Banca de DEFESA: SILVANA CRISOSTOMO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SILVANA CRISOSTOMO DA SILVA
DATA : 31/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Presencial - CCSA
TÍTULO:

A QUESTÃO AMBIENTAL E OS MECANISMOS DE DESMONTE DA EMPRESA PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS (2012 - 2020)


PALAVRAS-CHAVES:

Questão ambiental. Capitalismo verde. Matriz energética. Geopolítica do petróleo. Desmonte da Petrobras.


PÁGINAS: 200
RESUMO:

Este estudo trata dos mecanismos de desmonte da empresa Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS, entre os anos de 2012 e 2020. A apropriação privada de recursos naturais e sua destrutividade são constituintes do modo de produção capitalista. Este, em crise estrutural, acirra a questão ambiental ao mesmo tempo que a transforma em novo nicho de mercado:o mercado verde. As estratégias adotadas a partir do capitalismo verde para combater as expressões da questão ambiental, como a crise climática, partem da financeirização da natureza. A transição energética, necessária para continuidade da vida planetária, é capitaneada como forma de expansão do capitalismo contemporâneo sob apropriação de recursos naturais dos países periféricos por países de capitalismo central. Assim, não só a indústria dos hidrocarbonetos foi incorporada ao mundo das finanças, como o ar tornou-se rentabilizado nas bolsas de valores. No século XXI, as disputas em torno das reservas de petróleo tomaram novas dimensões como as guerras não convencionais, mediante enfraquecimento de governos e processos democráticos em países detentores das reservas. Tendo em conta este contexto, objetivamos analisar o processo de desmonte da empresa Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, entre os anos de 2012 e 2020. Para desenvolvimento da pesquisa social, norteamo-nos pelo método materialista histórico e dialético. Para subsidiar a análise da realidade, efetuamos revisão de literatura a partir de autores clássicos e contemporâneos. Também utilizamos pesquisa documental com dados de domínio público, como documentos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Petrobras. Nesse sentido, apontamos que houve atuação do imperialismo estadunidense na dinâmica petrolífera brasileira, motivada pela descoberta de petróleo no pré-sal, como reserva de recurso natural estratégico, um dos fatores que motivou a deflagração da Operação Lava Jato e o processo de golpe jurídico-parlamentar-midiático como componentes de uma guerra não convencional. O desmonte da Petrobras também se deu pela adoção do preço de paridade internacional (PPI) com vinculação dos preços do mercado interno à cotação do dólar e ao preço do barril de petróleo (Brent), acirrando a crise econômica brasileira, os determinantes da superexploração do trabalho e a condição estrutural de capitalismo dependente. O discurso da crise e do endividamento ofereceu as bases para a continuidade e o aumento dos desinvestimentos, à medida que ocorreu a priorização do pagamento de dividendos aos acionistas. Nesse processo, a produção de petróleo no país aumentou e a participação da Petrobras como concessionária foi reduzida, diante do desmembramento e sucateamento da empresa e do avanço das corporações transnacionais. Assim, o conjunto de mecanismos de desmonte da Petrobras está coadunado à engrenagem do capitalismo contemporâneo, que busca alternativas para crise estrutural, mediante destruição da natureza, saques de recursos naturais de países periféricos e enfraquecimento das bases democráticas. Por fim, emerge como questão, o papel e o lugar da Petrobras na transição energética, como estratégia de enfrentamento das mudanças climáticas e sua incidência na questão ambiental.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1851970 - EVELYNE MEDEIROS PEREIRA
Interna - 2364983 - MARIA DAS GRACAS E SILVA
Externa à Instituição - NAILSA MARIA SOUZA ARAÚJO - UFS
Externo à Instituição - PEDRO RAFAEL LAPA
Interna - 1134487 - ROSA MARIA CORTES DE LIMA
Notícia cadastrada em: 24/08/2023 10:24
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