Banca de QUALIFICAÇÃO: ERYKA MARIA DOS SANTOS ALVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ERYKA MARIA DOS SANTOS ALVES
DATA : 29/10/2021
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

Restrição temporal do alimento e realimentação em ratos wistar: implicações
sobre o estado nutricional, ritmo locomotor e expressão de “genes circadianos” no hipotálamo


PALAVRAS-CHAVES:

sistema de temporização circadiano; ritmo de ingestão alimentar;
restrição temporal do alimento; realimentação.


PÁGINAS: 91
RESUMO:

O ciclo de ingestão alimentar é um ritmo biológico circadiano, isto é, varia em torno
de 24h. Os horários das refeições podem atuar como sincronizadores de genes
circadianos que controlam a ingestão de alimentos, metabolismo e ritmo locomotor.
Trabalhos avaliando as implicações da restrição temporal do alimento, semelhantes à
condição observada em trabalhadores noturnos, têm observado em humanos e
animais alterações no metabolismo. No entanto, são escassas as pesquisas que
investiguem as repercussões da realimentação, isto é, retorno ao padrão ad libitum
da alimentação, após tal protocolo alimentar. Neste trabalho, o objetivo foi investigar
as implicações da realimentação após a restrição temporal do alimento sobre
parâmetros fisiológicos, comportamentais e de expressão gênica no hipotálamo de
ratos Wistar. Foram utilizados 48 animais divididos, inicialmente, em dois grupos:
Controle 1 (C1=24) e Restrição Temporal do Alimento (R=24). Os animais foram
mantidos em ciclo luz invertido (08:00-20:00h/escuro e 20:00-08:00h/claro) com
temperatura e umidade controladas. Ambos os grupos receberam alimentação ad
libitum durante três semanas após o desmame (21-44 dias de vida). A partir dos 45
dias de vida, o grupo C1 seguiu com alimentação ad libitum por seis semanas; o grupo
R, por outro lado, foi privado de alimento durante as oito horas iniciais da fase escura
(ZT12/8:00-ZT20/16:00h) sendo sua alimentação ofertada nas dezesseis horas
subsequentes (ZT20/16:00-ZT12/08:00h), também por seis semanas. Ao final da
restrição alimentar (87 dias de vida), parte dos animais de ambos os grupos foi
aleatoriamente sacrificada (C1=12/ R=12) e a outra parte seguiu com alimentação ad
libitum (C2=12) ou foi realimentada (RRE=12), isto é, recebeu alimentação à vontade,
ambos por seis semanas, sendo eutanasiados ao final. Todos os resultados foram
significantes ao nível de 5%. Dos resultados obtidos até o presente momento têm-se:
acompanhamento do peso, gordura visceral, ingestão alimentar, glicemia circadiana,
tolerância à glicose, perfil bioquímico e ritmo de atividade locomotora. Das variáveis
do estudo, foram analisadas o peso corporal e gordura visceral, ingestão alimentar,
curva circadiana da glicose, tolerância à glicose, perfil bioquímico e ritmo da atividade
locomotora. A tolerância à glicose e perfil bioquímico não apresentaram modificações.
Para os demais parâmetros foi observado durante o período de restrição redução de
10% no peso corporal e na ingestão alimentar total, menores valores glicêmicos nos
horários privados de alimento, elevada quantidade de gordura visceral e alteração da
atividade locomotora (p<0.05). Contudo, após a realimentação tais mudanças não
foram encontradas. Os resultados parciais permitem concluir que a realimentação
recuperou parâmetros alterados pela restrição temporal do alimento sendo alguns
efeitos observados pouco tempo depois da utilização desse regime alimentar, o que
sugere que o protocolo alimentar de restrição não foi suficientemente agressivo para
impor mudanças permanentes nos parâmetros avaliados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - OMAR GUZMÁN QUEVEDO
Externo à Instituição - JOHN FONTENELE ARAUJO
Externa à Instituição - JULLIET ARAUJO DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 06/10/2021 22:11
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