Microalgas e cianobactérias como modelo no monitoramento ambiental e na biorremediação de metais pesados.
O rápido desenvolvimento industrial trouxe impactos ambientais severos, incluindo a contaminação por metais pesados, que são tóxicos mesmo em baixas concentrações e persistem no ambiente por longos períodos. Esses contaminantes afetam ecossistemas aquáticos, flora e fauna, gerando preocupações globais. A biorremediação surge como alternativa sustentável para mitigar esses impactos, utilizando microalgas e cianobactérias devido à sua alta capacidade de tolerância a condições adversas e eficiência na remoção de metais tóxicos. Esta dissertação, composta por três capítulos principais, investigou o potencial desses organismos na remediação de metais como ferro, alumínio, manganês, cobre e zinco. O primeiro capítulo apresenta uma revisão cientométrica do uso de microalgas para a biorremediação, destacando tendências globais e lacunas na literatura. O segundo capítulo avalia experimentalmente a tolerância e eficiência de diferentes espécies de microalgas e cianobactérias em sistemas controlados. Por fim, o terceiro capítulo propõe aplicações práticas, explorando a viabilidade de reatores de biorremediação em escala laboratorial. Os resultados reforçam a viabilidade dessas técnicas como solução sustentável e economicamente vantajosa para o tratamento de efluentes contaminados.