REPERCUSSÕES DO CONSUMO MATERNO DE DIETA OCIDENTALIZADA ASSOCIADA AO TREINAMENTO RESISTIDO DE ALTA INTENSIDADE DURANTE A GESTAÇÃO SOBRE PARÂMETROS MATERNOS, PLACENTÁRIOS E FETAIS
Gestação; Saúde Materna; Saúde Fetal; Treinamento Materno
Este trabalho objetivou investigar os efeitos do treinamento resistido de alta intensidade
associado ao consumo de dieta ocidentalizada antes e durante a gestação de ratas Wistar,
com foco nas repercussões maternas, placentárias e fetais. Foram utilizadas 34 ratas
wistar, com idade entre 60/70 dias de vida e peso corporal entre 180/220 gramas. Os
animais foram divididos em quatro grupos experimentais: Dieta Controle Não-Treinada
(DC-NT, n=8), Dieta Controle Treinada (DC-T, n=9), Dieta Ocidentalizada Não-
Treinada (DO-NT, n=9) e Dieta Ocidentalizada Treinada (DO-T, n=9). As ratas dos
grupos dieta ocidentalizada consumiram uma dieta com 4,69 Kcal/g, 14,2% de
proteínas, 47% de lipídios e 36,5% de carboidratos. As ratas do grupo treinado,
realizaram treinamento resistido em escada, 5 dias por semana, 9 subidas por dia, com
80% da carga máxima, no período pré-gestacional e gestacional. Nas ratas gestantes foi
avaliado o peso corporal, consumo alimentar, capacidade de carregamento máximo,
estresse oxidativo no fígado, histologia do tecido adiposo, fígado e placenta, perfil
bioquímico do soro, expressão gênica de transportadores de nutrientes placentários, e de
genes inflamatórios. Nos fetos, foi realizado a sexagem, medidas murinométricas, peso
fetal e de órgãos, estresse oxidativo e histologia hepática. A tese explora as possíveis
adaptações maternas, placentárias e fetais frente as condições da dieta ocidentalizada e
do treinamento resistido de alta intensidade. Os achados contribuem para o
entendimento dos efeitos da dieta materna e da prática de exercício na gestação, e
fornece informações relevantes para diretrizes de saúde materno-fetal, especialmente no
contexto de hábitos alimentares ocidentalizados e intervenções com treinamento
resistido.