Banca de QUALIFICAÇÃO: REBECA GOMES DE OLIVEIRA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REBECA GOMES DE OLIVEIRA SILVA
DATA : 27/03/2024
LOCAL: Remota
TÍTULO:

ENTRE CONTINUIDADES E RUPTURAS: as expropriações das comunidades tradicionais do Complexo de Suape entre os anos de 2016 a 2022

Este projeto de tese tem por objetivo apreender as novas determinações econômicas, sociais e ideopolíticas dos processos de expropriação das comunidades tradicionais no território onde hoje está instalado o Complexo de Suape diante do novo contexto histórico que marca esse megaprojeto nos anos de governo de Michel Temer (PMDB) (2016-2018) e de Jair Bolsonaro (PL) (2019-2022).Para esse propósito, problematizaremos as transformações contemporâneas nos países latino-americanos, em especial no Brasil, discorrendo sobre os processos macrossociais e as mediações conjunturais que revelaram o aprofundamento da exploração do capital nesse subcontinente através da apropriação da natureza e das expropriações das comunidades. Essa dinâmica de intensificação das relações de capital, a qual se revela cada vez mais no caráter destrutivo do sistema, interferiu no território onde está o Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS), o qual sofreu uma reconfiguração passando a servir cada vez mais aos interesses do capital.

Diante disso, considerando que o Sul é o nosso Norte, a pesquisa se firma na seguinte pergunta orientadora que contribui para desvelar os problemas reais supracitados presentes no chão onde pisamos: Qual a relação entre as expropriações das comunidades tradicionais remanescentes no território onde está instalado o CIPS e a nova fase de seu desenvolvimento, marcada pelo golpe de Estado e a intensificação do neoliberalismo? A partir dessas determinações, apresentamos como hipótese de investigação: No contexto de aprofundamento da crise estrutural no Brasil e de avanço do neoliberalismo - ou ultraliberalismo - o território onde está instalado o Complexo de Suape segue em disputa, assim como seguem as expropriações das comunidades tradicionais agora por meio do discurso verde e da urgência da retirada/realocação dessas comunidades para garantir a expansão, agora sob a pretensa preservação ambiental. Assim, definimos como objetivo geral: Analisar as determinações econômicas, sociais e ideopolíticas dos processos de expropriação das comunidades tradicionais que permanecem no território onde hoje está o Complexo de Suape a partir das novas configurações impulsionadas pelo contexto de crise entre os anos de 2016 a 2022. Os objetivos específicos definimos da seguinte maneira: 1) Analisar as transformações do capitalismo contemporâneo, marcado pela crise do capital e pela demanda energética dos países hegemônicos, e sua incidência no território onde está o Complexo de Suape; 2) Identificar e analisar as formas de atuação do Estado e do governo de Pernambuco, por meio da Empresa Suape, diante da nova conjuntura marcada pelo aprofundamento do neoliberalismo; 3) Apreender as lutas socioambientais que as comunidades tradicionais vêm traçando em face do capital e do Estado nesse novo cenário. A metodologia se pautará na pesquisa bibliográfica e documental, tendo como materiais documentos oficiais publicados pelo Complexo de Suape, como o Novo Plano Diretor Suape 2035.

 


PALAVRAS-CHAVES:

Em desenvolvimento.


PÁGINAS: 150
RESUMO:

Este projeto de tese tem por objetivo apreender as novas determinações econômicas, sociais e ideopolíticas dos processos de expropriação das comunidades tradicionais no território onde hoje está instalado o Complexo de Suape diante do novo contexto histórico que marca esse megaprojeto nos anos de governo de Michel Temer (PMDB) (2016-2018) e de Jair Bolsonaro (PL) (2019-2022).Para esse propósito, problematizaremos as transformações contemporâneas nos países latino-americanos, em especial no Brasil, discorrendo sobre os processos macrossociais e as mediações conjunturais que revelaram o aprofundamento da exploração do capital nesse subcontinente através da apropriação da natureza e das expropriações das comunidades. Essa dinâmica de intensificação das relações de capital, a qual se revela cada vez mais no caráter destrutivo do sistema, interferiu no território onde está o Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS), o qual sofreu uma reconfiguração passando a servir cada vez mais aos interesses do capital.

Diante disso, considerando que o Sul é o nosso Norte, a pesquisa se firma na seguinte pergunta orientadora que contribui para desvelar os problemas reais supracitados presentes no chão onde pisamos: Qual a relação entre as expropriações das comunidades tradicionais remanescentes no território onde está instalado o CIPS e a nova fase de seu desenvolvimento, marcada pelo golpe de Estado e a intensificação do neoliberalismo? A partir dessas determinações, apresentamos como hipótese de investigação: No contexto de aprofundamento da crise estrutural no Brasil e de avanço do neoliberalismo - ou ultraliberalismo - o território onde está instalado o Complexo de Suape segue em disputa, assim como seguem as expropriações das comunidades tradicionais agora por meio do discurso verde e da urgência da retirada/realocação dessas comunidades para garantir a expansão, agora sob a pretensa preservação ambiental. Assim, definimos como objetivo geral: Analisar as determinações econômicas, sociais e ideopolíticas dos processos de expropriação das comunidades tradicionais que permanecem no território onde hoje está o Complexo de Suape a partir das novas configurações impulsionadas pelo contexto de crise entre os anos de 2016 a 2022. Os objetivos específicos definimos da seguinte maneira: 1) Analisar as transformações do capitalismo contemporâneo, marcado pela crise do capital e pela demanda energética dos países hegemônicos, e sua incidência no território onde está o Complexo de Suape; 2) Identificar e analisar as formas de atuação do Estado e do governo de Pernambuco, por meio da Empresa Suape, diante da nova conjuntura marcada pelo aprofundamento do neoliberalismo; 3) Apreender as lutas socioambientais que as comunidades tradicionais vêm traçando em face do capital e do Estado nesse novo cenário. A metodologia se pautará na pesquisa bibliográfica e documental, tendo como materiais documentos oficiais publicados pelo Complexo de Suape, como o Novo Plano Diretor Suape 2035.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1851970 - EVELYNE MEDEIROS PEREIRA
Interno - ***.007.218-** - GUILLERMO RICARDO FOLADORI ABELEDO - UNAM
Externo à Instituição - JOÃO PAULO DO VALE DE MEDEIROS
Presidente - 2364983 - MARIA DAS GRACAS E SILVA
Notícia cadastrada em: 25/03/2024 13:26
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