Padrões alimentares na doença de Parkinson: caracterização e fatores associados em pacientes do nordeste brasileiro.
Padrão alimentar; Doença de Parkinson; Consumo de Alimentos; Estado Nutricional
O objetivo desse estudo foi identificar os padrões alimentares e seus
fatores associados em pacientes com doença de Parkinson atendidos
ambulatorialmente. O estudo, do tipo série de casos, foi realizado com
pacientes adultos e idosos de ambos os sexos, em atendimento em dois
centros de tratamento na cidade de Recife-PE no período de janeiro a junho de
2019. O consumo alimentar foi avaliado utilizando-se o questionário de
frequência alimentar e os padrões alimentares foram derivados por meio da
análise fatorial pelo método de extração de componentes principais. Foram
identificados três padrões alimentares: “Mediterrâneo”, “Misto” e “Tradicional
brasileiro”. O padrão alimentar “Mediterrâneo” foi representado por cereais,
frutas e sucos naturais, verduras e legumes, peixes e laticínios. O padrão
“Misto” por raízes e tubérculos, manteigas e margarinas, queijos, pães,
biscoitos salgados, bebidas adoçadas e lanches. Enquanto o padrão
“tradicional brasileiro” por alimentos como arroz, feijão, carnes, carnes
processadas, óleos e molhos. Os resultados evidenciaram que o padrão
alimentar “Mediterrâneo” teve maior adesão de pacientes com mais de 60 anos
e com estadiamento da doença de moderado a grave. Já o padrão “Misto” foi
mais aderido pelos pacientes do sexo masculino e aqueles residentes na
capital. O padrão alimentar “Tradicional brasileiro” também teve uma maior
adesão dos pacientes do sexo masculino e daqueles sem excesso de peso. Os
dados evidenciam a busca dos pacientes por um padrão alimentar mais
saudável.