“RESTRIÇÃO TEMPORAL DO ALIMENTO DURANTE A FASE ESCURA DO CICLO 24H E REPERCUSSÕES FISIO-METABÓLICAS EM RATOS COM CONSUMO CRÔNICO DE FRUTOSE SINTÉTICA”
Alimentação com horário restrito; bebida com adição de açúcar; doenças não transmissíveis; jejum intermitente;
A ingestão de alimentos ricos em frutose e de alta densidade energética tipificam a dieta ocidental, a qual está associada à adiposidade corporal e desordens metabólicas. Dentre as estratégias nutricionais para perda ponderal/adiposidade e controle metabólico tem-se o jejum intermitente, sendo um de seus protocolos a Restrição Temporal do Alimento (RTA), a qual é caracterizada por períodos diários de ingestão e privação de alimentos. O estudo avaliou o impacto da ingestão crônica de frutose sintética e RTA sobre parâmetros fisio-metabólicos de ratos adultos. Estudo realizado com 40 ratos Wistar distribuídos em 4 grupos (Controle; Frutose 5 dias; RTA por 5 dias; RTA + frutose 5 dias, n=10/grupo). A janela alimentar ocorreu das 8h às 16h e a oferta de frutose se deu na água de hidratação (100ml:20g). Avaliou-se parâmetros somáticos, ingestão alimentar e hídrica, peso úmido de órgãos, histomorfologia do fígado e jejuno, e bioquímica. Estatística realizada no programa STATA® 15.0 e considerado p<0,05. A ingestão crônica de frutose sintética repercutiu em ingestão calórica excessiva, alterações antropométricas e adiposidade corporal, além de aumento das concentrações de glicose, triglicérides, índice TyG e cálcio. Contudo, o protocolo de jejum alimentar por 16h com disponibilização de alimento nas primeiras 8 horas do período ativo exerceu efeito protetor sobre alguns desses parâmetros mesmo diante da ingestão crônica de frutose, apesar das duas intervenções nutricionais demonstrarem impacto negativo sobre a permeabilidade do epitélio intestinal.