PPGBT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA - CB DEPARTAMENTO DE ANTIBIOTICOS - CB Telefone/Ramal: Não informado
Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
1
  • ROBSON LOURENÇO DA SILVA SANTOS
  • AVALIAÇÃO in silico DO POTENCIAL DE DEGRADAÇÃO DO 4-NONILFENOL E DE SEUS INTERMEDIÁRIOS PELA LACASE PROVENIENTE DE Trametes villosa (SW.) Kreisel E Trametes lactinea (Berk.) Sacc.

  • Orientador : FABRICIO MOTTERAN
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AMANDA REGES DE SENA
  • FABRICIO MOTTERAN
  • ROGÉRIO DE AQUINO SARAIVA
  • Data: 31/01/2024

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  • Poluentes emergentes como o 4-nonilfenol, causam sérios danos ambientais e à saúde humana, o que tem despertado cada vez mais preocupação em relação ao seu nível de concentração em compartimentos ambientais uma vez comprovada sua atividade estrogênica. A atuação do 4-nonilfenol como desregulador endócrino pode causar efeitos adversos como infertilidade, tanto em humanos quanto em outros organismos, aquáticos ou terrestres, e alterações fisiológicas em organismos vegetais. A lacase é uma enzima de ampla aplicabilidade biotecnológica e sabe-se que tem alta capacidade de degradação de compostos fenólicos. No entanto, estudos da interação desta enzima com o 4-nonilfenol limitam-se à descrição do complexo modelado sem uma investigação dos mecanismos de degradação no que diz respeito à relação estrutura-atividade. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a interação entre a lacase de Trametes villosa Trametes lactinea e os derivados do nonilfenol etoxilado (NF2EO, NF1EO, NF2EC, NF1EC e 4NF), de forma a compreender os mecanismos moleculares envolvidos nesta interação utilizando técnicas de bioinformática. Para isso, os cálculos para os parâmetros termodinâmicos e descritores de reatividade foram realizados a partir dos compostos otimizados pelos métodos clássico MMFF94s e semiempírico PM7 utilizando o MOPAC 22.0.6 e em seguida as estruturas tridimensionais para a lacase foram obtidas por modelagem por homologia e foi aplicada a técnica de docking molecular. Os resultados obtidos mostraram através dos descritores de reatividade que os derivados do nonilfenol etoxilado são de difícil degradação sendo considerados de alta dureza, portanto, persistentes na natureza. Os modelos para a lacase de T. villosa e T. lactinea foram avaliados por meio do gráfico de Ramachandran em que foi demonstrado que 90% dos resíduos de aminoácidos se encontram em regiões favoráveis, somando 99,8 e 99,5% em regiões favoráveis, permitidas e aceitáveis para a LacTv e LacTl, respectivamente.  Foi demonstrada ainda, uma forte correlação entre a energia de ligação dos nonilfenóis com a lacase e os descritores de reatividade de dureza, potencial de ionização e eletronegatividade. Os resultados do docking permitiram observar que a interação entre a lacase e os nonilfenóis é espontânea e que os resíduos de aminoácidos Ala 430, Arg 443, Gln 262, Glu 322, Gly 412, His 478, Ile 321, Leu 184, Phe 182, Phe 259, Phe 352, Pro 411, Pro 414 e Ser 447 são sugeridos como os resíduos mais importantes na formação do complexo LacTv-4NF e os resíduos Ala 101, His 132, Phe 102, Leu 133, Pro 367, Leu 478, Thr 424, Gln 461, Phe 90, His 423, His 92 e Phe 90 são centrais na interação com a LacTl, sendo estes, responsáveis pela estabilidade da conformação ativa da lacase por favorecer a complexação com os nonilfenóis. Ainda foi possível demonstrar através da dinâmica molecular que os complexos lacase-4NF são estáveis ao longo do tempo e possuem uma forte afinidade de ligação com ∆Gbind de -26.45 e -17.73 kcal.mol-1 para LacTv-4NF e LacTl-4NF, respectivamente. Portanto, esses resultados evidenciam que a lacase proveniente das espécies T. villosa T. lactinea possuem alto potencial para degradar o 4NF e seus intermediários.


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  • Poluentes emergentes como o 4 – nonilfenol, causam sérios danos ambientais e à saúde humana, o que tem despertado cada vez mais preocupação em relação ao seu nível de concentração em compartimentos ambientais uma vez comprovada sua atividade estrogênica. A atuação do 4 – nonilfenol como desregulador endócrino pode causar efeitos adversos como infertilidade, tanto em humanos quanto em outros organismos, aquáticos ou terrestres, e alterações fisiológicas em organismos vegetais. A lacase é uma enzima de ampla aplicabilidade biotecnológica e sabe-se que tem alta capacidade de degradação de compostos fenólicos. No entanto, estudos da interação desta enzima com o 4 - nonilfenol limitam-se a descrição do complexo modelado sem uma investigação dos mecanismos de degradação no que diz respeito à relação estrutura-atividade. Neste sentido, o objetivo desse trabalho é avaliar a interação entre a lacase de Trametes villosa, Trametes lactinea e Pseudomonas sp. e os derivados do nonilfenol etoxilado (NF2EO, NF1EO, NF2EC, NF1EC e 4-NF), de forma a compreender os mecanismos moleculares de degradação envolvidos nesta interação utilizando técnicas de bioinformática. Para isso, os cálculos para os parâmetros termodinâmicos e descritores de reatividade foram realizados a partir dos compostos otimizados pelos métodos clássico MMFF94s e semiempírico PM7 utilizando o MOPAC2016 e em seguida a estrutura tridimensional para a lacase foi obtida por modelagem por homologia e foi aplicada a técnica de docking molecular. Os resultados obtidos mostraram através dos descritores de reatividade que o os derivados do nonilfenol são de difícil degradação sendo considerados de alta dureza, portanto, persistentes na natureza. O modelo para a lacase de T. villosa foi validado por meio do gráfico de Ramachandran em que foi demonstrado que 90% dos resíduos de aminoácidos se encontram em regiões favoráveis e 99,3% em regiões permitidas. Foi demonstrada ainda, uma forte correlação entre a energia de ligação dos nonilfenóis com a lacase e os descritores de reatividade de dureza e maciez, potencial de ionização e eletronegatividade. Enquanto que os resultados do docking permitiram observar que a interação entre a lacase e os nonilfenóis é espontânea e que os resíduos de aminoácidos Ala 430, Arg 443, Gln 262, Glu 322, Gly 412, His 478, Ile 321, Leu 184, Phe 182, Phe 259, Phe 352, Pro 411, Pro 414 e Ser 447 são sugeridos como os resíduos mais importantes na formação do complexo, sendo estes, responsáveis pela estabilidade da conformação ativa da lacase por favorecer a complexação com os nonilfenóis. Portanto, a presença destes resíduos no sítio ativo é um indício para uma alta eficiência de degradação.

2
  • KAROLINI MIRANDA DA SILVA
  • Influência das vias regulatórias TOR e PKA na capacidade fermentativa da levedura Dekkera bruxellensis

  • Orientador : MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GILBERTO HENRIQUE TELES GOMES DA SILVA
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • WILL DE BARROS PITA
  • Data: 29/02/2024

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  • Dekkera bruxellensis é uma levedura associada ao processo de fermentação industrial, sendo encontrada na produção de cervejas, vinhos e bioetanol combustível. Na maior parte destes processos, esta levedura foi considerada contaminante. No entanto, sua capacidade de assimilar nitrato como única fonte de nitrogênio, lhe agrega uma vantagem adaptativa no meio industrial. Para a definitiva utilização desta levedura como microrganismo de referência em processos industriais é necessário entender os processos fisiológicos e metabólicos relativos à utilização dos nutrientes disponíveis nos substratos industriais. TOR (Target of Rapamycin) é uma importante via de sinalização celular, altamente conservada em eucariotos que desempenha um papel crucial na regulação do crescimento, proliferação celular, metabolismo e resposta ao estresse. O complexo TORC1 coordena diversas funções celulares em resposta à disponibilidade de nutrientes, e foi relacionado com transcrição sensível a NCR. Sabe-se que a via TOR interage com a via regulatória PKA, que por sua vez controla expressão dos genes de síntese de ribossomos e proteínas e, como consequência, define a taxa de crescimento da célula. Desta forma, o presente projeto pretende avaliar a influência da inibição de TOR e PKA no crescimento celular e no metabolismo fermentativo das células de D. bruxellensis. Foi avaliada a linhagem industrial GDB248 da levedura D. bruxellensis em duas diferentes fontes de nitrogênio, na ausência e presença dos inibidores, em condição de aerobiose plena e de limitação de oxigênio, para as análises de crescimento celular e produção de metabólitos extracelulares. Os resultados mostraram que a assimilação de nitrato é controlada por um mecanismo próprio de regulação metabólica, classificado neste trabalho como Via Responsiva ao Nitrato (Nitrate Responsive Pathway – NRP). A inibição de PKA na presença de nitrato em aerobiose, implica em altas taxas de crescimento celular, com isso a inibição de PKA deve ativar a resposta ao estresse oxidativo de D. bruxellensis. Por fim, concluímos que a via PKA estimula o metabolismo oxidativo, enquanto a via TOR estimula o metabolismo redutivo. As implicações industriais desses resultados são discutidas.


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  • Dekkera bruxellensis é uma levedura associada ao processo de fermentação industrial, sendo encontrada na produção de cervejas, vinhos e bioetanol combustível. Na maior parte destes processos, esta levedura foi considerada contaminante. No entanto, sua capacidade de assimilar nitrato como única fonte de nitrogênio, lhe agrega uma vantagem adaptativa no meio industrial. Para a definitiva utilização desta levedura como microrganismo de referência em processos industriais é necessário entender os processos fisiológicos e genéticos relativos à utilização dos nutrientes disponíveis nos substratos industriais, fundamentalmente as diferentes fontes de carbono e de nitrogênio. A via TOR (Target of Rapamycin) é uma importante via de sinalização celular, altamente conservada em eucariotos que desempenha um papel crucial na regulação do crescimento, proliferação celular, metabolismo e resposta ao estresse. Esta via é formada por dois complexos TORC1 e TORC2 que de forma geral regulam a assimilação de nutrientes e crescimento celular. O complexo TORC1 coordena diversas funções celulares em resposta à disponibilidade de nutrientes, e foi relacionado com transcrição sensível a NCR. Em S. cerevisiae TORC1 é inibido pelo antibiótico rapamicina. Desta forma, o presente projeto pretende avaliar como a inibição de TOR influencia no mecanismo NCR (Repressão pelo catabólito de nitrogênio) e no padrão de expressão de genes do metabolismo do nitrogênio em D. bruxellensis. A linhagem utilizada foi GDB 248 da levedura D. bruxellensis isolada do processo industrial para produção de etanol combustível. Os cultivos foram feitos em meio específico YNB (Yeast Nitrogen Base w/o amino acids and ammonium sulfate) com diferentes fontes de carbono e nitrogênio, em seguida os sobrenadantes obtidos e as células coletadas foram utilizados para quantificação de metabólitos extracelulares e análise de expressão gênica, respectivamente. Com isso, conclui-se que, D. bruxellensis possui inibição da via TOR pela rapamicina, assim como em S. cerevisiae. Além disso, foi visto que a metabolização prévia no nitrato, mesmo que em baixa eficiência, produz um efeito de simulação de escassez de nitrogênio que alivia a repressão NCR. E ainda, o nitrato parece induzir um mecanismo regulatório paralelo a via TOR.  No entanto, etapas ainda não finalizadas deste trabalho, nos trarão informações que correlacionadas poderão nos esclarecer como de fato ocorre a regulação do nitrogênio ao nível transcricional em D. bruxellensis.

3
  • PAULO HENRIQUE PESSOA MARTINS
  • Avaliação da atividade biológica do pigmento produzido por Serratia marcescens UFPEDA 223 para aplicabilidade em rações de animais domésticos.

  • Orientador : GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • IVANESA GUSMÃO MARTINS SOARES
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • Data: 01/04/2024

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  • Os corantes alimentares desempenham um papel importante na indústria alimentícia animal devido à sua capacidade de melhorar a aparência, conferindo-lhes maior apelo visual. No entanto, nos últimos anos, as questões sobre o nível seguro do uso desses aditivos aumentaram significativamente. O Brasil é o segundo maior país em população de cães e gatos, sendo de 54,1 milhões cães e 23,9 milhões de gatos,
    obtendo alta demanda sob a indústria Pet-Food. Diante disso, neste trabalho foi investigada a produção de prodigiosina por Serratia marcescens UFPEDA 223 e sua aplicabilidade como corante alimentício para ração animal. Para isso, a produção da prodigiosina foi realizada pelo cultivo submerso de S. marcescens UFPEDA 223 em meios descritos para a produção do pigmento, seguido por extração do pigmento por vias nanotecnológicas, buscando obter maior custo-benefício na concentração de nanomicelas de prodigiosina. O rendimento máximo obtido foi de 61 g/L e a presença de prodigiosina foi confirmada pelo pico máximo de absorbância a 536 nm. O corante de prodigiosina demonstrou estabilidade em diferentes temperaturas, pH e concentrações de NaCl. Ademais, foi investigada a toxicidade do pigmento nos modelos in vivo de Allium cepa, Caenorhabditis elegans, Galleria mellonella e Mus musculus (swiss albino). Para Allium cepa foram avaliadas as concentrações de 250, 500, 750 μg/mL (corante/água destilada). Para Caenorhabditis elegans e Galleria mellonella foi avaliada a concentração de 20 mg/mL (corante/ solução tampão M9). Em Mus musculus (swiss albino) o teste de toxicidade aguda foi feito conforme estabelecido pela organização para a cooperação e desenvolvimento econômico (OECD), avaliada uma única dose de 2000 mg/kg por animal, via ingestão oral. Observando-se toxicidade apenas no modelo de Caenorhabditis elegans onde o corante de prodigiosina apresentou contração letal mediana (DL50) de 0,5994 mg. Os ensaios de toxicidade aguda em Mus musculus (swiss albino) não resultaram em óbitos, efeitos de alterações de comportamento ou toxicidade histológica, durante o tempo experimental, classificando o corante de prodigiosina como atóxico, com DL50 acima de 5000 mg/kg como determinado pela OECD 423. Desta forma, os resultados corroboram para a confirmação do potencial do corante de prodigiosina em ser aplicável nas diversas áreas industriais alimentícias, cumprindo dois requisitos de segurança alimentar estabelecidos pelo Art. 5° inciso II da RDC N° 778/2023.


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  • Os corantes alimentares desempenham um papel importante na indústria alimentícia animal devido à sua capacidade de melhorar a aparência, conferindo-lhes maior apelo visual. No entanto, nos últimos anos, as questões sobre o nível seguro do uso desses aditivos aumentaram significativamente. O Brasil é o segundo maior país em população de cães e gatos, sendo de 54,1 milhões cães e 23,9 milhões de gatos, obtendo alta demanda sob a indústria Pet-Food. Diante disso, neste trabalho foi investigada a produção de prodigiosina por Serratia marcescens UFPEDA 223 e sua aplicabilidade como corante alimentício para ração animal. Para isso, a produção da prodigiosina foi realizada pelo cultivo submerso de S. marcescens UFPEDA 223 em meios descritos para a produção do pigmento, seguido por extração do pigmento por vias nanotecnológicas, buscando obter maior custo-benefício na concentração de nanomicelas de prodigiosina. rendimento máximo obtido foi de 61 g/L. e a presença de prodigiosina foi confirmada pelo pico máximo de absorbância a 536 nm como caracterizado pelo grupo. O corante de prodigiosina demonstrou estabilidade em diferentes temperaturas (0, 10, 50, 70, 100 e 120°C), pH (2, 4, 6, 8, 10, 12) e concentrações de NaCl (0.1%, 0.2%, 0.5%, 0,8%, 1%, 2% e 5%). Ademais, foi investigada a toxicidade do pigmento nos modelos in vivo de Allium cepa, Caenorhabditis elegans, Galleria mellonella e Mus musculus (swiss albino). Para Allium cepa foram avaliadas as concentrações de 250, 500, 750 µg/mL (corante/água destilada). Para Caenorhabditis elegans e Galleria mellonella foi avaliada a concentração de 20 mg/mL (corante/ solução tampão M9). Observando-se toxicidade apenas no modelo de Caenorhabditis elegans onde foi possível determinar a concentração da dose letal mediana (DL50) de 0,5994 Mg. Desta forma, os resultados corroboram para a confirmação do potencial do corante de prodigiosina em ser aplicável nas diversas áreas industriais alimentícia e farmacêutica. Os ensaios no modelo roedor Mus musculus (swiss albino) estão em andamento e nos fornecerão informações sobre a toxicidade aguda e genotoxicidade do corante de prodigiosina como determinado pelo Art. 5° inciso II da RDC N° 778/2023.  

2023
Dissertações
1
  • JOSÉ SEBASTIÃO THIEGO DE OLIVEIRA
  • ENXAGUATÓRIO BUCAL À BASE DE EMULSÃO DE CLORIDRATO DE QUITOSANA-ÓLEO DA SEMENTE DE MARACUJÁ: AÇÃO ANTIMICROBIANA, ANTIOXIDANTE E CITOTOXICIDADE

  • Orientador : NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIANA DE OLIVEIRA FRANCO
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • THAYZA CHRISTINA MONTENEGRO STAMFORD
  • Data: 27/02/2023

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  • O maracujá-amarelo (Passiflora edulis), é um fruto característico com ampla abundância no Brasil e que apresenta diversas funcionalidades, desde o seu consumo in natura até o uso de seus coprodutos em processos industriais, por meio de óleos, hidrogéis, produtos de higiene bucal, de beleza, farmacêuticos entre outros, com grande valor no âmbito econômico e sustentável a partir do uso de resíduos do maracujá (semente e/ou casca), com vasta aplicabilidade e propriedades, tais como, ação antioxidante, antimicrobiana e citotóxica. A constante preocupação em reduzir os resíduos agroindustriais do maracujá e a busca por métodos alternativos e naturais para seu reaproveitamento, aumentou o interesse por produtos de origem natural e microbianos, como quitosana fúngica e seus derivados (cloridrato de quitosana) e os tensoativos (Tween 80 e biossurfactante), que podem ser facilmente obtidos. Logo, o uso tradicional da quitosana, apresenta diversos efeitos bioativos, portanto, mediante o exposto a presente proposta objetivou avaliar a ação antimicrobiana, antioxidante e a citotoxicidade de emulsão e de enxaguatório bucal contendo como princípio ativo cloridrato de quitosana-óleo da semente de maracujá. As emulsões de cloridrato de quitosana-óleo da semente de maracujá foram obtidas pela técnica de complexação polieletrolítica e caracterizadas por análise do Tamanho (nm) e Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS), Potencial Zeta (mV), Índice de Polidispersão (PDI) e pH. O cloridrato de quitosana foi obtido por dialise da quitosana extraída de Aspergillus niger, tendo como característica baixo peso molar e grau de desacetilação entre 80-85%. Biossurfactante extraído de Pseudomonas foi cedido pela prof.ª Leonie Sarubbo da UNICAP/PE. Foram preparadas emulsões do óleo da semente de maracujá com Tween 80 e biossurfactante. Foi realizada estabilidade das emulsões obtidas e determinada a atividade antimicrobiana (técnica de microdiluição). A emulsão mais estável e com melhor ação antimicrobiana (ST1 contendo Tween 80), foi utilizada como componente para a formulação do enxaguatório bucal. A emulsão mais eficaz e o enxaguatório bucal formulado (com e sem menta) foram avaliados a partir da atividade antimicrobiana, a citotoxicidade (ensaio MTT) e o potencial de irritação (HET-CAM). As emulsões (ou substâncias testes (ST’s)) apresentaram tamanho médio de partículas entre 133,3 ± 3,00 e 122,97 ± 1,10nm, potencial zeta entre 14,44 ± 10,27 e 9,66 ± 3,02mV. Durante o estudo e análise de estabilidade das substâncias formuladas, pode-se notar que houve manutenção das características, ou seja, ocorreu estabilidade no tamanho, no potencial zeta e no índice de polidispersão que apresentou variação entre 0,30 e 0,29 e pH estável entre 3,83 e 4,12 com até 7 dias. As emulsões apresentaram concentração inibitória mínima para os microrganismos patogênicos testados, com destaque para a ST1 (com Tween 80) que apresentou menor valor de CIM. A determinação da biocompatibilidade e potencial de irritação, através da técnica HET-CAM, notou-se que, o enxaguatório bucal sem menta foi mais eficiente por não apresentar efeito irritante, sendo classificado como não irritante devido seu baixo valor (0,06).


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  • O maracujá-amarelo (Passiflora edulis), é um fruto característico com ampla abundância no Brasil e que apresenta diversas funcionalidades, desde o seu consumo até o uso em processos medicinais, por meio de óleos da semente e/ou casca, com vasta aplicabilidade e propriedades, tais como, ação antioxidante, antimicrobiana e citotóxica. O uso tradicional da quitosana e seus derivados, apresentam diversos efeitos bioativos, logo, mediante o exposto a presente pesquisa objetiva avaliar a ação antimicrobiana, antioxidante e a citotoxicidade de hidrogel contendo como princípio ativo nanocápsulas de cloridrato de quitosana-goma arábica-óleo da semente de maracujá. As nanopartículas de cloridrato de quitosana-goma arábica contendo óleo da semente de maracujá foram obtidas pela técnica de complexação polieletrolítica e caracterizadas por análise do Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS) e Potencial Zeta, Espectroscopia na região do infravermelho e por Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET–FEI Morgagni). Foram analisadas a atividade antimicrobiana (técnica de microdiluição),antioxidante (ensaios: DPPH, ABTS e FRAP), citotoxicidade (ensaio MTT) e o potencial de irritação (HET-CAM). Entre as nanoemulsões formuladas a ST1 apresentou maior estabilidade após as análises, demonstrando estabilidade em seu pH, tamanho (0,64), baixo índice de polidisperção (0,30) e potencial zeta (14,44). Com base nos resultados obtidos, espera-se obter uma nova formulação de hidrogel que seja biocompatível, biodegradável, obtida por química verde e que tenha amplo espectro antimicrobiano e ação antioxidante. Dessa forma, a presente pesquisa visa o aproveitamento das potencialidades bioativas desses resíduos agroindustriais como fonte sustentável do meio ambiente, para obtenção de um novo produto (hidrogel a base de cloridrato de quitosana) que seja biocompatível, biodegradável, com amplo espectro antimicrobiano e antioxidante para uso em feridas, bem como, fortalecimento na promoção da sustentabilidade e da química verde.

2
  • MARIA LUIZA NARCISO
  • DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE FORMULAÇÃO FITOCOSMÉTICA CONTENDO EXTRATO ETANÓLICO DE Hymenaea martiana HAYNE (FABACEAE)

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA AMELIA MOREIRA LIRA
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • Data: 27/02/2023

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  • Os extratos vegetais têm se revelado como uma alternativa a utilização de produtos convencionais, como fonte de princípios ativos para aplicação na indústria farmacêutica. Nesse contexto a Hymenaea martiana, conhecida popularmente como “jatobá”, se apresenta como matéria-prima natural, para o desenvolvimento de produtos farmacêuticos e cosméticos. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo fitoquímico do extrato das cascas de Hymenaea martiana e incorporar em uma formulação com atividade antioxidante, fotoprotetora, antimanchas e antienvelhecimento. Para esse propósito, as cascas foram submetidas à extração acelerada por solvente com etanol em diferentes concentrações, sendo obtido os extratos Hm-EtOH50, Hm-EtOH60 e Hm-EtOH70. Para o estudo fitoquímico, foi realizado um perfil cromatográfico por HPLC-DAD, utilizando o extrato Hm-EtOH70, no qual foram identificadas as seguintes classes de compostos fenólicos: flavanóis, flavonóis, ácidos fenólicos e estilbenos. A capacidade antioxidante analisada através do método de inibição do radical ABTS+ e atividade sequestrante do radical DPPH apresentou um melhor resultado para o extrato Hm-EtOH60 com 83.89 μg/mL e 45.97 μg/mL, respectivamente. Os extratos não apresentaram atividade citotóxica frente a linhagem celular. Uma formulação foi proposta apresentando resultado satisfatório com valor de pH e sensorial agradável, toque suave. Os resultados destacam o potencial biotecnológico e terapêutico da espécie Hymenaea martiana.


  • Mostrar Abstract
  • Os compostos bioativos têm se revelado como uma alternativa a utilização de substâncias sintéticas, com potencial crescimento e aplicabilidade dermocosmética. Nesse contexto a Hymenaea martiana, conhecida popularmente como “jatobá”, apresenta grande potencial fitoquímico, para o desenvolvimento de produtos farmacêuticos e cosméticos. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo fitoquímico do extrato das cascas de Hymenaea martiana e incorporar em uma formulação com atividade antioxidante, fotoprotetora, clareadora e antienvelhecimento. Para esse propósito, as cascas foram submetidas à extração acelerada por solvente com etanol, sendo obtido os extratos Hm-EtOH50, Hm-EtOH60 e Hm-EtOH70. No estudo fitoquímico, o extrato Hm-EtOH70 foi o mais adequado para recuperação de compostos fenólicos. Através do perfil cromatográfico de compostos fenólicos por HPLC-DAD foram identificados as seguintes classes de compostos fenólicos: flavanóis, flavonóis, ácidos fenólicos e estilbenos. A capacidade antioxidante analisada através do método de inibição do radical ABTS+ e atividade sequestrante do radical DPPH apresentou um melhor resultado para o Hm-EtOH60 com 83.89 μg/mL e 45.97 μg/mL, respectivamente. Os extratos não apresentaram atividade citotóxica frente a linhagem celular Vero, pelo método de redução do tetrazólio (MTT). A formulação desenvolvida não apresentou mudanças significativas após o teste de estabilidade. Os resultados destacam o potencial biotecnológico e terapêutico da espécie Hymenaea martiana.

3
  • SÉRGIO BATISTA RAMOS
  • EFEITO ANTIMICROBIANO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Algrizea minor SOBRE Colletotrichum spp.

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • DELSON LARANJEIRA
  • Data: 28/02/2023

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  • A espécie Algrizea minor, apresenta poucas investigações quanto ao seu OE, entretanto são vistos relatos promissores em diferentes atividades biológicas. Para esta espécie não há relatos de avaliações do potencial antimicrobiano frente a fitopatógenos. Desse modo, objetivou-se nesse trabalho avaliar o potencial antimicrobiano do óleo essencial de A. minorsobre as espécies Colletotrichum spp. O OE de A. minorfoi obtido a partir de folhas da planta. Realizou-se as identificações dos componentes do OE. Os isolados de Colletotrichum spp. foram selecionados a partir do teste de patogenicidade em frutos. Esses foram submetidos ao teste de controle fitoquímico. O OE de A. minor foi submetido aos testes de cito e fitotoxicidade in vitro. O rendimento do OE de A. minor foi de 1% e foram identificados 35 compostos. No teste de patogenicidade todos os frutos avaliados apresentaram sintomas característicos da antracnose e as espécies foram selecionadas. Os resultados desse teste são coerentes com o que a literatura demonstra em diversos ensaios dessa natureza. O teste de CMI apontou a menor concentração inibitória em 200 ppm (partes por milhão) e a maior em 700 ppm. No teste do efeito fitoquímico, 70.83 % das concentrações avaliadas foram eFS. sendo a menor concentração a provocar eFC de 200 ppm. Relata-se diversos OEs de espécies da família Myrtaceae apresentando eFS e eFC. No teste DCM foi evidenciado o menor PIC médio (percentual de inibição de crescimento) com 21 % e o maior com 61.65 % de inibição. Trabalhos que realizaram a avaliação do PIC a partir de OEs da família botânica Myrtaceae indicam que de acordo com a espécie fúngica, métodos e concentrações avaliadas os PIC médios podem variar, e expressar uma relação de dose dependência. Os valores da CE50 (concentração de um composto capaz de reduzir o crescimento em 50 %) foram estimados, sendo a menor concentração 109.93. Na literatura são encontrados testes dessa natureza com resultados que alcançaram os valores da CE50, contudo as concentrações testadas pelos autores são relativamente altas. O efeito fitoquímico do OE de A. minor na formação de apressórios foi verificado e observou-se reduções na germinação de conídios e deformações de outras estruturas. Ensaios semelhantes que utilizaram OEs de Myrtaceae apresentaram similaridades nos resultados de nosso estudo, bem como nas concentrações testadas. A toxicidade celular do OE de A. minor apresentou maior viabilidade celular na concentração de 3.91 ppm com 62.09 %. O efeito fitotóxico de OEs de Myrtaceae são comumente citados e relacionados a compostos como o cariofileno. No teste de fitotoxicidade a menor taxa de germinação foi de 84.7 % na concentração de 400 ppm. Verificar a cito e a fitotoxicidade celular de compostos são etapas imprescindíveis para projeção de uso de compostos com prospecção de produtos seguros ao homem e ao meio ambiente. O OE de A. minor, em diferentes concentrações, apresenta controle fitoquímico sobre Colletotricum spp. Entretanto, esse OE apresenta citotoxicidade in vitro em baixas concentrações, desse modo, faz-se necessário estudos mais aprofundados sobre os compostos envolvidos nessa toxicidade celular.


  • Mostrar Abstract
  • As pesquisas voltadas ao controle alternativo de doenças em plantas, principalmente em
    culturas economicamente importantes, por meio da utilização de óleos essenciais de
    origem vegetal têm se ampliado. Várias plantas apresentam diversas substâncias em suas
    composições químicas com potenciais antifúngico, demonstrando grande capacidade de
    promover resultados promissores. A família Myrtaceae é uma espécie vegetal bastante
    citada como boa produtora de óleo essencial com potencial antimicrobiano. Podemos
    destacar ações antimicrobianas do óleo essencial de Myrtaceae inibindo o crescimento de
    importantes fitopatógenos, tais quais: Colletotrichum acuntatum, Colletotrichum
    gloeosporioides, Colletotrichum musae, Fusarium oxysporum, Lasiodiplodia sp,
    Penicillium expansum entre outros. A família botânica Myrtaceae integra 132 gêneros e
    5.760 espécies. Os gêneros Eucalyptus, Melaleuca, Campomanesia, Myrcia e Psidium
    são grupos que possuem diversos relatos de seus potenciais antifúngicos. A espécie
    Algrizea minor, descrita recentemente por Faria e Proença, endêmica do estado da Bahia,
    apresenta poucas investigações quanto ao seu óleo essencial, entretanto dois autores
    investigaram seu potenciais e encontraram resultados promissores na ação antimicrobiana
    e antibacteriana, atividade antinociceptiva, potencial antioxidante, atividade
    gastroprotetora, analgésica e antiflamatória. Para esta espécie não há relatos de avaliações
    do potencial antimicrobiano frente a fitopatógenos. Desse modo, objetivou-se nesse
    trabalho avaliar o potencial antimicrobiano do óleo essencial de Algrizea minor sobre as
    espécies Colletotrichum musae, Colletotrichum gloeosporioides, Colletotrichum
    siamene, Colletotrichum truncatum, Colletotrichum brevisporum e Colletotrichum
    fructicola. O óleo essencial de Algrizea minor foi obtido a partir de folhas da planta, que
    foi coletada no Parque Nacional do Catimbau, Penambuco – PE, Brasil. Realizou-se as
    identificações dos componentes do óleo a partir da análise qualitativa por cromatografia
    gasosa acoplada a espectrometria de massa e quantitativa por cromatografia gasosa. Os
    isolados das espécies fúngicas avaliadas foram submetidas aos testes: dose mínima
    inibitória, taxa de germinação de conídios; desenvolvimento e crescimento micelial
    (princípio ativo: óleo essencial de A. minor; princípio ativo: Graduate A). O óleo essencial
    de Algrizea minor foi avaliado quanto a fitotoxicidade para verificar se o mesmo causa
    influência no tecido vegetal em diferentes doses. Apenas o isolado 4458 (C. musae) não
    foi suscetível às doses do óleo essencial de A. minor e os demais apresentaram inibição
    na taxa respiratória celular no teste de dose mínima inibitória. No teste de
    desenvolvimento e crescimento micelial, com o princípio ativo: óleo essencial de A.
    minor, o percentual de inibição de crescimento variou de 34,67 a 86,35%. No mesmo teste com o princípio ativo: Graduate A+, todas as espécies mostraram-se sensíveis nas doses recomendadas pelo fabricante (2500 e 5000 ppm).

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  • MAYSA MIRELLY DE LIMA ARAUJO
  • OBTENÇÃO DE PEPTÍDEOS BIOATIVOS A PARTIR DA CLARA DE OVO DE GALINHA CAIPIRA

  • Orientador : JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AMANDA REGES DE SENA
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • TALITA CAMILA EVARISTO DA SILVA NASCIMENTO
  • Data: 24/03/2023

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  • Hidrolisados proteicos são fragmentos específicos de proteínas obtidos por hidrólise enzimática que podem ter propriedades bioativas. A bromelina é um conjunto de enzimas proteolíticas da classe das hidrolases e pode ser encontrada nos tecidos dos representantes da família Bromeliaceae. A macambira (Bromelia laciniosa) é uma espécie endêmica do Brasil e é utilizada pelos agricultores do Nordeste brasileiro como complemento na alimentação do gado durante períodos de seca. O objetivo deste estudo foi aplicar a bromelina da macambira para a obtenção de hidrolisados bioativos da clara de ovo de galinha caipira (Gallus gallus domesticus). A bromelina foi extraída das folhas da macambira, por meio de trituração com tampão fosfato de sódio e o extrato bruto foi parcialmente purificado com etanol. A atividade especifica obtida foi de 181,48 U/mg, com fator de purificação de 22,09 e um rendimento de 124,30%, em atividade. Um planejamento experimental do tipo Doehlert foi realizado para encontrar as condições ideais de hidrólise, que foi realizada com três varáveis independentes: concentração da clara, relação enzima:substrato e tempo de hidrólise. O grau de hidrólise variou entre 41,59 e 76,48%. As atividades biológicas dos hidrolisados foram avaliadas em relação a propriedades antioxidantes na concentração de 3 mg/mL, onde os hidrolisados apresentaram capacidade de eliminação do radical ABTS (acima de 60%), radical hidroxila (10,12% a 67,18%), radical superóxido (4,54% a 23,59%), poder redutor (0,24 a 2,48 EAC/mL) e Potencial de Redução Férrica – FRAP (83 a 214 µM de FeSO4/mL). O hidrolisado H12 apresentou atividade antioxidante em mais métodos testados e por isso foi escolhido para ser fracionado por ultrafiltração. O hidrolisado e sua fração foram testados em relação a atividade antibacteriana (16 mg/mL) e citotóxica (0,5 mg/mL). O hidrolisado H12 e a fração F12 apresentaram atividade contra Escherichia coli UFPEDA224 e Klebsiella pneumoniae UFPEDA396O hidrolisado e a fração não demonstraram atividade citotóxica contra as linhagens celulares normais vero e L929, porém não demonstraram atividade antitumoral, na concentração testada, contra as células neoplásicas MCF-7, HT-29 e HCT-116. Os resultados encontrados demonstram o potencial biotecnológico da bromelina da macambira como alternativa a fitoprotease.


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  • Hidrolisados proteicos são fragmentos específicos de proteínas obtidos por hidrólise enzimática que podem ter propriedades bioativas. A bromelina é um conjunto de enzimas proteolíticas da classe das hidrolases e pode ser encontrada nos tecidos vegetais dos representantes da família Bromeliaceae. A Macambira (Bromelia laciniosa) é uma espécie endêmica do Brasil e Argentina. Os agricultores do Nordeste utilizam a macambira como complemento na alimentação do gado durante os períodos de seca. Poucos estudos foram realizados para verificar a produção de proteases por Bromelia laciniosa, sendo assim, objetivou-se aplicar a bromelina da macambira para a obtenção de hidrolisados bioativos da clara de ovo de galinha caipira. A bromelina foi extraída das folhas da macambira, por meio de trituração com tampão fosfato de sódio (0,2 M, pH 7,0). O extrato enzimático bruto foi parcialmente purificado com etanol (70%, v/v). A atividade específica obtida com a bromelina parcialmente purificada foi de 181,48 U/ mg com um fator de purificação de 22,09 e rendimento de 124,30%, em atividade. Para obter as condições ideais de hidrólise, foi realizado um planejamento experimental do tipo Doehlert. O planejamento proposto foi composto de três variáveis independentes: concentração de clara (30 a 50%, v/v), relação enzima:substrato (1:25 a 1:325) e tempo de hidrólise (30 a 390 minutos). A clara de ovo foi avaliada em 3 níveis, E:S em sete e o tempo em cinco. Foram gerados 15 experimentos, sendo três pontos centrais. O grau de hidrólise dos 15 hidrolisados variou entre 41,59 e 76,48%. Em relação às propriedades antioxidantes, os hidrolisados apresentaram capacidade de eliminação do radical ácido 2,2′-azinobis 3-etillbenzotiazolina-6- sulfônico – ABTS (acima de 60%), radical hidroxila (10,12% a 67,18%), radical superóxido (4,54% a 23,59%), Poder redutor (2,48 EAC/mL) e Potencial de Redução Férrica – FRAP (83 a 214 µM de FeSO4/mL). Os resultados sugerem que os hidrolisados da clara de ovo de galinha caipira podem ter potencial de uso como antioxidantes naturais.

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  • WALTER BOTELHO SEIXAS
  • Elaboração e caracterização de gel antisséptico a base de nanopartículas de prata obtidas por síntese biológica

  • Orientador : TANIA LUCIA MONTENEGRO STAMFORD
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIANA DE OLIVEIRA FRANCO
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • THAYZA CHRISTINA MONTENEGRO STAMFORD
  • Data: 29/03/2023

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  • As nanopartículas de prata têm ganhado destaque pela sua comprovada atividade antimicrobiana e por serem uma ótima alternativa aos antibióticos tradicionais, para os quais uma série de patógenos tem adquirido resistência. Por sua vez, as técnicas de síntese de nanopartículas utilizando microrganismos e seus produtos metabólicos vem sendo aprimoradas de modo a contornar os efeitos causados pelas técnicas químicas e físicas, conhecidamente danosas ao meio ambiente e à saúde humana.  Este projeto tem como principal objetivo a elaboração de um gel antisséptico formulado com nanopartículas de prata, obtidas por meio de síntese biogênica, tendo como agentes mediadores linhagens fúngicas do gênero Aspergillus. Busca-se como característica do produto a não indução de resistência nos microrganismos alvos e ação antagônica contra uma ampla variedade de microrganismos patogênicos, além de ser seguro para o usuário. A metodologia aplicada é ecossustentável e de baixo custo, e tem como base a redução de nitrato de prata por meio de biomoléculas presentes na biomassa fúngica. Ensaios de toxicidade foram realizadas através de HET-CAM; a concentração mínima inibitória e ação antimicrobiana das nanopartículas, bem como do gel antisséptico, foram determinadas por microdiluição seriada em caldo e por difusão em ágar por poço contra microrganismos patogênicos selecionados. Das linhagens testadas foi possível obter biomoléculas capazes de mediar a biossíntese de nanopartículas de prata. Este trabalho de pesquisa permitiu o desenvolvimento de um produto com ação antimicrobiana contra uma diversidade de microrganismos patogênicos e oportunistas, utilizando tecnologia não agressiva ao meio ambiente e à saúde humana.


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  • As nanopartículas de prata têm ganhado destaque pela sua comprovada atividade antimicrobiana e por serem uma ótima alternativa aos antibióticos tradicionais, para os quais uma série de patógenos tem adquirido resistência. Por sua vez, as técnicas de síntese de nanopartículas utilizando microrganismo e seus produtos metabólicos vem sendo aprimoradas de modo a contornar os efeitos causados pelas técnicas químicas e físicas, conhecidamente danosas ao meio ambiente e à saúde humana.  Este projeto tem como principal objetivo a elaboração de um gel antisséptico formulado com nanopartículas de prata, obtidas por meio de síntese biogênica, tendo como agentes mediadores espécies fúngicas do gênero Aspergillus. Busca-se como característica do produto a não indução de resistência nos microrganismos alvos e ação antagônica contra uma ampla variedade de microrganismos patogênicos, além de ser seguro para o usuário. A metodologia aplicada é ecossustentável e de baixo custo, e tem como base a redução de nitrato de prata por meio de biomoléculas presentes na biomassa fúngica. Ensaios de toxicidade serão realizadas através de HET-CAM e pelo método de redução de brometo; a Concentração Mínima Inibitória será determinada por microdiluição seriada em caldo; e a ação antimicrobiana do gel será investigada pela difusão em ágar por poço contra microrganismos patogênicos selecionados. Das linhagens testadas foi possível obter biomoléculas capazes de mediar a biossíntese de nanopartículas de prata. Espera-se deste trabalho o desenvolvimento de um produto antimicrobiano utilizando tecnologia não agressiva ao meio ambiente e a saúde humana, a ampliação do conhecimento e a formação de recursos humanos na aérea de Biotecnologia.

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  • ANTONIO VINICIUS PINHO SÁ
  • FORMULAÇÕES ANTISSÉPTICAS À BASE DE CLORIDRATO DE QUITOSANA-ÓLEO DA SEMENTE DE UVA: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E CITOTOXICIDADE

  • Orientador : THAYZA CHRISTINA MONTENEGRO STAMFORD
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIA RAQUEL RAMOS BERGER
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • THAYZA CHRISTINA MONTENEGRO STAMFORD
  • Data: 30/03/2023

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  • Polimeros são amplamente utilizados na biotecnologia devido as suas propriedades para o desenvolvimento de biomateriais. A uva tem vasta aplicação na indústria alimentícea, sendo o seu processamento responsável por uma alta geração de resíduos que retém propriedades funcionais. Nesse contexto, a presente pesquisa objetivou o desenvolvimento, a caracterização e a determinação da bioatividade de produtos antissépticos a base de emulsão de cloridrato de quitosana fúngica (ClQF)-óleo da semente de uva (OSU). As emulsões ClQF-OSU foram obtidas utilizando como tensoativos tween 80 (EM1) ou biossurfactante extraido da Pseudomonas (EM2). As emulsões foram caracterizadas, e verificada a sua estabilidade coloidal por análise do Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS), Potencial Zeta (PZ), e Índice de Polidispersão (PDI). A atividade antimicrobiana das emulsões foi determinada pela técnica de microdiluição contra microrganismos patogênicos. A emulsão mais estável e com melhor ação antimicrobiana (EM1 contendo Tween 80), foi utilizada como componente para a formulação do gel e do spray. Desse modo, foram avaliadas a atividade antimicrobiana, citotoxicidade (ensaio MTT) e o potencial de irritalçao (HET-CAM) da emulsão EM1 e das formulações em gel e spray. As emulsões EM1 e EM2 tiveram, respectivamente, DLS de 106,93± 0,12, e 1845nm±0,22; PDI 0,28±0,06, e 1,0±0,0nm; e PZ 14,83±0,96 mV, e -46,30±5,05 mV. A EM1 continua estável na terceira semana, contudo a EM2 apresentou instabilidade nos parametros estudados. Em relação a atividade antimicrobiana, as duas emulsões apresentaram CIM para todos os microrganismos testes, contudo EM1 obteve concentrações mais baixas de CIM para os patogenos testados. Com relação a caracterização e estabilidade, a emulsão EM1 também apresentou melhor resultado, sendo a escolhida para os experimentos de preparo das formulações. As formulações em gel e spray ainda demonstraram não haver efeito potencial irritante (pela técnica HET-CAM), sendo classificado como não irritante com índice (0,0). Baseado nesses resultados, foi verificada a eficácia dos produtos formulados na forma de spray e de gel preparadas com ClQF e OSU. Assim, espera-se que o presente estudo agregue valor aos resíduos agroindustriais e incentive seu aproveitamento, com obtenção de um novo bioproduto com propriedades bioativas, de baixo custo, biossustentável e passível de aplicação nas indústrias farmacêuticas e biomédicas. 


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  • Polimeros são amplamente utilizados na biotecnologia devido as suas propriedades para o desenvolvimento de biomateriais. A uva é amplamente utilizada na indústria alimentícea, sendo o seu processamento responsável por uma alta geração de resíduos que retém propriedades funcionais. Nesse contexto, a presente pesquisa objetivou o desenvolvimento, a caracterização e a determinação da bioatividade de produtos antissépticos a base de emulsão ou nanocapsulas decloridrato de quitosana fungica (ClQF)-óleo da semente de uva (OSU). As emulsões ClQF-OSU foram obtidas utilizando como tensoativos tween 80 (EM1) ou biossurfactante extraido daPseudomonas(EM2). As emulsões foram caracterizadas, e verificada a sua estabilidade coloidal por análise do Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS), Potencial Zeta (PZ), e Índice de Polidispersão (PDI). A atividade antimicrobiana das emulsões foi determinada pela técnica de microdiluição. Em experimentos a serem realizados serão obtidas as nanocapsulas com a emulsão que apresentou melhor atividade e estabilidade, assim como, se formulado um gel e spray antisseptico. As formulações serão caracterizadas e avaliadas quanto a atividade antioxidante (ensaios: DPPH, ABTS e FRAP), citotoxicidade(ensaio MTT) e o potencial de irritação (HET-CAM). As emulsões EM1 e EM2 tiveram, respectivamente, DLS de 106,93± 0,12, e 1845nm±0,22; PDI 0,28±0,06, e 1,0±0,0nm; e PZ 14,83±0,96 mV, e -46,30±5,05 mV. A EM1 continua estável na terceira semana, contudo a EM2 apresentou instabilidade nos parametros estudados. Em relação a atividade antimicrobiana, as duas emulsões apresentaram CIM para todos os microrganismos testes, contudo EM1 obteve concentrações mais baixas de CIM. Com relação a caracterização e estabilidade, a emulsão EM1 também apresentou melhor resultado, sendo a escolhida para os experimentos de encapsulação e preparo das formulações. Baseado nesses resultados foi verificada a eficácia de emulsões preparadas com ClQF e OSU como agentes atimicrobianos. Assim, espera-se que o presente estudo agregue valor aos resíduos agroindustriais e incentive seu aproveitamento, com obtenção deum novo bioproduto com propriedades bioativas, de baixo custo, biossustentávele passível de aplicação nas indústrias farmacêuticase biomédicas.

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  • WELLINGTON SANTOS DA SILVA
  • ESTUDO DE DIFERENTES ÓLEOS ESSENCIAIS: CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA, INCORPORAÇÃO EM MATRIZ DE QUITOSANA E ATIVIDADE ANTIBACTERIANA

  • Orientador : GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CHRISTINE LAMENHA LUNA FINKLER
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • Data: 31/03/2023

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  • Os óleos essenciais vêm sendo utilizados como uma nova estratégia terapêutica para o tratamento de infecções. Ademais, o uso da quitosana, biopolímero natural, funcionalizado com esses óleos representa uma alternativa eficaz para o controle de microrganismos patogênicos. Perante isto, o presente trabalho objetivou realizar a caracterização química de dois óleos essenciais (OEBG) e (OEMA), além de obter um hidrogel de quitosana como agente carreador desses óleos, visando a potencialização da atividade antibacteriana no tratamento de infecções da pele. A caracterização química foi realizada por GC-FID e GC-MS, sendo evidenciados como majoritários o Limoneno 67,52 % e Mentol 43,56 %, para OEBG e OEMA, respectivamente. Isoladamente, os óleos apresentaram amplo espectro de ação possuindo concentrações mínimas inibitórias (CMIs) relativas a uma atividade entre forte e moderada contra as bactérias e leveduras testadas, tendo o OEBG melhor atividade antimicrobiana em comparação ao OEMA. Foi elaborado um hidrogel de quitosana contendo o OEBG, (HQBG) de
    aparência homogênea, sem a presença de precipitados, bifase ou grânulos. Nos testes de tamanho de partícula (nm), PDI e Potencial Zeta (mV) o HQBG exibiu inicialmente 594 nm, PDI de 0,4 e +53,2 ± 1,7 mV, respectivamente, mantendo-se estável durante um período de 28 dias. Nas análises térmicas foi observado que as curvas de TG e DTG para o hidrogel controle (HQ) e o HQBG apresentaram estágios e eventos semelhantes,
    sendo esta semelhança também notada nas curvas da calorimetria (DSC) para ambos. As fotomocografias por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) evidenciaram microporos na matriz polimérica com tamanho médio de 47,3 ± 8,12 e 39,6 ± 10,28 µm para cortes longitudinais e transversais, respectivamente. A formulação HQBG inibiu o crescimento microbiano de todos os microrganismos testados em um período de 90 dias,
    revelando melhor atividade contras as cepas fúngicas testadas. O OEBG e o HQBG não exibiram um perfil citotóxico a linhagem celular humana testada. As análises de produção de citocinas revelaram que o HQBG estimulou a produção de TNF-α e IL-6, sugerindo uma resposta proliferativa e cicatrizante a células do epitélio em processos inflamatórios da pele. Diante dos resultados podemos concluir que a formulação HQBG demonstrou ser eficaz no combate às bactérias e melhor atividade às leveduras testadas, indicando ser um produto natural de que possui amplo espectro de ação, boa estabilidade e biocompatibilidade, potencializando a atividade antimicrobiana do OEBG, podendo contribuir no tratamento de infecções que acometem a pele.


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  • Os óleos essenciais vêm sendo utilizados como uma nova estratégia terapêutica para tratamento de infecções bacterianas. Ademais, o uso de quitosana, biopolímero natural, funcionalizado com esses óleos representa uma alternativa eficaz para o controle de microrganismos. Diante disso, o presente trabalho objetivou realizar a caracterização química dos óleos essenciais de Bursera graveolens (OEBG), Mentha arvensis (OEMA), e a obtenção de um hidrogel de quitosana como agente carreador dos óleos, visando a potencialização da atividade antibacteriana no tratamento de infecções da pele. A caracterização química dos óleos foi realizada por GC-FID e GC-MS, sendo evidenciada a presença de compostos majoritários como limoneno (67,52%) e mentol (43,56%) para os OEBG e OEMA, respectivamente. Os óleos ainda foram testados quanto sua atividade antimicrobiana frente  a bactérias e fungos patogênicos e determinada a concentração mínima inibitória (CMI). Os óleos apresentaram um amplo espectro de ação com CMI que variaram de 171 a 87.170 µg/mL para bactérias e 341 a 1.360 µg/mL para leveduras. Foi preparado um hidrogel de quitosana contendo o OEBG e, até o momento, a condição de preparo de formulação (QUI 3% e OE 8%) foi testada frente à Staphylococcus aureus UFPEDA 02 e Escherichia coli UFPEDA 224, com CMI de 313/183 µg/mL a 2.500/1.467 µg/mL, respectivamente. Diante dos resultados parciais, podemos concluir que os óleos estudados foram eficazes no controle dos microrganismos testados assim como a formulação testada demonstrou ser mais efetiva frente a bactéria Gram-positiva testada, inibindo seu crescimento. Esse é o primeiro relato da formulação de um hidrogel de quitosana contendo óleo essencial de B. graveolens.

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  • MARIA LUIZA PAES XAVIER
  • AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOESTRUVITA A PARTIR DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS SINTÉTICAS EMPREGANDO Bacillus pumilus

  • Orientador : BRUNA SOARES FERNANDES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA SOARES
  • BRUNA SOARES FERNANDES
  • EMMANUEL DAMILANO DUTRA
  • Data: 31/07/2023

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  • O fósforo é um nutriente vital para o desenvolvimento dos seres vivos, obtido da mineração de rochas fosfáticas, recurso não renovável e em escassez, gerando preocupação com a segurança alimentar a longo prazo, necessitando de uma melhor gestão deste recurso, uma vez que é insubstituível na produção alimentar. A produção biológica de estruvita por meio da biomineralização, de lodos e águas residuárias, tem gerado interesse significativo da comunidade científica em todo o mundo. Apesar de ser um produto de interesse mundial, ainda carece de pesquisas no Brasil que se dediquem a esta temática. A obtenção de estruvita torna-se altamente relevante uma vez que vai ao encontro de três grandes demandas nacionais: obtenção de fósforo, recuperação de nutrientes de efluentes residuais e enquadramento dos efluentes tratados à resolução pertinente para descarte em corpos receptores. Essa reciclagem de nutrientes dos efluentes para uso na produção agrícola está associada a 2 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Assim, este projeto visa a produção de estruvita por via biológica a partir de águas residuárias sintéticas utilizando o Bacillus pumilus. Este estudo investigou a produção de estruvita em diferentes meios sintéticos, sendo dividido em três etapas: 1) Testes utilizando meio simulando efluente de processamento de batata pós-tratamento anaeróbio; 2) Testes utilizando meio simulando a urina humana fresca suplementada com diferentes fontes inorgânicas de magnésio e 3) Testes utilizando meio simulando o mesmo meio anterior com suplementação de fonte de magnésio de baixo custo (água do mar). Todos os meios foram inoculados com o microrganismo B. pumilus. O estudo buscou analisar a influência do aumento da concentração de nutrientes e o efeito da variação da fonte de magnésio na precipitação de estruvita. Percebeu-se que a variação de concentração e alteração da fonte de magnésio influenciou na remoção de nutrientes e precipitação dos cristais, observando variações na morfologia, tamanho e quantidade dos cristais. Os resultados obtidos demonstraram remoções de matéria orgânica que variaram entre 74% e 99% e cristais de tamanho variando entre 50 µm a 500 μm. Além disso, a condição que simulava a urina utilizando MgCl2.6H2O resultou em uma concentração de sólidos fixos de 325,71 mg/L e cristais com diâmetros na ordem de 134 µm x 343 μm. Esses valores superaram os resultados obtidos em estudos anteriores. Contudo, apesar de promissores os resultados, são necessárias pesquisas adicionais para aprofundar a compreensão dos fatores subjacentes que influenciam as fases de crescimento dos cristais de estruvita e otimizar o processo de precipitação.


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  • A produção biológica de estruvita (bioestruvita) por meio da biomineralização, de lodos e águas residuárias, tem gerado interesse significativo da comunidade científica em todo o mundo. Apesar de ser um produto de interesse mundial, ainda carece de pesquisas no Brasil que se dediquem a esta temática. A obtenção de estruvita torna-se altamente relevante uma vez que vai ao encontro de três grandes demandas nacionais: obtenção de fósforo, fonte escassa, recuperação de nutrientes de efluentes residuais para fins de descarte do mesmo tratado em corpos hídricos e enquadramento dos efluentes tratados à resolução pertinente para descarte em corpos receptores. Este projeto visa a produção de estruvita pela rota biotecnológica a partir de diferentes tipos de águas residuárias, como a do processamento da batata e urina humana e emprego do Bacillus pumilus. Além de investigar a influência de diferentes fontes de magnésio (MgSO4.6H2O, MgO, entre outras) na formação dos cristais. Utilizaram-se as técnicas de espectroscopia, cromatografia de líquida de alta eficiência (CLAE), cromatografia de íons, microscopia eletrônica de varredura (MEV) com EDS acoplado e difração de raios X (DRX) para acompanhamento do crescimento microbiano, consumo da fonte de carbono, eficiência de remoção dos nutrientes de interesse (fosfato, magnésio e amônia), quantificação global e caracterização com identificação de sua estrutura cristalina, respectivamente. Posteriormente serão estabelecidos modelos e parâmetros cinéticos de consumo de substratos e de formação de bioestruvita a partir dos resultados experimentais. Verificou-se que o meio sintético 2 apresentou uma maior densidade de cristais formados observados nos campos fotografados no MEV, além de um maior percentual de sólidos fixos (76,67 mg/L), quando comparados aos cristais formados nas demais bateladas, esse resultado pode ser devido a maior concentração de NH4+, PO43- e Mg2+ no meio. Por meio das análises de DRX dos sólidos precipitados foi comprovada a formação de cristais de estruvita. Assim, o meio simulando a urina e utilizando sulfato de magnésio heptahidratado tem sido apontado como o efluente com melhor potencial para recuperação de P, dentre os analisados até o momento. Os cristais obtidos atenderam ao regulamento de fertilizantes inorgânicos proposto por Fertilizers Working Group, possibilitando seu potencial uso como uma boa alternativa de fertilizante.

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  • VICTOR EMANUEL PETRÍCIO GUIMARÃES
  • Avaliação da levedura Meyerozyma caribbica URM8365 na produção de xilitol em resposta a presença do ácido acético

  • Orientador : EMMANUEL DAMILANO DUTRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUEL DAMILANO DUTRA
  • JORGE LUIZ SILVEIRA SONEGO
  • PAULA KATHARINA NOGUEIRA DA SILVA
  • Data: 17/08/2023

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  • O xilitol é um poliol de alto valor agregado, podendo ser aplicado a diversos setores industriais na produção de diferentes produtos como goma de mascar, cremes dentais e adoçantes. Atualmente a produção de xilitol ocorre por rota química, que se trata de um processo caro devido às severas condições reacionais empregadas. Logo, surge como uma potencial alternativa o uso de rotas biotecnológicas de produção, que compreende a conversão biológica de xilose em xilitol, na qual as condições de processo exigidas são mais brandas, consequentemente menor impacto ambiental. No entanto, a rota biotecnológica ainda apresenta importantes gargalos e desafios que dificultam o escalonamento da produção. Estratégias e tecnologias modernas que têm potencial para melhorar a bioprodução de xilitol incluem a seleção de cepas microbianas capazes de tolerar inibidores encontrados em hidrolisados ácidos de biomassas lignocelulósicas, e cepas com alta taxa de consumo de xilose durante a etapa de fermentação. Portanto, este trabalho teve como objetivo a avaliação da espécie Meyerozyma caribbica quanto à resposta fisiológica de tolerância e capacidade de metabolizar xilose na presença do inibidor ácido acético, comum em hidrolisados ácidos de biomassas lignocelulósicas. Para isso, foi feito teste de crescimento em placa contendo diferentes concentrações do inibidor em meio semissintético contendo xilose e/ou glicose. Em sequência, foram feitas as fermentações em meio com semissintético com xilose e glicose na relação de 1:5 a fim de avaliar capacidade de assimilação e produção de xilitol, contendo ácido acético 0,6, 0,8, 1,6 e 3,7 g/L. A partir disso, foi feito um processo alimentado de fermentação por acréscimo de glicose por pulsos a cada 24 horas, e por fim uma avaliação da relação do pH do meio, concentração do inibidor e uma prévia exposição das células a um pH ácido antes da fermentação, visando a produção de xilitol. Foi possível concluir que há relevante impacto do ácido acético no crescimento da levedura. Além disso, a fonte de carbono influencia diretamente na resposta de adaptação ao meio com inibidor, e no desenvolvimento da cepa para a produção de metabólitos de interesse. Na fermentação, o consumo de xilose e a produção de xilitol foram afetados à medida que eleva a concentração de acetato. Além do xilitol, foi observada a produção de etanol no meio. Outra importante característica foi o consumo do ácido acético pela levedura, e também da relação do pH com o potencial de inibição do ácido. Portanto, M. caribbica, foi capaz de consumir e transformar os açúcares que são presentes em hidrolisados lignocelulósicos em produtos de alto valor agregado, como o xilitol.


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  • O xilitol é um poliol de alto valor agregado, podendo ser aplicado a diversos setores industriais na produção de diferentes produtos como goma de mascar, cremes dentais e adoçantes. Atualmente a produção comercial de xilitol ocorre por via química, que por ser um processo caro devido às severas condições reacionais empregadas, a rota biotecnológica de produção, que compreende a conversão biológica de xilose em xilitol, surge como uma potencial alternativa de menor custo de produção, devido às condições de processo mais brandas exigidas. No entanto, a rota biotecnológica ainda apresenta importantes gargalos e desafios que dificultam a ampliação do processo. Estratégias e tecnologias modernas que têm potencial para melhorar a bioprodução de xilitol incluem a seleção de cepas microbianas capazes de tolerar inibidores encontrados em hidrolisados ácidos de biomassas lignocelulósicas, e cepas com alta taxa de absorção de xilose durante a etapa de fermentação, a fim de elevar o rendimento de produção. Portanto, este trabalho teve como objetivo a avaliação da espécie Meyerozyma caribbica quanto a resposta fisiológica de tolerância e capacidade de metabolizar xilose na presença de inibidores comuns em hidrolisados ácidos de biomassas lignocelulósicas. Para isso, foi feito teste de crescimento em placa contendo diferentes concentrações de inibidores acetato e furfural em meio sintético contendo xilose; glicose; e xilose + glicose. Em sequência, foi feita a fermentação em meio com xilose + glicose (1:5) para avaliação da adaptação e capacidade de assimilação e produção de xilitol em meio sintético contendo acetato 0,6 e 0,8 g/L. Foi possível concluir o impacto de inibidores no metabolismo da levedura, tanto pelo tipo e concentração. Além disso, a fonte de carbono influencia diretamente na resposta de adaptação ao meio contento inibidores; e no desenvolvimento da cepa para a produção de metabólitos de interesse. Na fermentação, o consumo de xilose e a produção de xilitol é inversamente proporcional ao aumento da concentração de acetato. Além do xilitol, foi observado a produção de etanol no meio, e uma importante característica que foi o consumo do ácido acético em ambas concentrações testadas, sendo uma possível capacidade de destoxificação do meio. Portanto, M. caribbica, foi capaz de consumir açúcares que estão presentes em hidrolisados os quais se usam como matéria prima em biorrefinarias, em produtos de alto valor agregado como o xilitol, no etentanto, se faz necessário avaliação mais elaborada dessa cepa para revelar o seu potencial biotecnológico.

10
  • FERNANDA CRISTINA SILVA DO NASCIMENTO
  • ESTUDO FITOQUÍMICO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DAS PLANTAS FRUTÍFERAS Eugenia uniflora L. (Pitanga) e Syzygium cumini L. (Jambolão) FRENTE A ESPÉCIES DE Fusarium sp.

  • Orientador : NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALLAN JONATHAN CHERNICHIARRO CORRÊA
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • Data: 25/08/2023

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  • Os fungos fitopatogênicos causam doenças em diversos tipos de cultivos, além de
    comprometerem a cadeia produtiva agrícola, dentre eles destacam-se espécies de Fusarium
    sp, podem causar doenças em culturas como: milho, feijão, cana-de-açúcar, jambo-do-Pará,
    manga etc. O objetivo geral da pesquisa foi verificar a atividade antifúngica dos extratos das
    folhas e cascas das espécies frutíferas de uso medicinal Syzygium cumini (jambolão) e
    Eugenia uniflora (pitanga) frente a cepas do gênero Fusarium sp. Foram obtidos 12 extratos
    vegetais pelo método de maceração tanto das cascas quanto das folhas de Eugenia uniflora e
    Syzygium cumini por rotaevaporação. O Screening fitoquímico das folhas de Eugenia uniflora
    apresentaram uma maior quantidade de terpenos, esteróides, saponinas e taninos. As cascas
    uma maior intensidade para os metabólitos flavonoides e taninos. O Screening das folhas de
    Syzygium cumini demonstrou uma maior quantidade de tepenos, esteróides e taninos e as
    cascas apresentaram mais taninos, pela intensidade na coloração. Os extratos brutos foram
    submetidos a triagem fitoquímica por Cromatografia em Camada delgada (CCD) das duas
    espécies vegetais. Foi realizado o doseamento para compostos fenólicos (fenóis totais,
    taninos, cumarinas e flavonoides). Os teores de fenóis totais, a espécie Eugenia uniflora
    exibiu maiores quantidades para o extrato metanólico das folhas 604, 41 ± 10, 74, seguido do
    extrato metanólico das cascas com 539,39 ± 36,70 . A espécie Syzygium cumini seguiu um
    padrão parecido, porém, exibindo os maiores valores de fenóis a partir do extrato metanólico
    das cascas, com 416,38 ± 40,20, seguido do extrato metanólico das folhas com 395,52 ±
    4,08. Para os taninos, o extrato de Eugenia uniflora que mais se destacou entre todos com
    relação a quantidade foi o extrato d acetato de etila das folhas, apresentando teores de 99,41
    ± 7,81. Para S. cumini, o extrato metanólico das folhas foi o que demonstrou um maior
    percentual de taninos, com um total de 409,95 ± 40,33. O extrato das folhas de Eugenia
    uniflora com o solvente acetato de etila foi o que mais se destacou com um teor total de
    flavonoides, com 457,53 ± 28,90, seguido dos extratos hexânico das folhas com 381,59 ±
    38,48 e hexânico das cascas, com um total de 334,92 ± 39,83. A espécie Syzygium cumini, os
    maiores teores encontrados foi referente ao extrato hexânico das folhas, apresentando 400,42
    ± 15,07, seguido do extrato de acetato de etila das folhas, com um total de 337,06 ± 1,67.
    Após a triagem dos extratos, realizado pelo método de disco difusão, apenas quatro seguiram
    para testes posteriores, entre eles estão: o extrato hexânico das cascas da pitanga, com
    formação de halo de inibição de (média: 2.76mm); metanólico das folhas da pitanga (média:
    3.23mm); acetato de etila das cascas da pitanga, exibindo (média: 3.58mm) de atividade
    antifúngica e extrato hexânico das folhas do jambolão totalizando (média: 4.21mm). Quatro
    extratos seguiram para o teste de atividade de difusão em ágar por poço, nas seguintes
    concentrações (800mg/mL; 600mg/mL; 400mg/mL e 200mg/mL). Com relação aos
    resultados do teste de difusão em poço, todos os quatro extratos avaliados frente à cepa de
    Fusarium oxysporum não apresentaram atividade antifúngica na menor concentração
    (200mg/mL). O extrato de acetato de etila das cascas da pitanga apresentaram médias acima
    de 7mm de diâmetro. A partir da concentração de 400mg/mL, a medida que aumentou a
    quantidade de extrato, verificou-se que os halos também foram mais extensos (9,7mm; 8,3mm
    e 7,2mm). O extrato metanólico das folhas da pitanga exibiu na maior concentração
    (800mg/mL) uma média de (10,8mm) de halo de inibição, e média de (8,03mm) quando
    utilizada uma quantidade de 400mg/mL de extrato. O extrato hexânico das folhas do jambolão
    não teve atividade na concentração de 400mg/mL, mostrando ação antifúngica apenas com
    (600mg/mL e 800mg/mL), com uma média de halos de (7,89mm e 8,71mm), sucessivamente.


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  • Os fungos fitopatogênicos causam doenças em diversos tipos de cultivos, além de comprometerem a cadeia produtiva agrícola, dentre eles destacam-se espécies de Fusarium sppodem causar doenças em culturas como: milho, feijão, cana-de-açúcar, jambo-do-Pará, manga etc. O objetivo geral da pesquisa foi verificar a atividade antifúngica dos extratos das folhas e cascas das espécies frutíferas de uso medicinal Syzygium cumini (jambolão) e Eugenia uniflora (pitanga) frente a cepas do gênero Fusarium sp. A coleta do material vegetal foi realizada em Moreno-PE, região metropolitana de Recife. Após secagem a pressão reduzida foram obtidos 12 extratos vegetais pelo método de maceração tanto das cascas quanto das folhas de Eugenia uniflora Syzygium cumini por rotaevaporação. Os extratos metanólicos, foram os que exibiram um melhor rendimento, os extratos de hexano, foram os que apresentaram um menor rendimento em termos de quantidade. Os extratos brutos foram submetidos a triagem fitoquímica por Cromatografia em Camada delgada (CCD) para compostos fenólicos. Dentre os compostos detectados estão flavonóides, taninos (condensados e hidrolisados), fenilpropanoglicosídeos e derivados cinâmicos. Foi realizado o doseamento para compostos fenólicos (fenóis totais, taninos, cumarinas e flavonoides). Apartir dos resultados obtidos com relação aos teores de fenóis totais, a espécie Eugenia uniflora exibiu maiores quantidades para o extrato metanólico das folhas 604, 41 ± 10, 74. espécie Syzygium cumini seguiu o mesmo padrão, tendo os maiores valores de fenóis a partir do extrato metanólico das folhas, com 567, 23 ± 47, 37, seguido do extrato metanólico das cascas com 445,27 ± 75,12. Para os taninos, o extrato de Eugenia uniflora que mais se destacou entre todos com relação a quantidade foi o extrato metanólico das cascas, apresentando 569, 32 ± 35, 76, seguido do extrato metanólico das folhas com um total de 435,33 ± 25,46. Para S. cumini, o extrato hexânico das folhas foi o que demonstrou um maior percentual de taninos, com um total de 560, 06 ± 44, 95. Para os resultados de cumarinas, todos os testes foram negativos, dessa forma foi possível verificar que nenhum dos extratos analisados demonstraram a presença do metabólito. Para flavonóides, o extrato das folhas de Eugenia uniflora com o solvente acetato de etila foi o que mais se destacou com um teor total de 332,49 ± 20,26, seguido do extrato hexânico das folhas com 199,02 ± 32,94. Para a espécie Syzygium cumini, os maiores teores encontrados foi referente ao extrato hexânico das folhas, apresentando 238,48 ± 24,97, seguido do extrato de acetato de etila das folhas, exibindo 227,10 ± 9,83. Na próxima etapa do trabalho, os extratos obtidos serão utilizados para determinar a atividade antifúngica frente a espécies de Fusarium, pela presença dos constituintes químicos e será realizada a triagem fitoquímica por cromatografia para os demais metabólitos (terpenos, alcalóides e antraquinonas). Para as análises estatísticas foram empregados como testes a Análise de Variância ANOVA One-way e para a técnica de Difusão em poço será aplicado o teste ANOVA Two-way. Será utilizado o Teste de Tukey para poder interpretar os resultados obtidos.

2022
Dissertações
1
  • NINIVE BEZERRA FLORÊNCIO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E ANTIOXIDANTE DE PIGMENTO PRODUZIDO POR FUNGO FILAMENTOSO, A PARTIR DE RESÍDUOS AGROIDUSTRIAIS (FARINHA DE MARACUJÁ E FARINHA DE BANANA)

  • Orientador : NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • LEONOR ALVES DE OLIVEIRA DA SILVA
  • Data: 28/01/2022

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  • A busca por fontes biológicas que gerem pigmentos bioativos em quantidades significativas tem aumentado 10% ao ano, principalmente, pelas vantagens dos pigmentos naturais frente aos sintéticos e a crescente tendência mundial por produtos naturais e sustentáveis. Os fungos filamentosos são potenciais produtores de metabólitos bioativos, como os pigmentos. O presente estudo objetivou avaliar o uso de resíduos agroindustriais (casca de banana e de maracujá) como substrato de meios de cultura para crescimento e produção de pigmentos por fungos filamentosos. Ademais, avaliar a atividade antimicrobiana e antioxidante dos extratos pigmentados produzidos. A extração foi feita com diclorometano e ressuspendida em álcool etílico 95% P.A, formando os extratos etanólicos pigmentados de maracujá (EEPM) e de banana (EEPB). Tais extratos foram testados quanto suas atividades antimicrobiana (CLSI) e antioxidantes (ABTS, DPPH e MO6+). Ainda, foram parcialmente caracterizados através de espectroscopia (FT-IR). Constatou-se que os extratos possuem atividade antimicrobiana frente às cepas de Bacillus subtilis (UFPEDA 16) e Escherichia coli (UFPEDA 224). Também, verificou-se atividade do EEPM frente a Staphylococcus aureus (UFPEDA 02). Ambos tiveram atividade antioxidante, destacando-se o EEPB. Os extratos apresentaram espectro (FT-IR) sugestivos para pigmentos carotenoides. Diante aos resultados, comprovou-se que os meios de cultura alternativos são eficientes para o crescimento e produção de pigmentos por fungo filamentoso. Além disso, constatou-se bioatividade nos extratos etanólicos pigmentados. Tais observações, contribuem na descoberta de novos compostos de interesse para a indústria farmacêutica e alimentícia.


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  • A busca por fontes biológicas que gerem pigmentos bioativos em quantidades significativas tem aumentado 10% ao ano, principalmente, pelas vantagens dos pigmentos naturais frente aos sintéticos e a crescente tendência mundial por produtos naturais e sustentáveis. Os fungos filamentosos são potenciais produtores de metabólitos bioativos, como os pigmentos. O presente estudo objetivou avaliar o uso de resíduos agroindustriais (casca de banana e de maracujá) como substrato de meios de cultura para crescimento e produção de pigmentos por fungos filamentosos. Ademais, avaliar a atividade antimicrobiana e antioxidante dos extratos pigmentados produzidos. A extração foi feita com diclorometano e ressuspendida em álcool etílico 95% P.A, formando os extratos etanólicos pigmentados de maracujá (EEPM) e de banana (EEPB). Tais extratos foram testados quanto suas atividades antimicrobiana (CLSI) e antioxidantes (ABTS, DPPH e MO6+). Ainda, foram parcialmente caracterizados através de espectroscopia (FT-IR). Constatou-se que os extratos possuem atividade antimicrobiana frente às cepas de Bacillus subtilis (UFPEDA 16) e Escherichia coli (UFPEDA 224). Também, verificou-se atividade do EEPM frente a Staphylococcus aureus (UFPEDA 02). Ambos tiveram atividade antioxidante, destacando-se o EEPB. Os extratos apresentaram espectro (FT-IR) sugestivos para pigmentos carotenoides. Diante aos resultados, comprovou-se que os meios de cultura alternativos são eficientes para o crescimento e produção de pigmentos por fungo filamentoso. Além disso, constatou-se bioatividade nos extratos etanólicos pigmentados. Tais observações, contribuem na descoberta de novos compostos de interesse para a indústria farmacêutica e alimentícia.

2
  • PÉRSIO ALEXANDRE DA SILVA
  • POTENCIAL TECNOLÓGICO DE LEVEDURAS NÃO-SACCHAROMYCES

  • Orientador : NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ERIK JONNE VIEIRA DE MELO
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • RITA DE CASSIA MENDONCA DE MIRANDA
  • Data: 28/01/2022

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  • Com o crescente número de consumidores de cervejas e a grande diversidade de sabores, o número de micro e pequenas cervejarias artesanais vêm aumentando, sendo um importante gerador de empregos e de receita. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial biotecnológico de leveduras (Saccharomyces cerevisiae, Pichia membranifaciens, Candida lambica, Saccharomyces cerevisiae, Saccharomyces diastaticus, Saccharomyces norbensis) mantidas em coleção de micro-organismos. Realizou-se a diferenciação bioquímica das cepas em ALE e LAGER, a tolerância ao etanol das leveduras e o potencial de floculação das leveduras. Os resultados obtidos nesta pesquisa demonstraram que as leveduras apresentaram um potencial para serem aplicadas em processos fermentativos. Todas as leveduras utilizadas nos testes de diferenciação bioquímica apresentaram resultados que permite classifica-las como leveduras do tipo LAGER. No teste de floculação todas as leveduras se mostraram com característica industrial segundo o critério de classificação da American Society of Brewing Chemistry (ASBC). Na avaliação de tolerância ao etanol nas concentrações de 10%, 15% e 20% apenas a levedura usada no controle demonstrou tolerância ao etanol 15%, a levedura Saccharomyces cerevisiae obtida na coleção de cultura demonstrou tolerância ao etanol 10%, e as demais não apresentaram tolerância ao etanol nas concentrações utilizadas no teste. O atual estudo apresentou resultados promissores sugerindo que as leveduras podem ser utilizadas em processos fermentativos, sendo necessária a realização de maiores investigações para certificar o real potencial destas leveduras.


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  • Com o crescente número de consumidores de cervejas e a grande diversidade de sabores, o número de micro e pequenas cervejarias artesanais vêm aumentando, sendo um importante gerador de empregos e de receita. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial biotecnológico de leveduras (Saccharomyces cerevisiae, Pichia membranifaciens, Candida lambica, Saccharomyces cerevisiae, Saccharomyces diastaticus, Saccharomyces norbensis) mantidas em coleção de micro-organismos. Realizou-se a diferenciação bioquímica das cepas em ALE e LAGER, a tolerância ao etanol das leveduras e o potencial de floculação das leveduras. Os resultados obtidos nesta pesquisa demonstraram que as leveduras apresentaram um potencial para serem aplicadas em processos fermentativos. Todas as leveduras utilizadas nos testes de diferenciação bioquímica apresentaram resultados que permite classifica-las como leveduras do tipo LAGER. No teste de floculação todas as leveduras se mostraram com característica industrial segundo o critério de classificação da American Society of Brewing Chemistry (ASBC). Na avaliação de tolerância ao etanol nas concentrações de 10%, 15% e 20% apenas a levedura usada no controle demonstrou tolerância ao etanol 15%, a levedura Saccharomyces cerevisiae obtida na coleção de cultura demonstrou tolerância ao etanol 10%, e as demais não apresentaram tolerância ao etanol nas concentrações utilizadas no teste. O atual estudo apresentou resultados promissores sugerindo que as leveduras podem ser utilizadas em processos fermentativos, sendo necessária a realização de maiores investigações para certificar o real potencial destas leveduras.

3
  • JACKELLY FELIPE DE OLIVEIRA
  • Prospecção e tratamento biológicos no efluente da lavandeira têxtil de Caruaru - PE

  • Orientador : NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BRUNA SOARES FERNANDES
  • ERIK JONNE VIEIRA DE MELO
  • LEONOR ALVES DE OLIVEIRA DA SILVA
  • Data: 09/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • O setor têxtil representa grande impacto na economia do país. Entretanto, a indústria têxtil,
    por necessitar de alta demanda de água para as etapas de produção, principalmente na etapa
    do beneficiamento, produz altos volumes de efluentes que necessitam de devidos
    tratamentos. Sendo assim, alternativas sustentáveis e baratas de tratamento tendem a serem
    prospectadas, como é o caso dos tratamentos do tipo biológicos que utiliza microrganismos.
    Dessa forma, esse projeto objetivou prospectar microrganismos capazes de biodegradar
    efluentes oriundos da lavanderia da indústria têxtil situada no polo Têxtil Industrial de
    Pernambuco. Foram testados 6 microrganismos, sendo 4 fungos (F24 = Aspergillus spp.., F48 =
    Aspergillus spp.., F98 = Aspergillus fumigatus, FTL01 = Trametes lactinea) e 2 bactérias (T9 =
    Bacillus subtilis, T19 = Alcaligenes faecalis). Esses microrganismos foram submetidos ao teste
    de descoloração do efluente bruto, por análise da absorbância à 660-670 nm, no qual o fungo
    Trametes lactinea foi o microrganismo que demostrou maior capacidade de descoloração e,
    assim, foi selecionado como organismo modelo para este projeto. Desse modo, a descoloração
    por T. lactinea foi otimizada por um Planejamento Fatorial 2³ + 3 pontos centrais e um
    Delineamento Composto Central Rotacional chegando, dessa forma, a uma eficiência de
    descoloração de 99,8% com as variáveis: pH de 4,2 e tempo de incubação de 229 h. Além
    disso, foi testada a capacidade desse microrganismo reduzir compostos inorgânicos presentes
    no efluente bruto e, dessa forma, T. lactinea conseguiu reduzir as cargas do Boro, do Estanho e
    do Manganês. Ademais, por meio dos testes de toxicidade aguda em Artemia salina e nas
    sementes de Cucumis sativus (pepino), a redução da toxicidade do efluente bruto após o
    tratamento com esse fungo foi verificada.


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  • A indústria têxtil é um setor que apresenta grande impacto na economia do país. Entretanto, por necessitar de alta demanda de água para tingimento, dentre outros processos, e parte dessa não é incorporada no produto, como consequência são gerados efluentes que necessitam ser devidamente tratado. O efluente não tratado, entra em contato com corpo hídrico, pode alterar todo ecossistema além de muitos serem considerados nocivos à saúde humana e animal. Desse modo, existem diversos métodos que promovem o tratamento do efluente têxtil, no entanto muitos desses tratamentos exigem alta demanda de operação além alto custo. Sendo assim, maneiras mais sustentáveis e baratas tendem a surgir como uma alternativa à exemplo do tratamento biológico utilizado microrganismos. Apesar de existir na literatura diversos microrganismos aptos para o biotratamento com capacidade de biossorção e/ou biodegradação poucos conseguem efetivamente chegar ao tratamento em campo, surgindo a necessidade de mais estudos ou prospecção de novas linhagens com tais características favoráveis. Dessa forma, esse projeto objetiva prospectar microrganismos para o tratamento de efluente oriundo de indústria têxtil situada no polo Têxtil Industrial de Pernambuco.

4
  • MARYANA ROGERIA DOS SANTOS
  • INFLUÊNCIA DAS CONCENTRAÇÕES DA POLPA E DA PECTINA DO MARACUJÁ DA CAATINGA (Passiflora cincinnata Mast.) NA PRODUÇÃO DE BEBIDAS SIMBIÓTICAS FERMENTADAS POR Lacticaseibacillus rhamnosus ATCC 7469 

  • Orientador : ESTER RIBEIRO DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CHRISTINE LAMENHA LUNA FINKLER
  • ESTER RIBEIRO DE ANDRADE
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • Data: 22/08/2022

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  • A junção de probióticos e prebióticos configura um simbiótico. A elaboração de bebidas simbióticas com matrizes alimentares não lácteas enfrenta desafios quanto à eficácia do produto e tempo de prateleira. Isso ocorre devido à viabilidade dos microrganismos ser dependente de alguns fatores, como a composição do meio de cultura e o tipo de linhagem utilizado. Logo, o objetivo deste trabalho foi verificar a influência das concentrações da polpa e da pectina do maracujá da Caatinga BRS sertão forte (Passiflora cincinnata Mast.) na produção de bebidas fermentadas por Lacticaseibacillus rhamnosus ATCC7469. A extração da pectina da farinha da casca do maracujá da Caatinga foi realizada com ácido cítrico (0,75 M) em incubadora rotativa (50 °C e 150 rpm). Posteriormente foram produzidas as bebidas fermentadas, de acordo com um planejamento fatorial, variando as concentrações da polpa do maracujá (20, 35 e 50% v/v) e da pectina (5, 12,5 e 20 g/L). A viabilidade, o pH, as concentrações de frutose e glicose, ácido lático, compostos fenólicos e açúcares redutores totais (ART) foram determinadas tanto após as fermentações, quanto ao estoque refrigerado. Além disso, também foi determinada a viabilidade após a simulação das condições gastrointestinais. O rendimento da pectina extraída foi de 70%, sendo a casca do maracujá uma fonte em potencial para produção de pectina comercial no mercado e que pode render uma alta quantidade da substância polimérica. As bebidas formuladas em menores concentrações de polpa (20% v/v) constituíram um ótimo veículo durante a fermentação, pois apresentaram maior crescimento celular, alcançando uma viabilidade de 8,7 Log (UFC/mL), maior concentração de ácido lático (9,22 g/L) e pH de 4,1, ideal para conservação do produto. As maiores concentrações (35 e 50% v/v) impossibilitaram um melhor desenvolvimento da linhagem, podendo estar relacionado à alta concentração de substâncias fenólicas (24,1 e 28,3 mg GAE/100g, respectivamente), que em altos níveis podem ter ação antimicrobiana. Durante o estoque refrigerado, a viabilidade e o pH mantiveram-se constantes em todas as condições, sendo observado que as concentrações de polpa e de pectina não apresentaram efeito significativo na sobrevivência. Em resposta ao planejamento fatorial, o consumo de ART durante o estoque foi afetado pelas concentrações de polpa e de pectina, sendo a condição com maior consumo a com 50% (v/v) de polpa e 20 g/L de pectina. Com relação à simulação gastrointestinal, a bebida com 20% (v/v) de polpa apresentou maior sobrevivência de L. rhamnosus ATCC 7469 (41,32%). Esses resultados trazem um respaldo científico para a melhor utilização de polpas nas preparações de bebidas simbióticas.


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  • A elaboração de simbióticos com matrizes alimentares não lácteas enfrentam diversos desafios quanto a eficácia do produto e tempo de prateleira. A casca do maracujá possui constituintes prebióticos, como a pectina, que possuem ação protetiva para as bactérias frente às condições de estresse. Logo, o objetivo deste trabalho foi verificar a influência das concentrações da polpa e da pectina do maracujá da Caatinga BRS sertão forte (Passiflora cincinnata Mast.) na produção de bebidas fermentadas por Lactobacillus rhamnosus ATCC7469. Foi realizada a extração da pectina da farinha da casca do maracujá da Caatinga com ácido cítrico (0,75 M) em incubadora rotativa (50 °C e 150 rpm). Posteriormente foram elaboradas as bebidas fermentadas, de acordo com um planejamento fatorial, com concentrações diferentes da polpa do maracujá (20, 35 e 50% v/v) e concentrações diferentes de pectina extraída (5, 12,5 e 20 g/L). A viabilidade, sobrevivência, pH e as concentrações dos carboidratos e ácidos orgânicos foram determinadas. Foi observado que o rendimento obtido da pectina extraída do maracujá da Caatinga foi de 70%, sendo a casca do maracujá uma fonte em potencial para produção de pectina comercial no mercado e que pode render uma quantidade e produtividade alta. As bebidas formuladas em menores concentrações de polpa (20% v/v) mostraram-se ser um ótimo veículo durante a fermentação, pois apresentaram maior variação de crescimento, alcançando uma viabilidade final de 8,4 Log (UFC/mL), maior concentração de ácido lático (11,57 g/L) e pH de 4,2, ideal para conservação do produto. Visto isso, a concentração de polpa exerceu influência durante processo fermentativo, tendo as maiores concentrações de polpa (35 e 50% v/v) impossibilitado um melhor desenvolvimento da linhagem, podendo estar relacionado a alta concentração de substâncias fenólicas, que em altos níveis podem ter ação antimicrobiana. Durante o estoque a viabilidade manteve-se constante em todas as condições, sendo observado que as concentrações de polpa e pectina não apresentaram efeito significativo na sobrevivência. Porém, durante essa etapa, o pH e concentração de ácido lático sofreram alteração, de acordo com as mudanças nas concentrações de polpa, sendo a bebida com menor concentração a que apresentou o pH ideal durante o período de 28 dias, e sendo a bebida com maior potencial no mercado.

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  • ELIANA COSTA DOS SANTOS
  • Determinação da influência de fatores nutricionais e físico-químicos na capacidade fermentativa da levedura Brettanomyces bruxellensis

  • Orientador : WILL DE BARROS PITA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ESTER RIBEIRO DE ANDRADE
  • GILBERTO HENRIQUE TELES GOMES DA SILVA
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • WILL DE BARROS PITA
  • Data: 23/08/2022

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  • A levedura Brettanomyces bruxellensis é frequentemente encontrada em processos de fermentação alcoólica industrial, embora, na maior parte das vezes, sendo considerada um micro-organismo contaminante. Na produção de etanol combustível, por exemplo, é associada à baixa produtividade industrial por competir com Saccharomyces cerevisiae pelo substrato. Por outro lado, essa levedura é classificada como Crabtree positiva, o que indica sua capacidade de produzir etanol por fermentação mesmo na presença de oxigênio. Essa característica é compartilhada com S. cerevisiae e naturalmente desejada em um micro-organismo fermentador. Essa contradição (ser contaminante e produzir etanol) está provavelmente relacionada à um desvio metabólico, que direciona o carbono do metabolismo fermentativo para o respiratório. Esse desvio diminui a produção de etanol e favorece a geração de biomassa. Visto que sua eliminação de episódios de contaminação não é um trabalho simples e devido ao seu alto potencial de produzir etanol, estamos procurando meios para minimizar o impacto negativo de B. bruxellensis nesses eventos. Diante disso, propomos investigar o impacto de fatores nutricionais, como a relação entre carbono/nitrogênio e parâmetros físico-químicos (temperatura e pH) na capacidade de produção de metabólitos industrialmente relevantes. Nossos resultados mostram que na presença de sulfato de amônio ou com oferta mista como fonte de nitrogênio foi possível identificar o ponto de inflexão onde a célula muda o metabolismo respiratório para fermentativo em 3500 mM até 5000 mM de carbono. As concentrações com maior impacto positivo na capacidade fermentativa de B. bruxellensis são de 6300 mM de carbono e 14 mM de nitrogênio em meio com sulfato de amônio. Como resultado da avaliação dos parâmetros industriais, a melhor resposta foi de 33,50°C e pH igual a 4,0 alcançando 38,7 g/L de etanol. O modelo estatístico utilizado para realizar as previsões dos experimentos provou-se útil sob análise da variância (ANOVA). Pela análise do programa, a capacidade de máxima produção de etanol é de 41,1 g/L sob temperatura igual a 31,1°C e pH igual a 4,6. Nossos resultados fornecem dados de relação entre carbono/nitrogênio e temperatura/pH que podem ser úteis para elucidação do potencial fermentativo de B. bruxellensis.   


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  • A levedura Brettanomyces bruxellensis é frequentemente encontrada em processos de fermentação alcoólica industrial, embora, na maior parte das vezes, sendo considerada um micro-organismo contaminante. Na produção de etanol combustível, por exemplo, é associada à baixa produtividade industrial por competir com Saccharomyces cerevisiae pelo substrato. Por outro lado, essa levedura é classificada como Crabtree positiva, o que indica sua capacidade de produzir etanol por fermentação mesmo na presença de oxigênio. Essa característica é compartilhada com S. cerevisiae e naturalmente desejada em um micro-organismo fermentador. Essa contradição (ser contaminante e produzir etanol) está provavelmente relacionada à um desvio metabólico, que direciona o carbono do metabolismo fermentativo para o respiratório. Esse desvio diminui a produção de etanol e favorece a geração de biomassa. Visto que sua eliminação de episódios de contaminação não é um trabalho simples e devido ao seu alto potencial de produzir etanol, estamos procurando meios para minimizar o impacto negativo de B. bruxellensis nesses eventos. Diante disso, propomos investigar o impacto de fatores nutricionais, como a relação entre carbono/nitrogênio e parâmetros físico-químicos (temperatura e pH) na capacidade de produção de metabólitos industrialmente relevantes. Nossos resultados parciais mostram que as concentrações com maior impacto positivo na capacidade fermentativa de B. bruxellensis são de 4900 mM de carbono e 36 mM de nitrogênio. A presença de sulfato de amônio como fonte de nitrogênio elevou a produção de etanol, alcançando 40 g/L (na região entre 5500 mM e 6500 mM de concentração de carbono e 10 mM a 30 mM de amônio). Outro resultado comum para ambas as fontes foi o aumento na produção de etanol seguindo a elevação na concentração de sacarose. A variação de nitrogênio também teve influência na capacidade fermentativa de B. bruxellensis, porém com maior impacto sobre os rendimentos em acetato e glicerol. Nossos resultados parciais fornecem dados de relação entre carbono/nitrogênio que podem ser úteis para elucidação do potencial fermentativo de B. bruxellensis.

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  • CRISLAINE KELLY DA SILVA ROCHA
  • PRODUÇÃO DE IMUNORREAGENTES ANCORADOS À SUPERFÍCIE CELULAR DA LEVEDURA Saccharomyces cerevisiae

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • DANIELLE MARIA NASCIMENTO MOURA
  • MARCOS ANTONIO DE MORAIS JUNIOR
  • Data: 24/08/2022

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  • Diante do cenário atual de emergência e reemergência de doenças infecciosas virais, como o surgimento da COVID-19 e a possibilidade de novos surtos de Zika virus (ZIKV), a busca por estratégias capazes de conter a propagação destas infecções torna-se uma prioridade mundial de saúde pública. O sistema de ancoragem de proteínas à superfície celular da levedura Saccharomyces cerevisiae vem sendo apontado como ferramenta promissora para o enfretamento de epidemias emergentes através do desenvolvimento de imunorreagentes baseados em proteínas e peptídeos antigênicos. O presente trabalho teve como objetivo o estabelecimento de uma plataforma padronizada de obtenção de imunorreagentes baseada na ancoragem de antígenos virais à superfície celular de S. cerevisiae. Para demonstrar a aplicabilidade deste sistema, foram construídas duas linhagens de S. cerevisiae expressando um epítopo (N4P5-SARS) da proteína nucleocapsídeo do SARS-COV-2 e o ectodomínio (E80-ZIKV) da proteína do envelope do Zika vírus. Para obtenção dos vetores recombinantes, os genes que codificam E80-ZIKV e N4P5-SARS foram clonados no vetor pYD1, confirmados por sequenciamento de DNA e utilizados para transformar células de S. cerevisiae EBY100. As leveduras recombinantes confirmadas por PCR, foram utilizadas para indução da expressão proteica. Para estabelecer uma boa produção das proteínas virais utilizadas neste estudo, analisamos a indução da expressão das proteínas quanto a variação da temperatura (20 e 30°C) e do tempo de indução (24, 48 e 72h). Utilizando as leveduras recombinantes como antígenos em ensaios de ELISA (Yeast-ELISA) com anticorpo direcionado à tag 6xHIS presente no N-terminal das proteínas, foi possível determinar que a melhor condição testada foi 20°C por 72 horas, na qual EBY100:E80-ZIKV e EBY100:N4P5-SARS apresentaram sinal de ancoragem de 1,8 e 5,4 vezes maiores em relação ao controle. A ancoragem das proteínas virais (anti-6xHIS) também foi confirmada por microscopia de imunofluorescência e citometria de fluxo, apresentando cerca de 1,11 e 15,1% da população analisada positiva. A imunorreatividade da proteína E80-ZIK foi também avaliada por Yeast-ELISA, citometria e microscopia utilizando um anticorpo antienvelope, onde foi possível detectar sua funcionalidade, apesar do baixo nível de expressão. Todos os experimentos realizados para E80-ZIKV confirmam sua baixa eficiência de ancoragem. Hipotetizamos que o tamanho desta proteína (400 aminoácidos) pode estar interferindo na eficiência de ancoragem, em contraste com a alta expressão detectada para N4P5-SARS (45 aminoácidos). Apesar de sua expressão em baixos níveis, a ancoragem de E80-ZIKV em S. cerevisiae pode ser detectada mesmo após 38 dias de estoque a 4°C. Finalmente, demonstramos que as proteínas virais ancoradas na superfície celular de S. cerevisiae podem ser recuperadas num passo único de incubação em reagente redutor, as quais puderam ser utilizadas com sucesso em ensaios de ELISA para detecção da tag 6xHIS. Este método pode gerar uma alternativa rápida e barata para produção de insumos para imunoensaios que se baseiam no uso de proteínas antigênicas purificadas. Juntos, nossos achados auxiliam no desenvolvimento de linhagens recombinantes que podem ser utilizadas como imunorreagentes capazes de serem aplicados em estudos para desenvolvimento de estratégias vacinais anti-ZIKV e anti-SARS-CoV-2, e na sua utilização como ferramentas de diagnósticos para rastrear e evitar a propagação destas infecções virais. 


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  • Diante do cenário atual de emergência e reemergência de doenças infecciosas virais, como o surgimento da COVID-19 e a possibilidade de novos surtos de Zika virus (ZIKV), a busca por estratégias capazes de conter a propagação destas infecções torna-se uma prioridade mundial de saúde pública. O sistema de ancoragem de proteínas à superfície celular da levedura Saccharomyces cerevisiae vem sendo apontado como alternativa para o desenvolvimento de vacinas e imunorreagentes, através da expressão de proteínas antigênicas. Diante disto, o presente trabalho tem como objetivo o estabelecimento de uma plataforma padronizada de obtenção de imunorreagentes baseada na ancoragem de antígenos virais à superfície celular de S. cerevisiae. Para demonstrar a aplicabilidade deste sistema, foram construídas duas linhagens de S. cerevisiae expressando um epítopo (N4P5-SARS) da proteína nucleocapsídeo do SARS-COV-2 e o ectodomínio (E80-ZIKV) da proteína do envelope do Zika vírus. Para obtenção dos vetores recombinantes, os genes que codificam E80-ZIKV e N4P5-SARS foram clonados no vetor pYD1, confirmados por sequenciamento de DNA e utilizados para transformar células de S. cerevisiae EBY100. As leveduras recombinantes confirmadas por PCR, foram utilizadas num experimento de indução da expressão proteica por cultivo em contendo galactose como fonte de carbono. Para analisar a ancoragem das proteínas, executamos um ensaio de otimização da condição de indução, variando a temperatura  (20 e 30°C) e o tempo de indução (24, 48 e 72h). As células pós-indução foram coletadas e adsorvidas em placas de ELISA para análise dos resultados por meio de marcação com anticorpo anti-histidina. Nossos resultados confirmam a obtenção dos vetores e linhagens recombinantes.  O ensaio de Yeast-ELISA confirma a ancoragem das proteínas virais à superfície celular das leveduras recombinantes, as quais apresentam  1,6 e 5 vezes (E80-ZIKV e N4P5-SARS) de diferença de detecção em relação a linhagem parental. Estes dados foram obtidos com a melhor condição observada para indução da expressão protéica (20°C por 72 horas). Os dados do ensaio de otimização demonstram que há uma tendência de aumento da ancoragem de proteínas recombinantes à medida que o tempo de indução é aumentado, esses resultados são mais impactantes a 20°C. Isto  se correlaciona com os resultados publicados na literatura sobre a influência positiva de temperaturas baixas na melhora do enovelamento de proteínas recombinantes, devido principalmente a redução da taxa de crescimento celular. Aqui, descrevemos a aplicabilidade do sistema de ancoragem de proteínas virais na superfície celular da levedura S. cerevisiae, bem como a otimização das condições de indução e ancoragem de duas proteínas virais que diferem bastante em tamanho e mostram resultados que podem estar associado a esta característica. Os antígenos aqui utilizados estão relacionados com vírus responsáveis por epidemia e pandemia recente e já são descritos como potenciais para gerar resposta imunológica (E80-ZIKV) e para detecção de anticorpos em pacientes infectados (N4P5-SARS). Assim, os

     

    dados aqui obtidos podem auxiliar no desenvolvimento de imunoreagentes capazes de serem utilizados em estudos para obtenção de possíveis estratégias vacinais anti-ZIKV e anti-SARS-CoV-2, e também na sua utilização como ferramentas de diagnósticos para rastrear e evitar a propagação destas infecções virais.

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  • DANIELLA PEREIRA DA SILVA
  • INFLUÊNCIA DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS NA FERMENTAÇÃO DE KOMBUCHÁ PARA OBTENÇÃO DE MEMBRANA CELULÓSICA.

  • Orientador : TANIA LUCIA MONTENEGRO STAMFORD
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FRANCISCO HUMBERTO XAVIER JÚNIOR
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • TANIA LUCIA MONTENEGRO STAMFORD
  • THAYZA CHRISTINA MONTENEGRO STAMFORD
  • Data: 24/08/2022

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  • Kombuchá é uma bebida milenar com alegação de propriedades funcionais, formada a partir de duas fases, uma líquida na qual se encontra uma complexa comunidade de microrganismos com alegação probiótica, e uma fase sólida constituída por uma membrana celulolítica produzida por parte dos microrganismos que também ficam aderidos. A celulose bacteriana (CB) produzida pela Kombuchá é um biopolímero produzido pela bactéria Glucanobacter xylinus que precisa de meio de cultivo caros para sua produção. A presente pesquisa teve por objetivo analisar a obtenção de biomembrana (membrana celulolítica) a partir da cultura simbiótica da bebida tipo Kombuchá utilizando como substrato resíduos agroindustriais de abacaxi e maçã, em diferentes concentrações (10, 20 e 30%). Inóculos da cultura inicial, fornecida por uma produtora de Kombuchá caseira, foram adicionados para fermentação nos substratos de resíduos agroindustriais previamente citados, sendo usado o chá verde como controle. O processo de fermentação foi acompanhado nos tempos 7,14 e 21 dias, a temperatura ambiente 28±2 ºC, em repouso. Sendo avaliados pH, sólidos solúveis totais, glicose e proteínas totais durante todo o processo fermentativo. A membrana de celulose bacteriana formada na fermentação foi removida da superfície do meio por pinças, seguida de lavagens para obter uma membrana purificada. Foi analisado o peso úmido e peso seco, sendo o abacaxi como melhor fonte de obtenção de CB, produzindo 3,30 g/L de massa seca em 14 dias de fermentação, apresentando pH 3,6 e consumo de glicose e proteína, 16,19 mg/dL e 6,62 mg/dL respectivamente.  As CB foram avaliadas quanto suas características estruturais por espectroscopia na região do infravermelho obtendo picos semelhantes ao da celulose tipo I, microscopia eletrônica de varredura e sua cristalinidade próximos a 80% por difração de Raio X; e a atividade antimicrobiana foi avaliada pela técnica de microdiluição contra microrganismos patogênicos, tendo sido observada inibição entre 65-97% a depender da concentração e do microrganismo. Mediante aos resultados obtidos pode-se concluir que o uso de substratos alternativos de baixo custo para obtenção de celulose bacteriana possui um potencial promissor, sendo ainda necessários alguns ajustes no pH e na fonte de nitrogênio para otimizar a produção. Nas condições estudadas o substrato abacaxi a 20% foi o que apresentou a melhor produção de celulose.


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  • Kombuchá é uma bebida milenar com alegação de propriedades funcionais, se enquadrando ao atual contexto social em que os consumidores se preocupam mais com a qualidade de sua alimentação. Kombuchá apresenta duas fases, uma líquida onde se encontram uma complexa comunidade de microrganismos com alegação probiótica, os quais estão em parte aderidos a fase sólida constituída por uma membrana celulolítica produzida por parte dos microrganismos. Comercialmente, a Kombuchá é vendida na forma líquida de chá e refrigerante, o que instiga a realização de pesquisa para comercialização em outras formulações.  Dessa forma, objetiva-se com esse projeto analisar a obtenção de biomembrana (membrana celulolítica com microrganismos aderidos) a partir de bebida tipo Kombuchá utilizando como substrato resíduos agroindustriais. Inóculos da cultura inicial, fornecidos por uma produtora de Kombuchá caseira, serão adicionados para fermentação nos substratos de resíduos agroindustriais de abacaxi e maçã, sendo usado o chá verde como controle. O processo de fermentação será acompanhado nos tempos 7,14 e 21 dias, a temperatura ambiente 28±2 ºC, em repouso. A membrana de celulose bacteriana formada será avaliada quanto suas características estruturais por espectroscopia na região do infravermelho e sua cristalinidade por difração de Raio X; e ainda quanto a atividade antimicrobiana e antioxidante e citotoxicidade. Com o desenvolvimento desse projeto, espera-se obter uma biomembrana com características funcionais próprias e inovadoras, eficiente atóxica e biodegradável de fácil desenvolvimento para futuras aplicações industriais.

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  • LUANA FARIAS DE AGUIAR
  • Produção de pigmento vermelho por Serratia marcescens  UFPEDA223 utilizando a casca de diferentes Hortaliças(batata inglesa e mandioca) como substrato e o seu potencial uso na indústria têxtil.

  • Orientador : GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • KESIA XISTO DA FONSECA RIBEIRO DE SENA
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • Data: 31/08/2022

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  • Pigmentos naturais, produzidos por microrganismos, têm se destacado por não serem prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Serratia marcescens, bacilo gram-negativo, produz um metabólito secundário denominado de prodigiosina, pigmento de cor vermelha com propriedades biológicas e têxtil. Investigar a produção de pigmento vermelho  por Serratia marcescens UFPEDA 223  utilizando resíduos agroindustriais (casca de batata inglesa e mandioca) para formulação do meio de cultura bem como avaliar  atividades biológicas e a capacidade tintorial em diferentes tipos de fibras de tecido A produção do pigmento e crescimento foram avaliados por meio do cultivo da bactéria nos meios contendo as farinhas de casca de batata (FCB) e farinha da casca de mandioca (FCM) suplementados, em duas condições distintas (com e sem ao filtração das farinhas) durante 60 horas, a 28ºC. As análises físico-químicas das farinhas demonstraram valores de 65,315% de carboidratos e 17,62% (+-0,0084) de proteínas para FCB, e para FCM 76,12% de carboidratos e 8,87% (+0,0084) de proteínas. A FCB filtrada exerceu maior influência na produção do pigmento, apresentando 5,82 UA, enquanto a FCM teve 4,26 UA. No que diz respeito ao crescimento celular, os melhores resultados obtidos foram na primeira condição, sem filtração, FCM com 23,76 g/L e FCB 15,03 g/L. Por meio das análises químicas foi possível identificar o pigmento pertence a classe da prodigiosina. O pigmento apresentou atividade para Staphylococcus aureus UFPEDA02 e Enterococcus faecalis UFPEDA138, com concentração mínima inibitória de 250 μg/mL e 500 μg/mL, respectivamente. A atividade antioxidante do pigmento exibiu sequestro de radical livre em 11,55% para 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) e 25,65% para 2,2'-Azino (ABTS+) na concentração de 1000µg/ml. A prodigiosina produzida por S. marcescens é intracelular, por isso, como uma alternativa menos tóxica foi realizada outra fermentação incorporando o surfactante Tween 80 ao meio de cultura para extração do pigmento. Essas nanomicelas, de 338,5 nm, 0,663 PDI e zeta -26,5mv foram utilizadas no processo de tingimento de multifibras, os quais foram submetidos a diferentes pHs, sendo investigada a capacidade tintorial do pigmento através testes de intensidade colorística (K/S), coordenadas CIELab e solidez a lavagem. Foi avaliada a atividade antibacteriana dos tecidos com melhores resultados, além de ter sido realizada confecção de roupas com os tecidos tingindo. Os resultados indicam que em pH 4 os tecidos obtiveram maior intensidade de cor, e uma solidez a lavagem de fraca a moderada.  O teste de atividade antimicrobiana foi realizado com os tecidos de melhor intensidade colorística, e apresentou uma excelente atividade bacteriana com redução da sobrevivência de Staphylococcus aureus em 97,45% na poliamida e 99,64% de seda quando comparado com o tecido não tingido. Os resultados obtidos evidenciaram o potencial tecnológico S. marcescens UFPEDA 223 na produção de prodigiosina de forma sustentável utilizando uma formulação de meio contendo resíduos agroindustriais o que pode contribuir para a redução de custos da produção e também foi demonstrada sua excelente aplicação nos tecidos com uso de uma extração limpa, sem uso de solventes orgânicos, sendo essa uma ferramenta importante para minimizar o impacto ambiental.


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  • Pigmentos sintéticos podem causar efeitos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, o que faz com que haja uma tendência para obter pigmentos por fontes naturais, principalmente os produzidos por microrganismos. Serratiamarcescenssão bacilos gram-negativos, capazes de produzir metabólitos secundário chamado de prodigiosina, pigmento de cor vermelha, considerado promissor devido às suas características farmacológicas e têxtil. Além de sua habilidade de biotransformar substratos agroindustriais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência das farinhas de casca de batata (FCB) e farinha da casca de mandioca (FCM) suplementado com extrato de levedura, cloreto de sódio e fosfato de potássio dibásico na produção de pigmento e crescimento, através da fermentação submersa em duas condições (filtração e não filtração das farinhas) durante 60 horas, a 28ºC. Para extração do pigmento, a biomassa seca obtida na fermentação foi pesada e adicionada ao solvente metanol. Avaliou-se a composição centesimal das farinhas a partir da determinação de teor de umidade, cinzas, proteínas, lipídios, carboidratos e valor calórico. Do pigmento extraído pela FCB foi avaliada atividade antimicrobiana determinando a Concentração Mínima Inibitória (CMI) e Concentração Mínima Bactericida (CMB) frente a microrganismos de interesse clínico. O potencial antioxidante foi determinado através das metodologias 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) e 2,2'-Azino-bis (ABTS+) na concentração do pigmento em 1000µg/ml. E foi realizado o tingimento dos tecidos algodão, seda e poliamida através de nanomicelas de prodigiosina em pH 4,7 e 10 nas condições de 60°C por 60 minutos. A FCB obteve umidade (5,21+-0,0063), lipídios (0,925+_0,162), proteínas (17,62+-0,0084), cinzas (10,93+-0,3323), carboidratos (65,315) e valor calórico (340) e FCM umidade (9,22+-0,091), lipídios (1,85+_0,084), proteínas (8,87+-0,0084), cinzas (0,94+-0,183), carboidratos (76,12) e valor calórico (356,61). Dentre as farinhas, a FCB que foi filtrada exerceu maior influência na produção do pigmento, apresentando 5,82 UA, enquanto a farinha de casca de mandioca teve 4,26 UA. No que diz respeito ao crescimento celular, os melhores resultados obtidos foram na primeira condição, sem filtração, FCM com 23,76 g/L e FCB 15,03 g/L. O pigmento apresentou a atividade antimicrobiana para Staphylococcus aureus UFPEDA 02 e Enterococcusfaecalis UFPEDA 138, com CMI de 250 μg/mL e 500 μg/mL e CMB de 500 e 1000 μg/Ml, respectivamente. A atividade antioxidante do pigmento exibiu sequestro de radical livre 11,55% para DPPH e 25,65% para ABTS+ na concentração de 1000µg/ml, demonstrando uma inibição antioxidante moderada. Os tecidos seda e poliamida exibiram visualmente a melhor coloração em pH 4. Os resultados obtidos evidenciaram o potencial tecnológico S. marcescensUFPEDA 223 na produção utilizando resíduos agroindustriais, o que pode contribuir na redução de custos na produção, além de minimizar o impacto ambiental

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  • MICHELLE GOMES DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS PROBIÓTICAS DAS DIFERENTES CEPAS DE ZYMOMONAS MOBILIS E SEU EFEITO EM FRANGOS DE CORTE

  • Orientador : GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LILIAN ARANTES FRANCISCO DE SOUZA
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • Data: 28/12/2022

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  • O presente trabalho teve por objetivo selecionar cepas de Zymomonas mobilis com características probióticas in vitro bem como avaliar os efeitos in vivo na promoção de saúde em frangos de corte. Inicialmente, foram estudadas as características probióticas (a atividade antagônica frente a Salmonella enteritidis e Escherichia coli, tolerâncias em diferentes valores de pH e hidrólise de sais biliares) e de segurança (atividade hemolítica e perfil de suscetibilidade ao antimicrobiano comercial) e avaliação da natureza proteica do metabólito produzido de duas cepas de Z. mobilis, AG-11 UFPEDA 198 e ZAP UFPEDA 205. As cepas apresentaram atividade antagônicas para os microrganismos testados, com halos variando de 10 mm a 15 mm para Escherichia coli e Salmonella enteritidis. Na avaliação da natureza proteica foi observada sensibilidade das cepas de Z. mobilis a proteinase K, sugerindo o envolvimento de substâncias tipo bacteriocinas. Nenhuma cepa apresentou atividade hemolítica e foram resistentes à bacitracina, comprovando que essas cepas são seguras para uso como Probiotico. As cepas AG-11 e ZAP crescem em em pH 2,5 após 4 horas de crescimento as cepas AG-11 e ZAP apresentaram log 6,82 UFC/mL e log 8,98 UFC/mL, respectivamente. Diante disto, a cepa ZAP foi selecionada como para uso probiótico. Foi evidenciada a sobrevivência da mesma às condições do trato gastrointestinal simuladas. As análises in vivo realizadas demonstraram uma melhor conversão alimentar com 1.33 % e Ganho de peso (Gp) 2494.94 kg aos 35 dias para os animais do tratamento T1 (Z. mobilis) quando comparados com os animais do tratamento T2  (sem aditivo) eficiência alimentar 1.44 % e o Gp 2248.77kg. A avaliação de carcaça apresentou melhor  eficiência para o T1 com rendimento de carcaça (RC) 77.78 % e gordura abdominal (G/A) 1.04%, quando comparado com o T2 RC 73.24 % e G/A 1.42 %. As análises microbiológicas da cama demonstraram uma redução de contaminação de E. coli do dia 0 (6.51 log UFC/g) em relação ao T1 (4.06 log UFC/g) aos 35 dias para S. enteritidis. As análises das digestas para S. enteritidis não apresentaram diferença entre os tratamentos durante 35 dias. Para E. coli observou diferença significativa no Ceco aos 14 dias para o T1 (4.32 log UFC/g) em relação ao dia 0 (5111 log UFC/g), não apresentando diferenças significativas entre os tratamentos durante os 35 dias para o ceco e o Jejuno. Portanto a cepa ZAP apresenta um efeito positivo na eficiência da conversão alimentar e em alguns parâmetros de carcaça apresentando uma atuação eficiente como aditivo probiótico.


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  • A carne de frango é uma das fontes de proteína animal mais consumidas no mundo, tendo crescido exponencialmente ao longo dos anos. Contudo, o uso constante de antibióticos, tem ocasionado o surgimento de microrganismos resistentes, sendo então necessárias novas estratégias para aprimoramento do desenvolvimento dessas aves. Os probióticos vêm sendo utilizados na nutrição animal por atuarem de forma benéfica ao hospedeiro. Zymomonas mobilis é uma bactéria gram-negativa, que apresenta alto potencial probiótico a ser estudado. Diante do exposto, o presente trabalho tem por objetivo avaliar as cepas de Z. mobilis com o intuito de identificar seu potencial probiótico frente a microrganismos patogênicos que acometem os animais in vitro. Realizou-se a cinética de crescimento celular e o pH das estirpes AG-11 UFPEDA 198 e ZAP UFPEDA 205 pela coleta de dados durante a fermentação e análise pelas unidades formadoras de colônias, seguido pela atividade antimicrobiana frente a Salmonella enteritidis e Escherichia coli. Para análisedas propriedades probióticas, foram realizados os testes de tolerâncias ácidas em pH diferentes (2; 2,5; 3; 3,5 e 7), a análise de tolerância ao sal biliar com concentrações de 1%, 0,5%, 0,3% e 0,1% (p/v), análise hemolítica, antibiograma e avaliação da natureza proteica. A cepa AG-11 apresentou um crescimento exponencial entre 3h-24h com um log de 7,892 UFC/mL e 7,751 log UFC/mL, já a ZAP apresentou um crescimento exponencial após 6h de crescimento com log de 7,602 UFC/mL, chegando a sua fase estacionária após 24h com log 8,060 UFC/mL, ambas as cepas apresentaram o mesmo comportamento de variação do pH, iniciando o processo fermentativo com pH 7, após 18h de cultivo apresentaram uma redução para pH 4,5. Ambas as cepas apresentaram atividade antagônicas aos microrganismos testes, já AG11 apresentou halos de 10mm para ambas as cepas e ZAP apresentou halos de 15mm para ambas as cepas. A análise de tolerância ácida demonstrou que as cepas ZAP e AG11 apresentaram crescimento em pHs acima de 2,5. Elas apresentaram bons desempenhos em pH mais ácido como 2,5, onde ZAP apresentou log de 8,49 UFC/mL em 1h, e em 4 horas apresentou o log de 8,98 UFC/mL. A AG11 apresentou log de 6,47 UFC/mL em 1h e em 4 horas apresentou o log de 6,82 UFC/mL, sendo a única capaz de sobreviver em pH 2 por algumas horas após o inóculo com log de 7,81 UFC/mL.  As análises hemolíticas demonstraram que os microrganismos AG-11 e ZAP não são capazes de gerar hemólise sanguínea. Já a análise de antibiograma demonstrou que as estirpes de Z. mobilis são resistentes à presença do antibiótico (Bacitracina). Na avaliação da natureza proteica, foi observado a sensibilidade das cepas de Z. mobilis a proteinase K, pela ausência de inibição da bactéria Escherichia coli UFPEDA 224 quando comparado com o sobrenadante não testado.  Em vista dos aspectos observados, entende-se que as cepas de Z. mobilis AG-11e ZAP apresentam características probióticas in vitro, sendo possível avaliar um melhor desempenho da cepa ZAP, devido ao seu perfil.

2021
Dissertações
1
  • PAULO HENRIQUE ELOI FERNANDES
  • DESENVOLVIMENTO DE UM GASTROPROTETOR COM POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO E ANALGÉSICO A PARTIR DO ÓLEO ESSENCIAL DE Algrizea Minor

  • Orientador : MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • TANIA LUCIA MONTENEGRO STAMFORD
  • Data: 30/08/2021

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  • A Algrizea minor pertence à família das Myrtaceae e está distribuída nos biomas do Cerrado e Caatinga. Devido ao seu alto potencial de volatilização, os óleos essenciais necessitam minimizar a perda dos seus componentes. O presente trabalho traz como objetivo avaliar o potencial farmacológico do óleo essencial da Algrizea minor livre e complexado em β-Ciclodextrina. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação, sendo caracterizado por CG/EMS e CG/DIC. O complexo de inclusão foi preparado juntando o óleo essencial e β-Ciclodextrina e em seguida caracterizado por FTIR, DSC e TG. O teste de nocicepção foi realizado pelo teste da formalina, onde também foram avaliadas as vias de nocicepção e o potencial anti-inflamatório. Além disso, foi testado a capacidade gastroprotetora com etanol 0,8%. Foram dosados as citocinas e o estresse oxidativo causado, além da avaliação histopatológica do tecido. O óleo se destacou pela presença β-Pineno e α-Pineno. A caracterização do complexo de inclusão revelou características mista do óleo essencial e da β-Ciclodextrina. O teste de contorção por ácido acético revelou inibição 100% da percepção de dor. No teste da formalina foi mostrado uma atividade analgésica na primeira fase do teste pela via central. Além disso, foi verificada uma potente atividade anti-inflamatória. Na gastroproteção foi avaliado uma proteção de 100% da mucosa. A expressão de citocinas, estresse oxidativo e histologia corroboraram com os resultados apresentados na gastroproteção. Por fim, é possível verificar uma intensa atividade gastroprotetora, analgésica e anti-inflamatória do produto vegetal da Algrizea minor que foi potencializada quando complexada a β-Ciclodextrina.


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  • A Algrizea minor pertence à família das Myrtaceae e está distribuída nos biomas do Cerrado e Caatinga. Devido ao seu alto potencial de volatilização, os óleos essenciais necessitam minimizar a perda dos seus componentes. O presente trabalho traz como objetivo avaliar o potencial farmacológico do óleo essencial da Algrizea minor livre e complexado em β-Ciclodextrina. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação, sendo caracterizado por CG/EMS e CG/DIC. O complexo de inclusão foi preparado juntando o óleo essencial e β-Ciclodextrina e em seguida caracterizado por FTIR, DSC e TG. O teste de nocicepção foi realizado pelo teste da formalina, onde também foram avaliadas as vias de nocicepção e o potencial anti-inflamatório. Além disso, foi testado a capacidade gastroprotetora com etanol 0,8%. Foram dosados as citocinas e o estresse oxidativo causado, além da avaliação histopatológica do tecido. O óleo se destacou pela presença β-Pineno e α-Pineno. A caracterização do complexo de inclusão revelou características mista do óleo essencial e da β-Ciclodextrina. O teste de contorção por ácido acético revelou inibição 100% da percepção de dor. No teste da formalina foi mostrado uma atividade analgésica na primeira fase do teste pela via central. Além disso, foi verificada uma potente atividade anti-inflamatória. Na gastroproteção foi avaliado uma proteção de 100% da mucosa. A expressão de citocinas, estresse oxidativo e histologia corroboraram com os resultados apresentados na gastroproteção. Por fim, é possível verificar uma intensa atividade gastroprotetora, analgésica e anti-inflamatória do produto vegetal da Algrizea minor que foi potencializada quando complexada a β-Ciclodextrina.

2
  • IHASMYN DOS SANTOS NUNES
  • Nanocomposito quitosana-goma arabica-óleo da semente de maracuja (Passiflora edulis  f flavicarpa): Biotecnologia ecosustentável para obtenção de produto natural antifungico

  • Orientador : TANIA LUCIA MONTENEGRO STAMFORD
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TANIA LUCIA MONTENEGRO STAMFORD
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • NATALIA FERRAO CASTELO BRANCO MELO
  • Data: 31/08/2021

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  • A semente do maracujá, subproduto do processamento da fruta, é rica em compostos bioativos com características antioxidante e antimicrobiana, tornando-se uma fonte alternativa para obtenção de produtos funcionais. O objetivo deste trabalho consistiu em preparar e caracterizar nanopartículas de quitosana-goma arábica contendo óleo da semente de maracujá (NP-OSM) e avaliar a atividade antifúngica do sistema frente a Colletrotichum siamense e Aspergillus niger. As NP-OSM foram obtidas através do método de coacervação complexa e caracterizadas físico-quimicamente pelas técnicas de espalhamento dinâmico de luz (DLS), espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e de transmissão (MET) e termogravimetria/calorimetria exploratória diferencial (TGA/DSC). A atividade antifúngica in vitro das NP-OSM foi determinada através das análises das concentrações inibitórias mínimas e das alterações morfológicas nos fungos; e in vivo pela aplicação de cobertura à base de NP-OSM em morangos previamente contaminados com Aspergillus niger. As NP-OSM apresentaram estrutura densa e esférica, e seus tamanhos variaram entre 213,6 e 297,8 nm. As análises de FTIR e TGA/DSC confirmaram o sucesso da encapsulação. As NP-OSM apresentaram atividade antifúngica contra ambos os fungos avaliados, sendo capazes de causar danos severos às morfologias. A cobertura comestível à base de NP-OSM reduziu em 40% a infecção fúngica visível em morangos armazenados a 4ºC durante 12 dias, tornando-se uma alternativa para o controle de infecções fúngicas com aplicações na agricultura e na indústria de alimentos.


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  • A semente do maracujá, subproduto do processamento da fruta, é rica em compostos bioativos com características antioxidante e antimicrobiana, tornando-se uma fonte alternativa para obtenção de produtos funcionais. O objetivo deste trabalho consistiu em preparar e caracterizar nanopartículas de quitosana-goma arábica contendo óleo da semente de maracujá (NP-OSM) e avaliar a atividade antifúngica do sistema frente a Colletrotichum siamense e Aspergillus niger. As NP-OSM foram obtidas através do método de coacervação complexa e caracterizadas físico-quimicamente pelas técnicas de espalhamento dinâmico de luz (DLS), espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e de transmissão (MET) e termogravimetria/calorimetria exploratória diferencial (TGA/DSC). A atividade antifúngica in vitro das NP-OSM foi determinada através das análises das concentrações inibitórias mínimas e das alterações morfológicas nos fungos; e in vivo pela aplicação de cobertura à base de NP-OSM em morangos previamente contaminados com Aspergillus niger. As NP-OSM apresentaram estrutura densa e esférica, e seus tamanhos variaram entre 213,6 e 297,8 nm. As análises de FTIR e TGA/DSC confirmaram o sucesso da encapsulação. As NP-OSM apresentaram atividade antifúngica contra ambos os fungos avaliados, sendo capazes de causar danos severos às morfologias. A cobertura comestível à base de NP-OSM reduziu em 40% a infecção fúngica visível em morangos armazenados a 4ºC durante 12 dias, tornando-se uma alternativa para o controle de infecções fúngicas com aplicações na agricultura e na indústria de alimentos.

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