Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
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  • AMANDA MOREIRA GONCALVES DE AGUIAR
  • Análise do conteúdo de DNA mitocondrrial (mttDNA) e sua associação com resposta a fárrmacos em linhagens celulares de leucemia mieloide aguda

  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • LORENA LOBO DE FIGUEIREDO PONTES
  • RONALD FEITOSA PINHEIRO
  • Data: 02/02/2024

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  • Além da heterogeneidade clínica e morfológica, o metabolismo celular pode variar
    consideravelmente entre os diferentes tipos de leucemia mieloide aguda (LMA) e o
    conteúdo do DNA mitocondrial (mtDNAc) pode representar uma ótima alternativa
    para determinar o perfil metabólico (glicolítico ou fosforilativo) de uma célula, e com
    isso, desenvolver estratégias terapêuticas a fim de se obter maiores taxa de
    remissão. Neste trabalho, estabelecemos como principal objetivo avaliar o impacto
    das variações fisiológicas e induzidas (depleção) do mtDNAc em células leucêmicas
    frente ao tratamento in vitro com drogas indutoras de apoptose. Inicialmente, 47
    amostras de medula óssea de pacientes adultos com LMA foram incubadas com
    citarabina (100nM) durante 48h. Em paralelo, o mtDNAc de 11 diferentes amostras
    foi depletado por meio de RNA de interferência e, subsequentemente, incubadas
    com citarabina (100nM) por 48h. Todas as amostras foram obtidas ao diagnóstico.
    Após incubação, nós observamos uma forte correlação entre alto mtDNAc e baixa
    taxa de apoptose celular (Coeficiente de Pearson: r=-0,75, IC95%: -0,85 a -0,58).
    Corroborando esses achados, a taxa de apoptose nos blastos após a depleção in
    vitro do mtDNAc foi significativamente maior comparado ao controle (P<0,001). Com
    base nesses achados, pretendemos incluir, além da citarabina, metotrexato,
    venetoclax e metformina, e avaliar qual dessas drogas (analisadas separadamente
    ou em combinação) seria mais eficiente para matar células leucêmicas com perfis
    metabólicos distintos: metabolismo preferencialmente fosforilativo (MOLM13 e
    MV411) e metabolismo preferencialmente glicolítico (HL-60, OCI-AML3)

  • Mostrar Abstract
  • Além da heterogeneidade clínica e morfológica, o metabolismo celular pode variar
    consideravelmente entre os diferentes tipos de leucemia mieloide aguda (LMA) e o
    conteúdo do DNA mitocondrial (mtDNAc) pode representar uma ótima alternativa
    para determinar o perfil metabólico (glicolítico ou fosforilativo) de uma célula, e com
    isso, desenvolver estratégias terapêuticas a fim de se obter maiores taxa de
    remissão. Neste trabalho, estabelecemos como principal objetivo avaliar o impacto
    das variações fisiológicas e induzidas (depleção) do mtDNAc em células leucêmicas
    frente ao tratamento in vitro com drogas indutoras de apoptose. Inicialmente, 47
    amostras de medula óssea de pacientes adultos com LMA foram incubadas com
    citarabina (100nM) durante 48h. Em paralelo, o mtDNAc de 11 diferentes amostras
    foi depletado por meio de RNA de interferência e, subsequentemente, incubadas
    com citarabina (100nM) por 48h. Todas as amostras foram obtidas ao diagnóstico.
    Após incubação, nós observamos uma forte correlação entre alto mtDNAc e baixa
    taxa de apoptose celular (Coeficiente de Pearson: r=-0,75, IC95%: -0,85 a -0,58).
    Corroborando esses achados, a taxa de apoptose nos blastos após a depleção in
    vitro do mtDNAc foi significativamente maior comparado ao controle (P<0,001). Com
    base nesses achados, pretendemos incluir, além da citarabina, metotrexato,
    venetoclax e metformina, e avaliar qual dessas drogas (analisadas separadamente
    ou em combinação) seria mais eficiente para matar células leucêmicas com perfis
    metabólicos distintos: metabolismo preferencialmente fosforilativo (MOLM13 e
    MV411) e metabolismo preferencialmente glicolítico (HL-60, OCI-AML3)
2
  • RAÍSSA NOGUEIRA BERNARDO
  • INVESTIGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS NO GENE SELP E DOS NÍVEIS SÉRICOS DA sP-SELECTINA COM A MODULAÇÃO DO QUADRO CLÍNICO DE PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME
  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BETANIA LUCENA DOMINGUES HATZLHOFER
  • NEIDE SANTOS
  • PEDRO LUIZ DE FRANCA NETO
  • Data: 16/02/2024

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  • A anemia falciforme (AF) é caracterizada por um quadro hemolítico e inflamatório
    crônico, além de oclusão de vasos da microcirculação. Uma importante molécula no
    processo de adesão celular e de vaso-oclusão é a P-selectina. A P-selectina, exposta
    na superfície endotelial, leva ao aumento da adesão de leucócitos e de hemácias
    falcizadas, contribuindo para a vaso-oclusão. Polimorfismos no gene que codifica a
    P-selectina (SELP) podem estar associados a um quadro clínico adverso nos
    pacientes com AF. Assim, o objetivo deste trabalho é investigar a associação de
    polimorfismos (rs1800805, rs6131 e rs6133) no gene SELP e os níveis séricos da P
    selectina solúvel (sP-selectina) e associar com o quadro clínico de pacientes com AF.
    Foram selecionados 327 pacientes com AF, com mediana de idade de 34 anos (18 -
    63 anos), sendo 56,3% do sexo feminino e 43,7% do sexo masculino. Os
    polimorfismos rs1800805 e rs6131 não se mostraram associados com a ocorrência
    das complicações clínicas (P > 0,05), enquanto o genótipo GT do rs6133 foi associado
    com maior frequência (P = 0,025) e incidência cumulativa de síndrome torácica aguda
    (P = 0,037). Além disso, foram observados maiores níveis séricos de sP-selectina em
    pacientes com AF durante a crise vaso-oclusiva quando comparado a controles em
    estado basal (P < 0,0001). Esses resultados apontam para a importância da P
    selectina no processo vaso-oclusivo e o potencial do polimorfismo SELP rs6133 como
    um possível marcador molecular dos desfechos clínicos da doença.

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  • A anemia falciforme (AF) é uma doença hereditária caracterizada por um quadro hemolítico e inflamatório crônico. O aumento da liberação de citocinas pro- inflamatórias e a adesão celular ao endotélio vascular contribuem para a oclusão de vasos na microcirculação e subsequente dano aos tecidos, culminando em dor e outras complicações que variam entre os pacientes. Uma importante molécula no processo de adesão celular e de vaso-oclusão é a P-selectina. Como resultado da inflamação e da hipóxia, a P-selectina, exposta na superfície endotelial, leva ao aumento da adesão de leucócitos e de hemácias falcizadas, contribuindo para a vaso-oclusão. Dada a sua importância para a AF, é provável que polimorfismos no gene que codifica a P-selectina (SELP) podem estar associados a um quadro clínico adverso nos pacientes com AF. Assim, o objetivo deste trabalho é investigar a associação de polimorfismos no gene SELP e os níveis plasmáticos da P-selectina solúvel (sP-selectina) e correlacionar com o quadro clínico de pacientes com AF acompanhados na Fundação HEMOPE. Foram selecionados para o estudo 300 pacientes com AF com acompanhamento regular, maiores de 18 anos. Os perfis clínicos e laboratoriais dos pacientes foram obtidos a partir dos prontuários médicos. Os polimorfismos do gene SELP, −1969G/A (rs1800805), G1057A Ser290Asn (rs6131) e G1980T Leu599Val (rs6133), foram genotipados utilizando sondas TaqMan®, e a dosagem da sP-selectina foi realizada pela técnica de ELISA. O gene SELP figura como um importante marcador molecular dos desfechos clínicos da doença. Neste trabalho, demonstramos pela primeira vez a associação dos SNPs de SELP rs6133 e rs1800805.

3
  • MARCOS VINÍCIUS COSME
  • CALCOGENETOS DE PRATA E ÍNDIO FUNCIONALIZADOS COM SULFETO DE ZINCO (ZnS) E SULFETO DE BISMUTO (Bi2S3): ANÁLISE DA CITOTOXICIDADE E GENOTOXICIDADE IN VITRO

  • Orientador : ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • NEIDE SANTOS
  • NIÉDJA FITTIPALDI VASCONCELOS
  • Data: 28/02/2024

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  • Quantum Dots (QDs) são nanoestruturas reconhecidas por suas propriedades ópticas, estruturais e baixa toxicidade. Atualmente, são aplicados para biodetecção, bioimagem e nanomedicina teranóstica. Entretanto, faz-se necessário investigar seus possíveis efeitos adversos aos organismos. O presente trabalho visou caracterizar fisico-quimicamente e avaliar a atividade citotóxica e genotóxica in vitro de nanocristais calcogenetos de prata e índio, funcionalizados ou não com sulfeto de zinco (ZnS) e sulfeto de bismuto (Bi2S3). Para as caracterizações foram utilizadas técnicas de espectroscopia UV-Vis, difratometria de raios-X, potencial zeta e microscopia eletrônica. Adicionalmente, os testes de MTT (3,9 a 125 µg/mL) e de micronúcleo com bloqueio de citocinese (CBMN) (15,62 a 125 µg/mL) foram utilizados para avaliar a ação citotóxica e genotóxica, respectivamente, usando células normais (Vero E6). Os resultados de caracterização forneceram orientações valiosas para otimizar a síntese e explorar propriedades fundamentais dos nanocristais. No âmbito da citotoxicidade, os sulfetos de prata e índio, especialmente AIS e AISe, funcionalizados ou não por ZnS, mostraram-se promissores, mantendo a viabilidade celular ≥ 80% após 24 horas. O Bi2S3, por sua vez, apresentou ausência de citotoxicidade após 24 h e baixa citotoxicidade após 48 h apenas nas concentrações igual ou acima de 15,62 µg/mL. O CBMN revelou genotoxicidade para o Bi2S3 apenas na maior concentração (125 µg/mL). Os resultados indicam potencial para os materiais destacados no desenvolvimento de materiais inovadores em futuras aplicações em biomedicina.


  • Mostrar Abstract
  • Quantum Dots (QDs) são nanoestruturas com composição modulada, conhecidas por
    suas propriedades ópticas, estruturais e baixa toxicidade. Atualmente, são explorados
    como transportadores de biomoléculas, biodetecção, bioimagem e na nanomedicina
    teranóstica. Entretanto, se faz necessário investigar seus possíveis efeitos adversos
    aos organismos. O presente trabalho visou caracterizar fisico-quimicamente diferentes
    QDs recoberto ou não com sulfeto de zinco (@ZnS), incluindo AIS, AIS@ZnS, AISe,
    AISe@ZnS, AITe, AITe@ZnS e Bi3S2, bem como seu potencial citotóxico e
    antiproliferativo in vitro. Para tal, foram utilizadas as linhagens normal (Vero E6) e
    tumorais Hela, HT29, A549 e MDA-MB-231, usando teste MTT. Os resultados
    demontraram que a recobertura com @ZnS influenciou na estrutura e nas
    propriedades ópticas dos QDs. Em relação ao potencial citotóxico, a maioria das
    concentrações apresentou viabilidade ≥ 80% nas linhagens estudadas. O AISe@ZnS,
    AITe e AITe@ZnS reduziram a viabilidade da linhagem normal, enquanto AISe@ZnS
    não reduziu significativamente. Por outro lado, AITe e AITe@ZnS apresentaram
    reduções significativas na viabilidade celular nas concentrações de 3,9 a 7,81 μg/mL
    (62,28 a 65,40%) e 125 μg/mL (63,66%), respectivamente. O Bi3S2 demonstrou
    citotoxicidade significativa apenas em 3,9 μg/mL na linhagem HT29 (62,12%). Em
    suma, o presente estudo revela ausência de citotoxicidade in vitro para AIS, AISe,
    AISe@ZnS e Bi3S2 sobre as células normais Vero, indicando seus potenciais usos
    para aplicações biomédicas. Adicionalmente, o Bi3S2 mostra uma leve ação
    antiprioliferativa contra a linhagem HT29 em sua concentração mais baixa.
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  • OSMAR DOS REIS FILHO
  • ESTRUTURA POPULACIONAL E FILOGEOGRAFIA DE Philodryas olfersii NO NORDESTE BRASILEIRO

  • Orientador : MARCO JACINTO KATZENBERGER BAPTISTA NOVO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TAMÍ MOTT
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • VALESCA PANDOLFI
  • Data: 28/02/2024

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  • Os eventos macroecológicos passados no Nordeste brasileiro, como os ciclos glaciais e interglaciais no Pleistoceno e a formação da Diagonal Seca, moldaram a estrutura genética exibida por populações atuais nas diferentes escalas espaciais. Os répteis são excelentes modelos de estudos filogeográficos devido a sua ecologia e fisiologia. A espécie Philodryas olfersii, é uma serpente semi-arborícola que se distribui amplamente na América do Sul. Nosso principal objetivo foi avaliar a estruturação populacional existente em P. olfersii, determinando quais fatores estão influenciando sua distribuição genética. O DNA de indivíduos dos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte, foi extraído e submetido ao processo de PCR para os marcadores moleculares 16S, ND4 e COI. A diferenciação genética foi inferida pela AMOVA e valores de FST e a estruturação populacional foi realizada pelo pacote Geneland no software R. Ao todo foram utilizadas 17 amostras de 16S, 9 amostras de ND4 e 20 de COI. Os resultados da AMOVA destacara que existe mais diferenciação genética dentro das populações do que entre elas. Os valores de FST indicaram que existem populações geneticamente bem distintas, enquanto outras são mais similares. O Geneland recuperou a existência de populações genéticas bem definidas, sendo uma na região mais sul agrupando Alagoas, sul de Pernambuco e Piauí, outro cluster agrupando a Região Metropolitana de Recife e Paraíba, e outro mais ao norte com as amostras do Rio Grande do Norte.


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  • Os eventos macroecológicos passados no Nordeste brasileiro, como os ciclos glaciais e interglaciais no Pleistoceno e a formação da Diagonal Seca, moldaram a estrutura genética exibida por populações atuais nas diferentes escalas espaciais. Os répteis são excelentes modelos de estudos filogeográficos devido a sua ecologia e fisiologia. A espécie Philodryas olfersii, é uma serpente semi-arborícola que se distribui amplamente na América do Sul. Nosso principal objetivo foi avaliar a estruturação populacional existente em P. olfersii, determinando quais fatores estão influenciando sua distribuição genética. O DNA de indivíduos dos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte, foi extraído e submetido ao processo de PCR para os marcadores moleculares 16S, ND4 e COI. A diferenciação genética foi inferida pela AMOVA e valores de FST e a estruturação populacional foi realizada pelo pacote Geneland no software R. Ao todo foram utilizadas 17 amostras de 16S, 9 amostras de ND4 e 20 de COI. Os resultados da AMOVA destacara que existe mais diferenciação genética dentro das populações do que entre elas. Os valores de FST indicaram que existem populações geneticamente bem distintas, enquanto outras são mais similares. O Geneland recuperou a existência de populações genéticas bem definidas, sendo uma na região mais sul agrupando Alagoas, sul de Pernambuco e Piauí, outro cluster agrupando a Região Metropolitana de Recife e Paraíba, e outro mais ao norte com as amostras do Rio Grande do Norte.

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  • BRAZILIANO MIGUEL DA SILVA JÚNIOR
  • Avaliação da Expressão Diferencial dos Genes Mediados Pela Via Inflamatória do MYD88 na Resposta Terapêutica de Pacientes com Nefrite Lúpica

  • Orientador : PAULA SANDRIN GARCIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DENISE MARIA DO NASCIMENTO COSTA
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • WLISSES HENRIQUE VELOSO DE CARVALHO DA SILVA
  • Data: 28/02/2024

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  • A Nefrite Lúpica (NL) é uma das manifestações clínicas mais graves do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), podendo atingir cerca de 60% dos pacientes. Diferentes vias inflamatórias estão relacionadas à sua patogênese, como a sinalização mediada pelo complexo Myddosoma. Essa via resulta na produção de citocinas pró inflamatórias que contribuem para patogênese da doença. Nesse sentido, o nosso estudo avaliou a expressão de genes da via mediada pelo Myddosoma em relação à resposta ao tratamento imunossupressor para a NL. Vinte e dois pacientes com NL foram acompanhados durante 12 meses, com coletas nos tempos 0, 6 e 12 meses. Os pacientes foram classificados em responsivos (17) e não responsivos (5), e quanto ao prognóstico em resposta precoce (n=14) e não precoce (n=8). Os ensaios de expressão gênica foram realizados para os genes MYD88, TRAF6, IRAK3 e NFKB1, utilizando os genes de referência RPLP0 e EF1A. A análise de expressão relativa do grupo respondedor mostrou uma redução nos níveis de mRNA de TRAF6 (p=0,0035), bem como redução dos níveis séricos de IL-1β (p=0,0282). Ademais, o grupo com resposta precoce mostrou redução nos níveis de mRNA de MYD88 (0,0460), TRAF6 (p=0,0041) e NFKB1 (p=0,0498). Adicionalmente, o grupo com resposta precoce apresentou redução dos níveis de IL-1β (p=0,0446) e IL-8 (p=0,0080). Os nossos dados corroboram com a hipótese de redução da inflamação em pacientes responsivos e com resposta precoce ao tratamento imunossupressor para NL. 

  • Mostrar Abstract
  • A Nefrite Lúpica (NL) é uma das manifestações clínicas mais graves do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) atingindo cerca de 60% dos pacientes. Diferentes vias inflamatórias estão relacionadas ao desenvolvimento e agravamento da NL. Dentre essas vias, destaca-se a sinalização mediada pelo complexo Myddosoma que resulta na produção de citocinas pró inflamatórias envolvidas na patogênese da doença. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar a expressão dos genes MYD88, IRAK3, TRAF6  e NFKB1, envolvidos nessa via de sinalização a fim de averiguar sua relação com a NL. Os ensaios de expressão gênica foram realizados em amostras de mRNA de 10 indivíduos acompanhados em terapia durante o período de um ano, utilizando sondas de expressão gênica Taqman® (Thermo Fisher Scientific, MA, USA) para os genes alvo TRAF6 e NFKB1 e genes de referência RPLP0 e EF1A. Ademais, coletamos dados clínicos e laboratoriais para a caracterização desses pacientes para comparação com a expressão gênica e resposta ao tratamento. Nossos resultados permitiram observar uma redução progressiva da expressão de TRAF6 (Tempo inicial e 12 meses p = 0,0273) e NFKB1 (Tempo inicial e 12 meses p = 0,8457) ao longo do tratamento terapêutico. Em relação aos dados clínicos e laboratoriais observamos diminuição progressiva nos níveis de creatinina sérica, proteinúria de 24 horas e aumento da taxa de filtração glomerular estimada, albumina sérica e das proteínas do complemento C3 e C4. Concluímos que o nível de expressão dos genes TRAF6 e NFKB1 reduziu progressivamente ao longo do tratamento imunossupressor para a NL. 
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  • NATERCIA CORRÊA DE ARAÚJO
  • ANÁLISE DA TOXICIDADE, CITOTOXICIDADE E GENOTOXICIDADE DE EFLUENTES DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO MULTIFABRIL MEDIANTE SISTEMA-TESTE Allium cepa L.
  • Orientador : ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • FABRICIO MOTTERAN
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • ÍCARO FILLIPE DE ARAÚJO CASTRO
  • Data: 29/02/2024

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  • Os tratamentos das águas residuárias são de suma importância para melhoria dos
    efluentes lançados no meio ambiente. A toxicidade da água pode afetar
    diretamente os seres vivos em nível celular e genético. A Estação de Tratamento
    de Efluentes Multifabril localizado na região metropolitana do Recife recebe
    efluentes de 14 indústrias de diferentes setores, cujo tratamento consiste em três
    lagoas sequenciais. O trabalho visou avaliar o comportamento físico-químico das
    lagoas da ETE Multifabril, bem como sua toxicidade, citotoxicidade e
    genotoxicidade mediante sistema-teste Allium cepa. Análises mostraram valores
    de Matéria Orgânica (DQO e DBO filtradas) do afluente de 1301,8 e 225 mg O2/L,
    enquanto, ao final da terceira lagoa, foram de 250,7 e 150 mg O2/L,
    respectivamente, indicando solubilização da matéria orgânica em suspensão. As
    amostras das três lagoas apresentaram toxicidade em relação à precocidade da
    germinação das sementes quando comparada ao controle negativo (CN),
    observando-se uma redução da toxicidade na lagoa 3. Não houve citotoxicidade
    na entrada do sistema. Contudo, houve aumento significativo da citotoxicidade
    nas amostras das três lagoas, em relação ao CN, variando de 9,83% (lagoa 1) a
    11,44% (lagoa 3). Na genotoxicidade, as três lagoas apresentaram aumento
    significativo de alterações cromossômicas, variando de 1,60%, na lagoa 1 a
    2,20% na lagoa 3, em relação a CN (0,62%). Os resultados indicam, que apesar
    da melhoria dos aspectos físico-químicos e da toxicidade ao final do processo de
    tratamento da ETE Multifabril, onde houve um aumento da concentração de
    matéria orgânica biodegradável, os efluentes mantêm a citotoxicidade e
    genotoxicidade provavelmente devido à presença de subprodutos da
    biodegradação.

  • Mostrar Abstract
  • Os tratamentos de esgoto são de suma importância para melhoria dos efluentes lançados no meio ambiente. A toxicidade da água pode afetar diretamente os seres vivos em diferentes níveis, incluindo nível celular e genético. A ETE Multifabril da Compesa recebe efluentes de 14 indústrias de diferentes setores, cujo tratamento biológico consiste em três lagoas sequenciais. O trabalho visou avaliar o comportamento físico-químico das lagoas da ETE Multifabril, a partir da toxicidade e a citogenotoxicidade dos efluentes, mediante sistema-teste Allium cepa. Análises mostraram valores de DQO e DBO filtradas do afluente de 1398,40 e 50 mg O2/L, enquanto, ao final da terceira lagoa, foram de 363,40 e 150 mg O2/L, respectivamente, indicando solubilização da matéria orgânica em suspensão. As amostras das três lagoas apresentaram toxicidade em relação à precocidade da germinação das sementes quando comparada ao controle negativo (CN). Não houve citotoxicidade na entrada do sistema. Contudo, houve aumento significativo da citotoxicidade nas amostras das três lagoas, em relação ao CN, variando de 9,83% (lagoa 1) a 11,44% (lagoa 3). Na genotoxicidade, as três lagoas apresentaram aumento significativo do índice de alterações cromossômicas, variando de 1,60%, na saída da lagoa 1 a 2,20% na lagoa 3, em relação a CN (0,62%). Os resultados indicam, que apesar da melhoria dos aspectos físico-químicos ao final do processo de tratamento da ETE Multifabril, os efluentes mantêm a citogenotoxicidade.

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  • BRUNA VASCONCELOS DE ALCANTARA
  • IMPACTO CLÍNICO DA EXPRESSÃO DO GENE ID1 NA LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA

  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • BETANIA LUCENA DOMINGUES HATZLHOFER
  • DIEGO ANTONIO PEREIRA MARTINS
  • Data: 29/02/2024

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  • inibidor de ligação ao DNA 1 (ID1tem sido frequentemente associado com início e progressão de diversos tumores humanos. Na leucemia mieloide aguda, um crescente número de evidências sugere que a alta expressão desse gene pode afetar tanto a leucemogênese quanto o prognóstico dos pacientes. No entanto, pouco se sabe sobre o seu papel na leucemia promielocítica aguda (LPA), uma doença que, embora tenha um prognóstico favorável, um número significativo de pacientes ainda sofre recaída quando tratados com ácido all-trans retinóico (ATRA) e quimioterapia. Nosso trabalho investigou a importância clínica da expressão aberrante do gene ID1 em 226 amostras de medula óssea de pacientes com LPA tratados com ATRA e quimioterapia. Pacientes com alta expressão de ID1 tiveram uma menor sobrevida global (SG) (41%, intervalo de confiança, IC 95%: 28–54%), quando comparados aos pacientes com baixa expressão de ID1 (83%, IC 95%: 76–89%) (P<0,001). De forma semelhante, pacientes de alto risco (ou seja, aqueles com contagem de leucócitos >10×109/L) com alta expressão de ID1 apresentaram uma taxa de SG significativamente menor (23%, IC 95%: 8–42) do que aqueles com baixa expressão de ID1 (62%, IC 95%: 45–75) (P=0,0047). Deste modo, concluímos que a expressão aberrante do ID1 tem impacto prognóstico na LPA, pelo menos quando o tratamento é à base de ATRA e quimioterapia. Além disso, esses resultados podem ser úteis para refinar a estratificação de risco de acordo com o perfil molecular do paciente.


  • Mostrar Abstract
  • Apesar da expressão aberrante do inibidor do gene de ligação ao DNA 1 (ID1) ter
    sido anteriormente associada à leucemogênese e mau prognóstico na leucemia
    mieloide aguda, pouco se sabe sobre seu papel na leucemia promielocítica aguda
    (LPA). Utilizando reação em cadeia da polimerase em tempo real quantitativa,
    quantificamos retrospectivamente os transcritos do gene ID1 em 226 amostras de
    medula óssea de pacientes com LPA tratados homogeneamente com ácido all-trans
    retinóico (ATRA) e quimioterapia. O acompanhamento médio dos pacientes foi de 39
    meses (intervalo de confiança de 95%, IC: 36-43 meses), com taxa de sobrevida
    global (SG) estimada em 5 anos de 74% (IC 95%: 68-80%). Pacientes com alta
    expressão de ID1 tiveram uma SG estimada em 5 anos menor (41%, IC 95%: 28-
    54%) quando comparados com os pacientes com baixa expressão de ID1 (83%, IC
    95%: 76-89%) (p <0,001). Esse resultado foi consistente com a análise de riscos
    proporcionais de Cox (risco proporcional [do inglês, hazard ratio, HR]: 2,95, IC 95%:
    1,63-5.28; p <0,001). Considerando apenas os pacientes que alcançaram remissão
    completa (82%), a taxa estimada de sobrevida livre de doença (SLD) em 5 anos foi
    de 84% (IC 95%: 78-90%). Pacientes com alta expressão de ID1 apresentaram SLD
    em 5 anos significativamente mais baixa (74%, IC 95%: 55-85%) em comparação
    com pacientes com baixa expressão de ID1 (86%, IC 95%: 78-92%) (p = 0,031). No
    entanto, essa diferença não foi consistente com a análise multivariada (HR: 1,23, IC
    95%: 0,46-3,26; p=0,67). Além disso, a expressão aberrante de ID1 foi capaz de
    sub-estratificar os pacientes com doença de alto risco (ou seja, aqueles com
    contagem inicial de leucócitos >10×109 /L), ou seja, pacientes de alto risco com alta
    expressão de ID1 tiveram uma taxa de SG estimada em 5 anos menor (23%, IC
    95%: 8–42) do que àqueles com baixa expressão de ID1 (62%, IC 95%: 45-75)
    (p=0,0047). A expressão de ID1 manteve seu valor prognóstico na análise
    multivariada (HR: 2,1, IC 95%: 1,2–4.1; p=0,04). Assim, concluímos que a expressão
    aberrante do ID1 tem impacto prognóstico na LPA, pelo menos quando o tratamento
    é a base de ATRA+quimioterapia, e pode ser útil para refinar a estratificação de risco
    dos pacientes, embora esses resultados ainda precisem ser confirmados em coortes
    independentes.
8
  • ANA CAROLINA BRANCO NEVES SILVA
  • Variantes Patogênicas em Genes de Alta Penetrância em Predisposição ao Câncer de Mama Hereditário

  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 26/03/2024

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  • O câncer de mama hereditário, vinculado a variantes patogênicas em genes de alta penetrância representa cerca de 5-10% dos casos. Este estudo buscou analisar esses genes, proporcionando uma visão atualizada sobre o tema. A revisão envolveu 3103 artigos, priorizando a origem das publicações. Foi realizada uma análise detalhada das variantes patogênicas e provavelmente patogênicas no ClinVar em BRCA1, BRCA2, CDH1, PALB2, PTEN, STK11 e TP53, selecionadas pelas associações com o maior número de condições clínicas. Observou-se uma frequência elevada de publicações nos países do Hemisfério Norte, em detrimento da África e América Latina. Em todos os genes estudados, variantes com conflitos de classificações foram identificadas. As variantes em BRCA1 e BRCA2, como c.5153-2del e c.1909+1G>A, destacaram-se. CDH1 apresentou a variante c.1901C>T como mutação fundadora em Portugal. Em PALB2, a variante c.757_758del foi prevalente em populações miscigenadas. PTEN exibiu as variantes c.209+1G>A e c.634+5G>A, predominantes em populações europeias finlandesas e americanas miscigenadas. STK11 destacou as variantes c.290+1G>A, c.464+1G>T e c.719C>A, com maiores frequências alélicas em populações afroamericanas, europeias e sul-asiáticas. Em TP53, a variante c.799C>T foi associada a múltiplas condições, predominando em populações sul-asiáticas e europeias. No geral, este estudo demonstrou a importância de uma atualização do conhecimento relacionado aos genes de alta penetrância envolvidos no câncer de mama hereditário.


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  • O câncer de mama hereditário, vinculado a variantes patogênicas em genes de alta penetrância representa cerca de 5-10% dos casos. Este estudo buscou analisar esses genes, proporcionando uma visão atualizada sobre o tema. A revisão envolveu 3103 artigos, priorizando a origem das publicações. Foi realizada uma análise detalhada das variantes patogênicas e provavelmente patogênicas no ClinVar em BRCA1, BRCA2, CDH1, PALB2, PTEN, STK11 e TP53, selecionadas pelas associações com o maior número de condições clínicas. Observou-se uma frequência elevada de publicações nos países do Hemisfério Norte, em detrimento da África e América Latina. Em todos os genes estudados, variantes com conflitos de classificações foram identificadas. As variantes em BRCA1 e BRCA2, como c.5153-2del e c.1909+1G>A, destacaram-se. CDH1 apresentou a variante c.1901C>T como mutação fundadora em Portugal. Em PALB2, a variante c.757_758del foi prevalente em populações miscigenadas. PTEN exibiu as variantes c.209+1G>A e c.634+5G>A, predominantes em populações europeias finlandesas e americanas miscigenadas. STK11 destacou as variantes c.290+1G>A, c.464+1G>T e c.719C>A, com maiores frequências alélicas em populações afroamericanas, europeias e sul-asiáticas. Em TP53, a variante c.799C>T foi associada a múltiplas condições, predominando em populações sulasiáticas e europeias. No geral, este estudo demonstrou a importância de uma atualização do conhecimento relacionado aos genes de alta penetrância envolvidos no câncer de mama hereditário.

9
  • GEORGIA FERNANDA DE OLIVEIRA
  • Investigação Molecular de PBMAH Familiar Sem Causa Genética Esclarecida

  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JUAN LUIZ COELHO DA SILVA
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 26/03/2024

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  • A hiperplasia adrenal macronodular bilateral primária (PBMAH) é um subtipo raro da Síndrome de Cushing (SC) caracterizado pelo surgimento de macronódulos adrenais bilaterais com mais de 10 mm de diâmetro. Sua variabilidade fenotípica e a presença de SC subclínica - ausência de fenótipo característico de hipercortisolismo - sugerem que a prevalência de PBMAH familiar é subestimada, principalmente devido às dificuldades do seu diagnóstico. Neste estudo, foi utilizado o Sequenciamento do Genoma Completo (WGS) para investigar possíveis fatores genéticos em uma família com PBMAH e negativos para variantes patogênicas no gene ARMC5 (principal gene associado a casos familiares da doença). O WGS oferece um panorama detalhado de diversos tipos de alterações genéticas e embora represente um maior custo inicial, reduz a necessidade de processamentos subsequentes com outras técnicas. Isso não apenas agiliza o diagnóstico como também minimiza manipulações das amostras, diminuindo os riscos associados. A análise dos dados de sequenciamento revelou que a baixa qualidade do material e limitações da técnica de Repli-g comprometeram significativamente a precisão dos resultados. Apesar dessas limitações, foi realizada uma avaliação criteriosa dos dados de sequenciamento obtidos, utilizando ferramentas de análise de dados genéticos. Com isso, foi possível levantar pontos relevantes de discussão sobre o presente estudo, incluindo a escolha de metodologias de bancada, manipulação de amostras e verificação dos dados de sequenciamento.


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  • A hiperplasia adrenal macronodular bilateral primária (PBMAH) é um subtipo raro da Síndrome de Cushing (SC) caracterizado pelo surgimento de macronódulos adrenais bilaterais com mais de 10 mm de diâmetro. Sua variabilidade fenotípica e a presença de SC subclínica - ausência de fenótipo característico de hipercortisolismo - sugerem que a prevalência de PBMAH familiar é subestimada, principalmente devido às dificuldades do seu diagnóstico. Neste estudo, foi utilizado o Sequenciamento do Genoma Completo (WGS) para investigar possíveis fatores genéticos em uma família com PBMAH e negativos para variantes patogênicas no gene ARMC5 (principal gene associado a casos familiares da doença). O WGS oferece um panorama detalhado de diversos tipos de alterações genéticas e embora represente um maior custo inicial, reduz a necessidade de processamentos subsequentes com outras técnicas. Isso não apenas agiliza o diagnóstico como também minimiza manipulações das amostras, diminuindo os riscos associados. A análise dos dados de sequenciamento revelou que a baixa qualidade do material e limitações da técnica de Repli-g comprometeram significativamente a precisão dos resultados. Apesar dessas limitações, foi realizada uma avaliação criteriosa dos dados de sequenciamento obtidos, utilizando ferramentas de análise de dados genéticos. Com isso, foi possível levantar pontos relevantes de discussão sobre o presente estudo, incluindo a escolha de metodologias de bancada, manipulação de amostras e verificação dos dados de sequenciamento.

Teses
1
  • DENISE DE QUEIROGA NASCIMENTO
  • ANÁLISE FUNCIONAL DOS GENES DOS INFLAMASSOMAS NLRP1 E NLRP3 EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO DE INÍCIO NA INFÂNCIA
  • Orientador : PAULA SANDRIN GARCIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALESSANDRA PONTILLO
  • LUCIANA MARTINS DE CARVALHO
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • PAULO ROBERTO ELEUTERIO DE SOUZA
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • Data: 29/01/2024

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  • Lúpus Eritematoso Sistêmico de início na infância (LESc) é uma doença autoimune
    crônica caracterizada por inflamação persistente. Alterações genéticas e na
    expressão de genes do complexo do inflamassoma já foram associadas a várias
    doenças autoimunes, incluindo o lúpus eritematoso sistêmico (LES) em indivíduos
    adultos. Assim, nosso estudo avaliou variantes de nucleotídeos únicos (SNVs) e a
    expressão dos genes do inflamassoma em cultivo de células mononucleares do
    sangue periférico de pacientes com LESc e indivíduos saudáveis. Nossos
    resultados mostraram que o alelo A do rs2043211 do CARD8 está associado à
    suscetibilidade ao LESc (OR=1,6, p=0,019). Além disso, o genótipo GG do
    rs10754558 do NLRP3 aumentou o risco de alterações renais (OR=58,854;
    p=0,027). Ainda, o alelo A do rs12150220 do NLRP1 foi relacionado à
    suscetibilidade à anemia hemolítica (OR=3,16, p=0,013) e proteção contra rash
    malar (OR=0,51; p=0,040), e o alelo A do rs16944 do IL-1β mostrou proteção contra
    artrite, manifestações hematológicas e envolvimento renal. Quanto à análise da
    expressão gênica, encontramos um aumento significativo da expressão do NLRP1
    nos pacientes LESc (FC=2,22; p=0,038) sob estímulo de LPS + ATP, enquanto
    outros genes não apresentaram diferenças estatisticamente significativas.
    Observamos também menor expressão do gene IL-18 nos pacientes inativos na
    condição LPS e LPS+ATP, em comparação com os controles. Assim, nosso estudo
    demonstrou que o inflamassoma apresenta influência na patofisiopatologia do
    LESc, tanto na susceptibilidade ao estabelecimento e manifestações da doença
    quanto na expressão dos genes em resposta à diferentes estímulos.

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  • Lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESj) é uma doença autoimune crônica
    caracterizada por um processo inflamatório abrupto e que sofre influencia
    genética para seu desencadeamento. Variantes no complexo do inflamassoma
    tem sido avaliados como contribuintes para a exacerbação inflamatoria
    característica dessa doença. Assim, analisamos a possível associação dos
    variantes de base única (SNVs) dos genes do inflamassoma NLRP1 (rs12150220)
    NLRP3 (rs35829419), NLRP3 (rs10754558), CARD8 (rs2043211), CASP1
    (rs61751523), IL18 (rs1946519) e IL-1B (rs16944) com o desenvolvimento da
    doença e suas manifestações clínicas em 101 pacientes do estado de
    Pernambuco, Alagoas e São Paulo e 109 controles saudáveis dos respectivos
    estados. A genotipagem foi realizada com sondas TaqMan® e as frequências
    alélicas, genotípicas e Equilíbrio de Hardy-Weinberg (HWE) foram calculadas.
    Associações entre genótipos e variáveis clínicas e demográficas foram realizadas
    por regressão logística multinomial. Encontramos que o alelo A do SNV CARD8
    rs2043211 está associado ao desenvolvimento do LESj (p=0,019). Nas
    manifestações clínicas, o genótipo GG rs10754558 foi associada a proteção para
    a alteração renal (p=0,0040), o alelo A rs12150220 à anemia hemolítica p=0,013)
    e seu genótipo AA a proteção ao índice de atividade da doença (p=0,014). O alelo
    A rs12150220 foi associada à proteção ao eritema malar (p=0,040) e o alelo A do
    SNV rs16944 à artrite (p=0,015), alterações hematológicas (p=0.0015) e renal
    (p=0,023). Concluimos que as variantes avaliadas contribuem para o
    desenvolvimento do LESj e com manifestações clínicas na população estudada.
2
  • WERBSON LIMA GUARANA
  • GENES DO COMPLEXO INFLAMASSOMA: SUSCEPTIBILIDADE AO DESENVOLVIMENTO DA OSTEOPOROSE E RESPOSTA FRENTE À TERAPIA COM BIFOSFONATOS
  • Orientador : PAULA SANDRIN GARCIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALESSANDRA PONTILLO
  • BRUNO DE MELO CARVALHO
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • Data: 30/01/2024

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  • O sistema imunológico desempenha um papel crítico no estabelecimento da
    osteoporose (OP), uma vez que a deficiência de estrógeno eleva a produção de IL-
    1β e IL-18, aumentando a reabsorção óssea. Nesse contexto os inflamassomas são
    as principais vias de ativação dessas citocinas, com estudos associando variantes
    de nucleotídeo único (SNVs) com a maior atividade da via. O presente trabalho
    avaliou a associação de SNVs em genes da via do inflamassoma NLRP3 com o
    estabelecimento e severidade da OP. Adicionalmente, avaliamos a influência de
    diferentes estímulos (Alendronato, IFN-γ e β-estradiol) na expressão de genes dos
    inflamassomas NLRP3 e AIM2 em cultivos de células de osteosarcoma (SaOs-2).
    Nossos resultados mostraram a associação do genótipo CA (rs35829419) no NLRP3
    com a diminuição da densidade mineral óssea (DMO), enquanto o genótipo AA
    (rs16944) no IL-1β foi associado com o aumento de DMO. Os genótipos GG
    (rs16944) e AA (rs1946519) em IL-1β e IL-18apresentaram associação com
    menores níveis de fosfatase alcalina (ALP) e de vitamina D, respectivamente. No
    estudo in vitro com SaOs-2, observamos que o estímulo de IFN-γ aumentou a
    expressão de AIM2 e CASP1, assim como os estímulos com alendronato e β-
    estradiol aumentaram a expressão de CARD8 e GDSDMD. Dessa forma, nesse
    estudo demonstramos que SNVs no NLRP3 podem apresentar impacto no
    prognóstico do tratamento da OP, além de demonstrar a influência do IFN-γ,
    alendronato e β-estradiol na expressão dos genes do inflamassoma.

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  • A osteoporose (OP) é uma doença osteometabólica multifatorial com o sistema imunológico desempenhando um papel crítico no estabelecimento da doença, uma vez que a deficiência de estrógeno eleva a produção de citocinas pró-inflamatórias IL-1β e IL-18 aumentando a reabsorção óssea. Nesse contexto o inflamassoma NLRP3 é a principal via de ativação dessas citocinas, porém variantes de nucleotídeo único (SNVs) em genes dessa via têm sido associados com o aumento de sua atividade. Dessa forma objetivo do trabalho foi avaliar a associação de SNVs em genes da via do inflamassoma NLRP3 (NLRP3, CARD8, CASP1, IL-18 e IL-1β) com o estabelecimento e severidade da OP. Para isso foram genotipadas 196 amostras de DNA de pacientes com OP pós-menopausa e 103 controles saudáveis. Nossos resultados mostraram a associação do genótipo CA (rs35829419) do NLRP3 com menores níveis densidade mineral óssea (DMO) na região lombar (p = 0,001); observamos também a associação do genótipo AA (rs16944) no IL-1β com maiores níveis de DMO na região do quadril (p = 0,009). Em relação aos marcadores bioquímicos avaliados, observamos associação do dos genótipos GG no IL-1β (rs16944) com menores níveis de fosfatase alcalina (ALP) (p = 0,009) e o genótipo AA IL-18 (rs1946519) com nos hmenores níveis de vitamina D (p = 0,018). Portanto, pode-se concluir que SNVs nos genes do complexo inflamassoma NLRP3 podem impactar negativamente no prognóstico do tratamento da OP, indicando sua participação no metabolismo ósseo e sua desregulação.
3
  • RENATA SANTANA DA SILVA
  • Mapeamento e análise de interações envolvidas na formação do complexo EIF4E6/ EIF4G5 de Trypanosoma brucei
  • Orientador : OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANNA JESSICA DUARTE SILVA
  • CHRISTIAN ROBSON DE SOUZA REIS
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • MARIA HELENA NEVES LOBO SILVA
  • OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
  • Data: 26/02/2024

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  • Os tripanosomatídeos são protozoários flagelados responsáveis por várias doenças tidas como negligenciadas e se caracterizam por apresentar algumas peculiaridades biológicas no que diz respeito a mecanismo de controle da expressão gênica, regulada por eventos predominantemente pós-transcricionais e que inclui eventos regulatórios durante a tradução dos mRNAs. Em eucariotos, o reconhecimento do cap do mRNA pela subunidade 4E do complexo heterotrimérico eIF4F é considerado um elemento chave no processo de iniciação da tradução, tendo em vista que diferenças cinéticas nas interações eIF4F-mRNA podem mediar diferenças na eficiência da tradução entre mRNAs. Múltiplos homólogos foram identificados em tripanosomatídeos formando diferentes complexos do tipo eIF4F. Esse trabalho buscou estudar e caracterizar o complexo formado pelas proteínas EIF4E6/EIFG5/EIFG5-IP em T. brucei. Foram investigadas as interações moleculares envolvidas na interação EIF4E6/EIF4G5 por ensaios in vitro de interação de proteína-proteína e cristalografia. Onde um peptídeo na região N-terminal da EIF4G5 é responsável pela formação e interação entre a proteína EIF4E6 pertencente ao complexo. Posteriormente buscamos mapear as interações envolvidas entre o EIF4G5/EIF4G5-IP para isso três regiões conservadas no EIF4G5 sofreram substituição de seus aminoácidos para codificação de alaninas por mutagênese sítio dirigida e foram expressas em células procíclicas fusionadas ao epítopo HA e usadas em ensaios de imunoprecipitação. A análise de proteínas coprecipitadas mostraram a perda da interação entre as proteínas EIF4G5 e EIF5G5-IP sem ocorrer nenhum impacto na interação com a terceira proteína pertencente ao complexo, TbEIF4E6. E a presença de inúmeras proteínas da zona de fixação do flagelo e de citoesqueleto, por fim, confirmamos a atuação desse complexo na fase sanguínea atuando no processo de tradução, com a presença de diversas proteínas ribossomais 40S e 60S, além de outros fatores de tradução. Sendo assim, nossos experimentos devem ajudar a entender melhor o papel deste complexo na espécie de T. brucei.


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  • Os tripanosomatídeos são protozoários flagelados responsáveis por várias doenças tidas como negligenciadas e se caracterizam por apresentar algumas peculiaridades biológicas no que diz respeito a mecanismo de controle da expressão gênica, regulada por eventos predominantemente pós-transcricionais e que inclui eventos regulatórios durante a tradução dos mRNAs. Em eucariotos, o reconhecimento do cap do mRNA pela subunidade 4E do complexo heterotrimérico eIF4F é considerado um elemento chave no processo de iniciação da tradução, tendo em vista que diferenças cinéticas nas interações eIF4F-mRNA podem mediar diferenças na eficiência da tradução entre mRNAs. Múltiplos homólogos foram identificados em tripanosomatídeos formando diferentes complexos do tipo eIF4F. Esse trabalho buscou estudar e caracterizar o complexo formado pelas proteínas EIF4E6/EIFG5/EIFG5-IP em T. brucei. Foram investigadas as interações moleculares envolvidas na interação EIF4E6/EIF4G5 por ensaios in vitro de interação de proteína-proteína e cristalografia. Onde um peptídeo na região N-terminal da EIF4G5 é responsável pela formação e interação entre a proteína EIF4E6 pertencente ao complexo. Posteriormente buscamos mapear as interações envolvidas entre o EIF4G5/EIF4G5-IP para isso três regiões conservadas no EIF4G5 sofreram substituição de seus aminoácidos para codificação de alaninas por mutagênese sítio dirigida e foram expressas em células procíclicas fusionadas ao epítopo HA e usadas em ensaios de imunoprecipitação. A análise de proteínas coprecipitadas mostraram a perda da interação entre as proteínas EIF4G5 e EIF5G5-IP sem ocorrer nenhum impacto na interação com a terceira proteína pertencente ao complexo, TbEIF4E6. E a presença de inúmeras proteínas da zona de fixação do flagelo e de citoesqueleto, por fim, confirmamos a atuação desse complexo na fase sanguínea atuando no processo de tradução, com a presença de diversas proteínas ribossomais 40S e 60S, além de outros fatores de tradução. Sendo assim, nossos experimentos devem ajudar a entender melhor o papel deste complexo na espécie de T. brucei.

4
  • RAHISA HELENA DA SILVA
  • Genômica Estrutural, Comparativa e Funcional De Genes Codificadores de Helicases Expressos em Pinhão-Manso (Jatropha curcas L.) Sob Estresse Salino

  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • EDERSON AKIO KIDO
  • MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
  • NATONIEL FRANKLIN DE MELO
  • VALESCA PANDOLFI
  • Data: 29/02/2024

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  • O pinhão-manso (Jatropha curcas L.) é uma oleaginosa não comestível com potencial para produção de biodiesel. Apesar de tolerante à seca, o pinhãomanso é sensível a salinidade do solo, um dos principais estresses abióticos. Quando submetidas a estresses, o metabolismo das plantas recorre a uma variedade de grupos gênicos que irão atuar para manter o equilíbrio celular. Dentre esses grupos gênicos, as helicases têm sido associadas a vias de tolerância a estresses. Logo, o objetivo deste trabalho foi identificar e caracterizar os genes helicase de pinhão-manso e avaliar sua resposta a salinidade. Foram identificados 130 genes codificadores de helicases para pinhão-manso. Destes, 79 codificam RNA helicases, 25 DNA helicases e 26 remodeladores da cromatina. Todas as helicases de pinhão-manso compartilham o core conservado relativo ao grupo, que consiste na presença dos motivos Walker A e Walker B dispostos em dois domínios centrais. As regiões promotoras desses genes apresentaram candidatos a elementos cis regulatórios importantes no contexto de respostas a estresses abióticos, tais como Dof-type, AP2-ERF, HDZIP, WRKY, bHLH dentre outros. Dados de RNA-Seq permitiram identificar 103 transcritos helicase diferencialmente expressos (p-value < 0.0001; FDR < 0.005) a estímulo de salinidade (150 mM de NaCl por três horas). Redes PPI evidenciaram uma variedade de processos envolvendo essas helicases incluindo vias de splicing, reparo do DNA, biogênese ribossomal, turnover de RNAs e proteínas, síntese de fosfoinositídeos, transporte vesicular, manutenção de cloroplastos e mitocôndrias dentre outros. Estes resultados podem auxiliar o desenvolvimento de marcadores moleculares funcionais a serem utilizados nos programas de melhoramento da planta.


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  • O pinhão-manso (Jatropha curcas L.) é uma oleaginosa não comestível com potencial para produção de biodiesel. Apesar de tolerante à seca, o pinhãomanso é sensível a salinidade do solo, um dos principais estresses abióticos. Quando submetidas a estresses, o metabolismo das plantas recorre a uma variedade de grupos gênicos que irão atuar para manter o equilíbrio celular. Dentre esses grupos gênicos, as helicases têm sido associadas a vias de tolerância a estresses. Logo, o objetivo deste trabalho foi identificar e caracterizar os genes helicase de pinhão-manso e avaliar sua resposta a salinidade. Foram identificados 130 genes codificadores de helicases para pinhão-manso. Destes, 79 codificam RNA helicases, 25 DNA helicases e 26 remodeladores da cromatina. Todas as helicases de pinhão-manso compartilham o core conservado relativo ao grupo, que consiste na presença dos motivos Walker A e Walker B dispostos em dois domínios centrais. As regiões promotoras desses genes apresentaram candidatos a elementos cis regulatórios importantes no contexto de respostas a estresses abióticos, tais como Dof-type, AP2-ERF, HDZIP, WRKY, bHLH dentre outros. Dados de RNA-Seq permitiram identificar 103 transcritos helicase diferencialmente expressos (p-value < 0.0001; FDR < 0.005) a estímulo de salinidade (150 mM de NaCl por três horas). Redes PPI evidenciaram uma variedade de processos envolvendo essas helicases incluindo vias de splicing, reparo do DNA, biogênese ribossomal, turnover de RNAs e proteínas, síntese de fosfoinositídeos, transporte vesicular, manutenção de cloroplastos e mitocôndrias dentre outros. Estes resultados podem auxiliar o desenvolvimento de marcadores moleculares funcionais a serem utilizados nos programas de melhoramento da planta.

2023
Dissertações
1
  • DIEGO SANTANA JERONIMO DA SILVA
  • Perfil de Expressão dos genes da Via WNT de Sinalização em indivíduos com Nefrite Lúpica sob tratamento com imunossupressores: Estudo Prospectivo  

  • Orientador : PAULA SANDRIN GARCIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • DENISE MARIA DO NASCIMENTO COSTA
  • RONALDO CELERINO DA SILVA
  • Data: 28/02/2023

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  • A nefrite lúpica (NL) é uma das características clínicas mais comuns do Lúpus Eritematoso Sistêmico e atinge até 70% dos pacientes. Além disso, é um dos sintomas que mais provocam morbimortalidade nos pacientes com a doença. A busca por um biomarcador específico que consiga predizer a resposta e o direcionamento do tratamento da NL é um desafio para a clínica. Entre os biomarcadores propostos, fatores genéticos associados a resposta inflamatória e imunológica têm sido amplamente estudados. Nesse contexto, a Via WNT βcatenina tem sido apontada com papel importante nas doenças inflamatórias e autoimunes. Nesse sentido, o presente trabalho analisou o perfil de expressão gênica de genes da via WNT de sinalização em diferentes momentos durante o tratamento da NL, por meio de um estudo prospectivo. Para isso, foi selecionada uma coorte de 14 pacientes, de acordo com os critérios metodológicos de seleção. A população foi caracterizada por critérios clínico-laboratoriais e realizadas coletas de sangue periférico, para a posterior análise de expressão gênica. As coletas foram realizadas no início e em quatro momentos distintos do segmento de tratamento. Nossos resultados demonstraram que o gene WNT16 apresenta aumento significativo entre o diagnóstico (T=0M) e 3 meses após o segmento da terapia (T=3M) (p = 0.0078). A partir das análises, o estudo indica que o gene WNT16 pode ser um indicador de resposta ao tratamento, participando principalmente no momento de indução à terapia.

     


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  • A nefrite lúpica (NL) é uma das características clínicas mais comuns do Lúpus Eritematoso Sistêmico e atinge até 70% dos pacientes. Além disso, é um dos sintomas que mais provocam morbidade e mortalidade nos pacientes com a doença. A busca por um biomarcador mais específico e que consiga predizer a resposta e o direcionamento do tratamento da NL é um desafio para a clínica. Entre os biomarcadores propostos, fatores genéticos associados a resposta inflamatória e imunológicas têm sido amplamente estudados. Nesse contexto, a Via WNT βcatenina tem sido apontada com um papel importante nas doenças inflamatórias crônicas e aut oimunes. A partir disso, o presente trabalho buscou avaliar o perfil de expressão gênica de genes da via WNT de sinalização ( DKKI, SOST, LRP5, WNT2, WNT16 e BMP2) em diferentes momentos durante o tratamento da NL, por meio de um estudo prospectivo. Foram selecionados doze pacientes para o estudo avaliados clinicamente e que estavam de acordo com os critérios do estudo. Além disso,foram realizadas coletas de sangue periférico, para a posterior extração do RNA e síntese do cDNA, e análise de expressão gênica. As coletas foram realizadas no início da terapia de indução para a NL e 3 meses após o segmento de tratamento. Nossos resultados mostraram que o Score do SLEDAI e a dose de prednisona mostraram diferenças estatisticamente significativas quando comparados os tempos 0 e após 3 meses de tratamento (p = 0,01). Entretanto, a análise da expressão gênica não demonstrou diferença significativa entre os genes avaliados nos diferentes momentos avaliados. Desse modo, concluímos que o período de 0 a 3 meses para os parâmetros avaliados não foi suficiente para se obter resultados significativos tanto dos parâmetros clínicos e laboratoriais, quanto para o padrão de expressão dos genes avaliados, necessitando assim de um maior período de acompanhamento da coorte em estudo.

2
  • GIOVANNA BLOISE DE ALMEIDA
  • Perfil transcriptômico de lesões de pele de pacientes com Hidradenite Supurativa
  • Orientador : LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 24/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • A hidradenite supurativa (HS) é uma condição inflamatória da pele caracterizada
    clinicamente por nódulos profundos e dolorosos recorrentes, abscessos e tratos
    sinusais em áreas com glândulas apócrinas, como axilas, mamas, virilhas e
    nádegas. Apesar de muitos avanços recentes, o panorama fisiopatológico da HS
    ainda precisa ser esclarecido. Para elucidar a patogênese do HS, foi realizada uma
    meta-análise transcriptômica da pele a partir de estudos de sequenciamento de
    RNA (RNA-Seq) em pacientes com HS. Os achados corroboram a tríade HS
    composta por inflamação exacerbada, diferenciação epitelial alterada e sinalização
    do metabolismo desregulado. A regulação positiva de genes específicos, como
    KRT6, KRT16, genes da família das serpinas e SPRR3, confirma o envolvimento
    precoce dos folículos pilosos e o comprometimento da função da barreira da pele
    lesionada de HS. Além disso, os resultados sugerem que as adipocinas podem ser
    consideradas biomarcadores de HS e distúrbios relacionados ao metabolismo.
    Finalmente, a genotipagem identificou várias mutações em pacientes com HS
    sugerindo potenciais novos genes relacionados ao HS associados à forma
    esporádica desta doença. No geral, este estudo fornece informações sobre as vias
    moleculares envolvidas no HS e identifica potenciais biomarcadores relacionados
    à patogênese da HS.

  • Mostrar Abstract
  • A hidradenite supurativa (HS) é uma condição inflamatória da pele caracterizada
    clinicamente por nódulos profundos e dolorosos recorrentes, abscessos e tratos
    sinusais em áreas com glândulas apócrinas, como axilas, mamas, virilhas e
    nádegas. Apesar de muitos avanços recentes, o panorama fisiopatológico da HS
    ainda precisa ser esclarecido. Para elucidar a patogênese do HS, foi realizada uma
    meta-análise transcriptômica da pele a partir de estudos sequenciamento de RNA
    (RNA-Seq) em pacientes com HS. Os achados corroboram a tríade HS composta
    por inflamação suprarregulada, diferenciação epitelial alterada e sinalização do
    metabolismo desregulado. A suprarregulação de genes específicos, como KRT6,
    KRT16, genes da família das serpinas e SPRR3, confirma o envolvimento precoce
    dos folículos pilosos e o comprometimento da função de barreira na pele lesionada
    de HS. Além disso, os resultados sugerem que as adipocinas podem ser
    consideradas biomarcadores de HS e distúrbios relacionados ao metabolismo.
    Finalmente, a genotipagem identificou várias mutações em pacientes com HS
    sugerindo potenciais novos genes relacionados ao HS associados à forma
    esporádica desta doença. No geral, este estudo fornece informações sobre as vias
    moleculares envolvidas no HS e identifica potenciais biomarcadores relacionados ao
    HS.
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  • ANA BEATRIZ LUCAS DE MOURA RAFAEL
  • INVESTIGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS NO GENE CAV-1 COM COMPLICAÇÕES
    CEREBROVASCULARES EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM ANEMIA FALCIFORME
  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • PEDRO LUIZ DE FRANCA NETO
  • Data: 31/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Dentre as complicações clínicas da anemia falciforme (AF), o acidente vascular
    cerebral (AVC) é a de maior gravidade. A ultrassonografia com Doppler
    transcraniano (DTC) é uma ferramenta de triagem que estratifica o risco de AVC,
    levando ao início da terapia profilática. Entretanto, o DTC apresenta algumas
    limitações intrínsecas, sendo necessária a identificação de novos indicadores que o
    auxiliem. O CAV1 é um gene interessante para avaliação desse risco e é
    responsável por codificar a proteína caveolina-1. Essa proteína regula processos
    que estão envolvidos com a fisiopatologia do AVC na AF e está principalmente
    envolvida na diminuição da biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), importante
    vasodilatador. Para este estudo foram selecionados 3 polimorfismos no gene CAV1:
    rs3807989 (G>A), rs7804372 (T>A) e rs1997623(A>C). Selecionamos 339
    indivíduos com AF menores de 20 anos de idade acompanhados na Fundação de
    Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), Recife-PE. As
    genotipagens para os polimorfismos ocorreram por PCR em tempo real com
    discriminação alélica utilizando sondas TaqMan no aparelho QuantStudio® 5. Os
    polimorfismos rs3807989 e rs7804372 não se mostraram associados
    estatisticamente com as variáveis analisadas. Já o rs1997623 demonstrou
    associação estatisticamente relevante com o AVC (p=0,003) e Doença
    Cerebrovascular (P=0,011). Além disso, o alelo selvagem "A" demonstrou estar mais
    relacionado com o AVC (P = 0.0032; OR: 2.568; IC: 1.374 – 4.655) e com a DCV (P
    = 0.0092; OR: 1.950; IC: 1.205 – 3.160) quando comparado ao alelo variante "C".
    Estes achados conferem ao rs1997623 um caráter protetivo contra essas condições
    avaliadas, sendo necessários ainda estudos futuros para a confirmação destes
    resultados visto que o AVC é uma doença multifatorial.

  • Mostrar Abstract
  • Dentre as complicações clínicas da anemia falciforme (AF), o acidente vascular cerebral (AVC) é a de maior gravidade. A ultrassonografia com Doppler transcraniano (DTC) é uma ferramenta de triagem que pressagia o risco de AVC, levando ao início da terapia profilática, mas apresenta algumas limitações intrínsecas, sendo necessária a identificação de novos indicadores que o auxiliem. O CAV1 um interessante modulador molecular para avaliação desse risco sendo responsável por codificar a proteína caveolina-1, que regula vias de sinalização e processos que estão envolvidos com a fisiopatologia do AVC na AF, principalmente por regular negativamente a biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), importante vasodilatador. Para este estudo foram selecionados 3 polimorfismos no gene CAV1: rs3807989, rs7804372 e rs1997623. Selecionamos 339 indivíduos com AF menores de 20 anos de idade acompanhados na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), Recife-PE. As genotipagens para os polimorfismos ocorreram por PCR em tempo real com discriminação alélica utilizando sondas TaqMan no aparelho QuantStudio® 5. Os polimorfismos rs3807989 e rs7804372 não se mostraram associados estatisticamente com as variáveis analisadas. Já o rs1997623 demonstrou associação estatisticamente relevante com o AVC (p=0,003) e Doença Cerebrovascular (P=0,011). Além disso, o alelo selvagem "A" demonstrou estar mais relacionado com o  AVC (P = 0.0032; OR: 2.568; IC: 1.374 – 4.655) e com a DCV (P = 0.0092; OR: 1.950; IC: 1.205 – 3.160) quando  comparado ao alelo mutado "C", conferindo ao rs1997623 caráter protetivo contra essas condições avaliadas, sendo necessários ainda estudos futuros para a confirmação destes resultados visto que o AVC é uma doença multifatorial.

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  • DANÍZIA MENEZES DE LIMA SILVA
  • Investigação da associação de polimorfismos nos genes MMP2 e MMP9 com complicações cerebrovasculares em pacientes pediátricos com anemia falciforme
  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BETANIA LUCENA DOMINGUES HATZLHOFER
  • PEDRO LUIZ DE FRANCA NETO
  • WILL DE BARROS PITA
  • Data: 31/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • As metaloproteinases de matriz 2 e 9, são responsáveis pela remodelação da matriz
    extracelular além de estarem diretamente relacionadas com processos inflamatórios
    e de caráter neurológico, o que as coloca como grandes candidatas a moduladoras
    da fisiopatologia da anemia falciforme (AF), em especial das complicações de caráter
    cerebrovascular. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência e possível
    associação dos polimorfismos nos genes MMP2 e MMP9 com o desenvolvimento de
    complicações cerebrovasculares em pacientes pediátricos com AF. No estudo foram
    incluídos 364 pacientes pediátricos entre 2 e 20 anos (mediana de idade de 14 anos)
    acompanhados na fundação HEMOPE, e foi realizada a genotipagem para os
    polimorfismos rs243865 do gene MMP2 e rs17576 do gene MMP9 por meio de PCR
    em tempo real com sondas TaqMan®. Nenhuma associação foi observada entre o
    polimorfismo rs243865 com as complicações cerebrovasculares e variáveis
    laboratoriais analisadas no estudo. Já em relação ao polimorfismo rs17576 não foram
    observadas associações com as complicações cerebrovasculares em questão, mas
    foi observada uma associação com as variáveis laboratoriais: número de células
    vermelhas (RBC) p=0,032, bilirrubina total (BT) p=0,003 e bilirrubina indireta p=0,007
    nos trazendo hipóteses sobre uma possível participação da MMP9 com o perfil
    hemolítico da doença. De forma geral, a influência de ambos os genes quanto ao
    desenvolvimento das complicações cerebrovasculares na AF precisam ser melhores
    investigados em diferentes populações

  • Mostrar Abstract
  • As metaloproteinases de matriz 2 e 9, são responsáveis pela remodelação da matriz extracelular além de estarem diretamente relacionadas com processos inflamatórios e de caráter neurológico, o que as coloca como grandes candidatas a moduladoras da fisiopatologia da anemia falciforme (AF), em especial das complicações de caráter cerebrovascular. Este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto e possível associação dos polimorfismos nos genes MMP2 e MMP9 com o desenvolvimento de complicações cerebrovasculares em pacientes pediátricos com AF. No estudo foram selecionados 364 pacientes pediátricos entre 2 e 20 anos (mediana de idade de 14 anos) acompanhados pela fundação HEMOPE, e foi realizada a genotipagem para os polimorfismos -1306 C>T (rs243865) do gene MMP2 e rs17576 do gene MMP9 por meio de PCR em tempo real com sondas TaqMan®. Nenhuma associação foi observada entre o polimorfismo rs243865 com as variáveis clinicas e laboratoriais analisadas. Já em relação polimorfismo rs17576 apesar de não ter sido observada uma associação com nenhuma variável clínica, uma associação inusitada com três variáveis laboratoriais foi encontrada; número de células vermelhas (RBC) p=0,032, bilirrubina total (BT) p=0,003 e bilirrubina indireta p=0,007.De forma geral esses resultados nos trazem reflexões controvérsias sobre a real participação das gelatinases da modulação da AF abrindo fronteiras para novas análises através de novas perspectivas.

5
  • REBECA MICAELA DA SILVA
  • Análise da expressão dos genes que codificam os receptores de estrógeno α e β (ESR1 e ESR2) e sua correlação com a expressão gênica dos marcadores inflamatórios NLRP3 e IL-1β em mulheres com síndrome metabólica na pós-menopausa

  • Orientador : JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BRUNO DE MELO CARVALHO
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • RONALDO CELERINO DA SILVA
  • Data: 30/06/2023

  • Mostrar Resumo
  • A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada pela associação de patologias
    cardiometabólicas como obesidade, hipertensão, dislipidemia e Diabetes Mellitus tipo
    2 (DM2) e essas ocasionam individualmente um estado pró-inflamatório crônico de

    baixo grau. Um maior risco de desenvolvimento da SM é observado na pós-
    menopausa, uma vez que a redução nos níveis de 17β-estradiol (E2), nessa fase

    reprodutiva, pode influenciar no metabolismo de lipídeos, glicose e insulina. Essa
    influência depende da ligação do E2 aos receptores de estrógeno α e β, codificados
    pelos genes ESR1 e ESR2. Sendo assim, este trabalho visou investigar a expressão
    relativa dos genes ESR1 e ESR2 em mulheres pós-menopausadas com SM e como
    essa se correlaciona com a expressão dos marcadores inflamatórios NLRP3 e IL-1β.
    Mulheres com SM, que formavam o grupo de estudo, tiveram uma redução na
    expressão do gene ESR1 (FC = -2,02; p = 0,0466) em comparação ao controle
    saudável. Entre o grupo de estudo, as mulheres com obesidade apresentaram um
    aumento na expressão de ESR2 (FC = 1,61; p = 0,0004) em comparação às com
    sobrepeso, enquanto às com DM2 uma redução na expressão de ESR1 (FC = -1,87;
    p = 0,0071) em comparação às sem DM2. Adicionalmente, correlações positivas foram
    observadas entre a expressão do gene NLRP3 com ESR1 (rs = 0,4113; p = 0,0379) e
    a circunferência abdominal (rs = 0,4099; p = 0,0303). Por sua vez, o avanço da faixa
    etária esteve negativamente correlacionado com a expressão dos genes ESR1 (r = -
    0,4218; p = 0,0181) e ESR2 (rs = -0,5405; p = 0,0064).


  • Mostrar Abstract
  • A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada pela associação de patologias
    cardiometabólicas como obesidade, hipertensão, dislipidemia e Diabetes Mellitus tipo
    2 (DM2). A alteração nos níveis de estrógenos pode estar relacionada ao
    desenvolvimento da SM, uma vez que estes influenciam na homeostase do
    metabolismo de lipídeos, glicose e insulina, e reduzem o risco de desenvolvimento de
    doenças cardiometabólicas. Os mecanismos de ação desses hormônios dependem
    da ligação aos receptores de estrógeno α e β, codificados pelos genes ESR1 e ESR2.
    Sabendo que mulheres na fase reprodutiva apresentam níveis de estrógeno diferentes
    das mulheres na pós-menopausa, este trabalho visa investigar a expressão relativa
    dos genes ESR1 e ESR2 na pós-menopausa em relação à SM, através da técnica de
    RT-qPCR. No presente estudo, a expressão de ESR1 foi reduzida nas mulheres com
    SM na pós-menopausa, com um leve aumento da expressão do gene ESR2, ambos
    em comparação ao controle saudável na pós-menopausa, contudo não foram
    observadas diferenças estatisticamente significativas. Nas patologias subdivididas, a
    expressão de ESR1 teve uma leve redução em pacientes com obesidade e DM2,
    enquanto a expressão de ESR2 foi reduzida em pacientes com dislipidemia e DM2,
    também sem diferenças estatisticamente significativas. Ambos os genes se
    apresentaram reduzidos de acordo com o avanço dos anos em menopausa e da faixa
    etária. Essa redução pode resultar na perda de efeitos protetivos ao desenvolvimento
    das patologias cardiometabólicas da ação dos estrógenos sob os seus receptores.
6
  • JOSE PEREIRA DOS SANTOS JUNIOR
  • Diagnóstico genético diferencial para doenças raras em Pernambuco
  • Orientador : JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • VERIDIANA MUNFORD
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 25/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • Doenças Raras (DR) afetam até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos,
    geralmente possuem curso clínico crônico, progressivo e muitas vezes incapacitante,
    onde o tempo do diagnóstico é determinante para a qualidade de vida. O objetivo
    deste trabalho foi realizar o rastreamento genético de mutações associadas ao
    Xeroderma Pigmentoso (XP) e a síndrome cardiofaciocutânea (CFC), visando
    caracterizar as variantes gênicas e auxiliar o diagnóstico precoce e a redução dos
    danos aos pacientes. Neste estudo, analisamos portadores de XP gêmeos
    monozigóticos, com quadros clínicos e graus de evolução da doença diferentes.Foi
    realizada a genotipagem utilizando STRs autossômicos e Y-STRs, para confirmar a
    irmandade com uma probabilidade de >0.99%, bem como a monozigosidade dos
    gêmeos. Além disso, foi realizada identificação de mutação no gene XPV/POLH
    (c.672_673insT) por exoma, com mudança de aminoácido de leucina para serina
    (p.Leu225Serfs*33), classificada como deletéria a função do gene. Também foram
    analisados casos de pacientes com diagnóstico clínico da CFC, e nesses casos foi
    realizado o sequenciamento Sanger do éxon 2 do gene HRAS para iniciar o processo
    de diagnóstico diferencial, permitindo direcionar o diagnóstico para outros genes.
    Através deste estudo, foi possível reforçar a importância do diagnóstico genético para
    DR, além de determinar pela primeira vez no estado de Pernambuco, a mutação
    associada ao XP em gêmeos monozigóticos, que auxiliará na melhoria da qualidade
    de vida dos pacientes, bem como na investigação de novos casos e redução de casos
    graves.

  • Mostrar Abstract
  • O Xeroderma Pigmentoso (XP) é uma condição genética rara, caracterizada
    pelo aumento da sensibilidade aos raios ultravioleta e maior predisposição ao
    desenvolvimento de tumores, devido a mutações em genes relacionados com o
    reparo do DNA. Em doenças genéticas monogênicas, é raro que pacientes gêmeos
    monozigóticos apresentem fenótipos diferentes. Assim, o objetivo desse trabalho, foi
    identificar e classificar a mutação associada a XP em pacientes gêmeos
    monozigóticos no estado de Pernambuco, visando caracterizar a mutação que
    ocorre no estado, bem como, auxiliar no diagnóstico precoce e possibilitar a redução
    de casos graves. Para identificar a mutação, foi realizado um exoma, utilizando
    painel customizado de genes de reparo, com mutação confirmada por
    sequenciamento convencional. Para confirmar a monozigozidade, foi realizada a
    genotipagem utilizando STRs autossômicos e Y-STRs. Neste estudo, identificamos
    portadores de XP gêmeos monozigóticos, com quadros clínicos e graus de evolução
    da doença diferentes. A genotipagem confirmou a irmandade, com uma
    probabilidade >0.999999, bem como a monozigosidade dos gêmeos. Através do
    exoma foi possível identificar a inserção de uma timina na região codificadora do
    gene XPV/POLH (c.672_673insT), com mudança de aminoácido de leucina para
    serina (p.Leu225Serfs*33), classificada como deletéria a função do gene. Portanto,
    foi possível determinar pela primeira vez no estado de Pernambuco, a mutação
    associada a XP em gêmeos monozigóticos, que auxiliará na melhoria da qualidade
    de vida dos pacientes, bem como, na investigação de novos casos e redução de
    casos graves.

7
  • MARIA LUIZA SALUSTIANO BANDEIRA
  • ANÁLISE DA EXPRESSÃO DIFERENCIAL DAS ISOFORMAS DO GENE TP73 EM PACIENTES COM CORE BINDING FACTOR LEUKEMIA
  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ISABEL WEINHÄUSER
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • JUAN LUIZ COELHO DA SILVA
  • Data: 18/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • Homólogo do TP53, o gene TP73 possui dois promotores distintos (P1 e P2),
    gerando diferentes transcritos com diferentes funções. Quando a transcrição é
    iniciada em P2, resulta na isoforma sem o domínio de transativação, a ΔNp73. Ela
    pode se ligar aos sítios de ligação ao DNA da p53 e TAp73 (isoforma completa), mas
    é incapaz de induzir a transcrição. Logo, o que parece caracterizar a atividade
    oncogênica do gene é o balanço crítico entre a TAp73 e a ∆Np73. Nas leucemias
    mieloides agudas (LMA) com alterações do tipo core binding fator (CBF), as duas
    isoformas são expressas, mas o significado clínico ainda não foi descrito. Assim,
    objetivamos avaliar o impacto prognóstico do balanço ΔNp73/TAp73 em pacientes
    com LMA-CBF. Amostras de pacientes com LMA e LMA-CBF tratados em centros de
    referência pernambucanos (CAAE: 47769821.7.0000.5208) foram submetidas à
    análise da expressão relativa das isoformas por qPCR. No total, 122 pacientes LMA
    foram incluídos, sendo 24 deles LMA-CBF. Considerando todos os pacientes, a alta
    razão ΔNp73/TAp73 foi associada com uma menor sobrevida global em 5 anos
    (P=0,002) e sobrevida livre de doença (P=0,014). Semelhantemente, a sobrevida
    global foi significativamente menor nos pacientes com LMA-CBF com alta razão
    (18,7%) em comparação com aqueles com baixa razão (41,6%) (P=0,008). Em
    resumo, o aumento da razão de expressão relativa ΔNp73/TAp73 está associada a
    um pior desfecho clínico em pacientes com LMA-CBF.

  • Mostrar Abstract
  • O gene TP73 foi descrito pela primeira vez como o primeiro homólogo do gene
    supressor de tumor TP53. Devido ao uso de dois promotores distintos e splicings
    alternativos na região carboxi-terminal do gene, este pode gerar diferentes
    transcritos com, consequentemente, diferentes funções. Diferentemente do seu
    homólogo TP53, o que parece caracterizar a atividade oncogênica do TP73 é o
    balanço crítico de suas isoformas, particularmente a isoforma completa TAp73, que
    possui o domínio de transativação conservado, e sua contraparte truncada, ∆Np73.
    Essa relação é comumente associada com o prognóstico de várias neoplasias
    humanas, incluindo neoplasias hematológicas. Nas leucemias mieloides agudas
    (LMA) com alterações genéticas recorrentes do tipo core binding fator (CBF), as
    duas isoformas são expressas, mas o significado clínico ainda não foi descrito.
    Desta forma, o objetivo do trabalho é determinar o impacto prognóstico do balanço
    ΔNp73/TAp73 em pacientes com LMA do tipo CBF. Inicialmente, utilizamos duas
    bases de dados públicos (TCGA e AMLCG2008) contendo informações sobre o
    transcriptoma de pacientes CBF para avaliar os níveis de expressão das isoformas.
    Na coorte TCGA, oito isoformas estavam expressas. De maneira correspondente, 14
    isoformas estavam expressas na coorte AML2008, sendo 10 delas correspondentes
    as formas clássicas TAp73 e ΔNp73. Em seguida, amostras de medula óssea de
    pacientes CBF diagnosticados e tratados em centros de referência brasileiros foram
    submetidas à análise da expressão relativa para isoformas de TP73 por qPCR. Até o
    momento, foram incluídos pacientes atendidos na Fundação HEMOPE e no Hospital
    do Câncer de Pernambuco (CAAE: 47769821.7.0000.5208). A expressão relativa
    das isoformas foi avaliada separadamente como fator prognóstico na coorte de
    estudo, bem como a razão ΔNp73/TAp73. Pacientes com alta razão ∆Np73/TAp73
    possuíram sobrevida global significativamente menor do que aqueles com baixa
    razão (p = 0,008), bem como a expressão isolada de ∆Np73 (p = 0,005). A análise
    univariada confirmou que a alta razão ∆Np73/TAp73 (p = 0,012) e a expressão
    isolada de ∆Np73 (p = 0,008) foram associadas com uma pior sobrevida global.
8
  • ANA CLÁUDIA MENDONÇA DOS ANJOS
  • MODULADORES GENÉTICOS DA DOENÇA CEREBROVASCULAR EM POPULAÇÃO PEDIÁTRICA COM ANEMIA FALCIFORME

     

  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • JOSEFINA APARECIDA PELLEGRINI BRAGA
  • MAGNUN NUELDO NUNES DOS SANTOS
  • Data: 26/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • O acidente vascular cerebral (AVC) é uma complicação da anemia falciforme (AF), doença genética mais comum no mundo, relacionada com alta morbidade e mortalidade. Atualmente, a única ferramenta disponível para rastrear o risco de AVC em crianças com AF é o Doppler Transcraniano (DTC). Apesar de suas vantagens, a técnica apresenta algumas limitações que restringem sua capacidade de identificação precoce de pacientes com maior risco. Vários estudos sugerem que alterações em genes não relacionados com a mutação primária da AF possam modular o quadro clínico dos pacientes, contribuindo para o desenvolvimento do AVC. Este trabalho investigou polimorfismos em genes cujas proteínas são importantes na fisiopatologia da AF associados ao risco do desenvolvimento do AVC. Os polimorfismos selecionados foram ANXA2 (rs11853426), TEK (rs489347), TGFBR3 (rs284875), ADCY9 (rs2238432), ENPP1 (rs1044498), a deleção da alfa talassemia (-α3.7Kb) e hapótipos do gene da BS-globina. Foram selecionados para o estudo 403 pacientes com AF menores de 20 anos de idade em acompanhamento regular na Fundação HEMOPE. Os perfis clínicos e laboratoriais foram extraídos dos prontuários clínicos. Os polimorfismos selecionados foram genotipados utilizando Polymerase chain reaction (PCR) em tempo real por discriminação alélica. A pesquisa da deleção da (-3.7-kb foi realizada pela técnica gap-PCR e a determinação dos haplotiplos da βs-globina pelo método de PCR, seguido de análise de restrição. Observamos em nosso estudo que níveis aumentados de HbF tiveram impacto estatístico significativo na diminuição do risco do AVC (p<0,001), assim como níveis menores de leucócitos (p<0,033). O efeito protetor da alfa talassemia contra a ocorrência do AVC não foi estabelecido em nossa população, provavelmente pela pequena quantidade de análises realizadas. Ao avaliarmos os pacientes que desenvolveram AVC com os resultados do DTC, observamos que 34,38% tinham DTC AR (p<0,0001). Esta correlação é confirmada pela literatura. Em nossa coorte há predominância do haplótipo CAR/CAR (57,8%), refletindo na gravidade da doença nestes pacientes, uma vez que 39,8% dos pacientes apresentaram mais que dois episódios de crise álgica ao ano. Não encontramos associação dos haplótipos e nem dos polimorfismos dos genes candidatos com a ocorrência da DCV, provavelmente tornando-os ferramentas não elegíveis na identificação do risco de DCV em nossos pacientes. Os resultados deste estudo indicam que o background genético dos pacientes em nossa população pode alterar a influência dos modificadores genéticos da AF, tornando nossa população adequada para o estudo de variantes genéticas e seus efeitos no desfecho clínico.


  • Mostrar Abstract
  • O acidente vascular cerebral (AVC) é uma complicação da anemia falciforme
    (AF), doença genética mais comum no mundo, relacionada com alta morbidade
    e mortalidade. Atualmente, a única ferramenta disponível para rastrear o risco de
    AVC em crianças com AF é o Doppler Transcraniano (DTC). Apesar desuas
    vantagens, a técnica apresenta algumas limitações que restringem sua
    capacidade de identificação precoce de pacientes com maior risco. Vários
    estudos sugerem que alterações em genes não relacionados com a mutação
    primária da AF possam modular o quadro clínico dos pacientes, contribuindo para
    o desenvolvimento do AVC. Este trabalho propõe-se investigar polimorfismos em
    genes cujas proteínas são importantes na fisiopatologia da AF associados ao
    risco do desenvolvimento do AVC. Os polimorfismos selecionados são ANXA2
    (rs11853426), TEK (rs489347), TGFBR3 (rs284875), ADCY9 (rs2238432),
    ENPP1 (rs1044498), a deleção da alfa talassemia (-α

    3.7Kb) e hapótipos do
    gene da BS-globina. Foram selecionados para o estudo 403 pacientes com AF
    menores de 20 anos de idade em acompanhamento regular na Fundação
    HEMOPE. Os perfis clínicos e laboratoriais foram extraídos dos prontuários
    clínicos. Os polimorfismos selecionados foram genotipados utilizando
    Polymerase chain reaction (PCR) em tempo real por discriminação alélica. A
    pesquisa da deleção da (-3.7-kb foi realizada pela técnica gap-PCR e a
    determinação dos haplotiplos da β
    s
    -globina pelo método de PCR, seguido de
    análise de restrição. Observamos em nosso estudo que níveis aumentados de
    HbF tiveram impacto estatístico significativo na diminuição do risco do AVC
    (p<0,001), assim como níveis menores de leucócitos (p<0,033). O efeito protetor
    da alfa talassemia contra a ocorrência do AVC não foi estabelecido em nossa
    população, provavelmente pela pequena quantidade de análises realizadas até
    o momento. Ao avaliarmos os pacientes que desenvolveram AVC com os
    resultados do DTC, observamos que 34,38% tinham DTC AR (p<0,0001). Esta
    correlação é confirmada pela literatura. Em nossa coorte há predominância do
    haplótipo CAR/CAR (57,8%), refletindo na gravidade da doença nestes
    pacientes, uma vez que 39,8% dos pacientes apresentaram mais que dois
    episódios de crise álgica ao ano. Não encontramos associação dos haplótipos e
    nem dos polimorfismos dos genes candidatos com a ocorrência da DCV,
    provavelmente tornando-os ferramentas não elegíveis na identificação do risco
    de DCV em nossos pacientes. Os resultados preliminares deste estudo indicam
    que o background genético dos pacientes em nossa população pode alterar a
    influência dos modificadores genéticos da AF, tornando nossa população
    adequada para o estudo de variantes genéticas e seus efeitos no desfecho
    clínico.

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  • BEATRIZ MELO CORDEIRO
  • Análise de associação de SNPs e Haplótipos em pacientes com COVID-19 no estado de Pernambuco, Brasil

  • Orientador : SÉRGIO DE SÁ LEITÃO PAIVA JÚNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • AUGUSTO SCHRANK
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 29/09/2023

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  • Desde o primeiro caso de pneumonia súbita em Wuhan, China, em 2019,
    posteriormente identificado como COVID-19, causado pelo SARS-CoV-2,
    pesquisadores buscam entender sua rápida disseminação e variedade de sintomas.
    O genoma do hospedeiro influencia a dinâmica da doença, tornando a análise
    genômica associativa essencial. O sequenciamento completo do exoma (WES)
    oferece bom custo-benefício e confiabilidade para esse tipo de estudo. Este trabalho
    investigou variantes genéticas associadas à COVID-19 em 63 amostras caso e 36
    controle de pacientes de Pernambuco, Brasil, através da coleta de amostra
    sanguínea e realizando WES. Os dados foram analisados com critérios de
    qualidade, incluindo filtragem das variantes encontradas, Equilíbrio de Hardy
    Weinberg e correção de Bonferroni. Das 10.529 variantes, nenhuma foi significativa
    individualmente. A análise haplotípica identificou 16 haplótipos significativos,
    envolvendo 62 loci em 59 genes de 11 cromossomos. Quatro foram associados à
    suscetibilidade e doze à proteção à COVID-19. Alguns genes já associados à
    resposta imunológica à COVID-19 foram confirmados, contudo, variantes em genes
    ainda não associados também foram identificadas. Nossos resultados indicam dois
    novos locus cromossômicos, 6p21.31 e 11p15.4, associados à suscetibilidade e
    proteção à doença, respectivamente. Além dos novos haplótipos associados ao
    acometimento ou proteção da COVID-19, este estudo apresenta novos genes a
    serem explorados, expandindo o conhecimento sobre a resposta do hospedeiro ao
    SARS-CoV-2.
     
     
     
     
     
     
     
     
     
     

  • Mostrar Abstract
  • Desde o primeiro caso repentino de pneumonia no final de 2019 em Wuhan,
    na China, que posteriormente foi determinada como COVID-19, causada por um novo
    coronavírus nomeado SARS-CoV-2, pesquisadores do mundo todo se dedicaram a
    descobrir como e porquê essa doença alcançou níveis epidêmicos tão altos e
    apresentava tanta variação na resposta imunológica das pessoas acometidas,
    variando de assintomáticos a óbito. De acordo com o histórico de que o genoma do
    hospedeiro interfere na relação doença-indivíduo, estudos de associação genômica
    dos pacientes acometidos por COVID-19 se tornou uma das principais fontes para o
    entendimento do desenvolvimento dessa doença e o sequenciamento completo do
    exoma (WES) se mostrou ótima ferramenta para a obtenção desses resultados. Este
    trabalho teve como objetivo investigar, através do WES, genótipos/haplótipos
    potencioalmente relacionados a COVID-19 de 99 indivíduos no estado de
    Pernambuco, Brasil. Como resultado foram encontrados 10.529 SNPs, sendo 376 em
    equilíbrio de Hardy-Weinberg, entretanto, nenhum passou pela correção estatística de
    Bonferroni. Dos 111 haplótipos encontrados, 16 foram estatisticamente significativos.
    Sugerimos 6p21.31 e 11p15.4 como novos candidatos a locus de associação a
    suscetibilidade e proteção, respectivamente, e os haplótipos TTCGGTAACA
    (cromossomo 6) e AACGGTCGA (cromossomo 1) mostraram associação
    estatisticamente significativa à suscetibilidade e proteção, respectivamente.
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  • ALEXSANDRO PEDRO DA SILVA
  • Investigação da associação dos polimorfismos rs10754558 e rs4612666 no gene NLRP3 com a ocorrência de
    complicações clínicas em pacientes com anemia falciforme
  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDIS BELINI JUNIOR
  • MAGNUN NUELDO NUNES DOS SANTOS
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • Data: 20/10/2023

  • Mostrar Resumo
  • A anemia falciforme (AF), doença causada por uma mutação em homozigose no gene
    da beta globina e formação de uma variante estrutural da hemoglobina (HbS), é
    caracterizada por quadro hemolítico e inflamatório crônico desencadeando
    sintomatologia heterogênea entre os pacientes. O grupo heme, liberado na hemólise,
    promove a ativação do inflamassoma NLRP3 culminando na liberação de IL-1β e IL-
    18. Polimorfismos no gene NLRP3 já foram associados com doenças inflamatórias e
    podem estar relacionados com a fisiopatologia da AF. Dessa forma, neste estudo foi
    avaliada a associação dos polimorfismos rs10754558 e rs4612666 do gene NLRP3
    em 880 indivíduos (58% adultos e 42% pediátricos) com AF atendidos no HEMOPE.
    As genotipagens foram realizadas utilizando sondas TaqMan®. No grupo pediátrico,
    o SNP rs10754558 foi associado com menor frequência de sequestro esplênico nos
    pacientes de genótipo CC (p = 0,003; OR: 0,42; IC 95%: 0,24 – 0,73) e alelo C (p =
    0,009; OR: 0.60; IC 95%: 0,42 – 0,88). Além disso, o rs10754558 também foi
    associado com maior frequência de priapismo (p = 0,047; OR: 2,58; IC 95%: 1,04 –
    6,37). O polimorfismo rs1075455 já foi relacionado com a expressão do NLRP3 e com
    os níveis de IL1β e IL-18, podendo contribuir para a regulação da resposta inflamatória
    e fisiopatologia da AF. Dessa forma, esses resultados apontam o polimorfismo
    rs10754558 do gene NLRP3 como um potencial modulador de risco para
    complicações clínicas de pacientes com AF.

  • Mostrar Abstract
  • A anemia falciforme (AF) é uma doença causada por uma mutação no gene da beta
    globina levando à produção de uma hemoglobina alterada (HbS). A doença é
    caracterizada por quadro hemolítico e inflamatório crônico causando complicações
    que variam entre os pacientes. Estudos mostram que o grupo heme e hemoglobina
    livres promovem fortemente a ativação do complexo inflamassoma NLRP3
    culminando na liberação de IL-1β e IL-18. Com isso, a investigação de polimorfismos
    no gene NLRP3 pode fornecer mais informações sobre a fisiopatologia da AF. Foram
    incluídos no estudo 880 indivíduos com acompanhamento regular no HEMOPE, sendo
    511 (58%) indivíduos maiores de 18 anos e 369 (42%) até os 18 anos de idade. Foram
    genotipados os SNPs rs10754558 e rs4612666 do gene NLRP3 por meio de qPCR
    utilizando sondas TaqMan®. No grupo de pacientes adultos, não encontramos
    associação entre os SNPs e as complicações clínicas analisadas. No grupo pediátrico,
    o SNP rs10754558 foi associado com menor frequência de sequestro esplênico nos
    pacientes de genótipo CC (p = 0,003; OR: 0,42; IC 95%: 0,24 – 0,73) e alelo C (p =
    0,009; OR: 0.60; IC 95%: 0.42 - 0.88). Além disso, o rs10754558 também foi associado
    com maior frequência de priapismo (p = 0,047; OR: 2,58; IC 95%: 1,04 – 6,37). Dessa
    forma, esses resultados apontam o polimorfismo rs10754558 do gene NLRP3 como
    um potencial modulador de risco para complicações clínicas de pacientes com AF.
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  • CARLA FERNANDES DOS SANTOS
  • Perfil de expressão dos genes CTLA-4, VDR e PTPN22 em indivíduos com síndrome de Down

     

     

  • Orientador : NEIDE SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
  • JUAN LUIZ COELHO DA SILVA
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • Data: 23/10/2023

  • Mostrar Resumo
  • A síndrome de Down (SD) é resultado da trissomia do cromossomo 21, possuindo uma incidência estimada de 1:700 nascidos vivos. Os indivíduos com SD apresentam uma maior frequência de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas do que a população em geral. No entanto, alterações na expressão de genes importantes na regulação do sistema imunológico, como o CTLA-4, VDR e PTPN22 ainda não foram estudadas na SD. O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil de expressão dos genes CTLA-4, VDR e PTPN22 em indivíduos com SD. Por meio de ensaios de expressão gênica relativa, comparamos os níveis de mRNA dos genes CTLA-4, VDR e PTPN22 entre indivíduos com SD (n=22) e grupo controle saudável (CT) (n=13), cuja média de idade foi de 10,9 anos e 11,6 anos, respectivamente. Uma comparação da expressão gênica também foi realizada entre indivíduos com SD estratificados com base na presença de hipotireoidismo e nos níveis de Proteína C reativa ultrassensível (PCR-us). Não houve diferença na expressão gênica entre indivíduos SD estratificados com relação à PCR-us e ao hipotireoidismo. Mas observamos diferença significativa na expressão do CTLA-4 (FC: -1,71; p=0,0014) e do VDR (FC: +1,86; p=0,0096) de indivíduos com SD em relação aos controles, porém não do PTPN22 (FC: +1,30; p=0,8007). A expressão aumentada do VDR nos indivíduos com SD está possivelmente relacionada à regulação do metabolismo da vitamina D, podendo estar de acordo com um aumento da inflamação como parte de uma resposta imune. E a expressão reduzida do CTLA-4 sugere uma provável contribuição para o desequilíbrio imunológico na SD devido à sua função ineficiente. Além disso, nossos resultados são insuficientes para inferir uma relação entre a expressão diferencial e a propensão a doenças autoimunes e inflamatórias crônicas nesses indivíduos. 


  • Mostrar Abstract
  • A síndrome de Down (SD) é resultado da trissomia do cromossomo 21, possuindo uma prevalência estimada de 1:800 nascidos vivos. A SD é considerada a causa genética mais comum de deficiência intelectual e os indivíduos apresentam uma variedade de manifestações clínicas que podem afetar múltiplos sistemas. Indivíduos com SD apresentam frequência elevada de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas comparados à população em geral. Estudos envolvendo genes importantes na regulação do sistema imunológico, como o CTLA-4, PTPN22 e o VDR vem sendo relacionados com o desenvolvimento dessas doenças na população em geral, mas na SD os dados são limitados. O objetivo desse estudo é avaliar o perfil de expressão dos genes CTLA-4, VDR e PTPN22 em indivíduos SD e grupo controle saudável. O cariótipo dos indivíduos com SD foram obtidos pela cultura de linfócitos e cerca de 20 metáfases foram analisadas por bandeamento G. Os níveis de mRNA dos genes CTLA-4 e VDR foram avaliados em indivíduos SD (n=42) e controles saudáveis (n=15) por meio de expressão gênica relativa, usando sondas fluorogênicas Taqman® baseadas em qPCR, e os genes endógenos EF1A e HPRT1 foram avaliados pelo método SyBR Green. A análise citogenética mostrou que, dos 54 indivíduos com SD, 90,7% apresentaram trissomia livre do cromossomo 21, 5,6% mosaicismo cromossômico e 3,7% translocação Robertsoniana. Em relação à expressão gênica, encontramos uma regulação positiva do CTLA-4 (1,13 vezes) e do VDR (2,19 vezes) nos indivíduos SD. Porém apenas o VDR foi diferencialmente expresso na SD comparado aos controles (p<0.0001). No entanto, esse resultado é insuficiente para compreender se essa expressão diferencial pode ser relacionada ao contexto imune/inflamatório dos indivíduos SD uma vez que não foi possível avaliar os achados clínicos desses indivíduos. Dessa forma, será necessária uma comparação entre os grupos em relação à presença de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas.

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  • MIRELI DE SANTANA REGO
  • Peptídeos Bioinspirados em Proteínas Transportadoras de Lipídeos de Cajanus cajan com Atividade Antimicrobiana de Amplo Espectro

  • Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
  • LIVIA MARIA BATISTA VILELA
  • Data: 08/11/2023

  • Mostrar Resumo
  • Os peptídeos antimicrobianos (AMPs) têm atraído crescente interesse como
    alternativas promissoras no tratamento de infecções antimicrobianas, devido à sua

    capacidade de combater microrganismos patogênicos, além de efeitos anti-
    inflamatórios e imunomoduladores. Este estudo teve como objetivo identificar genes

    codificantes para AMPs no genoma do feijão-guandu (Cajanus cajan), desenhar
    peptídeos racionalmente modificados com atividade contra bactérias, fungos e/ou
    vírus (inclusive o SARS-CoV-2). Foram identificados 50 genes completos codificantes
    de Proteínas Transportadoras de Lipídeos (LTPs, Lipid Transfer Proteins) no genoma
    de C. cajan, que serviram de base para o desenho racional. Foram gerados e
    sintetizados cinco peptídeos racionalmente modificados, designados como RAMPs
    (Rationally Modified AntiMicrobial Peptides), com base em análises in silico, levando
    em conta as predições de atividade antimicrobiana, estabilidade estrutural e possíveis
    efeitos citotóxicos. Um desses peptídeos (PLTP-CAJ1) foi avaliado in vitro quanto ao
    seu potencial antimicrobiano, apresentando atividade contra patógenos humanos,
    incluindo bactérias (Staphylococcus aureus ATCC 25923, Klebsiella pneumoniae
    ATCC 13883 e Acitenobacter baumannii ATCC 19606) em dosagens não citotóxicas
    0,16-1.024 μg/mL) conforme avaliado pelo teste MTT. Os RAMPs desenhados têm
    potencial para o desenvolvimento de novos fármacos no combate a infecções
    causadas por patógenos de interesse clínico. No entanto, antes de sua aplicação
    clínica, é crucial que eles sejam submetidos a testes adicionais, incluindo estudos in
    vivo, para avaliar sua eficácia e segurança.


  • Mostrar Abstract
  • Nesta era de resistência a múltiplas drogas, os peptídeos antimicrobianos (Antimicrobial Peptides, AMPs) apresentam-se potenciais candidatos a medicamentos para combater infecções antimicrobianas, aliado a seus efeitos anti-inflamatórios e imunomoduladores. O presente trabalho teve como objetivo identificar genes codificantes para AMPs e seus produtos a partir do feijão guandu (Cajanus cajan), gerando um peptídeo sintético com potencial atividade contra diversos patógenos. Foram identificados 50 genes completos codificantes de Proteínas Transportadoras de Lipídeos (LTPs, Lipid Transfer Proteins) no genoma de C. cajan. Destas, três foram selecionadas para geração de RAMPs (Rationally Modified AntiMicrobial Peptides), seguindo pipeline desenvolvido para avaliação de sua estrutura, ação antimicrobiana e efeitos sobre células eucarióticas. Os cinco RAMPs desenhados foram sintetizados e um deles (PLTP-CAJ1) foi avaliado quanto ao seu efeito antimicrobiano, apresentando atividade antimicrobiana contra patógenos humanos, incluindo bactérias (Staphylococcus aureus ATCC 25923, Klebisiella pneumoniae ATCC 13883, Acitenobacter baumannii ATCC 19606) em dosagens não citotóxicas 0,16-1.024 µg/mL) considerando o teste MTT. Os peptídeos identificados representam importantes alvos para o desenvolvimento de fármacos e devem ser testados quanto à sua ação contra fitopatógenos de interesse agrícola. 

Teses
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  • RAYSA SAMANTA MORAES LARANJEIRA
  • Polimorfismos e perfil de expressão de genes do
    inflamassoma em pacientes com Síndrome de Turner
  • Orientador : NEIDE SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MATHEUS FILGUEIRA BEZERRA
  • NEIDE SANTOS
  • SUELEN CRISTINA DE LIMA
  • Data: 15/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • A síndrome de Turner (ST) é uma das cromossomopatias mais frequentes em humanos, acometendo cerca de 1:2500 nascimentos do sexo feminino. Essas pacientes apresentam um risco duas vezes mais elevado de desenvolver doenças autoimunes e desordens inflamatórias comparadas às mulheres em geral. Vários genes que estão envolvidos com o contexto imune e inflamatório vêm sendo avaliados e relatados quanto ao risco às desordens inflamatórias e imunes na ST. Contudo, não há relatos sobre a possível associação de alterações no perfil de ativação do inflamassoma nesta sindrome. O objetivo deste trabalho foi investigar a possível associação entre polimorfismos e expressão nos genes do inflamassoma com o contexto inflamatório na ST. Além disso, avaliamos a influência do 17β-estradiol (E2) in vitro no perfil de expressão do inflamassoma em pacientes ST e controles. O estudo de associação incluindo 92 pacientes ST (caso) e 146 controles saudáveis (HC), para polimorfismos nos genes IL-1β e NLRP3, foi realizado usando ensaios de genotipagem TaqMan. A expressão gênica de IL-1β, NLRP3 e NLRP1, avaliada em 17 pacientes ST e 17 controles, foi realizada usando sondas fluorogênicas baseadas em qPCR. Posteriormente foi avaliada a expressão dos genes IL-1β e NLRP3 em cultivo de PBMCs com e sem tratamento de E2 e estímulo com LPS em oito pacientes ST e oito controles. Diferenças na distribuição alélica e genotípica foram observadas em IL-1β rs16944 e NLRP3 rs4925659 em ST e HC. A expressão gênica de IL-1β e NLRP3 foi regulada negativamente (FC=-6.78, p=1.032e-10 e FC=-15.73, p= 9.075e-10, respectivamente) e NLRP1 foi regulado positivamente (FC=21.5, p=5.925e-08) em ST comparado com HC. Em contrapartida, NLRP3 foi regulado positivamente (FC=9.87, p=0.002) e IL-1β foi
    regulado negativamente (FC=-1.59, p=0.711) em PBMCs de pacientes ST comparado ao controle. Nossos resultados indicam uma distribuição diferencial dos polimorfismos IL-1β e NLRP3 em pacientes com ST. Além disso, alterações na expressão dos genes IL-1β, NLRP3 e NLRP1 podem conferir desequilíbrio inflamatório nessas pacientes e o E2 parece suprimir a expressão de NLRP3 e IL- 1β na ST.

  • Mostrar Abstract
  • A síndrome de Turner (ST) é uma das cromossomopatias mais frequentes em humanos, acometendo cerca de 1:2500 nascimentos do sexo feminino. Essas pacientes apresentam um risco duas vezes mais elevado de desenvolver doenças autoimunes e desordens inflamatórias comparadas às mulheres em geral. Vários genes que estão envolvidos com o contexto imune e inflamatório vêm sendo avaliados e relatados quanto ao risco às desordens inflamatórias e imunes na ST. Contudo, não há relatos sobre a possível associação de alterações no perfil de ativação do inflamassoma nesta sindrome. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi determinar se polimorfismos nos genes rs16944 IL-1β e rs10754558 e rs4925659 NLRP3, bem como se o perfil de expressão destes genes conferem susceptibilidade às desordens inflamatórias na ST, comparando ao grupo controle.
    Este estudo compreendeu 92 pacientes com ST (caso) com ou sem história de doenças inflamatórias e 146 mulheres saudáveis (controle). A análise dos polimorfismos foi realizada utilizando o sistema Taqman e os dados foram analisados pelo programa SNPStats, com nível de significância de 0,05. Associações estatisticamente significantes foram observadas no alelo G de rs16944 (A>G) (
    p=0.001, OR=1.83) e genótipo GG (p=0.002, OR=3.09) no grupo caso comparado ao controle. Em contraste, não foram observadas diferenças na distribuição de rs10754558 (G>C) entre caso e controle (p=1.0 e p=0.6). Não detectamos o genótipo homozigoto AA de rs4925659 (G>A) em TS, e o alelo G e o genótipo GG foram significativamente mais frequentes em controles do que em TS (p=0.02, OR=0.61), embora nossa população para este polimorfismo não esteja no equilíbrio de Hardy-Weinberg. Nossos resultados sugerem uma possível associação do polimorfismo IL-1β rs16944 e o risco de desordens inflamatórias em pacientes com ST.

2
  • MARINUS DE MORAES LIMA
  • IMPORTÂNCIA CLÍNICA E PROGNÓSTICA DO DNA MITOCONDRIAL NA
    LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA

  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO XAVIER CARNEIRO
  • RONALD FEITOSA PINHEIRO
  • ADERSON DA SILVA ARAUJO
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • Data: 27/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • A leucemia mielóide aguda (LMA) é uma neoplasia do sistema hematopoiético caracterizada por alterações genéticas de origem clonal que leva a um bloqueio na maturação, aumento da proliferação e uma reprogramação metabólica com consequente aumento da atividade mitocondrial dos precursores mieloides. Uma das maneiras de se avaliar a ativdade mitocondrial de uma célula é por meio da quantificação do DNA mitocondrial (mtDNA). Este vem sendo amplamente estudado em vários tumores sólidos como um marcador metabólico capaz de predizer processos essenciais para manutenção celular. Contudo, muito pouco se sabe sobre seu papel na fisiopatologia da LMA. O objetivo dessa tese é avaliar a importância clínica da quantificação do DNA mitocondrial em pacientes adultos com diagnóstico recente de LMA. No total, foram analisadas duas coortes independentes: uma composta por 156 pacientes com leucemia promielocítica aguda (LPA) e outra formada por 482 pacientes com LMA não-LPA. Na primeira coorte foi demonstrado que pacientes com alto conteúdo de mtDNA tiveram melhores desfechos clínicos (maior sobrevida libre de doença [SLD] e menor incidência cumulativa de recidiva [ICR]), independentemente da carga tumoral. Esses resultados foram mais evidentes no grupo de pacientes de baixo risco de recaída. Já na segunda coorte, os pacientes com alto conteúdo de mtDNA foram associados à piores desfechos quando comparados com os pacientes com conteúdo normal de mtDNA. Um alto conteúdo de mtDNA foi independentemente associado a menor SLD e aumento da ICR.


  • Mostrar Abstract
  • A Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é uma neoplasia caracterizada pela infiltração da medula óssea, sangue periférico e outros órgãos por células proliferativas, clonais anormalmente diferenciadas do sistema hematopoiético. É um grupo heterogêneo de alterações clonais que levam a um bloqueio na maturação e/ou uma proliferação de precursores mieloides. A reprogramação metabólica é uma das marcas emergentes em LMA. Porém, devido à alta heterogeneidade molecular observada entre os diferentes pacientes, o estudo do estado metabólico em células leucêmicas pode ser desafiador, já que alguns pacientes com LMA também apresentam aumento da atividade mitocondrial, o que pode está relacionado a desfechos adversos. O DNA mitocondrial (mtDNA) vem amplamente estudado por estar envolvido em múltiplos processos celulares, principalmente no controle do metabolismo energético. Em células somáticas, cada mitocôndria possui em torno de 2 a 10 cópias de mtDNA, podendo variar consideravelmente dependendo do tipo de célula, estágio de diferenciação, tecido de origem, atividade metabólica, resposta ao estresse oxidativo e processos patológicos, como a tumorigênese, podendo configurar uma maior resistência da célula clonal. O objetivo dessa tese é avaliar qual a importância da quantificação do DNA mitocondrial em pacientes com diagnóstico recente de Leucemia Mielóide Aguda, associando o número de cópias de DNA mitocondrial com outras alterações moleculares associadas e estabelecer correlações com o escore de risco citogenético adaptado (AGR), demonstrando o seu papel prognóstico. Foram analisadas duas coortes: uma com pacientes com diagnóstico de leucemia promielocítica aguda (LPA) e outra com pacientes
    com LMA (excluindo pacientes com LPA), ambas comparando com voluntários normais. Na primeira coorte foi demonstrado que pacientes com alto conteúdo de mtDNA tiveram melhores resultados, independentemente da carga do tumor. Esses resultados foram mais evidentes em pacientes de baixo risco. Já na segunda coorte, os pacientes com alto conteúdo de mtDNA foram estratificados com piores desfechos quando comparados com os pacientes com conteúdo normal de mtDNA. os altos níveis de mtDNA foi independentemente associado a menor sobrevida livre de doença (SLD) e aumento da incidência cumulativa de recidiva (ICR), denotando como possível marcador prognóstico. A possibilidade de estudar e descobrir dependências específicas do metabolismo de energia e /ou suas ligações com o microambiente das células poderá abrir novos caminhos de pesquisa e, em última análise, novas opções de tratamento para Pacientes com LMA.
3
  • WENDELL PALOMA MARIA DOS SANTOS REIS
  • Análise da influência de polimorfismos nos genes ACE2, MTHFR, AnxA2, DDX58, RelA e IL-6 em desfechos clínicos da COVID-19 em uma população de Pernambuco

  • Orientador : LINDOMAR JOSE PENA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • JURANDY JÚNIOR FERRAZ DE MAGALHÃES
  • LINDOMAR JOSE PENA
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • NEIDE SANTOS
  • Data: 28/02/2023

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  • COVID-19 é uma doença respiratória com diferentes desfechos clínicos que podem estar relacionados à idade, o sexo, a presença de morbidades e a variabilidade genética viral e/ou hospedeira. Variações em genes de vias envolvidas na entrada viral, na coagulação e no processo inflamatório têm sido associadas aos desfechos graves da COVID-19. Neste sentido, investigamos a distribuição alélica e genotípica de SNPs nos genes ACE2(rs228566), MTHFR(rs1801133), ANXA2(rs7163836 e rs7170178), DDX58(rs10813831), RelA(rs7101916) e IL6(rs1800795) e suas possíveis relações com a gravidade da COVID-19. Para isso, foram utilizadas amostras de swab nasofaríngeo e dados clínico-epidemiológicos de 312 indivíduos diagnosticados com COVID-19. Destas, 100 amostras foram selecionadas aleatoriamente e submetidas a extração de DNA genômico por diferentes métodos (Chelex, Fenol/Clorofórmio e kit comercial), para selecionar o método mais adequado para as análises genéticas. Posteriormente, foi realizada a genotipagem através de PCR em tempo real usando sondas alelo-específicas, bem como a estratificação dos indivíduos quanto a gravidade em casos: leves(CL), graves(CG) e fatais(CF). A extração de DNA por chelex, mostrou-se mais barata, rápida e adequada para amostras nasofaríngeas. Entre os indivíduos com COVID-19, febre e tosse foram os sintomas mais frequentes (>76% em ambos) entre os CL, enquanto tosse (89,1%), baixa saturação (82,6%) e dispneia (78,3%) foram os mais comuns entre os CG. Nos CF, dispneia (85,7%), baixa saturação e tosse (ambos 75,7%) foram predominantes. Quanto as morbidades, doenças cardiovasculares (29,3% e 15,7% respectivamente) e diabetes mellitus (25% e 14,3% respectivamente) predominaram entre os CG e CF. Dentre as variantes genéticas, os genótipos A/G (rs7170178 em ANXA2) e G/G (rs10813831 em DDX58) foram associados a uma maior susceptibilidade à mortalidade por COVID-19 e os genótipos C/C e C/T (rs7101916 em RelA) foram associados à gravidade da doença. Novos estudos com abordagens genômicas e funcionais de variantes de ANXA2, DDX58 e RelA são necessárias para uma melhor compreensão do papel desses genes nos desfechos da COVID-19.


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  • A COVID-19 apresenta manifestações clínicas que vão desde a ausência de sintomas até complicações graves. Diferentes desfechos podem estar relacionados a fatores como: idade, sexo, morbidades e variabilidade genética viral e do hospedeiro. Polimorfismos em genes envolvidos em coagulopatias têm sido associados a resultados graves de COVID-19. Investigamos a distribuição alélica e genotípica de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos genes ACE2 (rs228566), MTHFR (rs1801133) e ANXA2 (rs7163836 e rs7170178) e sua possível relação com a gravidade da COVID-19. Foram coletadas 312 amostras de swab nasofaríngeo de indivíduos com COVID-19 e o DNA genômico extraído. Os indivíduos foram estratificados em COVID-19 leve, grave e fatal. A genotipagem foi realizada por qPCR, usando sondas alelo-específicas. Nos casos leves, febre e tosse foram os sintomas mais frequentes (>76% em ambos). Nos casos graves, tosse (89,1%), baixa saturação (82,6%) e dispneia (78,3%) foram mais comuns. Nos casos fatais, os sintomas mais comuns foram dispneia (85,7%), baixa saturação de oxigênio e tosse (ambos 75,7%). Doenças cardiovasculares (29,3% e 15,7% respectivamente) e diabetes mellitus (25% e 14,3% respectivamente) foram as morbidades mais frequentes entre graves e fatais. Apenas o polimorfismo rs7170178 em ANXA2 foi associado. O genótipo AG foi significativamente mais frequente entre os casos fatais, sugerindo maior suscetibilidade à mortalidade da doença. Novos estudos envolvendo outras variantes do ANXA2 devem ser realizados para confirmar o papel desse gene nos diferentes desfechos clínicos da COVID-19.

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  • BIANCA DE FRANCA SAO MARCOS
  • Avaliação do Microambiente Tumoral Pulmonar Infectado
    com o Papilomavírus Humano
  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • NEIDE SANTOS
  • Data: 13/03/2023

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  •     
    O Papilomavírus Humano (HPV) de alto risco é o principal agente
    causador do câncer do colo do útero. No entanto, o HPV tem sido correlacionado
    com outros tipos de câncer, como o câncer de pulmão. No entanto, ainda não
    está claro como o HPV atua na carcinogênese pulmonar. Neste estudo, os
    tumores de pacientes com câncer de pulmão foram avaliados quanto à expressão
    das proteínas do HPV (E2, E5, E6 e E7) por RT-qPCR, bem como a expressão de
    fatores de transcrição (STAT4, STAT3, STAT6, JAK2 e FOXO4). Também foi
    realizado análises de imunofenotipagem de linfócitos e monócitos isolados de
    PBMC e cultivados in vitro juntamente com a linhagem celular A549 transfectadas
    com os oncogenes do HPV16. Pelo menos uma das proteínas do HPV foi
    encontrada em 66,7% dos tumores pulmonares. As oncoproteínas E5 e E7 foram
    superexpressas e com forte correlação positiva entre elas. Uma superexpressão
    de todos os fatores de transcrição foi observada nos tumores infectados pelo
    HPV, principalmente FOXO4 e STAT4. Houve um aumento de citocinas no
    sobrenadante, células T auxiliares e da atividade de células citotóxica, além de
    uma diminuição das células T reguladoras na presença das oncoproteínas virais.
    Destacando-se uma atividade anti-tumoral de E5 de HPV16. Nossos resultados
    sugerem que as oncoproteínas do HPV podem estar associadas à ativação de
    fatores de transcrição, assim como podem manipular células imunológicas do
    microambiente tumoral de pulmão.

  • Mostrar Abstract
  •      O Papilomavírus Humano (HPV) de alto risco é o principal agente causador do câncer do colo do útero, contribuindo com cerca de 95% dos casos de câncer do colo do útero. No entanto, o HPV tem sido correlacionado com outros tipos de câncer, como o câncer de pulmão. No entanto, ainda não está claro como o HPV atua na carcinogênese pulmonar. Neste estudo, os tumores de pacientes com câncer de pulmão foram avaliados quanto à expressão das proteínas do HPV (E2, E5, E6 e E7) por RT-qPCR, bem como a expressão de fatores de transcrição (STAT4, STAT3, STAT6, JAK2 e FOXO4) associados com proliferação, diferenciação e metástase celular. Pelo menos uma das proteínas do HPV foi encontrada em 66,7% dos tumores pulmonares analisados. As oncoproteínas E5 e E7 foram superexpressas e com forte correlação positiva entre elas. Além disso, uma forte correlação negativa entre E6 e E2 também foi observada, sugerindo uma possível integração viral. Uma superexpressão de todos os fatores de transcrição foi observada nos tumores infectados pelo HPV em comparação com os tumores negativos para o HPV, principalmente em relação a FOXO4 e STAT4. Nossos resultados sugerem que as oncoproteínas do HPV podem estar associadas à ativação de fatores de transcrição associados à progressão do câncer de pulmão.
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  • HEMILLY RAYANNE FERREIRA DA SILVA
  • Desenvolvimento e avaliação de novas proteínas quiméricas recombinantes baseadas em epítopos
    imunogênicos para o diagnóstico da Leishmaniose Visceral canina e humana
  • Orientador : OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
  • VIRGINIA MARIA BARROS DE LORENA
  • ZULMA MARIA DE MEDEIROS
  • Data: 12/07/2023

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  • A leishmaniose visceral (LV) é a forma mais grave das leishmanioses, quando
    não diagnosticada precocemente. Este diagnóstico, contudo, é prejudicado pela
    ausência de métodos eficientes e de baixo custo aplicáveis para a doença
    humana e no cão, seu principal reservatório. Testes sorológicos baseados em
    antígenos recombinantes ainda são a melhor alternativa para o diagnóstico,
    potencialmente conciliando sensibilidade e especificidade com facilidade de
    execução. O uso de um único antígeno para o diagnóstico da LV humana e
    canina ainda diminuiria os custos de produção e distribuição. Ferramentas de
    genética molecular foram previamente utilizadas na produção de uma proteína
    quimérica (Q5) reunindo fragmentos de três antígenos de Leishmania infantum
    identificados com potencial para sorodiagnóstico da LV. Esta proteína apresentou
    alto potencial para diagnosticar cães e humanos no ELISA e em testes rápidos.
    Este estudo se iniciou então com uma nova avaliação da Q5 no ELISA, usando
    um maior número de soros caninos previamente avaliados por testes
    recomendados no Brasil. Os resultados revelaram um desempenho equivalente
    da Q5 em cães sintomáticos, mas apresentaram divergências em assintomáticos,
    sugerindo uma eficiência insuficiente. Buscou-se então desenvolver outra proteína
    quimérica, derivada da Q5, porém incluindo fragmentos de dois outros antígenos.
    A avaliação desta proteína mostrou maior potencial no diagnóstico da LV, com
    desempenho equivalente em cães e humanos. Este desempenho a qualifica como
    alternativa barata para uso no diagnóstico da LV em substituição aos testes
    atualmente recomendados.

  • Mostrar Abstract
  • As leishmanioses são doenças infecciosas e negligenciadas, onde a
    Leishmaniose visceral (LV) é a forma mais grave da doença causada pelo
    parasita Leishmania infantum. A LV é endêmica no Brasil, e o seu controle
    depende de métodos diagnósticos mais eficientes. O exame sorológico ainda é a
    melhor alternativa quando se utiliza antígenos recombinantes, pois apresentam
    grande sensibilidade, especificidade e fácil execução. No entanto, nenhum
    antígeno único foi encontrado até o momento com potencial para diagnosticar
    tanto a LV humana como a canina. Em trabalhos anteriores, identificamos
    antígenos recombinantes de L. infantum com potencial para o sorodiagnóstico da
    LV. A partir desse achado, uma proteína recombinante quimérica foi construída
    reunindo fragmentos de três antígenos descritos anteriormente, que apresentou
    alto potencial para diagnosticar casos humanos e de cães com LV em ensaios de
    ELISA e em testes rápidos imunocromatográficos. Este estudo se iniciou com
    uma nova avaliação dessa proteína em cães no ELISA, aumentando
    significativamente o painel de amostras, e os resultados obtidos mostraram a
    necessidade de melhorias adicionais em sua sequência. Buscou-se então
    desenvolver nova proteína quimérica onde fragmentos de outros dois antígenos
    previamente identificados foram reunidos aos dos três já incluídos na primeira
    proteína quimérica. A proteína recombinante resultante se mostrou de fácil
    produção e com uma elevada eficácia para diagnosticar cães sintomáticos e
    mesmo assintomáticos com LV por meio de ELISA. Também foi observada uma
    reatividade significativa com soros que negativaram no teste padrão de
    diagnóstico recomendado pelo Ministério da Saúde do Brasil da LV canina, o EIE-
    LVC. Estes resultados indicam um elevado potencial dessa nova proteína
    quimérica para o diagnóstico precoce da LV canina, e uma alternativa eficiente ao
    ensaio EIE-LVC. Faz-se necessário, contudo, sua avaliação com soros humanos
    e em casos de co-infecção com HIV, bem como, sua avaliação utilizando outras
    abordagens metodológicas, como no teste rápido.
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  • ELVIA JÉSSICA DA SILVA OLIVEIRA
  • Expressão de genes associados às vias de biossíntese de osmoprotetores em pinhão-manso após estresse salino



  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDERSON AKIO KIDO
  • JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
  • MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 31/08/2023

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  • O pinhão-manso (Jatropha curcas L) é uma oleaginosa encontrada em regiões áridas,
    com potencial para a produção de biocombustíveis e controle de erosão do solo. A
    planta é considerada tolerante a seca e diferentes acessos apresentam respostas
    variadas à salinidade dos solos. Um dos mecanismos adaptativos de defesa das
    plantas contra estresse salino é o acúmulo de osmoprotetores, osmólitos capazes de
    atuar contra o estresse, sem prejudicar o funcionamento fisiológico das células. Neste
    trabalho identificou-se e caracterizou-se genes associados às vias de biossíntese de
    osmoprotetores em J. curcas, após estímulo salino. A identificação foi realizada a
    partir da expressão de genes em raízes de dois acessos de J. curcas (Jc171 e Jc183)
    após exposição ao sal (3h; 150 mM NaCl) via transcriptômica RNA-Seq. As principais
    vias, tendo por base compostos osmoprotetores, foram relativos a: inositol fosfato e
    derivados (mio-inositol e derivados), amido e sacarose (trealose), galactose
    (oligossacarídeos da família rafinose) e arginina e prolina (prolina, ornitina e
    poliaminas). Associados aos genes se evidenciaram fatores de transcrição (das
    famílias WRKY, MYB, Dof-type, bHLH, bZIP, HD-ZIP, AP2/ERF) supostamente
    reguladores da expressão dos transcritos observados nas bibliotecas RNA-Seq. Os
    dados permitiram gerar árvores fenéticas, realizar análises de estrutura gênica,
    identificar motivos conservados, prever modelos 3D, obter a rede de interação
    proteína-proteína das principais enzimas das vias. Esses resultados ampliam o
    conhecimento dos osmólitos osmoprotetores na resposta de J. curcas ao estímulo
    salino, inferindo papel mitigador de danos decorrentes da salinidade, o que contribuirá
    para o melhoramento da planta.

  • Mostrar Abstract
  • O pinhão-manso (Jatropha curcas) é uma oleaginosa, encontrada em regiões áridas, com potencial para a produção de biocombustíveis e controle de erosão do solo. A planta é considerada tolerante a seca e, diferentes acessos, apresentam respostas variadas à salinidade dos solos. Um dos mecanismos adaptativos que as plantas
    possuem para defender-se do estresse salino é a expressão de genes relacionados com a biossíntese de osmoprotetores, compostos capazes de atuar contra o estresse, sem prejudicar o funcionamento fisiológico das células. Este trabalho identificou potenciais genes relacionados à osmoproteção em
    J. curcas, mediante estímulo
    salino, caracterizando as vias metabólicas relacionadas. A identificação foi realizada a partir da expressão de genes em raízes de dois acessos de
    J. curcas (Jc171 e Jc183) após aplicação do sal (3h; 150 mM NaCl) via transcriptômica RNA-Seq. As principais vias metabólicas identificadas, tendo por base compostos osmoprotetores, foram: inositol fosfato e derivados (mio-inositol e derivados), amido e sacarose (trealose), galactose (oligossacarídeos da família rafinose) e arginina e prolina (poliaminas). Associados aos genes foram evidenciados fatores de transcrição das famílias WRKY, MYB, Gata-type, Dof-type, bHLH, bZIP, HD-ZIP, AP2/ERF, MADSbox, TCP e C2H2 como aqueles que estão supostamente regulando a expressão de transcritos observados nas bibliotecas RNA-Seq. Esses resultados ampliam o conhecimento sobre a resposta de J. curcas após estímulo salino e são de grande valia para o melhoramento genético da espécie, na busca de materiais mais tolerantes
    a salinidade, além disto, o estudo possibilita inferir sobre a atuação de osmoprotetores e os processos para minimizar danos causados a planta.


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  • ADRIANA NEUMAN ALBUQUERQUE LINS MOURA DE BRITO
  • Caracterização de novos mecanismos de ação e de regulação ligados a homólogos de eIF4E
    em Leishmania sp.
  • Orientador : OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO PEREIRA DAS NEVES NETO
  • MATHEUS FILGUEIRA BEZERRA
  • OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
  • TATIANY PATRICIA ROMAO POMPILIO DE MELO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • Data: 20/09/2023

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  • Em eucariotos, o reconhecimento do mRNA pela proteína eIF4E, como parte
    do complexo eIF4F, é uma etapa fundamental durante o processo de iniciação da
    tradução. Espécies de Leishmania e outros parasitas protozoários da família
    Trypanosomatidae apresentam características únicas relacionadas a este
    processo, incluindo a presença de seis homólogos de eIF4E. Este trabalho buscou
    estudar em Leishmania dois desses homólogos, os EIF4E3 e EIF4E5, que
    participam de complexos do tipo eIF4F distintos, mas com funções e mecanismos
    de regulação ainda não claramente definidos. Foram investigadas modificações
    pós-traducionais mediando mecanismos de regulação e, no caso do EIF4E3,
    parceiros proteicos, localização subcelular e deleção de um alelo. Para o EIF4E5,
    foram mapeados sítios de fosforilação exclusivos do gênero Leishmania que podem
    atuar controlando sua ligação ao RNA. Para o EIF4E3, foram identificadas
    diferenças relativas a eventos de fosforilação entre espécies de Leishmania
    distintas. O EIF4E3 nativo de L. infantum, co-precipitou com parceiros proteicos
    conhecidos ligados à sua atuação na tradução. Já em L. amazonensis, a co
    precipitação com parceiros semelhantes só ocorreu quando se eliminou um sítio de
    fosforilação exclusivo desta espécie, indicando que esta fosforilação controla a
    participação do EIF4E3 na tradução. Em ambos os casos foi observada uma
    associação preferencial do EIF4E3 com diferentes RNA helicases, sugerindo
    funções na tradução relacionadas a estas. Outros resultados, sugerem também
    uma possível ação nuclear para esta proteína. A deleção de uma cópia do EIF4E3
    em L. amazonensis resultou em diferenças no crescimento celular da forma
    promastigota do parasita.

  • Mostrar Abstract
  • Em eucariotos, o reconhecimento do mRNA pela proteína eIF4E, como parte do complexo eIF4F, é uma etapa fundamental durante o processo de iniciação da tradução. Espécies de Leishmania e outros parasitas protozoários da família Trypanosomatidae apresentam características únicas relacionadas a este processo, incluindo a presença de seis homólogos de eIF4E. Este trabalho buscou estudar em Leishmania dois desses homólogos, os EIF4E3 e EIF4E5, que participam de complexos do tipo eIF4F distintos, mas com funções e mecanismos de regulação ainda não claramente definidos. Foram investigadas modificações pós-traducionais mediando mecanismos de regulação e, no caso do EIF4E3, parceiros proteicos e sua localização subcelular. Para o EIF4E5, foram mapeados sítios de fosforilação exclusivos do gênero Leishmania que podem atuar controlando sua ligação ao RNA. Para o EIF4E3, foram identificadas diferenças relativas a eventos de fosforilação entre espécies de Leishmania distintas. O EIF4E3 nativo de L. infantum, co-precipitou com parceiros proteicos conhecidos ligados à sua atuação na tradução. Já em L. amazonensis, a co-precipitação com parceiros semelhantes só ocorreu quando se eliminou um sítio de fosforilação exclusivo desta espécie, indicando que esta fosforilação controla a participação do EIF4E3 na tradução. Em ambos os casos foi observada uma associação preferencial do EIF4E3 com diferentes RNA helicases, sugerindo funções na tradução relacionadas a estas. Outros resultados, sugerem também uma possível ação nuclear para esta proteína. Novos experimentos devem ajudar a melhor definir os aspectos já investigados de forma a melhor entender o papel do EIF4E3 na tradução, e sua regulação, em espécies de Leishmania.
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  • BRUNA DE BRITO SOUZA
  • GENÔMICA ESTRUTURAL, COMPARATIVA E FUNCIONAL DE GENES DE HELICASES E SNF2 EM Vigna unguiculata (L.) Walp APÓS DESIDRATAÇÃO RADICULAR
  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDERSON AKIO KIDO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
  • MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
  • NATONIEL FRANKLIN DE MELO
  • Data: 27/10/2023

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  • As helicases são enzimas essenciais para o splicing, transporte, e degradação dos RNAs, e para o início da tradução destes, enquanto que as proteínas remodeladoras de cromatina Snf2 facilitam a interação de proteínas na expressão gênica, estando ambas associadas a respostas a estresses abióticos. A seca limita a produtividade do feijão-caupi, mesmo em variedades tolerantes. O objetivo do estudo foi identificar e caracterizar a estrutura e função de helicases e Snf2 em Vigna unguiculata (L.) Walp., e analisar sua expressão em ensaio RNA-Seq após desidratação radicular (de 25 e 150 minutos). Foram identificados 187 genes potenciais, incluindo 46 helicases de DNA (RuvB, MCM, RecQ, PIF1, UvrD e RecG), 103 RNA helicases (DEAD, DEAH/DExH-D) e 39 Snf2 (Snf2-like, Swr1-like, Rad54-like, Rad5/16-like, SSO1653-like e SMARCAL1-like), nos 11 cromossomos do genoma. A duplicação segmentar predominou para helicases e em tandem para Snf2. Genes ortólogos foram observados em cinco leguminosas analisadas. Na região promotora dos respectivos genes, foram previstos fatores de transcrição relacionados com respostas a estresses, incluindo ERF, Dof, Myb, TCP, ARF e bZip. A estrutura dos éxons-íntrons mostrou-se conservada nas famílias gênicas. Proteinas helicases/Snf2 apresentaram domínios e motivos conservados da Superfamília 2 de helicases, com variações nas regiões N e C terminais. Alguns transcritos RNA-Seq, como VuDEAD25.1, VuSNF2_22.1, VuSNF2_21.1 e VuSNF2_4.1, apresentaram resposta diferencial aos estímulos, sendo induzidos em 150 minutos. A rede interativa de MCM e RuvB sugeriu participação principalmente na biossíntese de clorofila, vias de sinalização e resposta ao estresse. Esses resultados indicam alvos que podem ser explorados em programas de melhoramento do feijão, como transgenes ou marcadores moleculares.


  • Mostrar Abstract
  • A seca é um dos fatores limitantes para a produtividade do feijão-caupi, que apesar de algumas variedades serem tolerantes, seu desempenho ainda é afetado. As DNA e RNA helicases, são enzimas onipresentes que atuam tanto no desenrolamento de fitas duplas por um processo dependente de ATP, quanto na resposta ao estresse abiótico, por meio da melhoria nos parâmetros bioquímicos e fotossintéticos da planta, sendo este um sistema de defesa positivamente correlacionado ao aumento na tolerância. O objetivo do estudo foi identificar e caracterizar a nível estrutural os genes para helicases em V. unguiculata, e analisar a expressão no transcriptoma RNA-Seq de raízes de feijão-caupi sob condição de desidratação radicular (25 e 150 min.). Foram identificados 148 potenciais genes, dentre os quais, 45 são codificadores de DNA (RuvB, MCM, RecQ, PIF1, UvrD e RecG) e 103 de RNA (DEAD, DEAH/DExH-D) helicases. Com base na variação no motivo II e análise fenética, das RNA helicases, 56 proteínas são DEAD-box e 47 DEAH/DExH-box. As DEAD-box apresentaram nove motivos conservados, enquanto a conservação nas extensões N e C terminal das DEAH foi nitidamente inferior. Na região promotora dos genes para RNA helicases estão associadas as famílias de fatores de transcrição: AP2-ERF, MADS-box, C2H2, Doftype e bHLH-ZIP. Dentre os transcritos para DNA e RNA helicases diferencialmente expressos (DE; FDR <0,05), dos nove relacionados a família DEAD-box, quatro foram reprimidos inicialmente e induzidos com a intensificação do estresse e, outros quatro foram induzidos em ambos os tempos. Total de 14 transcritos codificando RuvB, oito UvrD, nove MCM e dez RecQ, foram DEs em função aos estímulos. Esses resultados contribuem para compreensão da resposta transcricional do feijão-caupi frente ao estímulo estudado e os genes DE são alvos promissores e uteis ao melhoramento genético.

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  • JULIANA VIEIRA DE BARROS ARCOVERDE
  • Perfil de expressão de genes relacionados a doenças autoimunes/inflamatórias em indivíduos com síndrome de Down

  • Orientador : NEIDE SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MARIA TEREZA CARTAXO MUNIZ
  • NEIDE SANTOS
  • RONALDO CELERINO DA SILVA
  • Data: 20/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • A síndrome de Down (SD) é a doença cromossômica mais prevalente em recém-nascidos, afetando 1 em cada 700 nascidos vivos. Indivíduos com SD apresentam características clínicas clássicas como hipotonia, prega palmar única e olhos amendoados. Eles também são propensos a múltiplos desequilíbrios imunológicos denominados doença autoimune da tireoide (AITD), diabetes tipo 1 (DM1), alopecia areata, doença celíaca, artrite idiopática juvenil e vitiligo. O inflamassoma, sensor imunológico responsável por induzir respostas inflamatórias, é (mal)ativado em diversas doenças autoinflamatórias e autoimunes, porém ainda não há estudos sobre seu papel em indivíduos com SD, bem como dos genes com importante papel na manutenção da homeostase do sistema imunológico, como o CTLA-4 e PTPN22. O presente estudo avaliou o perfil de expressão dos genes NLRP1, NLRP3, IL-1β, CTLA-4 e PTPN22 em indivíduos com SD suscetíveis ao desenvolvimento de doenças autoimunes/inflamatórias. Além disso, avaliamos se os pacientes com SD apresentam resposta inflamatória diferencial dos genes do inflamassoma após infecção in vitro. Os indivíduos com SD foram oriundos do Grupo Universitário de Reabilitação Infantil (GURI) e um grupo formado por pais e responsáveis de indivíduos com SD, e o cariótipo obtido através da cultura de linfócitos. O mRNA foi extraído pela metodologia TRIZOL tanto para células do sangue periférico quanto para células monocucleares do sangue periférico (PBMCs) e o ensaio de expressão gênica foi realizado utilizando sondas fluorogênicas TaqMan, por qPCR. As culturas de PBMC foram divididas em dois grupos com e sem estimulação com lipopolissacarídeo (LPS). Foram cariotipados 68 indivíduos com SD, 60 apresentavam trissomia livre (88,2%), seis mosaicismo cromossômico (8,8%) e dois translocação Robertsoniana (2,9%). Para o ensaio de expressão gênica, 20 indivíduos com SD e 15 indivíduos saudáveis (grupo controle) foram incluídos para análise de sangue total ex vivo. Os níveis de mRNA do grupo SD quando comparados ao grupo controle apresentaram regulação negativa de alteração (FC) de 1,9 vezes para NLRP1 (p=0,0001) e de 1,49 vezes para CTLA-4 (p=0,0047). Para os ensaios in vitro utilizamos PBMC para detecção de níveis de mRNA e encontramos 1,7 FC de regulação negativa de NLRP1 (p = 0,1879) comparando células tratadas com estímulos de LPS versus células sem LPS. Uma comparação da expressão gênica também foi realizada entre indivíduos com SD estratificados com base na presença de hipotireoidismo e nos níveis de Proteína C reativa ultrassensível (PCR-us), mas esta análise não mostrou diferença na expressão gênica. A expressão diferencial de NLRP1 e CTLA-4 em indivíduos com SD indica que pode haver alguma relação com a suscetibilidade ao desenvolvimento de doenças autoimunes/inflamatórias, mas mais análises são necessárias para confirmar esta relação.


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  • A síndrome de Down (SD) é a cromossopatia mais prevalente em recém-nascidos, com incidência de 1:700 nascidos vivos. Além das características fenotípicas características da SD, como hipotonia, prega palmar única e olhos amendoados, há muitos fenótipos associados a essa síndrome que têm penetrância e gravidade variáveis. Os indivíduos com SD também podem apresentar uma aceleração do processo de envelhecimento, afetando particularmente o sistema nervoso central e imunológico estando associada à múltiplas alterações imunológicas, como Tireoidite de Hashimoto, diabetes tipo 1, alopecia, doença celíaca, artrite idiopática juvenil e vitiligo, que ocorrem em números desproporcionais entre indivíduos com SD em comparação com indivíduos saudáveis. Os inflamassomas desempenham um papel importante e vital na ativação e liberação de citocinas pró-inflamatórias e são altamente expressos em células imunes. Estes complexos são responsáveis por regular a resposta imunológica a fatores exógenos e endógenos. Os receptores NLRP1 e NLRP3, pertencentes à família NLR, vêm sendo apontados como principais integrantes do inflamassoma. Ambos interagem com proteínas pró-Caspases 1, como a ASC, que ativam o recrutamento das proteínas caspases estimulando o processamento das citosinas pró inflamatórias IL1-B e IL-18. O ritmo acelerado da pesquisa do inflamassoma demonstrou papéis importantes para sua ativação em muitas doenças, tanto autoinflamatórias quanto autoimunes, porém, ainda não existem estudos sobre seu papel em indivíduos com SD. O presente estudo avaliou o perfil de expressão dos genes NLRP1, NLRP3 e IL-1β com a susceptibilidade ao desenvolvimento de doenças autoimunes / inflamatórias em indivíduos com SD. Um total de 54 indivíduos tiveram o cariótipo definido, dos quais 49 apresentaram a trissomia livre (90,7%), três mosaicismo cromossômico (5,5%) e dois translocação Robertsoniana (3,7%). Para o ensaio de expressão gênica foram analisados 42 indivíduos com SD e 15 indivíduos saudáveis (grupo controle), com a média de idade de 5,1 anos e 10,5 anos, respectivamente. Comparando os níveis de mRNA do grupo de SD com o grupo controle encontramos uma regulação negativa de 10,966 vezes do gene NLRP1 (p=0,0001); 2,349 vezes do gene NLRP3 (p=0,0001), e 1,166 vezes do gene IL-1β (p=0,101). Devido à ausência dos achados clínicos, não foi possível relacionar se essa regulação negativa está associada à susceptibilidade ao desenvolvimento de doenças autoimunes / inflamatórias em indivíduos com SD.

2022
Dissertações
1
  • JOSÉ BRUNO ROBERTO DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DOS GENES PARP1, PARP2 E PARP3 EM
    PACIENTES ADULTOS COM LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA

     




  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • MATHEUS FILGUEIRA BEZERRA
  • Data: 21/02/2022

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  • A fim de se obter uma melhor estratificação de risco, o impacto de alterações moleculares tem sido amplamente estudado em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA). Além de alterações estruturais e mutações no DNA, expressão aberrante de genes podem influenciar o curso clínico da doença. Nesse contexto, os membros da família PARP (do inglês, Poly(ADP-ribose) polymerases) (PARP1, PARP2 e PARP3), responsáveis por codificar proteínas capazes de exercer modificações pós-traducionais relacionadas a diversos processos celulares, foram descrito como importantes preditores de prognóstico em pacientes com tumores sólidos, embora pouco se saiba do seu impacto clínico na LMA. Este trabalho teve como objetivo avaliar a expressão dos genes PARP1, PARP2 e PARP3 e seu impacto nos desfechos clínicos de paciente adultos com LMA. Ao todo, 3 coortes independentes foram analisadas (Recife: 81 pacientes, TCGA: 173 pacientes e GSE6891: 245). Na coorte de TCGA e GSE, a expressão de PARP2 e PARP3 foi maior em pacientes com cariótipo complexo (p<0,001) e risco desfavorável (p<0,001). Além disso, a expressão aberrante de PARP2/3 teve impacto direto na sobrevida dos pacientes (PARP2, coortes TCGA (p=0,036) e GSE (p=0,006); PARP3, coortes TCGA (p=0,003) e GSE (p=0,001). A exemplo de tumores sólidos,
    a expressão aberrante de PARP2/3 pode predizer um pior desfecho em pacientes adultos com LMA.



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  • A fim de se obter uma melhor estratificação de risco, o impacto de alterações moleculares tem sido amplamente estudado em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA). Além de alterações estruturais e mutações no DNA, expressão aberrante de genes podem influenciar o curso clínico da doença. Nesse contexto, os membros da família PARP (do inglês, Poly(ADP-ribose) polymerases) (PARP1, PARP2 e PARP3), responsáveis por codificar proteínas capazes de exercer modificações pós-traducionais relacionadas a diversos processos celulares, foram descrito como importantes preditores de prognóstico em pacientes com tumores sólidos, embora pouco se saiba do seu impacto clínico na LMA. Este trabalho teve como objetivo avaliar a expressão dos genes PARP1, PARP2 e PARP3 e seu impacto nos desfechos clínicos de paciente adultos com LMA. Ao todo, 3 coortes independentes foram analisadas (Recife: 81 pacientes, TCGA: 173 pacientes e GSE6891: 245). Na coorte de TCGA e GSE, a expressão de PARP2 e PARP3 foi maior em pacientes com cariótipo complexo (p<0,001) e risco desfavorável (p<0,001). Além disso, a expressão aberrante de PARP2/3 teve impacto direto na sobrevida dos pacientes (PARP2, coortes TCGA (p=0,036) e GSE (p=0,006); PARP3, coortes TCGA (p=0,003) e GSE (p=0,001). A exemplo de tumores sólidos,
    a expressão aberrante de PARP2/3 pode predizer um pior desfecho em pacientes adultos com LMA.


2
  • MARIA DA CONCEIÇÃO VIANA INVENÇÃO
  • Construção de antígenos a partir de predição
     de epítopos como estratégia para o
    desenvolvimento de vacina de DNA contra o
    SARS-CoV-2

     

     

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • TATIANA RODRIGUES DE MOURA
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • Data: 21/02/2022

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  • O rápido agravamento da pandemia da COVID-19 impulsionou o uso de plataformas vacinais de fácil edição. Nesse cenário, é interessante investir em vacinas multiepítopos que exploram todos os grupos de proteínas do vírus e a sua conservação para as variantes emergentes. O presente trabalho objetivou construir antígenos sintéticos multiepítopos de proteínas do SARS-CoV-2, como plataformas utilizadas para construção de vacina de DNA a partir de duas abordagens: epítopos descritos na literatura (I) e epítopos preditos a partir da sequência de referência (II). A abordagem I utilizou epítopos das proteínas S e N, adjuvantes e linkers disponíveis na literatura que foram clonados in silico e verificados os valores de imunogenicidade, conservação e cobertura populacional dos múltiplos epítopos. A construção conteve 15 epítopos, 3 adjuvantes e 5 linkers, tendo os epítopos em sua maioria conservados, com valores de imunogenicidade positivos e o conjunto obteve 90% de cobertura populacional. A abordagem II se baseou na sequência de referência para predizer e analisar epítopos das proteínas estruturais, nsP1, acessórias para identificar aqueles 100% conservados e com os maiores valores de cobertura populacional de cada proteína para compor a segunda construção. Foram preditos entre 420 e 36 epítopos para cada uma das proteínas supracitadas. Após as análises, 38 epítopos compuseram a 2° construção que teve 70% de cobertura
    mundial. Logo, o presente trabalho conseguiu construir antígenos sintéticos que para serem validados como vacina contra COVID-19.



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  • O rápido agravamento da pandemia da COVID-19 impulsionou o uso de plataformas vacinais de fácil edição. Nesse cenário, é interessante investir em vacinas multiepítopos que exploram todos os grupos de proteínas do vírus e a sua conservação para as variantes emergentes. O presente trabalho objetivou construir antígenos sintéticos multiepítopos de proteínas do SARS-CoV-2, como plataformas utilizadas para construção de vacina de DNA a partir de duas abordagens: epítopos descritos na literatura (I) e epítopos preditos a partir da sequência de referência (II). A abordagem I utilizou epítopos das proteínas S e N, adjuvantes e linkers disponíveis na literatura que foram clonados in silico e verificados os valores de imunogenicidade, conservação e cobertura populacional dos múltiplos epítopos. A construção conteve 15 epítopos, 3 adjuvantes e 5 linkers, tendo os epítopos em sua maioria conservados, com valores de imunogenicidade positivos e o conjunto obteve 90% de cobertura populacional. A abordagem II se baseou na sequência de referência para predizer e analisar epítopos das proteínas estruturais, nsP1, acessórias para identificar aqueles 100% conservados e com os maiores valores de cobertura populacional de cada proteína para compor a segunda construção. Foram preditos entre 420 e 36 epítopos para cada uma das proteínas supracitadas. Após as análises, 38 epítopos compuseram a 2° construção que teve 70% de cobertura
    mundial. Logo, o presente trabalho conseguiu construir antígenos sintéticos que para serem validados como vacina contra COVID-19.


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  • GUILHERME SANTANA BARBOSA
  • AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE MOTIVOS DA PROTEÍNA DE LIGAÇÃO À POLI-A 1 (PABP1) NA INTERAÇÃO COM PARCEIROS EM Leishmania infantum

  • Orientador : OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELLE MARIA NASCIMENTO MOURA
  • FABIOLA BARBIERI HOLETZ
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
  • Data: 25/02/2022

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  • Protozoários patogênicos do gênero Leishmania apresentam o controle da sua expressão gênica predominantemente pós-transcricional, onde diferentes proteínas de ligação ao RNA parecem atuar, como a proteína de ligação à cauda poli-A (PABP). Três homólogos de PABP apresentando elementos típicos destas proteínas foram descritos em Leishmania, com uma região N-terminal com quatro domínios de reconhecimento de RNA (RRMs), uma região de ligação e um domínio MLLE C-terminal. Este estudo objetivou melhor compreender a atividade da PABP1, ativa na tradução dos mRNAs e outros processos. A PABP1 associa-se a mRNAs específicos e ao complexo eIF4F constituído por EIF4E4 e EIF4G3. Mutantes nos RRMs 1 e 2, na região de ligação e no domínio MLLE foram obtidos previamente e identificados como importantes para a função da PABP1. Nesse trabalho, mutantes nos RRMs 3 e 4 foram gerados e avaliados quanto ao seu potencial de complementar a ausência da PABP1 nativa em Leishmania infantum, levando a identificação do motivo MLN, no RRM4, como crítico para a atividade da proteína. Para a PABP1 nativa ensaios de co-precipitação seguidos de análise por espectrometria de massa permitiram definir a sua interação com diferentes parceiros. Novos ensaios com as proteínas mutantes definiram os motivos LMW (RRM2), MLN e TGM (MLLE) como essenciais para a co-precipitação com os EIF4G3, EIF4E4 e a quinase CRK3, respectivamente, entre outros. Estes resultados são uma contribuição significativa no entendimento das funções da PABP1


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  • Tripanosomatídeos são protozoários flagelados que englobam agentes patogênicos dos gêneros Leishmania e Trypanosoma. Esses organismos exercem um controle da expressão gênica através de eventos predominantemente pós-transcricionais, muitos envolvendo o controle da estabilidade e tradução de RNAs mensageiros (mRNAs). Dentre as diferentes proteínas de ligação ao RNA (RBPs) participantes nesses eventos, a mais relevante deve ser a proteína de ligação à cauda poli-A (PABP). Três de seus homólogos foram identificados em Leishmania, todos estruturados em uma região N-terminal com quatro motivos de reconhecimento ao RNA (RRMs 1 a 4), uma região linker intermediária e um domínio MLLE presente na sua região C-terminal. O primeiro dos homólogos, a PABP1 se mostrou indispensável e fortemente ativa durante a tradução, além de uma associação com mRNAs diferentes dos associados às PABPs 2 e 3. Também foi observada uma forte afinidade da PABP1 para o complexo eIF4F baseado nas subunidades EIF4E4 e EIF4G3, com uma interação inédita identificada entre a PABP1 e o EIF4E4. Isoformas fosforiladas da PABP1 a indica como potencial alvo de processos regulatórios. Portanto, o presente estudo objetiva melhor compreender a atividade da PABP1, avaliando o papel de diferentes regiões desta proteína, incluindo sítios de possíveis interações proteína-proteína, na sua interação com outras proteínas parceiras, como a proteína de ligação a RNA denominada de RBP23. Ele dá continuidade a estudos prévios onde foram gerados mutantes em motivos julgados relevantes nos RRMs 1 e 2, na região linker e no domínio MLLE. Neste trabalho, diferentes construções mutantes nos RRMs 3 e 4 foram geradas por mutagênese sítio-dirigida e avaliadas quanto ao seu potencial de complementação após a deleção das duas cópias dos genes da PABP1 no genoma de Leishmania infantum. Como resultados preliminares, o mutante PABP1MLN, no RRM4,levou a uma diminuição no crescimento celular, e a proteína mutada se mostrou incapaz de complementar a ausência do gene PABP1 endógeno. Para todo o conjunto de mutantes disponíveis, estes foram avaliados em ensaios de imunoprecipitação in vivo, e as amostras obtidas analisadas por espectrometria de massas, visando avaliar cada uma das regiões da proteína frente à interações novas e já estabelecidas. Esse trabalho contribuirá no entendimento acerca da especificidade da PABP1 aos seus mRNAs alvos, bem como a participação de diferentes motivos nas interações estabelecidas por esta na durante a iniciação da tradução de tripanosomatídeos.

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  • DAYANE DA SILVA SANTOS
  • Perfil fenotípico de resposta ao estresse em linhagens de Liquorilactobacillus vini defectivas para o gene rela

  • Orientador : MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA TACIANA CAVALCANTI VIEIRA SOARES
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • EVANDRO LEITE DE SOUZA
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • Data: 04/03/2022

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  • A resposta estringe é uma via regulatória caracterizada pela produção da molécula sinalizadora (p)ppGpp, o alarmônio que tem efeito pleiotrópico na resposta a estresse. No entanto, sua função em bactérias lácticas ainda não está bem estabelecida. Liquorilactobacillus vini, é um contaminante da produção de etanol no nordeste brasileiro e modelo de resposta a estresse pelo nosso grupo de pesquisa. Deste modo, o objetivo deste estudo foi determinar o efeito de uma resposta estringente defectiva na linhagem JP 7.8.9 de L. vini em resposta a diferentes formas de estresse. O meio MRS foi utilizado nos cultivos e nos testes de tolerância a diferentes formas de estresse na temperatura padrão de 37°C. Nos cultivos da linhagem mutante foi acrescido a droga azitromicina na concentração final de 5 μg/mL. Foram determinados parâmetros de tolerância a diferentes formas de estresse através da determinação da concentração inibitória mínima (MIC), concentração bactericida mínima (MBC), curvas de crescimento em concentração sub-MIC e indução de tolerância cruzada. Além da estabilidade da parede celular através de curvas de lise. Os agentes estressores estudados foram ácido láctico, ácido acético, pH ácido, ajustado com ácido clorídrico, etanol e cloreto de sódio. A linhagem mutante apresentou um perfil de resposta estresse específico apresentando variações na MIC e MBC a diferentes formas de estresse. Padrão similar de resposta foi observado nos ensaios de tolerância cruzada. O ensaio de lise indicou que parede celular da linhagem mutante é mais frágil do que na linhagem parental Esses dados indicam que o gene relA em L. vini tem um papel central na fisiologia indo além do esperado para um gene de resposta a estresse. 


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  • A resposta estringe é uma via regulatória caracterizada pela produção da molécula sinalizadora (p)ppGpp, o alarmônio que tem efeito pleiotrópico na resposta a estresse. No entanto, sua função em bactérias lácticas ainda não está bem estabelecida. Liquorilactobacillus vini, é um contaminante da produção de etanol no nordeste brasileiro e modelo de resposta a estresse pelo nosso grupo de pesquisa. Deste modo, o objetivo deste estudo foi determinar o efeito de uma resposta estringente defectiva na linhagem JP 7.8.9 de L. vini em resposta a diferentes formas de estresse. O meio MRS foi utilizado nos cultivos e nos testes de tolerância a diferentes formas de estresse na temperatura padrão de 37°C. Nos cultivos da linhagem mutante foi acrescido a droga azitromicina na concentração final de 5 μg/mL. Foram determinados parâmetros de tolerância a diferentes formas de estresse através da determinação da concentração inibitória mínima (MIC), concentração bactericida mínima (MBC), curvas de crescimento em concentração sub-MIC e indução de tolerância cruzada. Além da estabilidade da parede celular através de curvas de lise. Os agentes estressores estudados foram ácido láctico, ácido acético, pH ácido, ajustado com ácido clorídrico, etanol e cloreto de sódio. A linhagem mutante apresentou um perfil de resposta estresse específico apresentando variações na MIC e MBC a diferentes formas de estresse. Padrão similar de resposta foi observado nos ensaios de tolerância cruzada. O ensaio de lise indicou que parede celular da linhagem mutante é mais frágil do que na linhagem parental Esses dados indicam que o gene relA em L. vini tem um papel central na fisiologia indo além do esperado para um gene de resposta a estresse. 

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  • APARECIDA JAYANE SAMPAIO MIRANDA
  • Caracterização genética e patrilinhagens do cromossomo Y no interior de Pernambuco a partir de regiões Y-STRs

  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • SIMONE SILVA DOS SANTOS LOPES
  • ROSANE SILVA
  • Data: 12/05/2022

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  • Para o Estado de Pernambuco existe uma sub-representação em estudos genético-populacionais com marcadores Y-STRs, bem como no banco de dados mundial YHRD, sabidamente referência para diversas análises. Esse fato, somado à importância antropológica em apresentar detalhes da história populacional local,
    justificam o presente trabalho, que objetivou caracterizar as linhagens paternas e fornecer dados de interesse forense local para uma amostra da população de Pernambuco, por meio de um conjunto de 23 marcadores microssatélites do cromossomo Y (Y-STRs). Para este fim, 172 amostras masculinas oriundas de três mesorregiões do interior do estado foram coletadas e genotipadas utilizando o sistema multiplex PowerPlex ®Y23 (Promega Corporation). Os parâmetros forenses de frequências alélicas (FA), frequências haplotípicas (FH), diversidade gênica (DG), diversidade haplotípica (DH), capacidade de discriminação (CD) e probabilidade de coincidência haplotípica (PCH) foram calculados utilizando o programa Arlequin 3.5.2.2, bem como as comparações de distância genética pelo índice Fst, e a inferência dos haplogrupos foi realizada através da plataforma online Haplogroup predictor – HAPEST. Os dados obtidos para os parâmetros analisados revelarm uma alta diversidade gênica para os
    loci presentes, alta capacidade de discriminar haplótipos entre indivíduos aleatórios na população e baixa probabilidade de coincidir um mesmo haplótipo para dois indivíduos não aparentados, a inferência de haplogrupos baseada em haplótipos dos Y-STRs corroborou com a estrutura de patrilinhagens indicada para os demais estados brasileiros, com predominância daquelas europeias, sendo condizente com a história local de ocupação humana, ao passo que as distâncias genéticas foram menores para populações europeias e americanas, e maiores para as africanas.


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  • Existe uma sub-representação do estado de Pernambuco em estudos genético-populacionais com marcadores Y-STRs, bem como no banco de dados mundial YHRD, sabidamente referência para diversas análises. Esse fato, somado à importância antropológica em apresentar detalhes da história popul acional local, justificam o presente trabalho, que objetivou caracterizar as linhagens paternas e fornecer dados de interesse forense local para uma amostra da população de Pernambuco, por meio de um conjunto de 23 marcadores microssatélites do cromossomo Y (Y-STRs). Para este fim, 172 amostras masculinas oriundas de três mesorregiões do interior do estado foram coletadas e genotipadas utilizando o sistema multiplex PowerPlex ®Y23 (Promega Corporation). Os parâmetros forenses de frequências alélicas (FA), frequências haplotípicas (FH); diversidade gênica (DG), diversidade haplotípica (DH), capacidade de discriminação (CD) e probabilidade de coincidência haplotípica (PCH) foram calculados utilizando o programa Arlequin 3.5.1.2, e a inferência dos haplogrupos foi realizada através da plataforma online Haplogroup predictor – HAPEST. Os dados obtidos para os parâmetros analisados evidenciam a eficiência do kit PowerPlex Y23 na fração da população pernambucana para fins de validação forense, revelando uma alta diversidade gênica para os loci presentes, alta capacidade de discriminar haplótipos entre indivíduos aleatórios na população e baixa probabilidade de coincidir um mesmo haplótipo para dois indivíduos não aparentados, e a inferência de haplogrupos baseada em haplótipos dos Y-STRs corroborou com a estrutura de patrilinhagens já indicada para os demais estados brasileiros, sendo condizente com a história local de ocupação humana

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  • THAYS MARIA COSTA DE LUCENA
  • Avaliação dos níveis de mRNA da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e Biomarcadores Inflamatórios na Síndrome Metabólica

  • Orientador : JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BRUNO DE MELO CARVALHO
  • DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • Data: 08/07/2022

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  • A Síndrome Metabólica (SM) é um conjunto de manifestações clínicas cardio-metabólicas que contribuem diretamente para o risco de doenças cardiovasculares (DCVs). O sistema renina-angiotensina (RAS) é o principal mecanismo de regulação da pressão arterial, mas a atividade excessiva do seu componente, a enzima conversora de angiotensina (ACE), pode ocasionar inflamação crônica e ativar citocinas inflamatórias como IL-1β, IL-6 e IL-10, sendo consideradas biomarcadores na fisiopatologia da SM. Sendo assim, o objetivo desse estudo é avaliar e correlacionar a expressão gênica do ECA e biomarcadores inflamatórios obtidos através do sangue total de indivíduos com SM. Quanto à metodologia foi realizada a expressão relativa dos genes ACE, IL-1β, IL-6 e IL-10 em amostras de sangue total periférico de 133 indivíduos comparando a 24 controles saudáveis por meio da equação 2-ΔΔCq. Para a análise estatística foram realizados os testes de Shapiro-Wilk, Teste T Student e Mann-Whitney. Observamos expressão dos genes ACE (+2,226; p=9,4x10-5), IL-1β (+1,445; p=0,005129), IL-6 (+1,526; p=0,001483) e IL-10 (+1,304; p=1,202x10-6 no grupo de SM em relação aos controles. Indivíduos com lesão aterosclerótica grave obtiveram expressão dos genes ACE (+1,287; p=0,000371), IL-1β (+1,701; p=0,009549), IL-6 (+1,967 vezes; p=0,0004113) e IL-10 (+1,064; p=0,0002406). Nas lesões ateroscleróticas iniciais obteve expressão dos genes ACE (+2,565; p=0,0009058), IL-1β (+1,209; p=0,0487), IL-6 (+1,499; p=0,01411) e IL-10 (+1,586; p= 5,593x10-5). Ao analisar os indivíduos com 2 características clínicas, apenas os genes IL-10 (+1,792; p=0,002583) e IL-6 (-28,0779; p=0,001653) apresentaram significância estatística. Em relação à 1 característica clínica obtiveram dados estatisticamente significativos os genes ACE (+1,252; p=0,01936), IL-6 (-21,0464; p=0,01192) e IL-1β (+1,599; p=0,0002413). Este trabalho indica que a expressão dos genes ACE, IL-1β, IL-6 e IL-10 a partir de amostras de sangue total está associada a condições clínicas da SM e lesões ateroscleróticas e podem se tornar potenciais biomarcadores para prognóstico da SM


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  • A Síndrome Metabólica (SM) é um conjunto de manifestações clínicas cardio-metabólicas que contribuem diretamente para o risco de outras doenças crônicas, como Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e doenças cardiovasculares (DCVs). O sistema renina-angiotensina (RAS) é o principal mecanismo de regulação da pressão arterial, mas a atividade excessiva da enzima conversora de angiotensina (ACE), principal componente do RAS, pode ocasionar inflamação crônica, ativando citocinas pró-inflamatórias como IL-1β, IL-6 e TNF-α, sendo consideradas biomarcadores na fisiopatologia da SM. Sendo assim, o objetivo desse estudo é avaliar a expressão gênica do ACE e biomarcadores inflamatórios em pacientes com SM. O presente estudo avaliou a expressão relativa dos genes ACE e IL-6 em amostras de sangue total periférico de 17 indivíduos com SM, comparando a 15 controles saudáveis por meio da equação 2-ΔΔCq. Para a análise estatística foram realizados os testes de Shapiro-Wilk e Teste T Student. Observamos um aumento da expressão dos gene ACE em 2,53 vezes (p = 2,997x10-6) e IL-6 em 1,25 vezes (p = 0,9362) no grupo de pacientes em relação aos controles. Na análise estratificada das condições clínicas, encontramos aumento na expressão do ACE de 1,20 vezes (p = 0,1514) em pacientes obesos comparando aos indivíduos com sobrepeso. Foi observada ainda a diminuição da expressão deste gene de 1,10 vezes (p = 0,7834) e 1,28 vezes (p = 0,5899) na presença das características clínicas DM2 e dislipidemia, respectivamente. Quanto à expressão gênica da IL-6, observou-se aumento dos níveis de mRNA de 2,07 vezes (p = 0,1179) nos indivíduos obesos, enquanto nas características clínicas de DM2 e dislipidemia, houve a diminuição dos níveis de mRNA em 3,57 vezes (p = 0,3501) e 5,55 vezes (p = 0,003), respectivamente. Os resultados demonstram que a ACE e a IL-6, desempenham importantes atividades na fisiopatologia da SM, mas ao observamos as características clínicas estratificadas, estes genes estão intimamente relacionados com a obesidade. Desta forma, sugere-se que o aumento da expressão do ACE está relacionado à desregulação do RAS, e a expressão da IL-6 está envolvida ao desencadeamento da resposta inflamatória, nos indivíduos com SM.

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  • JESSYCA KALYNNE FARIAS RODRIGUES
  • A influência de polimorfismos dos fatores de restrição viral TRIM5 e TRIM22 na transmissão vertical do HIV-1

  • Orientador : SERGIO CROVELLA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MONICA LUCIA ADAM
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • SUELEN CRISTINA DE LIMA
  • Data: 25/07/2022

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  • A transmissão vertical do HIV-1 ocorre durante a gravidez, parto e/ou amamentação. No entanto, a maioria das crianças, mesmo expostas ao HIV-1, não são infectadas, sugerindo a presença de fatores de restrição limitando a infecção viral. Estudos demonstram que SNPs nos genes dos fatores de restrição TRIM5 e TRIM22 possuem impacto funcional, restringindo a replicação viral e modulando a suscetibilidade à infecção pelo HIV-1. Neste sentido, avaliamos as distribuições dos SNPs em TRIM5 (rs3740996/rs10838525) e TRIM22 (rs7935564/ rs1063303) e as suas relações com a transmissão vertical do HIV-1. O estudo envolveu 208 mulheres infectadas pelo HIV-1 e seus filhos, oriundos do Estado de Pernambuco. Através da caracterização clínica da população, foi verificado que a TARV durante a gestação e/ou parto, o parto cesáreo, a inibição da amamentação e a carga viral indetectável no final da gestação foram fundamentais na profilaxia da infecção em crianças expostas ao HIV-1 e devem ser ampliadas. Os alelos e genótipos G e GG (rs3740996), C e CC (rs10838525), A e A/G (rs7935564) e G e C/G (rs1063303) foram os mais frequentes entre as crianças expostas infectadas e não-infectadas, bem como entre as mães transmissoras e não transmissoras. Apesar de não encontrarmos associações significativas, o estudo foi pioneiro em abordar tais polimorfismos em uma população pediátrica exposta ao HIV-1. Novos estudos devem ser realizados para melhor compreensão da relação dessas variantes com a susceptibilidade ao HIV-1.


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  • As características genéticas do hospedeiro colaboram expressivamente na compreensão de mecanismos envolvidos na susceptibilidade às infecções. Estudos demonstram que SNPs em TRIM5 e TRIM22 possuem impacto funcional na atividade antiviral, restringindo a replicação viral e modulando a suscetibilidade à infecção pelo HIV-1. Neste sentido, o presente trabalho se propôs a avaliar as distribuições dos SNPs rs3740996, rs10838525, rs7935564 e rs1063303, e as suas relações com a transmissão vertical do HIV-1. O estudo envolveu 208 mulheres infectadas pelo HIV-1 e seus filhos, acompanhados no IMIP-PE. Através da caracterização clínica foi verificada a importância das medidas profiláticas. Os alelos G (rs3740996), C (rs10838525), A (rs7935564) e G (rs1063303) foram os mais frequentes entre as crianças expostas infectadas (88,4%, 81,0%, 54,5%, 55,8%, respectivamente) e não-infectadas (86,6%, 76,7%, 56,5%, 60,4%, respectivamente), bem como entre as mães transmissoras (89,9%, 82,6%, 51,8%, 57,2%, respectivamente) e não transmissoras (88,9%, 79,85%, 52,7%, 54,4%, respectivamente). Os genótipos G/G (rs3740996), C/C (rs10838525), A/G (rs7935564) e C/G (rs1063303) foram os mais frequentes entre as crianças expostas infectadas (76,8%, 67,8%, 50,0%, 41,9%, respectivamente) e não-infectadas (74,1%, 59,3%, 41,9%, 43,4%, respectivamente), bem como entre as mães transmissoras (82,1%, 66,3%, 57,3%, 54,2%, respectivamente) e não transmissoras (79,5%, 64,7%, 55,8%, 45,1%, respectivamente). No entanto, não foram encontradas associações significativas entre esses SNPs e a infecção pelo HIV-1. Novos estudos devem ser realizados para melhor compreensão da relação dessas variantes com a susceptibilidade ao HIV-1.

8
  • ALDIANNE MILENE DOS SANTOS BARBOSA
  • Avaliação de polimorfismo e expressão do gene CTLA-4 na resposta imune de pacientes com Síndrome de Turner

  • Orientador : NEIDE SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • NEIDE SANTOS
  • Data: 30/08/2022

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  • A síndrome de Turner (ST) é um dos distúrbios cromossômicos humanos mais
    comuns, definida citogeneticamente pela perda total ou parcial de um dos
    cromossomos sexuais. Pacientes com ST apresentam um risco aumentado de
    desenvolver doenças autoimunes e inflamatórias crônicas comparadas às
    mulheres no geral. Genes relacionados com os processos de regulação da resposta
    imune têm sido recentemente estudados nesta síndrome, incluindo o CTLA-4,
    fundamental na atividade imunossupressora. Os objetivos deste estudo foram
    investigar se há distribuição diferencial do SNP rs3087243 (G>A) do CTLA-4, bem
    como uma expressão gênica diferencial, na amostra de pacientes com ST. A
    análise do polimorfismo foi realizada em 112 pacientes ST, comparando as
    frequências entre grupos ST com doenças autoimunes e inflamatórias crônicas
    (n=38) e sem tais condições (n=74). Os níveis de mRNA do CTLA-4 foram avaliados
    em pacientes ST (n=23) em comparação com um grupo controle saudável (n=21)
    e entre pacientes ST, com (n=9) e sem doenças autoimunes/inflamatórias crônicas
    (n=14), através da expressão gênica relativa. Os resultados indicam uma diferença
    na distribuição alélica em relação a doenças autoimunes na ST e um possível efeito
    protetor do genótipo GA em indivíduos saudáveis, porém, não foi possível
    determinar a associação do SNP rs3087243 do gene CTLA-4 no contexto imune da
    ST. Uma expressão reduzida do gene CTLA-4 foi observada nas pacientes ST em
    comparação com o grupo controle (p=5.632e-07), indicando que possivelmente o
    gene está relacionado a uma resposta imune alterada nesta amostra de pacientes
    ST.

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  • A síndrome de Turner (ST) é um dos distúrbios cromossômicos humanos mais comuns, definida citogeneticamente pela perda total ou parcial de um dos cromossomos sexuais, com uma incidência de 1:2500 nascimentos de indivíduos femininos vivos. Pacientes com ST apresentam um risco aumentado de desenvolver doenças autoimunes e inflamatórias crônicas comparadas às mulheres no geral, característica apontada como uma das mais proeminentes da síndrome. Genes relacionados com os processos de regulação da resposta imune têm sido recentemente estudados na ST, incluindo CTLA-4, fundamental na atividade imunossupressora. O objetivo deste estudo foi investigar se há distribuição alélica e genotípica diferencial do SNP rs3087243 (G>A) do gene CTLA-4 na amostra de pacientes com ST. A análise do polimorfismo rs3087243 foi realizada em 112 pacientes ST, avaliando o SNP dentro do grupo de pacientes ST com doenças autoimunes e inflamatórias crônicas (grupo caso) e pacientes ST sem tais condições (grupo controle). Os ensaios de genotipagem foram realizados usando o sistema Taqman e os dados foram analisados no programa SNPStats, com nível de significância de 0.05. Os resultados indicam que apesar de uma distribuição alélica diferencial na análise de doenças autoimunes, o polimorfismo rs3087243 do gene CTLA-4 não está envolvido no contexto imune desta amostra de ST. Outros fatores podem alterar a função do gene, indicando que a investigação aqui realizada corrobora a necessidade da análise de outros genes para um melhor entendimento dos mecanismos relacionados ao desenvolvimento de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas na ST.

Teses
1
  • JÉSSICA BARBARA VIEIRA VIANA
  • Modificadores epigenéticos: genômica estrutural e funcional em plantas submetidas a diferentes tipos de condições estressantes

  • Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • EDERSON AKIO KIDO
  • ELISEU BINNECK
  • JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
  • ROMMEL THIAGO JUCA RAMOS
  • Data: 08/04/2022

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  • Dentre as diversas culturas vegetais mais produzidas no Brasil, destacam-se a uva (Vitis vinifera L.) e o feijão-caupi (Vigna unguiculata L.) com elevados índices de produção anual, apresentando relevante importância social e econômica. Entretanto, a produtividade dessas culturas é frequentemente afetada, devido à ocorrência de estresses. Nesse contexto, as modificações epigenéticas compreendem ampla funcionalidade, sendo os processos de (de) metilação de DNA, (de) metilação das histonas e (de) acetilação das histonas participantes diretos no mecanismo de combate ao estresse (a) biótico. Esses processos são desenvolvidos pelas enzimas metiltransferases (MTases) e demetilases (dMTases) de DNA; metiltransferase (SDGs) e demetilases (JMJs) de histonas; e acetiltransferases (HATs) e desacetilases (HDACs) de histonas. O presente trabalho teve como objetivo analisar essas enzimas mediante abordagens genômica e transcriptômica. Essas enzimas foram analisadas considerando suas características estruturais, distribuição genômica, mecanismos de expansão genômica, conservação entre outras espécies vegetais, além dos padrões de expressão frente a estresse biótico e abiótico. Bibliotecas de RNA-Seq de acessos contrastantes da videira [genótipo resistentes (IAC-572) e suscetível (Red Globe)] so estresse biótico, bem como bibliotecas de RNA-Seq de feijão-caupi sob estresse biótico (injúria mecânica seguida de inoculação viral) e abiótico (desidratação radicular) foram analisadas. As enzimas identificadas no genoma da videira (MTases e dMTases) e do feijão-caupi (SDGs, JMJs, HATs e HDACs) apresentaram, em sua maioria, conservação de suas respectivas estruturas. Além disso, um alto índice de conservação dessas enzimas foi observado nos genomas de diferentes espécies vegetais. Os elementos cis-regulatórios identificados nos promotores foram associados a diferentes TFs que estão intimamente relacionados a resposta vegetal a condições adversas. Os dados de expressão gênica para os acessos contrastantes da videira indicaram que os transcritos induzidos podem auxiliar em uma estratégia molecular no genótipo resistente da videira analisado nesse estudo. Uma vez que, uma maior indução de modificadores epigenéticos foi observada nesse genótipo quando comparado ao genótipo suscetível. Os dados de RNA-Seq do feijão-caupi apontam para uma maior indução de modificadores epigenéticos na resposta a desidratação radicular quando comparada ao ensaio de injúria mecânica seguida de inoculação viral. Em suma, os resultados gerados nesse estudo agregam valor ao entendimento da dinâmica desses modificadores epigenéticos na resposta de vegetais a estresse, evidenciando sua pluralidade estrutural e funcional.


  • Mostrar Abstract
  • A videira (Vitis vinifera L.) apresenta significativa importância social e econômica no Brasil. Entretanto, sua produtividade é frequentemente afetada, devido à ocorrência de estresses. Nesse contexto, as modificações epigenéticas compreendem ampla funcionalidade, sendo os processos de metilação e demetilação do DNA participantes diretos no mecanismo de combate ao estresse biótico. Esses processos são desenvolvidos pelas enzimas metiltransferases (MTases) e demetilases (dMTases), respectiavamente. O presente trabalho objetivou caracterizar e analisar a modulação da expressão dessas enzimas no transcriptoma da videira inoculada com Xanthomonas citri pv. viticola (Xcv). Foram identificadas no transcriptoma em questão seis VvMTases e três VvdMTases, todas apresentando domínios característicos de tais grupos de enzimas. A análise fenética indicou grupos de MTases e dMTAses diversificados, correspondentes às suas respectivas subfamílias, sendo possível confirmar a classificação previamente realizada a partir da identificação dos domínios. Adicionalmente, foram
    identificados no genoma da videira 12 loci codificadores de VvMTases e 3 de VvdMTases. Os promotores das VvMTases associaram-se aos fatores de transcrição AP2-EFR, Dof-type e WRKY, indicando uma ampla funcionalidade, incluindo resposta a estresse. Além disso, um alto índice de conservação dessas enzimas foi encontrado nos membros de diferentes famílias como, por exemplo, Fabaceae e Euphorbiaceae. Para o tempo de 90 minutos, os dados de transcriptômica indicaram expressão constitutiva para VvMTases e VvdMTases ao
    longo de todo ensaio. Essas enzimas com expressão constitutiva devem, portanto, ser potencialmente exploradas quanto à sua participação nos mecanismos de defesa vegetal.


2
  • ALEIDE SANTOS DE MELO LIMA
  • Avaliação do impacto isolado e aditivo de marcadores moleculares no desfecho clínico de pacientes adultos com leucemia mieloide aguda

  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FELIPE SALDANHA DE ARAUJO
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • DOUGLAS RAFAELE ALMEIDA SILVEIRA
  • LORENA LOBO DE FIGUEIREDO PONTES
  • NEIDE SANTOS
  • Data: 29/04/2022

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  • Atualmente, a estratificação de risco do grupo European LeukemiaNet (ELN) para leucemia mieloide aguda (LMA) é a mais aplicada na prática clínica, mas alguns autores defendem seu refinamento. Este estudo propõe-se a avaliar o impacto isolado e aditivo de marcadores moleculares no desfecho clínico de pacientes adultos com LMA. Para isso, três coortes foram utilizadas: The Cancer Genome Atlas (TCGA) como coorte de desenho e duas coortes de validação, uma externa disponível publicamente (GEO: GSE6891) e uma interna de pacientes tratados em hospitais brasileiros. Nós demonstramos que as mutações no gene DNMT3A de maneira isolada ou em cooperação com mutações NPM1 e FLT3-ITD impactam de maneira adversa o desfecho de pacientes LMA. A hiperexpressão de ID1 foi um preditor negativo para a sobrevida global (SG) na coorte TCGA e na coorte de validação interna. Nós propomos, também, um índice prognóstico baseado em transcriptoma (IPT) a partir do impacto aditivo da expressão dos genes PDE7BIGF2BP3 e ST6GALNAC4. O IPT foi um fator prognóstico independente para a SG,
    sobrevida livre de doença e de eventos de pacientes com LMA, foi capaz de refinar a classificação ELN2010 e foi validado na coorte externa GSE6891. Entretanto, o IPT não foi validado em uma coorte interna de pacientes da “vida real”. O número de pacientes, o curto tempo de seguimento e as diferentes metodologias de análise de
    expressão gênica podem ter limitado as análises.



  • Mostrar Abstract
  • Atualmente, a estratificação de risco para leucemia mieloide aguda (LMA) proposta pelo grupo European LeukemiaNet (ELN) é a mais aplicada na prática clínica, mas alguns autores defendem seu refinamento. Esse estudo se propõe a desenvolver um índice prognóstico baseado no impacto aditivo de genes no desfecho clínico de pacientes adultos com LMA. Para o desenho do índice, utilizou-se a coorte pública The Cancer Genome Atlas (TCGA) e, para validação, uma coorte externa disponível publicamente (GEO: GSE6891) e uma coorte interna de pacientes tratados em hospitais brasileiros. A classificação ELN2010 foi útil para predizer desfecho clínico nos pacientes brasileiros, embora com frequências de sobrevida inferiores as de países desenvolvidos. Em seguida, propôs-se um índice (IP) a partir da análise de mutações no gene TP53 e hiperexpressão de ID1, entretanto ele não se mostrou uma ferramenta robusta para a estratificação de risco da LMA. A hiperexpressão de ID1 foi um preditor negativo para a sobrevida global (SG) nas coortes TCGA e GSE6891, entretanto não apresentou impacto clínico na coorte Pernambucana. Propôs-se, então um índice prognóstico baseado em transcriptoma (IPT), com três grupos de risco, a partir do impacto aditivo da expressão dos genes PDE7BIGF2BP3 e ST6GALNAC4. O IPT foi um fator prognóstico independente para a SG, sobrevida livre de doença e de eventos de pacientes com LMA e foi capaz de refinar a classificação ELN2010 e foi validado na coorte externa.

3
  • BÁRBARA NATIELI SILVA PEREIRA
  • Identificação molecular e diversidade genética de espécies de dípteros de interesse forense



  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • RITA DE CASSIA DE MOURA
  • MARTIN ALEJANDRO MONTES
  • SILVIA HELENA BAREM RABENHORST
  • SIMAO DIAS DE VASCONCELOS FILHO
  • Data: 12/05/2022

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  • Dípteros necrófagos são frequentemente encontrados em locais de crime, sendo úteis, principalmente às formas imaturas, nos processos de estimativa do intervalo pós-morte e de identificação de vítimas e suspeitos. A identificação taxonômica dos espécimes é uma etapa crucial na rotina forense, a qual vem sendo facilitada graças ao uso de técnicas de biologia molecular. Utilizar marcadores moleculares robustos e conhecer a estrutura genética destas espécies é de suma importância para a eficácia das atividades periciais. O presente trabalho objetivou comparar dois marcadores moleculares mitocondriais úteis para a técnica barcode em dípteros de interesse forense e investigar a diversidade genética da espécie Chrysomya albiceps de populações de quatro continentes. Dípteros foram coletados nas dependências dos Institutos de Medicina Legal da Paraíba e Pernambuco e adicionalmente foram utilizadas amostras da coleção entomológica da Universidade de Brasília. A extração do DNA ocorreu utilizando fenol-clorofórmio e Chelex 10%, em seguida foram sequenciadas as regiões COI e CytB dos dípteros, realizada buscas por sequencias homologas no NCBI através de BLASTn e uma análise de distância genética foi executada no software MEGA. Por sua vez, a análise de diversidade genética da espécie C. albiceps ocorreu a partir de sequencias nucleotídicas da região barcode do COI obtidas no NCBI e analisadas nos softwares Mega, DnaSP e Network. Os resultados da identificação de dípteros mostram que a região do CytB proposta como barcode revelou-se mais robusta, apresentado valores de distância genética superiores aos do COI e que a espécie C. albiceps apresenta baixa diversidade genética e ausência de haplótipos exclusivos na América do Sul. Desta forma, concluímos que COI e CytB são boas regiões para a taxonomia molecular, no entanto o CytB é mais robusto e que a espécie C. albiceps possui pouca diversidade no gene COI, não sendo recomendada para analises de deslocamento de cadáveres.




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  • Dípteros necrófagos são frequentemente encontrados em locais de crime, seus espécimes, principalmente imaturos, auxiliam desde a estimativa do intervalo pósmorte a identificação de vítimas e suspeitos, em todos os casos a identificação do material biológico periciado é uma etapa crucial a qual vem contando com o auxílio da biologia molecular. Busca por marcadores moleculares robustos e metodologias sensíveis são de suma importância para corroborar na eficácia das atividades periciais. Desta forma, o presente trabalho objetivou comparar dois marcadores moleculares mitocondriais úteis para a técnica barcode em dípteros e criar um protocolo para recuperação de Short tandem repeat (STR) humano presente no conteúdo estomacal de dípteros larvais. Os dípteros foram coletados nas dependências dos Institutos de Medicina Legal da Paraíba e Pernambuco e adicionalmente foram utilizadas amostras da coleção entomológica da Universidade de Brasília. A extração do DNA ocorreu utilizando fenol-clorofórmio e Chelex 10%, em seguida foram sequenciadas as regiões COI e CytB dos dípteros, realizada buscas por sequencias homologas no NCBI através de BLASTn e uma análise de distância genética foi executada no software MEGA. O perfil humano presente no conteúdo estomacal das larvas será amplificado com o PowerPlex® Fusion System kit, analisado no GeneMapper e comparado com perfis de referência. Os resultados da identificação de dípteros mostram que a região do CytB proposta como barcode revelou-se mais robusta, apresentado valores de distância genética superiores a 150% aos do COI. Estes resultados contribuirão na eficiência da taxonomia molecular e proporcionaram celeridade nas atividades periciais.

4
  • JOSE LEANDRO DE ANDRADE SANTOS
  • Fatores do Hospedeiro Associados à Morte Celular na Recuperação Imunológica de Indivíduos HIV-1 Positivos Submetidos à Terapia Antirretroviral

  • Orientador : RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • PABLO RAMON GUALBERTO CARDOSO
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • SUELEN CRISTINA DE LIMA
  • Data: 26/07/2022

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  • O objetivo do trabalho foi avaliar se fatores do hospedeiro podem influenciar na não
    recuperação imune (NRI) de indivíduos HIV-positivos sob terapia no contexto da
    morte celular. Variantes dos genes da via da piroptose
    IL18 (rs187238), IL1B
    (rs1143634), NLRP3 (10754558), CARD8 (2043211) e IFI16 (rs6940) foram
    avaliadas por sondas TaqMan alelo-específicas. Realizou-se uma análise genótipoguiada com o gene
    IL18, considerando o aspecto imunofenotípico de linfócitos T
    CD4+ gerais (CD3+CD4+) e recém-emigradas do timo (RTE) (CD4+CD31+) em
    piroptose (FLICA-Caspase1+). Foi analisado o perfil imunofenotípico utilizando o
    sexo como variável de risco à NRI em relação aos níveis de células T CD4+ RTE
    em piroptose. Foi realizada uma meta-análise com dados de RNA-seq, avaliando o
    perfil de expressão diferencial de células T CD4+ entre pacientes infectados e nãoinfectados com o HIV-1, seguido por análise de ontologia gênica (OG). O
    polimorfismo C>G no gene
    IL18 demonstrou uma menor susceptibilidade à não
    resposta imune tanto do alelo G (
    P=0.10) quanto do genótipo GG (P=0.022). Foi
    demonstrada a associação entre o polimorfismo rs187238 com os níveis de morte
    celular por caspase-1 (
    P=0.020). Observou-se que indivíduos com o genótipo GG
    possuem menores níveis de células T CD4+ RTE piroptóticas em comparação com
    o ancestral homozigoto CC (
    P=0.029) e o heterozigoto CG (P=0.018). O sexo
    masculino apresentou um maior nível de células T CD4+ RTE em comparação ao
    sexo feminino (
    P=0.035). A meta-análise evidenciou a expressão diferencial de 64
    genes relacionados à dinâmica da infecção pelo HIV-1. A análise de OG encontrou
    dados relacionados às vias de resposta imune, migração e adesão celular,
    inflamação e apoptose, além das vias de sinalização Wnt, Notch e ERK/MAPK. Os
    dados encontrados neste estudo fornecem subsídios para uma melhor
    compreensão dos aspectos envolvidos com a morte celular em indivíduos HIV
    positivos não respondedores imunológicos.





  • Mostrar Abstract
  • A deficiência na recuperação imunológica de indivíduos soropositivos submetidos à terapia antirretroviral apresenta-se num contexto multifatorial, em que um dos principais aspectos está ligado à destruição exacerbada de células T CD4+ por ativação de caspase-1. O objetivo do trabalho foi avaliar se fatores do hospedeiro ligados à morte celular por piroptose podem influenciar na recuperação imune da população avaliada. Foi analisado o perfil imunofenotípico em relação aos níveis de células T CD4+ recém-emigradas do timo (RTE) em piroptose por citometria de fluxo, evidenciando a influência do sexo como fator associado à não recuperação imune. Variantes dos genes da via da piroptose IL18 (rs187238), IL1B (rs1143634), NLRP3 (10754558), CARD8 (2043211) e IFI16 (rs6940) foram avaliadas por sondas TaqMan alelo-específicas. Realizou-se uma análise genótipo-guiada com o gene IL18, considerando o mesmo aspecto imunofenotípico anterior. O sexo masculino apresentou um maior nível de células T CD4+ RTE em comparação ao sexo feminino (P=0.035). O polimorfismo C>G no gene IL18 demonstrou uma menor susceptibilidade à não resposta imunológica tanto o alelo G (P=0.10) quanto o genótipo GG (P=0.022). Foi demonstrada a associação entre o polimorfismo rs187238 com os níveis de morte celular por caspase-1 (P=0.020). Observou-se que indivíduos com o genótipo GG possuem menores níveis de células T CD4+ RTE piroptóticas em comparação com o ancestral homozigoto CC (P=0.029) e o heterozigoto CG (P=0.018). Os dados encontrados neste estudo fornecem subsídios para uma melhor compreensão dos aspectos envolvidos com a morte celular em indivíduos HIV positivos não respondedores imunológicos.

5
  • LÍGIA ROSA SALES LEAL
  •           Análise da imunogenicidade de vacinas de DNA multiepítopos contra o Zika vírus



  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • CHRISTIAN ROBSON DE SOUZA REIS
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MARCUS VINICIUS DE ARAGÃO BATISTA
  • Data: 27/07/2022

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  • A infecção por Zika vírus é associada a graves malformações fetais e complicações neurológicas em adultos, representando risco à saúde pública. No entanto, ainda não existem vacinas licenciadas para uso humano. Vacinas de DNA são plataformas altamente adaptáveis, eficientes, seguras e possuem rápida produção e bom custo-benefício, sendo opções interessantes para o desenvolvimento de estratégias vacinais. Neste trabalho, desenvolvemos dois candidatos a vacina de DNA contra o ZIKV, e avaliamos a imunogenicidade destes em ensaios com camundongos Balb/c. Para isso, foram utilizados 14 epítopos presentes nas proteínas do Envelope e NS1, preditos in silico como indutores de respostas mediadas por células T e B. Adicionamos o peptídeo sinal ssPGIP a um dos candidatos, como estratégia de otimização da imunogenicidade vacinal. As sequências foram clonadas no vetor de pVAX1 para expressão em mamíferos e utilizadas para a imunização dos camundongos. Após 21 dias, o período de imunização foi encerrado, o sangue e o baço dos animais foram coletados para análises bioquímicas, hematológicas e imunológicas. Até o presente momento, temos indícios que as duas vacinas de DNA testadas, pVAX_EnvNS1 e pVAX_ssEnvNS1, foram capazes de ativar linfócitos T CD4+ e T CD8+, bem como gerar resposta imune humoral de perfil Th1.  Os dados obtidos indicam que a imunização com pVAX_ssEnvNS1 resulta em perfil polifuncional de produção de citocinas Th1, Th2 e Th17. Enquanto que a ativação de células T CD4+ e CD8+ observada para pVAX_EnvNS1 foi mais robusta e persistente.


  • Mostrar Abstract
  • A infecção por Zika vírus é associada a graves malformações fetais e complicações neurológicas em adultos, representado risco a saúde pública. No entanto, ainda não existem vacinas licenciadas para uso humano. Vacinas de DNA são plataformas altamente adaptáveis, eficientes, seguras e possuem rápida produção e bom custo-benefício. Neste trabalho, propomos o desenvolvimento dois candidatos a vacina de DNA contra o ZIKV, e avaliação imunológica destas em ensaios com camundongos Balb/c. Para isso, foram selecionados 14 epítopos presentes nas proteínas do Envelope e NS1, preditos in silico como indutores de respostas mediadas por células T e B. Adicionamos ao peptídeo sinal ssPGIP a um dos candidatos, como estratégia de otimização da imunogenicidade vacinal. As sequências foram clonadas no vetor de pVAX para expressão em mamíferos e utilizadas para a imunização de camundongos BALB/c. Após o encerramento cronograma de imunização (28 dias), o sangue e baços dos animais foram coletados para análises bioquímicas, hematológicas, imunofenotipagem, isotipagem e análise de citocinas. Até o presente momento, temos indícios que as duas vacinas de DNA testadas, pVAX_EnvNS1 e pVAX_ssEnvNS1, foram capazes de ativar linfócitos T CD4+ e T CD8+, bem como gerar resposta imune humoral de perfil Th1. Os dados obtidos indicam que a imunização com pVAX_ssEnvNS1 resulta em perfil polifuncional com produção de citocinas dos perfis Th1, Th2 e Th17. Enquanto que a ativação de células T CD4+ e CD8+ observada para pVAX_EnvNS1 foi mais robusta e persistente. Como próximo passo, serão realizados ensaios de neutralização por redução de placas que auxiliaram na composição do perfil imunogênicos dos candidatos vacinais

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  • MARIA EDUARDA BEZERRA DE ALBUQUERQUE BORBOREMA
  • Investigação do papel de hormônios esteróides [Vitamina D3 e 17β-Estradiol] na Tuberculose

  • Orientador : JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MICHELLE CHRISTIANE DA S. RABELLO
  • SUELEN CRISTINA DE LIMA
  • VIRGINIA MARIA BARROS DE LORENA
  • Data: 25/08/2022

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  • O objetivo deste trabalho foi avaliar como a vitamina D3 e o 17β-estradiol e seus respectivos receptores podem influenciar na resposta contra o Mycobacterium tuberculosis (Mtb). Para isso verificamos a associação entre polimorfismos do VDR, TLR4 e MYD88 e a susceptibilidade à tuberculose (TB), e acessamos os níveis de expressão do VDR, NLRP1, e NLRC4 em pacientes com TB. Além disso, verificamos se a vitamina D3 e o 17β-estradiol alteram o perfil de expressão do VDR, RXRα, RXRβ, ESR1, ESR2, CAV-1, NLRP3, DC-SIGN, IL-10 e IL-1β em cultura de PBMCs infectadas com a cepa Mtb H37Rv. O TagSNP rs4760648 (T/T) do VDR está associado a um maior risco, enquanto que os rs1540339 (T/T) e rs2228570 (T/T) estão associados a uma menor susceptibilidade à TB. A expressão do VDR também foi aumentada em pacientes com TB. O rs6853 (G/G) do MYD88 foi associado a uma menor suscetibilidade à TB em caucasianos. Enquanto que o rs7873784 (G/G) do TLR4 foi associado a uma maior suscetibilidade em afrodescendentes. Nas culturas de PBMCs infectadas com Mtb observamos que a vitamina D3 aumentou a expressão do ESR1 e ESR2 e que mesmo na ausência do ligante, esses genes são positivamente regulados. O CAV-1 foi regulado negativamente na infecção pelo Mtb, mas tem sua expressão aumentada na presença da vitamina D3. Podemos concluir que a vitamina D3 e o 17β-estradiol influenciam na resposta contra o Mtb


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  • Doenças respiratórias infecciosas estão entre as três principais causas de morte no mundo, com destaque para tuberculose (TB) e COVID-19. Ambas, embora apresentem diferentes patógenos, Mycobacterium tuberculosis (Mtb) e SARS-CoV-2, respectivamente, são consideradas graves e epidêmicas. As suas taxas de infecção são semelhantes entre homens e mulheres, entretanto o número de complicações e óbitos decorrentes das duas infecções é maior em homens quando comparado às mulheres em idade fértil. Hormônios esteroides 17β- estradiol (E2) e vitamina D3 (VD3) podem desempenhar importantes papéis imunomoduladores surgindo como moléculas coadjuvantes no tratamento dessas doenças. Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar como como esses hormônios influenciam na resposta imune frente à inflamação causada por esses patógenos em modelos ex vivo e in vitro. Como resultados parciais, identificamos associação entre os SNPs VDR rs4760648 e rs2228570 e a susceptibilidade diferencial à TB. O mRNA do VDR apresentou expressão de -10,717 vezes, p=8,42x10-12 em pacientes com TB. Elencamos em uma revisão o possível papel do E2 na resposta imune ao SARS-CoV-2, uma vez que esse hormônio modula a resposta imune e regula uma reação inflamatória mais eficaz na COVID- 9. Verificamos que VD3 e E2, em cultura celular de PBMC, exercem papeis diretos na inflamação em resposta ao Mtb modulando a expressão de diversos genes da resposta imune. Assim, possibilitamos identificar vias pelas quais esses hormônios atuam na modulação da inflamação nessas patologias.

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  • BÁRBARA NAZLY RODRIGUES SANTOS
  • Distribuição e padrões da contaminação ambiental porSARS-CoV-2 e desenvolvimento de um teste do tipo “point-of-care” para o diagnóstico da COVID-19



  • Orientador : LINDOMAR JOSE PENA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ABELARDO SILVA JÚNIOR
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • LINDOMAR JOSE PENA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • RONALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA
  • Data: 30/08/2022

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  • A COVID-19 causada pelo SARS-CoV-2, disseminou-se mundialmente desde o seu primeiro registro no final de 2019 em Wuhan, China, sendo declarada como uma pandemia pela OMS. O SARS-CoV-2 infecta humanos e é altamente transmissível a partir do contato direto com pessoas infectadas, ou por contato indireto através de superfícies contaminadas. Atualmente, a técnica padrão-ouro para diagnóstico do SARS-CoV-2 é a RT-qPCR, porém por apresentar limitações, alguns métodos alternativos estão sendo explorados. Devido a sua sensibilidade, versatilidade, robustez e baixo custo, a técnica RT-LAMP tem sido aplicada para a detecção do SARS-CoV-2. Diante do exposto, este estudo teve por objetivo avaliar as medidas mais eficazes para controlar a pandemia da COVID-19, desde a análise da transmissibilidade em áreas urbanas públicas, até o desenvolvimento de uma plataforma diagnóstica baseada em RT-LAMP para detecção do SARS-CoV-2 em amostras humanas. Um total de 400 amostras de superfícies foram coletadas em fevereiro de 2021 no Recife, 24.2% foram positivas para o SARS-CoV-2 por RT-qPCR e 97.4% dos locais de coleta apresentaram pelo menos uma amostra de superfície contaminada. Em paralelo, ensaios RT-LAMP para detecção do SARS-CoV-2 foram conduzidos para padronização da técnica, avaliação da sensibilidade e especificidade, assim como validação clínica com 317 amostras humanas coletadas entre 2020 e 2021. O ensaio RT-LAMP apresentou elevada sensibilidade (~ 95%) e detectou o SARS-CoV-2 a partir de 15 minutos, sem necessidade de extração de RNA. O desempenho diagnóstico foi similar a RT-qPCR porém com otimização do tempo e custo cerca de 40x menor. Os dados apresentados fornecem informações quanto a dispersão do SARS-CoV-2 em Recife, cidade muito afetada pela COVID-19 e demonstra os pontos de controle críticos para interrupção da cadeia de transmissão do SARS-CoV-2. Além disso, visando controlar a pandemia em curso a partir da testagem em massa, a plataforma diagnóstica aqui desenvolvida servirá para aplicação em ponto de atendimento, especialmente em áreas com pouco recursos. 


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  • A disseminação de Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenêmicos e o aumento do uso das polimixinas para tratamento de infecções causadas por esses microrganismos, contribuiu para a emergência de isolados resistentes a esses fármacos. Este estudo objetivou avaliar a relação genética e resistência à colistina e outras drogas em isolados de K. pneumoniae de um hospital universitário do Recife. Foram estudadas 16 cepas coletadas de 2014 a 2016, que tiveram o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos determinado por automação. A relação clonal foi estabelecida utilizando eletroforese em gel de campo pulsado e tipagem de sequência multilocus. A resistência à colistina foi avaliada em relação à presença do gene mcr, alterações nos genes dos sistemas de dois componentes - TCSs (phoPQ e pmrAB) e integridade do gene mgrB. A Identificação dos genes de beta-lactamases (blaKPC, blaTEM, blaCTX, blaSHV) também foi executada. Três pulsotipos foram definidos e a maioria dos isolados pertencem ao ST11. Um deles pertence ao ST3990, ainda não relatado. As sequências de inserção ISKpn13 e IS903B foram identificadas interrompendo o mgrB. Mutações foram observadas nos genes pmrB, phoP e phoQ. O gene mcr não foi detectado. Todos os isolados apresentaram mais de um gene de beta-lactamase. Esses resultados destacam a frequência de interrupção insercional do mgrB e mutações nos genes dos TCSs mediando a resistência à colistina em isolados policlonais de K. pneumoniae multirresistentes em um hospital público do Recife.

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  • VANESSA EMANUELLE PEREIRA SANTOS
  • Genômica estrutural e transcriptômica de genes 14-3-3 expressos em feijão-caupi sob desidratação radicular e pinhão-manso sob estresse salino (NaCl)



  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDERSON AKIO KIDO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
  • MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 23/09/2022

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  • Estresses abióticos são os principais fatores que alteram o crescimento, desenvolvimento e produtividade dos vegetais. Para suportar tais condições, as plantas desenvolvem mecanismos fisiológicos, bioquímicos e moleculares. A resposta molecular ao estresse inclui a atividade de vários grupos de moléculas, incluindo os fatores gerais de regulação (GRF) 14-3-3s que são reguladores multifuncionais envolvidos em diversos processos desde à germinação até a resposta às condições desfavoráveis. Este estudo buscou identificar e caracterizar, a nível estrutural e funcional, a família gênica 14-3-3 de feijão-caupi e pinhãomanso. Para isto, 14-3-3s das duas espécies foram identificadas em bancos de dados e comparadas entre espécies evolutivamente próximas. Para cada espécie foram idenficadas nove isoformas com estrutura conservada, as quais apresentam alta similaridade entre espécies próximas aparentadas. A análise transcriptômica (RNA-Seq e HT-SuperSAGE) identificou dois transcritos 14-3-3 de feijão-caupi induzidos sob desidratação radicular no acesso Pingo-de-Ouro-1-2, considerado tolerante ao déficit hídrico e três transcritos RNA-Seq 14-3-3 de pinhão-manso induzidos sob imposição de 150mM de NaCl no acesso 171, considerado moderadamente tolerante ao sal. Redes PPI indicam a interação de 14-3-3s de feijão-caupi com vários grupos de fosfatases e, em pinhão-manso, foi evidenciada a posição central de um heterodímero 14-3-3 interagindo com alvos relacionados a resposta ao estresse, incluindo a H+-ATPase de membrana plasmática. Os resultados sugerem que a família gênica 14-3-3 está envolvida na resposta aos estresses de seca e sal e indicam alvos induzidos e importantes interatores que poderm ser explorados pelo melhoramento genético das espécies estudadas.


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  • O feijão-caupi é uma cultura de importância socioeconômica que, apesar de ser  considerada tolerante à estresses abióticos, apresenta redução de produtividade mediante tais situações. Em condições de estresse, as plantas desencadeiam uma reprogramação transcriptômica para suportar condições desfavoráveis. As proteínas 14-3-3s são moléculas conservadas e multifuncionais que estão envolvidas em diversos processos desde à germinação de sementes até a resposta às condições desfavoráveis. Este estudo buscou identificar e caracterizar, a nível estrutural e funcional, a família gênica 14-3-3 do feijão-caupi. Para isto, transcritos 14-3-3s foram identificados a partir de sondas, desta e de outras cinco leguminosas. As sequências foram traduzidas e analisadas in silico quanto à estrutura, localização, conservação e características químicas. Foram identificadas nove isoformas com estrutura conservada e pequenas variações nas regiões N e C terminais. As 14-3-3s subdividem-se nos grupos Epsilon e não Epsilon com base na estrutura de organização éxon-ínton. Ortólogos foram encontrados em todas as leguminosas analisadas comparativamente. Bibliotecas HT-SuperSAGE e RNASeq foram utilizadas para analisar o perfil de expressão in silico das 14-3-3s, sob estímulo de desidratação radicular e salinidade. Os transcritos Vu14-3-3 apresentam respostas variadas, todavia, Vu14-3-3d e Vu14-3-3a foram upregulated para o acesso tolerante e down-regulated para o acesso sensível, mediante desidratação radicular, o que indica que estes podem ser alvos promissores à serem explorados no melhoramento genético da espécie.

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  • JOSÉ RAFAEL DA SILVA ARAUJO
  • ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE DUAS PLANTAS MEDICINAIS: Commiphora leptophloeos E Anadenanthera colubrina var. cebil



  • Orientador : ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS FERNANDO ARAUJO LIMA DE OLIVEIRA
  • ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • NEIDE SANTOS
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • PEDRO MARCOS DE ALMEIDA
  • Data: 29/11/2022

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  • As plantas medicinais são utilizadas por diferentes comunidades tradicionais de forma empírica, sendo necessários testes científicos que avaliem suas propriedades tóxicas e a eficácia das atividades biológicas. Tais informações contribuem para fomentar a fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil na atenção primária. No presente trabalho, extratos aquosos das cascas do tronco de Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett (Burseraceae) e de Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul foram avaliados quanto aos potenciais antioxidante, citotóxico, genotóxico e antigenotóxico. Os metabólitos secundários das cascas secas de cada espécie foram extraídos por decocção e em seguida liofilizados. Para avaliar o potencial antioxidante foram utilizados os testes DPPH, ABTS, fosfomolibdênio e poder redutor em 8 concentrações, variando de 0,7839 a 100 μg/mL. Os valores de CE50 variaram de 5,43 a 35,20 μg/mL para C. leptophloeos e de 4,45 a 42,15 μg/mL para A. colubrina var. cebil. As células de fibroblastos de murinos (L929) foram empregados para avaliar a citoxicicidade, genotoxicidade e antigenotoxicidade. Na avaliação da citotoxicidade, nenhuma das concentrações utilizadas (13 concentrações variando entre 1,56 e 6400 μg/mL) alterou a viabilidade celular para os extratos de ambas as espécies. Adicionalmente, nenhuma das concentrações avaliadas (6,25, 25, 100 e 400 μg/mL) apresentou genotoxicidade para ambas as espécies avaliadas. Com relação à antigenotoxicidade, apenas as cascas de A. colubrina var. cebil foram avaliadas (200 μg/mL), observando-se ausência de antigenotoxicidade contra o metil metanossulfonato. A mutagenicidade foi avaliada pelo teste de mutação reversa usando duas cepas Salmonella typhimurium. Nenhuma das concentrações (6,25; 25; 100; 400 e 1600 μg/placa) para ambas as cepas avaliadas induziu aumento de revertentes causando mutagenicidade. A avaliação fitoquímica por CLAE/EM das cascas de C. leptophloeos revelaram que a classe dos flavonoides, principalmente do tipo epicatequina, foi a mais abundante e provalmente contribuiu com os resultados observados. Dessa forma, sugere-se que o extrato aquoso das cascas de C. leptophloeos e de A. colubrina var. cebil apresentam potencial antioxidante promissor com ausência de citogenotoxicidade e de mutagenicidade para os testes realizados.


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  • A fitoterapia é utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil para atender a atenção primária. Mas antes de serem utilizadas pelo SUS, as plantas precisam de comprovação quanto às suas propriedades biológicas e toxicológicas. No presente trabalho, extrato aquoso das cascas de Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett (Burseraceae) foi avaliado quanto ao potencial antioxidante, citotóxico, genotóxico e antigenotóxico. A decocção do material seco foi realizada para extração dos metabólitos, seguida de liofilização. Para avaliar o potencial antioxidante foram utilizados os testes DPPH, ABTS, fosfomolibdênio e poder redutor em 11 concentrações, variando de 0,39 a 200 μg/mL. Os valores de EC50 foram determinados para cada teste: 5,00; 4,45; 42,15 e 38,62 μg/mL, respectivamente. As células de fibroblastos de murinos (L929) foram empregados para avaliar a citoxicicidade, genotoxicidade e antigenotoxicidade. No primeiro teste, nenhuma das concentrações utilizadas (13 concentrações variando entre 1,56 e 6400 μg/mL) alterou a viabilidade celular. No segundo teste, nenhuma das concentrações avaliadas (6,25, 25, 100 e 400 μg/mL) apresentou genotoxicidade. Por outro lado, a concentração de 200 μg/mL não exibiu antigenotoxicidade contra o metil metanossulfonato. Dessa forma, observa-se que o extrato aquoso das cascas de C. leptophloeos apresenta potencial antioxidante promissor com ausência de citogenotoxicidade, com base nos testes realizados, indicando o referido extrato para compor a fitoterapia do sistema de saúde do Brasil. 

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  • MARIA LUIZA ROCHA DA ROSA BORGES
  •            ANEMIA DE FANCONI EM PERNAMBUCO: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E GENÉTICA

  • Orientador : NEIDE SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROBERTO RODRIGUES CAPELA DE MATOS
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MARIANA BRAYNER CAVALCANTI FREIRE BEZERRA
  • NEIDE SANTOS
  • TERESA DE SOUZA FERNANDEZ SEIXAS
  • Data: 13/12/2022

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  • Anemia de Fanconi (AF) é uma doença rara, autossômica recessiva caracterizada
    por fragilidade cromossômica decorrente do defeito no sistema de reparo do DNA.
    A clínica da doença é heterogênea variando de pacientes assintomáticos até
    fenótipos mais graves que envolvem alterações na pele, baixa estatura, alterações
    esqueléticas e falência medular. O diagnóstico é realizado a partir do teste de
    fragilidade cromossômica usando agentes alquilantes como mitomicina C e/ou
    diepoxibutano ou, ainda pela identificação de mutações nos genes FANCS. No
    Brasil não existem dados epidemiológicos a respeito da doença e poucos centros
    realizavam o teste diagnóstico de fragilidade cromossômica, que era ausente nos
    centros na região Nordeste. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi diagnosticar
    através da MMC e traçar o perfil clínico e genético dos genes FANCs dos pacientes
    pediátricos com AF do estado de Pernambuco. No período de 2018 a março de
    2022, foram estudados 16 de 100 pacientes suspeitos para AF. Dentre os pacientes
    AF foi observado uma pequena prevalência no sexo feminino (55%), e as principais
    alterações clínicas foram manchas café com leite (60%) e anormalidades
    esqueléticas (53%). A análise de citogenética da medula óssea realizada em oito
    pacientes AF, mostrou em caso a trissomia clonal do cromossomo 21. O estudo
    molecular realizado em 6 pacientes mostrou o acometimento do gene FANCA em
    66,6% apresentando as seguintes mutações: c.2535_2526delCT, c.4011-2A>C,
    c.1475A>G e c.3788_3790delTCT. O outro gene acometido foi o FANCG (33%)
    apresentando as mutações: c.1077-2A>G e c.908T>C. A partir dos dados obtidos,
    foi possível traçar um perfil clínico, citogenético e molecular preliminar dos
    pacientes do estado de Pernambuco, favorecendo com os dados epidemiológicos
    para a região Nordeste. A anemia de Fanconi é uma doença subdiagnosticada no
    Brasil e a implantação do teste diagnóstico em PE proporcionou um diagnóstico
    precoce, e consequentemente um melhor acompanhamento aos pacientes,
    garantindo um melhor tratamento e qualidade de vida..


  • Mostrar Abstract
  • Anemia de Fanconi é uma doença rara, autossômica recessiva caracterizada por fragilidadade cromossômica decorrente de defeito no sistema de reparo do DNA. A clínica da doença é heterogênea variando de pacientes assintomáticos até fenotipos mais graves que envolvem alterações na pele, baixa estatura, alterações esqueleticas e falência medular. O diagnóstico é realizado a partir do teste de fragilidade cromossômica usando agentes alquilantes como  mitomicina C e diepoxibutano ou estudo por mutação nos genes FANCS.  No Brasil não existem dados epidemiológicos a respeito da doença e poucos centros realizam o teste diagnóstico de fragilidade cromossômica, sendo ausente centros na região Nordeste. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos biomoleculares dos pacientes pediátricos com AF do estado de Pernambuco. No periodo de 2018 a 2020, 75 pacientes suspeitos para  AF foram analisados, tendo 15 pacientes com diagnóstico confirmado através do teste de Mitomicina C. Dentre os pacientes AF+ foi observado uma pequena prevalência no sexo feminino (55%), presença de manchas café com leite (60%) e anormalidades esqueleticas (53%).  Cinco pacientes AF+ realizaram a citogenética da medula óssea, onde quatro apresentaram cariótipo normal e um apresentou trissomia do cromossomo 21. A partir dos dados obtidos, foi possivel traçar um perfil clínico e biomolecular dos pacientes do estado de Pernambuco, favorecendo com os dados epidemiológicos para a região Nordeste. A anemia de Fanconi é uma doença subdiagnósticada no Brasil  e a implantação do teste diagnóstico em PE, proporcionou um diagnóstico mais precoce, e consequentemente um melhor acompanhamento aos pacientes, garantindo um melhor tratamento e qualidade de vida para os pacientes AF.

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  • ELTON PEDRO NUNES PENA
  • PROTEÔMICA RADICULAR DE CANA-DE-AÇÚCAR(Saccharum SPP.) ASSOCIADA A FUNGO MICORRÍZICO ARBUSCULAR SOB DÉFICIT HÍDRICO



  • Orientador : TERCILIO CALSA JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOÃO DE ANDRADE DUTRA FILHO
  • KATIA CASTANHO SCORTECCI
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • Data: 19/12/2022

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  • O déficit hídrico é um dos principais fatores limitantes da produtividade da cana-de-açúcar, comprometendo o desenvolvimento da planta e podendo ocasionar perdas no canavial. A associação de plantas com organismos simbiontes como fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) podem mitigar os efeitos do déficit hídrico, pela
    modulação da expressão de genes e o acúmulo de proteínas e metabólitos específicos. Entretanto, relativamente poucas informações estão disponíveis sobre os mecanismos moleculares envolvidos nesta interação com FMAs e estresses nas plantas. O objetivo deste trabalho foi analisar as alterações fisiológicas, morfométricas e proteômicas em raízes de cana-de-açúcar associada a FMAs e submetidas ao déficit hídrico. Variedades de cana-de-açúcar (RB867515 e RB041443) foram propagadas em vasos inoculados ou não com esporos de Dentiscutata heterogama (FMADH) ou de Claroideoglomus etunicatum (FMACC). Após quatro meses da inoculação, metade dos vasos foram submetidos ao estresse por déficit hídrico por sete dias. Posteriormente, foi retomado o fornecimento de água para a realização de análises de reidratação. A análise proteômica diferencial foi realizada utilizando as variedades RB867515 e RB041443 submetidas ao déficit hídrico, inoculadas ou não pelo FMADH. As proteínas radiculares foram extraídas por método fenólico, quantificadas pelo método de Bradford, e digeridas com tripsina. Os peptídeos obtidos foram submetidos à espectrometria de massas via ESI-Q-ToF. Os espectros obtidos foram analisados no programa Progenesis QI (Waters) para quantificação e identificação das proteínas diferencialmente acumuladas (DAPs). As DAPs foram agrupadas por processo biológico e analisadas quanto a interação entre elas. Ambas variedades apresentaram alterações morfométricas e fisiológicas, com destaque para variedade RB867515, no qual os FMAs interagiram de forma mais eficiente. O FMADH interagiu de forma
    mais eficaz com as variedades RB867515 e RB041443. Na variedade RB867515 foi identificado um total de 399 proteínas e, destas, 29 foram DAPs, das quais 5 foram do tratamento não-inoculado com FMADH e 24 do tratamento inoculado com FMADH. Já na variedade RB041443 foi observado 60 DAPs no tratamento não-colonizado e 22 na condição colonizada. Dentre as proteínas identificadas, destacam-se as proteínas GDH, PLY10, Protoclorofila redutase sub. N independente de luz, SPINDLY, MDH citoplasmática e mitocondrial e desidratase
    NAD(P)HX dependente de ATP. Os resultados obtidos podem auxiliar na elucidação dos mecanismos de tolerância da cana-de-açúcar ao déficit hídrico associado a FMAs e no desenvolvimento de variedades mais tolerantes.

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  • O déficit hídrico é um dos principais fatores limitantes da produtividade da cana-de-açúcar, comprometendo o desenvolvimento planta, podendo ocasionar perda do canavial. Associação de plantas com organismos simbiontes como fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) podem mitigar os efeitos do déficit hídrico, por modular a expressão de genes, acúmulo de proteínas e produção de metabólitos. Entretanto, existem poucas informações na literatura sobre os mecanismos envolvidos neste processo em plantas ocasionado pela associação com FMAs. O objetivo deste trabalho foi analisar as alterações fisiológicas e proteômicas das raízes de cana-de-açúcar associados a FMAs e submetidas ao déficit hídrico. Variedades de cana-de-açúcar (RB867515 e RB041443) foram propagdas em vasos inoculados ou não com esporos de Dentiscutata heterogama (FMADH) ou de Claroideoglomus clarum (FMACC). Após quatro meses de inoculação, metade dos vasos foram submetidos ao estresse por déficit hídrico por sete dias. Posteriormente, foi retomado o fornecimento de água para a realização de análises de reidratação. A análise proteômica foi realizada utilizando a variedade RB867515 submetida ao déficit hídrico, inoculadas ou não pelo FMADH. As proteínas radiculares foram extraídas pelo método fenólico, quantificadas pelo método de Bradford, e digeridas por tripsina. Os peptídeos obtidos foram submetidos à espectrometria de massas do tipo ESI-Q-ToF Synapt G2S (Waters). Os espectros obtidos foram analisados no programa Progensis QI (Waters) para identificação das proteínas diferencialmente acumuladas (DAPs). As DAPs foram agrupadas por processo biológico por meio do programa Blast2GO e observado a interação entre elas por meio do programa Cytoscape. Foi identificado um total de 399 proteínas, destas 29 são DAPs, das quais 5 foram do tratamento não-inoculado com FMA e 24 do tratamento inoculado com FMA. Dentre as proteínas identificadas, destaque para a proteína Receptor de ácidoabscisíco PYL10 mais acumulada no tratamento inoculado com FMA. Esta proteína é um receptor de ABA, envolvida com respostas a estresse, inibe a proteína fosfatase PP2C, permitindo que transcrição de genes que regulam inúmeras respostas na planta. Portanto, os dados obtidos podem auxiliar na elucidação dos mecanismos de tolerância da cana-de-açúcar ao déficit hídrico associado a FMAs e no desenvolvimento de variedades mais tolerantes.

2021
Dissertações
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  • LUCAS MATHEUS BARRETO SANTANA
  • Avaliação funcional do polimorfismo TP53 Arg72Pro em linhagens celulares de leucemia mieloide aguda

  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • JUAN LUIZ COELHO DA SILVA
  • ANNA JESSICA DUARTE SILVA
  • Data: 29/07/2021

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  • Atualmente, alterações cromossômicas estruturais juntamente com mutações somáticas adquiridas são frequentemente identificadas em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA), sendo utilizadas para definir subgrupos distintos de pacientes quanto ao seu prognóstico. Apesar da sua evidente importância, a contribuição de fatores germinativos sempre foi subestimada na patogênese e evolução clonal da LMA. Dentre as diferentes variantes genéticas que são descritas como relevantes no câncer, merece destaque o polimorfismo presente no gene TP53 Arg72Pro (G215C), particularmente por sua frequência e seu papel como um modulador da atividade
    proteica. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o papel funcional do polimorfismo
    TP53 Arg72Pro em linhagem celular de LMA. Primeiro foram construídos vetores lentivirais contendo as variantes polimórficas TP53-Arg e TP53- Pro72. Em seguida, estes vetores foram utilizados para infectar as células leucêmicas da linhagem THP-1 (células com expressão nula do gene TP53; TP53 -/- ). Após a transfecção lentiviral e subsequente seleção das células infectadas, estas células foram utilizadas em ensaios de proliferação celular e apoptose. Não foi observada diferença nas taxas de proliferação celular das células leucêmicas THP-1 que expressavam a variante Arg ou Pro72 da proteína p53. No entanto, as células contendo a variante Arg72 foram mais sensíveis a apoptose induzida por citarabina, um quimioterápico frequentemente utilizado da prática clínica. Dessa forma, é
    possível que o polimorfismo
    TP53 Arg72Pro module a atividade da p53 na LMA




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  • Atualmente, alterações cromossômicas estruturais juntamente com mutações somáticas adquiridas são frequentemente identificadas em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA), sendo utilizadas para definir subgrupos distintos de pacientes quanto ao seu prognóstico. Apesar de sua evidente importância, a contribuição de fatores hereditários sempre foi subestimada na patogênese e evolução clonal da LMA. Dentre as diferentes variantes genéticas que são descritas como relevantes no câncer, merece destaque o polimorfismo presente no gene TP53 Arg72Pro (G215C), particularmente por sua frequência e seu papel como um modulador da atividade
    proteica. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o papel funcional do polimorfismo
    TP53 Arg72Pro em linhagem celular de LMA. Primeiro foram construídos vetores lentivirais contendo as variantes polimórficas TP53-Arg e TP53- Pro72. Em seguida, estes vetores foram utilizados para infectar as células leucêmicas da linhagem THP-1(células knockdown para o gene TP53; TP53 -/-). Após a transfecção lentiviral e subsequente seleção das células infectadas, estas células foram utilizadas em ensaios de proliferação celular e apoptose. Foi observado que as células que continham a variante TP53-Pro72 apresentaram menor taxa de proliferação celular, enquanto que as células contendo a variante TP53-Arg72 foram mais sensíveis a apoptose induzida por citarabina, um quimioterápico frequentemente utilizado da prática clínica. Dessa forma, é possível que o polimorfismo TP53 Arg72Pro module a atividade da proteína p53 na LMA, podendo servir como um possível alvo terapêutico na doença.

2
  • KEYLA VITORIA MARQUES XAVIER
  • Análise genômica dos isolados clínicos de Pseudomonas aeruginosa comportando o Sistema CRISPR/Cas

  • Orientador : TEREZA CRISTINA LEAL BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • SAULO RELISON TINTINO
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • Data: 30/07/2021

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  • Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista capaz de infectar pacientes queimados ou imunocomprometidos em hospitais e ambientes de assistência à saúde. Uma das principais causas de infeções hospitalares causadas por P. aeruginosa é devido a sua resistência intrínseca aos antimicrobianos e produção de biofilme. O sistema CRISPR/Cas é definido como um mecanismo de defesa de procariotos contra elementos genéticos móveis (MGEs), composto por um loco CRISPR, formado por sequências repetitivas intercaladas por espaçadores e genes cas. O trabalho teve como objetivo uma análise de isolados de P. aeruginosa comportando o sistema CRISPR/Cas. Dos 12 isolados analisados, 83% abrigam o sistema tipo I-F e 17% o sistema tipo I-E. Apesar de existirem outros tipos de sistema CRISPR em P. aeruginosa, o tipo I-F é o mais encontrado nos isolados. Os espaçadores encontrados para o tipo I-F correspondem a sequências de bacteriófagos e plasmídeos, corroborando com o princípio de funcionamento do sistema CRISPR/Cas. Foi observado a presença de genes anti-CRISPR e profagos inseridos nos genomas desses isolados. A presença dos STs compartilhados entre setores e entre hospitais permitiu traçar uma rota de disseminação desses isolados. Entretanto, a aplicação do loco CRISPR como uma ferramenta molecular para tipagem, se mostrou ineficaz em P. aeruginosa. Nossos resultados fornecem informações sobre a genética básica estrutural do loco CRISPR, o que vem a contribuir com a geração de conhecimentos sobre o sistema CRISPR/Cas em P. aeruginosa.


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  •    Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista capaz de infectar pacientes queimados ou imunocomprometidos em hospitais e ambientes de assistência à saúde. Uma das principais causas de infeções hospitalares causadas por P. aeruginosa é devido a sua resistência intrínseca aos antimicrobianos e produção de biofilme. O sistema CRISPR/Cas é definido como um mecanismo de defesa de procariotos contra elementos genéticos móveis (MGEs), composto por um loco CRISPR, formado por sequências repetitivas intercaladas por espaçadores e genes cas. O trabalho teve como objetivo uma análise de isolados de P. aeruginosa comportando o sistema CRISPR/Cas. Dos 12 isolados analisados, 83% abrigam o sistema tipo I-F e 17% o sistema tipo I-E. Apesar de existirem outros tipos de sistema CRISPR em P. aeruginosa, o tipo I-F é o mais encontrado nos isolados. Os espaçadores encontrados para o tipo I-F correspondem a sequências de bacteriófagos e plasmídeos, corroborando com o princípio de funcionamento do sistema CRISPR/Cas. Foi observado a presença de genes anti-CRISPR e profagos inseridos nos genomas desses isolados. A presença dos STs compartilhados entre setores e entre hospitais permitiu traçar uma rota de disseminação desses isolados. Entretanto, a aplicação do loco CRISPR como uma ferramenta molecular para tipagem, se mostrou ineficaz em P. aeruginosa. Nossos resultados fornecem informações sobre a genética básica estrutural do loco CRISPR, o que vem a contribuir com a geração de conhecimentos sobre o sistema CRISPR/Cas em P. aeruginosa.

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  • VINICIUS TORRES GUERRA
  • Co-expressão de genes ligados em Vigna unguiculata (L.) Walp após estímulo de desidratação radicular

     





  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDERSON AKIO KIDO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • FLAVIA FIGUEIRA ABURJAILE
  • MAURISRAEL DE MOURA ROCHA
  • Data: 27/08/2021

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  • Em Ciências Agrárias, identificar alelos associados com tolerância a condições de seca será imprescindível para suprir as demandas futuras por alimentos. A natureza complexa dos loci controladores de caráter quantitativo (QTLs) limita a manipulação destes nos programas de melhoramento vegetal. O feijão-caupi (Vigna unguiculata) é uma cultura importante socioeconomicamente, principalmente em países pobres, e tem emergido como um modelo para estudos envolvendo o estresse de seca. O presente trabalho aplicou uma nova proposta para identificar genes candidatos para estudos associativos em feijão-caupi tendo por base a expressão gênica, a ligação física entre genes, e evidências funcionais disponíveis por datamining. Para tanto, unitags HT-SuperSAGE de dois cultivares com respostas contrastantes a seca (tolerante e sensível), cujas raízes foram expostas ao ar (até 150 min.), foram identificadas em transcritos de referência da espécie, e aqueles de co-expressão induzida mapeados em loci consecutivos no genoma foram associados a 79 blocos, dos quais 21 (67 genes) apresentaram evidências funcionais, em estudos com estresses em plantas. Daqueles cujas funções já foram demonstradas por genética reversa, vários seriam potenciais marcadores moleculares funcionais, especialmente blocos com componentes das vias de sinalização por fitohormônios (ARIA, WRKY52 e OPR3) ou envolvendo respostas a estresses (CHS17 e PAL2). Espera-se que a caracterização proposta possa ser útil em programas de melhoramento do feijão-caupi e espécies correlatas, a partir da manipulação dos blocos ou dos genes individuais.




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  • Dentro das ciências agrárias, identificar alelos relacionados a produção em condições de seca é imprescindível para suprir a demanda futura por alimentos. Entretanto, a natureza complexa e quantitativa de seus loci controladores (QTLs) limitam a manipulação por programas de melhoramento.Dissecar um QTL a nível
    de genes individuais (QTGs) possibilita aplicação desses na desejada Seleção Assistida por Marcadores (SAM). Porém, a tarefa muitas vezes é desafiadora. O feijão-caupi (
    Vigna unguiculata) é uma cultura que vem emergindo como modelo em estudos acerca da resposta ao estresse de seca devido a sua resiliência
    natural e genoma pequeno. O presente trabalho propiciou a identificação de genes candidatos (GCs) responsivos ao estresse em questão Para isso,
    unitags HT-SuperSAGE geradas a partir de genótipos contrastantes (tolerante e sensível) da espécie, expostos a desidratação radicular (até 150 minutos) e mantidos sob cultivo hidropônico normal (controle negativo), permitiram identificar transcritos associados (BLASTn). Após contagem das tags relativas a cada transcrito, aqueles co-expressos entre os genótipos e mapeados in silico em loci fortemente
    ligados no cromossomo foram selecionados como candidatos. Dos 58 conjuntos alvos, três blocos de
    loci sequenciais, com componentes para: Chalcone synthase (24kpb), Pathogenesis related (30kpb) e um de composição variada (38kpb) estiveram diretamente relacionados com estresse de seca segundo a literatura.
    Esses genes, após devidas validações das expressões (via RT-qPCR), poderão ser úteis em programas de melhoramento de feijão-caupi, bem como de outras leguminosas.


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  • VALQUIRIA DA SILVA
  • Expressão de Genes das Vias de Sinalização por Fitohormônios em Feijão-caupi Sob Estresse de Desidratação Radicular

     



  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDERSON AKIO KIDO
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MARCELO FRANCISCO POMPELLI
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 31/08/2021

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  • O feijão-caupi representa a principal leguminosa cultivada nas regiões Norte e Nordeste, e como as demais  é fortemente afetada pelo déficit hídrico. Frente a tal estresse, os fitohormônios atuam como sinalizadores, promovendo respostas específicas às plantas. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a expressão de genes de V. unguiculata, envolvidos nas vias de sinalização de fitohormônios, após a exposição das raízes ao ar (150 min.). Para tanto, unitags HT-SuperSAGE de feijão-caupi, provenientes de dois cultivares diferentes em resposta à seca, foram associadas (BlastN) a transcritos de feijão-caupi das vias de sinalização por auxina, citocinina giberelina, ácido abscísico, etileno, jasmonato, brassinoesteróides, ácido salicílico e estrigolactonas. Dos 630 transcritos previstos nas vias, 260 foram diferencialmente expressos (DE, p <0,05) após o estímulo aplicado. No perfil PO (cultivar tolerante Pingo de Ouro), transcritos UR (induzidos), DR (reprimidos) e n.s. foram, respectivamente, 146, 35 e 78. No perfil sensível SI (Santo Inácio), estes foram 81, 80 e 99. Fatores de transcrição potencialmente regulando genes cujos transcritos foram UR também foram previstos, assim como os interatomas associados aos transcritos UR das respostas individuais. A partir dos resultados, 17 pares de primers para RT-qPCR foram propostos, visando o desenvolvimento de marcadores funcionais baseados em cDNAs. Os resultados contribuem para uma melhor compreensão das vias de sinalização dos fitohormônios nas respostas do feijão-caupi, face a um estresse de seca, podendo ser úteis aos programas de melhoramento genético, na busca de materiais mais adaptados a este estresse, o qual compromete nossas produções.


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  • O feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp] representa a principal leguminosa cultivada nas regiões Norte e Nordeste. No entanto, essa cultura sofre graves perdas às custas de fatores ambientais adversos, incluindo a seca. Quando as plantas enfrentam estresses ambientais, os fitohormônios atuam como transdutores de sinal,
    promovendo respostas específicas às plantas. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a expressão de genes envolvidos nas vias de sinalização de fitohormônios, em
    V. unguiculata, após a exposição das raízes ao ar (150 min.). Para esse fim, unitags SuperSAGE (de 26 pb) de feijão-caupi, provenientes de dois acessos
    diferentes em resposta à seca, foram alinhadas (via BlastN) aos transcritos de feijãocaupi associados a nove vias de sinalização de fitohormônio (auxina, citocinina giberelina, ácido abscísico, etileno, jasmonato, brassinoesteóides, ácido salicílico e estrigolactonas). Dos 625 transcritos relacionados a essas vias, 320 foram
    diferencialmente expressos (DE) após o estímulo aplicado (p <0,05). No perfiltolerante (acesso Pingo de Ouro), os transcritos UR (induzidos), DR (reprimidos) e n.s., ao nível de p <0,05, foram 175, 50 e 95, respectivamente. No perfil sensível (Santo Inácio), esses números foram 132, 130 e 58, respectivamente. Paralelamente,
    uma análise do enriquecimento dos fatores de transcrição (FTs) previu os FTs regulando genes que codificariam os transcritos induzidos (UR) observados nos perfis de resposta ao estímulo. Também foram identificados transcritos com regulação divergente ou convergente entre os acessos, assim como os FTs exclusivos e os
    compartilhados pelos acessos. Os resultados obtidos contribuem para uma melhor compreensão das vias de sinalização do fitohormônio nas respostas de diferentes acessos de feijão caupi após um estímulo de esidratação radicular.


Teses
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  • PEDRO LUIZ DE FRANCA NETO
  • Análise funcional do gene BAALC em linhagem celular de leucemia promielocítica aguda

  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDUARDO MAGALHAES REGO
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • JUAN LUIZ COELHO DA SILVA
  • RAFAEL FREITAS DE OLIVEIRA FRANCA
  • Data: 06/07/2021

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  • A leucemia promielocítica aguda (LPA) é um subtipo distinto de leucemia mielóide aguda (LMA) em aspectos clínicos, morfológicos e genéticos. Sua fisiopatologia encontra-se intimamente ligada a proteína de fusão PML-RARA resultante da translocação recíproca t(15;17) levando ao bloqueio na diferenciação e celular. A doença possui tratamento específico utilizando ácido all-trans retinóico (ATRA) em associação com trióxido de arsênico (ATO) que resulta na degradação da proteína PML/RARA, conduzindo à diferenciação terminal com subsequente apoptose das células leucêmicas. Embora a utilização dessas drogas leve a altas taxas de remissão, as taxas de mortalidade precoce e recaída ainda são consideradas altas. Dessa forma, marcadores moleculares prognósticos figuram com extrema importância para a predição de risco. Neste contexto, a expressão gênica do BAALC (Brain and acute leucemia) foi associado com um pior desfecho clínico. Apesar de ter seu impacto prognóstico esclarecido, ainda se sabe pouco sobre seu papel funcional. Neste estudo, utilizamos as linhagens NB4 e NB4-R2 como alvos de vetores lentivirais para expressar o BAALC e avaliar os processos celulares de proliferação, apoptose e diferenciação celular. Aqui nós mostramos que a hiperexpressão do gene BAALC em linhagens celulares de LPA levou a uma taxa significativamente menor de diferenciação (47%) em 96 horas comparadas a célula controle (88%) (P=0,009). Além disso, aumentou a taxa de proliferação celular tanto em NB4 (MFI ki-67: 48%) quanto em NB4-R2 (MFI ki-67: 81%) frente ao controle. A IC50 foi significativamente menor nas células controle quando tratadas com a associação ATRA concentração fixa (1uM)/ATO (IC50 NB4-pMEG 2,38uM ATO; NB4-BAALC 4,uM ATO). Dessa forma a expressão induzida do BAALC nas linhagens estudadas está associada a um aumento na proliferação e diminuição da diferenciação e parece ter papel na apoptose quando administrado a combinação ATRA/ATO. Porém mais ensaios precisam ser realizados para descrever melhor qual o mecanismo utilizado pela BAALC para impactar nesses processos celulares.


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  • A leucemia promielocítica aguda (LPA) é um subtipo distinto de leucemia mielóide aguda (LMA) em aspectos clínicos, morfológicos e genéticos. Sua fisiopatologia encontra-se intimamente ligada a proteína de fusão PML-RARA resultante da translocação recíproca t(15;17) levando ao bloqueio na diferenciação e celular. A doença possui tratamento específico utilizando ácido all-trans retinóico (ATRA) em associação com trióxido de arsênico (ATO) que resulta na degradação da proteína PML/RARA, conduzindo à diferenciação terminal com subsequente apoptose das células leucêmicas. Embora a utilização dessas drogas leve a altas taxas de remissão, as taxas de mortalidade precoce e recaída ainda são consideradas altas. Dessa forma, marcadores moleculares prognósticos figuram com extrema importância para a predição de risco. Neste contexto, a expressão gênica do BAALC
    (Brain and acute leucemia) foi associado com um pior desfecho clínico. Apesar de ter seu impacto prognóstico esclarecido, ainda se sabe pouco sobre seu papel funcional. Neste estudo, utilizamos as linhagens NB4 e NB4-R2 como alvos de vetores lentivirais para expressar o BAALC e avaliar os processos celulares de proliferação, apoptose e diferenciação celular. Aqui nós mostramos que a hiperexpressão do gene BAALC em linhagens celulares de LPA levou a uma taxa significativamente menor de diferenciação (47%) em 96 horas comparadas a célula controle (88%) (P=0,009). Além disso, aumentou a taxa de proliferação celular tanto em NB4 (MFI ki-67: 48%) quanto em NB4-R2 (MFI ki-67: 81%) frente ao controle. A IC50 foi significativamente menor nas células controle quando tratadas com a associação ATRA concentração fixa (1uM)/ATO (IC50 NB4-pMEG 2,38uM ATO; NB4-BAALC 4,uM ATO). Dessa forma a expressão induzida do BAALC nas linhagens estudadas está associada a um aumento na proliferação e diminuição da diferenciação e parece ter papel na apoptose quando administrado a combinação ATRA/ATO. Porém mais ensaios precisam ser realizados para descrever melhor qual o mecanismo utilizado pela BAALC para impactar nesses processos celulares.

2
  • ANA PAULA FERREIRA CAMPOS
  • Avaliação do Perfil Imunogênico Induzido por Vacina de
    DNA E5 multiepítopos como Imunoterapia Contra o Câncer
    do Colo do Útero.


  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • ANA PAVLA ALMEIDA DINIZ GURGEL
  • Data: 30/08/2021

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  •      O câncer do colo do útero tem como o principal agente etiológico o Papilomavírus Humano (HPV), envolvido em lesões benignas cutâneas e de mucosas. Alguns HPVs apresentam potencial carcinogênico e as lesões associadas
    podem evoluir para o câncer. Atualmente estão disponíveis três vacinas profiláticas aprovadas e comercializadas, e embora contemplem diversos tipos virais, não são capazes de tratar tumores existentes ou que possam vir a se desenvolver em pacientes já infectados. O presente projeto buscou desenvolver estratégia terapêutica para o câncer do colo do útero baseado em vacina de DNA contendo epítopos da oncoproteína E5 do HPV16. Os epítopos de E5 adicionados à estratégia são capazes de induzir a resposta imune celular com perfil de células T citotóxicas. E5 é expressa nas fases iniciais da infecção, tornando-a atrativa para terapias vacinais que visam às fases iniciais da transformação tumoral. Para tal, avaliamos
    in vivo a expressão dos respectivos antígenos e in vitro a partir de esplenócitos dos camundongos imunizados. Analisamos a resposta imune celular adaptativa e de citocinas secretadas por camundongos previamente desafiados com células tumorais C3. Também avaliamos o estresse oxidativo e os níveis toxicológicos induzidos pelo tratamento em modelo animal. Os resultados assinalam a capacidade da vacina proposta em ativar células T citotóxicas e a secreção equilibrada das citocinas Th1, Th2 e Th17. A vacina pVAXE5m foi capaz de associar regressão tumoral associada a bons indicadores toxicológicos.


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  • O câncer do colo do útero tem como o principal agente etiológico o Papilomavírus Humano - HPV, com DNA epissomal circular e pequeno, geralmente envolvidos em lesões benignas cutâneas e de mucosas. No entanto, alguns HPVs apresentam potencial carcinogênico e as lesões associadas podem evoluir para o câncer. Atualmente, estão disponíveis três vacinas profiláticas aprovadas e comercializadas, baseadas em partículas semelhantes a vírus, e embora contemplem diversos tipos virais (HPVs 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52, 58), não são capazes de tratar tumores existentes ou que possam vir a ser desenvolvidos em pacientes infectados previamente. Por esse motivo, o presente projeto busca desenvolver estratégia terapêutica para o câncer do colo do útero a partir das vacinas de DNA codificantes para os epítopos da oncoproteína E5 do HPV 16. Alguns dos epítopos de E5, adicionados a nossa estratégia vacinal são capazes de induzir a resposta imune celular com perfil de células T citotóxicas, tão necessárias para regressão dos tumores cervicais. Envolvida na progressão, transformação celular, evasão do sistema imune e impedimento da morte por apoptose, a oncoproteína E5 também é expressa nas fases iniciais da infecção, tornando-a atrativa para terapias vacinais que visam às fases iniciais da transformação tumoral. Para tal, avaliamos in vivo a expressão dos respectivos antígenos em fêmeas
    C57black, e
    in vitro a partir de esplenócitos dos camundongos imunizados. Analisamos a resposta imune celular adaptativa (TCD4, TCD8 e TCD16) e decitocinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17 e TNF-α) secretadas por camundongos previamente inoculados com células tumorais C3. Também avaliamos o estresse oxidativo e os níveis toxicológicos induzidos pelo tratamento em modelo animal. Os resultados assinalam a capacidade da construção gênica proposta em induzir regressão de tumores, além de apresentar os melhores resultados entre os grupos avaliados. Os dados sugerem a estratégia E5 multiepítopo como uma possível nova terapia vacinal para tumores induzidos pelo HPV 16.

3
  • JÉSSICA VITÓRIA GADELHA DE FREITAS BATISTA
  • Análise da Modulação Clínica da Anemia Falciforme por Variantes no Gene KLOTHO

  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MAGNUN NUELDO NUNES DOS SANTOS
  • JUAN LUIZ COELHO DA SILVA
  • Data: 31/08/2021

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  • A anemia falciforme (AF) é marcada pela heterogeneidade fenotípica. Por isso, são realizados estudos que buscam moduladores genéticos da doença. Um dos potenciais moduladores é o KLOTHO (KL), importante na biologia do óxido nítrico e expressão de moléculas de adesão. Neste trabalho, objetivou-se genotipar, por PCR em tempo real, os polimorfismos em KL rs211239, rs685417, rs1207568 e rs9536314 e analisar a associação com as principais complicações da AF: acidente vascular cerebral (AVC), osteonecrose, úlceras de perna, priapismo, síndrome torácica aguda e crises vaso-oclusivas (CVOs). Objetivou-se também avaliar a dosagem da proteína KL solúvel utilizando a metodologia de ELISA em indivíduos com AF com e sem osteonecrose e úlceras de perna e com os diferentes genótipos de rs1207568 e rs9536314. Para análise dos polimorfismos rs211239 e rs685417 foram incluídos 588 indivíduos com AF. KL rs211239 mostrou-se associado com CVOs; rs685417, com AVC, priapismo, número de complicações e com uma menor incidência de priapismo em um menor intervalo de tempo (P < 0,05). KL rs1207568 e rs9536314 foram genotipados para 689 indivíduos e não mostraram associação com as complicações (P > 0,05). A dosagem de KL foi feita em 46 indivíduos e mostrou-se aumentada em indivíduos com osteonecrose e naqueles com o genótipo selvagem (GG) para o polimorfismo rs1207568 (P < 0,05). Percebe-se que KL pode ser um modulador da doença, sendo interessante que mais estudos sejam desenvolvidos para ampliar as investigações.


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  • A anemia falciforme (AF) é uma doença que, embora monogênica, é marcada por intensa heterogeneidade fenotípica. Em virtude disso, diversos estudos buscando moduladores genéticos são realizados em todo o mundo. Um dos potenciais moduladores da doença é o gene KLOTHO (KL) que tem funções descritas na biologia do óxido nítrico e expressão de moléculas de adesão. Assim, objetivamos analisar a associação dos polimorfismos rs211239, rs685417, rs1207568 e rs9536314 localizados em KL com as principais complicações da AF: acidente vascular cerebral (AVC), osteonecrose, úlceras de perna, priapismo, síndrome torácica aguda, crises vaso-oclusivas (CVOs) e cardiopatia. Além disso, também foi feita a dosagem da proteína KL solúvel para avaliar diferenças na sua expressão em diferentes grupos. Foram incluídos na pesquisa 689 pacientes acompanhados na fundação HEMOPE. O polimorfismo rs211239 mostrou-se associado com CVOs; rs685417, com AVC, priapismo, número de complicações e com uma menor incidência de priapismo em um menor intervalo de tempo (P < 0,05). Os polimorfismos rs1207568 e rs9536314, por sua vez, não mostraram associação com as complicações analisadas (P > 0,05). A expressão da proteína mostrou-se aumentada em indivíduos com osteonecrose e naqueles com o genótipo selvagem (GG) para o polimorfismo rs1207568 (P < 0,05). Diante disso, percebe-se que KL pode ser um importante modulador da doença, sendo interessante que mais estudos sejam desenvolvidos em diferentes coortes de indivíduos com AF para ampliar as investigações.

4
  • ALANNE RAYSSA DA SILVA MELO
  • Desenvolvimento de vacina de DNA multiepítopo como imunoterapia contra o câncer cervical

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MATHIAS WELLER
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • Data: 03/11/2021

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  • O câncer cervical é quarta neoplasia mais prevalente em mulheres no mundo. Além disso, os cânceres associados à infecção pelo papilomavírus humano (HPV) incluem desde lesões neoplásicas anogenitais até orofaríngeas. A atividade da proteína E7 produzida por HPV de alto risco é apontada como uma das principais mediadoras da carcinogênese. O presente estudo objetivou desenvolver estratégias terapêuticas contra lesões associadas à infecção pelo HPV-16 através da elicitação de resposta imune contra epítopos imunogênicos da proteína E7 do HPV-16, em modelo pré-clínico. Como adjuvante vacinal foram utilizados o imunomodulador Ii-PADRE e sequências linkers. Quanto a confecção da vacina de DNA, os genes de interesse foram clonados no vetor pVAX. Camundongos C57 black foram desafiados com a linhagem tumoral C3, seguido de imunização em esquema prime-boost homólogo e eletroporação. A avaliação dos efeitos antitumorais foi realizada através da investigação de citocinas presentes no soro e nos tumores, além da pesagem, monitoramento do crescimento, e análise histopatológica dos tumores. Nossos dados não revelaram diferença estatística entre os grupos, porém é possível observar uma tendência para o aumento de citocinas Th1, menor densidade tumoral, e menor pleomorfismo em tumores de animais imunizados com o plasmídeo multi E7 associado ao Ii-PADRE, o que pode indicar um possível potencial imunogênico desta estratégia vacinal para a indução da resposta celular protetiva. Além disso, melhorias na construção vacinal E7 se fazem necessárias para obtenção de uma melhor performance.


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  • O câncer cervical é quarta neoplasia mais prevalente em mulheres em todo o mundo. Além disso, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer cervical é o primeiro mais incidente na região Norte e o segundo nas regiões Centro-Oeste e Nordeste no Brasil. Os cânceres associados à infecção pelo papilomavírus humano (HPV) incluem desde lesões neoplásicas anogenitais até orofaríngeas. A infecção pelo HPV é principalmente contraída pelo contato sexual, através do qual, microtraumas na mucosa permitem o acesso de partículas virais ao epitélio basal. Devido à alta disseminação de infecções pelo HPV entre indivíduos sexualmente ativos, a proteção contra os cânceres associados ao HPV pela vacinação preventiva ainda é muito restrita. As atividades de proteínas virais E6 e E7 produzidas por HPV de alto risco são apontadas como as principais mediadoras da carcinogênese. O presente estudo objetiva desenvolver estratégias terapêuticas contra lesões associadas à infecção pelo HPV-16, através de elicitação de resposta imune contra epítopos imunogênicos das proteínas E6 e E7 de HPV-16, em modelo pré-clínico. A resposta imune foi incrementada através de associação com o imunomodulador Ii-Padre e sequências linkers, visando à ativação de linfócitos TCD4 e o aumento da apresentação dos antígenos pelo sistema imune, respectivamente. Para confecção da vacina de DNA, os genes de interesse (multi E6, multi E7 e Ii-PADRE) foram clonados em vetor para expressão em célula de mamífero (pVAX) em orientação BamHI/XbaI. Os clones foram confirmados através de PCR, clivagem por enzimas de restrição e sequenciamento de DNA. Além disso, os insertos foram clonados em vetor de expressão bacteriana (pAE)  em orientação BamHI/EcoRI e KpnI/ HindIII, a fim de obter  peptídeos vacinais para imunização dos animais sob regime de prime-boost heterólogo. O desenvolvimento de vacinas de DNA como estratégia terapêutica é um passo crucial para a consolidação de investigação científica, inovação e desenvolvimento tecnológico para o tratamento de doenças de difícil manejo pelos métodos tradicionais, como o câncer.

5
  • ISAURA ISABELLE FONSECA GOMES DA SILVA
  • Avaliação da expressão dos genes MYD88, IRAK3, TRAF6 e NFKB1 e miRNAs regulatórios em monócitos de pacientes com Artrite Reumatoide

     

     

  • Orientador : PAULA SANDRIN GARCIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JESSICA CATARINE FRUTUOSO DO NASCIMENTO
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • RENATA DOS SANTOS ALMEIDA
  • Data: 13/12/2021

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  • Desregulações em monócitos podem estar relacionadas ao aumento e cronicidade da inflamação e, consequentemente, no desenvolvimento de Artrite Reumatoide (AR) em alguns indivíduos. No entanto, ainda são incipientes os estudos que verificam alterações no perfil genético e epigenético nessas células. O presente
    estudo avaliou a expressão dos genes MYD88, IRAK3, TRAF6 e NFKB1 e miRNAs (miR194-5p, miR124a-3p, miR-9-5p e miR-340-5p) em monócitos de pacientes com AR e controles saudáveis a fim de elucidar o papel destes no desenvolvimento e patogênese da doença e sua relação com a inflamação. Nossos resultados mostraram uma significativa diminuição da expressão do IRAK3 em pacientes comparados aos controles (Fold Change(FC)=-1,63,p=0,054) e em pacientes com alta atividade da doença comparados aos com baixa atividade (FC=-1,78,p=0,030), indicando uma influência deste gene no desenvolvimento e gravidade da AR. Em relação às análises dos miRNAs, os miR194-5p e miR-9-5p foram mais expressos em pacientes tratados com prednisona, indicando um efeito da estratégia de tratamento sobre a modulação desses miRNAs (FC=-2.31;p=0.031; FC=-3.05;p=0.031, respectivamente). Ainda observamos uma super expressão dos genes TRAF6 e NFKB1 concomitante a super expressão dos miR-194-5p, miR-9-5p e mi-340-5p (p<0.001). Finalmente, observamos uma correlação moderada entre o miR-124-3p e IL-6 (r=0,46;p=0,033). Em suma, pôde-se observar uma relação entre a expressão do gene IRAK3 com a AR e um efeito da prednisona sobre a expressão dos miR-194-5p e miR-9-5p. Além disso, os miRNAs parecem ter um papel regulatório nos genes TRAF6 e NFKB1.


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  • A Artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune que pode ser desencadeada por fatores genéticos, epigenéticos e ambientais. Muitas células que fazem parte do sistema imune contribuem para a inflamação da AR, principalmente células relacionadas ao sistema imune adaptativo. No entanto, quando se trata de
    células do sistema imune inato poucos estudos têm sido realizados, principalmente em monócitos. No processo da resposta inflamatória diversas cascatas gênicas podem estar envolvidas, e dentre elas, a via do NFkB apresenta-se como umas das vias cruciais, sendo que desregulações nessa cascata de sinalização podem
    exacerbar a inflamação e ser um fator de risco para a patogênese da AR. A via de ativação do NFκB necessita de moléculas adaptadoras como TRAF6, que gera a ativação das subunidades do complexo NFκB. Desregulações na expressão do TRAF6 e NFKB1 são importantes no desencadeamento do processo inflamatório e consequentemente na AR. Sendo assim, o objetivo do nosso estudo foi verificar a expressão destes genes e as alterações epigenéticas que podem estar relacionadas a eles em monócitos de pacientes com AR. Para tanto, foi realizada a predição e seleção de miRNAs com alvos no TRAF6 (miR-124-3p e miR-194-5p) e NFKB1 (miR-9-5p e miR-340-5p), bem como o isolamento de monócitos de 19 pacientes com AR e 18 controles. Nossos dados mostraram que o miR-124-3p regula negativamente o TRAF6 (r=-0.349; p=0.0371), enquanto que o miR-194-5p regula positivamente o gene (r=0.6363; p=0.00003). Ainda, foi observado que ambos miRNAs regulam positivamente o NFKB1 (miR-9-5p: r=0.75 p<0.001; e miR-340-5p: r=0.79; p<0.001). Não foram obervadas diferenças na expressão dos genes e miRNAs em monócitos entre pacientes com AR e controles. Em relação aos
    parâmetros clínicos, apenas o miR-340-5p mostrou uma diferença significativa em 
    relação ao índice de atividade da doença CDAI (r=-0.51; p=0.024), indicando que sua expressão em monócitos pode estar relacionada a patogênese da AR.

6
  • JACKELINE MARIA DA SILVA
  • Aspectos fisiológicos e genéticos do metabolismo de açúcares utilizados como substratos para a produção de bioetanol pela levedura industrial Brettanomyces bruxellensis

  • Orientador : WILL DE BARROS PITA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JACIANE LUTZ IENCZAK
  • EMMANUEL DAMILANO DUTRA
  • FABRICIO MOTTERAN
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 20/12/2021

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  • A capacidade de a levedura Brettanomyces bruxellensis utilizar diferentes fontes de carbono é um dos fatores associados à sua alta adaptação aos ambientes industriais. Assim, o presente trabalho teve como objetivo investigar a potencial aplicação de B. bruxellensis na fermentação alcoólica, avaliando aspectos fisiológicos e genéticos do metabolismo de açúcares utilizados como substratos nesse processo industrial. Para isso, realizamos uma triagem com diferentes isolados de vinho e etanol em sete açúcares industrialmente relevantes. A capacidade de assimilar e fermentar xilose, arabinose e galactose, bem como a influência da glicose no metabolismo dessas fontes de carbono também foi estudada. Nossos resultados mostraram a ampla diversidade de assimilação de açúcares em B. bruxellensis. Adicionalmente, foi observado que o efeito repressor da glicose é menos estrito em linhagens de etanol do que em linhagens de vinho. Em ensaios com xilose e arabinose, ambas as pentoses foram convertidas a biomassa quando em aerobiose. Em limitação de oxigênio, houve produção de etanol a partir de xilose, ao passo que a arabinose não foi utilizada. Análises de expressão gênica mostraram que a glicose não exerceu efeito repressor na linhagem JP19M. Finalmente, foi observado que JP19M é capaz de fermentar galactose e consumir simultaneamente glicose e galactose, apresentando metabolismo respiro-fermentativo. Em conjunto, nossos resultados mostram que a linhagem JP19M apresenta características relevantes para uma possível aplicação
    na produção de etanol a partir açúcares encontrados em hidrolisados lignocelulósicos.


  • Mostrar Abstract
  • A levedura Dekkera bruxellensis tem sido frequentemente relacionada a episódios de contaminação, devido a sua capacidade de competir com Saccharomyces cerevisiae por diferentes substratos. A habilidade de D. bruxellensis em assimilar fontes de carbono não utilizadas por S. cerevisiae é um dos fatores associados à
    sua alta adaptação nos ambientes industriais. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os aspectos fisiológicos e genéticos do metabolismo de açúcares utilizados como substratos para a produção de bioetanol por
    D. bruxellensis. Para isso, foi realizada uma triagem para a metabolização de açúcares industrialmente
    relevantes com diferentes isolados de vinho e etanol. Adicionalmente, foi estudada a capacidade de algumas linhagens em fermentar xilose e arabinose, bem como a influência da glicose no metabolismo dessas pentoses e consequente produção de etanol. Isolados de vinho apresentaram maiores taxas de crescimento em galactose
    e os de etanol em celobiose e lactose. Além disso, isolados de etanol foram menos sensíveis a repressão por glicose. Em anaerobiose estrita, os isolados obtiveram altas taxas de crescimento em diferentes açúcares, sem necessidade de suplementação do meio. Os resultados mostram a alta diversidade fenotípica dentro desse grupo quanto a utilização de açúcares. Nos ensaios com xilose e arabinose em aerobiose, essas pentoses foram convertidas preferencialmente a biomassa. Em limitação de oxigênio, o consumo de xilose foi lento com baixa
    produção de etanol, ao passo que a arabinose não foi utilizada. Entretanto, a presença de glicose no meio favoreceu o consumo de xilose nessa condição. Nossos resultados sugerem que a glicose pode fornecer intermediários que auxiliam no metabolismo de xilose. Além disso, os dados relevam que o oxigênio é um fator chave no metabolismo de pentoses em
    D. bruxellensis.

2020
Dissertações
1
  • MARCONDES JOSÉ DE VASCONCELOS COSTA SOBREIRA
  • CARACTERIZAÇÃO GÊNICA E PROTEICA DE CITOCINAS
    INFLAMATÓRIAS EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME DURANTE
    E APÓS CRISE VASO-OCLUSIVA


     

  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • IGOR DE FARIAS DOMINGOS
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 27/02/2020

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  • As crises vaso-oclusivas (CVO) são a principal causa de morbidade nos portadores de anemia falciforme. A produção desbalanceada de citocinas contribui com o progresso da vaso-oclusão, sendo sua caracterização importante para melhor compreensão da fisiopatologia da doença. Desse modo, este trabalho visa descrever o perfil de expressão gênica e proteica das citocinas IL- 1β, IL-6, IL-8 e TNF-α pelos granulócitos polimorfonucleares (PMN) e células mononucleares (CM) nos pacientes durante e após crise vaso-oclusiva. Foram analisados 46 pacientes com anemia falciforme, divididos em controles estáveis e caso, subdivididos em pacientes em crise e pós crise. Foi realizada separação de CM e PMN pela técnica de Ficoll-Hypaque para posterior extração do mRNA, seguida da síntese do cDNA para realização de qPCR pelo sistema TaqMan®. As dosagens séricas foram realizadas pela técnica de ELISA. Os resultados mostraram que apenas os PMN, em ambos os pacientes em crise e pós-crise, apresentaram maior expressão das quatro citocinas quando comparados ao grupo controle (0,0001 ≤ p ≤ 0,0381). Além disso, quando os mesmos pacientes em crise e pós crise foram comparados entre si, somente a IL-6 apresentou-se mais elevada após a crise (p=0,0175) para os PMN, demonstrando que estes são os principais moduladores das CVOs, com alta expressão de IL-6. Somente a IL-8 apresentou dosagem compatível com os limites do kit, estando consideravelmente elevada na crise em comparação com os pacientes controle (P=0,0009).


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  • As crises vaso-oclusivas (CVO) são a principal causa de morbidade nos portadores de anemia falciforme. A produção desbalanceada de citocinas contribui com o progresso da vaso-oclusão, sendo sua caracterização importante para melhor compreensão da fisiopatologia da doença. Desse modo, este trabalho visa descrever o perfil de expressão gênica e proteica das citocinas IL- 1β, IL-6, IL-8 e TNF-α pelos granulócitos polimorfonucleares (PMN) e células mononucleares (CM) nos pacientes durante e após crise vaso-oclusiva. Foram analisados 46 pacientes com anemia falciforme, divididos em controles estáveis e caso, subdivididos em pacientes em crise e pós crise. Foi realizada separação de CM e PMN pela técnica de Ficoll-Hypaque para posterior extração do mRNA, seguida da síntese do cDNA para realização de qPCR pelo sistema TaqMan®. As dosagens séricas foram realizadas pela técnica de ELISA. Os resultados mostraram que apenas os PMN, em ambos os pacientes em crise e pós-crise, apresentaram maior expressão das quatro citocinas quando comparados ao grupo controle (0,0001 ≤ p ≤ 0,0381). Além disso, quando os mesmos pacientes em crise e pós crise foram comparados entre si, somente a IL-6 apresentou-se mais elevada após a crise (p=0,0175) para os PMN, demonstrando que estes são os principais moduladores das CVOs, com alta expressão de IL-6. Somente a IL-8 apresentou dosagem compatível com os limites do kit, estando consideravelmente elevada na crise em comparação com os pacientes controle (P=0,0009).

2
  • MARIA CAROLINA DOS SANTOS GUEDES
  • Influência da IL-10 na resposta imunológica de indivíduos vivendo com HIV-1 em terapia antirretroviral

  • Orientador : RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • PAULO ROBERTO ELEUTERIO DE SOUZA
  • Data: 11/12/2020

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  • A Terapia Antirretroviral objetiva diminuir a carga viral plasmática e, consequentemente, reconstituir as células T CD4+. Entretanto, entre 15 a 30% dos indivíduos que atingem o sucesso virológico, não se recuperam imunologicamente, condição chamada falha imunológica. Alguns fatores são investigados como causa, dentre eles, a baixa produção de linfócitos T CD4+, processo esse influenciado pela atividade de citocinas, como a IL-10. Alterações na expressão e nos níveis plasmáticos da IL-10 podem estar relacionados à ineficiência da recuperação imunológica. Nesse contexto, a presença de polimorfismos na região promotora do gene IL10, pode influenciar nesse processo. Sendo assim, o estudo objetivou avaliar a influência da IL-10 na falha imunológica de indivíduos vivendo com HIV-1 em TARV. A dosagem sérica da IL-10 foi realizada por citometria (CBA), enquanto a genotipagem dos SNPs ocorreu através de sondas Taqman por PCR em Tempo Real. Foi realizado também o ensaio de quantificação relativa da expressão do gene IL10 por meio do Ct comparativo. Como gene de referência utilizou-se o GAPDH. Com relação à dosagem sérica, não houve diferença significativa entre os grupos IR e INR. O mesmo foi encontrado na genotipagem, onde os genótipos mostraram não interferir nos níveis plasmáticos da IL-10. Já no ensaio de expressão, observouse que o gene IL10 está 3,77 vezes mais expresso no grupo INR comparado ao
    IR. Sendo assim, mais avaliações são necessárias para compreensão do processo da falha imunológica



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  • A Terapia Antirretroviral objetiva diminuir a carga viral plasmática e, consequentemente, reconstituir as células T CD4+. Entretanto, entre 15 a 30% dos indivíduos que atingem o sucesso virológico, não se recuperam imunologicamente, condição chamada falha imunológica. Alguns fatores são investigados como causa, dentre eles, a baixa produção de linfócitos T CD4+, processo esse influenciado pela atividade de citocinas, como a IL-10. Alterações na expressão e nos níveis plasmáticos da IL-10 podem estar relacionados à ineficiência da recuperação imunológica. Nesse contexto, a presença de polimorfismos na região promotora do gene IL10, pode influenciar nesse processo. Sendo assim, o estudo objetivou avaliar a influência da IL-10 na falha imunológica de indivíduos vivendo com HIV-1 em TARV. A dosagem sérica da IL-10 foi realizada por citometria (CBA), enquanto a genotipagem dos SNPs ocorreu através de sondas Taqman por PCR em Tempo Real. Foi realizado também o ensaio de quantificação relativa da expressão do gene IL10 por meio do Ct comparativo. Como gene de referência utilizou-se o GAPDH. Com relação à dosagem sérica, não houve diferença significativa entre os grupos IR e INR. O mesmo foi encontrado na genotipagem, onde os genótipos mostraram não interferir nos níveis plasmáticos da IL-10. Já no ensaio de expressão, observouse que o gene IL10 está 3,77 vezes mais expresso no grupo INR comparado ao
    IR. Sendo assim, mais avaliações são necessárias para compreensão do processo da falha imunológica


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