodiagnóstico da
LV. A partir desse achado, uma proteína recombinante quimérica foi construída
reunindo fragmentos de três antígenos descritos anteriormente, que apresentou
alto potencial para diagnosticar casos humanos e de cães com LV em ensaios de
ELISA e em testes rápidos imunocromatográficos. Este estudo se iniciou com
uma nova avaliação dessa proteína em cães no ELISA, aumentando
significativamente o painel de amostras, e os resultados obtidos mostraram a
necessidade de melhorias adicionais em sua sequência. Buscou-se então
desenvolver nova proteína quimérica onde fragmentos de outros dois antígenos
previamente identificados foram reunidos aos dos três já incluídos na primeira
proteína quimérica. A proteína recombinante resultante se mostrou de fácil
produção e com uma elevada eficácia para diagnosticar cães sintomáticos e
mesmo assintomáticos com LV por meio de ELISA. Também foi observada uma
reatividade significativa com soros que negativaram no teste padrão de
diagnóstico recomendado pelo Ministério da Saúde do Brasil da LV canina, o EIE-
LVC. Estes resultados indicam um elevado potencial dessa nova proteína
quimérica para o diagnóstico precoce da LV canina, e uma alternativa eficiente ao
ensaio EIE-LVC. Faz-se necessário, contudo, sua avaliação com soros humanos
e em casos de co-infecção com HIV, bem como, sua avaliação utilizando outras
abordagens metodológicas, como no teste rápido.
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ELVIA JÉSSICA DA SILVA OLIVEIRA
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Expressão de genes associados às vias de biossíntese de osmoprotetores em pinhão-manso após estresse salino
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Orientador : EDERSON AKIO KIDO
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MEMBROS DA BANCA :
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EDERSON AKIO KIDO
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JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
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MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
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TERCILIO CALSA JUNIOR
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WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
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Data: 31/08/2023
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O pinhão-manso (Jatropha curcas L) é uma oleaginosa encontrada em regiões áridas,
com potencial para a produção de biocombustíveis e controle de erosão do solo. A
planta é considerada tolerante a seca e diferentes acessos apresentam respostas
variadas à salinidade dos solos. Um dos mecanismos adaptativos de defesa das
plantas contra estresse salino é o acúmulo de osmoprotetores, osmólitos capazes de
atuar contra o estresse, sem prejudicar o funcionamento fisiológico das células. Neste
trabalho identificou-se e caracterizou-se genes associados às vias de biossíntese de
osmoprotetores em J. curcas, após estímulo salino. A identificação foi realizada a
partir da expressão de genes em raízes de dois acessos de J. curcas (Jc171 e Jc183)
após exposição ao sal (3h; 150 mM NaCl) via transcriptômica RNA-Seq. As principais
vias, tendo por base compostos osmoprotetores, foram relativos a: inositol fosfato e
derivados (mio-inositol e derivados), amido e sacarose (trealose), galactose
(oligossacarídeos da família rafinose) e arginina e prolina (prolina, ornitina e
poliaminas). Associados aos genes se evidenciaram fatores de transcrição (das
famílias WRKY, MYB, Dof-type, bHLH, bZIP, HD-ZIP, AP2/ERF) supostamente
reguladores da expressão dos transcritos observados nas bibliotecas RNA-Seq. Os
dados permitiram gerar árvores fenéticas, realizar análises de estrutura gênica,
identificar motivos conservados, prever modelos 3D, obter a rede de interação
proteína-proteína das principais enzimas das vias. Esses resultados ampliam o
conhecimento dos osmólitos osmoprotetores na resposta de J. curcas ao estímulo
salino, inferindo papel mitigador de danos decorrentes da salinidade, o que contribuirá
para o melhoramento da planta.
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Mostrar Abstract
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O pinhão-manso (Jatropha curcas) é uma oleaginosa, encontrada em regiões áridas, com potencial para a produção de biocombustíveis e controle de erosão do solo. A planta é considerada tolerante a seca e, diferentes acessos, apresentam respostas variadas à salinidade dos solos. Um dos mecanismos adaptativos que as plantas possuem para defender-se do estresse salino é a expressão de genes relacionados com a biossíntese de osmoprotetores, compostos capazes de atuar contra o estresse, sem prejudicar o funcionamento fisiológico das células. Este trabalho identificou potenciais genes relacionados à osmoproteção em J. curcas, mediante estímulo salino, caracterizando as vias metabólicas relacionadas. A identificação foi realizada a partir da expressão de genes em raízes de dois acessos de J. curcas (Jc171 e Jc183) após aplicação do sal (3h; 150 mM NaCl) via transcriptômica RNA-Seq. As principais vias metabólicas identificadas, tendo por base compostos osmoprotetores, foram: inositol fosfato e derivados (mio-inositol e derivados), amido e sacarose (trealose), galactose (oligossacarídeos da família rafinose) e arginina e prolina (poliaminas). Associados aos genes foram evidenciados fatores de transcrição das famílias WRKY, MYB, Gata-type, Dof-type, bHLH, bZIP, HD-ZIP, AP2/ERF, MADSbox, TCP e C2H2 como aqueles que estão supostamente regulando a expressão de transcritos observados nas bibliotecas RNA-Seq. Esses resultados ampliam o conhecimento sobre a resposta de J. curcas após estímulo salino e são de grande valia para o melhoramento genético da espécie, na busca de materiais mais tolerantes a salinidade, além disto, o estudo possibilita inferir sobre a atuação de osmoprotetores e os processos para minimizar danos causados a planta.
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ADRIANA NEUMAN ALBUQUERQUE LINS MOURA DE BRITO
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Caracterização de novos mecanismos de ação e de regulação ligados a homólogos de eIF4E
em Leishmania sp.
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Orientador : OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO PEREIRA DAS NEVES NETO
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MATHEUS FILGUEIRA BEZERRA
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OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
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TATIANY PATRICIA ROMAO POMPILIO DE MELO
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TERCILIO CALSA JUNIOR
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Data: 20/09/2023
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Mostrar Resumo
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Em eucariotos, o reconhecimento do mRNA pela proteína eIF4E, como parte
do complexo eIF4F, é uma etapa fundamental durante o processo de iniciação da
tradução. Espécies de Leishmania e outros parasitas protozoários da família
Trypanosomatidae apresentam características únicas relacionadas a este
processo, incluindo a presença de seis homólogos de eIF4E. Este trabalho buscou
estudar em Leishmania dois desses homólogos, os EIF4E3 e EIF4E5, que
participam de complexos do tipo eIF4F distintos, mas com funções e mecanismos
de regulação ainda não claramente definidos. Foram investigadas modificações
pós-traducionais mediando mecanismos de regulação e, no caso do EIF4E3,
parceiros proteicos, localização subcelular e deleção de um alelo. Para o EIF4E5,
foram mapeados sítios de fosforilação exclusivos do gênero Leishmania que podem
atuar controlando sua ligação ao RNA. Para o EIF4E3, foram identificadas
diferenças relativas a eventos de fosforilação entre espécies de Leishmania
distintas. O EIF4E3 nativo de L. infantum, co-precipitou com parceiros proteicos
conhecidos ligados à sua atuação na tradução. Já em L. amazonensis, a co
precipitação com parceiros semelhantes só ocorreu quando se eliminou um sítio de
fosforilação exclusivo desta espécie, indicando que esta fosforilação controla a
participação do EIF4E3 na tradução. Em ambos os casos foi observada uma
associação preferencial do EIF4E3 com diferentes RNA helicases, sugerindo
funções na tradução relacionadas a estas. Outros resultados, sugerem também
uma possível ação nuclear para esta proteína. A deleção de uma cópia do EIF4E3
em L. amazonensis resultou em diferenças no crescimento celular da forma
promastigota do parasita.
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Em eucariotos, o reconhecimento do mRNA pela proteína eIF4E, como parte do complexo eIF4F, é uma etapa fundamental durante o processo de iniciação da tradução. Espécies de Leishmania e outros parasitas protozoários da família Trypanosomatidae apresentam características únicas relacionadas a este processo, incluindo a presença de seis homólogos de eIF4E. Este trabalho buscou estudar em Leishmania dois desses homólogos, os EIF4E3 e EIF4E5, que participam de complexos do tipo eIF4F distintos, mas com funções e mecanismos de regulação ainda não claramente definidos. Foram investigadas modificações pós-traducionais mediando mecanismos de regulação e, no caso do EIF4E3, parceiros proteicos e sua localização subcelular. Para o EIF4E5, foram mapeados sítios de fosforilação exclusivos do gênero Leishmania que podem atuar controlando sua ligação ao RNA. Para o EIF4E3, foram identificadas diferenças relativas a eventos de fosforilação entre espécies de Leishmania distintas. O EIF4E3 nativo de L. infantum, co-precipitou com parceiros proteicos conhecidos ligados à sua atuação na tradução. Já em L. amazonensis, a co-precipitação com parceiros semelhantes só ocorreu quando se eliminou um sítio de fosforilação exclusivo desta espécie, indicando que esta fosforilação controla a participação do EIF4E3 na tradução. Em ambos os casos foi observada uma associação preferencial do EIF4E3 com diferentes RNA helicases, sugerindo funções na tradução relacionadas a estas. Outros resultados, sugerem também uma possível ação nuclear para esta proteína. Novos experimentos devem ajudar a melhor definir os aspectos já investigados de forma a melhor entender o papel do EIF4E3 na tradução, e sua regulação, em espécies de Leishmania.
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BRUNA DE BRITO SOUZA
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GENÔMICA ESTRUTURAL, COMPARATIVA E FUNCIONAL DE GENES DE HELICASES E SNF2 EM Vigna unguiculata (L.) Walp APÓS DESIDRATAÇÃO RADICULAR
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Orientador : EDERSON AKIO KIDO
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MEMBROS DA BANCA :
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EDERSON AKIO KIDO
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TERCILIO CALSA JUNIOR
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JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
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MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
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NATONIEL FRANKLIN DE MELO
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Data: 27/10/2023
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As helicases são enzimas essenciais para o splicing, transporte, e degradação dos RNAs, e para o início da tradução destes, enquanto que as proteínas remodeladoras de cromatina Snf2 facilitam a interação de proteínas na expressão gênica, estando ambas associadas a respostas a estresses abióticos. A seca limita a produtividade do feijão-caupi, mesmo em variedades tolerantes. O objetivo do estudo foi identificar e caracterizar a estrutura e função de helicases e Snf2 em Vigna unguiculata (L.) Walp., e analisar sua expressão em ensaio RNA-Seq após desidratação radicular (de 25 e 150 minutos). Foram identificados 187 genes potenciais, incluindo 46 helicases de DNA (RuvB, MCM, RecQ, PIF1, UvrD e RecG), 103 RNA helicases (DEAD, DEAH/DExH-D) e 39 Snf2 (Snf2-like, Swr1-like, Rad54-like, Rad5/16-like, SSO1653-like e SMARCAL1-like), nos 11 cromossomos do genoma. A duplicação segmentar predominou para helicases e em tandem para Snf2. Genes ortólogos foram observados em cinco leguminosas analisadas. Na região promotora dos respectivos genes, foram previstos fatores de transcrição relacionados com respostas a estresses, incluindo ERF, Dof, Myb, TCP, ARF e bZip. A estrutura dos éxons-íntrons mostrou-se conservada nas famílias gênicas. Proteinas helicases/Snf2 apresentaram domínios e motivos conservados da Superfamília 2 de helicases, com variações nas regiões N e C terminais. Alguns transcritos RNA-Seq, como VuDEAD25.1, VuSNF2_22.1, VuSNF2_21.1 e VuSNF2_4.1, apresentaram resposta diferencial aos estímulos, sendo induzidos em 150 minutos. A rede interativa de MCM e RuvB sugeriu participação principalmente na biossíntese de clorofila, vias de sinalização e resposta ao estresse. Esses resultados indicam alvos que podem ser explorados em programas de melhoramento do feijão, como transgenes ou marcadores moleculares.
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A seca é um dos fatores limitantes para a produtividade do feijão-caupi, que apesar de algumas variedades serem tolerantes, seu desempenho ainda é afetado. As DNA e RNA helicases, são enzimas onipresentes que atuam tanto no desenrolamento de fitas duplas por um processo dependente de ATP, quanto na resposta ao estresse abiótico, por meio da melhoria nos parâmetros bioquímicos e fotossintéticos da planta, sendo este um sistema de defesa positivamente correlacionado ao aumento na tolerância. O objetivo do estudo foi identificar e caracterizar a nível estrutural os genes para helicases em V. unguiculata, e analisar a expressão no transcriptoma RNA-Seq de raízes de feijão-caupi sob condição de desidratação radicular (25 e 150 min.). Foram identificados 148 potenciais genes, dentre os quais, 45 são codificadores de DNA (RuvB, MCM, RecQ, PIF1, UvrD e RecG) e 103 de RNA (DEAD, DEAH/DExH-D) helicases. Com base na variação no motivo II e análise fenética, das RNA helicases, 56 proteínas são DEAD-box e 47 DEAH/DExH-box. As DEAD-box apresentaram nove motivos conservados, enquanto a conservação nas extensões N e C terminal das DEAH foi nitidamente inferior. Na região promotora dos genes para RNA helicases estão associadas as famílias de fatores de transcrição: AP2-ERF, MADS-box, C2H2, Doftype e bHLH-ZIP. Dentre os transcritos para DNA e RNA helicases diferencialmente expressos (DE; FDR <0,05), dos nove relacionados a família DEAD-box, quatro foram reprimidos inicialmente e induzidos com a intensificação do estresse e, outros quatro foram induzidos em ambos os tempos. Total de 14 transcritos codificando RuvB, oito UvrD, nove MCM e dez RecQ, foram DEs em função aos estímulos. Esses resultados contribuem para compreensão da resposta transcricional do feijão-caupi frente ao estímulo estudado e os genes DE são alvos promissores e uteis ao melhoramento genético.
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JULIANA VIEIRA DE BARROS ARCOVERDE
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Perfil de expressão de genes relacionados a doenças autoimunes/inflamatórias em indivíduos com síndrome de Down
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Orientador : NEIDE SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
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MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
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MARIA TEREZA CARTAXO MUNIZ
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NEIDE SANTOS
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RONALDO CELERINO DA SILVA
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Data: 20/12/2023
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A síndrome de Down (SD) é a doença cromossômica mais prevalente em recém-nascidos, afetando 1 em cada 700 nascidos vivos. Indivíduos com SD apresentam características clínicas clássicas como hipotonia, prega palmar única e olhos amendoados. Eles também são propensos a múltiplos desequilíbrios imunológicos denominados doença autoimune da tireoide (AITD), diabetes tipo 1 (DM1), alopecia areata, doença celíaca, artrite idiopática juvenil e vitiligo. O inflamassoma, sensor imunológico responsável por induzir respostas inflamatórias, é (mal)ativado em diversas doenças autoinflamatórias e autoimunes, porém ainda não há estudos sobre seu papel em indivíduos com SD, bem como dos genes com importante papel na manutenção da homeostase do sistema imunológico, como o CTLA-4 e PTPN22. O presente estudo avaliou o perfil de expressão dos genes NLRP1, NLRP3, IL-1β, CTLA-4 e PTPN22 em indivíduos com SD suscetíveis ao desenvolvimento de doenças autoimunes/inflamatórias. Além disso, avaliamos se os pacientes com SD apresentam resposta inflamatória diferencial dos genes do inflamassoma após infecção in vitro. Os indivíduos com SD foram oriundos do Grupo Universitário de Reabilitação Infantil (GURI) e um grupo formado por pais e responsáveis de indivíduos com SD, e o cariótipo obtido através da cultura de linfócitos. O mRNA foi extraído pela metodologia TRIZOL tanto para células do sangue periférico quanto para células monocucleares do sangue periférico (PBMCs) e o ensaio de expressão gênica foi realizado utilizando sondas fluorogênicas TaqMan, por qPCR. As culturas de PBMC foram divididas em dois grupos com e sem estimulação com lipopolissacarídeo (LPS). Foram cariotipados 68 indivíduos com SD, 60 apresentavam trissomia livre (88,2%), seis mosaicismo cromossômico (8,8%) e dois translocação Robertsoniana (2,9%). Para o ensaio de expressão gênica, 20 indivíduos com SD e 15 indivíduos saudáveis (grupo controle) foram incluídos para análise de sangue total ex vivo. Os níveis de mRNA do grupo SD quando comparados ao grupo controle apresentaram regulação negativa de alteração (FC) de 1,9 vezes para NLRP1 (p=0,0001) e de 1,49 vezes para CTLA-4 (p=0,0047). Para os ensaios in vitro utilizamos PBMC para detecção de níveis de mRNA e encontramos 1,7 FC de regulação negativa de NLRP1 (p = 0,1879) comparando células tratadas com estímulos de LPS versus células sem LPS. Uma comparação da expressão gênica também foi realizada entre indivíduos com SD estratificados com base na presença de hipotireoidismo e nos níveis de Proteína C reativa ultrassensível (PCR-us), mas esta análise não mostrou diferença na expressão gênica. A expressão diferencial de NLRP1 e CTLA-4 em indivíduos com SD indica que pode haver alguma relação com a suscetibilidade ao desenvolvimento de doenças autoimunes/inflamatórias, mas mais análises são necessárias para confirmar esta relação.
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A síndrome de Down (SD) é a cromossopatia mais prevalente em recém-nascidos, com incidência de 1:700 nascidos vivos. Além das características fenotípicas características da SD, como hipotonia, prega palmar única e olhos amendoados, há muitos fenótipos associados a essa síndrome que têm penetrância e gravidade variáveis. Os indivíduos com SD também podem apresentar uma aceleração do processo de envelhecimento, afetando particularmente o sistema nervoso central e imunológico estando associada à múltiplas alterações imunológicas, como Tireoidite de Hashimoto, diabetes tipo 1, alopecia, doença celíaca, artrite idiopática juvenil e vitiligo, que ocorrem em números desproporcionais entre indivíduos com SD em comparação com indivíduos saudáveis. Os inflamassomas desempenham um papel importante e vital na ativação e liberação de citocinas pró-inflamatórias e são altamente expressos em células imunes. Estes complexos são responsáveis por regular a resposta imunológica a fatores exógenos e endógenos. Os receptores NLRP1 e NLRP3, pertencentes à família NLR, vêm sendo apontados como principais integrantes do inflamassoma. Ambos interagem com proteínas pró-Caspases 1, como a ASC, que ativam o recrutamento das proteínas caspases estimulando o processamento das citosinas pró inflamatórias IL1-B e IL-18. O ritmo acelerado da pesquisa do inflamassoma demonstrou papéis importantes para sua ativação em muitas doenças, tanto autoinflamatórias quanto autoimunes, porém, ainda não existem estudos sobre seu papel em indivíduos com SD. O presente estudo avaliou o perfil de expressão dos genes NLRP1, NLRP3 e IL-1β com a susceptibilidade ao desenvolvimento de doenças autoimunes / inflamatórias em indivíduos com SD. Um total de 54 indivíduos tiveram o cariótipo definido, dos quais 49 apresentaram a trissomia livre (90,7%), três mosaicismo cromossômico (5,5%) e dois translocação Robertsoniana (3,7%). Para o ensaio de expressão gênica foram analisados 42 indivíduos com SD e 15 indivíduos saudáveis (grupo controle), com a média de idade de 5,1 anos e 10,5 anos, respectivamente. Comparando os níveis de mRNA do grupo de SD com o grupo controle encontramos uma regulação negativa de 10,966 vezes do gene NLRP1 (p=0,0001); 2,349 vezes do gene NLRP3 (p=0,0001), e 1,166 vezes do gene IL-1β (p=0,101). Devido à ausência dos achados clínicos, não foi possível relacionar se essa regulação negativa está associada à susceptibilidade ao desenvolvimento de doenças autoimunes / inflamatórias em indivíduos com SD.
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