INTEGRAÇÃO BIOTECNOLÓGICA NA VALORIZAÇÃO DA BIOMASSA DE PODAS DE PITAYA PARA PRODUÇÃO DE ETANOL
Tratamento hidrotérmico; Hidrólise enzimática; Fermentação; Biocombustível; Semiárido.
Biocombustíveis como o etanol de segunda geração são apresentados como potenciais alternativas renováveis aos combustíveis fósseis. Além disso, visualiza-se um crescimento exponencial do cultivo de pitaya (Hylocereus spp.) no Brasil, chegando a 1,4 toneladas de frutos por ano. No entanto, essa cultura pode apresentar números consideráveis de resíduos agrícolas. Além disso, há uma lacuna de estudos acerca do aproveitamento integral dessa biomassa, dificultando elaboração de estratégias no manejo sustentável do fruto. Visando o potencial da espécie para a produção de etanol lignocelulósico e preencher o gargalo de destino adequado aos resíduos das podas, o presente estudo tem como objetivo a valorização biotecnológica da biomassa, através da realização de pré-tratamento hidrotérmico e hidrólise enzimática para produção posterior de bioetanol lignocelulósico. Foram realizados ensaios de pré-tratamentos com temperaturas de 160°C, 180ºC e 200ºC com duração de 30, 60 e 90 minutos na presença de água e hidrólise enzimática durante 48h da fração sólida. A biomassa demonstrou necessidade de pré-tratamento para liberação de açúcares, tendo afinidade maior por temperaturas na faixa de 180ºC. A fração sólida hidrolisada e a fração líquida apresentaram bons rendimentos de açúcares, possibilitando uma fermentação simultânea posterior, o que proporciona maior sustentabilidade e rentabilidade a todo o processo de produção de bioetanol. Até então, pode-se afirmar que as podas dePitaya apresenta potencial para produção de etanol lignocelulósico e uma ótima alternativa de biomassa de zona seca.