INGESTÃO CRÔNICA DE FRUTOSE SINTÉTICA E RESTRIÇÃO TEMPORAL DO ALIMENTO SOBRE PARÂMETROS METABÓLICOS, INFLAMATÓRIOS E DA MICROBIOTA INTESTINAL EM RATOS WISTAR
Alimentação com horário restrito; Bebida com adição de açúcar; Disbiose; Inflamação; Jejum intermitente; Xarope de milho rico em frutose.
O consumo de frutose sintética está associado a adiposidade corporal, desordens metabólicas e desequilíbrio de bactérias tróficas que habitam o intestino. Para a redução ponderal e controle metabólico tem sido realizado o jejum intermitente, sendo um de seus protocolos a Restrição Temporal do Alimento (RTA), a qual caracteriza-se por períodos diários de ingestão e privação de alimentos. O estudo avaliou o impacto da ingestão crônica de frutose sintética e RTA sobre parâmetros metabólicos, inflamatórios e da microbiota intestinal de ratos Wistar. Estudo realizado com 40 machos distribuídos em 4 grupos (C; R5; F5; R5F5, n=10/grupo). O jejum foi das 16h às 8h e a oferta de frutose sintética na água de hidratação (20%). Avaliou-se o peso corporal, consumo alimentar e hídrico, murinometria, peso úmido de órgãos, morfologia do jejuno, parâmetros bioquímicos e inflamatórios, além da contagem total e diversidade alfa e beta da composição da microbiota intestinal. Análise estatística realizada no STATA® 15.0 (p<0,05). A ingestão crônica de frutose sintética repercutiu em ingestão calórica excessiva, a qual se associou a alterações antropométricas e adiposidade corporal e aumento das concentrações de glicose, triglicerídeos, cálcio e albumina. Contudo, o jejum de 16h com disponibilização de alimento nas primeiras horas do período ativo exerceu efeito protetor sobre alguns desses parâmetros mesmo diante da ingestão crônica de frutose sintética. No entanto, as duas intervenções demonstraram impacto negativo sobre a permeabilidade do epitélio intestinal.