Jejum Intermitente e Exercício Físico: Efeitos sobre os Parâmetros Comportamentais, Eletrofisiológicos, Imunohistoquímicos e de Estresse Oxidativo em Ratos
Jejum Periódico; Atividade Física; Ansiedade; Sistema Nervoso Central; Depressão Alastrante Cortical.
Investigou-se as repercussões do jejum intermitente (JI) e do exercício físico (EF) sobre parâmetros comportamentais e atividade elétrica cerebral (DAC). Ratos machos e fêmeas Wistar (n = 64) foram distribuídos em 4 grupos: a) Controle; b) Jejum intermitente; c) Exercício físico e d) Jejum intermitente + Exercício físico. O protocolo de JI deu-se de duas maneiras: jejum por 24 horas e por 16 horas. O protocolo de EF consistiu de corrida em esteira com sessões de 40 minutos (5 minutos de aquecimento a uma velocidade de 10-14 m/min, seguidos de 30 minutos com velocidade de 20 ± 2 m/min, e 5 minutos de resfriamento semelhante ao aquecimento). O controle do peso corporal e do consumo de ração foi realizado durante todo o experimento. Em seguida, os animais foram submetidos aos testes comportamentais para ansiedade no labirinto em cruz elevado (LCE) e no campo aberto (CA), e testes de memória espacial e de forma de objetos. Na sequência realizou-se o registro da DAC. Os principais achados mostram que o JI reduziu o peso corporal, o consumo de ração, o número de entradas e o tempo de permanência no centro e nos braços abertos do CA e do LCE, respetivamente. Também, promoveu redução do índice de discriminação nos testes de memória e aumentou a velocidade da DAC. O EF promoveu incremento do peso corporal e do consumo de ração, bem como, aumentou o número de entradas no centro do CA e reduziu a velocidade de propagação da DAC. Logo, é proposto que o JI piora os comportamentos ligados à ansiedade e memória e acelera a DAC quando iniciado em ratos jovens, enquanto que o EF, sozinho ou combinado, parece reverter esses efeitos.