Aproveitamento tecnológico do inajá (Maximiliana maripa (Aubl.) Drude) para obtenção de ingredientes e produtos panificados com alto valor agregado
Sustentabilidade; segurança alimentar; subprodutos de palmeiras; resíduo agroindustrial.
O processamento do inajá (Maximiliana maripa (Aubl.) Drude) gera subprodutos que são subutilizados e/ou descartados no meio ambiente de forma inadequada e dentre as estratégias para a gestão destes tipos de resíduos destaca-se o aproveitamento integral.A presente pesquisa tem como objetivo elaborar e caracterizar ingredientes e produtos panificados com alto valor agregado através dos subprodutos do inajá. Os produtos panificados foram elaborados com a polpa e torta residual são os cupcakes e cookies, respectivamente. Os produtos foram avaliados quanto à caracterização física, química, reológica e tecnológica, compostos bioativos e espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). As análises foram realizadas em triplicata, expressos como média ± desvio padrão em tabelas. Os cupcakes elaborados com 10 e 20% de FPI apresentaram teores elevados de carboidratos (45,09–47,08%) e lipídios (10,31–11,56%). Já os cookies formulados com 10 e 20% da farinha da torta de inajá (FTI) apresentaram 63,20–64,46% de carboidratos e 8,37–8,59% de proteínas. Os panificados apresentaram atividade de água de 0,86 e 0,65, acidez de 2,0 e 2,54, e pH de 7,55 e 7,0. Além disso, observou-se redução dos parâmetros de cor L* e a*, resultando em produtos mais escuros e aumento da dureza, coesão e mastigabilidade e redução da elasticidade. A incorporação da farinha da polpa e torta de inajá é uma estratégia para o enriquecimento nutricional e aprimoramento tecnológico de produtos panificados.