Cobertura comestível bioativa de nanoparticulas de cloridrato de quitosana: Biotecnologica ecosustentavel para aplicação na industria agroalimentar
Atividade antifúngica, segurança alimentar, fitopatógenos, nanotecnologia
A presente tese objetivou desenvolver coberturas comestíveis a base de gel de cloridrato de quitosana,
de nanopartículas de cloridrato de quitosana, e da associação das duas substâncias, verificando suas
ações antifúngica, e influência na ultraestrutura de fungos fitopatogênicos, atividade antioxidante e
toxicidade. Também foi verificada a bioatividade das coberturas, ação preventiva e curativa, para
infecções fúngicas, usando uva de mesa como fruta modelo. O cloridrato de quitosana foi obtido por
dialise da quitosana. As nanopartículas foram obtidas por gelatinização ionotrópica. Os materiais
obtidos foram caracterizados físico-quimicamente. Foram determinadas as Concentrações Inibitórias
Mínimas (CIM) das substâncias testes, além da influência no crescimento micelial e ultraestrutura dos
fungos fitopatogênico. Atividade antioxidante foi determinada pelos sequestros dos radicais DPPH,
ABTS e redução de ferro. A citotoxicidade, e o potencial de irritação foram determinados por MTT e
HET-CAM. Os polímeros apresentaram bandas características no espectro de infravermelho. Com grau
de desacetilação acima de 80%. As nanopartículas apresentaram tamanho 450-1160nm, potencial zeta
27-41mV, e índice de polidispersão 0,42-0,92. Todas as substâncias foram consideradas atóxica,
apresentaram CIM, e promoveram alterações no micélio e nos esporos dos fungos testes. O controle de
infecções pós-colheita em uvas pelas substâncias testes demonstrou efeito preventivo, e curativo,
obtendo resultados promissores na conservação das uvas. Dessa forma, o cloridrato de quitosana em gel
ou nanopartículas, é um promissor agente inibitório de fungos, sendo efetivo no preparo de cobertura
comestível bioativa.