EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA VOLUNTÁRIA MATERNA SOBRE A BIOENERGÉTICA MITOCONDRIAL, BALANÇO OXIDATIVO E METABOLISMO HEPÁTICO DA PROLE SUBMETIDA A UMA DIETA “OCIDENTALIZADA” PÓS-DESMAME
Dieta hiperlipídica, estresse oxidativo, metabolismo hepático, mitocôndria.
O estudo teve como objetivo avaliar o efeito da atividade física voluntária materna (AFVM), durante períodos críticos do desenvolvimento, sobre a bioenergética mitocondrial, balanço oxidativo e metabolismo hepático da prole exposta a uma dieta ocidentalizada pós-desmame. Ratas (linhagem Wistar) foram colocadas em gaiolas de atividade física voluntária, classificando-as em: Inativa, Ativa e Muito Ativa. A prole foi dividida de acordo com a dieta experimental: dieta ocidentalizada (20,18% proteínas, 31,99% lipídios e 47,82% carboidratos) e dieta controle (28,3% proteínas, 10% lipídios e 60,76% carboidratos). Para as análises foi coletado o tecido hepático da prole, aos 70 dias de vida. Foi observada uma modulação positiva de vários parâmetros da bioenergética mitocondrial da prole de mães que praticaram AFVM, além da diminuição da peroxidação lipídica e aumento do conteúdo de sulfidrilas. Em relação ao metabolismo hepático, observamos aumento da atividade da citrato-sintase, da glicose-6-fosfato-desdrogenase, da fosfofrutoquinase e da β-Had na prole alimentada com dieta ocidentalizada proveniente de mães que praticaram AFVM, como também aumento da atividade da ácido-graxo-sintase no grupo inativo e diminuição nos grupos que receberam esse tipo de dieta, cujas mães praticaram AFVM. Nossos resultados sugerem que a AFVM é capaz de modular a bioenergética mitocondrial, balanço oxidativo e metabolismo hepático das ratas, de forma que a exposição a uma dieta ocidentalizada desde o período pós desmame da prole resulte em menores efeitos deletérios no metabolismo energético durante a vida adulta.