DESEMPENHO DIAGNÓSTICO DE ÍNDICES DE ADIPOSIDADE NA IDENTIFICAÇÃO DE RESISTÊNCIA À INSULINA EM ADOLESCENTES PÓS-PÚBERES BRASILEIROS
Índices. Adiposidade. Resistência à insulina. Adolescentes.
A resistência à insulina (RI), por se correlacionar com o aparecimento de outras alterações deletérias à saúde, deve ser rastreada precocemente com métodos aplicáveis nos serviços de saúde. O objetivo do presente estudo foi avaliar a performance do produto de acumulação lipídica (LAP) e índice de massa tri-ponderal (IMT) no diagnóstico de RI em adolescentes pós-púberes brasileiros. Trata-se de uma análise que utilizou os dados do projeto “Estudo de riscos cardiovasculares em adolescentes (Erica)”, estudo transversal de base escolar nacional. Foram incluídos 14.026 adolescentes pós púberes com faixa etária de 12 a 17 anos. A RI foi um desfecho presente em 25,3% (IC95%:24,6%-26,1%) dos participantes, sendo mais frequente nas meninas, entre indivíduos sedentários, com excesso de peso e risco cardiometabólico. Os pontos de corte ideais do LAP associados à RI na população total, em adolescentes do sexo masculino e nas meninas foram 13,5 (sensibilidade:59,3%; especificidade:77,7%); 13,8 (sensibilidade:59,5%; especificidade:83,4%) e 13,5 (sensibilidade:59,4%; especificidade:73,4%), respectivamente. Já em relação ao IMT, os melhores valores de corte, capazes de identificar a RI na amostra geral, nos meninos e nas meninas foram, respectivamente, 14,1kg/m3 (sensibilidade:60,9%; especificidade:73,7%), 13,9kg/m3 (sensibilidade:58,3%; especificidade:80,4%) e 14,5 kg/m3 (sensibilidade: 56,5%; especificidade:71,8%). Em suma, os indicadores de adiposidade tiveram desempenho regular em identificar RI em adolescentes pós-púberes sendo mais específicos que sensíveis.