Avaliação do impacto isolado e aditivo de marcadores moleculares no desfecho clínico de pacientes adultos com leucemia mieloide aguda
leucemia mieloide aguda, prognóstico, mutações, transcriptoma
Atualmente, a estratificação de risco do grupo European LeukemiaNet (ELN) para leucemia mieloide aguda (LMA) é a mais aplicada na prática clínica, mas alguns autores defendem seu refinamento. Este estudo propõe-se a avaliar o impacto isolado e aditivo de marcadores moleculares no desfecho clínico de pacientes adultos com LMA. Para isso, três coortes foram utilizadas: The Cancer Genome Atlas (TCGA) como coorte de desenho e duas coortes de validação, uma externa disponível publicamente (GEO: GSE6891) e uma interna de pacientes tratados em hospitais brasileiros. Nós demonstramos que as mutações no gene DNMT3A de maneira isolada ou em cooperação com mutações NPM1 e FLT3-ITD impactam de maneira adversa o desfecho de pacientes LMA. A hiperexpressão de ID1 foi um preditor negativo para a sobrevida global (SG) na coorte TCGA e na coorte de validação interna. Nós propomos, também, um índice prognóstico baseado em transcriptoma (IPT) a partir do impacto aditivo da expressão dos genes PDE7B, IGF2BP3 e ST6GALNAC4. O IPT foi um fator prognóstico independente para a SG,
sobrevida livre de doença e de eventos de pacientes com LMA, foi capaz de refinar a classificação ELN2010 e foi validado na coorte externa GSE6891. Entretanto, o IPT não foi validado em uma coorte interna de pacientes da “vida real”. O número de pacientes, o curto tempo de seguimento e as diferentes metodologias de análise de
expressão gênica podem ter limitado as análises.