RESTRIÇÃO ENERGÉTICA E/OU RESTRIÇÃO TEMPORAL DO ALIMENTO SOBRE AS CONDIÇÕES FISIO-METABÓLICAS E QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES CLIMATÉRICAS COM EXCESSO DE PESO: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
Palavras-chave: Climatério; Obesidade; Crononutrição; Restrição Calórica; Qualidade de Vida
OBJETIVO: Avaliar as repercussões da Restrição Temporal do Alimento (RTA) e/ou restrição
calórica na saúde de mulheres climatéricas com sobrepeso/obesidade. METODOLOGIA: 57
mulheres adultas climatéricas com sobrepeso/obesidade foram randomicamente divididas em um
grupo com restrição calórica (RC, n=30) com ingestão de 20kcals/kg/peso/dia e outro grupo com
a mesma restrição calórica associada ao protocolo de RTA12h (RCRTA, n=27) durante 10
semanas. Como desfechos primários calculou-se a diferença entre os dois grupos sobre a
mudança basal na variação de peso e gordura corporal. Como desfechos secundários incluiu-se:
parâmetros antropométricos, bioquímicos, sintomatologia do climatério e qualidade de vida (QV)
RESULTADOS: As mudanças no peso e gordura corporal não diferiu entre os grupos.
Igualmente, marcadores bioquímicos, diminuição do risco cardiovascular, sintomas climatéricos e
da QV das participantes, foram consistentes tanto no RC, quanto no RCRTA. No entanto, houve
normalização com valores recomendados pela literatura, do nível de colesterol total (RCRTA =
181,76 ±34,20 mg/dL), diminuição da aterogenicidade plasmática (p=0,02), da hemoglobina
glicada (p<0,001), da glicose média estimada (p=0,02) e da ALT (p=0,02) no RCRTA. Em adição,
observou-se correlação entre horários de jantar e de jejum com o colesterol total, LDLc e alguns
domínios da sintomatologia climatérica.
CONCLUSÃO: A combinação RC+RTA não causou efeitos superiores na antroprometria. Porém,
os desfechos do grupo RCRTA sobre a normalização dos valores glicidicos, lipidicos, função
hepática e, melhora do risco cardiovascular e sintomatologia climatérica, mostra-se relevante na
prática clínica.