Cobertura comestível bioativa e ecossustentável de nanocompósitos de
cloridrato de quitosana-óleo de semente de maracujá na conservação pós-colheita de
morango.
Nanotecnologia, A. niger. , C. Siamenses, Quitosana hidrossolúvel, parâmetros de qualidade, óleo vegetal.
O morango (Fragaria ananassa) é uma fruta que possui um alto grau de
perecibilidade. A aplicação de agrotóxicos é a principal estratégia utilizada no
controle pós-colheita porém podem causar danos ao fruto e ao meio ambiente.
Diante disso, a indústria alimentícia tem buscado desenvolver tecnologias
alternativas como o emprego de coberturas comestíveis à base de quitosana
que é um polímero natural com propriedades potencializadas quando está sob
a forma de seus sais e nanoparticulados, podendo carrear óleos vegetais
encapsulados como o óleo da semente do maracujá. A presente proposta
desenvolveu e avaliou a ação antimicrobiana, antioxidante, conservadora e a
toxicidade de cobertura comestível de nanopartículas de cloridrato de
quitosana com o óleo da semente de maracujá encapsulado na conservação
pós-colheita de morangos. As nanopartículas de cloridrato de quitosana
carregadas com o óleo de semente de maracujá foram preparadas pela
técnica de coacervarão complexa e foram caracterizadas. Apresentaram
pequena dimensão, baixo potencial zeta, índice de polidispersão e mantiveram-
se estáveis por 90 dias. Apresentaram atividade antifúngica contra os fungos
avaliados e também em seus micélios. As coberturas foram capazes de
conservar as características físico-químicas e também apresentou ação efetiva
na redução da incidência de contaminação pelo A.niger. Mostra-se também
uma alternativa viável ao uso de fungicidas sintéticos. Além disso, o
reaproveitamento das sementes do maracujá para elaboração do óleo gera
benefícios ambientais e agrega valor a cadeia produtiva do maracujá.