Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA LUIZA BATISTA ADORNO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA LUIZA BATISTA ADORNO
DATA : 08/05/2025
LOCAL: CCSA
TÍTULO:

As tecnologias de sobrevivência: a re(existência) da comunidade negra de Cachoeira em meio a desigualdade econômica e social


PALAVRAS-CHAVES:
Racismo estrutural. Resistência negra. Territorialidade, Desigualdade

PÁGINAS: 100
RESUMO:
A presente pesquisa tem como objetivo analisar os mecanismos de resistência e
sobrevivência da população negra do município de Cachoeira, localizado no Recôncavo
Baiano, diante das desigualdades históricas, raciais e territoriais. O estudo parte da
compreensão de que o território em questão é marcado por profundas heranças do
colonialismo e da escravização, que se atualizam nas expressões contemporâneas do
racismo estrutural. Nesse sentido, a territorialidade é entendida como elemento central
das estratégias coletivas de enfrentamento à exclusão social. A pesquisa adota uma
abordagem qualitativa, fundamentada no materialismo histórico-dialético, e utiliza como
principal instrumento metodológico a realização de entrevistas com lideranças negras
locais, buscando apreender os sentidos atribuídos às práticas de resistência construídas
nos contextos urbanos e rurais do município. O conceito de “tecnologias de
sobrevivência” é mobilizado para interpretar essas práticas como expressões políticas,
culturais e econômicas que viabilizam a permanência e a dignidade da população negra
frente às múltiplas formas de opressão. Comunidades quilombolas, espaços religiosos de
matriz africana e manifestações culturais afro-brasileiras são compreendidos como
territórios de re(existência), nos quais se articulam saberes ancestrais, redes de
solidariedade e modos de vida que desafiam a lógica hegemônica. A fundamentação
teórica apoia-se em autores que discutem a colonialidade do poder, o racismo estrutural e
as epistemologias negras, contribuindo para a análise crítica das desigualdades sociais e
raciais no Brasil. Como contribuição acadêmica e social, o estudo pretende fortalecer a
visibilidade das lutas negras e o reconhecimento das experiências históricas de resistência
como forma de enfrentamento à negação de direitos. Assim, busca-se evidenciar que a
sobrevivência da população negra em Cachoeira é, sobretudo, uma prática coletiva de
reexistência

MEMBROS DA BANCA:
Interno - ***.979.984-** - DIOGO VALENÇA DE AZEVEDO COSTA - UFPE
Presidente - 2072484 - FLAVIA DA SILVA CLEMENTE
Externa ao Programa - 3434888 - LORRAINE MARIE FARIAS DE ARAUJO - null
Notícia cadastrada em: 07/05/2025 14:42
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