EXCESSO DE PESO E DESFECHOS CLÍNICOS ADVERSOS EM IDOSOS COM COVID-19: UM ESTUDO DE COORTE PROSPECTIVO DE BASE HOSPITALAR
COVID-19. UTI. IMC. Idosos.
A COVID-19 pode causar nos humanos infecções respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave, com risco elevado para óbito. A obesidade tem sido considerada um importante fator de risco para a gravidade da doença. Objetivou-se investigar se a obesidade aumenta o tempo de hospitalização, a necessidade de maior uso de ventilação invasiva e a mortalidade em idosos com COVID-19 internados na Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital de Referência para COVID-19 em Pernambuco. Tratou-se de um estudo de coorte prospectivo, de base hospitalar, envolvendo 312 pacientes idosos, de ambos os sexos, com diagnóstico confirmado de infecção pelo SARS-CoV-2 internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), monitorados no período de janeiro a abril de 2021. Observou-se que 36,5% dos idosos apresentavam obesidade de acordo com o IMC (≥ 30 kg/m2), porém, a obesidade não se constituiu como um fator risco para os desfechos clínicos adversos como maior tempo de hospitalização, maior necessidade de uso de ventilação mecânica e mortalidade. A obesidade associada às comorbidades hipertensão arterial e diabetes mellitus, também não imprimiu nos desfechos clínicos adversos analisados. Mais evidências empíricas são necessárias para se avaliar a influência da obesidade na modulação dos desfechos clínicos em pacientes com COVID-19, que necessitam de tratamento hospitalar intensivo.