Avaliação da Suficiência de Iodo em Mulheres Gestantes
tireoide; gravidez; iodo; deficiência de iodo; ultrassonografia
A deficiência de iodo pode levar a morbidade materno-fetal quando ocorre durante a
gestação. O Brasil é considerado uma região suficiente em iodo, mas, as mulheres grávidas são
consideradas grupo de risco para deficiência iódica devido a maior necessidade de produção dos
hormônios tireoidianos ao longo da gestação. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de iodo numa
população de mulheres grávidas atendidas nos ambulatórios de pré-natal HC-UFPE. Métodos: Estudo
transversal analítico. A amostra foi formada por gestantes em acompanhamento pré-natal, sem doença
tireoidiana conhecida e sem uso de polivitamínicos. Foram submetidas a exames bioquímicos, dosagens
hormonais, ultrassonografias de tireoide e avaliação da concentração de iodo urinário em amostra isolada
pelo método Sandell-Kolthoff. Resultados: A amostra foi composta por 547 mulheres grávidas. A mediana
de iodúria foi 157,8 μg/L, classificando esta população como suficiente para iodo. Também foi encontrado
uma prevalência de 22,1% de ingestão inadequada de iodo. Outros resultados obtidos, em mediana foram:
TSH: 1,86 mIU/mL; T4 livre: 1,0 ng/dL; T4 total: 11,4 mg/dL; T3: 130,1 ng/dL; tireoglobulina: 47,0 ng/mL. A
mediana do volume tireoidiano de 19,5. Conclusão: Em relação a suficiência de iodo, a população
estudada foi classificada como adequada, uma vez que a mediana da iodúria desta amostra foi de 157,8
μg/L, mesmo tendo 22,1% das mulheres da amostra com iodúria abaixo de 150,0 μg/L o que é classificado
como ingestão inadequada de iodo.