CARACTERIZAÇÃO FITOQUÍMICA E INVESTIGAÇÃO DA TOXICIDADE DO EXTRATO DA CASCA DO FRUTO DE Spondias tuberosa Arruda (UMBU)
Atividade antioxidante; avaliação toxicológica; UHPLC-HRMS; umbu.
Espécies vegetais nativas da Caatinga, como Spondias tuberosa Arruda (umbu), são constantemente expostas à condições ambientais extremas, o que favorece a produção de mecanismos fisiológicos e bioquímicos, associados à síntese de metabólitos secundários de alto potencial farmacológico, incluindo atividades hipolipemiantes e antidiabéticos. Apesar disso, a avaliação da segurança do uso dessas plantas ainda é limitada, ressaltando a necessidade de estudos toxicológicos. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo caracterizar o perfil fitoquímico, e investigar o perfil toxicológico do extrato da casca do fruto de S. tuberosa por meio de ensaios in vitro (MTT com linhagem L929) e in vivo (Tenebrio molitor e camundongos C57BL/6). O extrato foi obtido a partir da farinha das cascas por agitação, seguido de rotaevaporação e liofilização. Posteriormente, foram quantificados os teores de fenólicos totais, flavonóides e atividade antioxidante pelos médtodos DPPH e ABTS. O pó liofilizado apresentou um rendimento de 13,12%. Foram encontrados valores significativos de flavonoides (18,02 ± 0,433 mg QE/g), e elevado teor de compostos fenólicos (210,68 ± 19,111 mg GAE/g). A atividade antioxidante resultou em valores de IC50 de 13,086 ± 0,686 mg/mL (DPPH) e 92,679 ± 2,904 mg/Ml (ABTS). As próximas análises serão cruciais para compreender a caracterização fitoquímica por cromatografia liquida acoplada à espectrometria de massas (UHPLC-HRMS), para identificação dos compostos majoritários presentes no extrato, e a condução do estudo toxicológico, para estabelecer o perfil de segurança do extrato.