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Dissertações |
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JOSÉ BRUNO ROBERTO DA SILVA
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AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DOS GENES PARP1, PARP2 E PARP3 EM PACIENTES ADULTOS COM LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA
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Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO CARLOS DE FREITAS
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ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
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JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
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MATHEUS FILGUEIRA BEZERRA
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Data: 21/02/2022
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A fim de se obter uma melhor estratificação de risco, o impacto de alterações moleculares tem sido amplamente estudado em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA). Além de alterações estruturais e mutações no DNA, expressão aberrante de genes podem influenciar o curso clínico da doença. Nesse contexto, os membros da família PARP (do inglês, Poly(ADP-ribose) polymerases) (PARP1, PARP2 e PARP3), responsáveis por codificar proteínas capazes de exercer modificações pós-traducionais relacionadas a diversos processos celulares, foram descrito como importantes preditores de prognóstico em pacientes com tumores sólidos, embora pouco se saiba do seu impacto clínico na LMA. Este trabalho teve como objetivo avaliar a expressão dos genes PARP1, PARP2 e PARP3 e seu impacto nos desfechos clínicos de paciente adultos com LMA. Ao todo, 3 coortes independentes foram analisadas (Recife: 81 pacientes, TCGA: 173 pacientes e GSE6891: 245). Na coorte de TCGA e GSE, a expressão de PARP2 e PARP3 foi maior em pacientes com cariótipo complexo (p<0,001) e risco desfavorável (p<0,001). Além disso, a expressão aberrante de PARP2/3 teve impacto direto na sobrevida dos pacientes (PARP2, coortes TCGA (p=0,036) e GSE (p=0,006); PARP3, coortes TCGA (p=0,003) e GSE (p=0,001). A exemplo de tumores sólidos, a expressão aberrante de PARP2/3 pode predizer um pior desfecho em pacientes adultos com LMA.
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A fim de se obter uma melhor estratificação de risco, o impacto de alterações moleculares tem sido amplamente estudado em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA). Além de alterações estruturais e mutações no DNA, expressão aberrante de genes podem influenciar o curso clínico da doença. Nesse contexto, os membros da família PARP (do inglês, Poly(ADP-ribose) polymerases) (PARP1, PARP2 e PARP3), responsáveis por codificar proteínas capazes de exercer modificações pós-traducionais relacionadas a diversos processos celulares, foram descrito como importantes preditores de prognóstico em pacientes com tumores sólidos, embora pouco se saiba do seu impacto clínico na LMA. Este trabalho teve como objetivo avaliar a expressão dos genes PARP1, PARP2 e PARP3 e seu impacto nos desfechos clínicos de paciente adultos com LMA. Ao todo, 3 coortes independentes foram analisadas (Recife: 81 pacientes, TCGA: 173 pacientes e GSE6891: 245). Na coorte de TCGA e GSE, a expressão de PARP2 e PARP3 foi maior em pacientes com cariótipo complexo (p<0,001) e risco desfavorável (p<0,001). Além disso, a expressão aberrante de PARP2/3 teve impacto direto na sobrevida dos pacientes (PARP2, coortes TCGA (p=0,036) e GSE (p=0,006); PARP3, coortes TCGA (p=0,003) e GSE (p=0,001). A exemplo de tumores sólidos, a expressão aberrante de PARP2/3 pode predizer um pior desfecho em pacientes adultos com LMA.
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MARIA DA CONCEIÇÃO VIANA INVENÇÃO
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Construção de antígenos a partir de predição de epítopos como estratégia para o desenvolvimento de vacina de DNA contra o SARS-CoV-2
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Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO CARLOS DE FREITAS
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TATIANA RODRIGUES DE MOURA
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TERCILIO CALSA JUNIOR
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VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
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Data: 21/02/2022
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O rápido agravamento da pandemia da COVID-19 impulsionou o uso de plataformas vacinais de fácil edição. Nesse cenário, é interessante investir em vacinas multiepítopos que exploram todos os grupos de proteínas do vírus e a sua conservação para as variantes emergentes. O presente trabalho objetivou construir antígenos sintéticos multiepítopos de proteínas do SARS-CoV-2, como plataformas utilizadas para construção de vacina de DNA a partir de duas abordagens: epítopos descritos na literatura (I) e epítopos preditos a partir da sequência de referência (II). A abordagem I utilizou epítopos das proteínas S e N, adjuvantes e linkers disponíveis na literatura que foram clonados in silico e verificados os valores de imunogenicidade, conservação e cobertura populacional dos múltiplos epítopos. A construção conteve 15 epítopos, 3 adjuvantes e 5 linkers, tendo os epítopos em sua maioria conservados, com valores de imunogenicidade positivos e o conjunto obteve 90% de cobertura populacional. A abordagem II se baseou na sequência de referência para predizer e analisar epítopos das proteínas estruturais, nsP1, acessórias para identificar aqueles 100% conservados e com os maiores valores de cobertura populacional de cada proteína para compor a segunda construção. Foram preditos entre 420 e 36 epítopos para cada uma das proteínas supracitadas. Após as análises, 38 epítopos compuseram a 2° construção que teve 70% de cobertura mundial. Logo, o presente trabalho conseguiu construir antígenos sintéticos que para serem validados como vacina contra COVID-19.
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O rápido agravamento da pandemia da COVID-19 impulsionou o uso de plataformas vacinais de fácil edição. Nesse cenário, é interessante investir em vacinas multiepítopos que exploram todos os grupos de proteínas do vírus e a sua conservação para as variantes emergentes. O presente trabalho objetivou construir antígenos sintéticos multiepítopos de proteínas do SARS-CoV-2, como plataformas utilizadas para construção de vacina de DNA a partir de duas abordagens: epítopos descritos na literatura (I) e epítopos preditos a partir da sequência de referência (II). A abordagem I utilizou epítopos das proteínas S e N, adjuvantes e linkers disponíveis na literatura que foram clonados in silico e verificados os valores de imunogenicidade, conservação e cobertura populacional dos múltiplos epítopos. A construção conteve 15 epítopos, 3 adjuvantes e 5 linkers, tendo os epítopos em sua maioria conservados, com valores de imunogenicidade positivos e o conjunto obteve 90% de cobertura populacional. A abordagem II se baseou na sequência de referência para predizer e analisar epítopos das proteínas estruturais, nsP1, acessórias para identificar aqueles 100% conservados e com os maiores valores de cobertura populacional de cada proteína para compor a segunda construção. Foram preditos entre 420 e 36 epítopos para cada uma das proteínas supracitadas. Após as análises, 38 epítopos compuseram a 2° construção que teve 70% de cobertura mundial. Logo, o presente trabalho conseguiu construir antígenos sintéticos que para serem validados como vacina contra COVID-19.
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GUILHERME SANTANA BARBOSA
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AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE MOTIVOS DA PROTEÍNA DE LIGAÇÃO À POLI-A 1 (PABP1) NA INTERAÇÃO COM PARCEIROS EM Leishmania infantum
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Orientador : OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELLE MARIA NASCIMENTO MOURA
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FABIOLA BARBIERI HOLETZ
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ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
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OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
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Data: 25/02/2022
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Protozoários patogênicos do gênero Leishmania apresentam o controle da sua expressão gênica predominantemente pós-transcricional, onde diferentes proteínas de ligação ao RNA parecem atuar, como a proteína de ligação à cauda poli-A (PABP). Três homólogos de PABP apresentando elementos típicos destas proteínas foram descritos em Leishmania, com uma região N-terminal com quatro domínios de reconhecimento de RNA (RRMs), uma região de ligação e um domínio MLLE C-terminal. Este estudo objetivou melhor compreender a atividade da PABP1, ativa na tradução dos mRNAs e outros processos. A PABP1 associa-se a mRNAs específicos e ao complexo eIF4F constituído por EIF4E4 e EIF4G3. Mutantes nos RRMs 1 e 2, na região de ligação e no domínio MLLE foram obtidos previamente e identificados como importantes para a função da PABP1. Nesse trabalho, mutantes nos RRMs 3 e 4 foram gerados e avaliados quanto ao seu potencial de complementar a ausência da PABP1 nativa em Leishmania infantum, levando a identificação do motivo MLN, no RRM4, como crítico para a atividade da proteína. Para a PABP1 nativa ensaios de co-precipitação seguidos de análise por espectrometria de massa permitiram definir a sua interação com diferentes parceiros. Novos ensaios com as proteínas mutantes definiram os motivos LMW (RRM2), MLN e TGM (MLLE) como essenciais para a co-precipitação com os EIF4G3, EIF4E4 e a quinase CRK3, respectivamente, entre outros. Estes resultados são uma contribuição significativa no entendimento das funções da PABP1
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Tripanosomatídeos são protozoários flagelados que englobam agentes patogênicos dos gêneros Leishmania e Trypanosoma. Esses organismos exercem um controle da expressão gênica através de eventos predominantemente pós-transcricionais, muitos envolvendo o controle da estabilidade e tradução de RNAs mensageiros (mRNAs). Dentre as diferentes proteínas de ligação ao RNA (RBPs) participantes nesses eventos, a mais relevante deve ser a proteína de ligação à cauda poli-A (PABP). Três de seus homólogos foram identificados em Leishmania, todos estruturados em uma região N-terminal com quatro motivos de reconhecimento ao RNA (RRMs 1 a 4), uma região linker intermediária e um domínio MLLE presente na sua região C-terminal. O primeiro dos homólogos, a PABP1 se mostrou indispensável e fortemente ativa durante a tradução, além de uma associação com mRNAs diferentes dos associados às PABPs 2 e 3. Também foi observada uma forte afinidade da PABP1 para o complexo eIF4F baseado nas subunidades EIF4E4 e EIF4G3, com uma interação inédita identificada entre a PABP1 e o EIF4E4. Isoformas fosforiladas da PABP1 a indica como potencial alvo de processos regulatórios. Portanto, o presente estudo objetiva melhor compreender a atividade da PABP1, avaliando o papel de diferentes regiões desta proteína, incluindo sítios de possíveis interações proteína-proteína, na sua interação com outras proteínas parceiras, como a proteína de ligação a RNA denominada de RBP23. Ele dá continuidade a estudos prévios onde foram gerados mutantes em motivos julgados relevantes nos RRMs 1 e 2, na região linker e no domínio MLLE. Neste trabalho, diferentes construções mutantes nos RRMs 3 e 4 foram geradas por mutagênese sítio-dirigida e avaliadas quanto ao seu potencial de complementação após a deleção das duas cópias dos genes da PABP1 no genoma de Leishmania infantum. Como resultados preliminares, o mutante PABP1MLN, no RRM4,levou a uma diminuição no crescimento celular, e a proteína mutada se mostrou incapaz de complementar a ausência do gene PABP1 endógeno. Para todo o conjunto de mutantes disponíveis, estes foram avaliados em ensaios de imunoprecipitação in vivo, e as amostras obtidas analisadas por espectrometria de massas, visando avaliar cada uma das regiões da proteína frente à interações novas e já estabelecidas. Esse trabalho contribuirá no entendimento acerca da especificidade da PABP1 aos seus mRNAs alvos, bem como a participação de diferentes motivos nas interações estabelecidas por esta na durante a iniciação da tradução de tripanosomatídeos.
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DAYANE DA SILVA SANTOS
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Perfil fenotípico de resposta ao estresse em linhagens de Liquorilactobacillus vini defectivas para o gene rela
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Orientador : MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA TACIANA CAVALCANTI VIEIRA SOARES
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ANTONIO CARLOS DE FREITAS
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EVANDRO LEITE DE SOUZA
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MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
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Data: 04/03/2022
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A resposta estringe é uma via regulatória caracterizada pela produção da molécula sinalizadora (p)ppGpp, o alarmônio que tem efeito pleiotrópico na resposta a estresse. No entanto, sua função em bactérias lácticas ainda não está bem estabelecida. Liquorilactobacillus vini, é um contaminante da produção de etanol no nordeste brasileiro e modelo de resposta a estresse pelo nosso grupo de pesquisa. Deste modo, o objetivo deste estudo foi determinar o efeito de uma resposta estringente defectiva na linhagem JP 7.8.9 de L. vini em resposta a diferentes formas de estresse. O meio MRS foi utilizado nos cultivos e nos testes de tolerância a diferentes formas de estresse na temperatura padrão de 37°C. Nos cultivos da linhagem mutante foi acrescido a droga azitromicina na concentração final de 5 μg/mL. Foram determinados parâmetros de tolerância a diferentes formas de estresse através da determinação da concentração inibitória mínima (MIC), concentração bactericida mínima (MBC), curvas de crescimento em concentração sub-MIC e indução de tolerância cruzada. Além da estabilidade da parede celular através de curvas de lise. Os agentes estressores estudados foram ácido láctico, ácido acético, pH ácido, ajustado com ácido clorídrico, etanol e cloreto de sódio. A linhagem mutante apresentou um perfil de resposta estresse específico apresentando variações na MIC e MBC a diferentes formas de estresse. Padrão similar de resposta foi observado nos ensaios de tolerância cruzada. O ensaio de lise indicou que parede celular da linhagem mutante é mais frágil do que na linhagem parental Esses dados indicam que o gene relA em L. vini tem um papel central na fisiologia indo além do esperado para um gene de resposta a estresse.
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A resposta estringe é uma via regulatória caracterizada pela produção da molécula sinalizadora (p)ppGpp, o alarmônio que tem efeito pleiotrópico na resposta a estresse. No entanto, sua função em bactérias lácticas ainda não está bem estabelecida. Liquorilactobacillus vini, é um contaminante da produção de etanol no nordeste brasileiro e modelo de resposta a estresse pelo nosso grupo de pesquisa. Deste modo, o objetivo deste estudo foi determinar o efeito de uma resposta estringente defectiva na linhagem JP 7.8.9 de L. vini em resposta a diferentes formas de estresse. O meio MRS foi utilizado nos cultivos e nos testes de tolerância a diferentes formas de estresse na temperatura padrão de 37°C. Nos cultivos da linhagem mutante foi acrescido a droga azitromicina na concentração final de 5 μg/mL. Foram determinados parâmetros de tolerância a diferentes formas de estresse através da determinação da concentração inibitória mínima (MIC), concentração bactericida mínima (MBC), curvas de crescimento em concentração sub-MIC e indução de tolerância cruzada. Além da estabilidade da parede celular através de curvas de lise. Os agentes estressores estudados foram ácido láctico, ácido acético, pH ácido, ajustado com ácido clorídrico, etanol e cloreto de sódio. A linhagem mutante apresentou um perfil de resposta estresse específico apresentando variações na MIC e MBC a diferentes formas de estresse. Padrão similar de resposta foi observado nos ensaios de tolerância cruzada. O ensaio de lise indicou que parede celular da linhagem mutante é mais frágil do que na linhagem parental Esses dados indicam que o gene relA em L. vini tem um papel central na fisiologia indo além do esperado para um gene de resposta a estresse.
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APARECIDA JAYANE SAMPAIO MIRANDA
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Caracterização genética e patrilinhagens do cromossomo Y no interior de Pernambuco a partir de regiões Y-STRs
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Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
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MEMBROS DA BANCA :
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VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
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PAULA SANDRIN GARCIA
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SIMONE SILVA DOS SANTOS LOPES
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ROSANE SILVA
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Data: 12/05/2022
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Para o Estado de Pernambuco existe uma sub-representação em estudos genético-populacionais com marcadores Y-STRs, bem como no banco de dados mundial YHRD, sabidamente referência para diversas análises. Esse fato, somado à importância antropológica em apresentar detalhes da história populacional local, justificam o presente trabalho, que objetivou caracterizar as linhagens paternas e fornecer dados de interesse forense local para uma amostra da população de Pernambuco, por meio de um conjunto de 23 marcadores microssatélites do cromossomo Y (Y-STRs). Para este fim, 172 amostras masculinas oriundas de três mesorregiões do interior do estado foram coletadas e genotipadas utilizando o sistema multiplex PowerPlex ®Y23 (Promega Corporation). Os parâmetros forenses de frequências alélicas (FA), frequências haplotípicas (FH), diversidade gênica (DG), diversidade haplotípica (DH), capacidade de discriminação (CD) e probabilidade de coincidência haplotípica (PCH) foram calculados utilizando o programa Arlequin 3.5.2.2, bem como as comparações de distância genética pelo índice Fst, e a inferência dos haplogrupos foi realizada através da plataforma online Haplogroup predictor – HAPEST. Os dados obtidos para os parâmetros analisados revelarm uma alta diversidade gênica para os loci presentes, alta capacidade de discriminar haplótipos entre indivíduos aleatórios na população e baixa probabilidade de coincidir um mesmo haplótipo para dois indivíduos não aparentados, a inferência de haplogrupos baseada em haplótipos dos Y-STRs corroborou com a estrutura de patrilinhagens indicada para os demais estados brasileiros, com predominância daquelas europeias, sendo condizente com a história local de ocupação humana, ao passo que as distâncias genéticas foram menores para populações europeias e americanas, e maiores para as africanas.
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Existe uma sub-representação do estado de Pernambuco em estudos genético-populacionais com marcadores Y-STRs, bem como no banco de dados mundial YHRD, sabidamente referência para diversas análises. Esse fato, somado à importância antropológica em apresentar detalhes da história popul acional local, justificam o presente trabalho, que objetivou caracterizar as linhagens paternas e fornecer dados de interesse forense local para uma amostra da população de Pernambuco, por meio de um conjunto de 23 marcadores microssatélites do cromossomo Y (Y-STRs). Para este fim, 172 amostras masculinas oriundas de três mesorregiões do interior do estado foram coletadas e genotipadas utilizando o sistema multiplex PowerPlex ®Y23 (Promega Corporation). Os parâmetros forenses de frequências alélicas (FA), frequências haplotípicas (FH); diversidade gênica (DG), diversidade haplotípica (DH), capacidade de discriminação (CD) e probabilidade de coincidência haplotípica (PCH) foram calculados utilizando o programa Arlequin 3.5.1.2, e a inferência dos haplogrupos foi realizada através da plataforma online Haplogroup predictor – HAPEST. Os dados obtidos para os parâmetros analisados evidenciam a eficiência do kit PowerPlex Y23 na fração da população pernambucana para fins de validação forense, revelando uma alta diversidade gênica para os loci presentes, alta capacidade de discriminar haplótipos entre indivíduos aleatórios na população e baixa probabilidade de coincidir um mesmo haplótipo para dois indivíduos não aparentados, e a inferência de haplogrupos baseada em haplótipos dos Y-STRs corroborou com a estrutura de patrilinhagens já indicada para os demais estados brasileiros, sendo condizente com a história local de ocupação humana
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THAYS MARIA COSTA DE LUCENA
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Avaliação dos níveis de mRNA da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e Biomarcadores Inflamatórios na Síndrome Metabólica
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Orientador : JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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BRUNO DE MELO CARVALHO
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DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
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JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
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PAULA SANDRIN GARCIA
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Data: 08/07/2022
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A Síndrome Metabólica (SM) é um conjunto de manifestações clínicas cardio-metabólicas que contribuem diretamente para o risco de doenças cardiovasculares (DCVs). O sistema renina-angiotensina (RAS) é o principal mecanismo de regulação da pressão arterial, mas a atividade excessiva do seu componente, a enzima conversora de angiotensina (ACE), pode ocasionar inflamação crônica e ativar citocinas inflamatórias como IL-1β, IL-6 e IL-10, sendo consideradas biomarcadores na fisiopatologia da SM. Sendo assim, o objetivo desse estudo é avaliar e correlacionar a expressão gênica do ECA e biomarcadores inflamatórios obtidos através do sangue total de indivíduos com SM. Quanto à metodologia foi realizada a expressão relativa dos genes ACE, IL-1β, IL-6 e IL-10 em amostras de sangue total periférico de 133 indivíduos comparando a 24 controles saudáveis por meio da equação 2-ΔΔCq. Para a análise estatística foram realizados os testes de Shapiro-Wilk, Teste T Student e Mann-Whitney. Observamos expressão dos genes ACE (+2,226; p=9,4x10-5), IL-1β (+1,445; p=0,005129), IL-6 (+1,526; p=0,001483) e IL-10 (+1,304; p=1,202x10-6 no grupo de SM em relação aos controles. Indivíduos com lesão aterosclerótica grave obtiveram expressão dos genes ACE (+1,287; p=0,000371), IL-1β (+1,701; p=0,009549), IL-6 (+1,967 vezes; p=0,0004113) e IL-10 (+1,064; p=0,0002406). Nas lesões ateroscleróticas iniciais obteve expressão dos genes ACE (+2,565; p=0,0009058), IL-1β (+1,209; p=0,0487), IL-6 (+1,499; p=0,01411) e IL-10 (+1,586; p= 5,593x10-5). Ao analisar os indivíduos com 2 características clínicas, apenas os genes IL-10 (+1,792; p=0,002583) e IL-6 (-28,0779; p=0,001653) apresentaram significância estatística. Em relação à 1 característica clínica obtiveram dados estatisticamente significativos os genes ACE (+1,252; p=0,01936), IL-6 (-21,0464; p=0,01192) e IL-1β (+1,599; p=0,0002413). Este trabalho indica que a expressão dos genes ACE, IL-1β, IL-6 e IL-10 a partir de amostras de sangue total está associada a condições clínicas da SM e lesões ateroscleróticas e podem se tornar potenciais biomarcadores para prognóstico da SM
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A Síndrome Metabólica (SM) é um conjunto de manifestações clínicas cardio-metabólicas que contribuem diretamente para o risco de outras doenças crônicas, como Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e doenças cardiovasculares (DCVs). O sistema renina-angiotensina (RAS) é o principal mecanismo de regulação da pressão arterial, mas a atividade excessiva da enzima conversora de angiotensina (ACE), principal componente do RAS, pode ocasionar inflamação crônica, ativando citocinas pró-inflamatórias como IL-1β, IL-6 e TNF-α, sendo consideradas biomarcadores na fisiopatologia da SM. Sendo assim, o objetivo desse estudo é avaliar a expressão gênica do ACE e biomarcadores inflamatórios em pacientes com SM. O presente estudo avaliou a expressão relativa dos genes ACE e IL-6 em amostras de sangue total periférico de 17 indivíduos com SM, comparando a 15 controles saudáveis por meio da equação 2-ΔΔCq. Para a análise estatística foram realizados os testes de Shapiro-Wilk e Teste T Student. Observamos um aumento da expressão dos gene ACE em 2,53 vezes (p = 2,997x10-6) e IL-6 em 1,25 vezes (p = 0,9362) no grupo de pacientes em relação aos controles. Na análise estratificada das condições clínicas, encontramos aumento na expressão do ACE de 1,20 vezes (p = 0,1514) em pacientes obesos comparando aos indivíduos com sobrepeso. Foi observada ainda a diminuição da expressão deste gene de 1,10 vezes (p = 0,7834) e 1,28 vezes (p = 0,5899) na presença das características clínicas DM2 e dislipidemia, respectivamente. Quanto à expressão gênica da IL-6, observou-se aumento dos níveis de mRNA de 2,07 vezes (p = 0,1179) nos indivíduos obesos, enquanto nas características clínicas de DM2 e dislipidemia, houve a diminuição dos níveis de mRNA em 3,57 vezes (p = 0,3501) e 5,55 vezes (p = 0,003), respectivamente. Os resultados demonstram que a ACE e a IL-6, desempenham importantes atividades na fisiopatologia da SM, mas ao observamos as características clínicas estratificadas, estes genes estão intimamente relacionados com a obesidade. Desta forma, sugere-se que o aumento da expressão do ACE está relacionado à desregulação do RAS, e a expressão da IL-6 está envolvida ao desencadeamento da resposta inflamatória, nos indivíduos com SM.
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JESSYCA KALYNNE FARIAS RODRIGUES
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A influência de polimorfismos dos fatores de restrição viral TRIM5 e TRIM22 na transmissão vertical do HIV-1
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Orientador : SERGIO CROVELLA
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MEMBROS DA BANCA :
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MONICA LUCIA ADAM
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PAULA SANDRIN GARCIA
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SUELEN CRISTINA DE LIMA
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Data: 25/07/2022
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Mostrar Resumo
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A transmissão vertical do HIV-1 ocorre durante a gravidez, parto e/ou amamentação. No entanto, a maioria das crianças, mesmo expostas ao HIV-1, não são infectadas, sugerindo a presença de fatores de restrição limitando a infecção viral. Estudos demonstram que SNPs nos genes dos fatores de restrição TRIM5 e TRIM22 possuem impacto funcional, restringindo a replicação viral e modulando a suscetibilidade à infecção pelo HIV-1. Neste sentido, avaliamos as distribuições dos SNPs em TRIM5 (rs3740996/rs10838525) e TRIM22 (rs7935564/ rs1063303) e as suas relações com a transmissão vertical do HIV-1. O estudo envolveu 208 mulheres infectadas pelo HIV-1 e seus filhos, oriundos do Estado de Pernambuco. Através da caracterização clínica da população, foi verificado que a TARV durante a gestação e/ou parto, o parto cesáreo, a inibição da amamentação e a carga viral indetectável no final da gestação foram fundamentais na profilaxia da infecção em crianças expostas ao HIV-1 e devem ser ampliadas. Os alelos e genótipos G e GG (rs3740996), C e CC (rs10838525), A e A/G (rs7935564) e G e C/G (rs1063303) foram os mais frequentes entre as crianças expostas infectadas e não-infectadas, bem como entre as mães transmissoras e não transmissoras. Apesar de não encontrarmos associações significativas, o estudo foi pioneiro em abordar tais polimorfismos em uma população pediátrica exposta ao HIV-1. Novos estudos devem ser realizados para melhor compreensão da relação dessas variantes com a susceptibilidade ao HIV-1.
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As características genéticas do hospedeiro colaboram expressivamente na compreensão de mecanismos envolvidos na susceptibilidade às infecções. Estudos demonstram que SNPs em TRIM5 e TRIM22 possuem impacto funcional na atividade antiviral, restringindo a replicação viral e modulando a suscetibilidade à infecção pelo HIV-1. Neste sentido, o presente trabalho se propôs a avaliar as distribuições dos SNPs rs3740996, rs10838525, rs7935564 e rs1063303, e as suas relações com a transmissão vertical do HIV-1. O estudo envolveu 208 mulheres infectadas pelo HIV-1 e seus filhos, acompanhados no IMIP-PE. Através da caracterização clínica foi verificada a importância das medidas profiláticas. Os alelos G (rs3740996), C (rs10838525), A (rs7935564) e G (rs1063303) foram os mais frequentes entre as crianças expostas infectadas (88,4%, 81,0%, 54,5%, 55,8%, respectivamente) e não-infectadas (86,6%, 76,7%, 56,5%, 60,4%, respectivamente), bem como entre as mães transmissoras (89,9%, 82,6%, 51,8%, 57,2%, respectivamente) e não transmissoras (88,9%, 79,85%, 52,7%, 54,4%, respectivamente). Os genótipos G/G (rs3740996), C/C (rs10838525), A/G (rs7935564) e C/G (rs1063303) foram os mais frequentes entre as crianças expostas infectadas (76,8%, 67,8%, 50,0%, 41,9%, respectivamente) e não-infectadas (74,1%, 59,3%, 41,9%, 43,4%, respectivamente), bem como entre as mães transmissoras (82,1%, 66,3%, 57,3%, 54,2%, respectivamente) e não transmissoras (79,5%, 64,7%, 55,8%, 45,1%, respectivamente). No entanto, não foram encontradas associações significativas entre esses SNPs e a infecção pelo HIV-1. Novos estudos devem ser realizados para melhor compreensão da relação dessas variantes com a susceptibilidade ao HIV-1.
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ALDIANNE MILENE DOS SANTOS BARBOSA
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Avaliação de polimorfismo e expressão do gene CTLA-4 na resposta imune de pacientes com Síndrome de Turner
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Orientador : NEIDE SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
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MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
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MICHELLY CRISTINY PEREIRA
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NEIDE SANTOS
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Data: 30/08/2022
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A síndrome de Turner (ST) é um dos distúrbios cromossômicos humanos mais
comuns, definida citogeneticamente pela perda total ou parcial de um dos
cromossomos sexuais. Pacientes com ST apresentam um risco aumentado de
desenvolver doenças autoimunes e inflamatórias crônicas comparadas às
mulheres no geral. Genes relacionados com os processos de regulação da resposta
imune têm sido recentemente estudados nesta síndrome, incluindo o CTLA-4,
fundamental na atividade imunossupressora. Os objetivos deste estudo foram
investigar se há distribuição diferencial do SNP rs3087243 (G>A) do CTLA-4, bem
como uma expressão gênica diferencial, na amostra de pacientes com ST. A
análise do polimorfismo foi realizada em 112 pacientes ST, comparando as
frequências entre grupos ST com doenças autoimunes e inflamatórias crônicas
(n=38) e sem tais condições (n=74). Os níveis de mRNA do CTLA-4 foram avaliados
em pacientes ST (n=23) em comparação com um grupo controle saudável (n=21)
e entre pacientes ST, com (n=9) e sem doenças autoimunes/inflamatórias crônicas
(n=14), através da expressão gênica relativa. Os resultados indicam uma diferença
na distribuição alélica em relação a doenças autoimunes na ST e um possível efeito
protetor do genótipo GA em indivíduos saudáveis, porém, não foi possível
determinar a associação do SNP rs3087243 do gene CTLA-4 no contexto imune da
ST. Uma expressão reduzida do gene CTLA-4 foi observada nas pacientes ST em
comparação com o grupo controle (p=5.632e-07), indicando que possivelmente o
gene está relacionado a uma resposta imune alterada nesta amostra de pacientes
ST.
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A síndrome de Turner (ST) é um dos distúrbios cromossômicos humanos mais comuns, definida citogeneticamente pela perda total ou parcial de um dos cromossomos sexuais, com uma incidência de 1:2500 nascimentos de indivíduos femininos vivos. Pacientes com ST apresentam um risco aumentado de desenvolver doenças autoimunes e inflamatórias crônicas comparadas às mulheres no geral, característica apontada como uma das mais proeminentes da síndrome. Genes relacionados com os processos de regulação da resposta imune têm sido recentemente estudados na ST, incluindo CTLA-4, fundamental na atividade imunossupressora. O objetivo deste estudo foi investigar se há distribuição alélica e genotípica diferencial do SNP rs3087243 (G>A) do gene CTLA-4 na amostra de pacientes com ST. A análise do polimorfismo rs3087243 foi realizada em 112 pacientes ST, avaliando o SNP dentro do grupo de pacientes ST com doenças autoimunes e inflamatórias crônicas (grupo caso) e pacientes ST sem tais condições (grupo controle). Os ensaios de genotipagem foram realizados usando o sistema Taqman e os dados foram analisados no programa SNPStats, com nível de significância de 0.05. Os resultados indicam que apesar de uma distribuição alélica diferencial na análise de doenças autoimunes, o polimorfismo rs3087243 do gene CTLA-4 não está envolvido no contexto imune desta amostra de ST. Outros fatores podem alterar a função do gene, indicando que a investigação aqui realizada corrobora a necessidade da análise de outros genes para um melhor entendimento dos mecanismos relacionados ao desenvolvimento de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas na ST.
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JÉSSICA BARBARA VIEIRA VIANA
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Modificadores epigenéticos: genômica estrutural e funcional em plantas submetidas a diferentes tipos de condições estressantes
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Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA MARIA BENKO ISEPPON
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EDERSON AKIO KIDO
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ELISEU BINNECK
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JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
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ROMMEL THIAGO JUCA RAMOS
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Data: 08/04/2022
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Dentre as diversas culturas vegetais mais produzidas no Brasil, destacam-se a uva (Vitis vinifera L.) e o feijão-caupi (Vigna unguiculata L.) com elevados índices de produção anual, apresentando relevante importância social e econômica. Entretanto, a produtividade dessas culturas é frequentemente afetada, devido à ocorrência de estresses. Nesse contexto, as modificações epigenéticas compreendem ampla funcionalidade, sendo os processos de (de) metilação de DNA, (de) metilação das histonas e (de) acetilação das histonas participantes diretos no mecanismo de combate ao estresse (a) biótico. Esses processos são desenvolvidos pelas enzimas metiltransferases (MTases) e demetilases (dMTases) de DNA; metiltransferase (SDGs) e demetilases (JMJs) de histonas; e acetiltransferases (HATs) e desacetilases (HDACs) de histonas. O presente trabalho teve como objetivo analisar essas enzimas mediante abordagens genômica e transcriptômica. Essas enzimas foram analisadas considerando suas características estruturais, distribuição genômica, mecanismos de expansão genômica, conservação entre outras espécies vegetais, além dos padrões de expressão frente a estresse biótico e abiótico. Bibliotecas de RNA-Seq de acessos contrastantes da videira [genótipo resistentes (IAC-572) e suscetível (Red Globe)] so estresse biótico, bem como bibliotecas de RNA-Seq de feijão-caupi sob estresse biótico (injúria mecânica seguida de inoculação viral) e abiótico (desidratação radicular) foram analisadas. As enzimas identificadas no genoma da videira (MTases e dMTases) e do feijão-caupi (SDGs, JMJs, HATs e HDACs) apresentaram, em sua maioria, conservação de suas respectivas estruturas. Além disso, um alto índice de conservação dessas enzimas foi observado nos genomas de diferentes espécies vegetais. Os elementos cis-regulatórios identificados nos promotores foram associados a diferentes TFs que estão intimamente relacionados a resposta vegetal a condições adversas. Os dados de expressão gênica para os acessos contrastantes da videira indicaram que os transcritos induzidos podem auxiliar em uma estratégia molecular no genótipo resistente da videira analisado nesse estudo. Uma vez que, uma maior indução de modificadores epigenéticos foi observada nesse genótipo quando comparado ao genótipo suscetível. Os dados de RNA-Seq do feijão-caupi apontam para uma maior indução de modificadores epigenéticos na resposta a desidratação radicular quando comparada ao ensaio de injúria mecânica seguida de inoculação viral. Em suma, os resultados gerados nesse estudo agregam valor ao entendimento da dinâmica desses modificadores epigenéticos na resposta de vegetais a estresse, evidenciando sua pluralidade estrutural e funcional.
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A videira (Vitis vinifera L.) apresenta significativa importância social e econômica no Brasil. Entretanto, sua produtividade é frequentemente afetada, devido à ocorrência de estresses. Nesse contexto, as modificações epigenéticas compreendem ampla funcionalidade, sendo os processos de metilação e demetilação do DNA participantes diretos no mecanismo de combate ao estresse biótico. Esses processos são desenvolvidos pelas enzimas metiltransferases (MTases) e demetilases (dMTases), respectiavamente. O presente trabalho objetivou caracterizar e analisar a modulação da expressão dessas enzimas no transcriptoma da videira inoculada com Xanthomonas citri pv. viticola (Xcv). Foram identificadas no transcriptoma em questão seis VvMTases e três VvdMTases, todas apresentando domínios característicos de tais grupos de enzimas. A análise fenética indicou grupos de MTases e dMTAses diversificados, correspondentes às suas respectivas subfamílias, sendo possível confirmar a classificação previamente realizada a partir da identificação dos domínios. Adicionalmente, foram identificados no genoma da videira 12 loci codificadores de VvMTases e 3 de VvdMTases. Os promotores das VvMTases associaram-se aos fatores de transcrição AP2-EFR, Dof-type e WRKY, indicando uma ampla funcionalidade, incluindo resposta a estresse. Além disso, um alto índice de conservação dessas enzimas foi encontrado nos membros de diferentes famílias como, por exemplo, Fabaceae e Euphorbiaceae. Para o tempo de 90 minutos, os dados de transcriptômica indicaram expressão constitutiva para VvMTases e VvdMTases ao longo de todo ensaio. Essas enzimas com expressão constitutiva devem, portanto, ser potencialmente exploradas quanto à sua participação nos mecanismos de defesa vegetal.
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ALEIDE SANTOS DE MELO LIMA
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Avaliação do impacto isolado e aditivo de marcadores moleculares no desfecho clínico de pacientes adultos com leucemia mieloide aguda
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Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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FELIPE SALDANHA DE ARAUJO
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ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
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DOUGLAS RAFAELE ALMEIDA SILVEIRA
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LORENA LOBO DE FIGUEIREDO PONTES
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NEIDE SANTOS
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Data: 29/04/2022
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Atualmente, a estratificação de risco do grupo European LeukemiaNet (ELN) para leucemia mieloide aguda (LMA) é a mais aplicada na prática clínica, mas alguns autores defendem seu refinamento. Este estudo propõe-se a avaliar o impacto isolado e aditivo de marcadores moleculares no desfecho clínico de pacientes adultos com LMA. Para isso, três coortes foram utilizadas: The Cancer Genome Atlas (TCGA) como coorte de desenho e duas coortes de validação, uma externa disponível publicamente (GEO: GSE6891) e uma interna de pacientes tratados em hospitais brasileiros. Nós demonstramos que as mutações no gene DNMT3A de maneira isolada ou em cooperação com mutações NPM1 e FLT3-ITD impactam de maneira adversa o desfecho de pacientes LMA. A hiperexpressão de ID1 foi um preditor negativo para a sobrevida global (SG) na coorte TCGA e na coorte de validação interna. Nós propomos, também, um índice prognóstico baseado em transcriptoma (IPT) a partir do impacto aditivo da expressão dos genes PDE7B, IGF2BP3 e ST6GALNAC4. O IPT foi um fator prognóstico independente para a SG, sobrevida livre de doença e de eventos de pacientes com LMA, foi capaz de refinar a classificação ELN2010 e foi validado na coorte externa GSE6891. Entretanto, o IPT não foi validado em uma coorte interna de pacientes da “vida real”. O número de pacientes, o curto tempo de seguimento e as diferentes metodologias de análise de expressão gênica podem ter limitado as análises.
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Atualmente, a estratificação de risco para leucemia mieloide aguda (LMA) proposta pelo grupo European LeukemiaNet (ELN) é a mais aplicada na prática clínica, mas alguns autores defendem seu refinamento. Esse estudo se propõe a desenvolver um índice prognóstico baseado no impacto aditivo de genes no desfecho clínico de pacientes adultos com LMA. Para o desenho do índice, utilizou-se a coorte pública The Cancer Genome Atlas (TCGA) e, para validação, uma coorte externa disponível publicamente (GEO: GSE6891) e uma coorte interna de pacientes tratados em hospitais brasileiros. A classificação ELN2010 foi útil para predizer desfecho clínico nos pacientes brasileiros, embora com frequências de sobrevida inferiores as de países desenvolvidos. Em seguida, propôs-se um índice (IP) a partir da análise de mutações no gene TP53 e hiperexpressão de ID1, entretanto ele não se mostrou uma ferramenta robusta para a estratificação de risco da LMA. A hiperexpressão de ID1 foi um preditor negativo para a sobrevida global (SG) nas coortes TCGA e GSE6891, entretanto não apresentou impacto clínico na coorte Pernambucana. Propôs-se, então um índice prognóstico baseado em transcriptoma (IPT), com três grupos de risco, a partir do impacto aditivo da expressão dos genes PDE7B, IGF2BP3 e ST6GALNAC4. O IPT foi um fator prognóstico independente para a SG, sobrevida livre de doença e de eventos de pacientes com LMA e foi capaz de refinar a classificação ELN2010 e foi validado na coorte externa.
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BÁRBARA NATIELI SILVA PEREIRA
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Identificação molecular e diversidade genética de espécies de dípteros de interesse forense
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Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
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MEMBROS DA BANCA :
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VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
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RITA DE CASSIA DE MOURA
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MARTIN ALEJANDRO MONTES
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SILVIA HELENA BAREM RABENHORST
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SIMAO DIAS DE VASCONCELOS FILHO
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Data: 12/05/2022
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Dípteros necrófagos são frequentemente encontrados em locais de crime, sendo úteis, principalmente às formas imaturas, nos processos de estimativa do intervalo pós-morte e de identificação de vítimas e suspeitos. A identificação taxonômica dos espécimes é uma etapa crucial na rotina forense, a qual vem sendo facilitada graças ao uso de técnicas de biologia molecular. Utilizar marcadores moleculares robustos e conhecer a estrutura genética destas espécies é de suma importância para a eficácia das atividades periciais. O presente trabalho objetivou comparar dois marcadores moleculares mitocondriais úteis para a técnica barcode em dípteros de interesse forense e investigar a diversidade genética da espécie Chrysomya albiceps de populações de quatro continentes. Dípteros foram coletados nas dependências dos Institutos de Medicina Legal da Paraíba e Pernambuco e adicionalmente foram utilizadas amostras da coleção entomológica da Universidade de Brasília. A extração do DNA ocorreu utilizando fenol-clorofórmio e Chelex 10%, em seguida foram sequenciadas as regiões COI e CytB dos dípteros, realizada buscas por sequencias homologas no NCBI através de BLASTn e uma análise de distância genética foi executada no software MEGA. Por sua vez, a análise de diversidade genética da espécie C. albiceps ocorreu a partir de sequencias nucleotídicas da região barcode do COI obtidas no NCBI e analisadas nos softwares Mega, DnaSP e Network. Os resultados da identificação de dípteros mostram que a região do CytB proposta como barcode revelou-se mais robusta, apresentado valores de distância genética superiores aos do COI e que a espécie C. albiceps apresenta baixa diversidade genética e ausência de haplótipos exclusivos na América do Sul. Desta forma, concluímos que COI e CytB são boas regiões para a taxonomia molecular, no entanto o CytB é mais robusto e que a espécie C. albiceps possui pouca diversidade no gene COI, não sendo recomendada para analises de deslocamento de cadáveres.
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Dípteros necrófagos são frequentemente encontrados em locais de crime, seus espécimes, principalmente imaturos, auxiliam desde a estimativa do intervalo pósmorte a identificação de vítimas e suspeitos, em todos os casos a identificação do material biológico periciado é uma etapa crucial a qual vem contando com o auxílio da biologia molecular. Busca por marcadores moleculares robustos e metodologias sensíveis são de suma importância para corroborar na eficácia das atividades periciais. Desta forma, o presente trabalho objetivou comparar dois marcadores moleculares mitocondriais úteis para a técnica barcode em dípteros e criar um protocolo para recuperação de Short tandem repeat (STR) humano presente no conteúdo estomacal de dípteros larvais. Os dípteros foram coletados nas dependências dos Institutos de Medicina Legal da Paraíba e Pernambuco e adicionalmente foram utilizadas amostras da coleção entomológica da Universidade de Brasília. A extração do DNA ocorreu utilizando fenol-clorofórmio e Chelex 10%, em seguida foram sequenciadas as regiões COI e CytB dos dípteros, realizada buscas por sequencias homologas no NCBI através de BLASTn e uma análise de distância genética foi executada no software MEGA. O perfil humano presente no conteúdo estomacal das larvas será amplificado com o PowerPlex® Fusion System kit, analisado no GeneMapper e comparado com perfis de referência. Os resultados da identificação de dípteros mostram que a região do CytB proposta como barcode revelou-se mais robusta, apresentado valores de distância genética superiores a 150% aos do COI. Estes resultados contribuirão na eficiência da taxonomia molecular e proporcionaram celeridade nas atividades periciais.
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JOSE LEANDRO DE ANDRADE SANTOS
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Fatores do Hospedeiro Associados à Morte Celular na Recuperação Imunológica de Indivíduos HIV-1 Positivos Submetidos à Terapia Antirretroviral
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Orientador : RAFAEL LIMA GUIMARAES
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MEMBROS DA BANCA :
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LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
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MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
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PABLO RAMON GUALBERTO CARDOSO
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RAFAEL LIMA GUIMARAES
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SUELEN CRISTINA DE LIMA
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Data: 26/07/2022
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O objetivo do trabalho foi avaliar se fatores do hospedeiro podem influenciar na não recuperação imune (NRI) de indivíduos HIV-positivos sob terapia no contexto da morte celular. Variantes dos genes da via da piroptose IL18 (rs187238), IL1B (rs1143634), NLRP3 (10754558), CARD8 (2043211) e IFI16 (rs6940) foram avaliadas por sondas TaqMan alelo-específicas. Realizou-se uma análise genótipoguiada com o gene IL18, considerando o aspecto imunofenotípico de linfócitos T CD4+ gerais (CD3+CD4+) e recém-emigradas do timo (RTE) (CD4+CD31+) em piroptose (FLICA-Caspase1+). Foi analisado o perfil imunofenotípico utilizando o sexo como variável de risco à NRI em relação aos níveis de células T CD4+ RTE em piroptose. Foi realizada uma meta-análise com dados de RNA-seq, avaliando o perfil de expressão diferencial de células T CD4+ entre pacientes infectados e nãoinfectados com o HIV-1, seguido por análise de ontologia gênica (OG). O polimorfismo C>G no gene IL18 demonstrou uma menor susceptibilidade à não resposta imune tanto do alelo G (P=0.10) quanto do genótipo GG (P=0.022). Foi demonstrada a associação entre o polimorfismo rs187238 com os níveis de morte celular por caspase-1 (P=0.020). Observou-se que indivíduos com o genótipo GG possuem menores níveis de células T CD4+ RTE piroptóticas em comparação com o ancestral homozigoto CC (P=0.029) e o heterozigoto CG (P=0.018). O sexo masculino apresentou um maior nível de células T CD4+ RTE em comparação ao sexo feminino (P=0.035). A meta-análise evidenciou a expressão diferencial de 64 genes relacionados à dinâmica da infecção pelo HIV-1. A análise de OG encontrou dados relacionados às vias de resposta imune, migração e adesão celular, inflamação e apoptose, além das vias de sinalização Wnt, Notch e ERK/MAPK. Os dados encontrados neste estudo fornecem subsídios para uma melhor compreensão dos aspectos envolvidos com a morte celular em indivíduos HIV positivos não respondedores imunológicos.
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A deficiência na recuperação imunológica de indivíduos soropositivos submetidos à terapia antirretroviral apresenta-se num contexto multifatorial, em que um dos principais aspectos está ligado à destruição exacerbada de células T CD4+ por ativação de caspase-1. O objetivo do trabalho foi avaliar se fatores do hospedeiro ligados à morte celular por piroptose podem influenciar na recuperação imune da população avaliada. Foi analisado o perfil imunofenotípico em relação aos níveis de células T CD4+ recém-emigradas do timo (RTE) em piroptose por citometria de fluxo, evidenciando a influência do sexo como fator associado à não recuperação imune. Variantes dos genes da via da piroptose IL18 (rs187238), IL1B (rs1143634), NLRP3 (10754558), CARD8 (2043211) e IFI16 (rs6940) foram avaliadas por sondas TaqMan alelo-específicas. Realizou-se uma análise genótipo-guiada com o gene IL18, considerando o mesmo aspecto imunofenotípico anterior. O sexo masculino apresentou um maior nível de células T CD4+ RTE em comparação ao sexo feminino (P=0.035). O polimorfismo C>G no gene IL18 demonstrou uma menor susceptibilidade à não resposta imunológica tanto o alelo G (P=0.10) quanto o genótipo GG (P=0.022). Foi demonstrada a associação entre o polimorfismo rs187238 com os níveis de morte celular por caspase-1 (P=0.020). Observou-se que indivíduos com o genótipo GG possuem menores níveis de células T CD4+ RTE piroptóticas em comparação com o ancestral homozigoto CC (P=0.029) e o heterozigoto CG (P=0.018). Os dados encontrados neste estudo fornecem subsídios para uma melhor compreensão dos aspectos envolvidos com a morte celular em indivíduos HIV positivos não respondedores imunológicos.
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LÍGIA ROSA SALES LEAL
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Análise da imunogenicidade de vacinas de DNA multiepítopos contra o Zika vírus
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Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO CARLOS DE FREITAS
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ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
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CHRISTIAN ROBSON DE SOUZA REIS
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MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
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MARCUS VINICIUS DE ARAGÃO BATISTA
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Data: 27/07/2022
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A infecção por Zika vírus é associada a graves malformações fetais e complicações neurológicas em adultos, representando risco à saúde pública. No entanto, ainda não existem vacinas licenciadas para uso humano. Vacinas de DNA são plataformas altamente adaptáveis, eficientes, seguras e possuem rápida produção e bom custo-benefício, sendo opções interessantes para o desenvolvimento de estratégias vacinais. Neste trabalho, desenvolvemos dois candidatos a vacina de DNA contra o ZIKV, e avaliamos a imunogenicidade destes em ensaios com camundongos Balb/c. Para isso, foram utilizados 14 epítopos presentes nas proteínas do Envelope e NS1, preditos in silico como indutores de respostas mediadas por células T e B. Adicionamos o peptídeo sinal ssPGIP a um dos candidatos, como estratégia de otimização da imunogenicidade vacinal. As sequências foram clonadas no vetor de pVAX1 para expressão em mamíferos e utilizadas para a imunização dos camundongos. Após 21 dias, o período de imunização foi encerrado, o sangue e o baço dos animais foram coletados para análises bioquímicas, hematológicas e imunológicas. Até o presente momento, temos indícios que as duas vacinas de DNA testadas, pVAX_EnvNS1 e pVAX_ssEnvNS1, foram capazes de ativar linfócitos T CD4+ e T CD8+, bem como gerar resposta imune humoral de perfil Th1. Os dados obtidos indicam que a imunização com pVAX_ssEnvNS1 resulta em perfil polifuncional de produção de citocinas Th1, Th2 e Th17. Enquanto que a ativação de células T CD4+ e CD8+ observada para pVAX_EnvNS1 foi mais robusta e persistente.
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A infecção por Zika vírus é associada a graves malformações fetais e complicações neurológicas em adultos, representado risco a saúde pública. No entanto, ainda não existem vacinas licenciadas para uso humano. Vacinas de DNA são plataformas altamente adaptáveis, eficientes, seguras e possuem rápida produção e bom custo-benefício. Neste trabalho, propomos o desenvolvimento dois candidatos a vacina de DNA contra o ZIKV, e avaliação imunológica destas em ensaios com camundongos Balb/c. Para isso, foram selecionados 14 epítopos presentes nas proteínas do Envelope e NS1, preditos in silico como indutores de respostas mediadas por células T e B. Adicionamos ao peptídeo sinal ssPGIP a um dos candidatos, como estratégia de otimização da imunogenicidade vacinal. As sequências foram clonadas no vetor de pVAX para expressão em mamíferos e utilizadas para a imunização de camundongos BALB/c. Após o encerramento cronograma de imunização (28 dias), o sangue e baços dos animais foram coletados para análises bioquímicas, hematológicas, imunofenotipagem, isotipagem e análise de citocinas. Até o presente momento, temos indícios que as duas vacinas de DNA testadas, pVAX_EnvNS1 e pVAX_ssEnvNS1, foram capazes de ativar linfócitos T CD4+ e T CD8+, bem como gerar resposta imune humoral de perfil Th1. Os dados obtidos indicam que a imunização com pVAX_ssEnvNS1 resulta em perfil polifuncional com produção de citocinas dos perfis Th1, Th2 e Th17. Enquanto que a ativação de células T CD4+ e CD8+ observada para pVAX_EnvNS1 foi mais robusta e persistente. Como próximo passo, serão realizados ensaios de neutralização por redução de placas que auxiliaram na composição do perfil imunogênicos dos candidatos vacinais
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MARIA EDUARDA BEZERRA DE ALBUQUERQUE BORBOREMA
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Investigação do papel de hormônios esteróides [Vitamina D3 e 17β-Estradiol] na Tuberculose
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Orientador : JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
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LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
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MICHELLE CHRISTIANE DA S. RABELLO
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SUELEN CRISTINA DE LIMA
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VIRGINIA MARIA BARROS DE LORENA
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Data: 25/08/2022
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O objetivo deste trabalho foi avaliar como a vitamina D3 e o 17β-estradiol e seus respectivos receptores podem influenciar na resposta contra o Mycobacterium tuberculosis (Mtb). Para isso verificamos a associação entre polimorfismos do VDR, TLR4 e MYD88 e a susceptibilidade à tuberculose (TB), e acessamos os níveis de expressão do VDR, NLRP1, e NLRC4 em pacientes com TB. Além disso, verificamos se a vitamina D3 e o 17β-estradiol alteram o perfil de expressão do VDR, RXRα, RXRβ, ESR1, ESR2, CAV-1, NLRP3, DC-SIGN, IL-10 e IL-1β em cultura de PBMCs infectadas com a cepa Mtb H37Rv. O TagSNP rs4760648 (T/T) do VDR está associado a um maior risco, enquanto que os rs1540339 (T/T) e rs2228570 (T/T) estão associados a uma menor susceptibilidade à TB. A expressão do VDR também foi aumentada em pacientes com TB. O rs6853 (G/G) do MYD88 foi associado a uma menor suscetibilidade à TB em caucasianos. Enquanto que o rs7873784 (G/G) do TLR4 foi associado a uma maior suscetibilidade em afrodescendentes. Nas culturas de PBMCs infectadas com Mtb observamos que a vitamina D3 aumentou a expressão do ESR1 e ESR2 e que mesmo na ausência do ligante, esses genes são positivamente regulados. O CAV-1 foi regulado negativamente na infecção pelo Mtb, mas tem sua expressão aumentada na presença da vitamina D3. Podemos concluir que a vitamina D3 e o 17β-estradiol influenciam na resposta contra o Mtb.
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Doenças respiratórias infecciosas estão entre as três principais causas de morte no mundo, com destaque para tuberculose (TB) e COVID-19. Ambas, embora apresentem diferentes patógenos, Mycobacterium tuberculosis (Mtb) e SARS-CoV-2, respectivamente, são consideradas graves e epidêmicas. As suas taxas de infecção são semelhantes entre homens e mulheres, entretanto o número de complicações e óbitos decorrentes das duas infecções é maior em homens quando comparado às mulheres em idade fértil. Hormônios esteroides 17β- estradiol (E2) e vitamina D3 (VD3) podem desempenhar importantes papéis imunomoduladores surgindo como moléculas coadjuvantes no tratamento dessas doenças. Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar como como esses hormônios influenciam na resposta imune frente à inflamação causada por esses patógenos em modelos ex vivo e in vitro. Como resultados parciais, identificamos associação entre os SNPs VDR rs4760648 e rs2228570 e a susceptibilidade diferencial à TB. O mRNA do VDR apresentou expressão de -10,717 vezes, p=8,42x10-12 em pacientes com TB. Elencamos em uma revisão o possível papel do E2 na resposta imune ao SARS-CoV-2, uma vez que esse hormônio modula a resposta imune e regula uma reação inflamatória mais eficaz na COVID- 9. Verificamos que VD3 e E2, em cultura celular de PBMC, exercem papeis diretos na inflamação em resposta ao Mtb modulando a expressão de diversos genes da resposta imune. Assim, possibilitamos identificar vias pelas quais esses hormônios atuam na modulação da inflamação nessas patologias.
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BÁRBARA NAZLY RODRIGUES SANTOS
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Distribuição e padrões da contaminação ambiental porSARS-CoV-2 e desenvolvimento de um teste do tipo “point-of-care” para o diagnóstico da COVID-19
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Orientador : LINDOMAR JOSE PENA
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MEMBROS DA BANCA :
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ABELARDO SILVA JÚNIOR
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ANTONIO CARLOS DE FREITAS
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LINDOMAR JOSE PENA
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PAULA SANDRIN GARCIA
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RONALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA
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Data: 30/08/2022
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Mostrar Resumo
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A COVID-19 causada pelo SARS-CoV-2, disseminou-se mundialmente desde o seu primeiro registro no final de 2019 em Wuhan, China, sendo declarada como uma pandemia pela OMS. O SARS-CoV-2 infecta humanos e é altamente transmissível a partir do contato direto com pessoas infectadas, ou por contato indireto através de superfícies contaminadas. Atualmente, a técnica padrão-ouro para diagnóstico do SARS-CoV-2 é a RT-qPCR, porém por apresentar limitações, alguns métodos alternativos estão sendo explorados. Devido a sua sensibilidade, versatilidade, robustez e baixo custo, a técnica RT-LAMP tem sido aplicada para a detecção do SARS-CoV-2. Diante do exposto, este estudo teve por objetivo avaliar as medidas mais eficazes para controlar a pandemia da COVID-19, desde a análise da transmissibilidade em áreas urbanas públicas, até o desenvolvimento de uma plataforma diagnóstica baseada em RT-LAMP para detecção do SARS-CoV-2 em amostras humanas. Um total de 400 amostras de superfícies foram coletadas em fevereiro de 2021 no Recife, 24.2% foram positivas para o SARS-CoV-2 por RT-qPCR e 97.4% dos locais de coleta apresentaram pelo menos uma amostra de superfície contaminada. Em paralelo, ensaios RT-LAMP para detecção do SARS-CoV-2 foram conduzidos para padronização da técnica, avaliação da sensibilidade e especificidade, assim como validação clínica com 317 amostras humanas coletadas entre 2020 e 2021. O ensaio RT-LAMP apresentou elevada sensibilidade (~ 95%) e detectou o SARS-CoV-2 a partir de 15 minutos, sem necessidade de extração de RNA. O desempenho diagnóstico foi similar a RT-qPCR porém com otimização do tempo e custo cerca de 40x menor. Os dados apresentados fornecem informações quanto a dispersão do SARS-CoV-2 em Recife, cidade muito afetada pela COVID-19 e demonstra os pontos de controle críticos para interrupção da cadeia de transmissão do SARS-CoV-2. Além disso, visando controlar a pandemia em curso a partir da testagem em massa, a plataforma diagnóstica aqui desenvolvida servirá para aplicação em ponto de atendimento, especialmente em áreas com pouco recursos.
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A disseminação de Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenêmicos e o aumento do uso das polimixinas para tratamento de infecções causadas por esses microrganismos, contribuiu para a emergência de isolados resistentes a esses fármacos. Este estudo objetivou avaliar a relação genética e resistência à colistina e outras drogas em isolados de K. pneumoniae de um hospital universitário do Recife. Foram estudadas 16 cepas coletadas de 2014 a 2016, que tiveram o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos determinado por automação. A relação clonal foi estabelecida utilizando eletroforese em gel de campo pulsado e tipagem de sequência multilocus. A resistência à colistina foi avaliada em relação à presença do gene mcr, alterações nos genes dos sistemas de dois componentes - TCSs (phoPQ e pmrAB) e integridade do gene mgrB. A Identificação dos genes de beta-lactamases (blaKPC, blaTEM, blaCTX, blaSHV) também foi executada. Três pulsotipos foram definidos e a maioria dos isolados pertencem ao ST11. Um deles pertence ao ST3990, ainda não relatado. As sequências de inserção ISKpn13 e IS903B foram identificadas interrompendo o mgrB. Mutações foram observadas nos genes pmrB, phoP e phoQ. O gene mcr não foi detectado. Todos os isolados apresentaram mais de um gene de beta-lactamase. Esses resultados destacam a frequência de interrupção insercional do mgrB e mutações nos genes dos TCSs mediando a resistência à colistina em isolados policlonais de K. pneumoniae multirresistentes em um hospital público do Recife.
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VANESSA EMANUELLE PEREIRA SANTOS
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Genômica estrutural e transcriptômica de genes 14-3-3 expressos em feijão-caupi sob desidratação radicular e pinhão-manso sob estresse salino (NaCl)
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Orientador : EDERSON AKIO KIDO
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MEMBROS DA BANCA :
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EDERSON AKIO KIDO
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TERCILIO CALSA JUNIOR
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JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
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MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
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WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
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Data: 23/09/2022
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Estresses abióticos são os principais fatores que alteram o crescimento, desenvolvimento e produtividade dos vegetais. Para suportar tais condições, as plantas desenvolvem mecanismos fisiológicos, bioquímicos e moleculares. A resposta molecular ao estresse inclui a atividade de vários grupos de moléculas, incluindo os fatores gerais de regulação (GRF) 14-3-3s que são reguladores multifuncionais envolvidos em diversos processos desde à germinação até a resposta às condições desfavoráveis. Este estudo buscou identificar e caracterizar, a nível estrutural e funcional, a família gênica 14-3-3 de feijão-caupi e pinhãomanso. Para isto, 14-3-3s das duas espécies foram identificadas em bancos de dados e comparadas entre espécies evolutivamente próximas. Para cada espécie foram idenficadas nove isoformas com estrutura conservada, as quais apresentam alta similaridade entre espécies próximas aparentadas. A análise transcriptômica (RNA-Seq e HT-SuperSAGE) identificou dois transcritos 14-3-3 de feijão-caupi induzidos sob desidratação radicular no acesso Pingo-de-Ouro-1-2, considerado tolerante ao déficit hídrico e três transcritos RNA-Seq 14-3-3 de pinhão-manso induzidos sob imposição de 150mM de NaCl no acesso 171, considerado moderadamente tolerante ao sal. Redes PPI indicam a interação de 14-3-3s de feijão-caupi com vários grupos de fosfatases e, em pinhão-manso, foi evidenciada a posição central de um heterodímero 14-3-3 interagindo com alvos relacionados a resposta ao estresse, incluindo a H+-ATPase de membrana plasmática. Os resultados sugerem que a família gênica 14-3-3 está envolvida na resposta aos estresses de seca e sal e indicam alvos induzidos e importantes interatores que poderm ser explorados pelo melhoramento genético das espécies estudadas.
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O feijão-caupi é uma cultura de importância socioeconômica que, apesar de ser considerada tolerante à estresses abióticos, apresenta redução de produtividade mediante tais situações. Em condições de estresse, as plantas desencadeiam uma reprogramação transcriptômica para suportar condições desfavoráveis. As proteínas 14-3-3s são moléculas conservadas e multifuncionais que estão envolvidas em diversos processos desde à germinação de sementes até a resposta às condições desfavoráveis. Este estudo buscou identificar e caracterizar, a nível estrutural e funcional, a família gênica 14-3-3 do feijão-caupi. Para isto, transcritos 14-3-3s foram identificados a partir de sondas, desta e de outras cinco leguminosas. As sequências foram traduzidas e analisadas in silico quanto à estrutura, localização, conservação e características químicas. Foram identificadas nove isoformas com estrutura conservada e pequenas variações nas regiões N e C terminais. As 14-3-3s subdividem-se nos grupos Epsilon e não Epsilon com base na estrutura de organização éxon-ínton. Ortólogos foram encontrados em todas as leguminosas analisadas comparativamente. Bibliotecas HT-SuperSAGE e RNASeq foram utilizadas para analisar o perfil de expressão in silico das 14-3-3s, sob estímulo de desidratação radicular e salinidade. Os transcritos Vu14-3-3 apresentam respostas variadas, todavia, Vu14-3-3d e Vu14-3-3a foram upregulated para o acesso tolerante e down-regulated para o acesso sensível, mediante desidratação radicular, o que indica que estes podem ser alvos promissores à serem explorados no melhoramento genético da espécie.
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JOSÉ RAFAEL DA SILVA ARAUJO
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ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE DUAS PLANTAS MEDICINAIS: Commiphora leptophloeos E Anadenanthera colubrina var. cebil
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Orientador : ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS FERNANDO ARAUJO LIMA DE OLIVEIRA
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ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
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NEIDE SANTOS
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PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
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PEDRO MARCOS DE ALMEIDA
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Data: 29/11/2022
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As plantas medicinais são utilizadas por diferentes comunidades tradicionais de forma empírica, sendo necessários testes científicos que avaliem suas propriedades tóxicas e a eficácia das atividades biológicas. Tais informações contribuem para fomentar a fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil na atenção primária. No presente trabalho, extratos aquosos das cascas do tronco de Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett (Burseraceae) e de Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul foram avaliados quanto aos potenciais antioxidante, citotóxico, genotóxico e antigenotóxico. Os metabólitos secundários das cascas secas de cada espécie foram extraídos por decocção e em seguida liofilizados. Para avaliar o potencial antioxidante foram utilizados os testes DPPH, ABTS, fosfomolibdênio e poder redutor em 8 concentrações, variando de 0,7839 a 100 μg/mL. Os valores de CE50 variaram de 5,43 a 35,20 μg/mL para C. leptophloeos e de 4,45 a 42,15 μg/mL para A. colubrina var. cebil. As células de fibroblastos de murinos (L929) foram empregados para avaliar a citoxicicidade, genotoxicidade e antigenotoxicidade. Na avaliação da citotoxicidade, nenhuma das concentrações utilizadas (13 concentrações variando entre 1,56 e 6400 μg/mL) alterou a viabilidade celular para os extratos de ambas as espécies. Adicionalmente, nenhuma das concentrações avaliadas (6,25, 25, 100 e 400 μg/mL) apresentou genotoxicidade para ambas as espécies avaliadas. Com relação à antigenotoxicidade, apenas as cascas de A. colubrina var. cebil foram avaliadas (200 μg/mL), observando-se ausência de antigenotoxicidade contra o metil metanossulfonato. A mutagenicidade foi avaliada pelo teste de mutação reversa usando duas cepas Salmonella typhimurium. Nenhuma das concentrações (6,25; 25; 100; 400 e 1600 μg/placa) para ambas as cepas avaliadas induziu aumento de revertentes causando mutagenicidade. A avaliação fitoquímica por CLAE/EM das cascas de C. leptophloeos revelaram que a classe dos flavonoides, principalmente do tipo epicatequina, foi a mais abundante e provalmente contribuiu com os resultados observados. Dessa forma, sugere-se que o extrato aquoso das cascas de C. leptophloeos e de A. colubrina var. cebil apresentam potencial antioxidante promissor com ausência de citogenotoxicidade e de mutagenicidade para os testes realizados.
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A fitoterapia é utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil para atender a atenção primária. Mas antes de serem utilizadas pelo SUS, as plantas precisam de comprovação quanto às suas propriedades biológicas e toxicológicas. No presente trabalho, extrato aquoso das cascas de Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett (Burseraceae) foi avaliado quanto ao potencial antioxidante, citotóxico, genotóxico e antigenotóxico. A decocção do material seco foi realizada para extração dos metabólitos, seguida de liofilização. Para avaliar o potencial antioxidante foram utilizados os testes DPPH, ABTS, fosfomolibdênio e poder redutor em 11 concentrações, variando de 0,39 a 200 μg/mL. Os valores de EC50 foram determinados para cada teste: 5,00; 4,45; 42,15 e 38,62 μg/mL, respectivamente. As células de fibroblastos de murinos (L929) foram empregados para avaliar a citoxicicidade, genotoxicidade e antigenotoxicidade. No primeiro teste, nenhuma das concentrações utilizadas (13 concentrações variando entre 1,56 e 6400 μg/mL) alterou a viabilidade celular. No segundo teste, nenhuma das concentrações avaliadas (6,25, 25, 100 e 400 μg/mL) apresentou genotoxicidade. Por outro lado, a concentração de 200 μg/mL não exibiu antigenotoxicidade contra o metil metanossulfonato. Dessa forma, observa-se que o extrato aquoso das cascas de C. leptophloeos apresenta potencial antioxidante promissor com ausência de citogenotoxicidade, com base nos testes realizados, indicando o referido extrato para compor a fitoterapia do sistema de saúde do Brasil.
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MARIA LUIZA ROCHA DA ROSA BORGES
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ANEMIA DE FANCONI EM PERNAMBUCO: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E GENÉTICA
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Orientador : NEIDE SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ROBERTO RODRIGUES CAPELA DE MATOS
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MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
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MARIANA BRAYNER CAVALCANTI FREIRE BEZERRA
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NEIDE SANTOS
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TERESA DE SOUZA FERNANDEZ SEIXAS
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Data: 13/12/2022
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Anemia de Fanconi (AF) é uma doença rara, autossômica recessiva caracterizada por fragilidade cromossômica decorrente do defeito no sistema de reparo do DNA. A clínica da doença é heterogênea variando de pacientes assintomáticos até fenótipos mais graves que envolvem alterações na pele, baixa estatura, alterações esqueléticas e falência medular. O diagnóstico é realizado a partir do teste de fragilidade cromossômica usando agentes alquilantes como mitomicina C e/ou diepoxibutano ou, ainda pela identificação de mutações nos genes FANCS. No Brasil não existem dados epidemiológicos a respeito da doença e poucos centros realizavam o teste diagnóstico de fragilidade cromossômica, que era ausente nos centros na região Nordeste. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi diagnosticar através da MMC e traçar o perfil clínico e genético dos genes FANCs dos pacientes pediátricos com AF do estado de Pernambuco. No período de 2018 a março de 2022, foram estudados 16 de 100 pacientes suspeitos para AF. Dentre os pacientes AF foi observado uma pequena prevalência no sexo feminino (55%), e as principais alterações clínicas foram manchas café com leite (60%) e anormalidades esqueléticas (53%). A análise de citogenética da medula óssea realizada em oito pacientes AF, mostrou em caso a trissomia clonal do cromossomo 21. O estudo molecular realizado em 6 pacientes mostrou o acometimento do gene FANCA em 66,6% apresentando as seguintes mutações: c.2535_2526delCT, c.4011-2A>C, c.1475A>G e c.3788_3790delTCT. O outro gene acometido foi o FANCG (33%) apresentando as mutações: c.1077-2A>G e c.908T>C. A partir dos dados obtidos, foi possível traçar um perfil clínico, citogenético e molecular preliminar dos pacientes do estado de Pernambuco, favorecendo com os dados epidemiológicos para a região Nordeste. A anemia de Fanconi é uma doença subdiagnosticada no Brasil e a implantação do teste diagnóstico em PE proporcionou um diagnóstico precoce, e consequentemente um melhor acompanhamento aos pacientes, garantindo um melhor tratamento e qualidade de vida..
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Anemia de Fanconi é uma doença rara, autossômica recessiva caracterizada por fragilidadade cromossômica decorrente de defeito no sistema de reparo do DNA. A clínica da doença é heterogênea variando de pacientes assintomáticos até fenotipos mais graves que envolvem alterações na pele, baixa estatura, alterações esqueleticas e falência medular. O diagnóstico é realizado a partir do teste de fragilidade cromossômica usando agentes alquilantes como mitomicina C e diepoxibutano ou estudo por mutação nos genes FANCS. No Brasil não existem dados epidemiológicos a respeito da doença e poucos centros realizam o teste diagnóstico de fragilidade cromossômica, sendo ausente centros na região Nordeste. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos biomoleculares dos pacientes pediátricos com AF do estado de Pernambuco. No periodo de 2018 a 2020, 75 pacientes suspeitos para AF foram analisados, tendo 15 pacientes com diagnóstico confirmado através do teste de Mitomicina C. Dentre os pacientes AF+ foi observado uma pequena prevalência no sexo feminino (55%), presença de manchas café com leite (60%) e anormalidades esqueleticas (53%). Cinco pacientes AF+ realizaram a citogenética da medula óssea, onde quatro apresentaram cariótipo normal e um apresentou trissomia do cromossomo 21. A partir dos dados obtidos, foi possivel traçar um perfil clínico e biomolecular dos pacientes do estado de Pernambuco, favorecendo com os dados epidemiológicos para a região Nordeste. A anemia de Fanconi é uma doença subdiagnósticada no Brasil e a implantação do teste diagnóstico em PE, proporcionou um diagnóstico mais precoce, e consequentemente um melhor acompanhamento aos pacientes, garantindo um melhor tratamento e qualidade de vida para os pacientes AF.
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ELTON PEDRO NUNES PENA
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PROTEÔMICA RADICULAR DE CANA-DE-AÇÚCAR(Saccharum SPP.) ASSOCIADA A FUNGO MICORRÍZICO ARBUSCULAR SOB DÉFICIT HÍDRICO
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Orientador : TERCILIO CALSA JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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JOÃO DE ANDRADE DUTRA FILHO
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KATIA CASTANHO SCORTECCI
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MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
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MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
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TERCILIO CALSA JUNIOR
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Data: 19/12/2022
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O déficit hídrico é um dos principais fatores limitantes da produtividade da cana-de-açúcar, comprometendo o desenvolvimento da planta e podendo ocasionar perdas no canavial. A associação de plantas com organismos simbiontes como fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) podem mitigar os efeitos do déficit hídrico, pela
modulação da expressão de genes e o acúmulo de proteínas e metabólitos específicos. Entretanto, relativamente poucas informações estão disponíveis sobre os mecanismos moleculares envolvidos nesta interação com FMAs e estresses nas plantas. O objetivo deste trabalho foi analisar as alterações fisiológicas, morfométricas e proteômicas em raízes de cana-de-açúcar associada a FMAs e submetidas ao déficit hídrico. Variedades de cana-de-açúcar (RB867515 e RB041443) foram propagadas em vasos inoculados ou não com esporos de Dentiscutata heterogama (FMADH) ou de Claroideoglomus etunicatum (FMACC). Após quatro meses da inoculação, metade dos vasos foram submetidos ao estresse por déficit hídrico por sete dias. Posteriormente, foi retomado o fornecimento de água para a realização de análises de reidratação. A análise proteômica diferencial foi realizada utilizando as variedades RB867515 e RB041443 submetidas ao déficit hídrico, inoculadas ou não pelo FMADH. As proteínas radiculares foram extraídas por método fenólico, quantificadas pelo método de Bradford, e digeridas com tripsina. Os peptídeos obtidos foram submetidos à espectrometria de massas via ESI-Q-ToF. Os espectros obtidos foram analisados no programa Progenesis QI (Waters) para quantificação e identificação das proteínas diferencialmente acumuladas (DAPs). As DAPs foram agrupadas por processo biológico e analisadas quanto a interação entre elas. Ambas variedades apresentaram alterações morfométricas e fisiológicas, com destaque para variedade RB867515, no qual os FMAs interagiram de forma mais eficiente. O FMADH interagiu de forma
mais eficaz com as variedades RB867515 e RB041443. Na variedade RB867515 foi identificado um total de 399 proteínas e, destas, 29 foram DAPs, das quais 5 foram do tratamento não-inoculado com FMADH e 24 do tratamento inoculado com FMADH. Já na variedade RB041443 foi observado 60 DAPs no tratamento não-colonizado e 22 na condição colonizada. Dentre as proteínas identificadas, destacam-se as proteínas GDH, PLY10, Protoclorofila redutase sub. N independente de luz, SPINDLY, MDH citoplasmática e mitocondrial e desidratase
NAD(P)HX dependente de ATP. Os resultados obtidos podem auxiliar na elucidação dos mecanismos de tolerância da cana-de-açúcar ao déficit hídrico associado a FMAs e no desenvolvimento de variedades mais tolerantes.
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O déficit hídrico é um dos principais fatores limitantes da produtividade da cana-de-açúcar, comprometendo o desenvolvimento planta, podendo ocasionar perda do canavial. Associação de plantas com organismos simbiontes como fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) podem mitigar os efeitos do déficit hídrico, por modular a expressão de genes, acúmulo de proteínas e produção de metabólitos. Entretanto, existem poucas informações na literatura sobre os mecanismos envolvidos neste processo em plantas ocasionado pela associação com FMAs. O objetivo deste trabalho foi analisar as alterações fisiológicas e proteômicas das raízes de cana-de-açúcar associados a FMAs e submetidas ao déficit hídrico. Variedades de cana-de-açúcar (RB867515 e RB041443) foram propagdas em vasos inoculados ou não com esporos de Dentiscutata heterogama (FMADH) ou de Claroideoglomus clarum (FMACC). Após quatro meses de inoculação, metade dos vasos foram submetidos ao estresse por déficit hídrico por sete dias. Posteriormente, foi retomado o fornecimento de água para a realização de análises de reidratação. A análise proteômica foi realizada utilizando a variedade RB867515 submetida ao déficit hídrico, inoculadas ou não pelo FMADH. As proteínas radiculares foram extraídas pelo método fenólico, quantificadas pelo método de Bradford, e digeridas por tripsina. Os peptídeos obtidos foram submetidos à espectrometria de massas do tipo ESI-Q-ToF Synapt G2S (Waters). Os espectros obtidos foram analisados no programa Progensis QI (Waters) para identificação das proteínas diferencialmente acumuladas (DAPs). As DAPs foram agrupadas por processo biológico por meio do programa Blast2GO e observado a interação entre elas por meio do programa Cytoscape. Foi identificado um total de 399 proteínas, destas 29 são DAPs, das quais 5 foram do tratamento não-inoculado com FMA e 24 do tratamento inoculado com FMA. Dentre as proteínas identificadas, destaque para a proteína Receptor de ácidoabscisíco PYL10 mais acumulada no tratamento inoculado com FMA. Esta proteína é um receptor de ABA, envolvida com respostas a estresse, inibe a proteína fosfatase PP2C, permitindo que transcrição de genes que regulam inúmeras respostas na planta. Portanto, os dados obtidos podem auxiliar na elucidação dos mecanismos de tolerância da cana-de-açúcar ao déficit hídrico associado a FMAs e no desenvolvimento de variedades mais tolerantes.
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