O estudo analisa a efetivação do direito à educação da primeira infância em Recife-PE, particularmente das crianças migrantes venezuelanas da etnia warao, bem como discute a efetivação do direito à educação das crianças na primeira infância no marco legal nacional e do Recife; identifica as demandas educacionais das crianças migrantes venezuelanas warao e avalia as tendências das políticas e planos para a primeira infância em Recife, diante das demandas educacionais das crianças migrantes venezuelanas warao. O método de pesquisa que proporcionou as bases lógicas da investigação foi o método dialético. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, realizada com base na pesquisa bibliográfica e documental, que privilegiou os principais arcabouços legais, os planos e as políticas a nível nacional e municipal, referentes aos direitos das crianças na primeira infância, entre o período de 2018-2022, marcado pela terceira e quarta onda da migração venezuelana no Brasil. Quanto a apresentação dos capítulos, após a apresentar considerações iniciais sobre a pesquisa; o segundo corresponde a um panorama acerca da migração e sua interface com o sistema capitalista, com destaque para a migração venezuelana no país. O terceiro, versa sobre a garantia do acesso à educação das crianças na primeira infância. Por último, o quarto capítulo retrata o direito à educação infantil, e se desdobra em como é assegurado às crianças warao. Dentre as considerações finais está que Recife tem avanços na temática da primeira infância com leis, planos, políticas, ações intersetoriais e articulações com setores privados, mas sobre a dimensão “infância indígena” ainda se apresenta como um grande desafio, pois não fazem menção a essa demanda existente desde a interiorização em 2018. Com isso, a maior tendência observada é que essas crianças não são vistas como sujeitos de direitos, mas sim sujeitos de ações pontuais e emergenciais.