Dissertações/Teses

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2023
Dissertações
1
  • DIEGO SANTANA JERONIMO DA SILVA
  • Perfil de Expressão dos genes da Via WNT de Sinalização em indivíduos com Nefrite Lúpica sob tratamento com imunossupressores: Estudo Prospectivo  

  • Orientador : PAULA SANDRIN GARCIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • DENISE MARIA DO NASCIMENTO COSTA
  • RONALDO CELERINO DA SILVA
  • Data: 28/02/2023

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  • A nefrite lúpica (NL) é uma das características clínicas mais comuns do Lúpus Eritematoso Sistêmico e atinge até 70% dos pacientes. Além disso, é um dos sintomas que mais provocam morbimortalidade nos pacientes com a doença. A busca por um biomarcador específico que consiga predizer a resposta e o direcionamento do tratamento da NL é um desafio para a clínica. Entre os biomarcadores propostos, fatores genéticos associados a resposta inflamatória e imunológica têm sido amplamente estudados. Nesse contexto, a Via WNT βcatenina tem sido apontada com papel importante nas doenças inflamatórias e autoimunes. Nesse sentido, o presente trabalho analisou o perfil de expressão gênica de genes da via WNT de sinalização em diferentes momentos durante o tratamento da NL, por meio de um estudo prospectivo. Para isso, foi selecionada uma coorte de 14 pacientes, de acordo com os critérios metodológicos de seleção. A população foi caracterizada por critérios clínico-laboratoriais e realizadas coletas de sangue periférico, para a posterior análise de expressão gênica. As coletas foram realizadas no início e em quatro momentos distintos do segmento de tratamento. Nossos resultados demonstraram que o gene WNT16 apresenta aumento significativo entre o diagnóstico (T=0M) e 3 meses após o segmento da terapia (T=3M) (p = 0.0078). A partir das análises, o estudo indica que o gene WNT16 pode ser um indicador de resposta ao tratamento, participando principalmente no momento de indução à terapia.

     


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  • A nefrite lúpica (NL) é uma das características clínicas mais comuns do Lúpus Eritematoso Sistêmico e atinge até 70% dos pacientes. Além disso, é um dos sintomas que mais provocam morbidade e mortalidade nos pacientes com a doença. A busca por um biomarcador mais específico e que consiga predizer a resposta e o direcionamento do tratamento da NL é um desafio para a clínica. Entre os biomarcadores propostos, fatores genéticos associados a resposta inflamatória e imunológicas têm sido amplamente estudados. Nesse contexto, a Via WNT βcatenina tem sido apontada com um papel importante nas doenças inflamatórias crônicas e aut oimunes. A partir disso, o presente trabalho buscou avaliar o perfil de expressão gênica de genes da via WNT de sinalização ( DKKI, SOST, LRP5, WNT2, WNT16 e BMP2) em diferentes momentos durante o tratamento da NL, por meio de um estudo prospectivo. Foram selecionados doze pacientes para o estudo avaliados clinicamente e que estavam de acordo com os critérios do estudo. Além disso,foram realizadas coletas de sangue periférico, para a posterior extração do RNA e síntese do cDNA, e análise de expressão gênica. As coletas foram realizadas no início da terapia de indução para a NL e 3 meses após o segmento de tratamento. Nossos resultados mostraram que o Score do SLEDAI e a dose de prednisona mostraram diferenças estatisticamente significativas quando comparados os tempos 0 e após 3 meses de tratamento (p = 0,01). Entretanto, a análise da expressão gênica não demonstrou diferença significativa entre os genes avaliados nos diferentes momentos avaliados. Desse modo, concluímos que o período de 0 a 3 meses para os parâmetros avaliados não foi suficiente para se obter resultados significativos tanto dos parâmetros clínicos e laboratoriais, quanto para o padrão de expressão dos genes avaliados, necessitando assim de um maior período de acompanhamento da coorte em estudo.

2
  • GIOVANNA BLOISE DE ALMEIDA
  • Perfil transcriptômico de lesões de pele de pacientes com Hidradenite Supurativa
  • Orientador : LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 24/03/2023

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  • A hidradenite supurativa (HS) é uma condição inflamatória da pele caracterizada
    clinicamente por nódulos profundos e dolorosos recorrentes, abscessos e tratos
    sinusais em áreas com glândulas apócrinas, como axilas, mamas, virilhas e
    nádegas. Apesar de muitos avanços recentes, o panorama fisiopatológico da HS
    ainda precisa ser esclarecido. Para elucidar a patogênese do HS, foi realizada uma
    meta-análise transcriptômica da pele a partir de estudos de sequenciamento de
    RNA (RNA-Seq) em pacientes com HS. Os achados corroboram a tríade HS
    composta por inflamação exacerbada, diferenciação epitelial alterada e sinalização
    do metabolismo desregulado. A regulação positiva de genes específicos, como
    KRT6, KRT16, genes da família das serpinas e SPRR3, confirma o envolvimento
    precoce dos folículos pilosos e o comprometimento da função da barreira da pele
    lesionada de HS. Além disso, os resultados sugerem que as adipocinas podem ser
    consideradas biomarcadores de HS e distúrbios relacionados ao metabolismo.
    Finalmente, a genotipagem identificou várias mutações em pacientes com HS
    sugerindo potenciais novos genes relacionados ao HS associados à forma
    esporádica desta doença. No geral, este estudo fornece informações sobre as vias
    moleculares envolvidas no HS e identifica potenciais biomarcadores relacionados
    à patogênese da HS.

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  • A hidradenite supurativa (HS) é uma condição inflamatória da pele caracterizada
    clinicamente por nódulos profundos e dolorosos recorrentes, abscessos e tratos
    sinusais em áreas com glândulas apócrinas, como axilas, mamas, virilhas e
    nádegas. Apesar de muitos avanços recentes, o panorama fisiopatológico da HS
    ainda precisa ser esclarecido. Para elucidar a patogênese do HS, foi realizada uma
    meta-análise transcriptômica da pele a partir de estudos sequenciamento de RNA
    (RNA-Seq) em pacientes com HS. Os achados corroboram a tríade HS composta
    por inflamação suprarregulada, diferenciação epitelial alterada e sinalização do
    metabolismo desregulado. A suprarregulação de genes específicos, como KRT6,
    KRT16, genes da família das serpinas e SPRR3, confirma o envolvimento precoce
    dos folículos pilosos e o comprometimento da função de barreira na pele lesionada
    de HS. Além disso, os resultados sugerem que as adipocinas podem ser
    consideradas biomarcadores de HS e distúrbios relacionados ao metabolismo.
    Finalmente, a genotipagem identificou várias mutações em pacientes com HS
    sugerindo potenciais novos genes relacionados ao HS associados à forma
    esporádica desta doença. No geral, este estudo fornece informações sobre as vias
    moleculares envolvidas no HS e identifica potenciais biomarcadores relacionados ao
    HS.
3
  • ANA BEATRIZ LUCAS DE MOURA RAFAEL
  • INVESTIGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS NO GENE CAV-1 COM COMPLICAÇÕES
    CEREBROVASCULARES EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM ANEMIA FALCIFORME
  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • PEDRO LUIZ DE FRANCA NETO
  • Data: 31/03/2023

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  • Dentre as complicações clínicas da anemia falciforme (AF), o acidente vascular
    cerebral (AVC) é a de maior gravidade. A ultrassonografia com Doppler
    transcraniano (DTC) é uma ferramenta de triagem que estratifica o risco de AVC,
    levando ao início da terapia profilática. Entretanto, o DTC apresenta algumas
    limitações intrínsecas, sendo necessária a identificação de novos indicadores que o
    auxiliem. O CAV1 é um gene interessante para avaliação desse risco e é
    responsável por codificar a proteína caveolina-1. Essa proteína regula processos
    que estão envolvidos com a fisiopatologia do AVC na AF e está principalmente
    envolvida na diminuição da biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), importante
    vasodilatador. Para este estudo foram selecionados 3 polimorfismos no gene CAV1:
    rs3807989 (G>A), rs7804372 (T>A) e rs1997623(A>C). Selecionamos 339
    indivíduos com AF menores de 20 anos de idade acompanhados na Fundação de
    Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), Recife-PE. As
    genotipagens para os polimorfismos ocorreram por PCR em tempo real com
    discriminação alélica utilizando sondas TaqMan no aparelho QuantStudio® 5. Os
    polimorfismos rs3807989 e rs7804372 não se mostraram associados
    estatisticamente com as variáveis analisadas. Já o rs1997623 demonstrou
    associação estatisticamente relevante com o AVC (p=0,003) e Doença
    Cerebrovascular (P=0,011). Além disso, o alelo selvagem "A" demonstrou estar mais
    relacionado com o AVC (P = 0.0032; OR: 2.568; IC: 1.374 – 4.655) e com a DCV (P
    = 0.0092; OR: 1.950; IC: 1.205 – 3.160) quando comparado ao alelo variante "C".
    Estes achados conferem ao rs1997623 um caráter protetivo contra essas condições
    avaliadas, sendo necessários ainda estudos futuros para a confirmação destes
    resultados visto que o AVC é uma doença multifatorial.

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  • Dentre as complicações clínicas da anemia falciforme (AF), o acidente vascular cerebral (AVC) é a de maior gravidade. A ultrassonografia com Doppler transcraniano (DTC) é uma ferramenta de triagem que pressagia o risco de AVC, levando ao início da terapia profilática, mas apresenta algumas limitações intrínsecas, sendo necessária a identificação de novos indicadores que o auxiliem. O CAV1 um interessante modulador molecular para avaliação desse risco sendo responsável por codificar a proteína caveolina-1, que regula vias de sinalização e processos que estão envolvidos com a fisiopatologia do AVC na AF, principalmente por regular negativamente a biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), importante vasodilatador. Para este estudo foram selecionados 3 polimorfismos no gene CAV1: rs3807989, rs7804372 e rs1997623. Selecionamos 339 indivíduos com AF menores de 20 anos de idade acompanhados na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), Recife-PE. As genotipagens para os polimorfismos ocorreram por PCR em tempo real com discriminação alélica utilizando sondas TaqMan no aparelho QuantStudio® 5. Os polimorfismos rs3807989 e rs7804372 não se mostraram associados estatisticamente com as variáveis analisadas. Já o rs1997623 demonstrou associação estatisticamente relevante com o AVC (p=0,003) e Doença Cerebrovascular (P=0,011). Além disso, o alelo selvagem "A" demonstrou estar mais relacionado com o  AVC (P = 0.0032; OR: 2.568; IC: 1.374 – 4.655) e com a DCV (P = 0.0092; OR: 1.950; IC: 1.205 – 3.160) quando  comparado ao alelo mutado "C", conferindo ao rs1997623 caráter protetivo contra essas condições avaliadas, sendo necessários ainda estudos futuros para a confirmação destes resultados visto que o AVC é uma doença multifatorial.

4
  • DANÍZIA MENEZES DE LIMA SILVA
  • Investigação da associação de polimorfismos nos genes MMP2 e MMP9 com complicações cerebrovasculares em pacientes pediátricos com anemia falciforme
  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BETANIA LUCENA DOMINGUES HATZLHOFER
  • PEDRO LUIZ DE FRANCA NETO
  • WILL DE BARROS PITA
  • Data: 31/03/2023

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  • As metaloproteinases de matriz 2 e 9, são responsáveis pela remodelação da matriz
    extracelular além de estarem diretamente relacionadas com processos inflamatórios
    e de caráter neurológico, o que as coloca como grandes candidatas a moduladoras
    da fisiopatologia da anemia falciforme (AF), em especial das complicações de caráter
    cerebrovascular. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência e possível
    associação dos polimorfismos nos genes MMP2 e MMP9 com o desenvolvimento de
    complicações cerebrovasculares em pacientes pediátricos com AF. No estudo foram
    incluídos 364 pacientes pediátricos entre 2 e 20 anos (mediana de idade de 14 anos)
    acompanhados na fundação HEMOPE, e foi realizada a genotipagem para os
    polimorfismos rs243865 do gene MMP2 e rs17576 do gene MMP9 por meio de PCR
    em tempo real com sondas TaqMan®. Nenhuma associação foi observada entre o
    polimorfismo rs243865 com as complicações cerebrovasculares e variáveis
    laboratoriais analisadas no estudo. Já em relação ao polimorfismo rs17576 não foram
    observadas associações com as complicações cerebrovasculares em questão, mas
    foi observada uma associação com as variáveis laboratoriais: número de células
    vermelhas (RBC) p=0,032, bilirrubina total (BT) p=0,003 e bilirrubina indireta p=0,007
    nos trazendo hipóteses sobre uma possível participação da MMP9 com o perfil
    hemolítico da doença. De forma geral, a influência de ambos os genes quanto ao
    desenvolvimento das complicações cerebrovasculares na AF precisam ser melhores
    investigados em diferentes populações

  • Mostrar Abstract
  • As metaloproteinases de matriz 2 e 9, são responsáveis pela remodelação da matriz extracelular além de estarem diretamente relacionadas com processos inflamatórios e de caráter neurológico, o que as coloca como grandes candidatas a moduladoras da fisiopatologia da anemia falciforme (AF), em especial das complicações de caráter cerebrovascular. Este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto e possível associação dos polimorfismos nos genes MMP2 e MMP9 com o desenvolvimento de complicações cerebrovasculares em pacientes pediátricos com AF. No estudo foram selecionados 364 pacientes pediátricos entre 2 e 20 anos (mediana de idade de 14 anos) acompanhados pela fundação HEMOPE, e foi realizada a genotipagem para os polimorfismos -1306 C>T (rs243865) do gene MMP2 e rs17576 do gene MMP9 por meio de PCR em tempo real com sondas TaqMan®. Nenhuma associação foi observada entre o polimorfismo rs243865 com as variáveis clinicas e laboratoriais analisadas. Já em relação polimorfismo rs17576 apesar de não ter sido observada uma associação com nenhuma variável clínica, uma associação inusitada com três variáveis laboratoriais foi encontrada; número de células vermelhas (RBC) p=0,032, bilirrubina total (BT) p=0,003 e bilirrubina indireta p=0,007.De forma geral esses resultados nos trazem reflexões controvérsias sobre a real participação das gelatinases da modulação da AF abrindo fronteiras para novas análises através de novas perspectivas.

Teses
1
  • RAYSA SAMANTA MORAES LARANJEIRA
  • Polimorfismos e perfil de expressão de genes do
    inflamassoma em pacientes com Síndrome de Turner
  • Orientador : NEIDE SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MATHEUS FILGUEIRA BEZERRA
  • NEIDE SANTOS
  • SUELEN CRISTINA DE LIMA
  • Data: 15/02/2023

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  • A síndrome de Turner (ST) é uma das cromossomopatias mais frequentes em humanos, acometendo cerca de 1:2500 nascimentos do sexo feminino. Essas pacientes apresentam um risco duas vezes mais elevado de desenvolver doenças autoimunes e desordens inflamatórias comparadas às mulheres em geral. Vários genes que estão envolvidos com o contexto imune e inflamatório vêm sendo avaliados e relatados quanto ao risco às desordens inflamatórias e imunes na ST. Contudo, não há relatos sobre a possível associação de alterações no perfil de ativação do inflamassoma nesta sindrome. O objetivo deste trabalho foi investigar a possível associação entre polimorfismos e expressão nos genes do inflamassoma com o contexto inflamatório na ST. Além disso, avaliamos a influência do 17β-estradiol (E2) in vitro no perfil de expressão do inflamassoma em pacientes ST e controles. O estudo de associação incluindo 92 pacientes ST (caso) e 146 controles saudáveis (HC), para polimorfismos nos genes IL-1β e NLRP3, foi realizado usando ensaios de genotipagem TaqMan. A expressão gênica de IL-1β, NLRP3 e NLRP1, avaliada em 17 pacientes ST e 17 controles, foi realizada usando sondas fluorogênicas baseadas em qPCR. Posteriormente foi avaliada a expressão dos genes IL-1β e NLRP3 em cultivo de PBMCs com e sem tratamento de E2 e estímulo com LPS em oito pacientes ST e oito controles. Diferenças na distribuição alélica e genotípica foram observadas em IL-1β rs16944 e NLRP3 rs4925659 em ST e HC. A expressão gênica de IL-1β e NLRP3 foi regulada negativamente (FC=-6.78, p=1.032e-10 e FC=-15.73, p= 9.075e-10, respectivamente) e NLRP1 foi regulado positivamente (FC=21.5, p=5.925e-08) em ST comparado com HC. Em contrapartida, NLRP3 foi regulado positivamente (FC=9.87, p=0.002) e IL-1β foi
    regulado negativamente (FC=-1.59, p=0.711) em PBMCs de pacientes ST comparado ao controle. Nossos resultados indicam uma distribuição diferencial dos polimorfismos IL-1β e NLRP3 em pacientes com ST. Além disso, alterações na expressão dos genes IL-1β, NLRP3 e NLRP1 podem conferir desequilíbrio inflamatório nessas pacientes e o E2 parece suprimir a expressão de NLRP3 e IL- 1β na ST.

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  • A síndrome de Turner (ST) é uma das cromossomopatias mais frequentes em humanos, acometendo cerca de 1:2500 nascimentos do sexo feminino. Essas pacientes apresentam um risco duas vezes mais elevado de desenvolver doenças autoimunes e desordens inflamatórias comparadas às mulheres em geral. Vários genes que estão envolvidos com o contexto imune e inflamatório vêm sendo avaliados e relatados quanto ao risco às desordens inflamatórias e imunes na ST. Contudo, não há relatos sobre a possível associação de alterações no perfil de ativação do inflamassoma nesta sindrome. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi determinar se polimorfismos nos genes rs16944 IL-1β e rs10754558 e rs4925659 NLRP3, bem como se o perfil de expressão destes genes conferem susceptibilidade às desordens inflamatórias na ST, comparando ao grupo controle.
    Este estudo compreendeu 92 pacientes com ST (caso) com ou sem história de doenças inflamatórias e 146 mulheres saudáveis (controle). A análise dos polimorfismos foi realizada utilizando o sistema Taqman e os dados foram analisados pelo programa SNPStats, com nível de significância de 0,05. Associações estatisticamente significantes foram observadas no alelo G de rs16944 (A>G) (
    p=0.001, OR=1.83) e genótipo GG (p=0.002, OR=3.09) no grupo caso comparado ao controle. Em contraste, não foram observadas diferenças na distribuição de rs10754558 (G>C) entre caso e controle (p=1.0 e p=0.6). Não detectamos o genótipo homozigoto AA de rs4925659 (G>A) em TS, e o alelo G e o genótipo GG foram significativamente mais frequentes em controles do que em TS (p=0.02, OR=0.61), embora nossa população para este polimorfismo não esteja no equilíbrio de Hardy-Weinberg. Nossos resultados sugerem uma possível associação do polimorfismo IL-1β rs16944 e o risco de desordens inflamatórias em pacientes com ST.

2
  • MARINUS DE MORAES LIMA
  • IMPORTÂNCIA CLÍNICA E PROGNÓSTICA DO DNA MITOCONDRIAL NA
    LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA

  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO XAVIER CARNEIRO
  • RONALD FEITOSA PINHEIRO
  • ADERSON DA SILVA ARAUJO
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • Data: 27/02/2023

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  • A leucemia mielóide aguda (LMA) é uma neoplasia do sistema hematopoiético caracterizada por alterações genéticas de origem clonal que leva a um bloqueio na maturação, aumento da proliferação e uma reprogramação metabólica com consequente aumento da atividade mitocondrial dos precursores mieloides. Uma das maneiras de se avaliar a ativdade mitocondrial de uma célula é por meio da quantificação do DNA mitocondrial (mtDNA). Este vem sendo amplamente estudado em vários tumores sólidos como um marcador metabólico capaz de predizer processos essenciais para manutenção celular. Contudo, muito pouco se sabe sobre seu papel na fisiopatologia da LMA. O objetivo dessa tese é avaliar a importância clínica da quantificação do DNA mitocondrial em pacientes adultos com diagnóstico recente de LMA. No total, foram analisadas duas coortes independentes: uma composta por 156 pacientes com leucemia promielocítica aguda (LPA) e outra formada por 482 pacientes com LMA não-LPA. Na primeira coorte foi demonstrado que pacientes com alto conteúdo de mtDNA tiveram melhores desfechos clínicos (maior sobrevida libre de doença [SLD] e menor incidência cumulativa de recidiva [ICR]), independentemente da carga tumoral. Esses resultados foram mais evidentes no grupo de pacientes de baixo risco de recaída. Já na segunda coorte, os pacientes com alto conteúdo de mtDNA foram associados à piores desfechos quando comparados com os pacientes com conteúdo normal de mtDNA. Um alto conteúdo de mtDNA foi independentemente associado a menor SLD e aumento da ICR.


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  • A Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é uma neoplasia caracterizada pela infiltração da medula óssea, sangue periférico e outros órgãos por células proliferativas, clonais anormalmente diferenciadas do sistema hematopoiético. É um grupo heterogêneo de alterações clonais que levam a um bloqueio na maturação e/ou uma proliferação de precursores mieloides. A reprogramação metabólica é uma das marcas emergentes em LMA. Porém, devido à alta heterogeneidade molecular observada entre os diferentes pacientes, o estudo do estado metabólico em células leucêmicas pode ser desafiador, já que alguns pacientes com LMA também apresentam aumento da atividade mitocondrial, o que pode está relacionado a desfechos adversos. O DNA mitocondrial (mtDNA) vem amplamente estudado por estar envolvido em múltiplos processos celulares, principalmente no controle do metabolismo energético. Em células somáticas, cada mitocôndria possui em torno de 2 a 10 cópias de mtDNA, podendo variar consideravelmente dependendo do tipo de célula, estágio de diferenciação, tecido de origem, atividade metabólica, resposta ao estresse oxidativo e processos patológicos, como a tumorigênese, podendo configurar uma maior resistência da célula clonal. O objetivo dessa tese é avaliar qual a importância da quantificação do DNA mitocondrial em pacientes com diagnóstico recente de Leucemia Mielóide Aguda, associando o número de cópias de DNA mitocondrial com outras alterações moleculares associadas e estabelecer correlações com o escore de risco citogenético adaptado (AGR), demonstrando o seu papel prognóstico. Foram analisadas duas coortes: uma com pacientes com diagnóstico de leucemia promielocítica aguda (LPA) e outra com pacientes
    com LMA (excluindo pacientes com LPA), ambas comparando com voluntários normais. Na primeira coorte foi demonstrado que pacientes com alto conteúdo de mtDNA tiveram melhores resultados, independentemente da carga do tumor. Esses resultados foram mais evidentes em pacientes de baixo risco. Já na segunda coorte, os pacientes com alto conteúdo de mtDNA foram estratificados com piores desfechos quando comparados com os pacientes com conteúdo normal de mtDNA. os altos níveis de mtDNA foi independentemente associado a menor sobrevida livre de doença (SLD) e aumento da incidência cumulativa de recidiva (ICR), denotando como possível marcador prognóstico. A possibilidade de estudar e descobrir dependências específicas do metabolismo de energia e /ou suas ligações com o microambiente das células poderá abrir novos caminhos de pesquisa e, em última análise, novas opções de tratamento para Pacientes com LMA.
3
  • WENDELL PALOMA MARIA DOS SANTOS REIS
  • Análise da influência de polimorfismos nos genes ACE2, MTHFR, AnxA2, DDX58, RelA e IL-6 em desfechos clínicos da COVID-19 em uma população de Pernambuco

  • Orientador : LINDOMAR JOSE PENA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • JURANDY JÚNIOR FERRAZ DE MAGALHÃES
  • LINDOMAR JOSE PENA
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • NEIDE SANTOS
  • Data: 28/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • COVID-19 é uma doença respiratória com diferentes desfechos clínicos que podem estar relacionados à idade, o sexo, a presença de morbidades e a variabilidade genética viral e/ou hospedeira. Variações em genes de vias envolvidas na entrada viral, na coagulação e no processo inflamatório têm sido associadas aos desfechos graves da COVID-19. Neste sentido, investigamos a distribuição alélica e genotípica de SNPs nos genes ACE2(rs228566), MTHFR(rs1801133), ANXA2(rs7163836 e rs7170178), DDX58(rs10813831), RelA(rs7101916) e IL6(rs1800795) e suas possíveis relações com a gravidade da COVID-19. Para isso, foram utilizadas amostras de swab nasofaríngeo e dados clínico-epidemiológicos de 312 indivíduos diagnosticados com COVID-19. Destas, 100 amostras foram selecionadas aleatoriamente e submetidas a extração de DNA genômico por diferentes métodos (Chelex, Fenol/Clorofórmio e kit comercial), para selecionar o método mais adequado para as análises genéticas. Posteriormente, foi realizada a genotipagem através de PCR em tempo real usando sondas alelo-específicas, bem como a estratificação dos indivíduos quanto a gravidade em casos: leves(CL), graves(CG) e fatais(CF). A extração de DNA por chelex, mostrou-se mais barata, rápida e adequada para amostras nasofaríngeas. Entre os indivíduos com COVID-19, febre e tosse foram os sintomas mais frequentes (>76% em ambos) entre os CL, enquanto tosse (89,1%), baixa saturação (82,6%) e dispneia (78,3%) foram os mais comuns entre os CG. Nos CF, dispneia (85,7%), baixa saturação e tosse (ambos 75,7%) foram predominantes. Quanto as morbidades, doenças cardiovasculares (29,3% e 15,7% respectivamente) e diabetes mellitus (25% e 14,3% respectivamente) predominaram entre os CG e CF. Dentre as variantes genéticas, os genótipos A/G (rs7170178 em ANXA2) e G/G (rs10813831 em DDX58) foram associados a uma maior susceptibilidade à mortalidade por COVID-19 e os genótipos C/C e C/T (rs7101916 em RelA) foram associados à gravidade da doença. Novos estudos com abordagens genômicas e funcionais de variantes de ANXA2, DDX58 e RelA são necessárias para uma melhor compreensão do papel desses genes nos desfechos da COVID-19.


  • Mostrar Abstract
  • A COVID-19 apresenta manifestações clínicas que vão desde a ausência de sintomas até complicações graves. Diferentes desfechos podem estar relacionados a fatores como: idade, sexo, morbidades e variabilidade genética viral e do hospedeiro. Polimorfismos em genes envolvidos em coagulopatias têm sido associados a resultados graves de COVID-19. Investigamos a distribuição alélica e genotípica de polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos genes ACE2 (rs228566), MTHFR (rs1801133) e ANXA2 (rs7163836 e rs7170178) e sua possível relação com a gravidade da COVID-19. Foram coletadas 312 amostras de swab nasofaríngeo de indivíduos com COVID-19 e o DNA genômico extraído. Os indivíduos foram estratificados em COVID-19 leve, grave e fatal. A genotipagem foi realizada por qPCR, usando sondas alelo-específicas. Nos casos leves, febre e tosse foram os sintomas mais frequentes (>76% em ambos). Nos casos graves, tosse (89,1%), baixa saturação (82,6%) e dispneia (78,3%) foram mais comuns. Nos casos fatais, os sintomas mais comuns foram dispneia (85,7%), baixa saturação de oxigênio e tosse (ambos 75,7%). Doenças cardiovasculares (29,3% e 15,7% respectivamente) e diabetes mellitus (25% e 14,3% respectivamente) foram as morbidades mais frequentes entre graves e fatais. Apenas o polimorfismo rs7170178 em ANXA2 foi associado. O genótipo AG foi significativamente mais frequente entre os casos fatais, sugerindo maior suscetibilidade à mortalidade da doença. Novos estudos envolvendo outras variantes do ANXA2 devem ser realizados para confirmar o papel desse gene nos diferentes desfechos clínicos da COVID-19.

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  • BIANCA DE FRANCA SAO MARCOS
  • Avaliação do Microambiente Tumoral Pulmonar Infectado
    com o Papilomavírus Humano
  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • NEIDE SANTOS
  • Data: 13/03/2023

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  •     
    O Papilomavírus Humano (HPV) de alto risco é o principal agente
    causador do câncer do colo do útero. No entanto, o HPV tem sido correlacionado
    com outros tipos de câncer, como o câncer de pulmão. No entanto, ainda não
    está claro como o HPV atua na carcinogênese pulmonar. Neste estudo, os
    tumores de pacientes com câncer de pulmão foram avaliados quanto à expressão
    das proteínas do HPV (E2, E5, E6 e E7) por RT-qPCR, bem como a expressão de
    fatores de transcrição (STAT4, STAT3, STAT6, JAK2 e FOXO4). Também foi
    realizado análises de imunofenotipagem de linfócitos e monócitos isolados de
    PBMC e cultivados in vitro juntamente com a linhagem celular A549 transfectadas
    com os oncogenes do HPV16. Pelo menos uma das proteínas do HPV foi
    encontrada em 66,7% dos tumores pulmonares. As oncoproteínas E5 e E7 foram
    superexpressas e com forte correlação positiva entre elas. Uma superexpressão
    de todos os fatores de transcrição foi observada nos tumores infectados pelo
    HPV, principalmente FOXO4 e STAT4. Houve um aumento de citocinas no
    sobrenadante, células T auxiliares e da atividade de células citotóxica, além de
    uma diminuição das células T reguladoras na presença das oncoproteínas virais.
    Destacando-se uma atividade anti-tumoral de E5 de HPV16. Nossos resultados
    sugerem que as oncoproteínas do HPV podem estar associadas à ativação de
    fatores de transcrição, assim como podem manipular células imunológicas do
    microambiente tumoral de pulmão.

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  •      O Papilomavírus Humano (HPV) de alto risco é o principal agente causador do câncer do colo do útero, contribuindo com cerca de 95% dos casos de câncer do colo do útero. No entanto, o HPV tem sido correlacionado com outros tipos de câncer, como o câncer de pulmão. No entanto, ainda não está claro como o HPV atua na carcinogênese pulmonar. Neste estudo, os tumores de pacientes com câncer de pulmão foram avaliados quanto à expressão das proteínas do HPV (E2, E5, E6 e E7) por RT-qPCR, bem como a expressão de fatores de transcrição (STAT4, STAT3, STAT6, JAK2 e FOXO4) associados com proliferação, diferenciação e metástase celular. Pelo menos uma das proteínas do HPV foi encontrada em 66,7% dos tumores pulmonares analisados. As oncoproteínas E5 e E7 foram superexpressas e com forte correlação positiva entre elas. Além disso, uma forte correlação negativa entre E6 e E2 também foi observada, sugerindo uma possível integração viral. Uma superexpressão de todos os fatores de transcrição foi observada nos tumores infectados pelo HPV em comparação com os tumores negativos para o HPV, principalmente em relação a FOXO4 e STAT4. Nossos resultados sugerem que as oncoproteínas do HPV podem estar associadas à ativação de fatores de transcrição associados à progressão do câncer de pulmão.
2022
Dissertações
1
  • JOSÉ BRUNO ROBERTO DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DOS GENES PARP1, PARP2 E PARP3 EM
    PACIENTES ADULTOS COM LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA

     




  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • MATHEUS FILGUEIRA BEZERRA
  • Data: 21/02/2022

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  • A fim de se obter uma melhor estratificação de risco, o impacto de alterações moleculares tem sido amplamente estudado em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA). Além de alterações estruturais e mutações no DNA, expressão aberrante de genes podem influenciar o curso clínico da doença. Nesse contexto, os membros da família PARP (do inglês, Poly(ADP-ribose) polymerases) (PARP1, PARP2 e PARP3), responsáveis por codificar proteínas capazes de exercer modificações pós-traducionais relacionadas a diversos processos celulares, foram descrito como importantes preditores de prognóstico em pacientes com tumores sólidos, embora pouco se saiba do seu impacto clínico na LMA. Este trabalho teve como objetivo avaliar a expressão dos genes PARP1, PARP2 e PARP3 e seu impacto nos desfechos clínicos de paciente adultos com LMA. Ao todo, 3 coortes independentes foram analisadas (Recife: 81 pacientes, TCGA: 173 pacientes e GSE6891: 245). Na coorte de TCGA e GSE, a expressão de PARP2 e PARP3 foi maior em pacientes com cariótipo complexo (p<0,001) e risco desfavorável (p<0,001). Além disso, a expressão aberrante de PARP2/3 teve impacto direto na sobrevida dos pacientes (PARP2, coortes TCGA (p=0,036) e GSE (p=0,006); PARP3, coortes TCGA (p=0,003) e GSE (p=0,001). A exemplo de tumores sólidos,
    a expressão aberrante de PARP2/3 pode predizer um pior desfecho em pacientes adultos com LMA.



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  • A fim de se obter uma melhor estratificação de risco, o impacto de alterações moleculares tem sido amplamente estudado em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA). Além de alterações estruturais e mutações no DNA, expressão aberrante de genes podem influenciar o curso clínico da doença. Nesse contexto, os membros da família PARP (do inglês, Poly(ADP-ribose) polymerases) (PARP1, PARP2 e PARP3), responsáveis por codificar proteínas capazes de exercer modificações pós-traducionais relacionadas a diversos processos celulares, foram descrito como importantes preditores de prognóstico em pacientes com tumores sólidos, embora pouco se saiba do seu impacto clínico na LMA. Este trabalho teve como objetivo avaliar a expressão dos genes PARP1, PARP2 e PARP3 e seu impacto nos desfechos clínicos de paciente adultos com LMA. Ao todo, 3 coortes independentes foram analisadas (Recife: 81 pacientes, TCGA: 173 pacientes e GSE6891: 245). Na coorte de TCGA e GSE, a expressão de PARP2 e PARP3 foi maior em pacientes com cariótipo complexo (p<0,001) e risco desfavorável (p<0,001). Além disso, a expressão aberrante de PARP2/3 teve impacto direto na sobrevida dos pacientes (PARP2, coortes TCGA (p=0,036) e GSE (p=0,006); PARP3, coortes TCGA (p=0,003) e GSE (p=0,001). A exemplo de tumores sólidos,
    a expressão aberrante de PARP2/3 pode predizer um pior desfecho em pacientes adultos com LMA.


2
  • MARIA DA CONCEIÇÃO VIANA INVENÇÃO
  • Construção de antígenos a partir de predição
     de epítopos como estratégia para o
    desenvolvimento de vacina de DNA contra o
    SARS-CoV-2

     

     

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • TATIANA RODRIGUES DE MOURA
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • Data: 21/02/2022

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  • O rápido agravamento da pandemia da COVID-19 impulsionou o uso de plataformas vacinais de fácil edição. Nesse cenário, é interessante investir em vacinas multiepítopos que exploram todos os grupos de proteínas do vírus e a sua conservação para as variantes emergentes. O presente trabalho objetivou construir antígenos sintéticos multiepítopos de proteínas do SARS-CoV-2, como plataformas utilizadas para construção de vacina de DNA a partir de duas abordagens: epítopos descritos na literatura (I) e epítopos preditos a partir da sequência de referência (II). A abordagem I utilizou epítopos das proteínas S e N, adjuvantes e linkers disponíveis na literatura que foram clonados in silico e verificados os valores de imunogenicidade, conservação e cobertura populacional dos múltiplos epítopos. A construção conteve 15 epítopos, 3 adjuvantes e 5 linkers, tendo os epítopos em sua maioria conservados, com valores de imunogenicidade positivos e o conjunto obteve 90% de cobertura populacional. A abordagem II se baseou na sequência de referência para predizer e analisar epítopos das proteínas estruturais, nsP1, acessórias para identificar aqueles 100% conservados e com os maiores valores de cobertura populacional de cada proteína para compor a segunda construção. Foram preditos entre 420 e 36 epítopos para cada uma das proteínas supracitadas. Após as análises, 38 epítopos compuseram a 2° construção que teve 70% de cobertura
    mundial. Logo, o presente trabalho conseguiu construir antígenos sintéticos que para serem validados como vacina contra COVID-19.



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  • O rápido agravamento da pandemia da COVID-19 impulsionou o uso de plataformas vacinais de fácil edição. Nesse cenário, é interessante investir em vacinas multiepítopos que exploram todos os grupos de proteínas do vírus e a sua conservação para as variantes emergentes. O presente trabalho objetivou construir antígenos sintéticos multiepítopos de proteínas do SARS-CoV-2, como plataformas utilizadas para construção de vacina de DNA a partir de duas abordagens: epítopos descritos na literatura (I) e epítopos preditos a partir da sequência de referência (II). A abordagem I utilizou epítopos das proteínas S e N, adjuvantes e linkers disponíveis na literatura que foram clonados in silico e verificados os valores de imunogenicidade, conservação e cobertura populacional dos múltiplos epítopos. A construção conteve 15 epítopos, 3 adjuvantes e 5 linkers, tendo os epítopos em sua maioria conservados, com valores de imunogenicidade positivos e o conjunto obteve 90% de cobertura populacional. A abordagem II se baseou na sequência de referência para predizer e analisar epítopos das proteínas estruturais, nsP1, acessórias para identificar aqueles 100% conservados e com os maiores valores de cobertura populacional de cada proteína para compor a segunda construção. Foram preditos entre 420 e 36 epítopos para cada uma das proteínas supracitadas. Após as análises, 38 epítopos compuseram a 2° construção que teve 70% de cobertura
    mundial. Logo, o presente trabalho conseguiu construir antígenos sintéticos que para serem validados como vacina contra COVID-19.


3
  • GUILHERME SANTANA BARBOSA
  • AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE MOTIVOS DA PROTEÍNA DE LIGAÇÃO À POLI-A 1 (PABP1) NA INTERAÇÃO COM PARCEIROS EM Leishmania infantum

  • Orientador : OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELLE MARIA NASCIMENTO MOURA
  • FABIOLA BARBIERI HOLETZ
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • OSVALDO POMPÍLIO DE MELO NETO
  • Data: 25/02/2022

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  • Protozoários patogênicos do gênero Leishmania apresentam o controle da sua expressão gênica predominantemente pós-transcricional, onde diferentes proteínas de ligação ao RNA parecem atuar, como a proteína de ligação à cauda poli-A (PABP). Três homólogos de PABP apresentando elementos típicos destas proteínas foram descritos em Leishmania, com uma região N-terminal com quatro domínios de reconhecimento de RNA (RRMs), uma região de ligação e um domínio MLLE C-terminal. Este estudo objetivou melhor compreender a atividade da PABP1, ativa na tradução dos mRNAs e outros processos. A PABP1 associa-se a mRNAs específicos e ao complexo eIF4F constituído por EIF4E4 e EIF4G3. Mutantes nos RRMs 1 e 2, na região de ligação e no domínio MLLE foram obtidos previamente e identificados como importantes para a função da PABP1. Nesse trabalho, mutantes nos RRMs 3 e 4 foram gerados e avaliados quanto ao seu potencial de complementar a ausência da PABP1 nativa em Leishmania infantum, levando a identificação do motivo MLN, no RRM4, como crítico para a atividade da proteína. Para a PABP1 nativa ensaios de co-precipitação seguidos de análise por espectrometria de massa permitiram definir a sua interação com diferentes parceiros. Novos ensaios com as proteínas mutantes definiram os motivos LMW (RRM2), MLN e TGM (MLLE) como essenciais para a co-precipitação com os EIF4G3, EIF4E4 e a quinase CRK3, respectivamente, entre outros. Estes resultados são uma contribuição significativa no entendimento das funções da PABP1


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  • Tripanosomatídeos são protozoários flagelados que englobam agentes patogênicos dos gêneros Leishmania e Trypanosoma. Esses organismos exercem um controle da expressão gênica através de eventos predominantemente pós-transcricionais, muitos envolvendo o controle da estabilidade e tradução de RNAs mensageiros (mRNAs). Dentre as diferentes proteínas de ligação ao RNA (RBPs) participantes nesses eventos, a mais relevante deve ser a proteína de ligação à cauda poli-A (PABP). Três de seus homólogos foram identificados em Leishmania, todos estruturados em uma região N-terminal com quatro motivos de reconhecimento ao RNA (RRMs 1 a 4), uma região linker intermediária e um domínio MLLE presente na sua região C-terminal. O primeiro dos homólogos, a PABP1 se mostrou indispensável e fortemente ativa durante a tradução, além de uma associação com mRNAs diferentes dos associados às PABPs 2 e 3. Também foi observada uma forte afinidade da PABP1 para o complexo eIF4F baseado nas subunidades EIF4E4 e EIF4G3, com uma interação inédita identificada entre a PABP1 e o EIF4E4. Isoformas fosforiladas da PABP1 a indica como potencial alvo de processos regulatórios. Portanto, o presente estudo objetiva melhor compreender a atividade da PABP1, avaliando o papel de diferentes regiões desta proteína, incluindo sítios de possíveis interações proteína-proteína, na sua interação com outras proteínas parceiras, como a proteína de ligação a RNA denominada de RBP23. Ele dá continuidade a estudos prévios onde foram gerados mutantes em motivos julgados relevantes nos RRMs 1 e 2, na região linker e no domínio MLLE. Neste trabalho, diferentes construções mutantes nos RRMs 3 e 4 foram geradas por mutagênese sítio-dirigida e avaliadas quanto ao seu potencial de complementação após a deleção das duas cópias dos genes da PABP1 no genoma de Leishmania infantum. Como resultados preliminares, o mutante PABP1MLN, no RRM4,levou a uma diminuição no crescimento celular, e a proteína mutada se mostrou incapaz de complementar a ausência do gene PABP1 endógeno. Para todo o conjunto de mutantes disponíveis, estes foram avaliados em ensaios de imunoprecipitação in vivo, e as amostras obtidas analisadas por espectrometria de massas, visando avaliar cada uma das regiões da proteína frente à interações novas e já estabelecidas. Esse trabalho contribuirá no entendimento acerca da especificidade da PABP1 aos seus mRNAs alvos, bem como a participação de diferentes motivos nas interações estabelecidas por esta na durante a iniciação da tradução de tripanosomatídeos.

4
  • DAYANE DA SILVA SANTOS
  • Perfil fenotípico de resposta ao estresse em linhagens de Liquorilactobacillus vini defectivas para o gene rela

  • Orientador : MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA TACIANA CAVALCANTI VIEIRA SOARES
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • EVANDRO LEITE DE SOUZA
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • Data: 04/03/2022

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  • A resposta estringe é uma via regulatória caracterizada pela produção da molécula sinalizadora (p)ppGpp, o alarmônio que tem efeito pleiotrópico na resposta a estresse. No entanto, sua função em bactérias lácticas ainda não está bem estabelecida. Liquorilactobacillus vini, é um contaminante da produção de etanol no nordeste brasileiro e modelo de resposta a estresse pelo nosso grupo de pesquisa. Deste modo, o objetivo deste estudo foi determinar o efeito de uma resposta estringente defectiva na linhagem JP 7.8.9 de L. vini em resposta a diferentes formas de estresse. O meio MRS foi utilizado nos cultivos e nos testes de tolerância a diferentes formas de estresse na temperatura padrão de 37°C. Nos cultivos da linhagem mutante foi acrescido a droga azitromicina na concentração final de 5 μg/mL. Foram determinados parâmetros de tolerância a diferentes formas de estresse através da determinação da concentração inibitória mínima (MIC), concentração bactericida mínima (MBC), curvas de crescimento em concentração sub-MIC e indução de tolerância cruzada. Além da estabilidade da parede celular através de curvas de lise. Os agentes estressores estudados foram ácido láctico, ácido acético, pH ácido, ajustado com ácido clorídrico, etanol e cloreto de sódio. A linhagem mutante apresentou um perfil de resposta estresse específico apresentando variações na MIC e MBC a diferentes formas de estresse. Padrão similar de resposta foi observado nos ensaios de tolerância cruzada. O ensaio de lise indicou que parede celular da linhagem mutante é mais frágil do que na linhagem parental Esses dados indicam que o gene relA em L. vini tem um papel central na fisiologia indo além do esperado para um gene de resposta a estresse. 


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  • A resposta estringe é uma via regulatória caracterizada pela produção da molécula sinalizadora (p)ppGpp, o alarmônio que tem efeito pleiotrópico na resposta a estresse. No entanto, sua função em bactérias lácticas ainda não está bem estabelecida. Liquorilactobacillus vini, é um contaminante da produção de etanol no nordeste brasileiro e modelo de resposta a estresse pelo nosso grupo de pesquisa. Deste modo, o objetivo deste estudo foi determinar o efeito de uma resposta estringente defectiva na linhagem JP 7.8.9 de L. vini em resposta a diferentes formas de estresse. O meio MRS foi utilizado nos cultivos e nos testes de tolerância a diferentes formas de estresse na temperatura padrão de 37°C. Nos cultivos da linhagem mutante foi acrescido a droga azitromicina na concentração final de 5 μg/mL. Foram determinados parâmetros de tolerância a diferentes formas de estresse através da determinação da concentração inibitória mínima (MIC), concentração bactericida mínima (MBC), curvas de crescimento em concentração sub-MIC e indução de tolerância cruzada. Além da estabilidade da parede celular através de curvas de lise. Os agentes estressores estudados foram ácido láctico, ácido acético, pH ácido, ajustado com ácido clorídrico, etanol e cloreto de sódio. A linhagem mutante apresentou um perfil de resposta estresse específico apresentando variações na MIC e MBC a diferentes formas de estresse. Padrão similar de resposta foi observado nos ensaios de tolerância cruzada. O ensaio de lise indicou que parede celular da linhagem mutante é mais frágil do que na linhagem parental Esses dados indicam que o gene relA em L. vini tem um papel central na fisiologia indo além do esperado para um gene de resposta a estresse. 

5
  • APARECIDA JAYANE SAMPAIO MIRANDA
  • Caracterização genética e patrilinhagens do cromossomo Y no interior de Pernambuco a partir de regiões Y-STRs

  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • SIMONE SILVA DOS SANTOS LOPES
  • ROSANE SILVA
  • Data: 12/05/2022

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  • Para o Estado de Pernambuco existe uma sub-representação em estudos genético-populacionais com marcadores Y-STRs, bem como no banco de dados mundial YHRD, sabidamente referência para diversas análises. Esse fato, somado à importância antropológica em apresentar detalhes da história populacional local,
    justificam o presente trabalho, que objetivou caracterizar as linhagens paternas e fornecer dados de interesse forense local para uma amostra da população de Pernambuco, por meio de um conjunto de 23 marcadores microssatélites do cromossomo Y (Y-STRs). Para este fim, 172 amostras masculinas oriundas de três mesorregiões do interior do estado foram coletadas e genotipadas utilizando o sistema multiplex PowerPlex ®Y23 (Promega Corporation). Os parâmetros forenses de frequências alélicas (FA), frequências haplotípicas (FH), diversidade gênica (DG), diversidade haplotípica (DH), capacidade de discriminação (CD) e probabilidade de coincidência haplotípica (PCH) foram calculados utilizando o programa Arlequin 3.5.2.2, bem como as comparações de distância genética pelo índice Fst, e a inferência dos haplogrupos foi realizada através da plataforma online Haplogroup predictor – HAPEST. Os dados obtidos para os parâmetros analisados revelarm uma alta diversidade gênica para os
    loci presentes, alta capacidade de discriminar haplótipos entre indivíduos aleatórios na população e baixa probabilidade de coincidir um mesmo haplótipo para dois indivíduos não aparentados, a inferência de haplogrupos baseada em haplótipos dos Y-STRs corroborou com a estrutura de patrilinhagens indicada para os demais estados brasileiros, com predominância daquelas europeias, sendo condizente com a história local de ocupação humana, ao passo que as distâncias genéticas foram menores para populações europeias e americanas, e maiores para as africanas.


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  • Existe uma sub-representação do estado de Pernambuco em estudos genético-populacionais com marcadores Y-STRs, bem como no banco de dados mundial YHRD, sabidamente referência para diversas análises. Esse fato, somado à importância antropológica em apresentar detalhes da história popul acional local, justificam o presente trabalho, que objetivou caracterizar as linhagens paternas e fornecer dados de interesse forense local para uma amostra da população de Pernambuco, por meio de um conjunto de 23 marcadores microssatélites do cromossomo Y (Y-STRs). Para este fim, 172 amostras masculinas oriundas de três mesorregiões do interior do estado foram coletadas e genotipadas utilizando o sistema multiplex PowerPlex ®Y23 (Promega Corporation). Os parâmetros forenses de frequências alélicas (FA), frequências haplotípicas (FH); diversidade gênica (DG), diversidade haplotípica (DH), capacidade de discriminação (CD) e probabilidade de coincidência haplotípica (PCH) foram calculados utilizando o programa Arlequin 3.5.1.2, e a inferência dos haplogrupos foi realizada através da plataforma online Haplogroup predictor – HAPEST. Os dados obtidos para os parâmetros analisados evidenciam a eficiência do kit PowerPlex Y23 na fração da população pernambucana para fins de validação forense, revelando uma alta diversidade gênica para os loci presentes, alta capacidade de discriminar haplótipos entre indivíduos aleatórios na população e baixa probabilidade de coincidir um mesmo haplótipo para dois indivíduos não aparentados, e a inferência de haplogrupos baseada em haplótipos dos Y-STRs corroborou com a estrutura de patrilinhagens já indicada para os demais estados brasileiros, sendo condizente com a história local de ocupação humana

6
  • THAYS MARIA COSTA DE LUCENA
  • Avaliação dos níveis de mRNA da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e Biomarcadores Inflamatórios na Síndrome Metabólica

  • Orientador : JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BRUNO DE MELO CARVALHO
  • DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • Data: 08/07/2022

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  • A Síndrome Metabólica (SM) é um conjunto de manifestações clínicas cardio-metabólicas que contribuem diretamente para o risco de doenças cardiovasculares (DCVs). O sistema renina-angiotensina (RAS) é o principal mecanismo de regulação da pressão arterial, mas a atividade excessiva do seu componente, a enzima conversora de angiotensina (ACE), pode ocasionar inflamação crônica e ativar citocinas inflamatórias como IL-1β, IL-6 e IL-10, sendo consideradas biomarcadores na fisiopatologia da SM. Sendo assim, o objetivo desse estudo é avaliar e correlacionar a expressão gênica do ECA e biomarcadores inflamatórios obtidos através do sangue total de indivíduos com SM. Quanto à metodologia foi realizada a expressão relativa dos genes ACE, IL-1β, IL-6 e IL-10 em amostras de sangue total periférico de 133 indivíduos comparando a 24 controles saudáveis por meio da equação 2-ΔΔCq. Para a análise estatística foram realizados os testes de Shapiro-Wilk, Teste T Student e Mann-Whitney. Observamos expressão dos genes ACE (+2,226; p=9,4x10-5), IL-1β (+1,445; p=0,005129), IL-6 (+1,526; p=0,001483) e IL-10 (+1,304; p=1,202x10-6 no grupo de SM em relação aos controles. Indivíduos com lesão aterosclerótica grave obtiveram expressão dos genes ACE (+1,287; p=0,000371), IL-1β (+1,701; p=0,009549), IL-6 (+1,967 vezes; p=0,0004113) e IL-10 (+1,064; p=0,0002406). Nas lesões ateroscleróticas iniciais obteve expressão dos genes ACE (+2,565; p=0,0009058), IL-1β (+1,209; p=0,0487), IL-6 (+1,499; p=0,01411) e IL-10 (+1,586; p= 5,593x10-5). Ao analisar os indivíduos com 2 características clínicas, apenas os genes IL-10 (+1,792; p=0,002583) e IL-6 (-28,0779; p=0,001653) apresentaram significância estatística. Em relação à 1 característica clínica obtiveram dados estatisticamente significativos os genes ACE (+1,252; p=0,01936), IL-6 (-21,0464; p=0,01192) e IL-1β (+1,599; p=0,0002413). Este trabalho indica que a expressão dos genes ACE, IL-1β, IL-6 e IL-10 a partir de amostras de sangue total está associada a condições clínicas da SM e lesões ateroscleróticas e podem se tornar potenciais biomarcadores para prognóstico da SM


  • Mostrar Abstract
  • A Síndrome Metabólica (SM) é um conjunto de manifestações clínicas cardio-metabólicas que contribuem diretamente para o risco de outras doenças crônicas, como Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e doenças cardiovasculares (DCVs). O sistema renina-angiotensina (RAS) é o principal mecanismo de regulação da pressão arterial, mas a atividade excessiva da enzima conversora de angiotensina (ACE), principal componente do RAS, pode ocasionar inflamação crônica, ativando citocinas pró-inflamatórias como IL-1β, IL-6 e TNF-α, sendo consideradas biomarcadores na fisiopatologia da SM. Sendo assim, o objetivo desse estudo é avaliar a expressão gênica do ACE e biomarcadores inflamatórios em pacientes com SM. O presente estudo avaliou a expressão relativa dos genes ACE e IL-6 em amostras de sangue total periférico de 17 indivíduos com SM, comparando a 15 controles saudáveis por meio da equação 2-ΔΔCq. Para a análise estatística foram realizados os testes de Shapiro-Wilk e Teste T Student. Observamos um aumento da expressão dos gene ACE em 2,53 vezes (p = 2,997x10-6) e IL-6 em 1,25 vezes (p = 0,9362) no grupo de pacientes em relação aos controles. Na análise estratificada das condições clínicas, encontramos aumento na expressão do ACE de 1,20 vezes (p = 0,1514) em pacientes obesos comparando aos indivíduos com sobrepeso. Foi observada ainda a diminuição da expressão deste gene de 1,10 vezes (p = 0,7834) e 1,28 vezes (p = 0,5899) na presença das características clínicas DM2 e dislipidemia, respectivamente. Quanto à expressão gênica da IL-6, observou-se aumento dos níveis de mRNA de 2,07 vezes (p = 0,1179) nos indivíduos obesos, enquanto nas características clínicas de DM2 e dislipidemia, houve a diminuição dos níveis de mRNA em 3,57 vezes (p = 0,3501) e 5,55 vezes (p = 0,003), respectivamente. Os resultados demonstram que a ACE e a IL-6, desempenham importantes atividades na fisiopatologia da SM, mas ao observamos as características clínicas estratificadas, estes genes estão intimamente relacionados com a obesidade. Desta forma, sugere-se que o aumento da expressão do ACE está relacionado à desregulação do RAS, e a expressão da IL-6 está envolvida ao desencadeamento da resposta inflamatória, nos indivíduos com SM.

7
  • JESSYCA KALYNNE FARIAS RODRIGUES
  • A influência de polimorfismos dos fatores de restrição viral TRIM5 e TRIM22 na transmissão vertical do HIV-1

  • Orientador : SERGIO CROVELLA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MONICA LUCIA ADAM
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • SUELEN CRISTINA DE LIMA
  • Data: 25/07/2022

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  • A transmissão vertical do HIV-1 ocorre durante a gravidez, parto e/ou amamentação. No entanto, a maioria das crianças, mesmo expostas ao HIV-1, não são infectadas, sugerindo a presença de fatores de restrição limitando a infecção viral. Estudos demonstram que SNPs nos genes dos fatores de restrição TRIM5 e TRIM22 possuem impacto funcional, restringindo a replicação viral e modulando a suscetibilidade à infecção pelo HIV-1. Neste sentido, avaliamos as distribuições dos SNPs em TRIM5 (rs3740996/rs10838525) e TRIM22 (rs7935564/ rs1063303) e as suas relações com a transmissão vertical do HIV-1. O estudo envolveu 208 mulheres infectadas pelo HIV-1 e seus filhos, oriundos do Estado de Pernambuco. Através da caracterização clínica da população, foi verificado que a TARV durante a gestação e/ou parto, o parto cesáreo, a inibição da amamentação e a carga viral indetectável no final da gestação foram fundamentais na profilaxia da infecção em crianças expostas ao HIV-1 e devem ser ampliadas. Os alelos e genótipos G e GG (rs3740996), C e CC (rs10838525), A e A/G (rs7935564) e G e C/G (rs1063303) foram os mais frequentes entre as crianças expostas infectadas e não-infectadas, bem como entre as mães transmissoras e não transmissoras. Apesar de não encontrarmos associações significativas, o estudo foi pioneiro em abordar tais polimorfismos em uma população pediátrica exposta ao HIV-1. Novos estudos devem ser realizados para melhor compreensão da relação dessas variantes com a susceptibilidade ao HIV-1.


  • Mostrar Abstract
  • As características genéticas do hospedeiro colaboram expressivamente na compreensão de mecanismos envolvidos na susceptibilidade às infecções. Estudos demonstram que SNPs em TRIM5 e TRIM22 possuem impacto funcional na atividade antiviral, restringindo a replicação viral e modulando a suscetibilidade à infecção pelo HIV-1. Neste sentido, o presente trabalho se propôs a avaliar as distribuições dos SNPs rs3740996, rs10838525, rs7935564 e rs1063303, e as suas relações com a transmissão vertical do HIV-1. O estudo envolveu 208 mulheres infectadas pelo HIV-1 e seus filhos, acompanhados no IMIP-PE. Através da caracterização clínica foi verificada a importância das medidas profiláticas. Os alelos G (rs3740996), C (rs10838525), A (rs7935564) e G (rs1063303) foram os mais frequentes entre as crianças expostas infectadas (88,4%, 81,0%, 54,5%, 55,8%, respectivamente) e não-infectadas (86,6%, 76,7%, 56,5%, 60,4%, respectivamente), bem como entre as mães transmissoras (89,9%, 82,6%, 51,8%, 57,2%, respectivamente) e não transmissoras (88,9%, 79,85%, 52,7%, 54,4%, respectivamente). Os genótipos G/G (rs3740996), C/C (rs10838525), A/G (rs7935564) e C/G (rs1063303) foram os mais frequentes entre as crianças expostas infectadas (76,8%, 67,8%, 50,0%, 41,9%, respectivamente) e não-infectadas (74,1%, 59,3%, 41,9%, 43,4%, respectivamente), bem como entre as mães transmissoras (82,1%, 66,3%, 57,3%, 54,2%, respectivamente) e não transmissoras (79,5%, 64,7%, 55,8%, 45,1%, respectivamente). No entanto, não foram encontradas associações significativas entre esses SNPs e a infecção pelo HIV-1. Novos estudos devem ser realizados para melhor compreensão da relação dessas variantes com a susceptibilidade ao HIV-1.

8
  • ALDIANNE MILENE DOS SANTOS BARBOSA
  • Avaliação de polimorfismo e expressão do gene CTLA-4 na resposta imune de pacientes com Síndrome de Turner

  • Orientador : NEIDE SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • NEIDE SANTOS
  • Data: 30/08/2022

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  • A síndrome de Turner (ST) é um dos distúrbios cromossômicos humanos mais
    comuns, definida citogeneticamente pela perda total ou parcial de um dos
    cromossomos sexuais. Pacientes com ST apresentam um risco aumentado de
    desenvolver doenças autoimunes e inflamatórias crônicas comparadas às
    mulheres no geral. Genes relacionados com os processos de regulação da resposta
    imune têm sido recentemente estudados nesta síndrome, incluindo o CTLA-4,
    fundamental na atividade imunossupressora. Os objetivos deste estudo foram
    investigar se há distribuição diferencial do SNP rs3087243 (G>A) do CTLA-4, bem
    como uma expressão gênica diferencial, na amostra de pacientes com ST. A
    análise do polimorfismo foi realizada em 112 pacientes ST, comparando as
    frequências entre grupos ST com doenças autoimunes e inflamatórias crônicas
    (n=38) e sem tais condições (n=74). Os níveis de mRNA do CTLA-4 foram avaliados
    em pacientes ST (n=23) em comparação com um grupo controle saudável (n=21)
    e entre pacientes ST, com (n=9) e sem doenças autoimunes/inflamatórias crônicas
    (n=14), através da expressão gênica relativa. Os resultados indicam uma diferença
    na distribuição alélica em relação a doenças autoimunes na ST e um possível efeito
    protetor do genótipo GA em indivíduos saudáveis, porém, não foi possível
    determinar a associação do SNP rs3087243 do gene CTLA-4 no contexto imune da
    ST. Uma expressão reduzida do gene CTLA-4 foi observada nas pacientes ST em
    comparação com o grupo controle (p=5.632e-07), indicando que possivelmente o
    gene está relacionado a uma resposta imune alterada nesta amostra de pacientes
    ST.

  • Mostrar Abstract
  • A síndrome de Turner (ST) é um dos distúrbios cromossômicos humanos mais comuns, definida citogeneticamente pela perda total ou parcial de um dos cromossomos sexuais, com uma incidência de 1:2500 nascimentos de indivíduos femininos vivos. Pacientes com ST apresentam um risco aumentado de desenvolver doenças autoimunes e inflamatórias crônicas comparadas às mulheres no geral, característica apontada como uma das mais proeminentes da síndrome. Genes relacionados com os processos de regulação da resposta imune têm sido recentemente estudados na ST, incluindo CTLA-4, fundamental na atividade imunossupressora. O objetivo deste estudo foi investigar se há distribuição alélica e genotípica diferencial do SNP rs3087243 (G>A) do gene CTLA-4 na amostra de pacientes com ST. A análise do polimorfismo rs3087243 foi realizada em 112 pacientes ST, avaliando o SNP dentro do grupo de pacientes ST com doenças autoimunes e inflamatórias crônicas (grupo caso) e pacientes ST sem tais condições (grupo controle). Os ensaios de genotipagem foram realizados usando o sistema Taqman e os dados foram analisados no programa SNPStats, com nível de significância de 0.05. Os resultados indicam que apesar de uma distribuição alélica diferencial na análise de doenças autoimunes, o polimorfismo rs3087243 do gene CTLA-4 não está envolvido no contexto imune desta amostra de ST. Outros fatores podem alterar a função do gene, indicando que a investigação aqui realizada corrobora a necessidade da análise de outros genes para um melhor entendimento dos mecanismos relacionados ao desenvolvimento de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas na ST.

Teses
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  • JÉSSICA BARBARA VIEIRA VIANA
  • Modificadores epigenéticos: genômica estrutural e funcional em plantas submetidas a diferentes tipos de condições estressantes

  • Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • EDERSON AKIO KIDO
  • ELISEU BINNECK
  • JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
  • ROMMEL THIAGO JUCA RAMOS
  • Data: 08/04/2022

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  • Dentre as diversas culturas vegetais mais produzidas no Brasil, destacam-se a uva (Vitis vinifera L.) e o feijão-caupi (Vigna unguiculata L.) com elevados índices de produção anual, apresentando relevante importância social e econômica. Entretanto, a produtividade dessas culturas é frequentemente afetada, devido à ocorrência de estresses. Nesse contexto, as modificações epigenéticas compreendem ampla funcionalidade, sendo os processos de (de) metilação de DNA, (de) metilação das histonas e (de) acetilação das histonas participantes diretos no mecanismo de combate ao estresse (a) biótico. Esses processos são desenvolvidos pelas enzimas metiltransferases (MTases) e demetilases (dMTases) de DNA; metiltransferase (SDGs) e demetilases (JMJs) de histonas; e acetiltransferases (HATs) e desacetilases (HDACs) de histonas. O presente trabalho teve como objetivo analisar essas enzimas mediante abordagens genômica e transcriptômica. Essas enzimas foram analisadas considerando suas características estruturais, distribuição genômica, mecanismos de expansão genômica, conservação entre outras espécies vegetais, além dos padrões de expressão frente a estresse biótico e abiótico. Bibliotecas de RNA-Seq de acessos contrastantes da videira [genótipo resistentes (IAC-572) e suscetível (Red Globe)] so estresse biótico, bem como bibliotecas de RNA-Seq de feijão-caupi sob estresse biótico (injúria mecânica seguida de inoculação viral) e abiótico (desidratação radicular) foram analisadas. As enzimas identificadas no genoma da videira (MTases e dMTases) e do feijão-caupi (SDGs, JMJs, HATs e HDACs) apresentaram, em sua maioria, conservação de suas respectivas estruturas. Além disso, um alto índice de conservação dessas enzimas foi observado nos genomas de diferentes espécies vegetais. Os elementos cis-regulatórios identificados nos promotores foram associados a diferentes TFs que estão intimamente relacionados a resposta vegetal a condições adversas. Os dados de expressão gênica para os acessos contrastantes da videira indicaram que os transcritos induzidos podem auxiliar em uma estratégia molecular no genótipo resistente da videira analisado nesse estudo. Uma vez que, uma maior indução de modificadores epigenéticos foi observada nesse genótipo quando comparado ao genótipo suscetível. Os dados de RNA-Seq do feijão-caupi apontam para uma maior indução de modificadores epigenéticos na resposta a desidratação radicular quando comparada ao ensaio de injúria mecânica seguida de inoculação viral. Em suma, os resultados gerados nesse estudo agregam valor ao entendimento da dinâmica desses modificadores epigenéticos na resposta de vegetais a estresse, evidenciando sua pluralidade estrutural e funcional.


  • Mostrar Abstract
  • A videira (Vitis vinifera L.) apresenta significativa importância social e econômica no Brasil. Entretanto, sua produtividade é frequentemente afetada, devido à ocorrência de estresses. Nesse contexto, as modificações epigenéticas compreendem ampla funcionalidade, sendo os processos de metilação e demetilação do DNA participantes diretos no mecanismo de combate ao estresse biótico. Esses processos são desenvolvidos pelas enzimas metiltransferases (MTases) e demetilases (dMTases), respectiavamente. O presente trabalho objetivou caracterizar e analisar a modulação da expressão dessas enzimas no transcriptoma da videira inoculada com Xanthomonas citri pv. viticola (Xcv). Foram identificadas no transcriptoma em questão seis VvMTases e três VvdMTases, todas apresentando domínios característicos de tais grupos de enzimas. A análise fenética indicou grupos de MTases e dMTAses diversificados, correspondentes às suas respectivas subfamílias, sendo possível confirmar a classificação previamente realizada a partir da identificação dos domínios. Adicionalmente, foram
    identificados no genoma da videira 12 loci codificadores de VvMTases e 3 de VvdMTases. Os promotores das VvMTases associaram-se aos fatores de transcrição AP2-EFR, Dof-type e WRKY, indicando uma ampla funcionalidade, incluindo resposta a estresse. Além disso, um alto índice de conservação dessas enzimas foi encontrado nos membros de diferentes famílias como, por exemplo, Fabaceae e Euphorbiaceae. Para o tempo de 90 minutos, os dados de transcriptômica indicaram expressão constitutiva para VvMTases e VvdMTases ao
    longo de todo ensaio. Essas enzimas com expressão constitutiva devem, portanto, ser potencialmente exploradas quanto à sua participação nos mecanismos de defesa vegetal.


2
  • ALEIDE SANTOS DE MELO LIMA
  • Avaliação do impacto isolado e aditivo de marcadores moleculares no desfecho clínico de pacientes adultos com leucemia mieloide aguda

  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FELIPE SALDANHA DE ARAUJO
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • DOUGLAS RAFAELE ALMEIDA SILVEIRA
  • LORENA LOBO DE FIGUEIREDO PONTES
  • NEIDE SANTOS
  • Data: 29/04/2022

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  • Atualmente, a estratificação de risco do grupo European LeukemiaNet (ELN) para leucemia mieloide aguda (LMA) é a mais aplicada na prática clínica, mas alguns autores defendem seu refinamento. Este estudo propõe-se a avaliar o impacto isolado e aditivo de marcadores moleculares no desfecho clínico de pacientes adultos com LMA. Para isso, três coortes foram utilizadas: The Cancer Genome Atlas (TCGA) como coorte de desenho e duas coortes de validação, uma externa disponível publicamente (GEO: GSE6891) e uma interna de pacientes tratados em hospitais brasileiros. Nós demonstramos que as mutações no gene DNMT3A de maneira isolada ou em cooperação com mutações NPM1 e FLT3-ITD impactam de maneira adversa o desfecho de pacientes LMA. A hiperexpressão de ID1 foi um preditor negativo para a sobrevida global (SG) na coorte TCGA e na coorte de validação interna. Nós propomos, também, um índice prognóstico baseado em transcriptoma (IPT) a partir do impacto aditivo da expressão dos genes PDE7BIGF2BP3 e ST6GALNAC4. O IPT foi um fator prognóstico independente para a SG,
    sobrevida livre de doença e de eventos de pacientes com LMA, foi capaz de refinar a classificação ELN2010 e foi validado na coorte externa GSE6891. Entretanto, o IPT não foi validado em uma coorte interna de pacientes da “vida real”. O número de pacientes, o curto tempo de seguimento e as diferentes metodologias de análise de
    expressão gênica podem ter limitado as análises.



  • Mostrar Abstract
  • Atualmente, a estratificação de risco para leucemia mieloide aguda (LMA) proposta pelo grupo European LeukemiaNet (ELN) é a mais aplicada na prática clínica, mas alguns autores defendem seu refinamento. Esse estudo se propõe a desenvolver um índice prognóstico baseado no impacto aditivo de genes no desfecho clínico de pacientes adultos com LMA. Para o desenho do índice, utilizou-se a coorte pública The Cancer Genome Atlas (TCGA) e, para validação, uma coorte externa disponível publicamente (GEO: GSE6891) e uma coorte interna de pacientes tratados em hospitais brasileiros. A classificação ELN2010 foi útil para predizer desfecho clínico nos pacientes brasileiros, embora com frequências de sobrevida inferiores as de países desenvolvidos. Em seguida, propôs-se um índice (IP) a partir da análise de mutações no gene TP53 e hiperexpressão de ID1, entretanto ele não se mostrou uma ferramenta robusta para a estratificação de risco da LMA. A hiperexpressão de ID1 foi um preditor negativo para a sobrevida global (SG) nas coortes TCGA e GSE6891, entretanto não apresentou impacto clínico na coorte Pernambucana. Propôs-se, então um índice prognóstico baseado em transcriptoma (IPT), com três grupos de risco, a partir do impacto aditivo da expressão dos genes PDE7BIGF2BP3 e ST6GALNAC4. O IPT foi um fator prognóstico independente para a SG, sobrevida livre de doença e de eventos de pacientes com LMA e foi capaz de refinar a classificação ELN2010 e foi validado na coorte externa.

3
  • BÁRBARA NATIELI SILVA PEREIRA
  • Identificação molecular e diversidade genética de espécies de dípteros de interesse forense



  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • RITA DE CASSIA DE MOURA
  • MARTIN ALEJANDRO MONTES
  • SILVIA HELENA BAREM RABENHORST
  • SIMAO DIAS DE VASCONCELOS FILHO
  • Data: 12/05/2022

  • Mostrar Resumo
  • Dípteros necrófagos são frequentemente encontrados em locais de crime, sendo úteis, principalmente às formas imaturas, nos processos de estimativa do intervalo pós-morte e de identificação de vítimas e suspeitos. A identificação taxonômica dos espécimes é uma etapa crucial na rotina forense, a qual vem sendo facilitada graças ao uso de técnicas de biologia molecular. Utilizar marcadores moleculares robustos e conhecer a estrutura genética destas espécies é de suma importância para a eficácia das atividades periciais. O presente trabalho objetivou comparar dois marcadores moleculares mitocondriais úteis para a técnica barcode em dípteros de interesse forense e investigar a diversidade genética da espécie Chrysomya albiceps de populações de quatro continentes. Dípteros foram coletados nas dependências dos Institutos de Medicina Legal da Paraíba e Pernambuco e adicionalmente foram utilizadas amostras da coleção entomológica da Universidade de Brasília. A extração do DNA ocorreu utilizando fenol-clorofórmio e Chelex 10%, em seguida foram sequenciadas as regiões COI e CytB dos dípteros, realizada buscas por sequencias homologas no NCBI através de BLASTn e uma análise de distância genética foi executada no software MEGA. Por sua vez, a análise de diversidade genética da espécie C. albiceps ocorreu a partir de sequencias nucleotídicas da região barcode do COI obtidas no NCBI e analisadas nos softwares Mega, DnaSP e Network. Os resultados da identificação de dípteros mostram que a região do CytB proposta como barcode revelou-se mais robusta, apresentado valores de distância genética superiores aos do COI e que a espécie C. albiceps apresenta baixa diversidade genética e ausência de haplótipos exclusivos na América do Sul. Desta forma, concluímos que COI e CytB são boas regiões para a taxonomia molecular, no entanto o CytB é mais robusto e que a espécie C. albiceps possui pouca diversidade no gene COI, não sendo recomendada para analises de deslocamento de cadáveres.




  • Mostrar Abstract
  • Dípteros necrófagos são frequentemente encontrados em locais de crime, seus espécimes, principalmente imaturos, auxiliam desde a estimativa do intervalo pósmorte a identificação de vítimas e suspeitos, em todos os casos a identificação do material biológico periciado é uma etapa crucial a qual vem contando com o auxílio da biologia molecular. Busca por marcadores moleculares robustos e metodologias sensíveis são de suma importância para corroborar na eficácia das atividades periciais. Desta forma, o presente trabalho objetivou comparar dois marcadores moleculares mitocondriais úteis para a técnica barcode em dípteros e criar um protocolo para recuperação de Short tandem repeat (STR) humano presente no conteúdo estomacal de dípteros larvais. Os dípteros foram coletados nas dependências dos Institutos de Medicina Legal da Paraíba e Pernambuco e adicionalmente foram utilizadas amostras da coleção entomológica da Universidade de Brasília. A extração do DNA ocorreu utilizando fenol-clorofórmio e Chelex 10%, em seguida foram sequenciadas as regiões COI e CytB dos dípteros, realizada buscas por sequencias homologas no NCBI através de BLASTn e uma análise de distância genética foi executada no software MEGA. O perfil humano presente no conteúdo estomacal das larvas será amplificado com o PowerPlex® Fusion System kit, analisado no GeneMapper e comparado com perfis de referência. Os resultados da identificação de dípteros mostram que a região do CytB proposta como barcode revelou-se mais robusta, apresentado valores de distância genética superiores a 150% aos do COI. Estes resultados contribuirão na eficiência da taxonomia molecular e proporcionaram celeridade nas atividades periciais.

4
  • JOSE LEANDRO DE ANDRADE SANTOS
  • Fatores do Hospedeiro Associados à Morte Celular na Recuperação Imunológica de Indivíduos HIV-1 Positivos Submetidos à Terapia Antirretroviral

  • Orientador : RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • PABLO RAMON GUALBERTO CARDOSO
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • SUELEN CRISTINA DE LIMA
  • Data: 26/07/2022

  • Mostrar Resumo
  • O objetivo do trabalho foi avaliar se fatores do hospedeiro podem influenciar na não
    recuperação imune (NRI) de indivíduos HIV-positivos sob terapia no contexto da
    morte celular. Variantes dos genes da via da piroptose
    IL18 (rs187238), IL1B
    (rs1143634), NLRP3 (10754558), CARD8 (2043211) e IFI16 (rs6940) foram
    avaliadas por sondas TaqMan alelo-específicas. Realizou-se uma análise genótipoguiada com o gene
    IL18, considerando o aspecto imunofenotípico de linfócitos T
    CD4+ gerais (CD3+CD4+) e recém-emigradas do timo (RTE) (CD4+CD31+) em
    piroptose (FLICA-Caspase1+). Foi analisado o perfil imunofenotípico utilizando o
    sexo como variável de risco à NRI em relação aos níveis de células T CD4+ RTE
    em piroptose. Foi realizada uma meta-análise com dados de RNA-seq, avaliando o
    perfil de expressão diferencial de células T CD4+ entre pacientes infectados e nãoinfectados com o HIV-1, seguido por análise de ontologia gênica (OG). O
    polimorfismo C>G no gene
    IL18 demonstrou uma menor susceptibilidade à não
    resposta imune tanto do alelo G (
    P=0.10) quanto do genótipo GG (P=0.022). Foi
    demonstrada a associação entre o polimorfismo rs187238 com os níveis de morte
    celular por caspase-1 (
    P=0.020). Observou-se que indivíduos com o genótipo GG
    possuem menores níveis de células T CD4+ RTE piroptóticas em comparação com
    o ancestral homozigoto CC (
    P=0.029) e o heterozigoto CG (P=0.018). O sexo
    masculino apresentou um maior nível de células T CD4+ RTE em comparação ao
    sexo feminino (
    P=0.035). A meta-análise evidenciou a expressão diferencial de 64
    genes relacionados à dinâmica da infecção pelo HIV-1. A análise de OG encontrou
    dados relacionados às vias de resposta imune, migração e adesão celular,
    inflamação e apoptose, além das vias de sinalização Wnt, Notch e ERK/MAPK. Os
    dados encontrados neste estudo fornecem subsídios para uma melhor
    compreensão dos aspectos envolvidos com a morte celular em indivíduos HIV
    positivos não respondedores imunológicos.





  • Mostrar Abstract
  • A deficiência na recuperação imunológica de indivíduos soropositivos submetidos à terapia antirretroviral apresenta-se num contexto multifatorial, em que um dos principais aspectos está ligado à destruição exacerbada de células T CD4+ por ativação de caspase-1. O objetivo do trabalho foi avaliar se fatores do hospedeiro ligados à morte celular por piroptose podem influenciar na recuperação imune da população avaliada. Foi analisado o perfil imunofenotípico em relação aos níveis de células T CD4+ recém-emigradas do timo (RTE) em piroptose por citometria de fluxo, evidenciando a influência do sexo como fator associado à não recuperação imune. Variantes dos genes da via da piroptose IL18 (rs187238), IL1B (rs1143634), NLRP3 (10754558), CARD8 (2043211) e IFI16 (rs6940) foram avaliadas por sondas TaqMan alelo-específicas. Realizou-se uma análise genótipo-guiada com o gene IL18, considerando o mesmo aspecto imunofenotípico anterior. O sexo masculino apresentou um maior nível de células T CD4+ RTE em comparação ao sexo feminino (P=0.035). O polimorfismo C>G no gene IL18 demonstrou uma menor susceptibilidade à não resposta imunológica tanto o alelo G (P=0.10) quanto o genótipo GG (P=0.022). Foi demonstrada a associação entre o polimorfismo rs187238 com os níveis de morte celular por caspase-1 (P=0.020). Observou-se que indivíduos com o genótipo GG possuem menores níveis de células T CD4+ RTE piroptóticas em comparação com o ancestral homozigoto CC (P=0.029) e o heterozigoto CG (P=0.018). Os dados encontrados neste estudo fornecem subsídios para uma melhor compreensão dos aspectos envolvidos com a morte celular em indivíduos HIV positivos não respondedores imunológicos.

5
  • LÍGIA ROSA SALES LEAL
  •           Análise da imunogenicidade de vacinas de DNA multiepítopos contra o Zika vírus



  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • CHRISTIAN ROBSON DE SOUZA REIS
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MARCUS VINICIUS DE ARAGÃO BATISTA
  • Data: 27/07/2022

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  • A infecção por Zika vírus é associada a graves malformações fetais e complicações neurológicas em adultos, representando risco à saúde pública. No entanto, ainda não existem vacinas licenciadas para uso humano. Vacinas de DNA são plataformas altamente adaptáveis, eficientes, seguras e possuem rápida produção e bom custo-benefício, sendo opções interessantes para o desenvolvimento de estratégias vacinais. Neste trabalho, desenvolvemos dois candidatos a vacina de DNA contra o ZIKV, e avaliamos a imunogenicidade destes em ensaios com camundongos Balb/c. Para isso, foram utilizados 14 epítopos presentes nas proteínas do Envelope e NS1, preditos in silico como indutores de respostas mediadas por células T e B. Adicionamos o peptídeo sinal ssPGIP a um dos candidatos, como estratégia de otimização da imunogenicidade vacinal. As sequências foram clonadas no vetor de pVAX1 para expressão em mamíferos e utilizadas para a imunização dos camundongos. Após 21 dias, o período de imunização foi encerrado, o sangue e o baço dos animais foram coletados para análises bioquímicas, hematológicas e imunológicas. Até o presente momento, temos indícios que as duas vacinas de DNA testadas, pVAX_EnvNS1 e pVAX_ssEnvNS1, foram capazes de ativar linfócitos T CD4+ e T CD8+, bem como gerar resposta imune humoral de perfil Th1.  Os dados obtidos indicam que a imunização com pVAX_ssEnvNS1 resulta em perfil polifuncional de produção de citocinas Th1, Th2 e Th17. Enquanto que a ativação de células T CD4+ e CD8+ observada para pVAX_EnvNS1 foi mais robusta e persistente.


  • Mostrar Abstract
  • A infecção por Zika vírus é associada a graves malformações fetais e complicações neurológicas em adultos, representado risco a saúde pública. No entanto, ainda não existem vacinas licenciadas para uso humano. Vacinas de DNA são plataformas altamente adaptáveis, eficientes, seguras e possuem rápida produção e bom custo-benefício. Neste trabalho, propomos o desenvolvimento dois candidatos a vacina de DNA contra o ZIKV, e avaliação imunológica destas em ensaios com camundongos Balb/c. Para isso, foram selecionados 14 epítopos presentes nas proteínas do Envelope e NS1, preditos in silico como indutores de respostas mediadas por células T e B. Adicionamos ao peptídeo sinal ssPGIP a um dos candidatos, como estratégia de otimização da imunogenicidade vacinal. As sequências foram clonadas no vetor de pVAX para expressão em mamíferos e utilizadas para a imunização de camundongos BALB/c. Após o encerramento cronograma de imunização (28 dias), o sangue e baços dos animais foram coletados para análises bioquímicas, hematológicas, imunofenotipagem, isotipagem e análise de citocinas. Até o presente momento, temos indícios que as duas vacinas de DNA testadas, pVAX_EnvNS1 e pVAX_ssEnvNS1, foram capazes de ativar linfócitos T CD4+ e T CD8+, bem como gerar resposta imune humoral de perfil Th1. Os dados obtidos indicam que a imunização com pVAX_ssEnvNS1 resulta em perfil polifuncional com produção de citocinas dos perfis Th1, Th2 e Th17. Enquanto que a ativação de células T CD4+ e CD8+ observada para pVAX_EnvNS1 foi mais robusta e persistente. Como próximo passo, serão realizados ensaios de neutralização por redução de placas que auxiliaram na composição do perfil imunogênicos dos candidatos vacinais

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  • MARIA EDUARDA BEZERRA DE ALBUQUERQUE BORBOREMA
  • Investigação do papel de hormônios esteróides [Vitamina D3 e 17β-Estradiol] na Tuberculose

  • Orientador : JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MICHELLE CHRISTIANE DA S. RABELLO
  • SUELEN CRISTINA DE LIMA
  • VIRGINIA MARIA BARROS DE LORENA
  • Data: 25/08/2022

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  • O objetivo deste trabalho foi avaliar como a vitamina D3 e o 17β-estradiol e seus respectivos receptores podem influenciar na resposta contra o Mycobacterium tuberculosis (Mtb). Para isso verificamos a associação entre polimorfismos do VDR, TLR4 e MYD88 e a susceptibilidade à tuberculose (TB), e acessamos os níveis de expressão do VDR, NLRP1, e NLRC4 em pacientes com TB. Além disso, verificamos se a vitamina D3 e o 17β-estradiol alteram o perfil de expressão do VDR, RXRα, RXRβ, ESR1, ESR2, CAV-1, NLRP3, DC-SIGN, IL-10 e IL-1β em cultura de PBMCs infectadas com a cepa Mtb H37Rv. O TagSNP rs4760648 (T/T) do VDR está associado a um maior risco, enquanto que os rs1540339 (T/T) e rs2228570 (T/T) estão associados a uma menor susceptibilidade à TB. A expressão do VDR também foi aumentada em pacientes com TB. O rs6853 (G/G) do MYD88 foi associado a uma menor suscetibilidade à TB em caucasianos. Enquanto que o rs7873784 (G/G) do TLR4 foi associado a uma maior suscetibilidade em afrodescendentes. Nas culturas de PBMCs infectadas com Mtb observamos que a vitamina D3 aumentou a expressão do ESR1 e ESR2 e que mesmo na ausência do ligante, esses genes são positivamente regulados. O CAV-1 foi regulado negativamente na infecção pelo Mtb, mas tem sua expressão aumentada na presença da vitamina D3. Podemos concluir que a vitamina D3 e o 17β-estradiol influenciam na resposta contra o Mtb


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  • Doenças respiratórias infecciosas estão entre as três principais causas de morte no mundo, com destaque para tuberculose (TB) e COVID-19. Ambas, embora apresentem diferentes patógenos, Mycobacterium tuberculosis (Mtb) e SARS-CoV-2, respectivamente, são consideradas graves e epidêmicas. As suas taxas de infecção são semelhantes entre homens e mulheres, entretanto o número de complicações e óbitos decorrentes das duas infecções é maior em homens quando comparado às mulheres em idade fértil. Hormônios esteroides 17β- estradiol (E2) e vitamina D3 (VD3) podem desempenhar importantes papéis imunomoduladores surgindo como moléculas coadjuvantes no tratamento dessas doenças. Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar como como esses hormônios influenciam na resposta imune frente à inflamação causada por esses patógenos em modelos ex vivo e in vitro. Como resultados parciais, identificamos associação entre os SNPs VDR rs4760648 e rs2228570 e a susceptibilidade diferencial à TB. O mRNA do VDR apresentou expressão de -10,717 vezes, p=8,42x10-12 em pacientes com TB. Elencamos em uma revisão o possível papel do E2 na resposta imune ao SARS-CoV-2, uma vez que esse hormônio modula a resposta imune e regula uma reação inflamatória mais eficaz na COVID- 9. Verificamos que VD3 e E2, em cultura celular de PBMC, exercem papeis diretos na inflamação em resposta ao Mtb modulando a expressão de diversos genes da resposta imune. Assim, possibilitamos identificar vias pelas quais esses hormônios atuam na modulação da inflamação nessas patologias.

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  • BÁRBARA NAZLY RODRIGUES SANTOS
  • Distribuição e padrões da contaminação ambiental porSARS-CoV-2 e desenvolvimento de um teste do tipo “point-of-care” para o diagnóstico da COVID-19



  • Orientador : LINDOMAR JOSE PENA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ABELARDO SILVA JÚNIOR
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • LINDOMAR JOSE PENA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • RONALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA
  • Data: 30/08/2022

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  • A COVID-19 causada pelo SARS-CoV-2, disseminou-se mundialmente desde o seu primeiro registro no final de 2019 em Wuhan, China, sendo declarada como uma pandemia pela OMS. O SARS-CoV-2 infecta humanos e é altamente transmissível a partir do contato direto com pessoas infectadas, ou por contato indireto através de superfícies contaminadas. Atualmente, a técnica padrão-ouro para diagnóstico do SARS-CoV-2 é a RT-qPCR, porém por apresentar limitações, alguns métodos alternativos estão sendo explorados. Devido a sua sensibilidade, versatilidade, robustez e baixo custo, a técnica RT-LAMP tem sido aplicada para a detecção do SARS-CoV-2. Diante do exposto, este estudo teve por objetivo avaliar as medidas mais eficazes para controlar a pandemia da COVID-19, desde a análise da transmissibilidade em áreas urbanas públicas, até o desenvolvimento de uma plataforma diagnóstica baseada em RT-LAMP para detecção do SARS-CoV-2 em amostras humanas. Um total de 400 amostras de superfícies foram coletadas em fevereiro de 2021 no Recife, 24.2% foram positivas para o SARS-CoV-2 por RT-qPCR e 97.4% dos locais de coleta apresentaram pelo menos uma amostra de superfície contaminada. Em paralelo, ensaios RT-LAMP para detecção do SARS-CoV-2 foram conduzidos para padronização da técnica, avaliação da sensibilidade e especificidade, assim como validação clínica com 317 amostras humanas coletadas entre 2020 e 2021. O ensaio RT-LAMP apresentou elevada sensibilidade (~ 95%) e detectou o SARS-CoV-2 a partir de 15 minutos, sem necessidade de extração de RNA. O desempenho diagnóstico foi similar a RT-qPCR porém com otimização do tempo e custo cerca de 40x menor. Os dados apresentados fornecem informações quanto a dispersão do SARS-CoV-2 em Recife, cidade muito afetada pela COVID-19 e demonstra os pontos de controle críticos para interrupção da cadeia de transmissão do SARS-CoV-2. Além disso, visando controlar a pandemia em curso a partir da testagem em massa, a plataforma diagnóstica aqui desenvolvida servirá para aplicação em ponto de atendimento, especialmente em áreas com pouco recursos. 


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  • A disseminação de Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenêmicos e o aumento do uso das polimixinas para tratamento de infecções causadas por esses microrganismos, contribuiu para a emergência de isolados resistentes a esses fármacos. Este estudo objetivou avaliar a relação genética e resistência à colistina e outras drogas em isolados de K. pneumoniae de um hospital universitário do Recife. Foram estudadas 16 cepas coletadas de 2014 a 2016, que tiveram o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos determinado por automação. A relação clonal foi estabelecida utilizando eletroforese em gel de campo pulsado e tipagem de sequência multilocus. A resistência à colistina foi avaliada em relação à presença do gene mcr, alterações nos genes dos sistemas de dois componentes - TCSs (phoPQ e pmrAB) e integridade do gene mgrB. A Identificação dos genes de beta-lactamases (blaKPC, blaTEM, blaCTX, blaSHV) também foi executada. Três pulsotipos foram definidos e a maioria dos isolados pertencem ao ST11. Um deles pertence ao ST3990, ainda não relatado. As sequências de inserção ISKpn13 e IS903B foram identificadas interrompendo o mgrB. Mutações foram observadas nos genes pmrB, phoP e phoQ. O gene mcr não foi detectado. Todos os isolados apresentaram mais de um gene de beta-lactamase. Esses resultados destacam a frequência de interrupção insercional do mgrB e mutações nos genes dos TCSs mediando a resistência à colistina em isolados policlonais de K. pneumoniae multirresistentes em um hospital público do Recife.

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  • VANESSA EMANUELLE PEREIRA SANTOS
  • Genômica estrutural e transcriptômica de genes 14-3-3 expressos em feijão-caupi sob desidratação radicular e pinhão-manso sob estresse salino (NaCl)



  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDERSON AKIO KIDO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • JOAO PACIFICO BEZERRA NETO
  • MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 23/09/2022

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  • Estresses abióticos são os principais fatores que alteram o crescimento, desenvolvimento e produtividade dos vegetais. Para suportar tais condições, as plantas desenvolvem mecanismos fisiológicos, bioquímicos e moleculares. A resposta molecular ao estresse inclui a atividade de vários grupos de moléculas, incluindo os fatores gerais de regulação (GRF) 14-3-3s que são reguladores multifuncionais envolvidos em diversos processos desde à germinação até a resposta às condições desfavoráveis. Este estudo buscou identificar e caracterizar, a nível estrutural e funcional, a família gênica 14-3-3 de feijão-caupi e pinhãomanso. Para isto, 14-3-3s das duas espécies foram identificadas em bancos de dados e comparadas entre espécies evolutivamente próximas. Para cada espécie foram idenficadas nove isoformas com estrutura conservada, as quais apresentam alta similaridade entre espécies próximas aparentadas. A análise transcriptômica (RNA-Seq e HT-SuperSAGE) identificou dois transcritos 14-3-3 de feijão-caupi induzidos sob desidratação radicular no acesso Pingo-de-Ouro-1-2, considerado tolerante ao déficit hídrico e três transcritos RNA-Seq 14-3-3 de pinhão-manso induzidos sob imposição de 150mM de NaCl no acesso 171, considerado moderadamente tolerante ao sal. Redes PPI indicam a interação de 14-3-3s de feijão-caupi com vários grupos de fosfatases e, em pinhão-manso, foi evidenciada a posição central de um heterodímero 14-3-3 interagindo com alvos relacionados a resposta ao estresse, incluindo a H+-ATPase de membrana plasmática. Os resultados sugerem que a família gênica 14-3-3 está envolvida na resposta aos estresses de seca e sal e indicam alvos induzidos e importantes interatores que poderm ser explorados pelo melhoramento genético das espécies estudadas.


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  • O feijão-caupi é uma cultura de importância socioeconômica que, apesar de ser  considerada tolerante à estresses abióticos, apresenta redução de produtividade mediante tais situações. Em condições de estresse, as plantas desencadeiam uma reprogramação transcriptômica para suportar condições desfavoráveis. As proteínas 14-3-3s são moléculas conservadas e multifuncionais que estão envolvidas em diversos processos desde à germinação de sementes até a resposta às condições desfavoráveis. Este estudo buscou identificar e caracterizar, a nível estrutural e funcional, a família gênica 14-3-3 do feijão-caupi. Para isto, transcritos 14-3-3s foram identificados a partir de sondas, desta e de outras cinco leguminosas. As sequências foram traduzidas e analisadas in silico quanto à estrutura, localização, conservação e características químicas. Foram identificadas nove isoformas com estrutura conservada e pequenas variações nas regiões N e C terminais. As 14-3-3s subdividem-se nos grupos Epsilon e não Epsilon com base na estrutura de organização éxon-ínton. Ortólogos foram encontrados em todas as leguminosas analisadas comparativamente. Bibliotecas HT-SuperSAGE e RNASeq foram utilizadas para analisar o perfil de expressão in silico das 14-3-3s, sob estímulo de desidratação radicular e salinidade. Os transcritos Vu14-3-3 apresentam respostas variadas, todavia, Vu14-3-3d e Vu14-3-3a foram upregulated para o acesso tolerante e down-regulated para o acesso sensível, mediante desidratação radicular, o que indica que estes podem ser alvos promissores à serem explorados no melhoramento genético da espécie.

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  • JOSÉ RAFAEL DA SILVA ARAUJO
  • ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE DUAS PLANTAS MEDICINAIS: Commiphora leptophloeos E Anadenanthera colubrina var. cebil



  • Orientador : ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS FERNANDO ARAUJO LIMA DE OLIVEIRA
  • ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
  • NEIDE SANTOS
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • PEDRO MARCOS DE ALMEIDA
  • Data: 29/11/2022

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  • As plantas medicinais são utilizadas por diferentes comunidades tradicionais de forma empírica, sendo necessários testes científicos que avaliem suas propriedades tóxicas e a eficácia das atividades biológicas. Tais informações contribuem para fomentar a fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil na atenção primária. No presente trabalho, extratos aquosos das cascas do tronco de Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett (Burseraceae) e de Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul foram avaliados quanto aos potenciais antioxidante, citotóxico, genotóxico e antigenotóxico. Os metabólitos secundários das cascas secas de cada espécie foram extraídos por decocção e em seguida liofilizados. Para avaliar o potencial antioxidante foram utilizados os testes DPPH, ABTS, fosfomolibdênio e poder redutor em 8 concentrações, variando de 0,7839 a 100 μg/mL. Os valores de CE50 variaram de 5,43 a 35,20 μg/mL para C. leptophloeos e de 4,45 a 42,15 μg/mL para A. colubrina var. cebil. As células de fibroblastos de murinos (L929) foram empregados para avaliar a citoxicicidade, genotoxicidade e antigenotoxicidade. Na avaliação da citotoxicidade, nenhuma das concentrações utilizadas (13 concentrações variando entre 1,56 e 6400 μg/mL) alterou a viabilidade celular para os extratos de ambas as espécies. Adicionalmente, nenhuma das concentrações avaliadas (6,25, 25, 100 e 400 μg/mL) apresentou genotoxicidade para ambas as espécies avaliadas. Com relação à antigenotoxicidade, apenas as cascas de A. colubrina var. cebil foram avaliadas (200 μg/mL), observando-se ausência de antigenotoxicidade contra o metil metanossulfonato. A mutagenicidade foi avaliada pelo teste de mutação reversa usando duas cepas Salmonella typhimurium. Nenhuma das concentrações (6,25; 25; 100; 400 e 1600 μg/placa) para ambas as cepas avaliadas induziu aumento de revertentes causando mutagenicidade. A avaliação fitoquímica por CLAE/EM das cascas de C. leptophloeos revelaram que a classe dos flavonoides, principalmente do tipo epicatequina, foi a mais abundante e provalmente contribuiu com os resultados observados. Dessa forma, sugere-se que o extrato aquoso das cascas de C. leptophloeos e de A. colubrina var. cebil apresentam potencial antioxidante promissor com ausência de citogenotoxicidade e de mutagenicidade para os testes realizados.


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  • A fitoterapia é utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil para atender a atenção primária. Mas antes de serem utilizadas pelo SUS, as plantas precisam de comprovação quanto às suas propriedades biológicas e toxicológicas. No presente trabalho, extrato aquoso das cascas de Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett (Burseraceae) foi avaliado quanto ao potencial antioxidante, citotóxico, genotóxico e antigenotóxico. A decocção do material seco foi realizada para extração dos metabólitos, seguida de liofilização. Para avaliar o potencial antioxidante foram utilizados os testes DPPH, ABTS, fosfomolibdênio e poder redutor em 11 concentrações, variando de 0,39 a 200 μg/mL. Os valores de EC50 foram determinados para cada teste: 5,00; 4,45; 42,15 e 38,62 μg/mL, respectivamente. As células de fibroblastos de murinos (L929) foram empregados para avaliar a citoxicicidade, genotoxicidade e antigenotoxicidade. No primeiro teste, nenhuma das concentrações utilizadas (13 concentrações variando entre 1,56 e 6400 μg/mL) alterou a viabilidade celular. No segundo teste, nenhuma das concentrações avaliadas (6,25, 25, 100 e 400 μg/mL) apresentou genotoxicidade. Por outro lado, a concentração de 200 μg/mL não exibiu antigenotoxicidade contra o metil metanossulfonato. Dessa forma, observa-se que o extrato aquoso das cascas de C. leptophloeos apresenta potencial antioxidante promissor com ausência de citogenotoxicidade, com base nos testes realizados, indicando o referido extrato para compor a fitoterapia do sistema de saúde do Brasil. 

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  • MARIA LUIZA ROCHA DA ROSA BORGES
  •            ANEMIA DE FANCONI EM PERNAMBUCO: CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E GENÉTICA

  • Orientador : NEIDE SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROBERTO RODRIGUES CAPELA DE MATOS
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MARIANA BRAYNER CAVALCANTI FREIRE BEZERRA
  • NEIDE SANTOS
  • TERESA DE SOUZA FERNANDEZ SEIXAS
  • Data: 13/12/2022

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  • Anemia de Fanconi (AF) é uma doença rara, autossômica recessiva caracterizada
    por fragilidade cromossômica decorrente do defeito no sistema de reparo do DNA.
    A clínica da doença é heterogênea variando de pacientes assintomáticos até
    fenótipos mais graves que envolvem alterações na pele, baixa estatura, alterações
    esqueléticas e falência medular. O diagnóstico é realizado a partir do teste de
    fragilidade cromossômica usando agentes alquilantes como mitomicina C e/ou
    diepoxibutano ou, ainda pela identificação de mutações nos genes FANCS. No
    Brasil não existem dados epidemiológicos a respeito da doença e poucos centros
    realizavam o teste diagnóstico de fragilidade cromossômica, que era ausente nos
    centros na região Nordeste. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi diagnosticar
    através da MMC e traçar o perfil clínico e genético dos genes FANCs dos pacientes
    pediátricos com AF do estado de Pernambuco. No período de 2018 a março de
    2022, foram estudados 16 de 100 pacientes suspeitos para AF. Dentre os pacientes
    AF foi observado uma pequena prevalência no sexo feminino (55%), e as principais
    alterações clínicas foram manchas café com leite (60%) e anormalidades
    esqueléticas (53%). A análise de citogenética da medula óssea realizada em oito
    pacientes AF, mostrou em caso a trissomia clonal do cromossomo 21. O estudo
    molecular realizado em 6 pacientes mostrou o acometimento do gene FANCA em
    66,6% apresentando as seguintes mutações: c.2535_2526delCT, c.4011-2A>C,
    c.1475A>G e c.3788_3790delTCT. O outro gene acometido foi o FANCG (33%)
    apresentando as mutações: c.1077-2A>G e c.908T>C. A partir dos dados obtidos,
    foi possível traçar um perfil clínico, citogenético e molecular preliminar dos
    pacientes do estado de Pernambuco, favorecendo com os dados epidemiológicos
    para a região Nordeste. A anemia de Fanconi é uma doença subdiagnosticada no
    Brasil e a implantação do teste diagnóstico em PE proporcionou um diagnóstico
    precoce, e consequentemente um melhor acompanhamento aos pacientes,
    garantindo um melhor tratamento e qualidade de vida..


  • Mostrar Abstract
  • Anemia de Fanconi é uma doença rara, autossômica recessiva caracterizada por fragilidadade cromossômica decorrente de defeito no sistema de reparo do DNA. A clínica da doença é heterogênea variando de pacientes assintomáticos até fenotipos mais graves que envolvem alterações na pele, baixa estatura, alterações esqueleticas e falência medular. O diagnóstico é realizado a partir do teste de fragilidade cromossômica usando agentes alquilantes como  mitomicina C e diepoxibutano ou estudo por mutação nos genes FANCS.  No Brasil não existem dados epidemiológicos a respeito da doença e poucos centros realizam o teste diagnóstico de fragilidade cromossômica, sendo ausente centros na região Nordeste. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos biomoleculares dos pacientes pediátricos com AF do estado de Pernambuco. No periodo de 2018 a 2020, 75 pacientes suspeitos para  AF foram analisados, tendo 15 pacientes com diagnóstico confirmado através do teste de Mitomicina C. Dentre os pacientes AF+ foi observado uma pequena prevalência no sexo feminino (55%), presença de manchas café com leite (60%) e anormalidades esqueleticas (53%).  Cinco pacientes AF+ realizaram a citogenética da medula óssea, onde quatro apresentaram cariótipo normal e um apresentou trissomia do cromossomo 21. A partir dos dados obtidos, foi possivel traçar um perfil clínico e biomolecular dos pacientes do estado de Pernambuco, favorecendo com os dados epidemiológicos para a região Nordeste. A anemia de Fanconi é uma doença subdiagnósticada no Brasil  e a implantação do teste diagnóstico em PE, proporcionou um diagnóstico mais precoce, e consequentemente um melhor acompanhamento aos pacientes, garantindo um melhor tratamento e qualidade de vida para os pacientes AF.

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  • ELTON PEDRO NUNES PENA
  • PROTEÔMICA RADICULAR DE CANA-DE-AÇÚCAR(Saccharum SPP.) ASSOCIADA A FUNGO MICORRÍZICO ARBUSCULAR SOB DÉFICIT HÍDRICO



  • Orientador : TERCILIO CALSA JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOÃO DE ANDRADE DUTRA FILHO
  • KATIA CASTANHO SCORTECCI
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • Data: 19/12/2022

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  • O déficit hídrico é um dos principais fatores limitantes da produtividade da cana-de-açúcar, comprometendo o desenvolvimento da planta e podendo ocasionar perdas no canavial. A associação de plantas com organismos simbiontes como fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) podem mitigar os efeitos do déficit hídrico, pela
    modulação da expressão de genes e o acúmulo de proteínas e metabólitos específicos. Entretanto, relativamente poucas informações estão disponíveis sobre os mecanismos moleculares envolvidos nesta interação com FMAs e estresses nas plantas. O objetivo deste trabalho foi analisar as alterações fisiológicas, morfométricas e proteômicas em raízes de cana-de-açúcar associada a FMAs e submetidas ao déficit hídrico. Variedades de cana-de-açúcar (RB867515 e RB041443) foram propagadas em vasos inoculados ou não com esporos de Dentiscutata heterogama (FMADH) ou de Claroideoglomus etunicatum (FMACC). Após quatro meses da inoculação, metade dos vasos foram submetidos ao estresse por déficit hídrico por sete dias. Posteriormente, foi retomado o fornecimento de água para a realização de análises de reidratação. A análise proteômica diferencial foi realizada utilizando as variedades RB867515 e RB041443 submetidas ao déficit hídrico, inoculadas ou não pelo FMADH. As proteínas radiculares foram extraídas por método fenólico, quantificadas pelo método de Bradford, e digeridas com tripsina. Os peptídeos obtidos foram submetidos à espectrometria de massas via ESI-Q-ToF. Os espectros obtidos foram analisados no programa Progenesis QI (Waters) para quantificação e identificação das proteínas diferencialmente acumuladas (DAPs). As DAPs foram agrupadas por processo biológico e analisadas quanto a interação entre elas. Ambas variedades apresentaram alterações morfométricas e fisiológicas, com destaque para variedade RB867515, no qual os FMAs interagiram de forma mais eficiente. O FMADH interagiu de forma
    mais eficaz com as variedades RB867515 e RB041443. Na variedade RB867515 foi identificado um total de 399 proteínas e, destas, 29 foram DAPs, das quais 5 foram do tratamento não-inoculado com FMADH e 24 do tratamento inoculado com FMADH. Já na variedade RB041443 foi observado 60 DAPs no tratamento não-colonizado e 22 na condição colonizada. Dentre as proteínas identificadas, destacam-se as proteínas GDH, PLY10, Protoclorofila redutase sub. N independente de luz, SPINDLY, MDH citoplasmática e mitocondrial e desidratase
    NAD(P)HX dependente de ATP. Os resultados obtidos podem auxiliar na elucidação dos mecanismos de tolerância da cana-de-açúcar ao déficit hídrico associado a FMAs e no desenvolvimento de variedades mais tolerantes.

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  • O déficit hídrico é um dos principais fatores limitantes da produtividade da cana-de-açúcar, comprometendo o desenvolvimento planta, podendo ocasionar perda do canavial. Associação de plantas com organismos simbiontes como fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) podem mitigar os efeitos do déficit hídrico, por modular a expressão de genes, acúmulo de proteínas e produção de metabólitos. Entretanto, existem poucas informações na literatura sobre os mecanismos envolvidos neste processo em plantas ocasionado pela associação com FMAs. O objetivo deste trabalho foi analisar as alterações fisiológicas e proteômicas das raízes de cana-de-açúcar associados a FMAs e submetidas ao déficit hídrico. Variedades de cana-de-açúcar (RB867515 e RB041443) foram propagdas em vasos inoculados ou não com esporos de Dentiscutata heterogama (FMADH) ou de Claroideoglomus clarum (FMACC). Após quatro meses de inoculação, metade dos vasos foram submetidos ao estresse por déficit hídrico por sete dias. Posteriormente, foi retomado o fornecimento de água para a realização de análises de reidratação. A análise proteômica foi realizada utilizando a variedade RB867515 submetida ao déficit hídrico, inoculadas ou não pelo FMADH. As proteínas radiculares foram extraídas pelo método fenólico, quantificadas pelo método de Bradford, e digeridas por tripsina. Os peptídeos obtidos foram submetidos à espectrometria de massas do tipo ESI-Q-ToF Synapt G2S (Waters). Os espectros obtidos foram analisados no programa Progensis QI (Waters) para identificação das proteínas diferencialmente acumuladas (DAPs). As DAPs foram agrupadas por processo biológico por meio do programa Blast2GO e observado a interação entre elas por meio do programa Cytoscape. Foi identificado um total de 399 proteínas, destas 29 são DAPs, das quais 5 foram do tratamento não-inoculado com FMA e 24 do tratamento inoculado com FMA. Dentre as proteínas identificadas, destaque para a proteína Receptor de ácidoabscisíco PYL10 mais acumulada no tratamento inoculado com FMA. Esta proteína é um receptor de ABA, envolvida com respostas a estresse, inibe a proteína fosfatase PP2C, permitindo que transcrição de genes que regulam inúmeras respostas na planta. Portanto, os dados obtidos podem auxiliar na elucidação dos mecanismos de tolerância da cana-de-açúcar ao déficit hídrico associado a FMAs e no desenvolvimento de variedades mais tolerantes.

2021
Dissertações
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  • LUCAS MATHEUS BARRETO SANTANA
  • Avaliação funcional do polimorfismo TP53 Arg72Pro em linhagens celulares de leucemia mieloide aguda

  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • JUAN LUIZ COELHO DA SILVA
  • ANNA JESSICA DUARTE SILVA
  • Data: 29/07/2021

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  • Atualmente, alterações cromossômicas estruturais juntamente com mutações somáticas adquiridas são frequentemente identificadas em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA), sendo utilizadas para definir subgrupos distintos de pacientes quanto ao seu prognóstico. Apesar da sua evidente importância, a contribuição de fatores germinativos sempre foi subestimada na patogênese e evolução clonal da LMA. Dentre as diferentes variantes genéticas que são descritas como relevantes no câncer, merece destaque o polimorfismo presente no gene TP53 Arg72Pro (G215C), particularmente por sua frequência e seu papel como um modulador da atividade
    proteica. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o papel funcional do polimorfismo
    TP53 Arg72Pro em linhagem celular de LMA. Primeiro foram construídos vetores lentivirais contendo as variantes polimórficas TP53-Arg e TP53- Pro72. Em seguida, estes vetores foram utilizados para infectar as células leucêmicas da linhagem THP-1 (células com expressão nula do gene TP53; TP53 -/- ). Após a transfecção lentiviral e subsequente seleção das células infectadas, estas células foram utilizadas em ensaios de proliferação celular e apoptose. Não foi observada diferença nas taxas de proliferação celular das células leucêmicas THP-1 que expressavam a variante Arg ou Pro72 da proteína p53. No entanto, as células contendo a variante Arg72 foram mais sensíveis a apoptose induzida por citarabina, um quimioterápico frequentemente utilizado da prática clínica. Dessa forma, é
    possível que o polimorfismo
    TP53 Arg72Pro module a atividade da p53 na LMA




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  • Atualmente, alterações cromossômicas estruturais juntamente com mutações somáticas adquiridas são frequentemente identificadas em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA), sendo utilizadas para definir subgrupos distintos de pacientes quanto ao seu prognóstico. Apesar de sua evidente importância, a contribuição de fatores hereditários sempre foi subestimada na patogênese e evolução clonal da LMA. Dentre as diferentes variantes genéticas que são descritas como relevantes no câncer, merece destaque o polimorfismo presente no gene TP53 Arg72Pro (G215C), particularmente por sua frequência e seu papel como um modulador da atividade
    proteica. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o papel funcional do polimorfismo
    TP53 Arg72Pro em linhagem celular de LMA. Primeiro foram construídos vetores lentivirais contendo as variantes polimórficas TP53-Arg e TP53- Pro72. Em seguida, estes vetores foram utilizados para infectar as células leucêmicas da linhagem THP-1(células knockdown para o gene TP53; TP53 -/-). Após a transfecção lentiviral e subsequente seleção das células infectadas, estas células foram utilizadas em ensaios de proliferação celular e apoptose. Foi observado que as células que continham a variante TP53-Pro72 apresentaram menor taxa de proliferação celular, enquanto que as células contendo a variante TP53-Arg72 foram mais sensíveis a apoptose induzida por citarabina, um quimioterápico frequentemente utilizado da prática clínica. Dessa forma, é possível que o polimorfismo TP53 Arg72Pro module a atividade da proteína p53 na LMA, podendo servir como um possível alvo terapêutico na doença.

2
  • KEYLA VITORIA MARQUES XAVIER
  • Análise genômica dos isolados clínicos de Pseudomonas aeruginosa comportando o Sistema CRISPR/Cas

  • Orientador : TEREZA CRISTINA LEAL BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • SAULO RELISON TINTINO
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • Data: 30/07/2021

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  • Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista capaz de infectar pacientes queimados ou imunocomprometidos em hospitais e ambientes de assistência à saúde. Uma das principais causas de infeções hospitalares causadas por P. aeruginosa é devido a sua resistência intrínseca aos antimicrobianos e produção de biofilme. O sistema CRISPR/Cas é definido como um mecanismo de defesa de procariotos contra elementos genéticos móveis (MGEs), composto por um loco CRISPR, formado por sequências repetitivas intercaladas por espaçadores e genes cas. O trabalho teve como objetivo uma análise de isolados de P. aeruginosa comportando o sistema CRISPR/Cas. Dos 12 isolados analisados, 83% abrigam o sistema tipo I-F e 17% o sistema tipo I-E. Apesar de existirem outros tipos de sistema CRISPR em P. aeruginosa, o tipo I-F é o mais encontrado nos isolados. Os espaçadores encontrados para o tipo I-F correspondem a sequências de bacteriófagos e plasmídeos, corroborando com o princípio de funcionamento do sistema CRISPR/Cas. Foi observado a presença de genes anti-CRISPR e profagos inseridos nos genomas desses isolados. A presença dos STs compartilhados entre setores e entre hospitais permitiu traçar uma rota de disseminação desses isolados. Entretanto, a aplicação do loco CRISPR como uma ferramenta molecular para tipagem, se mostrou ineficaz em P. aeruginosa. Nossos resultados fornecem informações sobre a genética básica estrutural do loco CRISPR, o que vem a contribuir com a geração de conhecimentos sobre o sistema CRISPR/Cas em P. aeruginosa.


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  •    Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista capaz de infectar pacientes queimados ou imunocomprometidos em hospitais e ambientes de assistência à saúde. Uma das principais causas de infeções hospitalares causadas por P. aeruginosa é devido a sua resistência intrínseca aos antimicrobianos e produção de biofilme. O sistema CRISPR/Cas é definido como um mecanismo de defesa de procariotos contra elementos genéticos móveis (MGEs), composto por um loco CRISPR, formado por sequências repetitivas intercaladas por espaçadores e genes cas. O trabalho teve como objetivo uma análise de isolados de P. aeruginosa comportando o sistema CRISPR/Cas. Dos 12 isolados analisados, 83% abrigam o sistema tipo I-F e 17% o sistema tipo I-E. Apesar de existirem outros tipos de sistema CRISPR em P. aeruginosa, o tipo I-F é o mais encontrado nos isolados. Os espaçadores encontrados para o tipo I-F correspondem a sequências de bacteriófagos e plasmídeos, corroborando com o princípio de funcionamento do sistema CRISPR/Cas. Foi observado a presença de genes anti-CRISPR e profagos inseridos nos genomas desses isolados. A presença dos STs compartilhados entre setores e entre hospitais permitiu traçar uma rota de disseminação desses isolados. Entretanto, a aplicação do loco CRISPR como uma ferramenta molecular para tipagem, se mostrou ineficaz em P. aeruginosa. Nossos resultados fornecem informações sobre a genética básica estrutural do loco CRISPR, o que vem a contribuir com a geração de conhecimentos sobre o sistema CRISPR/Cas em P. aeruginosa.

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  • VINICIUS TORRES GUERRA
  • Co-expressão de genes ligados em Vigna unguiculata (L.) Walp após estímulo de desidratação radicular

     





  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDERSON AKIO KIDO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • FLAVIA FIGUEIRA ABURJAILE
  • MAURISRAEL DE MOURA ROCHA
  • Data: 27/08/2021

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  • Em Ciências Agrárias, identificar alelos associados com tolerância a condições de seca será imprescindível para suprir as demandas futuras por alimentos. A natureza complexa dos loci controladores de caráter quantitativo (QTLs) limita a manipulação destes nos programas de melhoramento vegetal. O feijão-caupi (Vigna unguiculata) é uma cultura importante socioeconomicamente, principalmente em países pobres, e tem emergido como um modelo para estudos envolvendo o estresse de seca. O presente trabalho aplicou uma nova proposta para identificar genes candidatos para estudos associativos em feijão-caupi tendo por base a expressão gênica, a ligação física entre genes, e evidências funcionais disponíveis por datamining. Para tanto, unitags HT-SuperSAGE de dois cultivares com respostas contrastantes a seca (tolerante e sensível), cujas raízes foram expostas ao ar (até 150 min.), foram identificadas em transcritos de referência da espécie, e aqueles de co-expressão induzida mapeados em loci consecutivos no genoma foram associados a 79 blocos, dos quais 21 (67 genes) apresentaram evidências funcionais, em estudos com estresses em plantas. Daqueles cujas funções já foram demonstradas por genética reversa, vários seriam potenciais marcadores moleculares funcionais, especialmente blocos com componentes das vias de sinalização por fitohormônios (ARIA, WRKY52 e OPR3) ou envolvendo respostas a estresses (CHS17 e PAL2). Espera-se que a caracterização proposta possa ser útil em programas de melhoramento do feijão-caupi e espécies correlatas, a partir da manipulação dos blocos ou dos genes individuais.




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  • Dentro das ciências agrárias, identificar alelos relacionados a produção em condições de seca é imprescindível para suprir a demanda futura por alimentos. Entretanto, a natureza complexa e quantitativa de seus loci controladores (QTLs) limitam a manipulação por programas de melhoramento.Dissecar um QTL a nível
    de genes individuais (QTGs) possibilita aplicação desses na desejada Seleção Assistida por Marcadores (SAM). Porém, a tarefa muitas vezes é desafiadora. O feijão-caupi (
    Vigna unguiculata) é uma cultura que vem emergindo como modelo em estudos acerca da resposta ao estresse de seca devido a sua resiliência
    natural e genoma pequeno. O presente trabalho propiciou a identificação de genes candidatos (GCs) responsivos ao estresse em questão Para isso,
    unitags HT-SuperSAGE geradas a partir de genótipos contrastantes (tolerante e sensível) da espécie, expostos a desidratação radicular (até 150 minutos) e mantidos sob cultivo hidropônico normal (controle negativo), permitiram identificar transcritos associados (BLASTn). Após contagem das tags relativas a cada transcrito, aqueles co-expressos entre os genótipos e mapeados in silico em loci fortemente
    ligados no cromossomo foram selecionados como candidatos. Dos 58 conjuntos alvos, três blocos de
    loci sequenciais, com componentes para: Chalcone synthase (24kpb), Pathogenesis related (30kpb) e um de composição variada (38kpb) estiveram diretamente relacionados com estresse de seca segundo a literatura.
    Esses genes, após devidas validações das expressões (via RT-qPCR), poderão ser úteis em programas de melhoramento de feijão-caupi, bem como de outras leguminosas.


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  • VALQUIRIA DA SILVA
  • Expressão de Genes das Vias de Sinalização por Fitohormônios em Feijão-caupi Sob Estresse de Desidratação Radicular

     



  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDERSON AKIO KIDO
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MARCELO FRANCISCO POMPELLI
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 31/08/2021

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  • O feijão-caupi representa a principal leguminosa cultivada nas regiões Norte e Nordeste, e como as demais  é fortemente afetada pelo déficit hídrico. Frente a tal estresse, os fitohormônios atuam como sinalizadores, promovendo respostas específicas às plantas. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a expressão de genes de V. unguiculata, envolvidos nas vias de sinalização de fitohormônios, após a exposição das raízes ao ar (150 min.). Para tanto, unitags HT-SuperSAGE de feijão-caupi, provenientes de dois cultivares diferentes em resposta à seca, foram associadas (BlastN) a transcritos de feijão-caupi das vias de sinalização por auxina, citocinina giberelina, ácido abscísico, etileno, jasmonato, brassinoesteróides, ácido salicílico e estrigolactonas. Dos 630 transcritos previstos nas vias, 260 foram diferencialmente expressos (DE, p <0,05) após o estímulo aplicado. No perfil PO (cultivar tolerante Pingo de Ouro), transcritos UR (induzidos), DR (reprimidos) e n.s. foram, respectivamente, 146, 35 e 78. No perfil sensível SI (Santo Inácio), estes foram 81, 80 e 99. Fatores de transcrição potencialmente regulando genes cujos transcritos foram UR também foram previstos, assim como os interatomas associados aos transcritos UR das respostas individuais. A partir dos resultados, 17 pares de primers para RT-qPCR foram propostos, visando o desenvolvimento de marcadores funcionais baseados em cDNAs. Os resultados contribuem para uma melhor compreensão das vias de sinalização dos fitohormônios nas respostas do feijão-caupi, face a um estresse de seca, podendo ser úteis aos programas de melhoramento genético, na busca de materiais mais adaptados a este estresse, o qual compromete nossas produções.


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  • O feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp] representa a principal leguminosa cultivada nas regiões Norte e Nordeste. No entanto, essa cultura sofre graves perdas às custas de fatores ambientais adversos, incluindo a seca. Quando as plantas enfrentam estresses ambientais, os fitohormônios atuam como transdutores de sinal,
    promovendo respostas específicas às plantas. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a expressão de genes envolvidos nas vias de sinalização de fitohormônios, em
    V. unguiculata, após a exposição das raízes ao ar (150 min.). Para esse fim, unitags SuperSAGE (de 26 pb) de feijão-caupi, provenientes de dois acessos
    diferentes em resposta à seca, foram alinhadas (via BlastN) aos transcritos de feijãocaupi associados a nove vias de sinalização de fitohormônio (auxina, citocinina giberelina, ácido abscísico, etileno, jasmonato, brassinoesteóides, ácido salicílico e estrigolactonas). Dos 625 transcritos relacionados a essas vias, 320 foram
    diferencialmente expressos (DE) após o estímulo aplicado (p <0,05). No perfiltolerante (acesso Pingo de Ouro), os transcritos UR (induzidos), DR (reprimidos) e n.s., ao nível de p <0,05, foram 175, 50 e 95, respectivamente. No perfil sensível (Santo Inácio), esses números foram 132, 130 e 58, respectivamente. Paralelamente,
    uma análise do enriquecimento dos fatores de transcrição (FTs) previu os FTs regulando genes que codificariam os transcritos induzidos (UR) observados nos perfis de resposta ao estímulo. Também foram identificados transcritos com regulação divergente ou convergente entre os acessos, assim como os FTs exclusivos e os
    compartilhados pelos acessos. Os resultados obtidos contribuem para uma melhor compreensão das vias de sinalização do fitohormônio nas respostas de diferentes acessos de feijão caupi após um estímulo de esidratação radicular.


Teses
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  • PEDRO LUIZ DE FRANCA NETO
  • Análise funcional do gene BAALC em linhagem celular de leucemia promielocítica aguda

  • Orientador : ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDUARDO MAGALHAES REGO
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • JUAN LUIZ COELHO DA SILVA
  • RAFAEL FREITAS DE OLIVEIRA FRANCA
  • Data: 06/07/2021

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  • A leucemia promielocítica aguda (LPA) é um subtipo distinto de leucemia mielóide aguda (LMA) em aspectos clínicos, morfológicos e genéticos. Sua fisiopatologia encontra-se intimamente ligada a proteína de fusão PML-RARA resultante da translocação recíproca t(15;17) levando ao bloqueio na diferenciação e celular. A doença possui tratamento específico utilizando ácido all-trans retinóico (ATRA) em associação com trióxido de arsênico (ATO) que resulta na degradação da proteína PML/RARA, conduzindo à diferenciação terminal com subsequente apoptose das células leucêmicas. Embora a utilização dessas drogas leve a altas taxas de remissão, as taxas de mortalidade precoce e recaída ainda são consideradas altas. Dessa forma, marcadores moleculares prognósticos figuram com extrema importância para a predição de risco. Neste contexto, a expressão gênica do BAALC (Brain and acute leucemia) foi associado com um pior desfecho clínico. Apesar de ter seu impacto prognóstico esclarecido, ainda se sabe pouco sobre seu papel funcional. Neste estudo, utilizamos as linhagens NB4 e NB4-R2 como alvos de vetores lentivirais para expressar o BAALC e avaliar os processos celulares de proliferação, apoptose e diferenciação celular. Aqui nós mostramos que a hiperexpressão do gene BAALC em linhagens celulares de LPA levou a uma taxa significativamente menor de diferenciação (47%) em 96 horas comparadas a célula controle (88%) (P=0,009). Além disso, aumentou a taxa de proliferação celular tanto em NB4 (MFI ki-67: 48%) quanto em NB4-R2 (MFI ki-67: 81%) frente ao controle. A IC50 foi significativamente menor nas células controle quando tratadas com a associação ATRA concentração fixa (1uM)/ATO (IC50 NB4-pMEG 2,38uM ATO; NB4-BAALC 4,uM ATO). Dessa forma a expressão induzida do BAALC nas linhagens estudadas está associada a um aumento na proliferação e diminuição da diferenciação e parece ter papel na apoptose quando administrado a combinação ATRA/ATO. Porém mais ensaios precisam ser realizados para descrever melhor qual o mecanismo utilizado pela BAALC para impactar nesses processos celulares.


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  • A leucemia promielocítica aguda (LPA) é um subtipo distinto de leucemia mielóide aguda (LMA) em aspectos clínicos, morfológicos e genéticos. Sua fisiopatologia encontra-se intimamente ligada a proteína de fusão PML-RARA resultante da translocação recíproca t(15;17) levando ao bloqueio na diferenciação e celular. A doença possui tratamento específico utilizando ácido all-trans retinóico (ATRA) em associação com trióxido de arsênico (ATO) que resulta na degradação da proteína PML/RARA, conduzindo à diferenciação terminal com subsequente apoptose das células leucêmicas. Embora a utilização dessas drogas leve a altas taxas de remissão, as taxas de mortalidade precoce e recaída ainda são consideradas altas. Dessa forma, marcadores moleculares prognósticos figuram com extrema importância para a predição de risco. Neste contexto, a expressão gênica do BAALC
    (Brain and acute leucemia) foi associado com um pior desfecho clínico. Apesar de ter seu impacto prognóstico esclarecido, ainda se sabe pouco sobre seu papel funcional. Neste estudo, utilizamos as linhagens NB4 e NB4-R2 como alvos de vetores lentivirais para expressar o BAALC e avaliar os processos celulares de proliferação, apoptose e diferenciação celular. Aqui nós mostramos que a hiperexpressão do gene BAALC em linhagens celulares de LPA levou a uma taxa significativamente menor de diferenciação (47%) em 96 horas comparadas a célula controle (88%) (P=0,009). Além disso, aumentou a taxa de proliferação celular tanto em NB4 (MFI ki-67: 48%) quanto em NB4-R2 (MFI ki-67: 81%) frente ao controle. A IC50 foi significativamente menor nas células controle quando tratadas com a associação ATRA concentração fixa (1uM)/ATO (IC50 NB4-pMEG 2,38uM ATO; NB4-BAALC 4,uM ATO). Dessa forma a expressão induzida do BAALC nas linhagens estudadas está associada a um aumento na proliferação e diminuição da diferenciação e parece ter papel na apoptose quando administrado a combinação ATRA/ATO. Porém mais ensaios precisam ser realizados para descrever melhor qual o mecanismo utilizado pela BAALC para impactar nesses processos celulares.

2
  • ANA PAULA FERREIRA CAMPOS
  • Avaliação do Perfil Imunogênico Induzido por Vacina de
    DNA E5 multiepítopos como Imunoterapia Contra o Câncer
    do Colo do Útero.


  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • ANA PAVLA ALMEIDA DINIZ GURGEL
  • Data: 30/08/2021

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  •      O câncer do colo do útero tem como o principal agente etiológico o Papilomavírus Humano (HPV), envolvido em lesões benignas cutâneas e de mucosas. Alguns HPVs apresentam potencial carcinogênico e as lesões associadas
    podem evoluir para o câncer. Atualmente estão disponíveis três vacinas profiláticas aprovadas e comercializadas, e embora contemplem diversos tipos virais, não são capazes de tratar tumores existentes ou que possam vir a se desenvolver em pacientes já infectados. O presente projeto buscou desenvolver estratégia terapêutica para o câncer do colo do útero baseado em vacina de DNA contendo epítopos da oncoproteína E5 do HPV16. Os epítopos de E5 adicionados à estratégia são capazes de induzir a resposta imune celular com perfil de células T citotóxicas. E5 é expressa nas fases iniciais da infecção, tornando-a atrativa para terapias vacinais que visam às fases iniciais da transformação tumoral. Para tal, avaliamos
    in vivo a expressão dos respectivos antígenos e in vitro a partir de esplenócitos dos camundongos imunizados. Analisamos a resposta imune celular adaptativa e de citocinas secretadas por camundongos previamente desafiados com células tumorais C3. Também avaliamos o estresse oxidativo e os níveis toxicológicos induzidos pelo tratamento em modelo animal. Os resultados assinalam a capacidade da vacina proposta em ativar células T citotóxicas e a secreção equilibrada das citocinas Th1, Th2 e Th17. A vacina pVAXE5m foi capaz de associar regressão tumoral associada a bons indicadores toxicológicos.


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  • O câncer do colo do útero tem como o principal agente etiológico o Papilomavírus Humano - HPV, com DNA epissomal circular e pequeno, geralmente envolvidos em lesões benignas cutâneas e de mucosas. No entanto, alguns HPVs apresentam potencial carcinogênico e as lesões associadas podem evoluir para o câncer. Atualmente, estão disponíveis três vacinas profiláticas aprovadas e comercializadas, baseadas em partículas semelhantes a vírus, e embora contemplem diversos tipos virais (HPVs 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52, 58), não são capazes de tratar tumores existentes ou que possam vir a ser desenvolvidos em pacientes infectados previamente. Por esse motivo, o presente projeto busca desenvolver estratégia terapêutica para o câncer do colo do útero a partir das vacinas de DNA codificantes para os epítopos da oncoproteína E5 do HPV 16. Alguns dos epítopos de E5, adicionados a nossa estratégia vacinal são capazes de induzir a resposta imune celular com perfil de células T citotóxicas, tão necessárias para regressão dos tumores cervicais. Envolvida na progressão, transformação celular, evasão do sistema imune e impedimento da morte por apoptose, a oncoproteína E5 também é expressa nas fases iniciais da infecção, tornando-a atrativa para terapias vacinais que visam às fases iniciais da transformação tumoral. Para tal, avaliamos in vivo a expressão dos respectivos antígenos em fêmeas
    C57black, e
    in vitro a partir de esplenócitos dos camundongos imunizados. Analisamos a resposta imune celular adaptativa (TCD4, TCD8 e TCD16) e decitocinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17 e TNF-α) secretadas por camundongos previamente inoculados com células tumorais C3. Também avaliamos o estresse oxidativo e os níveis toxicológicos induzidos pelo tratamento em modelo animal. Os resultados assinalam a capacidade da construção gênica proposta em induzir regressão de tumores, além de apresentar os melhores resultados entre os grupos avaliados. Os dados sugerem a estratégia E5 multiepítopo como uma possível nova terapia vacinal para tumores induzidos pelo HPV 16.

3
  • JÉSSICA VITÓRIA GADELHA DE FREITAS BATISTA
  • Análise da Modulação Clínica da Anemia Falciforme por Variantes no Gene KLOTHO

  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MAGNUN NUELDO NUNES DOS SANTOS
  • JUAN LUIZ COELHO DA SILVA
  • Data: 31/08/2021

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  • A anemia falciforme (AF) é marcada pela heterogeneidade fenotípica. Por isso, são realizados estudos que buscam moduladores genéticos da doença. Um dos potenciais moduladores é o KLOTHO (KL), importante na biologia do óxido nítrico e expressão de moléculas de adesão. Neste trabalho, objetivou-se genotipar, por PCR em tempo real, os polimorfismos em KL rs211239, rs685417, rs1207568 e rs9536314 e analisar a associação com as principais complicações da AF: acidente vascular cerebral (AVC), osteonecrose, úlceras de perna, priapismo, síndrome torácica aguda e crises vaso-oclusivas (CVOs). Objetivou-se também avaliar a dosagem da proteína KL solúvel utilizando a metodologia de ELISA em indivíduos com AF com e sem osteonecrose e úlceras de perna e com os diferentes genótipos de rs1207568 e rs9536314. Para análise dos polimorfismos rs211239 e rs685417 foram incluídos 588 indivíduos com AF. KL rs211239 mostrou-se associado com CVOs; rs685417, com AVC, priapismo, número de complicações e com uma menor incidência de priapismo em um menor intervalo de tempo (P < 0,05). KL rs1207568 e rs9536314 foram genotipados para 689 indivíduos e não mostraram associação com as complicações (P > 0,05). A dosagem de KL foi feita em 46 indivíduos e mostrou-se aumentada em indivíduos com osteonecrose e naqueles com o genótipo selvagem (GG) para o polimorfismo rs1207568 (P < 0,05). Percebe-se que KL pode ser um modulador da doença, sendo interessante que mais estudos sejam desenvolvidos para ampliar as investigações.


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  • A anemia falciforme (AF) é uma doença que, embora monogênica, é marcada por intensa heterogeneidade fenotípica. Em virtude disso, diversos estudos buscando moduladores genéticos são realizados em todo o mundo. Um dos potenciais moduladores da doença é o gene KLOTHO (KL) que tem funções descritas na biologia do óxido nítrico e expressão de moléculas de adesão. Assim, objetivamos analisar a associação dos polimorfismos rs211239, rs685417, rs1207568 e rs9536314 localizados em KL com as principais complicações da AF: acidente vascular cerebral (AVC), osteonecrose, úlceras de perna, priapismo, síndrome torácica aguda, crises vaso-oclusivas (CVOs) e cardiopatia. Além disso, também foi feita a dosagem da proteína KL solúvel para avaliar diferenças na sua expressão em diferentes grupos. Foram incluídos na pesquisa 689 pacientes acompanhados na fundação HEMOPE. O polimorfismo rs211239 mostrou-se associado com CVOs; rs685417, com AVC, priapismo, número de complicações e com uma menor incidência de priapismo em um menor intervalo de tempo (P < 0,05). Os polimorfismos rs1207568 e rs9536314, por sua vez, não mostraram associação com as complicações analisadas (P > 0,05). A expressão da proteína mostrou-se aumentada em indivíduos com osteonecrose e naqueles com o genótipo selvagem (GG) para o polimorfismo rs1207568 (P < 0,05). Diante disso, percebe-se que KL pode ser um importante modulador da doença, sendo interessante que mais estudos sejam desenvolvidos em diferentes coortes de indivíduos com AF para ampliar as investigações.

4
  • ALANNE RAYSSA DA SILVA MELO
  • Desenvolvimento de vacina de DNA multiepítopo como imunoterapia contra o câncer cervical

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MATHIAS WELLER
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • Data: 03/11/2021

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  • O câncer cervical é quarta neoplasia mais prevalente em mulheres no mundo. Além disso, os cânceres associados à infecção pelo papilomavírus humano (HPV) incluem desde lesões neoplásicas anogenitais até orofaríngeas. A atividade da proteína E7 produzida por HPV de alto risco é apontada como uma das principais mediadoras da carcinogênese. O presente estudo objetivou desenvolver estratégias terapêuticas contra lesões associadas à infecção pelo HPV-16 através da elicitação de resposta imune contra epítopos imunogênicos da proteína E7 do HPV-16, em modelo pré-clínico. Como adjuvante vacinal foram utilizados o imunomodulador Ii-PADRE e sequências linkers. Quanto a confecção da vacina de DNA, os genes de interesse foram clonados no vetor pVAX. Camundongos C57 black foram desafiados com a linhagem tumoral C3, seguido de imunização em esquema prime-boost homólogo e eletroporação. A avaliação dos efeitos antitumorais foi realizada através da investigação de citocinas presentes no soro e nos tumores, além da pesagem, monitoramento do crescimento, e análise histopatológica dos tumores. Nossos dados não revelaram diferença estatística entre os grupos, porém é possível observar uma tendência para o aumento de citocinas Th1, menor densidade tumoral, e menor pleomorfismo em tumores de animais imunizados com o plasmídeo multi E7 associado ao Ii-PADRE, o que pode indicar um possível potencial imunogênico desta estratégia vacinal para a indução da resposta celular protetiva. Além disso, melhorias na construção vacinal E7 se fazem necessárias para obtenção de uma melhor performance.


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  • O câncer cervical é quarta neoplasia mais prevalente em mulheres em todo o mundo. Além disso, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer cervical é o primeiro mais incidente na região Norte e o segundo nas regiões Centro-Oeste e Nordeste no Brasil. Os cânceres associados à infecção pelo papilomavírus humano (HPV) incluem desde lesões neoplásicas anogenitais até orofaríngeas. A infecção pelo HPV é principalmente contraída pelo contato sexual, através do qual, microtraumas na mucosa permitem o acesso de partículas virais ao epitélio basal. Devido à alta disseminação de infecções pelo HPV entre indivíduos sexualmente ativos, a proteção contra os cânceres associados ao HPV pela vacinação preventiva ainda é muito restrita. As atividades de proteínas virais E6 e E7 produzidas por HPV de alto risco são apontadas como as principais mediadoras da carcinogênese. O presente estudo objetiva desenvolver estratégias terapêuticas contra lesões associadas à infecção pelo HPV-16, através de elicitação de resposta imune contra epítopos imunogênicos das proteínas E6 e E7 de HPV-16, em modelo pré-clínico. A resposta imune foi incrementada através de associação com o imunomodulador Ii-Padre e sequências linkers, visando à ativação de linfócitos TCD4 e o aumento da apresentação dos antígenos pelo sistema imune, respectivamente. Para confecção da vacina de DNA, os genes de interesse (multi E6, multi E7 e Ii-PADRE) foram clonados em vetor para expressão em célula de mamífero (pVAX) em orientação BamHI/XbaI. Os clones foram confirmados através de PCR, clivagem por enzimas de restrição e sequenciamento de DNA. Além disso, os insertos foram clonados em vetor de expressão bacteriana (pAE)  em orientação BamHI/EcoRI e KpnI/ HindIII, a fim de obter  peptídeos vacinais para imunização dos animais sob regime de prime-boost heterólogo. O desenvolvimento de vacinas de DNA como estratégia terapêutica é um passo crucial para a consolidação de investigação científica, inovação e desenvolvimento tecnológico para o tratamento de doenças de difícil manejo pelos métodos tradicionais, como o câncer.

5
  • ISAURA ISABELLE FONSECA GOMES DA SILVA
  • Avaliação da expressão dos genes MYD88, IRAK3, TRAF6 e NFKB1 e miRNAs regulatórios em monócitos de pacientes com Artrite Reumatoide

     

     

  • Orientador : PAULA SANDRIN GARCIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JESSICA CATARINE FRUTUOSO DO NASCIMENTO
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • RENATA DOS SANTOS ALMEIDA
  • Data: 13/12/2021

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  • Desregulações em monócitos podem estar relacionadas ao aumento e cronicidade da inflamação e, consequentemente, no desenvolvimento de Artrite Reumatoide (AR) em alguns indivíduos. No entanto, ainda são incipientes os estudos que verificam alterações no perfil genético e epigenético nessas células. O presente
    estudo avaliou a expressão dos genes MYD88, IRAK3, TRAF6 e NFKB1 e miRNAs (miR194-5p, miR124a-3p, miR-9-5p e miR-340-5p) em monócitos de pacientes com AR e controles saudáveis a fim de elucidar o papel destes no desenvolvimento e patogênese da doença e sua relação com a inflamação. Nossos resultados mostraram uma significativa diminuição da expressão do IRAK3 em pacientes comparados aos controles (Fold Change(FC)=-1,63,p=0,054) e em pacientes com alta atividade da doença comparados aos com baixa atividade (FC=-1,78,p=0,030), indicando uma influência deste gene no desenvolvimento e gravidade da AR. Em relação às análises dos miRNAs, os miR194-5p e miR-9-5p foram mais expressos em pacientes tratados com prednisona, indicando um efeito da estratégia de tratamento sobre a modulação desses miRNAs (FC=-2.31;p=0.031; FC=-3.05;p=0.031, respectivamente). Ainda observamos uma super expressão dos genes TRAF6 e NFKB1 concomitante a super expressão dos miR-194-5p, miR-9-5p e mi-340-5p (p<0.001). Finalmente, observamos uma correlação moderada entre o miR-124-3p e IL-6 (r=0,46;p=0,033). Em suma, pôde-se observar uma relação entre a expressão do gene IRAK3 com a AR e um efeito da prednisona sobre a expressão dos miR-194-5p e miR-9-5p. Além disso, os miRNAs parecem ter um papel regulatório nos genes TRAF6 e NFKB1.


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  • A Artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune que pode ser desencadeada por fatores genéticos, epigenéticos e ambientais. Muitas células que fazem parte do sistema imune contribuem para a inflamação da AR, principalmente células relacionadas ao sistema imune adaptativo. No entanto, quando se trata de
    células do sistema imune inato poucos estudos têm sido realizados, principalmente em monócitos. No processo da resposta inflamatória diversas cascatas gênicas podem estar envolvidas, e dentre elas, a via do NFkB apresenta-se como umas das vias cruciais, sendo que desregulações nessa cascata de sinalização podem
    exacerbar a inflamação e ser um fator de risco para a patogênese da AR. A via de ativação do NFκB necessita de moléculas adaptadoras como TRAF6, que gera a ativação das subunidades do complexo NFκB. Desregulações na expressão do TRAF6 e NFKB1 são importantes no desencadeamento do processo inflamatório e consequentemente na AR. Sendo assim, o objetivo do nosso estudo foi verificar a expressão destes genes e as alterações epigenéticas que podem estar relacionadas a eles em monócitos de pacientes com AR. Para tanto, foi realizada a predição e seleção de miRNAs com alvos no TRAF6 (miR-124-3p e miR-194-5p) e NFKB1 (miR-9-5p e miR-340-5p), bem como o isolamento de monócitos de 19 pacientes com AR e 18 controles. Nossos dados mostraram que o miR-124-3p regula negativamente o TRAF6 (r=-0.349; p=0.0371), enquanto que o miR-194-5p regula positivamente o gene (r=0.6363; p=0.00003). Ainda, foi observado que ambos miRNAs regulam positivamente o NFKB1 (miR-9-5p: r=0.75 p<0.001; e miR-340-5p: r=0.79; p<0.001). Não foram obervadas diferenças na expressão dos genes e miRNAs em monócitos entre pacientes com AR e controles. Em relação aos
    parâmetros clínicos, apenas o miR-340-5p mostrou uma diferença significativa em 
    relação ao índice de atividade da doença CDAI (r=-0.51; p=0.024), indicando que sua expressão em monócitos pode estar relacionada a patogênese da AR.

6
  • JACKELINE MARIA DA SILVA
  • Aspectos fisiológicos e genéticos do metabolismo de açúcares utilizados como substratos para a produção de bioetanol pela levedura industrial Brettanomyces bruxellensis

  • Orientador : WILL DE BARROS PITA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JACIANE LUTZ IENCZAK
  • EMMANUEL DAMILANO DUTRA
  • FABRICIO MOTTERAN
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 20/12/2021

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  • A capacidade de a levedura Brettanomyces bruxellensis utilizar diferentes fontes de carbono é um dos fatores associados à sua alta adaptação aos ambientes industriais. Assim, o presente trabalho teve como objetivo investigar a potencial aplicação de B. bruxellensis na fermentação alcoólica, avaliando aspectos fisiológicos e genéticos do metabolismo de açúcares utilizados como substratos nesse processo industrial. Para isso, realizamos uma triagem com diferentes isolados de vinho e etanol em sete açúcares industrialmente relevantes. A capacidade de assimilar e fermentar xilose, arabinose e galactose, bem como a influência da glicose no metabolismo dessas fontes de carbono também foi estudada. Nossos resultados mostraram a ampla diversidade de assimilação de açúcares em B. bruxellensis. Adicionalmente, foi observado que o efeito repressor da glicose é menos estrito em linhagens de etanol do que em linhagens de vinho. Em ensaios com xilose e arabinose, ambas as pentoses foram convertidas a biomassa quando em aerobiose. Em limitação de oxigênio, houve produção de etanol a partir de xilose, ao passo que a arabinose não foi utilizada. Análises de expressão gênica mostraram que a glicose não exerceu efeito repressor na linhagem JP19M. Finalmente, foi observado que JP19M é capaz de fermentar galactose e consumir simultaneamente glicose e galactose, apresentando metabolismo respiro-fermentativo. Em conjunto, nossos resultados mostram que a linhagem JP19M apresenta características relevantes para uma possível aplicação
    na produção de etanol a partir açúcares encontrados em hidrolisados lignocelulósicos.


  • Mostrar Abstract
  • A levedura Dekkera bruxellensis tem sido frequentemente relacionada a episódios de contaminação, devido a sua capacidade de competir com Saccharomyces cerevisiae por diferentes substratos. A habilidade de D. bruxellensis em assimilar fontes de carbono não utilizadas por S. cerevisiae é um dos fatores associados à
    sua alta adaptação nos ambientes industriais. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os aspectos fisiológicos e genéticos do metabolismo de açúcares utilizados como substratos para a produção de bioetanol por
    D. bruxellensis. Para isso, foi realizada uma triagem para a metabolização de açúcares industrialmente
    relevantes com diferentes isolados de vinho e etanol. Adicionalmente, foi estudada a capacidade de algumas linhagens em fermentar xilose e arabinose, bem como a influência da glicose no metabolismo dessas pentoses e consequente produção de etanol. Isolados de vinho apresentaram maiores taxas de crescimento em galactose
    e os de etanol em celobiose e lactose. Além disso, isolados de etanol foram menos sensíveis a repressão por glicose. Em anaerobiose estrita, os isolados obtiveram altas taxas de crescimento em diferentes açúcares, sem necessidade de suplementação do meio. Os resultados mostram a alta diversidade fenotípica dentro desse grupo quanto a utilização de açúcares. Nos ensaios com xilose e arabinose em aerobiose, essas pentoses foram convertidas preferencialmente a biomassa. Em limitação de oxigênio, o consumo de xilose foi lento com baixa
    produção de etanol, ao passo que a arabinose não foi utilizada. Entretanto, a presença de glicose no meio favoreceu o consumo de xilose nessa condição. Nossos resultados sugerem que a glicose pode fornecer intermediários que auxiliam no metabolismo de xilose. Além disso, os dados relevam que o oxigênio é um fator chave no metabolismo de pentoses em
    D. bruxellensis.

2020
Dissertações
1
  • MARCONDES JOSÉ DE VASCONCELOS COSTA SOBREIRA
  • CARACTERIZAÇÃO GÊNICA E PROTEICA DE CITOCINAS
    INFLAMATÓRIAS EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME DURANTE
    E APÓS CRISE VASO-OCLUSIVA


     

  • Orientador : MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCOS ANDRE CAVALCANTI BEZERRA
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • IGOR DE FARIAS DOMINGOS
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 27/02/2020

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  • As crises vaso-oclusivas (CVO) são a principal causa de morbidade nos portadores de anemia falciforme. A produção desbalanceada de citocinas contribui com o progresso da vaso-oclusão, sendo sua caracterização importante para melhor compreensão da fisiopatologia da doença. Desse modo, este trabalho visa descrever o perfil de expressão gênica e proteica das citocinas IL- 1β, IL-6, IL-8 e TNF-α pelos granulócitos polimorfonucleares (PMN) e células mononucleares (CM) nos pacientes durante e após crise vaso-oclusiva. Foram analisados 46 pacientes com anemia falciforme, divididos em controles estáveis e caso, subdivididos em pacientes em crise e pós crise. Foi realizada separação de CM e PMN pela técnica de Ficoll-Hypaque para posterior extração do mRNA, seguida da síntese do cDNA para realização de qPCR pelo sistema TaqMan®. As dosagens séricas foram realizadas pela técnica de ELISA. Os resultados mostraram que apenas os PMN, em ambos os pacientes em crise e pós-crise, apresentaram maior expressão das quatro citocinas quando comparados ao grupo controle (0,0001 ≤ p ≤ 0,0381). Além disso, quando os mesmos pacientes em crise e pós crise foram comparados entre si, somente a IL-6 apresentou-se mais elevada após a crise (p=0,0175) para os PMN, demonstrando que estes são os principais moduladores das CVOs, com alta expressão de IL-6. Somente a IL-8 apresentou dosagem compatível com os limites do kit, estando consideravelmente elevada na crise em comparação com os pacientes controle (P=0,0009).


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  • As crises vaso-oclusivas (CVO) são a principal causa de morbidade nos portadores de anemia falciforme. A produção desbalanceada de citocinas contribui com o progresso da vaso-oclusão, sendo sua caracterização importante para melhor compreensão da fisiopatologia da doença. Desse modo, este trabalho visa descrever o perfil de expressão gênica e proteica das citocinas IL- 1β, IL-6, IL-8 e TNF-α pelos granulócitos polimorfonucleares (PMN) e células mononucleares (CM) nos pacientes durante e após crise vaso-oclusiva. Foram analisados 46 pacientes com anemia falciforme, divididos em controles estáveis e caso, subdivididos em pacientes em crise e pós crise. Foi realizada separação de CM e PMN pela técnica de Ficoll-Hypaque para posterior extração do mRNA, seguida da síntese do cDNA para realização de qPCR pelo sistema TaqMan®. As dosagens séricas foram realizadas pela técnica de ELISA. Os resultados mostraram que apenas os PMN, em ambos os pacientes em crise e pós-crise, apresentaram maior expressão das quatro citocinas quando comparados ao grupo controle (0,0001 ≤ p ≤ 0,0381). Além disso, quando os mesmos pacientes em crise e pós crise foram comparados entre si, somente a IL-6 apresentou-se mais elevada após a crise (p=0,0175) para os PMN, demonstrando que estes são os principais moduladores das CVOs, com alta expressão de IL-6. Somente a IL-8 apresentou dosagem compatível com os limites do kit, estando consideravelmente elevada na crise em comparação com os pacientes controle (P=0,0009).

2
  • MARIA CAROLINA DOS SANTOS GUEDES
  • Influência da IL-10 na resposta imunológica de indivíduos vivendo com HIV-1 em terapia antirretroviral

  • Orientador : RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • PAULO ROBERTO ELEUTERIO DE SOUZA
  • Data: 11/12/2020

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  • A Terapia Antirretroviral objetiva diminuir a carga viral plasmática e, consequentemente, reconstituir as células T CD4+. Entretanto, entre 15 a 30% dos indivíduos que atingem o sucesso virológico, não se recuperam imunologicamente, condição chamada falha imunológica. Alguns fatores são investigados como causa, dentre eles, a baixa produção de linfócitos T CD4+, processo esse influenciado pela atividade de citocinas, como a IL-10. Alterações na expressão e nos níveis plasmáticos da IL-10 podem estar relacionados à ineficiência da recuperação imunológica. Nesse contexto, a presença de polimorfismos na região promotora do gene IL10, pode influenciar nesse processo. Sendo assim, o estudo objetivou avaliar a influência da IL-10 na falha imunológica de indivíduos vivendo com HIV-1 em TARV. A dosagem sérica da IL-10 foi realizada por citometria (CBA), enquanto a genotipagem dos SNPs ocorreu através de sondas Taqman por PCR em Tempo Real. Foi realizado também o ensaio de quantificação relativa da expressão do gene IL10 por meio do Ct comparativo. Como gene de referência utilizou-se o GAPDH. Com relação à dosagem sérica, não houve diferença significativa entre os grupos IR e INR. O mesmo foi encontrado na genotipagem, onde os genótipos mostraram não interferir nos níveis plasmáticos da IL-10. Já no ensaio de expressão, observouse que o gene IL10 está 3,77 vezes mais expresso no grupo INR comparado ao
    IR. Sendo assim, mais avaliações são necessárias para compreensão do processo da falha imunológica



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  • A Terapia Antirretroviral objetiva diminuir a carga viral plasmática e, consequentemente, reconstituir as células T CD4+. Entretanto, entre 15 a 30% dos indivíduos que atingem o sucesso virológico, não se recuperam imunologicamente, condição chamada falha imunológica. Alguns fatores são investigados como causa, dentre eles, a baixa produção de linfócitos T CD4+, processo esse influenciado pela atividade de citocinas, como a IL-10. Alterações na expressão e nos níveis plasmáticos da IL-10 podem estar relacionados à ineficiência da recuperação imunológica. Nesse contexto, a presença de polimorfismos na região promotora do gene IL10, pode influenciar nesse processo. Sendo assim, o estudo objetivou avaliar a influência da IL-10 na falha imunológica de indivíduos vivendo com HIV-1 em TARV. A dosagem sérica da IL-10 foi realizada por citometria (CBA), enquanto a genotipagem dos SNPs ocorreu através de sondas Taqman por PCR em Tempo Real. Foi realizado também o ensaio de quantificação relativa da expressão do gene IL10 por meio do Ct comparativo. Como gene de referência utilizou-se o GAPDH. Com relação à dosagem sérica, não houve diferença significativa entre os grupos IR e INR. O mesmo foi encontrado na genotipagem, onde os genótipos mostraram não interferir nos níveis plasmáticos da IL-10. Já no ensaio de expressão, observouse que o gene IL10 está 3,77 vezes mais expresso no grupo INR comparado ao
    IR. Sendo assim, mais avaliações são necessárias para compreensão do processo da falha imunológica


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