Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
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  • ELENILDO DÁRIO DA SILVA JÚNIOR
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO DO POLISSACARÍDEO SULFATADO EXTRAÍDO DA TÚNICA DE Styela plicata NO MODELO DE ARTRITE E MODULAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL

  • Orientador : PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA HELENA MADRUGA LIMA RIBEIRO
  • PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
  • PRISCILLA BARBOSA SALES DE ALBUQUERQUE
  • Data: 27/02/2024

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  • A artrite reumatoide (AR) é uma condição autoimune inflamatória crônica, caracterizada por intensa dor, inchaço e rigidez nas articulações. Essa patologia pode acometer qualquer articulação sinovial do corpo, em ambos os sexos. Além disso, o processo inflamatório desencadeado em pacientes com AR estar associado a múltiplos fatores, sendo um deles a microbiota intestinal (MI). A MI desempenha um papel crucial na regulação de processos metabólicos que contribuem para a homeostase e ações imunológicas do hospedeiro. Esse processo desempenhado pela MI, consiste na fermentação de componentes obtidos através da dieta, como os polissacarídeos. Nesse contexto, o objetivo do trabalho é avaliar a atividade anti-inflamatória do polissacarídeo sulfatado extraído da túnica de Styela plicata e sua modulação na microbiota intestinal. O extrato polissacarídico sulfatado (EPS) foi obtido da túnica de S. plicata por ciclos de desproteinização usando papaína e precipitação etanólica (95 %; 1:3 v/v) e purificado por cromatografia de troca iônica. As frações polissacarídicas obtidas (FI, FII e FIII) foram caracterizadas quimicamente quanto ao teor de carboidratos totais (CT), proteínas e sulfato (TS) e para a que apresentasse maior rendimento em extração e pureza seriam realizados os testes de atividade prebiótica in vitro e a atividade anti-inflamatória in vivo. Além disso, foi avaliado o perfil de segurança do EPS através de um teste de toxicidade in vivo, o qual não apresentou efeitos tóxicos (alterações hematológicas, bioquímicas e histopatológicas) nos camundongos tratados com doses de 2.000 mg/Kg. A atividade anti-inflamatória in vivo foi desenvolvida segundo um modelo de artrite agudo induzido por Adjuvante Completo de Freund (CFA) utilizando camundongos C57BL/6 e avaliada através de testes de hipernocicepção mecânica, quantificação de edema, dosagem de citocinas, modulação da microbiota intestinal e análise histopatológica. Após precipitação etanólica, o EPS apresentou um rendimento de 2,3%. As frações FI, FII e FII foram obtidas com rendimento de 6,75% (CT = 17,56%; TS = 6,30%), 9,05% (CT = 27,57%; TS = 5,40%) e 4,32% (CT = 20,91%; TS = 7,32%), respectivamente, e todas apresentaram traços de proteínas (< 1%). No ensaio da atividade prebiótica in vitro, a FII não foi utilizada como fonte de carbono para o crescimento de Lactobacillus rhamnosus e Bifidobacterium longum. No modelo anti-inflamatório in vivo, a administração oral diária de FII em doses de 10 mg/Kg e 100 mg/Kg, durante 14 dias, não apresentou efeitos sistêmicos adversos, e foi capaz de reduzir o edema de pata (10 e 30%, respectivamente) e aumentar significativamente o limiar de hipernocicepção dos animais em aproximadamente 80% a partir do sexto dia, quando comparados ao controle negativo. Na dose de 10 mg/Kg, FII foi capaz de aumentar a concentração da citocina anti-inflamatória IL-10 e reduzir a concentração de citocinas pró-inflamatórias IL-6, TNF-α, IFN-γ, IL-17A e IL-2, na pata artrítica, que pela análise histopatológica, apresentou redução de infiltrado inflamatório e região dorsal integra. Além disso, o tratamento com FII (10 e 100 mg/kg) modulou a microbiota intestinal dos animais, promovendo o crescimento de gêneros bacterianos associados à saúde e homeostase intestinal como Lactobacillus e Bifidobacterium. Pelos resultados apresentados, a FII apresentou um potencial efeito anti-inflamatório no tratamento de doenças agudas como a artrite, e cujo efeito pode estar associado à modulação da microbiota intestinal, sugerindo, assim, novas estratégias terapêuticas para patologias inflamatórias.


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  • A artrite reumatoide (AR) é uma condição autoimune inflamatória crônica, caracterizada por intensa dor, inchaço e rigidez nas articulações. Essa patologia pode acometer qualquer articulação sinovial do corpo, em ambos os sexos. Além disso, o processo inflamatório desencadeado em pacientes com AR estar associado a múltiplos fatores, sendo um deles a microbiota intestinal (MI). A MI desempenha um papel crucial na regulação de processos metabólicos que contribuem para a homeostase e ações imunológicas do hospedeiro. Esse processo desempenhado pela MI, consiste na fermentação de componentes obtidos através da dieta, como os polissacarídeos. Nesse contexto, o objetivo do trabalho é avaliar a atividade anti-inflamatória do polissacarídeo sulfatado extraído da túnica de Styela plicata e sua modulação na microbiota intestinal. O extrato polissacarídico sulfatado (EPS) foi obtido da túnica de S. plicata por ciclos de desproteinização usando papaína e precipitação etanólica (95 %; 1:3 v/v) e purificado por cromatografia de troca iônica. As frações polissacarídicas obtidas (FI, FII e FIII) foram caracterizadas quimicamente quanto ao teor de carboidratos totais (CT), proteínas e sulfato (TS) e para a que apresentasse maior rendimento em extração e pureza seriam realizados os testes de atividade prebiótica in vitro e a atividade anti-inflamatória in vivo. Além disso, foi avaliado o perfil de segurança do EPS através de um teste de toxicidade in vivo, o qual não apresentou efeitos tóxicos (alterações hematológicas, bioquímicas e histopatológicas) nos camundongos tratados com doses de 2.000 mg/Kg. A atividade anti-inflamatória in vivo foi desenvolvida segundo um modelo de artrite agudo induzido por Adjuvante Completo de Freund (CFA) utilizando camundongos C57BL/6 e avaliada através de testes de hipernocicepção mecânica, quantificação de edema, dosagem de citocinas, modulação da microbiota intestinal e análise histopatológica. Após precipitação etanólica, o EPS apresentou um rendimento de 2,3%. As frações FI, FII e FII foram obtidas com rendimento de 6,75% (CT = 17,56%; TS = 6,30%), 9,05% (CT = 27,57%; TS = 5,40%) e 4,32% (CT = 20,91%; TS = 7,32%), respectivamente, e todas apresentaram traços de proteínas (< 1%). No ensaio da atividade prebiótica in vitro, a FII não foi utilizada como fonte de carbono para o crescimento de Lactobacillus rhamnosus e Bifidobacterium longum. No modelo anti-inflamatório in vivo, a administração oral diária de FII em doses de 10 mg/Kg e 100 mg/Kg, durante 14 dias, não apresentou efeitos sistêmicos adversos, e foi capaz de reduzir o edema de pata (10 e 30%, respectivamente) e aumentar significativamente o limiar de hipernocicepção dos animais em aproximadamente 80% a partir do sexto dia, quando comparados ao controle negativo. Na dose de 10 mg/Kg, FII foi capaz de aumentar a concentração da citocina anti-inflamatória IL-10 e reduzir a concentração de citocinas pró-inflamatórias IL-6, TNF-α, IFN-γ, IL-17A e IL-2, na pata artrítica, que pela análise histopatológica, apresentou redução de infiltrado inflamatório e região dorsal integra. Além disso, o tratamento com FII (10 e 100 mg/kg) modulou a microbiota intestinal dos animais, promovendo o crescimento de gêneros bacterianos associados à saúde e homeostase intestinal como Lactobacillus e Bifidobacterium. Pelos resultados apresentados, a FII apresentou um potencial efeito anti-inflamatório no tratamento de doenças agudas como a artrite, e cujo efeito pode estar associado à modulação da microbiota intestinal, sugerindo, assim, novas estratégias terapêuticas para patologias inflamatórias.

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  • BRUNO RODRIGO ASSUNÇÃO
  • VARIAÇÕES DO NÚMERO DE CÓPIAS GÊNICAS E SUAS MUDANÇAS NA EXPRESSÃO GÊNICA EM VIAS MOLECULARES DA LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA

  • Orientador : LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILLA ALBERTINA DANTAS DE LIMA
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • SERGIO CROVELLA
  • Data: 27/02/2024

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  • As Variantes do Número de Cópias, identificadas com a sigla em inglês CNVs, são variação em segmentos de DNA caracterizados por ganho ou perda de material genético. Sua principal consequência está em perturbar os níveis dos produtos da expressão de genes afetados. Diferentes estudos demonstraram a correlação entre essas alterações e a expressão de RNA para diferentes doenças cancerígenas. Aqui demonstramos a correlação entre aquelas variantes e a expressão dos genes sobrepostos a estas na Leucemia Mielóide Aguda. Os quais participam de vias responsáveis pelo controle da transcrição, tradução, vantagem e sobrevivência celular. Os algoritmos computacionais utilizados nessa análise, escritos na linguagem de programação R, constituem a biblioteca denominada CNeEXp disponibilizada em .


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  • As Variantes do Número de Cópias, identificadas com a sigla em inglês CNVs, são variação em segmentos de DNA caracterizados por ganho ou perda de material genético. Sua principal consequência está em perturbar os níveis dos produtos da expressão de genes afetados. Diferentes estudos demonstraram a correlação entre essas alterações e a expressão de RNA para diferentes doenças cancerígenas. Aqui demonstramos a correlação entre aquelas variantes e a expressão dos genes sobrepostos a estas na Leucemia Mielóide Aguda. Os quais participam de vias responsáveis pelo controle da transcrição, tradução, vantagem e sobrevivência celular. Os algoritmos computacionais utilizados nessa análise, escritos na linguagem de programação R, constituem a biblioteca denominada CNeEXp disponibilizada em .

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  • FRANCIELLE MARIA DE ARAUJO BARBOSA
  • PAPILOMAVÍRUS HUMANO: DETECÇÃO MOLECULAR, IDENTIFICAÇÃO DE LESÕES CERVICAIS E AVALIAÇÃO DE MÉTODO DE COLETA GINECOLÓGICA

  • Orientador : DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRYA LUCIA PERES B. DE MEDEIROS
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • MARIA AMELIA CARLOS SOUTO MAIOR BORBA
  • Data: 28/02/2024

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  • Um bom cuidado ginecológico é vital para a saúde da mulher As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) estão entre as condições agudas mais incidentes, sendo a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) a mais comum em todo o mundo. Os HPVs de alto risco (hrHPVs) estão associados ao desenvolvimento de lesões cervicais e ao câncer do colo do útero (CCU). O método de rastreio do CCU com o exame de Papanicolaou é bem estabelecido, no entanto, apresenta desvantagens nas análises de resultados. A citologia em meio líquido foi introduzida como método alternativo à citologia convencional. A associação entre o HPV e câncer levou ao desenvolvimento de testes moleculares.Ao contrário da citologia que identifica as lesões, os testes moleculares detectam o DNA do HPV e permitem a genotipagem do vírus, sendo considerados também mais sensíveis. A adesão populacional é fundamental para o sucesso da implementação do rastreio do CCU. Existem várias razões pelas quais as mulheres participam da triagem. A autocoleta se mostra como opção para reduzir algumas barreiras e aumentar o número de participação das mulheres. Desta forma, o objetivo do trabalho foi determinar o perfil de prevalência dos genótipos de HPVs de alto risco, identificar os resultados citológicos e avaliar a aceitabilidade da autocoleta quanto a sua realização em uma população de triagem. Mulheres entre 25 e 64 anos foram recrutadas para participarem do rastreio do CCU em sete unidades de saúde na cidade de Recife.As unidades foram divididas em duas quanto a forma de coleta: a autocoleta e a coleta realizada por um profissional de saúde. Em todas as amostras foram realizados o teste de DNA-hrHPV e o exame citológico. Nas mulheres que realizaram a autocoleta , a citologia foi realizada de forma convencional enquanto que no outro grupo, a citologia em base líquida foi o método escolhido. Para as que realizaram a própria coleta foi questionado quanto a viabilidade de realização. No total, 959 mulheres aceitaram participar dos testes, 484 realizaram a própria coleta e 475 tiveram amostras coletadas por um profissional. Houve um total de 143 pacientes (15%) positivas para hrHPV. Dessas amostras, 95 (66,40%) foram caracterizadas como positivas para hrHPV. O HPV16 (16,80%) foi o segundo subtipo mais comum, seguido pelo HPV45 (7%) e pelo HPV18 (3,50%). Os resultados citológicos mostraram uma participante com adenocarcinoma invasivo e uma com carcinoma escamoso.No total, 82,79% apresentaram citológico sem alterações malignas, no entanto, 9,20% dessas apresentaram positividade para algum tipo de hrHPV. As alterações citológicas mais frequentes foram as lesões de alto grau (4,38%) ASC-H (2,60%), ASCUS (2,50%), seguidas de lesões de baixo grau (1,46%). Das mulheres que realizaram a autocoleta, 280/484 responderam quanto à viabilidade do método e 87,15% afirmaram que o teste é fácil de realizar. A sensibilidade do teste molecular permite uma atenção maior à mulher antes dela apresentar algum sintoma, isso é importante para os programas de saúde voltados para a mulher. A identificação dos genótipos mais frequentes na população permite um planejamento adequado quanto ao programa de vacinação. Nosso trabalho mostra uma maior frequência de resultados positivos para hrHPV, sem especifidades quanto aos genótipos seguido do HPV16, HPV45 E HPV18, que também são frequentes em todo o mundo. Além disso, a autocoleta se mostra como uma boa alternativa de método de coleta, quanto a realização e resultados.


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  • Um bom cuidado ginecológico é vital para a saúde da mulher As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) estão entre as condições agudas mais incidentes, sendo a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) a mais comum em todo o mundo. Os HPVs de alto risco (hrHPVs) estão associados ao desenvolvimento de lesões cervicais e ao câncer do colo do útero (CCU). O método de rastreio do CCU com o exame de Papanicolaou é bem estabelecido, no entanto, apresenta desvantagens nas análises de resultados. A citologia em meio líquido foi introduzida como método alternativo à citologia convencional. A associação entre o HPV e câncer levou ao desenvolvimento de testes moleculares.Ao contrário da citologia que identifica as lesões, os testes moleculares detectam o DNA do HPV e permitem a genotipagem do vírus, sendo considerados também mais sensíveis. A adesão populacional é fundamental para o sucesso da implementação do rastreio do CCU. Existem várias razões pelas quais as mulheres participam da triagem. A autocoleta se mostra como opção para reduzir algumas barreiras e aumentar o número de participação das mulheres. Desta forma, o objetivo do trabalho foi determinar o perfil de prevalência dos genótipos de HPVs de alto risco, identificar os resultados citológicos e avaliar a aceitabilidade da autocoleta quanto a sua realização em uma população de triagem. Mulheres entre 25 e 64 anos foram recrutadas para participarem do rastreio do CCU em sete unidades de saúde na cidade de Recife.As unidades foram divididas em duas quanto a forma de coleta: a autocoleta e a coleta realizada por um profissional de saúde. Em todas as amostras foram realizados o teste de DNA-hrHPV e o exame citológico. Nas mulheres que realizaram a autocoleta , a citologia foi realizada de forma convencional enquanto que no outro grupo, a citologia em base líquida foi o método escolhido. Para as que realizaram a própria coleta foi questionado quanto a viabilidade de realização. No total, 959 mulheres aceitaram participar dos testes, 484 realizaram a própria coleta e 475 tiveram amostras coletadas por um profissional. Houve um total de 143 pacientes (15%) positivas para hrHPV. Dessas amostras, 95 (66,40%) foram caracterizadas como positivas para hrHPV. O HPV16 (16,80%) foi o segundo subtipo mais comum, seguido pelo HPV45 (7%) e pelo HPV18 (3,50%). Os resultados citológicos mostraram uma participante com adenocarcinoma invasivo e uma com carcinoma escamoso.No total, 82,79% apresentaram citológico sem alterações malignas, no entanto, 9,20% dessas apresentaram positividade para algum tipo de hrHPV. As alterações citológicas mais frequentes foram as lesões de alto grau (4,38%) ASC-H (2,60%), ASCUS (2,50%), seguidas de lesões de baixo grau (1,46%). Das mulheres que realizaram a autocoleta, 280/484 responderam quanto à viabilidade do método e 87,15% afirmaram que o teste é fácil de realizar. A sensibilidade do teste molecular permite uma atenção maior à mulher antes dela apresentar algum sintoma, isso é importante para os programas de saúde voltados para a mulher. A identificação dos genótipos mais frequentes na população permite um planejamento adequado quanto ao programa de vacinação. Nosso trabalho mostra uma maior frequência de resultados positivos para hrHPV, sem especifidades quanto aos genótipos seguido do HPV16, HPV45 E HPV18, que também são frequentes em todo o mundo. Além disso, a autocoleta se mostra como uma boa alternativa de método de coleta, quanto a realização e resultados.

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  • DÉBORA DANTAS NUCCI CERQUEIRA
  • Análise da autofagia e perfil imunológico de pacientes infectados pelo Mycobacterium lepra com reações Hansênicas
  • Orientador : FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MICHELLE CHRISTIANE DA S. RABELLO
  • Data: 28/02/2024

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  • O Mycobacterium leprae é um patógeno intracelular obrigatório, conhecido por causar hanseníase, uma doença crônica que representa um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Durante a doença, os pacientes estão sujeitos a ocorrência de reações hansênicas, condições de exacerbação da resposta inflamatória localizada ou sistêmica, que são classificadas em tipo 1 (RT1) ou 2 (RT2). Essas complicações imunológicas representam a principal causa de lesões nervosas irreversíveis e deformidades anatômicas relacionadas à hanseníase. A xenofagia é um tipo de autofagia seletiva relacionada com a identificação e remoção de bactérias, a inibição da autofagia de macrófagos e uma forte resposta imune anti-inflamatória levam a persistência de M. leprae no hospedeiro e mau prognóstico da doença. Porém, existem poucos estudos relacionando o processo autofágico com os episódios reacionais. O objetivo do estudo foi analisar o papel da autofagia em linfócitos, monócitos e neutrófilos derivados de pacientes com reações do tipo 1 e 2 do município de Caruaru/PE. Os pacientes foram recrutados nos Serviços de Referência para Hanseníase do município de Caruaru (NCV/CAA/UFPE) e do Hospital das Clínicas (UFPE), com projeto aprovado no comitê de ética humana parecer: 4.962.188. Para cada paciente foi solicitada a coleta de 12mL de sangue que foi utilizado para isolamento de linfócitos, monócitos e neutrófilos através de centrifugação por gradiente de densidade. Após isolamento as células foram processadas e marcadas para identificação dos linfócitos (anti-CD45 e anti-CD3), monócitos (anti-CD45 e anti-CD14) e neutrófilos (anti-CD45, anti-CD15, anti-CD14, anti-CD16 e anti-CD166b), quanto para análise de moléculas relacionadas ao processo autofágico: anti-Caspase-1, anti-LC3B, anti-CD163 e anti- LAMP-1 através da citometria de fluxo. Foram confeccionadas lâminas, que foram submetidas a marcação por imunofluorescência utilizando o anticorpo primário anti-Caspase-1. A intensidade da imunofluorescência foi determinada pelo programa de imagem GIMP e as análises estatísticas foram feitas através do PRISM. As análises por citometria de fluxo mostraram uma maior expressão de caspase-1 e LAMP1 em linfócitos TCD4+ de pacientes com RT2, enquanto que os níveis de LC3B foram maiores em pacientes com RT1. Nos linfócitos TCD8+, a expressão de caspase-1 e LC3B foi maior nos pacientes com RT1, enquanto que os níveis de LAMP-1 foram maiores em pacientes reacionais quando comparados aos pacientes com hanseníase. Nos monócitos, os níveis de LC3B e LAMP-1 foram maiores nas reações, porém os a caspase-1 encontrava-se mais expressa nas RT2. As análises de imunofluorescência também demonstraram um aumento da expressão de caspase-1 nas RT2. O LC3B juntamente com o LAMP-1 são marcadores que podem indicar o fluxo autofágico, dessa forma os resultados obtidos sugerem que nos linfócitos de pacientes com RT2 pode estar ocorrendo um bloqueio da via autofágica, na etapa de formação do autofagossomo, que leva à exacerbação do processo inflamatório e a persistência dos quadros reacionais. Enquanto que nos monócitos, o bloqueio pode estar relacionado a etapa de fusão do autofagossomo com o lisossomo, evidenciado pelo aumento dos níveis de LC3B e LAMP-1, provavelmente um mecanismo de escape do M. leprae como forma de permanecer no hospedeiro.
     

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  • O Mycobacterium leprae é um patógeno intracelular obrigatório, conhecido por causar hanseníase, uma doença crônica que representa um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Durante a doença, os pacientes estão sujeitos a ocorrência de reações hansênicas, condições de exacerbação da resposta inflamatória localizada ou sistêmica, que são classificadas em tipo 1 (RT1) ou 2 (RT2). Essas complicações imunológicas representam a principal causa de lesões nervosas irreversíveis e deformidades anatômicas relacionadas à hanseníase. A xenofagia é um tipo de autofagia seletiva relacionada com a identificação e remoção de bactérias, a inibição da autofagia de macrófagos e uma forte resposta imune anti-inflamatória levam a persistência de M. leprae no hospedeiro e mau prognóstico da doença. Porém, existem poucos estudos relacionando o processo autofágico com os episódios reacionais. O objetivo do estudo foi analisar o papel da autofagia em linfócitos, monócitos e neutrófilos derivados de pacientes com reações do tipo 1 e 2 do município de Caruaru/PE. Os pacientes foram recrutados nos Serviços de Referência para Hanseníase do município de Caruaru (NCV/CAA/UFPE) e do Hospital das Clínicas (UFPE), com projeto aprovado no comitê de ética humana parecer: 4.962.188. Para cada paciente foi solicitada a coleta de 12mL de sangue que foi utilizado para isolamento de linfócitos, monócitos e neutrófilos através de centrifugação por gradiente de densidade. Após isolamento as células foram processadas e marcadas para identificação dos linfócitos (anti-CD45 e anti-CD3), monócitos (anti-CD45 e anti-CD14) e neutrófilos (anti-CD45, anti-CD15, anti-CD14, anti-CD16 e anti-CD166b), quanto para análise de moléculas relacionadas ao processo autofágico: anti-Caspase-1, anti-LC3B, anti-CD163 e anti- LAMP-1 através da citometria de fluxo. Foram confeccionadas lâminas, que foram submetidas a marcação por imunofluorescência utilizando o anticorpo primário anti-Caspase-1. A intensidade da imunofluorescência foi determinada pelo programa de imagem GIMP e as análises estatísticas foram feitas através do PRISM. As análises por citometria de fluxo mostraram uma maior expressão de caspase-1 e LAMP1 em linfócitos TCD4+ de pacientes com RT2, enquanto que os níveis de LC3B foram maiores em pacientes com RT1. Nos linfócitos TCD8+, a expressão de caspase-1 e LC3B foi maior nos pacientes com RT1, enquanto que os níveis de LAMP-1 foram maiores em pacientes reacionais quando comparados aos pacientes com hanseníase. Nos monócitos, os níveis de LC3B e LAMP-1 foram maiores nas reações, porém os a caspase-1 encontrava-se mais expressa nas RT2. As análises de imunofluorescência também demonstraram um aumento da expressão de caspase-1 nas RT2. O LC3B juntamente com o LAMP-1 são marcadores que podem indicar o fluxo autofágico, dessa forma os resultados obtidos sugerem que nos linfócitos de pacientes com RT2 pode estar ocorrendo um bloqueio da via autofágica, na etapa de formação do autofagossomo, que leva à exacerbação do processo inflamatório e a persistência dos quadros reacionais. Enquanto que nos monócitos, o bloqueio pode estar relacionado a etapa de fusão do autofagossomo com o lisossomo, evidenciado pelo aumento dos níveis de LC3B e LAMP-1, provavelmente um mecanismo de escape do M. leprae como forma de permanecer no hospedeiro.
     
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  • JULIANA HILDA DE ALBUQUERQUE GOMES
  • Perfil dos marcadores bioquímicos em mulheres com Lúpus Eritematoso Sistêmico incluídas na coorte ReumaCov-Brasil

  • Orientador : DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • HENRIQUE DE ATAIDE MARIZ
  • Data: 10/04/2024

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  • O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença reumatológica imuno-mediada (DRMI), crônica, que
    acomete severamente múltiplos sítios como, articulações, tecidos e órgãos, tendo influência de fatores
    ambientais, genéticos, hormonais, medicamentosos, infecções e exposição solar. É ocasionada a partir
    da ativação de células B e T auto reativas. Por ser uma doença sistêmica, o LES acarreta diversas
    comorbidades secundárias, como obesidade, doenças cardiovasculares, hepáticas, renais, neurológicas,
    hematológicas, dentre outras. Atualmente, estima-se que cerca de 3,41 milhões de pessoas,
    mundialmente, possuem LES, com maior acometimento em mulheres na idade reprodutiva. Apesar das
    estimativas atuais, não se tem dados fidedignos da população epidemiológica do LES, tanto a nível
    nacional quanto mundial. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo principal analisar o perfil
    epidemiológico e bioquímico de pacientes do sexo feminino com lúpus eritematoso sistêmico no Brasil,
    entre os anos de 2020 e 2022, através da caracterização por regiões, etnia, idade e COVID-19. Através
    do quantitativo de 215 pacientes do sexo feminino com LES, constatou-se que a região com a maior
    população feminina com LES é a Sudeste (44,19%). Pelos dados do estudo, no Brasil, observou-se que a
    população de maior prevalência étnica em pacientes femininos com LES são as Pardas (48,84%),
    seguido das Brancas (38,6%) e Pretas (11,63%). Apesar de não haver relevância estatística, observou-se
    que os parâmetros bioquímicos com maiores alterações foram o gama-glutamil transferase (GGT) e o
    Colesterol Total em Pardas, Brancas e Pretas. O COVID-19 agravando assim as comorbidades dos
    pacientes com LES. Por conta disso, realizou-se o mapeamento dos pacientes femininos com LES e
    COVID-19 através das alterações bioquímicas, no qual observou-se uma hipoalbuminemia
    correlacionada ao COVID-19. Na avaliação étnica, houve o aumento na produção de Bilirrubina Total em
    pacientes femininos com LES e COVID-19 de etnia Preta, já na etnia Branca, houve um déficit na
    produção de Albumina e Proteínas Totais, e um aumento na Uréia, Alanina-aminotransferase (ALT/TGP)
    e a Correlação entre Uréia e Creatinina (U/C), podendo ter sido agravado pelo COVID-19. Na faixa etária,
    houve relevância estatística entre as idades de 20 a 39 anos, que apresentaram Hipoalbuminemia,
    Hipocalcemia, aumento exacerbado dos Triglicerídeos e na Correlação entre Albumina e Globulina
    (A/C). Tais marcadores bioquímicos, apesar de não serem específicos, têm sido utilizados no
    diagnóstico, prognóstico e tratamento do LES. Vale ressaltar que o presente estudo demonstra a falta
    de dados precisos sobre incidência e prevalência do LES, e vem a contribuir para um mapeamento sobre
    a caracterização da população feminina com LES no Brasil.


Teses
1
  • JEAN MOISÉS FERREIRA
  • REVISÃO SISTEMÁTICA, META-ANÁLISE E ANÁLISES EXPLORATÓRIAS SOBRE A INFLUÊNCIA DE VARIAÇÕES EM GENES DE QUIMIOCINAS E SEUS RECEPTORES NO DESENVOLVIMENTO DA FORMA CARDÍACA EM PACIENTES INFECTADOS PELO TRYPANOSOMA CRUZI
  • Orientador : JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DO CARMO PIMENTEL BATITUCCI
  • CARLOS ALBERTO DE CARVALHO FRAGA
  • JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • MARCIO BEZERRA SANTOS
  • WILSON NADRUZ JUNIOR
  • Data: 23/01/2024

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  • A doença de Chagas (DC) é uma enfermidade negligenciada, que afeta milhões de pacientes em todo o mundo, desencadeando milhares de mortes por ano. Muitas investigações têm associado a genética do paciente com a infecção e a evolução da DC. Há muito informação disponível na literatura sobre o papel das variantes genéticas e o desfecho da DC. Entre os genes ligados à imunidade já analisados, destacam-se as quimiocinas e seus receptores, como o CCR5 humano, pelo seu papel funcional em processos imunológicos que pode ser influenciado por polimorfismos genéticos. Entretanto, os estudos apresentam resultados inconclusivos ou contraditórios sobre essas variantes, principalmente as do CCR5. Nosso trabalho objetivou realizar uma revisão sistemática para condensar as informações da literatura sobre a relação da DC e as variantes genéticas de quimiocinas e seus receptores e estimar a influência dessas variantes através de análises exploratórias. Nossa estratégia de busca baseada em PICOS foi usada para eleger os retornos nas bases de dados Periódicos CAPES, SciELO, PubMed, ScienceDirect, Web of Science e Scopus. A análise de qualidade dos artigos inclusos foi realizada usando o STREGA checklist. Uma meta-análise foi conduzida, juntamente às análises de componentes principais (PCA) para estimar as relações das variantes do CCR5 humano e a DC. A heterogeneidade dos grupos foi avaliada através da inspeção dos gráficos do tipo funnel plot gerados. Os polimorfismos encontrados foram analisados pela ferramenta SNP2TFBS para identificar possíveis variantes que influenciam a interação com sítios de ligação do gene. Também utilizamos a ferramenta GTEx, associadas à base de dados de expressão genética. A revisão foi submetida à plataforma PROSPERO. Nossos resultados identificaram onze polimorfismos estudados pertencentes ao CCR5 (rs2856758, rs2734648, rs1799987, rs1799988, rs41469351, rs1800023, rs1800024, Δ32/rs333, rs3176763, rs3087253 e rs11575815) analisados em onze diferentes trabalhos, além de 14 diferentes polimorfismos em genes de quimiocinas (CCL2, CCL4, CCL5, CCL17, CCL19, CXCL8, CXCL9, CXCL10 e CXCR3), e de outros receptores (CCR1 e CCR2). Os trabalhos foram performados na Argentina, Brasil, Espanha, Colômbia e Venezuela, incluindo pacientes Argentinos, Brasileiros, Colombianos, Peruanos e Venezuelanos, publicados entre 2001-2019. Dos SNPs pertencentes ao CCR5 humano, oito foram passíveis de meta-análise, dos quais foram associados ao desenvolvimento da forma cardíaca da DC rs1799987 (G/G e G/A, modelo dominante e G/G no modelo recessivo), rs2856758 (A/G em codominância), rs2734648 (T/T e T/G no modelo dominante), rs1799988 (T/T tanto em codominância como em recessividade), rs1800023 (alelo G, o genótipo G/G nos modelos de codominância e recessividade, o G/G e G/A no dominante) e rs1800024 (alelo T) em diferentes comparações. As análises de PCA foram capazes de indicar as relações entre os alelos e os genótipos dos polimorfismos em cada grupo comparação. A SNP2TFBS identificou o rs1800023 como influenciador do fator de transcrição Spi1. Uma correlação foi estabelecida entre o os alelos associados à forma cardíaca da DC nesta revisão, integrantes do haplótipo C do gene CCR5 (HHC-TGTG) e a forma cardíaca da DC. Em relação aos outros genes, três SNPs foram meta-analisados, e apesar de nenhuma associação ter sido encontrada entre o rs1799864 (CCR2), foram associados à forma cardíaca da DC os SNPs rs1024611 (CCL2, genótipo G/G no modelo de recessividade) e rs2107538 (CCL5, alelo T, o genótipo C/T no modelo de codominância e os carreadores T no modelo de dominância). O banco de dados GTEx indicou que as variantes rs1024611 (CCL2) e rs2107538 (CCL5) associadas à forma cardíaca são também responsáveis pelo quantitativo mais alto de transcrição dos respectivos genes. A ferramenta SNP2TFBS identificou quatro SNPs capazes de influenciarem fatores de transcrição: O SNP rs3136672 (CCR1) e o SNP rs2280964 (CXCR3), além dos já citados SNPs rs1024611 (CCL2) e rs2107538 (CCL5). Em suma, foi hipotetizado que o volume de mRNA influenciado pelos genótipos G/G do SNP rs1024611 do CCL2, e C/T e T/T do SNP rs2107538 do CCL5 são consequentemente expressos, provocando um recrutamento exacerbado de células com capacidades inflamatórias, e que isto, a longo prazo, permite o dano cardíaco.


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  • A doença de Chagas (DC) é uma enfermidade negligenciada, que afeta milhões de pacientes em todo o mundo, desencadeando milhares de mortes por ano. Muitas investigações têm associado a genética do paciente com a infecção e a evolução da DC. Há muito informação disponível na literatura sobre o papel das variantes genéticas e o desfecho da DC. Entre os genes ligados à imunidade já analisados, destacam-se as quimiocinas e seus receptores, como o CCR5 humano, pelo seu papel funcional em processos imunológicos que pode ser influenciado por polimorfismos genéticos. Entretanto, os estudos apresentam resultados inconclusivos ou contraditórios sobre essas variantes, principalmente as do CCR5. Nosso trabalho objetivou realizar uma revisão sistemática para condensar as informações da literatura sobre a relação da DC e as variantes genéticas de quimiocinas e seus receptores e estimar a influência dessas variantes através de análises exploratórias. Nossa estratégia de busca baseada em PICOS foi usada para eleger os retornos nas bases de dados Periódicos CAPES, SciELO, PubMed, ScienceDirect, Web of Science e Scopus. A análise de qualidade dos artigos inclusos foi realizada usando o STREGA checklist. Uma meta-análise foi conduzida, juntamente às análises de componentes principais (PCA) para estimar as relações das variantes do CCR5 humano e a DC. A heterogeneidade dos grupos foi avaliada através da inspeção dos gráficos do tipo funnel plot gerados. Os polimorfismos encontrados foram analisados pela ferramenta SNP2TFBS para identificar possíveis variantes que influenciam a interação com sítios de ligação do gene. Também utilizamos a ferramenta GTEx, associadas à base de dados de expressão genética. A revisão foi submetida à plataforma PROSPERO. Nossos resultados identificaram onze polimorfismos estudados pertencentes ao CCR5 (rs2856758, rs2734648, rs1799987, rs1799988, rs41469351, rs1800023, rs1800024, Δ32/rs333, rs3176763, rs3087253 e rs11575815) analisados em onze diferentes trabalhos, além de 14 diferentes polimorfismos em genes de quimiocinas (CCL2, CCL4, CCL5, CCL17, CCL19, CXCL8, CXCL9, CXCL10 e CXCR3), e de outros receptores (CCR1 e CCR2). Os trabalhos foram performados na Argentina, Brasil, Espanha, Colômbia e Venezuela, incluindo pacientes Argentinos, Brasileiros, Colombianos, Peruanos e Venezuelanos, publicados entre 2001-2019. Dos SNPs pertencentes ao CCR5 humano, oito foram passíveis de meta-análise, dos quais foram associados ao desenvolvimento da forma cardíaca da DC rs1799987 (G/G e G/A, modelo dominante e G/G no modelo recessivo), rs2856758 (A/G em codominância), rs2734648 (T/T e T/G no modelo dominante), rs1799988 (T/T tanto em codominância como em recessividade), rs1800023 (alelo G, o genótipo G/G nos modelos de codominância e recessividade, o G/G e G/A no dominante) e rs1800024 (alelo T) em diferentes comparações. As análises de PCA foram capazes de indicar as relações entre os alelos e os genótipos dos polimorfismos em cada grupo comparação. A SNP2TFBS identificou o rs1800023 como influenciador do fator de transcrição Spi1. Uma correlação foi estabelecida entre o os alelos associados à forma cardíaca da DC nesta revisão, integrantes do haplótipo C do gene CCR5 (HHC-TGTG) e a forma cardíaca da DC. Em relação aos outros genes, três SNPs foram meta-analisados, e apesar de nenhuma associação ter sido encontrada entre o rs1799864 (CCR2), foram associados à forma cardíaca da DC os SNPs rs1024611 (CCL2, genótipo G/G no modelo de recessividade) e rs2107538 (CCL5, alelo T, o genótipo C/T no modelo de codominância e os carreadores T no modelo de dominância). O banco de dados GTEx indicou que as variantes rs1024611 (CCL2) e rs2107538 (CCL5) associadas à forma cardíaca são também responsáveis pelo quantitativo mais alto de transcrição dos respectivos genes. A ferramenta SNP2TFBS identificou quatro SNPs capazes de influenciarem fatores de transcrição: O SNP rs3136672 (CCR1) e o SNP rs2280964 (CXCR3), além dos já citados SNPs rs1024611 (CCL2) e rs2107538 (CCL5). Em suma, foi hipotetizado que o volume de mRNA influenciado pelos genótipos G/G do SNP rs1024611 do CCL2, e C/T e T/T do SNP rs2107538 do CCL5 são consequentemente expressos, provocando um recrutamento exacerbado de células com capacidades inflamatórias, e que isto, a longo prazo, permite o dano cardíaco.

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  • FRANCISCO DE ASSIS VAZ GUIMARÃES FILHO
  • ANÁLISE MORFOMÉTRICA DA FOSSA CRANIANA POSTERIOR PARA APLICAÇÃO DA ABORDAGEM CIRÚRGICA TRANSPETROSA RETROLABIRÍNTICA: UM ESTUDO RADIOANATÔMICO
  • Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRÉ LUIZ BEER FURLAN
  • CLAUDIO HENRIQUE FERNANDES VIDAL
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • MARIANA DE CARVALHO LEAL GOUVEIA
  • SAMUEL TAU ZYMBERG
  • Data: 28/02/2024

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  • Extenso conhecimento da anatomia microneurocirúrgica locorregional é necessário para a execução do tratamento cirúrgico de doenças que acometem a região da fossa craniana posterior. Dentre as várias abordagens cirúrgicas, as transpetrosas retrolabirínticas são realizadas através da remoção progressiva de segmentos da porção petrosa do osso temporal e preservação da integridade dos canais semicirculares. O triângulo de Trautmann, região delimitada pelo seio sigmóide, seio petroso superior, canal semicircular posterior e bulbo da veia jugular é a que permite, após confecção da abordagem, acesso direto à fossa craniana posterior. Entretanto, esta área de exposição é extremamente variável e parece depender de vários fatores sendo um deles a altura do bulbo da veia jugular. O objetivo deste estudo, executado a partir da análise de 75 exames de angiotomografia cerebral, foi o de identificar aqueles fatores que poderiam configurar uma situação anatômica mais desafiadora devido áreas de exposição cirúrgica potencialmente reduzidas. Foram observadas grandes variações tanto quanto à área de exposição estimada do triângulo de Trautmann (553%) quanto à altura do bulbo da veia jugular (234%). Distâncias menores entre o seio sigmóide e o canal semicircular posterior e bulbos jugulares altos foram fortemente associados a menores áreas de exposição assim como seios sigmóídes dominantes e posicionados lateralmente e um menor grau de pneumatização das células mastóideas foram associados a condições radioanatômicas potencialmente desfavoráveis para a realização das abordagens retrolabirínticas. Seios sigmóídes posicionados lateralmente também foram associados a um menor ângulo de ataque ao meato acústico interno. Declives petrosos e ângulos petroclivais mais obtusos foram associados a menores áreas petroclivais e uma menor profundidade clival. Estas informações trazem conhecimento adicional no intuito de auxiliar neurocirurgiões e otorrinolaringologistas, envolvidos com este tipo de cirurgia, a realizarem procedimentos mais seguros e eficientes a partir de um planejamento pré-operatório radioanatômico mais robusto e sistematizado.

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  • Extenso conhecimento da anatomia microneurocirúrgica locorregional é necessário para a execução do tratamento cirúrgico de doenças que acometem a região da fossa craniana posterior. Dentre as várias abordagens cirúrgicas, as transpetrosas retrolabirínticas são realizadas através da remoção progressiva de segmentos da porção petrosa do osso temporal e preservação da integridade dos canais semicirculares. O triângulo de Trautmann, região delimitada pelo seio sigmóide, seio petroso superior, canal semicircular posterior e bulbo da veia jugular é a que permite, após confecção da abordagem, acesso direto à fossa craniana posterior. Entretanto, esta área de exposição é extremamente variável e parece depender de vários fatores sendo um deles a altura do bulbo da veia jugular. O objetivo deste estudo, executado a partir da análise de 75 exames de angiotomografia cerebral, foi o de identificar aqueles fatores que poderiam configurar uma situação anatômica mais desafiadora devido áreas de exposição cirúrgica potencialmente reduzidas. Foram observadas grandes variações tanto quanto à área de exposição estimada do triângulo de Trautmann (553%) quanto à altura do bulbo da veia jugular (234%). Distâncias menores entre o seio sigmóide e o canal semicircular posterior e bulbos jugulares altos foram fortemente associados a menores áreas de exposição assim como seios sigmóídes dominantes e posicionados lateralmente e um menor grau de pneumatização das células mastóideas foram associados a condições radioanatômicas potencialmente desfavoráveis para a realização das abordagens retrolabirínticas. Seios sigmóídes posicionados lateralmente também foram associados a um menor ângulo de ataque ao meato acústico interno. Declives petrosos e ângulos petroclivais mais obtusos foram associados a menores áreas petroclivais e uma menor profundidade clival. Estas informações trazem conhecimento adicional no intuito de auxiliar neurocirurgiões e otorrinolaringologistas, envolvidos com este tipo de cirurgia, a realizarem procedimentos mais seguros e eficientes a partir de um planejamento pré-operatório radioanatômico mais robusto e sistematizado.
     
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  • CAROLINA PAIM GOMES DE FREITAS
  • Dispositivo de Triagem de Cardiopatias Congênitas em Recém-Nascidos
  • Orientador : SANDRA DA SILVA MATTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABIO DE LIMA HEDAYIOGLU
  • FELIPE ALVES MOURATO
  • JONES OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • SANDRA DA SILVA MATTOS
  • Data: 29/02/2024

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  • Fundamentos: A oximetria de pulso arterial foi descrita como um método de triagem para cardiopatias congênitas críticas. A triagem de RN para CC por OPA chega como uma adição de competência para a enfermagem, o que leva a um aumento na carga de trabalho, com uma demanda de tempo para utilizar vários equipamentos num único paciente: oximetria em membro superior direito, oximetria em membro inferior, estetoscópio eletrônico, etc, com objetivo de concluir uma etapa da triagem, e isso se repete dezenas de vezes por dia.. Uma única ferramenta capaz de suprir todos os equipamentos para triagem reduziria o tempo de exame por paciente, além de aumentar a confiabilidade do teste, já que se utilizaria das mesmas condições de temperatura e perfusão do paciente.Objetivo: Produzir e funcionalizar dispositivo para triagem neonatal de cardiopatias congênitas que disponha de oximetria simultânea de membros superiores e inferiores com Pletismografia num único equipamentoMetodologia: modelamento de um sistema de software de processamento de sinais pletismográficos, o que possibilitará análises sobrepostas de curvas pletismográfica para avaliação de pulsos simultâneas dos pacientes e também, a obtenção simultânea das mensurações de oximetria do membro superior direito e de um dos membros inferiores, testagem comparada ao método tradicional.

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  • Fundamentos: A oximetria de pulso arterial foi descrita como um método de triagem para cardiopatias congênitas críticas. A triagem de RN para CC por OPA chega como uma adição de competência para a enfermagem, o que leva a um aumento na carga de trabalho, com uma demanda de tempo para utilizar vários equipamentos num único paciente: oximetria em membro superior direito, oximetria em membro inferior, estetoscópio eletrônico, etc, com objetivo de concluir uma etapa da triagem, e isso se repete dezenas de vezes por dia.. Uma única ferramenta capaz de suprir todos os equipamentos para triagem reduziria o tempo de exame por paciente, além de aumentar a confiabilidade do teste, já que se utilizaria das mesmas condições de temperatura e perfusão do paciente.Objetivo: Produzir e funcionalizar dispositivo para triagem neonatal de cardiopatias congênitas que disponha de oximetria simultânea de membros superiores e inferiores com Pletismografia num único equipamentoMetodologia: modelamento de um sistema de software de processamento de sinais pletismográficos, o que possibilitará análises sobrepostas de curvas pletismográfica para avaliação de pulsos simultâneas dos pacientes e também, a obtenção simultânea das mensurações de oximetria do membro superior direito e de um dos membros inferiores, testagem comparada ao método tradicional.

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  • MAINE VIRGINIA ALVES CONFESSOR
  • Desenvolvimento e avaliação da atividade antibacteriana de nanoemulsão de óleo de oliva contendo curcumina

  • Orientador : ISABELLA MACARIO FERRO CAVALCANTI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELQUIO ELEAMEN OLIVEIRA
  • ISABELLA MACARIO FERRO CAVALCANTI
  • LUÍS ANDRÉ DE ALMEIDA CAMPOS
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • ULRICH VASCONCELOS DA ROCHA GOMES
  • Data: 13/03/2024

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  • A resistência aos antimicrobianos é um problema grave, que implica em elevada taxa de morbimortalidade. Alternativas aos antibióticos convencionais devem ser ações prioritárias da ciencia. A Curcuma longa L, conhecida popularmente como curcuma, turmeric ou açafrão, apresenta potencial medicinal antimicrobiano validado. Entretanto, os curcuminoides, incluíndo a curcumina – principal fitoconstituinte, são hidrofóbicos, fotossensíveis e apresentam dificuldade em transpor a membrana plasmática. A nanotecnologia e suas ferramentas de otimização da entrega de substâncias bioativas, são extensivamente estudadas para contrapor essas características de baixa biodisponibilidade, destacando-se as nanoemulsões (NEs). Esses sistemas apresentam alta eficiência de carregamento, maior superficie de contato, estabilidade de diluição e podem ser usadas para melhorar a eficácia terapêutica e reduzir efeitos tóxicos, além de aumentar a solubilidade dos bioativos. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver, caracterizar e avaliar a atividade antibacteriana e antibiofilme de duas NEs contendo 500µg/mL de curcumina de Curcuma longa (CUR). As NEs foram preparadas pelo método de emulsificação espontânea seguida de sonicação e a formulação foi delineada tendo em observância os valores de EHL dos tensoativos e do óleo. Assim, as NEs foram produzidas com aquecimento, utilizando-se de azeite (5%) e dos surfactantes Tween 80 (5%) e Span 80 (2,5%), água q.b. 100mL. As NEs permaneceram estáveis por 120 dias. A NE-2-CUR apresentou Ø de 165,40 ± 2,56 nm, PDI de 0,254, ζ de -33,20 ± 1,35mV, pH de 6,49 e Eficiência de Encapsulação (EE) de 99%. A NE-4-CUR apresentou Ø de 105,70 ± 4,13nm, PDI de 0,459, ζ de -32,10 ± 1,45mV, pH de 6,40 e EE de 99,29%. A caracterização estrutural foi realizada por DRX e FTIR, a caracterização térmica por DSC e TG e a caracterização morfológica por MEV, sugerindo que não há alteração significativa no CUR presente nos NEs e que elas permanecem estáveis. A CIM foi realizada pelo método de microdiluição em caldo para bactérias gram-positivas e gram-negativas (Acinetobacter baumannii ATCC 19606, Escherichia coli ATCC 13846, Escherichia coli ATCC 25922, Escherichia coli H10406, Enterococcus faecalis ATCC 29212, Klebsiella pneumoniae ATCC 13883, Klebsiella pneumoniae ATCC 700603, Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853, Staphylococcus aureus ATCC 25923, Staphylococcus aureus ATCC 33591), além de isolados clínicos de K. pneumoniae resistentes a antibióticos e produtores de biofilme e bomba de efluxo. As NEs apresentaram em sua maioria perfil bacteriostático. A CIM variou entre 125 e 250µg/mL. As bactérias mais sensíveis foram S. aureus e E. faecalis, para as quais NE-2- CUR apresentou CIM de 125µg/mL. A interação entre NEs e ceftazidima (CAZ) também foi avaliada contra os isolados clínicos resistentes de K. pneumoniae usando o método Checkerboard. NE-2-CUR e NE-4-CUR apresentaram perfil sinérgico ou aditivo, de modo que houve redução nas CIMs daCAZ entre 256 vezes (K26-A2) e 2 vezes (K29-A2). Além disso, as NEs inibiram a formação de biofilmes desses isolados. As NEs apresentaram MBIC variando de 15,625 a 250µg/mL. Assim, As NEs apresentaram características físico-químicas adequadas para futuros ensaios clínicos, potencializando a atividade antibacteriana e antibiofilme do CAZ, tornando-se assim uma estratégia promissora para o tratamento de infecções bacterianas causadas por K. pneumoniae multirresistente.


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  • A resistência aos antimicrobianos é um problema grave, que implica em elevada taxa de morbi-mortalidade. Alternativas aos antibióticos convencionais devem ser ações prioritárias da ciencia. A Curcuma longa L, conhecida popularmente como curcuma, turmeric ou açafrão, apresenta potencial medicinal antimicrobiano validado. Entretanto, os curcuminoides, incluíndo a curcumina – principal fitoconstituinte, são hidrofóbicos, fotossensíveis e apresentam dificuldade em transpor a membrana plasmática. A nanotecnologia e suas ferramenteas de otimização da entrega de substâncias bioativas, são extensivamente estudadas para contrapor essas caractristicas de baixa biodisponibilidade, destacando-se as nanoemulsões (NEs), uma vez que esses sistemas apresentam alta eficiência de carregamento, maior superficie de contato, estabilidade de diluição e podem ser usadas para melhorar a eficácia terapêutica e reduzir efeitos tóxicos, além de aumentar a solubilidade dos bioativos. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou desenvolver, caracterizar e avaliar a atividade antibacteriana de nanoemulsões de óleo natural contendo curcumina da Curcuma longa (CUR). As NEs foram preparadas pelo método de emulsificação espontânea seguida de sonicação e a formulação foi desenhada tendo em observância os valores de HBL dos tensoativos e do óleo. Inicialmente, várias formulações foram elaboradas e comparadas, sendo selecionadas 2, de acordo com as propriedades fisico-químicas obtidas, para a produção das NEs com curcumina encapsulada. Dessa forma, obteve-se duas NEs contendo 500µg/mL de CUR, produzidas com aquecimento a aproximadamente 40°C, contendo óleo de oliva (5%) e os tensoativos tween 80 (5%) e span 80 (2,5%), sendo adicionados 87,5% de água. A NE-CUR-1 apresentou tamanho de partícula (Ø) de 165,40± 2,56, PDI de 0,254, potencial zeta (ζ) de -33,20± 1,35, pH de 6,49 e eficiência de encapsulação de 99%, enquanto a NE-CUR-2 apresentou tamanho de partícula (Ø) de 105,70± 4,13, PDI de 0,459, potencial zeta (ζ) de -32,10± 1,45, pH de 6,40 e eficiência de encapsulação de 99,29%. A determinação da concentração inibitória mínima (CIM) foi realizada pelo método de microdiluição em caldo seguindo protocolo do Clinical and Laboratory Standards Institute, para as bactérias Acinetobacter baumannii ATCC 19606, Escherichia coli ATCC 13846, Escherichia coli ATCC 25922, Escherichia coli H10406, Enterococcus faecalis ATCC 29212, Klebsiella pneumoniae ATCC 13883, Klebsiella pneumoniae ATCC 700603, Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853, Staphylococcus aureus ATCC 25923, Staphylococcus aureus ATCC 33591. As NEs mostraram-se com perfil bacteriostático para a maioria das bactérias avaliadas. A CIM variou entre 125 e 250 µg/mL. As bactérias mais sensíveis foram as S. aureus ATCC 25923, S. aureus ATCC 33591 e E. faecalis ATCC 29212, para as quais a NE-CUR-1 apresentou inibição do crescimento em uma dose de 125 µg/mL. Foi realizada ainda a avaliação, pelo método Checkerboard, da interação das NEs com a ceftazidima frente aos isolados clínicos resistentes de K. pneumoniae (K. pneumoniae ATCC 13883 e os isolados clínicos K25-A2, K26-A2, K29-A2, K31-A2 produtores de bomba de efluxo). As NE-CUR-1 e NE-CUR-2 mostraram-se capazes de reduzir a dose da ceftazidima frente a essas cepas resistentes, observando-se que as NEs contendo CUR apresentam predominantemente um perfil sinérgico com a ceftazidima. Para a K25-A2, foi possível verificar uma redução de 128 vezes na CIM da ceftazidima (de 512 para 4 µg/mL) quando associada com a NE-CUR-1 e de 16 vezes na CIM da ceftazidima (de 512 para 32 µg/mL) quando associada com a NE-CUR-2. Assim, as nanoemulsões desenvolvidas apresentam características físico-químicas ideiais para futuros estudos in vivo, potencializando a atividade antibacteriana da ceftazidima, tornando-se uma estratégia promissora para o tratamento de infecções bacterianas resistentes causadas por K. pneumoniae.

2023
Dissertações
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  • CLÁUDIA BARBOSA DE ALMEIDA MEDEIROS
  • Performance de matrizes de colágeno extraído da pele da Tilápia do Nilo : um estudo piloto proteômico  em um modelo murino de cicatrização de feridas

  • Orientador : JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • LUIZ CARLOS ALVES
  • THARCIA KIARA BESERRA DE OLIVEIRA
  • Data: 25/01/2023

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  • Após lesão na pele, indivíduos saudáveis previsivelmente curam-se através de uma cascata de eventos moleculares e celulares inter-relacionados. No entanto, o trauma de pele de espessura total é de difícil epitelização devido à ausência da derme, formando cicatrizes fibrosas e menos elásticas que a pele original. Nesse sentido, os materiais biomédicos apresentam excelentes propriedades como boa biocompatibilidade e baixa imunogenicidade, tornando-os superiores aos materiais convencionais utilizados como curativos primários, substitui e preenche temporariamente tecidos ou órgãos danificados, induzindo a infiltração e proliferação celular, promovendo assim a reparação e cicatrização de feridas. Neste trabalho, uma análise proteômica qualitativa foi realizada para avaliar o mecanismo molecular envolvido no processo de cicatrização de feridas induzida por matrizes de colágeno extraídas da pele de tilápia do Nilo com glicosaminoglicanos (M_GAG) e sem (M) glicosaminoglicanos. A performance foi avaliada em um estudo in vivo utilizando modelo murino imunocompetente após 14 e 21 dias após lesão de pele de espessura total. Os Peptídeos trípticos de cada grupo foram analisados em um sistema M-Class ACQUITY UPLC® (Waters Corporation, Milford, MA) acoplado a um espectrômetro de massas Synapt XS quadrupolo Q-ToF (Waters Corporation, Wilmslow, Reino Unido). Antologia gênica e vias metabólitas foram analisadas via DAVID para avaliar as mudanças na dinâmica molecular no processo de cicatrização de feridas. A espectrometria de massa sem rótulo detectou 1.399 grupos de proteínas com uma taxa de falsa descoberta (FDR) de 1% nos níveis de peptídeos e proteínas. Comparado com o grupo controle, em 14 dias pós-lesão um total de 73 proteínas (38 Up e 35 Down) diferencialmente expressas (DEPs) foram identificadas no grupo da pele tratado com a matriz M. Por outro lado, 35 DEPs (18 Up e 17 Down) foram encontrados na pele tratada com a matriz M_GAG. Da mesma forma, em 21 dias após a lesão, foi identificado um total de 142 DEPs (66 Up e 76 Down) no grupo tratado com a matriz M contra 65 DEPs (30 Up e 35 Down) no grupo tratado com a matriz M_GAG. Além disso, 361 e 551 proteínas foram diferencialmente expressas nos grupos analisados em 14 e 21 dias pós-lesão, respectivamente, por uma abordagem de one-way ANOVA. A análise de ontologia gênica e de vias moleculares revelou que as peles tratadas com as matrizes M e M_GAG apresentaram um perfil de reinervação característico que pode sugerir recuperação sensorial, pelo menos parcial, do local da ferida. Ambas as peles foram marcadamente representadas pela modulação do sistema imunológico, com ênfase no controle da resposta aguda da inflamação aos 14 e 21 dias pós-lesão. Em adição, ambos os grupos apresentaram enriquecimento significativo de vias relacionadas ao metabolismo de RNA e Proteína, sugerindo um aumento na síntese proteica necessária para o reparo tecidual e fechamento adequado da ferida. Entretanto, no grupo tratado com a matriz M, processos biologicos como queratinização, metabolismo da vitamina D3, apoptose e macroautofagia, sugerem um fenótipo mais favorável ao reparo tecidual. Esses dados também podem estar relacionados à regulação negativa de proteínas associadas a um fenótipo fibrótico nas fases tardias da cicatrização de feridas desse grupo, como a PCPE1, e à regulação positiva de enzimas envolvidas no remodelamento da matriz extracelular.


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  • Após lesão na pele, indivíduos saudáveis previsivelmente curam-se através de uma cascata de eventos moleculares e celulares inter-relacionados. No entanto, o trauma de pele de espessura total é de difícil epitelização devido à ausência da derme, formando cicatrizes fibrosas e menos elásticas que a pele original. Nesse sentido, os materiais biomédicos apresentam excelentes propriedades como boa biocompatibilidade e baixa imunogenicidade, tornando-os superiores aos materiais convencionais utilizados como curativos primários, substitui e preenche temporariamente tecidos ou órgãos danificados, induzindo a infiltração e proliferação celular, promovendo assim a reparação e cicatrização de feridas. Neste trabalho, uma análise proteômica qualitativa foi realizada para avaliar o mecanismo molecular envolvido no processo de cicatrização de feridas induzida por matrizes de colágeno extraídas da pele de tilápia do Nilo com glicosaminoglicanos (M_GAG) e sem (M) glicosaminoglicanos. A performance foi avaliada em um estudo in vivo utilizando modelo murino imunocompetente após 14 e 21 dias após lesão de pele de espessura total. Os Peptídeos trípticos de cada grupo foram analisados em um sistema M-Class ACQUITY UPLC® (Waters Corporation, Milford, MA) acoplado a um espectrômetro de massas Synapt XS quadrupolo Q-ToF (Waters Corporation, Wilmslow, Reino Unido). Antologia gênica e vias metabólitas foram analisadas via DAVID para avaliar as mudanças na dinâmica molecular no processo de cicatrização de feridas. A espectrometria de massa sem rótulo detectou 1.399 grupos de proteínas com uma taxa de falsa descoberta (FDR) de 1% nos níveis de peptídeos e proteínas. Comparado com o grupo controle, em 14 dias pós-lesão um total de 73 proteínas (38 Up e 35 Down) diferencialmente expressas (DEPs) foram identificadas no grupo da pele tratado com a matriz M. Por outro lado, 35 DEPs (18 Up e 17 Down) foram encontrados na pele tratada com a matriz M_GAG. Da mesma forma, em 21 dias após a lesão, foi identificado um total de 142 DEPs (66 Up e 76 Down) no grupo tratado com a matriz M contra 65 DEPs (30 Up e 35 Down) no grupo tratado com a matriz M_GAG. Além disso, 361 e 551 proteínas foram diferencialmente expressas nos grupos analisados em 14 e 21 dias pós-lesão, respectivamente, por uma abordagem de one-way ANOVA. A análise de ontologia gênica e de vias moleculares revelou que as peles tratadas com as matrizes M e M_GAG apresentaram um perfil de reinervação característico que pode sugerir recuperação sensorial, pelo menos parcial, do local da ferida. Ambas as peles foram marcadamente representadas pela modulação do sistema imunológico, com ênfase no controle da resposta aguda da inflamação aos 14 e 21 dias pós-lesão. Em adição, ambos os grupos apresentaram enriquecimento significativo de vias relacionadas ao metabolismo de RNA e Proteína, sugerindo um aumento na síntese proteica necessária para o reparo tecidual e fechamento adequado da ferida. Entretanto, no grupo tratado com a matriz M, processos biologicos como queratinização, metabolismo da vitamina D3, apoptose e macroautofagia, sugerem um fenótipo mais favorável ao reparo tecidual. Esses dados também podem estar relacionados à regulação negativa de proteínas associadas a um fenótipo fibrótico nas fases tardias da cicatrização de feridas desse grupo, como a PCPE1, e à regulação positiva de enzimas envolvidas no remodelamento da matriz extracelular.

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  • MARCO ANTONIO DE MELO ALVES
  • Acurácia de estratégias de triagem para detecção de hipertensão mascarada: um estudo nacional baseado em medida residencial da pressão arterial

  • Orientador : WILSON NADRUZ JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROBERTO DISCHINGER MIRANDA
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • WILSON NADRUZ JUNIOR
  • Data: 27/01/2023

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  • A identificação de indivíduos sob maior risco de apresentar hipertensão mascarada (HM) é um desafio na prática clínica. Este estudo comparou a acurácia de estratégias de triagem baseadas em valores de corte de pressão arterial obtidas no consultório (PAC) propostos pelas diretrizes atuais [European Society of Hypertension (ESH): 130/85 mmHg para indivíduos com PAC<140/90 mmHg; American College of Cardiology/American Heart Association (ACC/AHA): 120/75 mmHg para indivíduos com PAC<130/80 mmHg] e novos escores de risco para identificar indivíduos normotensos no consultório sob maior risco de ter HM. Foram avaliados de forma transversal indivíduos não tratados com medicações anti-hipertensivas que tinham PAC<140/90 mmHg (n=22.266) e PAC<130/80 mmHg (n=10.005) e realizaram medida residencial da pressão arterial (MRPA) (coorte de derivação) oriundos de 686 centros brasileiros. A HM foi definida de acordo com critérios sugeridos pela ESH (PAC<140/90 mmHg; MRPA ≥135/85 mmHg), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) (PAC<140/90 mmHg; MRPA ≥130/80 mmHg) e ACC/AHA (PAC<130/80 mmHg; MRPA ≥130/80 mmHg). Os escores de risco foram gerados a partir de análise de regressão logística multivariada entre HM e variáveis clínicas (PAC, idade, sexo e índice de massa corpórea). Considerando os critérios da ESH, SBC e ACC/AHA, 17,2%, 38,5% e 21,2% dos participantes tinham HM, respectivamente. As estratégias para predizer HM baseadas em valores de corte de PAC propostas pelas diretrizes geraram área sob a curva (ASC) de 0,640 (para os critérios da ESH), 0,641 (para os critérios da SBC), e 0,619 (para os critérios da ACC/AHA), enquanto os escores de risco apresentados como variáveis contínuas ou quartis geraram ASC de 0,700 e 0,688 (para os critérios da ESH), 0,720 e 0,709 (para os critérios da SBC), e 0,671 e 0,661 (para os critérios da ACC/AHA), respectivamente. Análises adicionais realizadas em uma população alternativa composta por indivíduos não tratados com medicações anti-hipertensivas (coorte de validação; n=2.807 com PAC<140/90 mmHg; n=1.269 com PAC<130/80 mmHg) geraram valores semelhantes de ASC. Em conclusão, a acurácia de estratégias de triagem para identificar indivíduos com HM baseadas em valores de corte de PAC propostos pelas diretrizes atuais é limitada e é inferior àquela gerada por escores de risco derivados de variáveis clínicas que podem ser facilmente obtidas no consultório.


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  • A identificação de indivíduos sob maior risco de apresentar hipertensão mascarada (HM) é um desafio na prática clínica. Este estudo comparou a acurácia de estratégias de triagem baseadas em valores de corte de pressão arterial obtidas no consultório (PAC) propostos pelas diretrizes atuais [European Society of Hypertension (ESH): 130/85 mmHg para indivíduos com PAC<140/90 mmHg; American College of Cardiology/American Heart Association (ACC/AHA): 120/75 mmHg para indivíduos com PAC<130/80 mmHg] e novos escores de risco para identificar indivíduos normotensos no consultório sob maior risco de ter HM. Foram avaliados de forma transversal indivíduos não tratados com medicações anti-hipertensivas que tinham PAC<140/90 mmHg (n=22.266) e PAC<130/80 mmHg (n=10.005) e realizaram medida residencial da pressão arterial (MRPA) (coorte de derivação) oriundos de 686 centros brasileiros. A HM foi definida de acordo com critérios sugeridos pela ESH (PAC<140/90 mmHg; MRPA ≥135/85 mmHg), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) (PAC<140/90 mmHg; MRPA ≥130/80 mmHg) e ACC/AHA (PAC<130/80 mmHg; MRPA ≥130/80 mmHg). Os escores de risco foram gerados a partir de análise de regressão logística multivariada entre HM e variáveis clínicas (PAC, idade, sexo e índice de massa corpórea). Considerando os critérios da ESH, SBC e ACC/AHA, 17,2%, 38,5% e 21,2% dos participantes tinham HM, respectivamente. As estratégias para predizer HM baseadas em valores de corte de PAC propostas pelas diretrizes geraram área sob a curva (ASC) de 0,640 (para os critérios da ESH), 0,641 (para os critérios da SBC), e 0,619 (para os critérios da ACC/AHA), enquanto os escores de risco apresentados como variáveis contínuas ou quartis geraram ASC de 0,700 e 0,688 (para os critérios da ESH), 0,720 e 0,709 (para os critérios da SBC), e 0,671 e 0,661 (para os critérios da ACC/AHA), respectivamente. Análises adicionais realizadas em uma população alternativa composta por indivíduos não tratados com medicações anti-hipertensivas (coorte de validação; n=2.807 com PAC<140/90 mmHg; n=1.269 com PAC<130/80 mmHg) geraram valores semelhantes de ASC. Em conclusão, a acurácia de estratégias de triagem para identificar indivíduos com HM baseadas em valores de corte de PAC propostos pelas diretrizes atuais é limitada e é inferior àquela gerada por escores de risco derivados de variáveis clínicas que podem ser facilmente obtidas no consultório.

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  • MARIA GABRIELA VIEIRA OLIVEIRA DA SILVA
  • Avaliação do impacto da COVID-19 no perfil de proteínas, miRNAs em pacientes com artrite reumatoide

  • Orientador : DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • ROBERTO AFONSO DA SILVA
  • Data: 30/03/2023

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  • A artrite reumatóide (AR) apresenta-se como a doença mais prevalente e debilitante conhecida entre as doenças autoimunes crônicas. A qualidade de vida dos indivíduos que possuem essa doença é comprometida, devido aos fatores genéticos e ambientais, que também contribuem para que eles se tornem mais susceptíveis a outras enfermidades como as infecções virais. Em 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia da COVID-19. No Brasil, milhões foram infectados, gerando altos números de mortes e pessoas com sequelas após infecção. Um dos principais sintomas da infecção pelo coronavírus é a tempestade de citocinas. Inflamações exacerbadas podem desencadear o agravamento da AR e prejudicar o desfecho desses indivíduos com COVID-19. Além disso, podem ocasionar as alterações na expressão de proteínas, microRNAs e genes alvos, que são moléculas com papéis importantes que contribuem nas respostas do sistema imunológico e nas modificações epigenéticas. OBJETIVO: avaliar o impacto da COVID-19 na expressão de proteínas e dos miRNAs e seus genes alvos em pacientes com artrite reumatóide. METODOLOGIA: amostras de sangue periférico foram coletadas de 36 indivíduos atendidos em 3 hospitais da Região Metropolitana do Redife. Os voluntários formam divididos em 4 grupos: 6 pacientes com AR e com histórico de COVID-19, 11 pacientes com AR e sem histórico de COVID-19, 8 indivíduos sem AR e com histórico de COVID-19, e 11 indivíduos sem AR e sem histórico de COVID-19. A partir do plasma de cada invividuo, foram preparados pools de trabalho e as amostras injetadas no espectômetro de massa SYNAPT XS. Os dados foram analisados através de enriquecimento funcional e ontologia gênica foram reralizadas através do STRING e do METASCAPE, respectivamente. Buscas bibliográficas foram realizadas para determinar o papel das moléculas identificadas, além da busca por miRNAs e genes alvos. RESULTADOS: foram encontradas 186 proteínas diferencialmente expressas e com as análises de enriquecimento funcional e ontologia gênica foi possível observar envolvimento das mesmas em eventos imunológicos: regulação do sistema imune inato e adaptativo, ativação da via clássica do sistema complemento, produção de imunoglobulinas, mapa das vias de sinalização do SARS-CoV-2; eventos metabólicos: metabolismo do selênio, metabolismo de hormônios peptídeos e da vitamina B12; Processos biológicos como apoptose, cascatas de coagulação, regulação de atividade enzimática, degranulação de plaquetas e neutrófilos. Com relação a determinação das redes de interação dos genes alvos, apenas BRWD3 e KIAA2022 apresentaram interação direta, mas todos eles também possuem funções biológicas essenciais envolvidas em eventos imunológicos, metabólicos e celulares. CONCLUSÃO: A compreensão do papel das proteínas, miRNAs e genes alvos ajudou a entender a epigenética da COVID-19 e seus impactos em pacientes com AR. Por isso foi desenvolvida essa estrutura baseada em proteínas e conexões entre miRNAs e genes alvos que forneceram informações sobre seus papéis no desenvolvimento das doenças e as consequências. A avaliação da expressão gênica foi eficiente para mostrar alguns mecanismos biológicos que influenciam no desenvolvimento das doenças e na descoberta de possíveis biomarcadores promissores.


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  • A artrite reumatóide (AR) apresenta-se como a doença mais prevalente e debilitante conhecida entre as doenças autoimunes crônicas. A qualidade de vida dos indivíduos que possuem essa doença é comprometida, devido aos fatores genéticos e ambientais, que também contribuem para que eles se tornem mais susceptíveis a outras enfermidades como as infecções virais. Em 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia da COVID-19. No Brasil, milhões foram infectados, gerando altos números de mortes e pessoas com sequelas após infecção. Um dos principais sintomas da infecção pelo coronavírus é a tempestade de citocinas. Inflamações exacerbadas podem desencadear o agravamento da AR e prejudicar o desfecho desses indivíduos com COVID-19. Além disso, podem ocasionar as alterações na expressão de proteínas, microRNAs e genes alvos, que são moléculas com papéis importantes que contribuem nas respostas do sistema imunológico e nas modificações epigenéticas. OBJETIVO: avaliar o impacto da COVID-19 na expressão de proteínas e dos miRNAs e seus genes alvos em pacientes com artrite reumatóide. METODOLOGIA: amostras de sangue periférico foram coletadas de 36 indivíduos atendidos em 3 hospitais da Região Metropolitana do Redife. Os voluntários formam divididos em 4 grupos: 6 pacientes com AR e com histórico de COVID-19, 11 pacientes com AR e sem histórico de COVID-19, 8 indivíduos sem AR e com histórico de COVID-19, e 11 indivíduos sem AR e sem histórico de COVID-19. A partir do plasma de cada invividuo, foram preparados pools de trabalho e as amostras injetadas no espectômetro de massa SYNAPT XS. Os dados foram analisados através de enriquecimento funcional e ontologia gênica foram reralizadas através do STRING e do METASCAPE, respectivamente. Buscas bibliográficas foram realizadas para determinar o papel das moléculas identificadas, além da busca por miRNAs e genes alvos. RESULTADOS: foram encontradas 186 proteínas diferencialmente expressas e com as análises de enriquecimento funcional e ontologia gênica foi possível observar envolvimento das mesmas em eventos imunológicos: regulação do sistema imune inato e adaptativo, ativação da via clássica do sistema complemento, produção de imunoglobulinas, mapa das vias de sinalização do SARS-CoV-2; eventos metabólicos: metabolismo do selênio, metabolismo de hormônios peptídeos e da vitamina B12; Processos biológicos como apoptose, cascatas de coagulação, regulação de atividade enzimática, degranulação de plaquetas e neutrófilos. Com relação a determinação das redes de interação dos genes alvos, apenas BRWD3 e KIAA2022 apresentaram interação direta, mas todos eles também possuem funções biológicas essenciais envolvidas em eventos imunológicos, metabólicos e celulares. CONCLUSÃO: A compreensão do papel das proteínas, miRNAs e genes alvos ajudou a entender a epigenética da COVID-19 e seus impactos em pacientes com AR. Por isso foi desenvolvida essa estrutura baseada em proteínas e conexões entre miRNAs e genes alvos que forneceram informações sobre seus papéis no desenvolvimento das doenças e as consequências. A avaliação da expressão gênica foi eficiente para mostrar alguns mecanismos biológicos que influenciam no desenvolvimento das doenças e na descoberta de possíveis biomarcadores promissores.

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  • MARIA ANDRESSA NICÁCIO DE LIMA
  • DESENVOLVIMENTO DE GENOSSENSOR IMPEDIMÉTRICO PARA DETECÇÃO DO ZIKA VÍRUS

  • Orientador : JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • CAROLINA RIBEIRO CORDULA
  • Data: 22/06/2023

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  • O vírus Zika (ZIKV) foi considerado uma "Emergência de Saúde Pública" pela Organização Mundial de Saúde devido à sua associação com a epidemia de casos de microcefalia em recém-nascidos. Muitos países têm limitações em relação à detecção, notificação e monitoramento das doenças causadas pelo ZIKV, tornando necessário o desenvolvimento de ferramentas biotecnológicas de fácil manuseio, baixo custo e que apresentem resultados rápidos. Neste trabalho, apresenta-se um genossensor impedimétrico baseado no reconhecimento da fita simples de DNA do ZIKV, que detecta a hibridização entre uma sonda de oligonucleotídeos e sua sequência complementar, o alvo. Para a construção do genossensor impedimétrico, foram utilizados eletrodos impressos, onde os eletrodos de trabalho e contra-eletrodos foram confeccionados com tinta de carbono e o eletrodo de referência com prata e cloreto de prata. A superfície do eletrodo de trabalho foi modificada por eletropolimerização da glutationa, e a sonda foi imobilizada por meio de ligações covalentes, empregando os reagentes EDC-NHS (1-etil-3-(3-dimetilaminopropil)carbodiimida e N-Hidrosuccinimida), tendo suas condições ótimas encontradas por meio de Voltametria de Pulso Diferencial (DPV). Para caracterizar o genossensor, foram utilizadas técnicas de DPV e MEV. Todas as modificações feitas na superfície do eletrodo foram analisadas, tendo em vista a observação das alterações nas correntes de pico do azul de metileno (MB) por meio da análise de DPV e do ferrocianeto/ferricianeto por meio da Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIS). Todas as modificações realizadas na superfície do eletrodo de trabalho foram bem-sucedidas, como demonstrado pelas imagens de MEV. Na análise de EIS, a sequência complementar atingiu Rct de 6,6kΩ, representando uma redução de aproximadamente 46% em comparação com o eletrodo contendo apenas a sonda imobilizada. A Rct não foi afetada pela hibridização com alvo não complementar, demonstrando a especificidade da sonda selecionada. Os resultados apresentados são relevantes para o desenvolvimento de estudos futuros que permitirão a construção de biossensores portáteis e sensíveis para detecção de ZIKV.


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  • O vírus Zika (ZIKV) foi considerado uma "Emergência de Saúde Pública" pela Organização Mundial de Saúde devido à sua associação com a epidemia de casos de microcefalia em recém-nascidos. Muitos países têm limitações em relação à detecção, notificação e monitoramento das doenças causadas pelo ZIKV, tornando necessário o desenvolvimento de ferramentas biotecnológicas de fácil manuseio, baixo custo e que apresentem resultados rápidos. Neste trabalho, apresenta-se um genossensor impedimétrico baseado no reconhecimento da fita simples de DNA do ZIKV, que detecta a hibridização entre uma sonda de oligonucleotídeos e sua sequência complementar, o alvo. Para a construção do genossensor impedimétrico, foram utilizados eletrodos impressos, onde os eletrodos de trabalho e contra-eletrodos foram confeccionados com tinta de carbono e o eletrodo de referência com prata e cloreto de prata. A superfície do eletrodo de trabalho foi modificada por eletropolimerização da glutationa, e a sonda foi imobilizada por meio de ligações covalentes, empregando os reagentes EDC-NHS (1-etil-3-(3-dimetilaminopropil)carbodiimida e N-Hidrosuccinimida), tendo suas condições ótimas encontradas por meio de Voltametria de Pulso Diferencial (DPV). Para caracterizar o genossensor, foram utilizadas técnicas de DPV e MEV. Todas as modificações feitas na superfície do eletrodo foram analisadas, tendo em vista a observação das alterações nas correntes de pico do azul de metileno (MB) por meio da análise de DPV e do ferrocianeto/ferricianeto por meio da Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIS). Todas as modificações realizadas na superfície do eletrodo de trabalho foram bem-sucedidas, como demonstrado pelas imagens de MEV. Na análise de EIS, a sequência complementar atingiu Rct de 6,6kΩ, representando uma redução de aproximadamente 46% em comparação com o eletrodo contendo apenas a sonda imobilizada. A Rct não foi afetada pela hibridização com alvo não complementar, demonstrando a especificidade da sonda selecionada. Os resultados apresentados são relevantes para o desenvolvimento de estudos futuros que permitirão a construção de biossensores portáteis e sensíveis para detecção de ZIKV.

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  • JULIA HAYALE OLIVEIRA SIMAS
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL PREBIÓTICO DOS CARBOIDRATOS DE ARTHROSPIRA PLATENSIS

  • Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • DANIELA DE ARAUJO VIANA MARQUES
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • Data: 25/08/2023

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  • A microbiota humana e animal vem aparecendo como fator importante a ser estudado, sabendo que algumas alergias e doenças não comunicáveis (NCDs) (diabetes, hipertensão, cânceres e doenças cardiovasculares) estão associadas ao desequilíbrio de microrganismos presentes, principalmente no intestino e que são responsáveis por aproximadamente 71% das mortes no mundo a cada ano. Nesse aspecto, os produtos funcionais contendo probióticos, microrganismos vivos, que quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro, são o foco do consumidor. Tanto quanto são os prebióticos, compostos alimentares indigeríveis que geram mudanças positivas na composição e na microbiota intestinal. Sabendo que cianobactérias como a A. platensis são fontes de bioativos que vêm sendo eficientes no tratamento de algumas doenças e podem servir como nutriente para o crescimento de microrganismos, o objetivo deste trabalho é avaliar se os polissacarídeos presentes na biomassa ou excretados no líquido metabólico (LM) promovem crescimento da cepa comercial L. rhamnosus GG e de E. faecium 133v, bem como de E. coli e S. aureus (controle negativo). Os polissacarídeos foram extraídos da biomassa por sonicação e precipitados com etanol, já os do LM foram precipitados e dialisados. Após dosagens de carboidratos totais e redutores, foram estabelecidas as quantidades a serem adicionadas aos cultivos para que ficassem a 1%, 1,5% e 2%. A quantia celular foi estabelecida por unidades formadoras de colônias (UFC/ mL) em ágar. O extrato proveniente da biomassa (BP) apresentou 44% de carboidratos, enquanto o prebiótico padrão, frutoligossacarídeo (FOS) resultou em 68%. O LM precipitado e dialisado (LMPD) resultou em 10% e, portanto, não foi viável. BP promoveu efeitos prebióticos sobre as duas cepas probióticas acima de 1,0 x 10^10 UFC/ mL, se mostrando mais eficaz ainda que o FOS. As cepas patógenas também foram estimuladas pelo FOS e BP, mas em menor proporção, 1,0 x 10^9 UFC/ mL. Com isso, pode-se concluir que os carboidratos extraídos de A. platensis possuem potencial prebiótico.
     

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  • A microbiota humana e animal vem aparecendo como fator importante a ser estudado, sabendo que algumas alergias e doenças não comunicáveis (NCDs) (diabetes, hipertensão, cânceres e doenças cardiovasculares) estão associadas ao desequilíbrio de microrganismos presentes, principalmente no intestino e que são responsáveis por aproximadamente 71% das mortes no mundo a cada ano. Nesse aspecto, os produtos funcionais contendo probióticos, microrganismos vivos, que quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro, são o foco do consumidor. Tanto quanto são os prebióticos, compostos alimentares indigeríveis que geram mudanças positivas na composição e na microbiota intestinal. Sabendo que cianobactérias como a A. platensis são fontes de bioativos que vêm sendo eficientes no tratamento de algumas doenças e podem servir como nutriente para o crescimento de microrganismos, o objetivo deste trabalho é avaliar se os polissacarídeos presentes na biomassa ou excretados no líquido metabólico (LM) promovem crescimento da cepa comercial L. rhamnosus GG e de E. faecium 133v, bem como de E. coli e S. aureus (controle negativo). Os polissacarídeos foram extraídos da biomassa por sonicação e precipitados com etanol, já os do LM foram precipitados e dialisados. Após dosagens de carboidratos totais e redutores, foram estabelecidas as quantidades a serem adicionadas aos cultivos para que ficassem a 1%, 1,5% e 2%. A quantia celular foi estabelecida por unidades formadoras de colônias (UFC/ mL) em ágar. O extrato proveniente da biomassa (BP) apresentou 44% de carboidratos, enquanto o prebiótico padrão, frutoligossacarídeo (FOS) resultou em 68%. O LM precipitado e dialisado (LMPD) resultou em 10% e, portanto, não foi viável. BP promoveu efeitos prebióticos sobre as duas cepas probióticas acima de 1,0 x 10^10 UFC/ mL, se mostrando mais eficaz ainda que o FOS. As cepas patógenas também foram estimuladas pelo FOS e BP, mas em menor proporção, 1,0 x 10^9 UFC/ mL. Com isso, pode-se concluir que os carboidratos extraídos de A. platensis possuem potencial prebiótico.
     
Teses
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  • ANDREA ALVES DE SOUZA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CICATRIZANTE DO GEL DE GALACTOMANANA DE SEMENTES DE CASSIA GRANDIS ASSOCIADO À FOTOBIOMODULAÇÃO NO PROCESSO CICATRICIAL DE FERIDAS POR QUEIMADURA
     
     
  • Orientador : MARIA DAS GRACAS CARNEIRO DA CUNHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DAS GRACAS CARNEIRO DA CUNHA
  • ARMELE DE FATIMA DORNELAS DE ANDRADE
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • PRISCILLA BARBOSA SALES DE ALBUQUERQUE
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • ANA CAROLINA DE CARVALHO CORREIA
  • Data: 24/01/2023

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  • O objetivo do estudo foi avaliar a atividade cicatrizante do gel da galactomanana da C. grandis, com destaque para a sua potencialidade em queimaduras de 2º grau in vivo utilizando ratos Wistar, associado à terapia de fotobiomodulação (TFBM). O gel foi preparado com 1,7% (p/v) da galactomanana extraída por precipitação etanólica. A atividade citotóxica foi realizada através do método do MTT com células L-929 (fibroblastos murinos) e a hemolítica utilizando eritrócitos murinos (ratos Wistar machos). A atividade cicatrizante in vitro foi avaliada frente a fibroblastos L-929, enquanto a in vivo utilizou 60 ratos machos Wistar albinos (Rattus norvegicus) pesando 250 ± 50 g, anestesiados (xilazina 10 mg.Kg-1 e cetamina 90 mg.kg-1), tricotomizados no dorso (3 m2) e higienizados (1% de polivinilpirrolidona-iodo). A queimadura de 2 grau foi confeccionada através do contato com barra de alumínio (Ø = 10 mm, 90 °C, 15 s) sobre a pele dos animais divididos de forma aleatória em quatro grupos experimentais: (GG) - tratado com o gel de galactomanana; (GL) - tratado com laser (TFBM); (GLG) – tratado com TFBM associada ao gel de galactomanana; e (GC) – controle, tratado com NaCl 0,9%. Os resultados revelaram que o gel de galactomanana não apresentou citotoxicidade. A atividade cicatrizante in vitro revelou que o gel de galactomanana (50 µg/mL) promoveu um ambiente propício e estimulante ao crescimento celular ao longo do no período de 6 a 72 h de tratamento após a lesão. No processo de cicatrização in vivo foi observado que o GL apresentou valor de contração de ferida (13,89 ± 3,41 %) inferior (p < 0,05) aos demais grupos (média de 26% de contração sem diferença estatística entre eles) no 3º dia de análise. No 14º dia experimental, GG, GL e GLG apresentaram contração semelhante (média de 95%) e superior (p<0.05) ao GC (83,14 ± 4,43 %); com 21 dias, no entanto, todos os grupos apresentaram contração de aproximadamente 100% (p>0,05). Na análise histológica foi constatado que os GL e GLG demonstraram excelentes propriedades de cicatrização pró-ferida com 14 dias de análise; aos 21 dias, no geral, todos os grupos apresentaram recuperação da ferida quando comparados ao 3º e 14º dias de experimento. Diante das observações macroscópicas e microscópicas do estudo, é possível concluir que os tratamentos isolados com o gel de galactomanana ou a TFBM efetivamente aceleraram a cicatrização de queimaduras, no entanto o sistema “TFBM associada ao gel de galactomanana” promoveu reepitelização e remodelação estromal com melhor evolução de recuperação do epitélio devido ao efeito sinérgico positivo e, por isso, desponta como uma alternativa terapêutica promissora.


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  • O objetivo do estudo foi avaliar a atividade biológica do gel da galactomanana da C. grandis, com destaque para a sua potencialidade cicatrizante em queimaduras de 2º grau in vivo utilizando ratos Wistar, associado ou não à terapia de fotobiomodulação (TFBM). O gel foi preparado com 1,7% (p/v) da galactomanana extraída por precipitação etanólica. A atividade antioxidante in vitro do gel foi avaliada pelos métodos de DPPH, ABTS e Fosfomolibdênio. A atividade fotoprotetora foi realizada dentro dos espectros de 200 a 290, 290 a 320 e de 320 a 400 nm, respectivamente para as radiações UVC, UVB e UVA. A atividade citotóxica foi realizada através do método do MTT com células L-929 (fibroblastos murinos) e a atividade hemolítica foi realizada em placas de 96 poços utilizando eritrócitos murinos (ratos Wistar machos). A atividade cicatrizante in vitro foi avaliada frente a fibroblastos L-929, enquanto a in vivo utilizou 60 ratos machos Wistar albinos (Rattus norvegicus) pesando 250 ± 50 g, anestesiados (xilazina 10 mg.Kg-1 e cetamina 90 mg.kg-1), tricotomizados no dorso (3 m2) e limpos (1% de polivinilpirrolidona-iodo). A queimadura de 2 grau foi confeccionada através do contato com barra de alumínio (Ø = 10 mm) sobre a pele (90 °C, 15 s) dos animais divididos de forma aleatória em quatro grupos experimentais: (GG) - tratado com o gel de galactomanana; (GL) - tratado com laser (TFBM); (GLG) – tratado com TFBM associada ao gel de galactomanana; e (GC) – controle, tratado com NaCl 0,9%. Considerando os resultados obtidos, o gel de galactomanana não apresentou capacidade antioxidante, atividade fotoprotetora (FPS < 6), citotoxicidade e atividade hemolítica. A atividade cicatrizante in vitro revelou que o gel de galactomanana promoveu a migração celular de maneira dependente da concentração, com maior atividade na concentração de 50 µg/mL no período de 6 a 72 h de tratamento após a lesão quando comparada ao controle positivo. No processo de cicatrização in vivo foi observado que o grupo GL apresentou valor de contração de ferida (13,89 ± 3,41 %) inferior (p < 0,05) aos demais grupos (média de 26% de contração sem diferença estatística entre eles) no 3º dia de análise. No 14º dia experimental, GG, GL e GLG apresentaram contração semelhante (média de 95%) e superior (p<0.05) ao GC (83,14 ± 4,43 %); com 21 dias, no entanto, todos os grupos apresentaram contração de aproximadamente 100% (p>0,05). Na análise histológica foi constatado que os grupos GL e GLG demonstraram excelentes propriedades de cicatrização pró-ferida com 14 dias de análise; aos 21 dias, no geral, todos os grupos apresentaram recuperação da ferida quando comparados ao 3º e 14º dias de experimento. Diante das observações macroscópicas e microscópicas do trabalho, é possível concluir que os tratamentos isolados com o gel de galactomanana e a TFBM efetivamente aceleraram a cicatrização de queimaduras de segundo grau em ratos Wistar quando comparados aos demais grupos; o sistema “gel associado a fotobiomodulação”, no entanto, apresentou efeito sinérgico positivo e, por isso, desponta como uma alternativa terapêutica promissora.

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  • FELYPE THOMAZ DE BRITO ROCHA
  • BIOPROSPECÇÃO DE Aspergillus sp. PRODUTOR DE: PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
     
     
  • Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • CAROLINA DE ALBUQUERQUE LIMA DUARTE
  • MARIA TACIANA CAVALCANTI VIEIRA SOARES
  • RAQUEL PEDROSA BEZERRA
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • Data: 31/01/2023

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  • Proteases são enzimas que hidrolisam ligações peptídicas e apresentam grande interesse industrial por catalisarem reações e consequentemente acelerarem a obtenção de produtos nas áreas Têxtil, alimentícia e farmacêutica. Devido a essa importância, faz-se necessário a utilização de novas fontes de obtenção e métodos em reduzir o custo de produção dessas enzimas. Pensando nisso, a utilização de resíduo agroindustrial em associação com processos fermentativos pode ser uma forma de obtenção de novas enzimas. O presente trabalho teve como objetivo utilizar linhagens do fungo Aspergillus (A. sydowii e o A. serratalhadensis) para a produção de proteases através da técnica de fermentação em estado sólido (FES), bem como, purificar proteases através de processos cromatográficos e determinar as suas características físico-químicas. O processo de produção foi analisado através da análise dos parâmetros tempo, umidade e a concentração de substrato. A técnica de purificação utilizada incluiu precipitação cetônica e colunas cromatográficas contendo resina de DEAE-Sephadex e Superdex 75. Os resultados da fermentação com o A. sydowii demonstraram que o extrato bruto apresentou atividade proteolítica de 412 U/mL, sendo fortemente inibida por PMSF, cerca de 85%, e ativada pelo o íon Fe+3 (cerca de 69%). A atividade ótima foi observada em pH 8 a 45°C, com estabilidade térmica do extrato entre 25°C e 45°C, mantendo 85% de sua atividade inicial. Após caracterização do extrato bruto (EB), uma protease foi purificada com rendimento de 5,9 vezes maior que o EB, recuperação de 53% e a atividade proteolítica de 256 U/mL. A enzima apresentou tamanho de aproximadamente 48 KDa e apresentou inibição por PMSF (60%), porém com ativação enzimática através do íon Cu+2 (56,5%). A atividade ótima foi observada em pH 8,0 a 45°C, com estabilidade da enzima entre 35°C e 50°C, mantendo 70% de sua atividade inicial. Com o A. serratalhadensis o EB apresentou atividade proteolítica de 1066 U/mL, tendo uma inibição de pelo íon Zn+2 (ZnSO4) de 49,5% e o íon Na+ (NaCl) e K+ (KCl) aumentaram a atividade em 11,9% e 19,1% respectivamente. A atividade ótima foi encontrada em pH 6 a 35°C, com estabilidade térmica do extrato entre 25 °C e 55°C, mantendo 75 % de sua atividade inicial. A protease purificada apresentou atividade proteolítica de 211 U/mL e atividade específica de 347 U/mg. As linhagens isoladas de A. sydowii e de A. serratalhadensis foram eficazes para a produção de protease com potencial biotecnológico através da FES utilizando o substrato café, além de uma possível solução para o dano ambiental provocado pelo resíduo utilizado.


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  • Proteases são enzimas que hidrolisam ligações peptídicas e apresentam grande interesse industrial por catalisarem reações e consequentemente acelerarem a obtenção de produtos nas áreas Têxtil, alimentícia e farmacêutica. Devido a essa importância, faz-se necessário a utilização de novas fontes de obtenção e métodos em reduzir o custo de produção dessas enzimas. Pensando nisso, a utilização de resíduo agroindustrial em associação com processos fermentativos pode ser uma forma de obtenção de novas enzimas. O presente trabalho teve como objetivo utilizar linhagens do fungo Aspergillus (A. sydowii e o A. serratalhadensis) para a produção de proteases através da técnica de fermentação em estado sólido (FES), bem como, purificar proteases através de processos cromatográficos e determinar as suas características físico-químicas. O processo de produção foi analisado através da análise dos parâmetros tempo, umidade e a concentração de substrato. A técnica de purificação utilizada incluiu precipitação cetônica e colunas cromatográficas contendo resina de DEAE-Sephadex e Superdex 75. Os resultados da fermentação com o A. sydowii demonstraram que o extrato bruto apresentou atividade proteolítica de 412 U/mL, sendo fortemente inibida por PMSF, cerca de 85%, e ativada pelo o íon Fe+3 (cerca de 69%). A atividade ótima foi observada em pH 8 a 45°C, com estabilidade térmica do extrato entre 25°C e 45°C, mantendo 85% de sua atividade inicial. Após caracterização do extrato bruto (EB), uma protease foi purificada com rendimento de 5,9 vezes maior que o EB, recuperação de 53% e a atividade proteolítica de 256 U/mL. A enzima apresentou tamanho de aproximadamente 48 KDa e apresentou inibição por PMSF (60%), porém com ativação enzimática através do íon Cu+2 (56,5%). A atividade ótima foi observada em pH 8,0 a 45°C, com estabilidade da enzima entre 35°C e 50°C, mantendo 70% de sua atividade inicial. Com o A. serratalhadensis o EB apresentou atividade proteolítica de 1066 U/mL, tendo uma inibição de pelo íon Zn+2 (ZnSO4) de 49,5% e o íon Na+ (NaCl) e K+ (KCl) aumentaram a atividade em 11,9% e 19,1% respectivamente. A atividade ótima foi encontrada em pH 6 a 35°C, com estabilidade térmica do extrato entre 25 °C e 55°C, mantendo 75 % de sua atividade inicial. A protease purificada apresentou atividade proteolítica de 211 U/mL e atividade específica de 347 U/mg. As linhagens isoladas de A. sydowii e de A. serratalhadensis foram eficazes para a produção de protease com potencial biotecnológico através da FES utilizando o substrato café, além de uma possível solução para o dano ambiental provocado pelo resíduo utilizado.

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  • JOSIVAL EMANUEL FERREIRA ALVES
  • ESTUDOS DE INTERAÇÃO COM O DNA E SOROALBUMINA E AVALIAÇÃO ANTINEOPLÁSICA DE NOVOS DERIVADOS INDOL-TIAZÓLICOS E INDOL-TIAZOLIDINONAS

  • Orientador : SINARA MÔNICA VITALINO DE ALMEIDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • PRISCILLA BARBOSA SALES DE ALBUQUERQUE
  • RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • SINARA MÔNICA VITALINO DE ALMEIDA
  • SURA WANESSA NOGUEIRA SANTOS ROCHA
  • Data: 28/02/2023

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  • O câncer é uma das principais causas de mortalidade no mundo e a quimioterapia continua sendo uma das abordagens terapêuticas mais utilizadas atualmente, sendo o DNA um dos alvos bem estabelecidos para a busca de moléculas com potencial atividade anticâncer. Além disso, a inibição de enzimas participantes de funções biológicas das células, como as topoisomerase (Topos), também é foco para o desenvolvimento de novas moléculas antineoplásicas. Para que fármacos ou candidatos à fármacos atinjam estes alvos, é imprescindível conhecer a capacidade de ligação destas substâncias a proteínas plasmáticas, como a albumina sérica humana (HSA), cujo grau de afinidade pode determinar a distribuição na corrente sanguínea e a eficácia destes compostos. À vista disso, este trabalho teve como objetivo avaliar in vitro e in silico a interação de novos derivados indol-tiazólicos e indol-tiazolidinonas com a HSA e corroborar seu modo de ligação ao ctDNA, com o auxílio de sondas intercalativas (LA e BE) e ligantes ao sulco (DAPI). Além disso, a capacidade inibitória da enzima Topoisomerase IIα foi analisada e os melhores compostos nesse teste e na interação com o DNA e com a HSA tiveram suas atividades hemolítica e antiproliferativa investigadas. Foi constatado que os derivados apresentaram valores da constante de afinidade (Kb) semelhantes e/ou maiores aos valores apresentados pelo DAPI. Os valores encontrados da constante de supressão fluorescente (Ksv) situaram-se entre 0,24 x 10 4 e 6,29 x 10 4 M -1 no teste com LA e entre 0,60 x 10 4 e 7,59 x 104 M -1 no ensaio com DAPI. Testes absortivos com oligonucletídeos comprovaram que o derivado JF-252 se liga especificamente em regiões ricas nas sequências A-T do sulco menor do ctDNA. A técnica de ancoramento molecular corroborou a preferência dos derivados com essa região do DNA. Na análise de interação com a HSA, os valores de Kb situaram-se entre 2,36-3,65 x 10 5 M-1 , e os valores de Ksv, entre 0,94-4,34 x 10 4 M-1 , interação consolidada também pelos estudos in silico. Ensaios de inibição enzimática indicaram que todos os derivados inibiram a atividade da Topo IIα em 50 µM, com destaque para os JF-252 e JF-253. O ancoramento molecular confirmou a interação da enzima com os derivados indólicos, principalmente os portadores do núcleo tiazol. O ensaio hemolítico mostrou uma insignificante propriedade hemolítica, em comparação com a amsacrina (m-AMSA). Na atividade antiproliferativa com células de adenocarcinoma mamário (MCF-7), o composto JF-252 foi capaz de inibir 100% do crescimento celular na concentração de 8,97 µg/ml. Os resultados encontrados indicam uma possível contribuição dos substituintes propostos na interação com o DNA e HSA, bem como na inibição da Topo IIα e nas atividades hemolítica e antiproliferativa.


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  • O câncer é uma das principais causas de mortalidade no mundo e a quimioterapia continua sendo uma das abordagens terapêuticas mais utilizadas atualmente, sendo o DNA um dos alvos bem estabelecidos para a busca de moléculas com potencial atividade anticâncer. Além disso, a inibição de enzimas participantes de funções biológicas das células, como as topoisomerase (Topos), também é foco para o desenvolvimento de novas moléculas antineoplásicas. Para que fármacos ou candidatos à fármacos atinjam estes alvos, é imprescindível conhecer a capacidade de ligação destas substâncias a proteínas plasmáticas, como a albumina sérica humana (HSA), cujo grau de afinidade pode determinar a distribuição na corrente sanguínea e a eficácia destes compostos. À vista disso, este trabalho teve como objetivo avaliar in vitro e in silico a interação de novos derivados indol-tiazólicos e indol-tiazolidinonas com a HSA e corroborar seu modo de ligação ao ctDNA, com o auxílio de sondas intercalativas (LA e BE) e ligantes ao sulco (DAPI). Além disso, a capacidade inibitória da enzima Topoisomerase IIα foi analisada e os melhores compostos nesse teste e na interação com o DNA e com a HSA tiveram suas atividades hemolítica e antiproliferativa investigadas. Foi constatado que os derivados apresentaram valores da constante de afinidade (Kb) semelhantes e/ou maiores aos valores apresentados pelo DAPI. Os valores encontrados da constante de supressão fluorescente (Ksv) situaram-se entre 0,24 x 10 4 e 6,29 x 10 4 M -1 no teste com LA e entre 0,60 x 10 4 e 7,59 x 104 M -1 no ensaio com DAPI. Testes absortivos com oligonucletídeos comprovaram que o derivado JF-252 se liga especificamente em regiões ricas nas sequências A-T do sulco menor do ctDNA. A técnica de ancoramento molecular corroborou a preferência dos derivados com essa região do DNA. Na análise de interação com a HSA, os valores de Kb situaram-se entre 2,36-3,65 x 10 5 M-1 , e os valores de Ksv, entre 0,94-4,34 x 10 4 M-1 , interação consolidada também pelos estudos in silico. Ensaios de inibição enzimática indicaram que todos os derivados inibiram a atividade da Topo IIα em 50 µM, com destaque para os JF-252 e JF-253. O ancoramento molecular confirmou a interação da enzima com os derivados indólicos, principalmente os portadores do núcleo tiazol. O ensaio hemolítico mostrou uma insignificante propriedade hemolítica, em comparação com a amsacrina (m-AMSA). Na atividade antiproliferativa com células de adenocarcinoma mamário (MCF-7), o composto JF-252 foi capaz de inibir 100% do crescimento celular na concentração de 8,97 µg/ml. Os resultados encontrados indicam uma possível contribuição dos substituintes propostos na interação com o DNA e HSA, bem como na inibição da Topo IIα e nas atividades hemolítica e antiproliferativa.

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  • MARCOS CEZAR FEITOSA DE PAULA MACHADO
  • ENSAIO IMUNOQUIMILUMINESCENTE DE MARCADORES PROGNÓSTICOS PARA LESÕES TUMORAIS PROSTÁTICAS

  • Orientador : LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • LUIZA RAYANNA AMORIM DE LIMA
  • MARIO RIBEIRO DE MELO JUNIOR
  • SINARA MÔNICA VITALINO DE ALMEIDA
  • Data: 07/03/2023

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  • As alterações tumorais na próstata estão associadas ao envelhecimento, sendo a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) a alteração proliferativa mais frequentemente observada. Já o câncer próstático (CaP) é o segundo mais comum em homens em todo o mundo. Esse estudo objetivou quantificar através da detecção imunoquimiluminescente biomoléculas em tecido prostático em busca de possíveis marcadores prognósticos. Foram utilizados anticorpos para os antígenos da calprotectina, ADAM10, CD3 e CD20. Eles foram submetidos à conjugação com éster de acridina para detecção imunoquimiluminescente e avaliação da matriz extracelular em biópsias de pacientes com HPB (n = 90), CaP (n = 30) e controle (n=20). A média de idade dos pacientes foi de 67,4 anos (± 7,2 anos), sendo a faixa etária entre 60 e 69 a que apresentou o maior número de casos tanto de CaP (53,3%) quanto de HPB (57%). Em relação ao escore de Gleason (classificação padrão para tumores de próstata) foi observado uma ocorrência significante do escore 7 (86,2%), sendo o escore 7 (3+4) o de maior frequência 56,66%. A quimioluminescência emitida como uma expressão das proteínas calprotectina, ADAM10, CD20 e CD3 foi estatisticamente significativamente maior em CaP do que HPB e controle. Além disso, também foram observados valores mais altos de expressão em amostras que apresentaram escore de Gleason mais alto. Os resultados quantitativos deste estudo sustentam a hipótese de que o aumento da expressão da ADAM10, calprotectina e CD20 e CD3 seja resultado da migração de neutrófilos e células plasmocitárias para os tecidos alterados aumentando a probabilidade de desenvolvimento e agravamento de processos neoplásicos.


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  • As alterações tumorais na próstata estão associadas ao envelhecimento, sendo a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) a alteração proliferativa mais frequentemente observada. Já o câncer próstático (CaP) é o segundo mais comum em homens em todo o mundo. Esse estudo objetivou quantificar através da detecção imunoquimiluminescente biomoléculas em tecido prostático em busca de possíveis marcadores prognósticos. Foram utilizados anticorpos para os antígenos da calprotectina, ADAM10, CD3 e CD20. Eles foram submetidos à conjugação com éster de acridina para detecção imunoquimiluminescente e avaliação da matriz extracelular em biópsias de pacientes com HPB (n = 90), CaP (n = 30) e controle (n=20). A média de idade dos pacientes foi de 67,4 anos (± 7,2 anos), sendo a faixa etária entre 60 e 69 a que apresentou o maior número de casos tanto de CaP (53,3%) quanto de HPB (57%). Em relação ao escore de Gleason (classificação padrão para tumores de próstata) foi observado uma ocorrência significante do escore 7 (86,2%), sendo o escore 7 (3+4) o de maior frequência 56,66%. A quimioluminescência emitida como uma expressão das proteínas calprotectina, ADAM10, CD20 e CD3 foi estatisticamente significativamente maior em CaP do que HPB e controle. Além disso, também foram observados valores mais altos de expressão em amostras que apresentaram escore de Gleason mais alto. Os resultados quantitativos deste estudo sustentam a hipótese de que o aumento da expressão da ADAM10, calprotectina e CD20 e CD3 seja resultado da migração de neutrófilos e células plasmocitárias para os tecidos alterados aumentando a probabilidade de desenvolvimento e agravamento de processos neoplásicos.

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  • ANA KARINA BRIZENO FERREIRA LOPES
  • Nódulos mamários: correlação epidemiológica, clínica, radiológica, histológica e molecular de amostras analisadas em pacientes atendidas em um hospital universitário de Pernambuco

  • Orientador : CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • MARIO RIBEIRO DE MELO JUNIOR
  • Data: 20/03/2023

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  • O câncer de mama é o câncer mais incidente no mundo, sendo também o mais frequente em mulheres, correspondendo a 24,2% das neoplasias neste grupo. A neoplasia de mama apresenta causas multifatoriais. Além dos fatores de riscos já bem estabelecidos, agentes infecciosos, dentre eles o Papilomavírus humano (HPV), podem representar um novo fator que desempenha um papel fundamental como agentes cancerígenos ou promotores do câncer. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença do vírus HPV em nódulos mamários submetidos a biópsia por agulha grossa em pacientes previamente diagnosticados com nódulos mamários pela ultrassonografia, promovendo uma correlação anatomoclinicoradiológica. Foram estudadas amostras de nódulos mamários de 73 pacientes voluntárias, atendidas no HC da UFPE, no período de 2018 a 2022. Destas amostras foram realizadas as extrações do DNA, e posteriormente, a pesquisa para detecção do DNA viral do HPV através da técnica de PCR. Das 73 lesões mamárias estudadas, 17 foram benignas e 56 malignas. Entre os diagnósticos histológicos, 100% das benignas eram fibroadenomas, e das malignas, o carcinoma mais encontrado foi o ductal invasivo. Já quanto ao perfil molecular, o padrão luminal se expressou com maior frequência, com o predomínio do subtipo luminal B. Todas as pacientes do estudo foram do gênero feminino, com idade variado de 20 a 102 anos. Dentre as variáveis estudas do perfil epidemiológico, a idade foi a única que apresentou correlação estatística com malignidade, com risco aumentado no grupo ≥ de 60 anos de idade; já quanto ao perfil clínico apenas a hipertensão apresentou valores estatístico com malignidade. Ressalta-se a importância de acompanhamento e rastreio mais restrito nesse perfil de pacientes. Os parâmetros ultrassonográficos associados a malignidade foram forma irregular e margens não circunscritas. A classificação BI-RADS (B), assim como a subclassificação do B4, apresentaram relevância estatística, devendo-se, portanto, sempre serem utilizadas, e valorizados esses achados de imagem, para auxiliar o médico assistente na melhor condução de prosseguir investigação diagnóstica nos determinados casos. Quanto a análise do PCR, todas as amostras do estudo apresentaram-se negativas para detecção do DNA viral do HPV, não sendo possível definir relação desta infeção viral com patologias da glândula mamária.


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  • O câncer de mama é o câncer mais incidente no mundo, sendo também o mais frequente em mulheres, correspondendo a 24,2% das neoplasias neste grupo. A neoplasia de mama apresenta causas multifatoriais. Além dos fatores de riscos já bem estabelecidos, agentes infecciosos, dentre eles o Papilomavírus humano (HPV), podem representar um novo fator que desempenha um papel fundamental como agentes cancerígenos ou promotores do câncer. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença do vírus HPV em nódulos mamários submetidos a biópsia por agulha grossa em pacientes previamente diagnosticados com nódulos mamários pela ultrassonografia, promovendo uma correlação anatomoclinicoradiológica. Foram estudadas amostras de nódulos mamários de 73 pacientes voluntárias, atendidas no HC da UFPE, no período de 2018 a 2022. Destas amostras foram realizadas as extrações do DNA, e posteriormente, a pesquisa para detecção do DNA viral do HPV através da técnica de PCR. Das 73 lesões mamárias estudadas, 17 foram benignas e 56 malignas. Entre os diagnósticos histológicos, 100% das benignas eram fibroadenomas, e das malignas, o carcinoma mais encontrado foi o ductal invasivo. Já quanto ao perfil molecular, o padrão luminal se expressou com maior frequência, com o predomínio do subtipo luminal B. Todas as pacientes do estudo foram do gênero feminino, com idade variado de 20 a 102 anos. Dentre as variáveis estudas do perfil epidemiológico, a idade foi a única que apresentou correlação estatística com malignidade, com risco aumentado no grupo ≥ de 60 anos de idade; já quanto ao perfil clínico apenas a hipertensão apresentou valores estatístico com malignidade. Ressalta-se a importância de acompanhamento e rastreio mais restrito nesse perfil de pacientes. Os parâmetros ultrassonográficos associados a malignidade foram forma irregular e margens não circunscritas. A classificação BI-RADS (B), assim como a subclassificação do B4, apresentaram relevância estatística, devendo-se, portanto, sempre serem utilizadas, e valorizados esses achados de imagem, para auxiliar o médico assistente na melhor condução de prosseguir investigação diagnóstica nos determinados casos. Quanto a análise do PCR, todas as amostras do estudo apresentaram-se negativas para detecção do DNA viral do HPV, não sendo possível definir relação desta infeção viral com patologias da glândula mamária.

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  • TAYRINE ORDONIO FILGUEIRA
  • IMPACTO DO EXERCÍCIO FÍSICO SUPERVISIONADO E NÃO SUPERVISIONADO BASEADO EM CASA SOBRE AS CONCENTRAÇÕES DE CITOCINAS E QUIMIOCINAS EM PACIENTES COM ALTA HOSPITALAR DA COVID-19
  • Orientador : FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GILSON PIRES DORNELES
  • ANA MARIA TEIXEIRA
  • ANGELA CASTOLDI DE ALBUQUERQUE
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • FÁBIO SANTOS DE LIRA
  • Data: 15/05/2023

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  • Evidências mostraram que os pacientes recuperados da COVID-19 ainda apresentam alta concentrações de citocinas e quimiocinas inflamatórias. Por outro lado, sabe-se que o exercício físico, que inclui o controle da frequência, intensidade, duração e pela supervisão de um profissional, pode trazer muitos benefícios para a saúde, por ser um potente regulador do sistema imunológico. Face ao confinamento e isolamento social ou internamento dos doentes com COVID-19, a população tornou-se sedentária ou optou pelo exercício físico em casa, assumindo a garantia dos efeitos benéficos do exercício físico e reduzindo a exposição ao SARS-CoV-2. Investigar os efeitos de um protocolo de exercício supervisionado e um protocolo de exercício não supervisionado em casa sobre as concentrações séricas de quimiocinas e citocinas em pacientes com alta hospitalar da COVID-19. Este estudo foi um ensaio clínico prospectivo, paralelo e de dois braços. Os participantes foram submetidos a um protocolo de exercício supervisionado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco ou ao protocolo de exercício físico não supervisionado baseado em casa por 12 semanas, três vezes por semana e em dias não consecutivos. Foram analisadas as concentrações séricas de quimiocinas e citocinas. Vinte e quatro participantes com três meses de alta hospitalar da COVID-19 moderada a grave concluíram os protocolos de intervenção deste estudo. As concentrações de CXCL8/IL-8 (p = 0,04), CCL2/MCP-1 (p = 0,03) e IFN-γ (p = 0,004) diminuíram após 12 semanas de exercício físico supervisionado. Paralelamente, foi observado um aumento das concentrações séricas de IL-2 (p = 0,02), IL-6 (p = 0,03), IL-4 (p = 0,006) e IL-10 (p = 0,04) após o protocolo supervisionado em comparação com as concentrações no momento pré-intervenção. Nenhuma diferença significativa foi encontrada em todas as quimiocinas e citocinas após 12 semanas do protocolo de exercícios não supervisionados em casa. O protocolo de exercício físico supervisionado foi capaz de modular os componentes inflamatórios periféricos, tais como citocinas e quimiocinas, de indivíduos com três meses de alta hospitalar da COVID-19. Portanto, sugere-se que o exercício supervisionado pode atenuar o processo inflamatório associado à COVID-19 e suas complicações.

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  • Introdução: A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2, que induz uma alta liberação de quimiocinas e citocinas pró-inflamatórias, levando a distúrbios sistêmicos graves. Além disso, as evidências mostraram que os pacientes com COVID-19 recuperados ainda apresentam alguns sintomas e distúrbios do COVID-19. O exercício físico pode trazer muitos benefícios para a saúde. É conhecido por ser um potente regulador do sistema imunológico, que inclui frequência, intensidade, duração e supervisão de um profissional. Face ao confinamento e isolamento social ou internamento dos doentes com COVID-19, a população tornou-se sedentária ou optou pelo exercício físico em casa, assumindo a garantia dos efeitos benéficos do exercício físico e reduzindo a exposição ao SARS-CoV-2.Objetivo: Elucidar os efeitos da atividade física na defesa imunológica e resposta inflamatória mediada pelo SARS-CoV-2. Além disso, investigar os efeitos de um protocolo de exercício supervisionado e um protocolo de exercício não supervisionado em casa sobre os níveis séricos de quimiocinas e citocinas em pacientes com COVID-19 recuperados. Métodos: Este estudo foi um ensaio clínico prospectivo, paralelo e de dois braços. Vinte e quatro pacientes com COVID-19 moderado a grave concluíram os protocolos de intervenção deste estudo. Os participantes foram submetidos a um protocolo de exercício supervisionado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco ou a exercícios domiciliares não supervisionados por 12 semanas. Analisamos os níveis séricos de quimiocinas (CXCL8/IL-8, CCL5/RANTES, CXCL9/MIG, CCL2/MCP-1 e CXCL10/IP-10) e citocinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL -10, IL-17A, TNF-α e IFN-γ). Resultados: Antes das intervenções, não foram observadas diferenças significativas nos níveis séricos de quimiocinas e citocinas entre os grupos de exercícios supervisionados e não supervisionados em casa. Os níveis de CXCL8/IL-8 (p = 0,04), CCL2/MCP-1 (p = 0,03) e IFN-γ (p = 0,004) diminuíram após 12 semanas de exercício supervisionado. Paralelamente, foi observado aumento de IL-2 (p = 0,02), IL-6 (p = 0,03), IL-4 (p = 0,006) e IL-10 (p = 0,04) após o protocolo supervisionado em comparação com níveis pré-intervenção. Nenhuma diferença significativa em todas as quimiocinas e citocinas foi encontrada após 12 semanas do protocolo de exercícios não supervisionados em casa. Conclusão: Diante dos resultados, o presente estudo observou que o exercício supervisionado foi capaz de modular a resposta imune em indivíduos com pós-COVID-19, sugerindo que o exercício supervisionado pode atenuar o processo inflamatório associado ao COVID-19 e seus distúrbios.

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  • ROMUALDO BRANDAO COSTA JUNIOR
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DE UMA COLAGENASE PRODUZIDA POR Aspergillus terreus UCP1276

  • Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • JUANIZE MATIAS DA SILVA BATISTA
  • MARCIA NIEVES CARNEIRO DA CUNHA
  • MARLLYN MARQUES DA SILVA
  • THIAGO PAJEÚ NASCIMENTO
  • Data: 30/06/2023

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  • Nos últimos anos, o ultrassom (US) tem sido usado com sucesso em um grande número de Bioprocessos na área da biotecnologia, tais como no melhoramento (upregulation) da hidrólise enzimática (biocatálise). O uso do US no tratamento ou pré-tratamento são supostamente vistos para ativar/acelerar a catálise enzimática e consequentemente melhorar a formação do produto. Tais métodos podem oferecer alta eficiência de bioconversão enzimática e produção de novos peptídeos biologicamente ativos. Com a aplicação extensiva de reações enzimáticas em diferentes áreas, melhorar a eficiência atraiu a atenção de empresas com o intuito de reduzir custos. Existem três alvos em todas as reações enzimáticas: a enzima, o substrato e a reação por completa, e já se sabe que o US é capaz de acelerar a reação em alvos diferentes. As colagenases são proteases capazes de degradar o colágeno nativo e desnaturado, com aplicações relevantes em couro, alimentos, indústrias farmacêuticas e cosméticas, bem como na área médica visando o tratamento de queimaduras e feridas. A presente pesquisa mostra a potencial aplicação do US na enzima colagenase purificada de Aspergillus terreus UCP1276 como uma técnica biotecnológica para melhorar as aplicações biomédicas. Os resultados demonstraram um real e significativo aumento na atividade da colagenase sendo percebida pela degradação do colágeno tipo I associada a um aumento da atividade da enzima mesmo na presença de inibidores. Além disso, quando a colagenase purificada foi submetida à exposição ao US, tornou-se mais eficaz para degradar o colágeno tipo I e produzir peptídeos biologicamente ativos em ensaios de atividade anticoagulante. Os resultados obtidos nos ensaios de cicatrização tecidual evidenciaram a eficiência dos peptídeos oriundos do colágeno na redução do período de tratamento das lesões, sugerindo que a permeabilidade celular, bem como ativação de citocinas podem ter induzido ao processo cicatricial. Dessa forma, os resultados indicam a efetividade do ultrassom de baixa frequência na atividade enzimática com uma visão de aplicabilidade comercial do bioprocesso.


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  • Nos últimos anos, o ultrassom (US) tem sido usado com sucesso em um grande número de Bioprocessos na área da biotecnologia, tais como no melhoramento (upregulation) da hidrólise enzimática (biocatálise). O uso do US no tratamento ou pré-tratamento são supostamente vistos para ativar/acelerar a catálise enzimática e consequentemente melhorar a formação do produto. Tais métodos podem oferecer alta eficiência de bioconversão enzimática e produção de novos peptídeos biologicamente ativos. Com a aplicação extensiva de reações enzimáticas em diferentes áreas, melhorar a eficiência atraiu a atenção de empresas com o intuito de reduzir custos. Existem três alvos em todas as reações enzimáticas: a enzima, o substrato e a reação por completa, e já se sabe que o US é capaz de acelerar a reação em alvos diferentes. As colagenases são proteases capazes de degradar o colágeno nativo e desnaturado, com aplicações relevantes em couro, alimentos, indústrias farmacêuticas e cosméticas, bem como na área médica visando o tratamento de queimaduras e feridas. A presente pesquisa mostra a potencial aplicação do US na enzima colagenase purificada de Aspergillus terreus UCP1276 como uma técnica biotecnológica para melhorar as aplicações biomédicas. Os resultados demonstraram um real e significativo aumento na atividade da colagenase sendo percebida pela degradação do colágeno tipo I associada a um aumento da atividade da enzima mesmo na presença de inibidores. Além disso, quando a colagenase purificada foi submetida à exposição ao US, tornou-se mais eficaz para degradar o colágeno tipo I e produzir peptídeos biologicamente ativos em ensaios de atividade anticoagulante. Os resultados obtidos nos ensaios de cicatrização tecidual evidenciaram a eficiência dos peptídeos oriundos do colágeno na redução do período de tratamento das lesões, sugerindo que a permeabilidade celular, bem como ativação de citocinas podem ter induzido ao processo cicatricial. Dessa forma, os resultados indicam a efetividade do ultrassom de baixa frequência na atividade enzimática com uma visão de aplicabilidade comercial do bioprocesso.

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  • WAGNER SOUZA LEITE
  • IMPACTO DE DIFERENTES MÉTODOS DE TITULAÇÃO DA PRESSÃO POSITIVA EXPIRATÓRIA FINAL EM DESFECHOS CLÍNICOS, FISIOLÓGICOS E SEGURANÇA DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA ASSOCIADA A COVID-19 
  • Orientador : ARMELE DE FATIMA DORNELAS DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AUDIE ROLLIN ROLDAN MORI
  • ROBERTA RIBEIRO DE SANTIS SANTIAGO
  • ARMELE DE FATIMA DORNELAS DE ANDRADE
  • DANIELLA CUNHA BRANDAO
  • MARCIA SOUZA VOLPE
  • Data: 05/07/2023

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  • Dentre as estratégias de ventilação mecânica invasiva (VM), o recrutamento alveolar e a titulação da pressão positiva expiratória final (PEEP) são utilizados para melhorar a oxigenação em pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica por COVID-19. Considerando a existência de diferentes métodos de titulação da PEEP, sem evidências de superioridade entre estes, o objetivo geral desta tese foi comparar três métodos de titulação da PEEP em pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica aguda associada a COVID-19 quanto aos desfechos clínicos e fisiológicos. Foi conduzido um ensaio clínico randomizado (NCT 05024500) envolvendo adultos com COVID-19 sob VM randomizados nos grupos de titulação da PEEP pela: 1) tomografia de impedância elétrica (PEEP-TIE), 2) driving pressure (PEEP-DP) ou 1) estratégia ARDSNet (PEEP-ARDSNet). Uma manobra de recrutamento alveolar parcial antecedeu a titulação da PEEP nos grupos DP e TIE. O desfecho primário foi lesão pulmonar aguda (escore de Murray) e os desfechos secundários incluíram oxigenação, driving pressure, complacência estática do sistema respiratório (Crs) e ventilação pulmonar regional monitoradas até 4 horas após as intervenções. Também foram avaliadas efeitos adversos relacionados a estabilidade clínica. Os resultados são apresentados em dois manuscritos originais e um artigo. MANUSCRITO 1: envolveu 75 sujeitos (25 em cada grupo) e detectou superioridade da TIE em relação a ARDSNet em reduzir o escore de lesão pulmonar (OR ponderado pela PaO2/FiO2 de 4,96, IC95% 1,06 – 23,16; p=0,04). Secundariamente, também houve efeito de redução da DP (OR 6.6, 2.6-17.07 e OR 7.02, 2.7-18.2) e de aumento de Crs (OR 7.02, 2.7-18.2 e OR 5.94, 2.28-15.5) pela EIT (p< 0.001) e DP (p< 0.001), respectivamente, comparados à estratégia ARDSNet. O grupo TIE apresentou aumento na resposta à oxigenação (PaO2/FiO2 > 20 mmHg) perante à outras estratégias. MANUSCRITO 2: descreve uma análise secundária dos efeitos adversos e alterações hemodinâmicas e respiratórias associadas ao recrutamento parcial, manobras de titulação de PEEP e no follow-up. Os efeitos adversos foram categorizados como sérios e em não-sérios relacionados a frequência cardíaca, pressão arterial, vasopressores e análise gasométrica. Nenhum efeito adverso sério foi observado e dos não-sérios, o recrutamento parcial induziu uma redução na pressão arterial média (≤ 60 mmHg) e dessaturação (SpO2 < 88%) em 26% e 12% da amostra, respectivamente. No follow-up ocorreu bradicardia (14%), hipotensão (10%) e acidose respiratória (18%), de curta duração. ARTIGO: é um relato de caso que descreve o risco de barotrauma em tempo real pelo padrão de ventilação regional entre pulmões durante incremento de PEEP em um paciente com COVID-19 e tuberculose, publicado na revista "Acute and Critical Care" (10.4266/acc.2022.00920). Em conclusão, os resultados desta tese sugerem que a titulação da PEEP pela TIE reduziu o escore de lesão pulmonar comparados com a estratégia ARDSNet, considerando o grau de hipoxemia. As titulações pela TIE e DP superaram a titulação pela ARDSNet para os efeitos de resposta à oxigenação, driving pressure e complacência. O recrutamento parcial precedente à titulação por DP ou TIE não resultou efeitos adversos sérios e em relação aos não-sérios foram transitórios.

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  • Dentre as estratégias de ventilação mecânica invasiva (VM), o recrutamento alveolar e a titulação da pressão positiva expiratória final (PEEP) são utilizados para melhorar a oxigenação em pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica por COVID-19. Considerando a existência de diferentes métodos de titulação da PEEP, sem evidências de superioridade entre estes, o objetivo geral desta tese foi comparar três métodos de titulação da PEEP em pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica aguda associada a COVID-19 quanto aos desfechos clínicos e fisiológicos. Foi conduzido um ensaio clínico randomizado (NCT 05024500) envolvendo adultos com COVID-19 sob VM randomizados nos grupos de titulação da PEEP pela: 1) tomografia de impedância elétrica (PEEP-TIE), 2) driving pressure (PEEP-DP) ou 1) estratégia ARDSNet (PEEP-ARDSNet). Uma manobra de recrutamento alveolar parcial antecedeu a titulação da PEEP nos grupos DP e TIE. O desfecho primário foi lesão pulmonar aguda (escore de Murray) e os desfechos secundários incluíram oxigenação, driving pressure, complacência estática do sistema respiratório (Crs) e ventilação pulmonar regional monitoradas até 4 horas após as intervenções. Também foram avaliadas efeitos adversos relacionados a estabilidade clínica. Os resultados são apresentados em dois manuscritos originais e um artigo. MANUSCRITO 1: envolveu 75 sujeitos (25 em cada grupo) e detectou superioridade da TIE em relação a ARDSNet em reduzir o escore de lesão pulmonar (OR ponderado pela PaO2/FiO2 de 4,96, IC95% 1,06 – 23,16; p=0,04). Secundariamente, também houve efeito de redução da DP (OR 6.6, 2.6-17.07 e OR 7.02, 2.7-18.2) e de aumento de Crs (OR 7.02, 2.7-18.2 e OR 5.94, 2.28-15.5) pela EIT (p< 0.001) e DP (p< 0.001), respectivamente, comparados à estratégia ARDSNet. O grupo TIE apresentou aumento na resposta à oxigenação (PaO2/FiO2 > 20 mmHg) perante à outras estratégias. MANUSCRITO 2: descreve uma análise secundária dos efeitos adversos e alterações hemodinâmicas e respiratórias associadas ao recrutamento parcial, manobras de titulação de PEEP e no follow-up. Os efeitos adversos foram categorizados como sérios e em não-sérios relacionados a frequência cardíaca, pressão arterial, vasopressores e análise gasométrica. Nenhum efeito adverso sério foi observado e dos não-sérios, o recrutamento parcial induziu uma redução na pressão arterial média (≤ 60 mmHg) e dessaturação (SpO2 < 88%) em 26% e 12% da amostra, respectivamente. No follow-up ocorreu bradicardia (14%), hipotensão (10%) e acidose respiratória (18%), de curta duração. ARTIGO: é um relato de caso que descreve o risco de barotrauma em tempo real pelo padrão de ventilação regional entre pulmões durante incremento de PEEP em um paciente com COVID-19 e tuberculose, publicado na revista "Acute and Critical Care" (10.4266/acc.2022.00920). Em conclusão, os resultados desta tese sugerem que a titulação da PEEP pela TIE reduziu o escore de lesão pulmonar comparados com a estratégia ARDSNet, considerando o grau de hipoxemia. As titulações pela TIE e DP superaram a titulação pela ARDSNet para os efeitos de resposta à oxigenação, driving pressure e complacência. O recrutamento parcial precedente à titulação por DP ou TIE não resultou efeitos adversos sérios e em relação aos não-sérios foram transitórios.

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  • JOSE NOE DA SILVA JUNIOR
  • BIOATIVOS DE MICROALGAS COM EFEITO IMUNOMODULAROR E ANTI-Trypanosoma cruzi

  • Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • RAQUEL PEDROSA BEZERRA
  • Data: 27/07/2023

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  • A doença de Chagas (DC), causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, é uma enfermidade negligenciada que pode ser transmitida a seres humanos principalmente pela ação vetorial. No curso da infecção, o sistema imune desempenha um papel essencial no controle da infecção, mediante o recrutamento de células fagocíticas que estimulam o processo inflamatório, via citocinas do perfil Th1, enquanto citocinas do perfil Th2 controlam a inflamação, impedindo a progressão da doença e lesões teciduais. A terapia para DC é restrita ao uso dos medicamentos Benzonidazol (BZ) e Nifurtimox (NF), no entanto, ambas são tóxicas e pouco eficazes na fase crônica da doença. Neste contexto, as microalgas representam uma alternativa viável na terapia para DC, visto que são organismos de fácil cultivo e produzem compostos bioativos que induzem ação tripanocida e moduladora da resposta imune. Diante disso, o objetivo deste trabalho consistiu na avaliação da atividade anti-T.cruzi e imunomoduladora de compostos obtidos das microalgas Chlorella vulgaris e Tetradesmus obliquus. As microalgas foram cultivadas em meio enriquecido de sais, sob aeração constante e presença de CO2, sendo a biomassa obtida após a fase exponencial de crescimento por centrifugação. A biomassa liofilizada foi dissolvida em tampão Tris-HCl a 0,2 M e pH 7,2, sendo submetida ao processo de sonicação para obtenção do extrato aquoso. Foram determinados os índices de seletividade (ISe) dos extratos, através da razão entre a concentração citotóxica mínima (CC50) em células humanas, e concentração inibitória mínima (IC50) em formas tripomastigotas. Ambos os extratos, em suas concentrações inibitórias mínimas (IC50), foram avaliados quanto à modulação da resposta imune em células infectadas ou não com T. cruzi. Os ensaios demonstraram que o extrato de T. obliquus foi mais seletivo contra T. cruzi comparado ao de C. vulgaris (ISe = 16,8 e 8,9, respectivamente). Além disso, T. obliquus, na concentração de 15,08 μg/ml (IC50) também foi eficiente na modulação da resposta imune, mediante a expressão do fator de necrose tumoral (TNF) e da interleucina-10 (IL-10). Por outro lado, C. vulgaris, na concentração de 112,10 μg/ml (IC50), diminuiu os níveis de interferon (IFN), reduzindo, portanto, o processo inflamatório, e também estimulou a produção de TNF, que é essencial no controle da parasitemia. Posteriormente, o extrato de T. obliquus, sendo o mais seletivo contra T. cruzi, foi submetido ao fracionamento proteico mediante precipitação salina, com sulfato de amônio, em frações de 20 a 80%. A fração proteica de 40%, com maior inibição do parasita (89%), foi purificada a partir de cromatografia de troca iônica utilizando a coluna DEAE-Sephadex, sendo as absorbâncias avaliadas em 215, 260 e 280 nm. As frações adsorvidas e não adsorvidas obtidas pela cromatografia foram dialisadas em tampão Tris-HCl a 20 mM, por 24 h e avaliadas quanto à ação tripanocida e citotóxica em concentrações variando de 4,68 a 150 μg/ml. A fração não adsorvida foi eficaz contra T. cruzi, com IC50 = 58,7 μg/ml e também não apresentou toxicidade em células humanas em nenhuma concentração testada (CC50 > 150 μg/ml). Deste modo, extratos e proteínas obtidas de microalgas apresentaram dados promissores no que se refere a novos alvos terapêuticos para a DC, como baixa toxicidade, ação em concentrações mínimas e controle do processo inflamatório no curso da infecção.


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  • A doença de Chagas (DC), causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, é uma enfermidade negligenciada que pode ser transmitida a seres humanos principalmente pela ação vetorial. No curso da infecção, o sistema imune desempenha um papel essencial no controle da infecção, mediante o recrutamento de células fagocíticas que estimulam o processo inflamatório, via citocinas do perfil Th1, enquanto citocinas do perfil Th2 controlam a inflamação, impedindo a progressão da doença e lesões teciduais. A terapia para DC é restrita ao uso dos medicamentos Benzonidazol (BZ) e Nifurtimox (NF), no entanto, ambas são tóxicas e pouco eficazes na fase crônica da doença. Neste contexto, as microalgas representam uma alternativa viável na terapia para DC, visto que são organismos de fácil cultivo e produzem compostos bioativos que induzem ação tripanocida e moduladora da resposta imune. Diante disso, o objetivo deste trabalho consistiu na avaliação da atividade anti-T.cruzi e imunomoduladora de compostos obtidos das microalgas Chlorella vulgaris e Tetradesmus obliquus. As microalgas foram cultivadas em meio enriquecido de sais, sob aeração constante e presença de CO2, sendo a biomassa obtida após a fase exponencial de crescimento por centrifugação. A biomassa liofilizada foi dissolvida em tampão Tris-HCl a 0,2 M e pH 7,2, sendo submetida ao processo de sonicação para obtenção do extrato aquoso. Foram determinados os índices de seletividade (ISe) dos extratos, através da razão entre a concentração citotóxica mínima (CC50) em células humanas, e concentração inibitória mínima (IC50) em formas tripomastigotas. Ambos os extratos, em suas concentrações inibitórias mínimas (IC50), foram avaliados quanto à modulação da resposta imune em células infectadas ou não com T. cruzi. Os ensaios demonstraram que o extrato de T. obliquus foi mais seletivo contra T. cruzi comparado ao de C. vulgaris (ISe = 16,8 e 8,9, respectivamente). Além disso, T. obliquus, na concentração de 15,08 μg/ml (IC50) também foi eficiente na modulação da resposta imune, mediante a expressão do fator de necrose tumoral (TNF) e da interleucina-10 (IL-10). Por outro lado, C. vulgaris, na concentração de 112,10 μg/ml (IC50), diminuiu os níveis de interferon (IFN), reduzindo, portanto, o processo inflamatório, e também estimulou a produção de TNF, que é essencial no controle da parasitemia. Posteriormente, o extrato de T. obliquus, sendo o mais seletivo contra T. cruzi, foi submetido ao fracionamento proteico mediante precipitação salina, com sulfato de amônio, em frações de 20 a 80%. A fração proteica de 40%, com maior inibição do parasita (89%), foi purificada a partir de cromatografia de troca iônica utilizando a coluna DEAE-Sephadex, sendo as absorbâncias avaliadas em 215, 260 e 280 nm. As frações adsorvidas e não adsorvidas obtidas pela cromatografia foram dialisadas em tampão Tris-HCl a 20 mM, por 24 h e avaliadas quanto à ação tripanocida e citotóxica em concentrações variando de 4,68 a 150 μg/ml. A fração não adsorvida foi eficaz contra T. cruzi, com IC50 = 58,7 μg/ml e também não apresentou toxicidade em células humanas em nenhuma concentração testada (CC50 > 150 μg/ml). Deste modo, extratos e proteínas obtidas de microalgas apresentaram dados promissores no que se refere a novos alvos terapêuticos para a DC, como baixa toxicidade, ação em concentrações mínimas e controle do processo inflamatório no curso da infecção.

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  • RENATA CARVALHO DE MIRANDA CHAVES
  • ANÁLISE PROTEÔMICA DO CANCER GÁSTRICO REVELA UM NOVO BIOMARCADOR EM POTENCIAL

  • Orientador : DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • FLAVIO KREIMER
  • SINARA MÔNICA VITALINO DE ALMEIDA
  • Data: 30/08/2023

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  • INTRODUÇÃO: O câncer gástrico continua sendo um problema de saúde mundial, que ainda carece de melhor compreensão de sua biologia. Suas taxas de incidência e prognóstico em diferentes regiões geográficas, bem como sua patogênese, apresentação clínica, expressões genéticas e a presença de mutações distintas tiveram impacto nos comportamentos heterogêneos dos pacientes. Infelizmente, as taxas de sobrevida e controle da doença têm sido modestas, quando comparadas com a melhora em outras neoplasias. MÉTODOS: Foram realizadas endoscopias com exame histológico padrão de biópsias e análises experimentais com amostras de tecido para perfil proteômico. Os indivíduos foram agrupados na coorte da seguinte forma: um grupo controle de seis indivíduos com achados histológicos benignos e um grupo principal de 14 indivíduos diagnosticados com câncer gástrico. Este grupo de pacientes foi dividido em três subconjuntos de acordo com seu grau histopatológico de diferenciação: cinco adenocarcinomas bem diferenciados; três como adenocarcinoma moderadamente diferenciado; e seis como adenocarcinoma pouco diferenciado. RESULTADOS: Um número total de 1.103 proteínas foi identificado entre o grupo controle e os três graus histológicos de amostras de câncer gástrico. O teste ANOVA de amostras múltiplas encontrou um conjunto de 356 proteínas diferencialmente expressas em pelo menos um dos grupos. Entre os 10 principais genes super regulados, a teneurina-4 foi encontrada em todos os estágios histológicos, os quais foram relacionados ao grau histopatológico de diferenciação. Os dados de diferenciação tumoral revelaram que a teneurina-4 foi significativamente maior (p<0,0001) em tumores pouco e indiferenciados em comparação com tumores bem (p<0,01) e moderadamente (p<0,002) diferenciados. CONCLUSÕES: Os níveis de teneurina-4 foram regulados positivamente em todos os graus de diferenciação tumoral, sugerindo que a teneurina-4 pode ser um candidato a biomarcador de câncer gástrico.


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  • INTRODUÇÃO: O câncer gástrico continua sendo um problema de saúde mundial, que ainda carece de melhor compreensão de sua biologia. Suas taxas de incidência e prognóstico em diferentes regiões geográficas, bem como sua patogênese, apresentação clínica, expressões genéticas e a presença de mutações distintas tiveram impacto nos comportamentos heterogêneos dos pacientes. Infelizmente, as taxas de sobrevida e controle da doença têm sido modestas, quando comparadas com a melhora em outras neoplasias. MÉTODOS: Foram realizadas endoscopias com exame histológico padrão de biópsias e análises experimentais com amostras de tecido para perfil proteômico. Os indivíduos foram agrupados na coorte da seguinte forma: um grupo controle de seis indivíduos com achados histológicos benignos e um grupo principal de 14 indivíduos diagnosticados com câncer gástrico. Este grupo de pacientes foi dividido em três subconjuntos de acordo com seu grau histopatológico de diferenciação: cinco adenocarcinomas bem diferenciados; três como adenocarcinoma moderadamente diferenciado; e seis como adenocarcinoma pouco diferenciado. RESULTADOS: Um número total de 1.103 proteínas foi identificado entre o grupo controle e os três graus histológicos de amostras de câncer gástrico. O teste ANOVA de amostras múltiplas encontrou um conjunto de 356 proteínas diferencialmente expressas em pelo menos um dos grupos. Entre os 10 principais genes super regulados, a teneurina-4 foi encontrada em todos os estágios histológicos, os quais foram relacionados ao grau histopatológico de diferenciação. Os dados de diferenciação tumoral revelaram que a teneurina-4 foi significativamente maior (p<0,0001) em tumores pouco e indiferenciados em comparação com tumores bem (p<0,01) e moderadamente (p<0,002) diferenciados. CONCLUSÕES: Os níveis de teneurina-4 foram regulados positivamente em todos os graus de diferenciação tumoral, sugerindo que a teneurina-4 pode ser um candidato a biomarcador de câncer gástrico.

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  • THAYSA WALLERIA DE ARAGAO SANTOS
  • Alterações mitocondriais e estresse oxidativo em mães e seus recém-nascidos

  • Orientador : DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • MARIA DE MASCENA DINIZ MAIA
  • ROSANGELA FERREIRA FRADE DE ARAUJO
  • SANDRA DA SILVA MATTOS
  • SILVANA AUXILIADORA BORDIN DA SILVA
  • Data: 29/09/2023

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  • Introdução: Recém-nascidos (RN) pequenos e grandes para a idade gestacional (PIGs e GIGs, respectivamente) estão mais susceptíveis ao desenvolvimento de doenças na vida adulta em relação a RNs com peso adequado (AIGs). As mitocôndrias podem estar envolvidas tanto na alteração do peso do RN quanto nas alterações metabólicas características desses RNs. Moléculas mitocondriais do estresse oxidativo podem estar relacionadas com alteração do peso ao nascer e com alterações nas vias metabólicas mitocondriais relacionadas a elas. Objetivo: Avaliar o papel de genes envolvidos no estresse oxidativo e do conteúdo mitocondrial nas alterações maternas e de recém-nascidos. Metodologia: Um total de 224 amostras de sangue foram coletadas (112 mães e 112 recém-nascidos) a partir de uma coorte transversal, sendo 10 RN PIGs, 29 RN GIGs e 73 RN AIGs. Todas as amostras tiveram seus níveis de mtDNA determinado a partir de qPCR. Dos 112 RN, 58 (6 RN PIGs, 26 RN GIGs e 26 RN AIGs) tiveram o RNA extraído para análise de expressão através de qPCR dos genes NOS3, SIRT3, SIRT4, SIRT5, PGC-1α, UCP2, UCP3. Mães e RN tiveram suas dosagens bioquímicas determinadas e correlacionadas com os dados clínicos, análises de expressão e de mtDNA. Análises estatísticas foram realizadas no GraphPad Prism e o p<0,05 foi considerado significante. Resultados: Os níveis de expressão de NOS3 e SIRT5 se correlacionaram com o percentil do RN e foram encontrados aumentados em RN GIGs. Houve uma baixa expressão dos genes avaliados em RN PIGs, exceto para as análises de UCP2. O perfil de expressão do SIRT4 e UCP3 em RN GIGs contribui para a regulação do metabolismo lipídico nesses RN. O mtDNA materno influenciou no percentil e nas dosagens de globulinas dos RN e na concentração de triglicerídeos materna. Os níveis de mtDNA não foram relacionados com os IMC materno ou com o ganho de peso durante a gestação. O IMC influenciou no peso e na altura do RN, porém o ganho de peso gestacional não influenciou, apesar de mães de RN PIGs apresentarem maior frequência de ganho de peso gestacional insuficiente. Conclusão: A regulação do estresse oxidativo pelas moléculas avaliadas ocorre de forma diferente em RNs PIGs e GIGs e pode influenciar nas vias que esses genes atuam. O aumento do mtDNA em RN PIGs e a diminuição em RN GIGs podem levar a desregulações do estresse. A diminuição dos níveis de mtDNA em mães de RN PIG e GIG pode levar ao aumento do estresse oxidativo durante a gestação.


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  • Introdução: Recém-nascidos (RN) pequenos e grandes para a idade gestacional (PIGs e GIGs, respectivamente) estão mais susceptíveis ao desenvolvimento de doenças na vida adulta em relação a RNs com peso adequado (AIGs). As mitocôndrias podem estar envolvidas tanto na alteração do peso do RN quanto nas alterações metabólicas características desses RNs. Moléculas mitocondriais do estresse oxidativo podem estar relacionadas com alteração do peso ao nascer e com alterações nas vias metabólicas mitocondriais relacionadas a elas. Objetivo: Avaliar o papel de genes envolvidos no estresse oxidativo e do conteúdo mitocondrial nas alterações maternas e de recém-nascidos. Metodologia: Um total de 224 amostras de sangue foram coletadas (112 mães e 112 recém-nascidos) a partir de uma coorte transversal, sendo 10 RN PIGs, 29 RN GIGs e 73 RN AIGs. Todas as amostras tiveram seus níveis de mtDNA determinado a partir de qPCR. Dos 112 RN, 58 (6 RN PIGs, 26 RN GIGs e 26 RN AIGs) tiveram o RNA extraído para análise de expressão através de qPCR dos genes NOS3, SIRT3, SIRT4, SIRT5, PGC-1α, UCP2, UCP3. Mães e RN tiveram suas dosagens bioquímicas determinadas e correlacionadas com os dados clínicos, análises de expressão e de mtDNA. Análises estatísticas foram realizadas no GraphPad Prism e o p<0,05 foi considerado significante. Resultados: Os níveis de expressão de NOS3 e SIRT5 se correlacionaram com o percentil do RN e foram encontrados aumentados em RN GIGs. Houve uma baixa expressão dos genes avaliados em RN PIGs, exceto para as análises de UCP2. O perfil de expressão do SIRT4 e UCP3 em RN GIGs contribui para a regulação do metabolismo lipídico nesses RN. O mtDNA materno influenciou no percentil e nas dosagens de globulinas dos RN e na concentração de triglicerídeos materna. Os níveis de mtDNA não foram relacionados com os IMC materno ou com o ganho de peso durante a gestação. O IMC influenciou no peso e na altura do RN, porém o ganho de peso gestacional não influenciou, apesar de mães de RN PIGs apresentarem maior frequência de ganho de peso gestacional insuficiente. Conclusão: A regulação do estresse oxidativo pelas moléculas avaliadas ocorre de forma diferente em RNs PIGs e GIGs e pode influenciar nas vias que esses genes atuam. O aumento do mtDNA em RN PIGs e a diminuição em RN GIGs podem levar a desregulações do estresse. A diminuição dos níveis de mtDNA em mães de RN PIG e GIG pode levar ao aumento do estresse oxidativo durante a gestação.

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  • CARLOS RALPH BATISTA LINS
  • Desenvolvimento e caracterização de um modelo animal imunocompetente para a avaliação de uma candidata vacinal contra o Vírus Chikungunya

  • Orientador : PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
  • MARIA DAS GRACAS CARNEIRO DA CUNHA
  • PRISCILLA BARBOSA SALES DE ALBUQUERQUE
  • FABIO LOPES DE MELO
  • JULIO CEZAR DOS SANTOS NASCIMENTO
  • Data: 16/11/2023

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  • O vírus Chikungunya (CHIKV) é um arbovírus que ressurgiu em todo mundo e por conseguinte elevou o impacto global para a saúde pública. Esse vírus é transmitido principalmente pelos vetores: Aedes aegypti e Ae. Albopictus. Para estudo das manifestações clínicas, é preciso produzir modelos in vitro e in vivo com o objetivo de estudar os mecanismos da patogênese e transmissão viral, a fim de auxiliar no desenvolvimento de vacinas e antivirais. Com isso, este estudo teve como objetivo desenvolver e caracterizar um modelo animal imunocompetente para avaliar a patogênese e a eficácia vacinal contra a Chikungunya. Primeiramente, foi realizada a caracterização da infecção, utilizando camundongos selvagens (WT). Os animais foram divididos em 3 grupos, sendo 9 animais por grupo, um grupo controle inoculado somente com anticorpo, um infectado com CHIKV e outro grupo inoculado com o anticorpo associado ao CHIKV pela via intracraniana através do forame pós-glenoide. Os animais foram identificados e observados diariamente por 14 dias, sendo anotados todos os parâmetros clínicos. Foi coletado sangue em dias alternados para detecção da curva viremica por meio da utilização do Kit comercial BIOMOL ZDC. Os camundongos infectados mostraram sinais de doença caracterizado por postura curvada e pelo arrepiado em ambos grupos de infecção. Apesar dos animais dos grupos CHIKV e CHIKV+AC não apresentarem letalidade, o pico viremico foi detectado no D2 p.i. com valor do Ct mais alto para o grupo associado ao anticorpo, sugerindo uma potencialização da infecção. Após o estabelecimento do modelo, um segundo experimento foi realizado no qual se utilizou animais imunizados no intervalo de 15 dias (D0, D15, D30) e desafiado 5 dias após a ultima imunização. Os animais foram divididos em 4 grupos, sendo 5 animais por grupo, um grupo imunizado com a vacina teste (G1), outro imunizado com a vacina sem o C-LAMP (G2), um controle negativo, imunizado com PBS (G3); e um controle positivo, imunizado com o vírus inativado (G4).  Somente o G2 não houve viremia, sugerindo tanto a efetividade do modelo frente a infecção quanto a eficiência vacinal em proteger contra a viremia. Portanto, esse novo modelo resultou em viremia robusta, ausência de morte e em suposta proteção da vacina de DNA, sendo útil em trabalhos com CHIKV.


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  • O vírus Chikungunya (CHIKV) é um arbovírus que ressurgiu em todo mundo e por conseguinte elevou o impacto global para a saúde pública. Esse vírus é transmitido principalmente pelos vetores: Aedes aegypti e Ae. Albopictus. Para estudo das manifestações clínicas, é preciso produzir modelos in vitro e in vivo com o objetivo de estudar os mecanismos da patogênese e transmissão viral, a fim de auxiliar no desenvolvimento de vacinas e antivirais. Com isso, este estudo teve como objetivo desenvolver e caracterizar um modelo animal imunocompetente para avaliar a patogênese e a eficácia vacinal contra a Chikungunya. Primeiramente, foi realizada a caracterização da infecção, utilizando camundongos selvagens (WT). Os animais foram divididos em 3 grupos, sendo 9 animais por grupo, um grupo controle inoculado somente com anticorpo, um infectado com CHIKV e outro grupo inoculado com o anticorpo associado ao CHIKV pela via intracraniana através do forame pós-glenoide. Os animais foram identificados e observados diariamente por 14 dias, sendo anotados todos os parâmetros clínicos. Foi coletado sangue em dias alternados para detecção da curva viremica por meio da utilização do Kit comercial BIOMOL ZDC. Os camundongos infectados mostraram sinais de doença caracterizado por postura curvada e pelo arrepiado em ambos grupos de infecção. Apesar dos animais dos grupos CHIKV e CHIKV+AC não apresentarem letalidade, o pico viremico foi detectado no D2 p.i. com valor do Ct mais alto para o grupo associado ao anticorpo, sugerindo uma potencialização da infecção. Após o estabelecimento do modelo, um segundo experimento foi realizado no qual se utilizou animais imunizados no intervalo de 15 dias (D0, D15, D30) e desafiado 5 dias após a ultima imunização. Os animais foram divididos em 4 grupos, sendo 5 animais por grupo, um grupo imunizado com a vacina teste (G1), outro imunizado com a vacina sem o C-LAMP (G2), um controle negativo, imunizado com PBS (G3); e um controle positivo, imunizado com o vírus inativado (G4).  Somente o G2 não houve viremia, sugerindo tanto a efetividade do modelo frente a infecção quanto a eficiência vacinal em proteger contra a viremia. Portanto, esse novo modelo resultou em viremia robusta, ausência de morte e em suposta proteção da vacina de DNA, sendo útil em trabalhos com CHIKV.

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  • FABIANA GOMES ARAGÃO MAGALHÃES FEITOSA
  • Discrepâncias no diagnóstico de hipertensão em adolescentes de acordo com os critérios disponíveis de pressão arterial elevada no consultório e em casa

  • Orientador : WILSON NADRUZ JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • ROBERTO DISCHINGER MIRANDA
  • SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
  • WILSON NADRUZ JUNIOR
  • Data: 12/12/2023

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  • A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica e está associada a maior risco cardiovascular. O aumento de sobrepeso e obesidade na faixa etária pediátrica tem sido relacionado ao aumento da HA nesse grupo de pacientes. Este estudo teve como objetivo comparar a prevalência de fenótipos alterados de pressão arterial (PA) entre 241 adolescentes encaminhados para avaliação de hipertensão (15,4±1,4 anos, 62% homens, 40% obesos) de acordo com os critérios mais utilizados ou disponíveis para hipertensão [critérios Academia Americana de Pediatria (AAP) ou Sociedade Européia de Cardiologia (SEC) para hipertensão arterial (HA) em consultório; Critérios das escolas de Arsakeion ou Goiânia para monitorização residencial da PA (MRPA)]. Prevalências de HÁ em consultório foram maiores quando definidas pela AAP em comparação com os critérios da SEC (43,5% vs. 24,5%; p<0,001), enquanto prevalências de hipertensão arterial pela MRPA foram semelhantes entre os critérios de Arsakeion e Goiânia (33,5% e 37,5%; p=0,34). Cinquenta e cinco por cento da amostra preencheram pelo menos um critério para PA elevada, mas apenas 31% desta subamostra cumpriu todos os quatro critérios. Independentemente dos critérios de MRPA, os limiares da AAP foram associados a menor prevalência de normotensão e hipertensão mascarada e maior prevalência de avental branco e hipertensão sustentada do que os limiares da ESH. Esses achados apoiam a necessidade de padronizar a definição de hipertensão entre adolescentes.


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  • A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica e está associada a maior risco cardiovascular. O aumento de sobrepeso e obesidade na faixa etária pediátrica tem sido relacionado ao aumento da HA nesse grupo de pacientes. Este estudo teve como objetivo comparar a prevalência de fenótipos alterados de pressão arterial (PA) entre 241 adolescentes encaminhados para avaliação de hipertensão (15,4±1,4 anos, 62% homens, 40% obesos) de acordo com os critérios mais utilizados ou disponíveis para hipertensão [critérios Academia Americana de Pediatria (AAP) ou Sociedade Européia de Cardiologia (SEC) para hipertensão arterial (HA) em consultório; Critérios das escolas de Arsakeion ou Goiânia para monitorização residencial da PA (MRPA)]. Prevalências de HÁ em consultório foram maiores quando definidas pela AAP em comparação com os critérios da SEC (43,5% vs. 24,5%; p<0,001), enquanto prevalências de hipertensão arterial pela MRPA foram semelhantes entre os critérios de Arsakeion e Goiânia (33,5% e 37,5%; p=0,34). Cinquenta e cinco por cento da amostra preencheram pelo menos um critério para PA elevada, mas apenas 31% desta subamostra cumpriu todos os quatro critérios. Independentemente dos critérios de MRPA, os limiares da AAP foram associados a menor prevalência de normotensão e hipertensão mascarada e maior prevalência de avental branco e hipertensão sustentada do que os limiares da ESH. Esses achados apoiam a necessidade de padronizar a definição de hipertensão entre adolescentes.

2022
Dissertações
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  • RODRIGO BEZERRA
  • PERFIL CLÍNICO E DESFECHOS DE PACIENTES CRITICAMENTE DOENTES COM LESÃO RENAL AGUDA INFECTADOS PELO SARS-CoV-2: UM ESTUDO OBSERVACIONAL

  • Orientador : JONES OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE BRAGA LIBÓRIO
  • GUSTAVO FERNANDES FERREIRA
  • JONES OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE
  • Data: 16/02/2022

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  • Os primeiros relatos indicam que a Lesão Renal Aguda (LRA) é comum durante a infecção por COVID-19. Diferentes taxas de mortalidade de LRA por SARS-CoV-2 têm sido relatadas, com base no grau de disfunção orgânica e variando de hospitais públicos a privados. No entanto, faltam dados sobre LRA em pacientes gravemente enfermos com COVID-19. Realizamos um estudo de coorte multicêntrico com 424 adultos gravemente enfermos com síndrome respiratória aguda grave (SARS) e LRA, ambas associadas à SARS-CoV-2, internados em seis UTIs públicas no Brasil. Usamos regressão logística multivariável para identificar os fatores de risco para gravidade da LRA e mortalidade intra-hospitalar. Evidenciamos uma média de idade de 66,42 ± 13,79 anos, 90,3% estavam em ventilação mecânica (VM), 76,6% estavam no estágio 3 do KDIGO e 79% realizavam hemodiálise. A mortalidade geral foi de 90,1%. Encontramos maior frequência de diálise (82,7% versus 45,2%), VM (95% versus 47,6%), vasopressores (81,2% versus 35,7%) (p < 0,001) e LRA grave (79,3% versus 52,4%; p = 0,002) em não sobreviventes. VM, vasopressores, diálise, LRA associada à sepse e óbito (p < 0,001) foram mais frequentes no KDIGO 3. A regressão logística para óbito demonstrou associação com VM (OR = 8,44; IC 3,43–20,74) e vasopressores (OR = 2,93; IC 1,28–6,71; p < 0,001). LRA grave e necessidade de diálise não foram fatores de risco independentes para óbito. VM (OR = 2,60; IC 1,23–5,45) e vasopressores (OR = 1,95; IC 1,12–3,99) também foram fatores de risco independentes para KDIGO 3 (p < 0,001). Concluímos que pacientes criticamente enfermos com SARS e LRA por COVID-19 tiveram alta mortalidade nesta coorte. A mortalidade foi amplamente determinada pela necessidade de ventilação mecânica e vasopressores, e não pela gravidade da LRA.


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  • Os primeiros relatos indicam que a Lesão Renal Aguda (LRA) é comum durante a infecção por COVID-19. Diferentes taxas de mortalidade de LRA por SARS-CoV-2 têm sido relatadas, com base no grau de disfunção orgânica e variando de hospitais públicos a privados. No entanto, faltam dados sobre LRA em pacientes gravemente enfermos com COVID-19. Realizamos um estudo de coorte multicêntrico com 424 adultos gravemente enfermos com síndrome respiratória aguda grave (SARS) e LRA, ambas associadas à SARS-CoV-2, internados em seis UTIs públicas no Brasil. Usamos regressão logística multivariável para identificar os fatores de risco para gravidade da LRA e mortalidade intra-hospitalar. Evidenciamos uma média de idade de 66,42 ± 13,79 anos, 90,3% estavam em ventilação mecânica (VM), 76,6% estavam no estágio 3 do KDIGO e 79% realizavam hemodiálise. A mortalidade geral foi de 90,1%. Encontramos maior frequência de diálise (82,7% versus 45,2%), VM (95% versus 47,6%), vasopressores (81,2% versus 35,7%) (p < 0,001) e LRA grave (79,3% versus 52,4%; p = 0,002) em não sobreviventes. VM, vasopressores, diálise, LRA associada à sepse e óbito (p < 0,001) foram mais frequentes no KDIGO 3. A regressão logística para óbito demonstrou associação com VM (OR = 8,44; IC 3,43–20,74) e vasopressores (OR = 2,93; IC 1,28–6,71; p < 0,001). LRA grave e necessidade de diálise não foram fatores de risco independentes para óbito. VM (OR = 2,60; IC 1,23–5,45) e vasopressores (OR = 1,95; IC 1,12–3,99) também foram fatores de risco independentes para KDIGO 3 (p < 0,001). Concluímos que pacientes criticamente enfermos com SARS e LRA por COVID-19 tiveram alta mortalidade nesta coorte. A mortalidade foi amplamente determinada pela necessidade de ventilação mecânica e vasopressores, e não pela gravidade da LRA.

2
  • RENATTA PRISCILLA FERREIRA SILVA
  • ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL E LEVODOPA COMO UMA ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON UTILIZANDO ZEBRAFISH (Danio rerio) COMO MODELO ANIMAL
  • Orientador : PABYTON GONÇALVES CADENA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARÍLIA RIBEIRO SALES CADENA
  • PABYTON GONÇALVES CADENA
  • PAULO ROBERTO ELEUTERIO DE SOUZA
  • Data: 24/02/2022

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  • A doença de Parkinson (DP) é mundialmente considerada a segunda doença neurodegenerativa mais comum entre pessoas com idade acima dos 60 anos. Esta causa em seus pacientes à degeneração progressiva e irreversível de células do sistema nervoso central (SNC), provocando uma perda gradativa das funções motoras, fisiológicas e da capacidade cognitiva. Em nosso estudo utilizamos a Rotenona (ROT), uma molécula orgânica natural que em excesso, degenera neurônios dopaminérgicos induzindo sua morte e deformando corpúsculos de Lewy. Esse pesticida é um protótipo de toxina exógena com atributos clínicos de Parkinson-like em modelo animal. Os medicamentos utilizados no tratamento da DP têm por objetivo estimular o aumento da neurotransmissão dopaminérgica, como exemplo, a levodopa (L-DOPA). Seu uso em longo prazo causa em seus pacientes efeitos colaterais como complicações motoras, discinésia induzida, entre outros. Contudo, para neutralizar os efeitos adversos causados pela L-DOPA, existe uma necessidade por alternativas terapêuticas que possam reduzir as doses e minimizar seus efeitos colaterais provocados pelo seu tempo e uso. Diante disso, existe um interesse em encontrar alternativas terapêuticas eficientes na modificação do quadro evolutivo da doença, através da introdução dos bioprodutos de origem vegetal, por exemplo. Dentre as espécies vegetais com potencial terapêutico podemos citar o óleo essencial de pimenta negra, Piper nigrum. Este óleo possui ação neuroprotetora, segundo a literatura, é eficiente no tratamento da Doença de Alzheimer (DA). Diante desse fato, nosso foco é aplicar novas tecnologias farmacêuticas a base de óleos essenciais associados a L-dopa com intuito de utilizá-los como uma inovação para o tratamento da DP. Onde serão utilizados como modelo experimental embriões da espécie Danio rerio, conhecidos como Zebrafish em condições laboratoriais adequadas, os animais serão expostos à ROT e tratados com L-dopa e Piper nigrum em diferentes concentrações e na sequencia alguns parâmetros, relacionados com a eclosão, efeitos teratogênicos, mortalidade, testes comportamentais e de sensibilidade, bem como a morfometria dos embriões, serão avaliados durante o período de exposição dos animais. Assim, ao final do estudo acredita-se que será possível entender os efeitos provocados nos embriões de peixe-zebra no tratamento da doença através da administração das substâncias utilizadas e com isso, identificarmos se o óleo essencial de pimenta negra também é eficiente no tratamento da DP assim como é eficiente no tratamento da DA.


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  • A doença de Parkinson (DP) é mundialmente considerada a segunda doença neurodegenerativa mais comum entre pessoas com idade acima dos 60 anos. Esta causa em seus pacientes à degeneração progressiva e irreversível de células do sistema nervoso central (SNC), provocando uma perda gradativa das funções motoras, fisiológicas e da capacidade cognitiva. Em nosso estudo utilizamos a Rotenona (ROT), uma molécula orgânica natural que em excesso, degenera neurônios dopaminérgicos induzindo sua morte e deformando corpúsculos de Lewy. Esse pesticida é um protótipo de toxina exógena com atributos clínicos de Parkinson-like em modelo animal. Os medicamentos utilizados no tratamento da DP têm por objetivo estimular o aumento da neurotransmissão dopaminérgica, como exemplo, a levodopa (L-DOPA). Seu uso em longo prazo causa em seus pacientes efeitos colaterais como complicações motoras, discinésia induzida, entre outros. Contudo, para neutralizar os efeitos adversos causados pela L-DOPA, existe uma necessidade por alternativas terapêuticas que possam reduzir as doses e minimizar seus efeitos colaterais provocados pelo seu tempo e uso. Diante disso, existe um interesse em encontrar alternativas terapêuticas eficientes na modificação do quadro evolutivo da doença, através da introdução dos bioprodutos de origem vegetal, por exemplo. Dentre as espécies vegetais com potencial terapêutico podemos citar o óleo essencial de pimenta negra, Piper nigrum. Este óleo possui ação neuroprotetora, segundo a literatura, é eficiente no tratamento da Doença de Alzheimer (DA). Diante desse fato, nosso foco é aplicar novas tecnologias farmacêuticas a base de óleos essenciais associados a L-dopa com intuito de utilizá-los como uma inovação para o tratamento da DP. Onde serão utilizados como modelo experimental embriões da espécie Danio rerio, conhecidos como Zebrafish em condições laboratoriais adequadas, os animais serão expostos à ROT e tratados com L-dopa e Piper nigrum em diferentes concentrações e na sequencia alguns parâmetros, relacionados com a eclosão, efeitos teratogênicos, mortalidade, testes comportamentais e de sensibilidade, bem como a morfometria dos embriões, serão avaliados durante o período de exposição dos animais. Assim, ao final do estudo acredita-se que será possível entender os efeitos provocados nos embriões de peixe-zebra no tratamento da doença através da administração das substâncias utilizadas e com isso, identificarmos se o óleo essencial de pimenta negra também é eficiente no tratamento da DP assim como é eficiente no tratamento da DA.

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  • LUANNA DE ÂNGELIS CORREIA DE SOUSA
  • Desenvolvimento e avaliação de nanopartículas revestidas com fucana contra cepa de Mycobacterium tuberculosis sensível e resistente
     
     
  • Orientador : JOSÉ ANTONIO COUTO TEIXEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABIO ROCHA FORMIGA
  • JOSÉ ANTONIO COUTO TEIXEIRA
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • Data: 25/02/2022

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  • A tuberculose continua sendo um problema grave de saúde pública mundial e uma das principais causas de morte por agente infeccioso. Junto a isso, o crescente surgimento de estirpes resistentes e multidroga resistente (MDR e XRD) dificultam ainda mais a contenção da doença. Novas estratégias como melhoramento farmacológico, podendo até mesmo direcionar uma droga a um alvo especifico, capaz de agir contra cepas MDR , facilitar e encurtar o tempo de tratamento são essenciais para os programas de contenção desta epidemia. Desta forma, o objetivo deste estudo é desenvolver, caracterizar e analisar o potencial in vitro de nanopartículas revestidas com fucana, contra cepa de Mycobacterium tuberculosis sensível e resistente como estratégia para o melhoramento do tratamento da doença. Foram desenvolvidas nanopartículas poliméricas de fucana contendo Rifampicina, antimicrobiano utilizado no esquema terapêutico da tuberculose sensível. As nanopartículas apresentaram tamanho entre 300 e 400 nanômetros, com morfologia arredonda e esférica. O potencial antimicrobiano demonstrou concentração inibitória mínima (CIM) de 0,412µg/ml e 1,238µg/ml contra cepas sensível e MDR respectivamente, onde o CIM da MDR foi melhor que a própria Rifampicina. A toxicidade (CC50) do nanopartículado manteve viabilidade celular entre 70% e 90%. Quando combinado com alguns fármacos utilizados no tratamento da doença (Rifampicina, Etambutol, Amicacina e Levofloxacino) demostrou Indicie de Concentração Inibitória Fracionada indiferente (FIC = 0,5 a 4) contra M. tuberculosis sensível e resistente. Expressou ainda efeito bactericida dependente de tempo em M. tuberculosis. Através destes achados demostramos o potencial da nanopartícula revestida fucana, a ser um nanopartículado candidato a otimização e continuação de ensaios pré-clínicos como proposta a um agente antitubercular.


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  • A tuberculose continua sendo um problema grave de saúde pública mundial e uma das principais causas de morte por agente infeccioso. Junto a isso, o crescente surgimento de estirpes resistentes e multidroga resistente (MDR e XRD) dificultam ainda mais a contenção da doença. Novas estratégias como melhoramento farmacológico, podendo até mesmo direcionar uma droga a um alvo especifico, capaz de agir contra cepas MDR , facilitar e encurtar o tempo de tratamento são essenciais para os programas de contenção desta epidemia. Desta forma, o objetivo deste estudo é desenvolver, caracterizar e analisar o potencial in vitro de nanopartículas revestidas com fucana, contra cepa de Mycobacterium tuberculosis sensível e resistente como estratégia para o melhoramento do tratamento da doença. Foram desenvolvidas nanopartículas poliméricas de fucana contendo Rifampicina, antimicrobiano utilizado no esquema terapêutico da tuberculose sensível. As nanopartículas apresentaram tamanho entre 300 e 400 nanômetros, com morfologia arredonda e esférica. O potencial antimicrobiano demonstrou concentração inibitória mínima (CIM) de 0,412µg/ml e 1,238µg/ml contra cepas sensível e MDR respectivamente, onde o CIM da MDR foi melhor que a própria Rifampicina. A toxicidade (CC50) do nanopartículado manteve viabilidade celular entre 70% e 90%. Quando combinado com alguns fármacos utilizados no tratamento da doença (Rifampicina, Etambutol, Amicacina e Levofloxacino) demostrou Indicie de Concentração Inibitória Fracionada indiferente (FIC = 0,5 a 4) contra M. tuberculosis sensível e resistente. Expressou ainda efeito bactericida dependente de tempo em M. tuberculosis. Através destes achados demostramos o potencial da nanopartícula revestida fucana, a ser um nanopartículado candidato a otimização e continuação de ensaios pré-clínicos como proposta a um agente antitubercular.

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  • ROBERTA CARDOSO DE SIQUEIRA
  • Perfil Clínico e epidemiológico dos pacientes com Hidradenite Supurativa, atendidos no Hospital das Clinicas da UFPE, de abril de 2019 a outubro de 2021

  • Orientador : LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • SERGIO CROVELLA
  • CLAUDIA ELISE FERRAZ SILVA
  • Data: 28/04/2022

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  • A Hidradenite Supurativa é uma doença crônica do folículo piloso, recorrente e debilitante, caracterizada por lesões inflamatórias dolorosas e profundas em áreas corporais onde há glândulas apócrinas. A patogenia ainda é mal compreendida e até um terço dos casos tem história familiar. Apresenta difícil manejo e o tratamento precoce pode prevenir a progressão para estágios mais graves da condição. Há poucos dados sobre a hidradenite supurativa no Brasil e não há publicações sobre a doença em Pernambuco. O objetivo principal deste estudo é descrever o perfil clínico-epidemiológico de pacientes portadores de hidradenite supurativa, atendidos no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Em adição o estudo visa estabelecer a ocorrência familiar/hereditária da doença. Observou-se um predomínio da enfermidade no sexo feminino (61,1%) e maior incidência entre a segunda e a quarta décadas de vida (85,56%). A mediana de tempo entre o início dos sintomas até o diagnóstico foi de 4 anos (Q1 2; Q3 10). As principais comorbidades foram obesidade e sobrepeso (85,9%), ansiedade (42,7%), síndrome metabólica (35,1%) e hipertensão (30%). Não houve relação entre o perfil clínico-epidemiológico com a gravidade da doença. A maioria dos pacientes foi classificada, pelo escore de Hurley, em estágio II (47,8%) e estágio III (44,4%). O comprometimento na qualidade de vida foi moderado a extremamente grande em quase 80% dos casos e se correlacionou positivamente com a gravidade da doença. História familiar foi referida por 15,9% dos participantes, dos quais, um foi selecionado, juntamente com alguns de seus familiares, para a investigação de fatores genéticos associados a hereditariedade. Constatou-se, nesta família, o padrão de herança autossômico dominante e a associação com a doença de Dowling Degos. Além disso, foi identificada uma nova mutação no gene que codifica a proteína nicastrina. Os achados reforçam a importância da qualificação de profissionais de saúde da atenção básica para a identificação e tratamento adequado da doença, precocemente, e do estabelecimento de uma equipe multidisciplinar na assistência aos portadores em Pernambuco. A identificação de nova mutação num caso hereditário pode colaborar com estudos futuros sobre a patogenia da enfermidade e da associação hidradenite supurativa e doença de Dowling Degos.


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  • A Hidradenite Supurativa é uma doença crônica do folículo piloso, recorrente e debilitante, caracterizada por lesões inflamatórias dolorosas e profundas em áreas corporais onde há glândulas apócrinas. A patogenia ainda é mal compreendida e até um terço dos casos tem história familiar. Apresenta difícil manejo e o tratamento precoce pode prevenir a progressão para estágios mais graves da condição. Há poucos dados sobre a hidradenite supurativa no Brasil e não há publicações sobre a doença em Pernambuco. O objetivo principal deste estudo é descrever o perfil clínico-epidemiológico de pacientes portadores de hidradenite supurativa, atendidos no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Em adição o estudo visa estabelecer a ocorrência familiar/hereditária da doença. Observou-se um predomínio da enfermidade no sexo feminino (61,1%) e maior incidência entre a segunda e a quarta décadas de vida (85,56%). A mediana de tempo entre o início dos sintomas até o diagnóstico foi de 4 anos (Q1 2; Q3 10). As principais comorbidades foram obesidade e sobrepeso (85,9%), ansiedade (42,7%), síndrome metabólica (35,1%) e hipertensão (30%). Não houve relação entre o perfil clínico-epidemiológico com a gravidade da doença. A maioria dos pacientes foi classificada, pelo escore de Hurley, em estágio II (47,8%) e estágio III (44,4%). O comprometimento na qualidade de vida foi moderado a extremamente grande em quase 80% dos casos e se correlacionou positivamente com a gravidade da doença. História familiar foi referida por 15,9% dos participantes, dos quais, um foi selecionado, juntamente com alguns de seus familiares, para a investigação de fatores genéticos associados a hereditariedade. Constatou-se, nesta família, o padrão de herança autossômico dominante e a associação com a doença de Dowling Degos. Além disso, foi identificada uma nova mutação no gene que codifica a proteína nicastrina. Os achados reforçam a importância da qualificação de profissionais de saúde da atenção básica para a identificação e tratamento adequado da doença, precocemente, e do estabelecimento de uma equipe multidisciplinar na assistência aos portadores em Pernambuco. A identificação de nova mutação num caso hereditário pode colaborar com estudos futuros sobre a patogenia da enfermidade e da associação hidradenite supurativa e doença de Dowling Degos.

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  • TÂMARA THAIANE ALMEIDA SIQUEIRA
  • DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DE ZEÍNA CONTENDO PIOGLITAZONA

  • Orientador : NEREIDE STELA SANTOS MAGALHAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • NEREIDE STELA SANTOS MAGALHAES
  • NOEMIA PEREIRA DA SILVA SANTOS
  • Data: 12/08/2022

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  • A Demência de Alzheimer (DA) é considerada uma doença neurodegenerativa crônica, cuja etiologia ainda não é clara, mas estudiosos relatam a fisiopatologia associada a resistência à insulina. Atualmente os tratamentos farmacológicos utilizados para a DA não são considerados modificadores da doença, apenas desaceleram a sua progressão. Neste contexto, o fármaco pioglitazona (PGZ), com atividade hipoglicemiante para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo II, tem demonstrado, em estudos recentes, potencial atividade modificadora contra a demência de Alzheimer, entretanto, apresenta cardiotóxicicidade. Com o intuito de utilizar a nanotecnologia farmacêutica para melhorar a eficiência e reduzir a toxicidade da PGZ, o presente estudo teve como objetivo desenvolver nanopartículas (NPs) de Zeína contendo PGZ. Inicialmente, foi realizado o planejamento fatorial Box-Behnken a fim de otimizar a formulação com a variação de dois parâmetros: a proporção zeína/lisina e o volume da fase aquosa. As NPs obtidas foram caracterizadas em relação ao tamanho, índice de polidispersão, potencial zeta e taxa de encapsulação da PGZ. A formulação contendo PGZ (PGZ-ZNP) selecionada pela análise fatorial, apresentou as seguintes características físico-químicas: diâmetro médio de partículas de 200,6 ± 1,4 nm com índice de polidispersão (PDI) de 0,102; potencial zeta de -45,5 ± 3,2 mV e taxa de encapsulação do fármaco de 103,84 ± 28 %. Posteriormente, as NPs foram analisadas através das técnicas de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Infravermelho com Transformada de Fourier (FT-IR) e Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC). As referidas análises comprovam a formação das nanopartículas e sugerirem a encapsulação da PGZ. PGZ-ZNP manteve suas características iniciais após 12 meses de armazenamento a 4°C na forma liofilizada. Os resultados obtidos no presente estudo demonstram o desenvolvimento de nanopartículas estáveis de zeína contendo pioglitazona (PGZ-ZNP) com potencial para ensaios futuros do potencial terapêutico para a doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.


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  • A Demência de Alzheimer (DA) é considerada uma doença neurodegenerativa crônica, cuja etiologia ainda não é clara, mas estudiosos relatam a fisiopatologia associada a resistência à insulina. Atualmente os tratamentos farmacológicos utilizados para a DA não são considerados modificadores da doença, apenas desaceleram a sua progressão. Neste contexto, o fármaco pioglitazona (PGZ), com atividade hipoglicemiante para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo II, tem demonstrado, em estudos recentes, potencial atividade modificadora contra a demência de Alzheimer, entretanto, apresenta cardiotóxicicidade. Com o intuito de utilizar a nanotecnologia farmacêutica para melhorar a eficiência e reduzir a toxicidade da PGZ, o presente estudo teve como objetivo desenvolver nanopartículas (NPs) de Zeína contendo PGZ. Inicialmente, foi realizado o planejamento fatorial Box-Behnken a fim de otimizar a formulação com a variação de dois parâmetros: a proporção zeína/lisina e o volume da fase aquosa. As NPs obtidas foram caracterizadas em relação ao tamanho, índice de polidispersão, potencial zeta e taxa de encapsulação da PGZ. A formulação contendo PGZ (PGZ-ZNP) selecionada pela análise fatorial, apresentou as seguintes características físico-químicas: diâmetro médio de partículas de 200,6 ± 1,4 nm com índice de polidispersão (PDI) de 0,102; potencial zeta de -45,5 ± 3,2 mV e taxa de encapsulação do fármaco de 103,84 ± 28 %. Posteriormente, as NPs foram analisadas através das técnicas de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Infravermelho com Transformada de Fourier (FT-IR) e Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC). As referidas análises comprovam a formação das nanopartículas e sugerirem a encapsulação da PGZ. PGZ-ZNP manteve suas características iniciais após 12 meses de armazenamento a 4°C na forma liofilizada. Os resultados obtidos no presente estudo demonstram o desenvolvimento de nanopartículas estáveis de zeína contendo pioglitazona (PGZ-ZNP) com potencial para ensaios futuros do potencial terapêutico para a doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.

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  • DANIEL DE SIQUEIRA CARVALHO
  • AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DE GENES DO METABOLISMO LIPÍDICO NO MICROAMBIENTE TUMORAL E SUA CORRELAÇÃO PROGNÓSTICA EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA

  • Orientador : ANGELA CASTOLDI DE ALBUQUERQUE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VINICIUS DE ANDRADE OLIVEIRA
  • ANGELA CASTOLDI DE ALBUQUERQUE
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • Data: 29/08/2022

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  • O câncer de mama é a doença neoplásica mais incidente em mulheres no mundo e no Brasil. Consequentemente, uma das principais causas oncológicas de óbito. No Brasil, devido às limitações de rastreio, diagnóstico e acompanhamento uma alta proporção dos casos encontra-se em estádios avançados ao diagnóstico, culminando na necessidade de terapias mais complexas e custosas ao já limitado sistema de saúde, bem como um pior prognóstico. O microambiente tumoral, constituído pelas células neoplásicas, não-neoplásicas e matriz extracelular adjacente, apresenta grande importância na progressão e resistência ao tratamento do câncer ao fornecer um ambiente propício para o desenvolvimento do mesmo através de mediadores tumorais. A via metabólica dos lipídios é de suma importância nesse contexto por ser utilizada pelas células tumorais para produção de energia, estruturas e produtos essenciais na multiplicação, resiliência e disseminação das células tumorais. Em contrapartida, células imunes inseridas no mesmo microambiente também são dependentes de lipídios para diversas funções, com efeitos pró inflamatórios ou reparativos, a depender da estimulação recebida. Apesar dos avanços científicos recentes, existem ainda muitas lacunas a respeito destes mecanismos para que possam ser explorados como sinalizadores de prognóstico, risco elevado de progressão ou até mesmo para fins terapêuticos. Este estudo analisou 34 amostras de câncer de mama de pacientes submetidas à cirurgia, realizando a extração de RNA dos fragmentos tumorais para avaliar por meio de qRT-PCR a expressão dos genes CD36, ACADL, GPAT4, CPT1a e ARG1, envolvidos no metabolismo lipídico de células tumorais e imunes, e sua correlação com os diferentes estágios e subtipos tumorais.


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  • O câncer de mama é a doença neoplásica mais incidente em mulheres no mundo e no Brasil. Consequentemente, uma das principais causas oncológicas de óbito. No Brasil, devido às limitações de rastreio, diagnóstico e acompanhamento uma alta proporção dos casos encontra-se em estádios avançados ao diagnóstico, culminando na necessidade de terapias mais complexas e custosas ao já limitado sistema de saúde, bem como um pior prognóstico. O microambiente tumoral, constituído pelas células neoplásicas, não-neoplásicas e matriz extracelular adjacente, apresenta grande importância na progressão e resistência ao tratamento do câncer ao fornecer um ambiente propício para o desenvolvimento do mesmo através de mediadores tumorais. A via metabólica dos lipídios é de suma importância nesse contexto por ser utilizada pelas células tumorais para produção de energia, estruturas e produtos essenciais na multiplicação, resiliência e disseminação das células tumorais. Em contrapartida, células imunes inseridas no mesmo microambiente também são dependentes de lipídios para diversas funções, com efeitos pró inflamatórios ou reparativos, a depender da estimulação recebida. Apesar dos avanços científicos recentes, existem ainda muitas lacunas a respeito destes mecanismos para que possam ser explorados como sinalizadores de prognóstico, risco elevado de progressão ou até mesmo para fins terapêuticos. Este estudo analisou 34 amostras de câncer de mama de pacientes submetidas à cirurgia, realizando a extração de RNA dos fragmentos tumorais para avaliar por meio de qRT-PCR a expressão dos genes CD36, ACADL, GPAT4, CPT1a e ARG1, envolvidos no metabolismo lipídico de células tumorais e imunes, e sua correlação com os diferentes estágios e subtipos tumorais.

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  • ELIVELTON VERÍSSIMO DE SOUZA
  • OBTENÇÃO DE FRAGMENTOS BIOATIVOS ORIUNDOS DA DEGRADAÇÃO TROMBOLITICA DO PLASMA SANGUINEO HUMANO UTILIZANDO UMA SERINO PROTEASE

  • Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • JUANIZE MATIAS DA SILVA BATISTA
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • Data: 26/10/2022

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  • Mais da metade do volume total do sangue é constituído por uma porção aquosa chamada de plasma, sendo assim, é o componente mais abundante em circulação do corpo humano, e nele podemos encontrar diversas moléculas com atividades biológicas, denominadas de fragmentos bioativos. Essas partições podem ser obtidas por métodos de extração e purificação como cromatografias ou sistemas de duas fases aquosas (SDFA). As técnicas cromatográficas utilizam solventes fortes que podem danificar a estrutura das moléculas de interesse a serem obtidas, enquanto que os SDFA, utilizam polímeros que atraem macromoléculas através de sua polaridade. Sendo assim, as metodologias por sistemas de duas fases aquosas, vem sendo bastante estudado devido ao seu baixo índice de toxicidade aos compostos extraídos, além da preservação de suas funções fisiológicas e estruturais. Com o aumento da resistência aos antibióticos, a busca por tratamentos alternativos antimicrobianos tornou-se uma prioridade no combate a cepas resistentes aos antibióticos convencionais. O estudo desses componentes plasmáticos é importante porque compreendem diversas sequências e estruturas de fragmentos que desempenham funções essenciais nos sistemas biológicos, desde que absorvidos intactos ou fracionados, podendo inibir ou eliminar microrganismos do corpo dos indivíduos. Dentre os componentes presentes no plasma sanguíneo humano, destaca-se a albumina, uma proteína que tem como principal função a regulação da pressão oncótica e transporte de metabólitos dentro dos vasos sanguíneos. Este estudo analisou a extração de fragmentos bioativos presentes no plasma sanguíneo humano, através da sua degradação trombolítica, por meio de uma patente que desenvolve uma técnica de extração de albumina sérica humana por sistema de duas fases aquosas, além de um artigo cientifico enfatizando os resultados da atividade antimicrobiana desses fragmentos em cepas de bactérias resistentes.


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  • Mais da metade do volume total do sangue é constituído por uma porção aquosa chamada de plasma, sendo assim, é o componente mais abundante em circulação do corpo humano, e nele podemos encontrar diversas moléculas com atividades biológicas, denominadas de fragmentos bioativos. Essas partições podem ser obtidas por métodos de extração e purificação como cromatografias ou sistemas de duas fases aquosas (SDFA). As técnicas cromatográficas utilizam solventes fortes que podem danificar a estrutura das moléculas de interesse a serem obtidas, enquanto que os SDFA, utilizam polímeros que atraem macromoléculas através de sua polaridade. Sendo assim, as metodologias por sistemas de duas fases aquosas, vem sendo bastante estudado devido ao seu baixo índice de toxicidade aos compostos extraídos, além da preservação de suas funções fisiológicas e estruturais. Com o aumento da resistência aos antibióticos, a busca por tratamentos alternativos antimicrobianos tornou-se uma prioridade no combate a cepas resistentes aos antibióticos convencionais. O estudo desses componentes plasmáticos é importante porque compreendem diversas sequências e estruturas de fragmentos que desempenham funções essenciais nos sistemas biológicos, desde que absorvidos intactos ou fracionados, podendo inibir ou eliminar microrganismos do corpo dos indivíduos. Dentre os componentes presentes no plasma sanguíneo humano, destaca-se a albumina, uma proteína que tem como principal função a regulação da pressão oncótica e transporte de metabólitos dentro dos vasos sanguíneos. Este estudo analisou a extração de fragmentos bioativos presentes no plasma sanguíneo humano, através da sua degradação trombolítica, por meio de uma patente que desenvolve uma técnica de extração de albumina sérica humana por sistema de duas fases aquosas, além de um artigo cientifico enfatizando os resultados da atividade antimicrobiana desses fragmentos em cepas de bactérias resistentes.

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  • TALE LUCAS VIEIRA ROLIM
  • SÍNTESE DE NANOPARTÍCULAS METÁLICAS POR MICRORGANISMOS E SUAS APLICAÇÕES BIOLÓGICAS

     
     
  • Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • THIAGO PAJEÚ NASCIMENTO
  • Data: 27/10/2022

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  • A nanotecnologia é uma ciência que está revolucionando vários aspectos da vida. É uma tecnologia que vem despertando o interesse da indústria especialmente pela síntese biológica rentável e não tóxica para meio ambiente, como a síntese de nanopartículas. Estas nanopartículas podem ser sintetizadas por diferentes métodos químicos, fotoquímicos, físicos ou biológicos. No campo da medicina o alarmante problema da resistência a multidrogas e a dificuldade no tratamento de osteomielite afetam fatores desde econômicos e previdenciários ao psicológico dos enfermos. Logo, este projeto propos biossintetizar nanopartículas de prata por microrganismos e viabilizar suas atividades biológicas para uso de prática clínica. Foram estudadas doze linhagens fúngicas (Absidia cylindrospora UCP 1301, Aspergillus terreus UCP 1276, Aspergillus tamarii Kita UCP 1279, Aspergillus serratalhadensis URM:7866, Aspergillus ochraceus URM 604, Rhizopus arrhizus URM 7651, Rhizopus microsporus URM 7652, Rhizopus spp. SIS V295, Mucor subtillissimus UCP 1262, Rhodotorula glutinis URM 6692) e quatro linhagens bacterianas (Streptomyces sp. DPUA 1542, Streptomyces sp. DPUA 1557, Streptomyces malasyensis DPUA 1571 e Streptomyces parvulus DPUA 1573). O crescimento dos fungos foi realizado no meio de produção MS-2 (Meio de Soja a 2%). Já o crescimento das actinobactérias foi realizado em fermentação submersa no meio de produção MS-2 e o meio ISP-2 (International Streptomyces Project-2 Medium) por 72 horas a 30°C em 120 rpm. A biossíntese foi desenvolvida em solução de prata a 1mM a 30°C em 120 rpm por 72 horas no ambiente isento de luz. Os critérios indicadores de formação de AgNP foram a mudança de coloração da solução e a presença na banda de ressonância plasmônica superficial (RPS) nos comprimentos de onda entre 410-450 nm por espectroscopia ultravioleta-visível (UV-Vis). Dentre das linhagens microbianas estudadas, somente duas linhagens (Streptomyces sp. DPUA 1542 e Streptomyces sp. DPUA 1557) apresentaram capacidade em biossintetizar AgNP. A linhagem DPUA 1542 cultivada no meio ISP-2 realizou biossíntese de AgNP e a banda de RPS apresentou um pico evidente no comprimento 420nm, enquanto a linhagem DPUA 1557 utilizando o meio de produção a farinha de soja como subproduto apresentou uma forte ressonância plasmônica superficial na região próxima ao comprimento 400nm; quanto ao ZETA potencial houve pico único pico de AgNPs a -26,46 mV (Streptomyces sp. DPUA 1557) e -26,9 mV (Streptomyces sp. DPUA 1542). Em relação às atividades antibacterianas, as nanopartículas advindas do Streptomyces sp. DPUA 1557 mostraram significativa ação contra Escherichia coli e Staphylococcus aureus que estão comumente envolvidos em vários tipos de infecções ósseas, indicando seu potencial como um agente antibacteriano eficaz. Já as AgNPs produzidas pela linhagem DPUA 1542 não tiveram demonstram antimicrobiana. Assim, as linhagens bacterianas do gênero Streptomyces estudadas no presente trabalho demonstraram serem promissoras na biossíntese de AgNPs e podem ter potencial na aplicação em indústrias biotecnológicas, porém para essa aplicação serão necessárias pesquisas complementares com as AgNPs para aplicações específicas.


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  • A nanotecnologia é uma ciência que está revolucionando vários aspectos da vida. É uma tecnologia que vem despertando o interesse da indústria especialmente pela síntese biológica rentável e não tóxica para meio ambiente, como a síntese de nanopartículas. Estas nanopartículas podem ser sintetizadas por diferentes métodos químicos, fotoquímicos, físicos ou biológicos. No campo da medicina o alarmante problema da resistência a multidrogas e a dificuldade no tratamento de osteomielite afetam fatores desde econômicos e previdenciários ao psicológico dos enfermos. Logo, este projeto propos biossintetizar nanopartículas de prata por microrganismos e viabilizar suas atividades biológicas para uso de prática clínica. Foram estudadas doze linhagens fúngicas (Absidia cylindrospora UCP 1301, Aspergillus terreus UCP 1276, Aspergillus tamarii Kita UCP 1279, Aspergillus serratalhadensis URM:7866, Aspergillus ochraceus URM 604, Rhizopus arrhizus URM 7651, Rhizopus microsporus URM 7652, Rhizopus spp. SIS V295, Mucor subtillissimus UCP 1262, Rhodotorula glutinis URM 6692) e quatro linhagens bacterianas (Streptomyces sp. DPUA 1542, Streptomyces sp. DPUA 1557, Streptomyces malasyensis DPUA 1571 e Streptomyces parvulus DPUA 1573). O crescimento dos fungos foi realizado no meio de produção MS-2 (Meio de Soja a 2%). Já o crescimento das actinobactérias foi realizado em fermentação submersa no meio de produção MS-2 e o meio ISP-2 (International Streptomyces Project-2 Medium) por 72 horas a 30°C em 120 rpm. A biossíntese foi desenvolvida em solução de prata a 1mM a 30°C em 120 rpm por 72 horas no ambiente isento de luz. Os critérios indicadores de formação de AgNP foram a mudança de coloração da solução e a presença na banda de ressonância plasmônica superficial (RPS) nos comprimentos de onda entre 410-450 nm por espectroscopia ultravioleta-visível (UV-Vis). Dentre das linhagens microbianas estudadas, somente duas linhagens (Streptomyces sp. DPUA 1542 e Streptomyces sp. DPUA 1557) apresentaram capacidade em biossintetizar AgNP. A linhagem DPUA 1542 cultivada no meio ISP-2 realizou biossíntese de AgNP e a banda de RPS apresentou um pico evidente no comprimento 420nm, enquanto a linhagem DPUA 1557 utilizando o meio de produção a farinha de soja como subproduto apresentou uma forte ressonância plasmônica superficial na região próxima ao comprimento 400nm; quanto ao ZETA potencial houve pico único pico de AgNPs a -26,46 mV (Streptomyces sp. DPUA 1557) e -26,9 mV (Streptomyces sp. DPUA 1542). Em relação às atividades antibacterianas, as nanopartículas advindas do Streptomyces sp. DPUA 1557 mostraram significativa ação contra Escherichia coli e Staphylococcus aureus que estão comumente envolvidos em vários tipos de infecções ósseas, indicando seu potencial como um agente antibacteriano eficaz. Já as AgNPs produzidas pela linhagem DPUA 1542 não tiveram demonstram antimicrobiana. Assim, as linhagens bacterianas do gênero Streptomyces estudadas no presente trabalho demonstraram serem promissoras na biossíntese de AgNPs e podem ter potencial na aplicação em indústrias biotecnológicas, porém para essa aplicação serão necessárias pesquisas complementares com as AgNPs para aplicações específicas.

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  • JOSIAS PEREIRA CAVALCANTE JÚNIOR
  • EXTRAÇÃO E AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA IMUNOGLOBULINA G COMERCIAL UTILIZANDO SISTEMAS DE DUAS FASES AQUOSAS

  • Orientador : ATTILIO CONVERTI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • ATTILIO CONVERTI
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • Data: 28/10/2022

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  • As imunoglobulinas (Igs) são os hemoderivados de maior consumo no mundo, sendo hoje o produto que direciona a indústria de hemoderivados. Atualmente no Brasil, a procura pelas Igs vem aumentando bastante devido ao aumento de casos de distúrbios autoimunes, principalmente os associados às infecções pelas arboviroses, sendo o uso dessas Igs fundamental ao seu tratamento. Muito embora a imunoglobulina G comercial, seja usada largamente em tratamentos, ainda apresenta um grau de impureza que corresponde em média a 2,4% da solução comercial importada. A principal metodologia de obtenção dessas proteínas plasmáticas é o método conhecido como "fracionamento do plasma com etanol frio", entretanto devido a sua alta concentração de etanol e baixo pH, essa metodologia pode provocar a desnaturação dos hemoderivados. Nesse sentido, o sistema de duas fases aquosas (SDFA) vem como uma alternativa de metodologia que permite um ambiente aquoso (85% - 99% de água) que acarreta a obtenção e purificação de biomoléculas em condições não desnaturantes. Extrair e purificar imunoglobulina G comercial por sistema de duas fases aquosas e estudar a recuperação e o particionamento da biomolécula foi um dos objetivos do estudo, além de verificar a presença de anticorpos para Dengue e Zika. As Igs utilizadas na presente pesquisa foram oriundas da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (HEMOBRÁS). Para o SDFA foi utilizado um planejamento fatorial 22 onde foram avaliadas a concentração do polietilenoglicol (PEG) de 4000g/mol e a concentração do sal (fosfato de potássio) sobre a extração das imunoglobulinas, tendo como variáveis respostas: o coeficiente de partição (K) e a recuperação (Y) das imunoglobulinas extraídas. Os resultados mostraram que o comportamento de partição das Igs dependeu diretamente da concentração de PEG e da concentração do sal utilizado. O ensaio que promoveu uma maior recuperação da biomolécula (Y=96,79%) foi obtido com o sistema PEG 4000 (12,5%) com uma concentração de fosfato de potássio à 10%, tendo as imunoglobulinas uma partição preferencial para a fase sal (K=0,15). O perfil eletroforetico das proteínas também demonstrou que após a partição, a mesma concentração de PEG e Sal de Fosfato utilizadas, conseguiu remover ainda mais a impurezas da solução comercial de Igs. Adicionalmente, o estudo conseguiu detectar presença de anticorpos contra o Zika Vírus nas soluções de IgG. Dessa forma o SDFA se mostrou uma técnica eficiente na extração e purificação de imunoglobulinas, com um baixo custo e um alto rendimento.


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  • As imunoglobulinas (Igs) são os hemoderivados de maior consumo no mundo, sendo hoje o produto que direciona a indústria de hemoderivados. Atualmente no Brasil, a procura pelas Igs vem aumentando bastante devido ao aumento de casos de distúrbios autoimunes, principalmente os associados às infecções pelas arboviroses, sendo o uso dessas Igs fundamental ao seu tratamento. Muito embora a imunoglobulina G comercial, seja usada largamente em tratamentos, ainda apresenta um grau de impureza que corresponde em média a 2,4% da solução comercial importada. A principal metodologia de obtenção dessas proteínas plasmáticas é o método conhecido como "fracionamento do plasma com etanol frio", entretanto devido a sua alta concentração de etanol e baixo pH, essa metodologia pode provocar a desnaturação dos hemoderivados. Nesse sentido, o sistema de duas fases aquosas (SDFA) vem como uma alternativa de metodologia que permite um ambiente aquoso (85% - 99% de água) que acarreta a obtenção e purificação de biomoléculas em condições não desnaturantes. Extrair e purificar imunoglobulina G comercial por sistema de duas fases aquosas e estudar a recuperação e o particionamento da biomolécula foi um dos objetivos do estudo, além de verificar a presença de anticorpos para Dengue e Zika. As Igs utilizadas na presente pesquisa foram oriundas da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (HEMOBRÁS). Para o SDFA foi utilizado um planejamento fatorial 22 onde foram avaliadas a concentração do polietilenoglicol (PEG) de 4000g/mol e a concentração do sal (fosfato de potássio) sobre a extração das imunoglobulinas, tendo como variáveis respostas: o coeficiente de partição (K) e a recuperação (Y) das imunoglobulinas extraídas. Os resultados mostraram que o comportamento de partição das Igs dependeu diretamente da concentração de PEG e da concentração do sal utilizado. O ensaio que promoveu uma maior recuperação da biomolécula (Y=96,79%) foi obtido com o sistema PEG 4000 (12,5%) com uma concentração de fosfato de potássio à 10%, tendo as imunoglobulinas uma partição preferencial para a fase sal (K=0,15). O perfil eletroforetico das proteínas também demonstrou que após a partição, a mesma concentração de PEG e Sal de Fosfato utilizadas, conseguiu remover ainda mais a impurezas da solução comercial de Igs. Adicionalmente, o estudo conseguiu detectar presença de anticorpos contra o Zika Vírus nas soluções de IgG. Dessa forma o SDFA se mostrou uma técnica eficiente na extração e purificação de imunoglobulinas, com um baixo custo e um alto rendimento.

Teses
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  • BARBARA BERNARDO RINALDO DA SILVA FIGUEIREDO
  • EFICÁCIA DO TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO DE PACIENTES COM MUCOPOLISSACARIDOSE NA CINEMÁTICA TORACOABDOMINAL, FUNÇÃO RESPIRATÓRIA, CAPACIDADE FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA 

  • Orientador : ARMELE DE FATIMA DORNELAS DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ARMELE DE FATIMA DORNELAS DE ANDRADE
  • DANIELLA CUNHA BRANDAO
  • ILLIA NADINNE DANTAS FLORENTINO LIMA
  • GUILHERME AUGUSTO DE FREITAS FREGONEZI
  • VANESSA REGIANE RESQUETI FREGONEZI
  • Data: 23/02/2022

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  • As mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias raras. Os problemas respiratórios são muitos, sendo a insuficiência respiratória a causa usual de morte na MPS. O treinamento muscular respiratório vem sendo aplicado e mostrando-se eficaz em melhorar a força muscular respiratória e a percepção de dispneia, porém, em pacientes com MPS não existem muitos relatos sobre o treinamento muscular inspiratório (TMI), portanto o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do treinamento muscular inspiratório em pacientes com a mucopolissacaridose na cinemática toracoabdominal, espessura e mobilidade diafragmática, função e mecânica respiratória, funcionalidade e qualidade de vida, além de, descrever as variáveis avaliadas comparando com um grupo controle de saudáveis. O estudo foi desenvolvido no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), O estudo 1 foi do tipo transversal (descritivo) foram incluídos 34 indivíduos com MPS, entre 6 e 41 anos, incluindo os tipos: VI, II e IV pareado com indivíduos saudáveis de acordo com sexo e idade (grupo controle) e o estudo 2 foi um ensaio clinico controlado duplo cego apenas com indivíduos com a MPS tipo VI, onde os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo intervenção (Grupo TMI) e grupo sham (GS). foram incluídos 24 participantes, entre 6 e 41 anos, sendo 13 no GTMI e 11 no grupo Sham, todos realizaram um treinamento dos músculos inspiratórios com carga ajustada quinzenalmente, com 40% da pressão inspiratória máxima obtida, por um período de 12 semanas, diariamente. Neste estudo foram realizadas três avaliações: pré TMI, imediatamente após a TMI e após um mês do término da TMI para identificação dos efeitos no follow-up. Pacientes que não compreendiam ou não colaboravam (com déficit cognitivo grave), os que realizaram algum procedimento cirúrgico recente em tronco não foram incluídos no estudo. Foram incluídos no estudo 2 somente os pacientes com a MPS tipo VI e excluídos os que não puderam comparecer aos encontros de ajuste a carga quinzenalmente ou as reavaliações. E no estudo 2 (Ensaio Clinico) foram realizados testes espirometricos, manovacuometria, ultrassonografia diafragmática, plestismografia optoeletrônica, teste de caminhada de seis minutos, questionários de qualidade de vida e a classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde (CIF). A análise dos dados foi realizada através do software SPSS Statistics® versão 20.0 e todos os dados coletados foram submetidos a uma análise descritiva e analítica com a aplicação de testes estatísticos pertinentes, para alcançar os objetivos do estudo. Os principais achados do estudo 1 (transversal) onde os pacientes foram avaliados através da pletismografia opto-eletrônica, manovacuometria, espirometria, teste de caminhada de seis minutos, mobilidade diafragmática com uso da ultrassonografia, avaliação da qualidade de vida e balança de bioimpedância, foram que os pacientes com MPS apresentam redução dos volumes da caixa torácica superior em respiração espontânea tranquila, redução da função pulmonar, força muscular respiratória, capacidade funcional e qualidade de vida em comparação com indivíduos saudáveis pareados. Os volumes da parede torácica pulmonar (VT,RCp) e abdominal (VT,RCa) durante a respiração espontânea tranquila são reduzidos nesse grupo (p<0.01) quando comparados com indivíduos saudáveis de mesma faixa etária. O VTRcp no grupo de MPS composto pelas crianças foi de 0.03 ± 0.01 e o VTRca de 0.02 ± 0.02; nos adolescentes o VT,RCp foi de 0.04 ± 0.02 e o e o VTRca de 0.02 ± 0.02; e no grupo dos adultos o VT,RCp foi de 0.04 ± 0.03 e o VT, RCa de 0.03 ± 0.01 A ventilação minuto também foi menor em adultos com MPS (p=0,01). Os principais achados do estudo 2 (ensaio clínico randomizado) onde os pacientes realizaram o TMI e foram avaliados através da pletismografia opto-eletrônica, manovacuometria, espirometria, teste de caminhada de seis minutos, mobilidade e espessura diafragmática com uso da ultrassonografia, avaliação da qualidade de vida, balança de bioimpedância, foram que o TMI promoveu um aumento significativo na força muscular inspiratória (p=0,01) e no pico de fluxo da tosse, da espessura diafragmática (p=0,01), da capacidade funcional submáxima (p=0,01), melhora clínica com a intervenção avaliado com Patients’ Global Impression of Change scale (PGIC) (p=0,01), e da percepção de esforço durante o teste de caminhada (p=0,01). O TMI diário promoveu aumento no pico de fluxo expiratório e nos volumes regionais da parede torácica no grupo das crianças (p=0,01), com aumento da capacidade inspiratória da caixa torácica pulmonar (p=0,01), além do aumento da mobilidade diafragmática no grupo das crianças que fizeram a intervenção (p=0,01). Na prática clínica é importante considerar nos pacientes com MPS VI o TMI no contexto do tratamento fisioterapêutico considerando que esse grupo apresenta altos índices de morbimortalidade por comprometimento respiratório.


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  • As mucopolissacaridoses (MPS) são doenças metabólicas hereditárias raras. Os problemas respiratórios são muitos, sendo a insuficiência respiratória a causa usual de morte na MPS. O treinamento muscular respiratório vem sendo aplicado e mostrando-se eficaz em melhorar a força muscular respiratória e a percepção de dispneia, porém, em pacientes com MPS não existem muitos relatos sobre o treinamento muscular inspiratório (TMI), portanto o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do treinamento muscular inspiratório em pacientes com a mucopolissacaridose na cinemática toracoabdominal, espessura e mobilidade diafragmática, função e mecânica respiratória, funcionalidade e qualidade de vida, além de, descrever as variáveis avaliadas comparando com um grupo controle de saudáveis. O estudo foi desenvolvido no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), O estudo 1 foi do tipo transversal (descritivo) foram incluídos 34 indivíduos com MPS, entre 6 e 41 anos, incluindo os tipos: VI, II e IV pareado com indivíduos saudáveis de acordo com sexo e idade (grupo controle) e o estudo 2 foi um ensaio clinico controlado duplo cego apenas com indivíduos com a MPS tipo VI, onde os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo intervenção (Grupo TMI) e grupo sham (GS). foram incluídos 24 participantes, entre 6 e 41 anos, sendo 13 no GTMI e 11 no grupo Sham, todos realizaram um treinamento dos músculos inspiratórios com carga ajustada quinzenalmente, com 40% da pressão inspiratória máxima obtida, por um período de 12 semanas, diariamente. Neste estudo foram realizadas três avaliações: pré TMI, imediatamente após a TMI e após um mês do término da TMI para identificação dos efeitos no follow-up. Pacientes que não compreendiam ou não colaboravam (com déficit cognitivo grave), os que realizaram algum procedimento cirúrgico recente em tronco não foram incluídos no estudo. Foram incluídos no estudo 2 somente os pacientes com a MPS tipo VI e excluídos os que não puderam comparecer aos encontros de ajuste a carga quinzenalmente ou as reavaliações. E no estudo 2 (Ensaio Clinico) foram realizados testes espirometricos, manovacuometria, ultrassonografia diafragmática, plestismografia optoeletrônica, teste de caminhada de seis minutos, questionários de qualidade de vida e a classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde (CIF). A análise dos dados foi realizada através do software SPSS Statistics® versão 20.0 e todos os dados coletados foram submetidos a uma análise descritiva e analítica com a aplicação de testes estatísticos pertinentes, para alcançar os objetivos do estudo. Os principais achados do estudo 1 (transversal) onde os pacientes foram avaliados através da pletismografia opto-eletrônica, manovacuometria, espirometria, teste de caminhada de seis minutos, mobilidade diafragmática com uso da ultrassonografia, avaliação da qualidade de vida e balança de bioimpedância, foram que os pacientes com MPS apresentam redução dos volumes da caixa torácica superior em respiração espontânea tranquila, redução da função pulmonar, força muscular respiratória, capacidade funcional e qualidade de vida em comparação com indivíduos saudáveis pareados. Os volumes da parede torácica pulmonar (VT,RCp) e abdominal (VT,RCa) durante a respiração espontânea tranquila são reduzidos nesse grupo (p<0.01) quando comparados com indivíduos saudáveis de mesma faixa etária. O VTRcp no grupo de MPS composto pelas crianças foi de 0.03 ± 0.01 e o VTRca de 0.02 ± 0.02; nos adolescentes o VT,RCp foi de 0.04 ± 0.02 e o e o VTRca de 0.02 ± 0.02; e no grupo dos adultos o VT,RCp foi de 0.04 ± 0.03 e o VT, RCa de 0.03 ± 0.01 A ventilação minuto também foi menor em adultos com MPS (p=0,01). Os principais achados do estudo 2 (ensaio clínico randomizado) onde os pacientes realizaram o TMI e foram avaliados através da pletismografia opto-eletrônica, manovacuometria, espirometria, teste de caminhada de seis minutos, mobilidade e espessura diafragmática com uso da ultrassonografia, avaliação da qualidade de vida, balança de bioimpedância, foram que o TMI promoveu um aumento significativo na força muscular inspiratória (p=0,01) e no pico de fluxo da tosse, da espessura diafragmática (p=0,01), da capacidade funcional submáxima (p=0,01), melhora clínica com a intervenção avaliado com Patients’ Global Impression of Change scale (PGIC) (p=0,01), e da percepção de esforço durante o teste de caminhada (p=0,01). O TMI diário promoveu aumento no pico de fluxo expiratório e nos volumes regionais da parede torácica no grupo das crianças (p=0,01), com aumento da capacidade inspiratória da caixa torácica pulmonar (p=0,01), além do aumento da mobilidade diafragmática no grupo das crianças que fizeram a intervenção (p=0,01). Na prática clínica é importante considerar nos pacientes com MPS VI o TMI no contexto do tratamento fisioterapêutico considerando que esse grupo apresenta altos índices de morbimortalidade por comprometimento respiratório.

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  • THAMIRIS PINHEIRO SANTOS
  • EFEITOS TÓXICOS DE MOLÉCULAS COM ATIVIDADE TIREOIDIANA SOBRE OS PARÂMETROS BIOLÓGICOS EM ZEBRAFISH E DESENVOLVIMENTO DE ALTERNATIVAS NANOTECNOLÓGICAS COM ESTAS MOLÉCULAS

  • Orientador : PABYTON GONÇALVES CADENA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PABYTON GONÇALVES CADENA
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • MARIA ADELIA BORSTELMANN DE OLIVEIRA
  • PAULO ROBERTO ELEUTERIO DE SOUZA
  • Data: 23/02/2022

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  • Um dispositivo portátil para determinação da capacidade natatória de peixes pode ser utilizado na determinação da capacidade natatória sob diferentes parâmetros físico-químicos, presença de fármacos ou outros produtos químicos com aplicação no desenvolvimento de medicamentos ou testes toxicológicos. O desenho industrial desse dispositivo foi depositado e concedido, podendo impedir que terceiros produzam, vendam ou importem artigos ou produtos que incorporem ou se assemelhem a esse desenho industrial registrado. Os efeitos tóxicos da tiroxina, levotiroxina e amiodarona foram avaliados isoladamente em concentrações dez, cem e mil vezes maiores que aquelas encontradas em ecossistemas aquáticos. Além disso, também foram avaliados os efeitos tóxicos das interações entre esses compostos, uma vez que é necessário dar atenção ao real risco ecológico na coexistência de diversos compostos no ecossistema aquático. Todos os testes toxicológicos foram realizados em zebrafish (Danio rerio) como modelo animal por representar um modelo ideal para estudos de farmacologia e toxicologia. As concentrações ambientais mostraram um baixo risco para os parâmetros estudados, mas, nas combinações foram detectados efeitos antagônicos. A monoterapia com levotiroxina é o tratamento indicado para o hipotireoidismo. Mas, uma proporção substancial de pacientes que fazem esse tratamento apresenta queixas persistentes, como sintomas de depressão e bem-estar mental prejudicado. No hipotireoidismo, há produção acelerada de radicais livres e baixa disponibilidade de antioxidantes sugerindo que uma formulação de nanoemulsões à base de produtos contendo levotiroxina associada a óleos essenciais com atividade antioxidante possivelmente pode se tornar uma boa alternativa para superar essas limitações. Um processo de obtenção de nanoemulsões óleo/água (O/A) produzidas por um processo de emulsificação sob agitação foi patenteado. As nanoemulsões foram produzidas a partir de óleos essenciais que contenham efeitos benéficos relatados na literatura para o tratamento de disfunções tireoidianas (fase oleosa), associados à levotiroxina (fase aquosa), e ambas as fases estabilizadas pelo uso de surfactantes. Todas as nanoemulsões mostraram-se ativas nos testes antioxidantes. Os resultados do teste toxicológico em Danio rerio sugerem que os surfactantes utilizados nas formulações podem estar relacionados à toxicidade observada, demonstrando a necessidade de estudos adicionais para entender os efeitos desses surfactantes em nanoemulsões contendo óleos essenciais.


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  • Um dispositivo portátil para determinação da capacidade natatória de peixes pode ser utilizado na determinação da capacidade natatória sob diferentes parâmetros físico-químicos, presença de fármacos ou outros produtos químicos com aplicação no desenvolvimento de medicamentos ou testes toxicológicos. O desenho industrial desse dispositivo foi depositado e concedido, podendo impedir que terceiros produzam, vendam ou importem artigos ou produtos que incorporem ou se assemelhem a esse desenho industrial registrado. Os efeitos tóxicos da tiroxina, levotiroxina e amiodarona foram avaliados isoladamente em concentrações dez, cem e mil vezes maiores que aquelas encontradas em ecossistemas aquáticos. Além disso, também foram avaliados os efeitos tóxicos das interações entre esses compostos, uma vez que é necessário dar atenção ao real risco ecológico na coexistência de diversos compostos no ecossistema aquático. Todos os testes toxicológicos foram realizados em zebrafish (Danio rerio) como modelo animal por representar um modelo ideal para estudos de farmacologia e toxicologia. As concentrações ambientais mostraram um baixo risco para os parâmetros estudados, mas, nas combinações foram detectados efeitos antagônicos. A monoterapia com levotiroxina é o tratamento indicado para o hipotireoidismo. Mas, uma proporção substancial de pacientes que fazem esse tratamento apresenta queixas persistentes, como sintomas de depressão e bem-estar mental prejudicado. No hipotireoidismo, há produção acelerada de radicais livres e baixa disponibilidade de antioxidantes sugerindo que uma formulação de nanoemulsões à base de produtos contendo levotiroxina associada a óleos essenciais com atividade antioxidante possivelmente pode se tornar uma boa alternativa para superar essas limitações. Um processo de obtenção de nanoemulsões óleo/água (O/A) produzidas por um processo de emulsificação sob agitação foi patenteado. As nanoemulsões foram produzidas a partir de óleos essenciais que contenham efeitos benéficos relatados na literatura para o tratamento de disfunções tireoidianas (fase oleosa), associados à levotiroxina (fase aquosa), e ambas as fases estabilizadas pelo uso de surfactantes. Todas as nanoemulsões mostraram-se ativas nos testes antioxidantes. Os resultados do teste toxicológico em Danio rerio sugerem que os surfactantes utilizados nas formulações podem estar relacionados à toxicidade observada, demonstrando a necessidade de estudos adicionais para entender os efeitos desses surfactantes em nanoemulsões contendo óleos essenciais.

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  • DENIS ARTHUR PINHEIRO DE MOURA
  • BIOINFORMÁTICA APLICADA: ABORDAGEM MULTIÔMICA NO CONTEXTO DA CALCIFICAÇÃO CEREBRAL FAMILIAL PRIMÁRIA

  • Orientador : JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GILDERLANIO SANTANA DE ARAÚJO
  • JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
  • JONES OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE
  • MICHEL SATYA NASLAVSKY
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • Data: 25/02/2022

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  • A Calcificação Cerebral Familial Primária (CCFP) é uma condição neurodegenerativa progressiva causada pela calcificação bilateral e simétrica de regiões do cérebro como núcleos da base, tálamo e cerebelo. Os pacientes apresentam grande heterogeneidade clínica, podendo ser assintomáticos, ou com sintomas neuropsiquiátricos ou neuromotores, como enxaquecas, mudanças de humor, parkinsonismo e/ou dificuldades na fala. A CCFP apresenta duas formas de herança, autossômica dominante (AD), causada por variantes nos genes SLC20A2, XPR1, PDGFB e PDGFRB, e autossômica recessiva (AR), causada por variantes nos genes MYORG e JAM2. Com o objetivo de compreender a relação entre os genes e a heterogeneidade clínica, foram realizados quatro estudos com dados ômicos de genes e variantes relacionados a doença: um estudo sobre perfis de co-expressão gênica cerebral ligada a demência, utilizando a modelos de aprendizagem de máquinas em dados de sequenciamento de RNA (RNA-Seq); uma metanálise sobre condições distintas causadas pelo gene PDGFRB, evidenciando a pleiotropia do gene; e uma análise que utiliza redes moleculares para integrar dados genéticos e regulação por microRNAs (miR). Como resultados, os modelos de inteligência artificial que usam dados de RNA-Seq, que foram capazes de predizer corretamente até 92% dos casos de demência, evidenciaram o envolvimento de uma rede de moléculas centralizadas no UBA52 durante a demência de causa genética ou traumática. A metanálise do gene PDGFRB mostrou seu envolvimento no desenvolvimento de 38 doenças, sobretudo condições proliferativas e neuropsiquiátricas. Por fim, a análise com dados de miRs mostrou que todos os genes de CCFP fazem parte de uma rede interconectada por dezenas de miRs e pelos genes MEIS1, DCN, PTPRM e PDGFRA.
     
     

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  • A Calcificação Cerebral Familial Primária (CCFP) é uma condição neurodegenerativa progressiva causada pela calcificação bilateral e simétrica de regiões do cérebro como núcleos da base, tálamo e cerebelo. Os pacientes apresentam grande heterogeneidade clínica, podendo ser assintomáticos, ou com sintomas neuropsiquiátricos ou neuromotores, como enxaquecas, mudanças de humor, parkinsonismo e/ou dificuldades na fala. A CCFP apresenta duas formas de herança, autossômica dominante (AD), causada por variantes nos genes SLC20A2, XPR1, PDGFB e PDGFRB, e autossômica recessiva (AR), causada por variantes nos genes MYORG e JAM2. Com o objetivo de compreender a relação entre os genes e a heterogeneidade clínica, foram realizados quatro estudos com dados ômicos de genes e variantes relacionados a doença: um estudo sobre perfis de co-expressão gênica cerebral ligada a demência, utilizando a modelos de aprendizagem de máquinas em dados de sequenciamento de RNA (RNA-Seq); uma metanálise sobre condições distintas causadas pelo gene PDGFRB, evidenciando a pleiotropia do gene; e uma análise que utiliza redes moleculares para integrar dados genéticos e regulação por microRNAs (miR). Como resultados, os modelos de inteligência artificial que usam dados de RNA-Seq, que foram capazes de predizer corretamente até 92% dos casos de demência, evidenciaram o envolvimento de uma rede de moléculas centralizadas no UBA52 durante a demência de causa genética ou traumática. A metanálise do gene PDGFRB mostrou seu envolvimento no desenvolvimento de 38 doenças, sobretudo condições proliferativas e neuropsiquiátricas. Por fim, a análise com dados de miRs mostrou que todos os genes de CCFP fazem parte de uma rede interconectada por dezenas de miRs e pelos genes MEIS1, DCN, PTPRM e PDGFRA.
     
     
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  • WLISSES HENRIQUE VELOSO DE CARVALHO DA SILVA
  • FATORES IMUNOLÓGICOS E GENÉTICOS ENVOLVIDOS NA RECONSTITUIÇÃO DE LINFÓCITOS T CD4+ DE PACIENTES HIV-POSITIVOS EM TERAPIA ANTIRRETROVIRAL

  • Orientador : RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE ARTUR BOGO CHIES
  • MARCELO HENRIQUE SANTOS PAIVA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • Data: 18/07/2022

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  • A atual terapia antirretroviral (ART) tem revolucionado o tratamento contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV) por suprimir ao máximo a replicação viral, reduzir as taxas de transmissões e de progressão da doença, e melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes. Todavia, apesar da eficiência da ART, um número significativo de indivíduos apresenta deficiência na reconstituição de linfócitos T CD4+, mesmo em supressão viral, sendo definidos como não-respondedores imunológicos (INR). Essa deficiência na recuperação imunológica tem sido descrita como uma condição multifatorial, mas ainda não está claro quais mecanismos determinam precisamente essa condição. Sendo assim, o presente estudo objetivou avaliar o perfil imunológico fenotípico dos pacientes HIV-positivos submetidos à ART e investigar alterações genéticas em genes do sistema imune desses indivíduos. Análises de imunofenotipagem e de genotipagem foram realizadas em amostras de pacientes HIV-positivos sob ART com prolongada supressão da carga viral. Eles foram classificados em dois grupos (respondedores imunológicos – IR e não-respondedores imunológicos – INR) de acordo com as mudanças na contagem de células T CD4+. Dados sociodemográficos e clínicos também foram avaliados a partir dos prontuários médicos. Heterozigose para o alelo CCR5∆32, sexo masculino, contagem baixa de células T CD4+ pré-tratamento que se manteve reduzida mesmo após início da ART, baixa razão CD4/CD8, níveis reduzidos de células T CD4+ recentes emigradas do timo (RTE) (CD45RA+CD31+) e naïve (CD45RA+CD62L+), altos níveis de células T CD4+ de memória efetora (CD45RA-CD62L-) e níveis elevados de morte celular por piroptose em linfócitos T CD4+ RTE (CD31+FLICA-Caspase1+) foram mais frequentes nos INR que nos IR, sendo estatisticamente associados com a deficiência na recuperação imunológica. Esses resultados evidenciam alguns dos fatores genéticos e imunológicos determinantes envolvidos na reconstituição imune dos pacientes HIV-positivos em ART.


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  • A atual terapia antirretroviral (ART) tem revolucionado o tratamento contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV) por suprimir ao máximo a replicação viral, reduzir as taxas de transmissões e de progressão da doença, e melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes. Todavia, apesar da eficiência da ART, um número significativo de indivíduos apresenta deficiência na reconstituição de linfócitos T CD4+, mesmo em supressão viral, sendo definidos como não-respondedores imunológicos (INR). Essa deficiência na recuperação imunológica tem sido descrita como uma condição multifatorial, mas ainda não está claro quais mecanismos determinam precisamente essa condição. Sendo assim, o presente estudo objetivou avaliar o perfil imunológico fenotípico dos pacientes HIV-positivos submetidos à ART e investigar alterações genéticas em genes do sistema imune bem como diferenças no proteoma desses indivíduos. Análises imunofenotípicas e genéticas foram realizadas em amostras de pacientes HIV-positivos sob ART com prolongada supressão da carga viral. Eles foram classificados em dois grupos (respondedores imunológicos – IR e não-respondedores imunológicos – INR) de acordo com as mudanças na contagem de células T CD4+. Dados sociodemográficos e clínicos também foram avaliados a partir dos prontuários médicos. Heterozigose para o alelo CCR5Δ32, contagem baixa de células T CD4+ pré-tratamento que se manteve reduzida mesmo após início da ART, baixa razão CD4/CD8, altos níveis de células T CD4+ de memória efetora (CD45RA-CD62L-) e níveis reduzidos de células T CD4+ recentes emigradas do timo (RTE) (CD45RA+CD31+) e naïve (CD45RA+CD62L+) foram mais frequentes nos INR, sendo estatisticamente associados com deficiência na recuperação imunológica. Esses resultados evidenciam alguns dos fatores genéticos e imunológicos determinantes envolvidos na reconstituição imune dos pacientes HIV-positivos em ART.

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  • RUBENS EMANOEL TAVARES DA ROCHA
  • AVALIAÇÃO CITOTÓXICA in vitro E ATIVIDADE ESQUISTOSSOMICIDA in vivo DE DERIVADOS N-FENIL-2-BENZILIDENO-HIDRAZINACARBOTIAMIDA FRENTE AO Schistosoma mansoni (Sambon, 1907)

  • Orientador : LUIZ CARLOS ALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • LUIZ CARLOS ALVES
  • MARÍLIA GABRIELA DOS SANTOS CAVALCANTI
  • THIAGO JOSÉ MATOS ROCHA
  • WHEVERTON RICARDO CORREIA DO NASCIMENTO
  • Data: 27/07/2022

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  • A esquistossomose é uma doença negligenciada que afeta regiões tropicais e subtropicais. Estima-se que 240 milhões de pessoas são portadoras dessa infecção, levando a óbito 500 mil indivíduos. O seu tratamento é realizado desde a década de 70 preferencialmente com o praziquantel, medicamento de baixo custo e alta taxa de êxito. Contudo algumas cepas começam a se mostrar refratárias e existem efeitos adversos em sua administração. Compostos derivados de tiazóis, como tiossemicarbazonas e tiazolidinona já se apresentam como uma boa alternativa pelo grande hall de atividades biológicas demonstradas. Nesta perspectiva, o presente trabalho objetivou testes in vitro e in vivo de compostos da série N-FENIL-2-BENZILIDENO-HIDRAZINACARBOTIAMIDA frente ao Schistosoma mansoni. Foram realizados testes de citotoxicidade, quantificação de óxido nítrico, avaliação do potencial hemolítico e genotóxico, determinação da toxicidade aguda, eficácia do tratamento em camundongos esquistossomóticos, avaliação do perfil dos granulomas e ultraesturura dos vermes recuperados.


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  • A esquistossomose é uma doença negligenciada que afeta regiões tropicais e subtropicais. Estima-se que 240 milhões de pessoas são portadoras dessa infecção, levando a óbito 500 mil indivíduos. O seu tratamento é realizado desde a década de 70 preferencialmente com o praziquantel, medicamento de baixo custo e alta taxa de êxito. Contudo algumas cepas começam a se mostrar refratárias e existem efeitos adversos em sua administração. Compostos derivados de tiazóis, como tiossemicarbazonas e tiazolidinona já se apresentam como uma boa alternativa pelo grande hall de atividades biológicas demonstradas. Nesta perspectiva, o presente trabalho objetivou testes in vitro e in vivo de compostos da série N-FENIL-2-BENZILIDENO-HIDRAZINACARBOTIAMIDA frente ao Schistosoma mansoni. Foram realizados testes de citotoxicidade, quantificação de óxido nítrico, avaliação do potencial hemolítico e genotóxico, determinação da toxicidade aguda, eficácia do tratamento em camundongos esquistossomóticos, avaliação do perfil dos granulomas e ultraesturura dos vermes recuperados.

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  • ANDRÉ LUCAS CORRÊA DE ANDRADE
  • Avaliação dos parâmetros toxicológicos e comportamentais do zebrafish exposto à rotenona como modelo animal da doença de Parkinson-like e desenvolvimento de alternativa nanotecnológica para terapêutica

  • Orientador : PABYTON GONÇALVES CADENA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • PABYTON GONÇALVES CADENA
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • TATIANA SOUZA PORTO
  • Data: 04/08/2022

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  • A indução de sintomas semelhantes aos da Doença de Parkinson (DP-like) em modelo animal por exposição à uma neurotoxina foi analisada e foi proposto a associação, em nanoemulsão, da levodopa (LD) com um óleo essencial (OE) como alternativa para o tratamento da DP. Os testes para a indução da DP-like foram feitos pela exposição à rotenona nas fases iniciais de vida e em adultos do zebrafish (Danio rerio). Para a avaliação dos parâmetros comportamentais e da atividade locomotora dos adultos de zebrafish expostos à rotenona foram desenvolvidas uma patente de invenção e um desenho industrial que auxiliou na captação múltipla de vídeos para mensurar os dados comportamentais. Posteriormente, em uma patente de invenção, foram caracterizadas e avaliadas diferentes formulações de nanoemulsões óleo/água (O/A), contendo LD associada ao OE de Piper nigrum pelo processo de emulsificação sob agitação constante. Com intuito de induzir sintomas motores e não motores DP-like em adultos de zebrafish, os espécimes foram expostos a concentrações de rotenona durante 28 dias, neste período foram avaliados os parâmetros motores e não motores. Nos estágios iniciais de vida do zebrafish, entre 2 até 144 horas pós-fertilização (hpf), foram realizados dois testes que avaliaram a taxa de epibolia, efeitos teratogênicos, mortalidade, morfometria, tigmotaxia, sensibilidade ao toque e resposta optomotora. O primeiro teste foi realizado para encontrar uma concentração de rotenona capaz de provocar os sintomas DP-like, principalmente os não motores, sem causar alta mortalidade. O segundo teste avaliou o potencial de proteção e de tratamento do fármaco LD e do OE de P. nigrum nos espécimes expostos à concentração de rotenona determinada no teste anterior. A nanoemsulsão que apresentou as melhores características foi a com o peso da fase oleosa de 1,2 g e fase aquosa de 3,8 g que correspondeu ao menor PDI, maior valor negativo de zeta e com tamanho médio considerado nanoemulsão. Na indução de sintomas DP-like dos zebrafish adultos as concentrações de 2 e 5 µg/L de rotenona utilizadas foram capazes de produzir efeitos negativos na atividade locomotora com reduções na distância total, velocidade média e tempo parado, e com baixas taxas de mortalidade. Nos testes com o zebrafish nos estágios iniciais de vida, inicialmente foi definido uma concentração de rotenona capaz de provocar efeitos negativos no desenvolvimento embrionário, reduções morfométricas e alterações comportamentais relacionadas com sintomas não motores da DP. Em seguida, os zebrafish em estágio inicial de vida expostos à concentração de rotenona determinada anteriormente foram tratados com diferentes concentrações de LD e o OE de P. nigrum apresentaram redução dos efeitos teratogênicos, taxa de eclosão, mortalidade e não tiveram alterações comportamentais. Diante dos resultados obtidos, pode-se considerar que o zebrafish exposto à rotenona é um bom modelo animal para realização de estudos de triagem de tratamentos farmacológicos da DP. Adicionalmente, a utilização do OE de P. nigrum e sua formulação de nanoemulsão associada com LD pode ser uma alternativa para reduzir os sintomas da DP, porém ainda é necessário a realização de estudos adicionais para entender os efeitos em testes in vivo.


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  • A Doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo e com previsões de duplicar o seu número de portadores à medida que a população mundial em geral possui a tendência de ficar mais velha nas próximas décadas. Outro fator alarmante é a falta de um tratamento definitivo para a cura da DP, pois os medicamentos disponíveis são apenas capazes de aliviar os sintomas, não conseguem parar ou reverter o processo neurodegenerativo e ainda possuem efeitos adversos neurológicos. Associado a isto, estão os altos custos da DP que são um componente significativo nos gastos incorridos no sistema público de saúde, pacientes e sociedade em geral. No Brasil, estimou-se que o custo médio anual com a DP é de US$ 5,853.50 por pessoa (BOVOLENTA et al., 2017), enquanto nos Estados Unidos o custo se aproxima de US$ 22,800 por paciente e a carga econômica da DP ultrapassa US $ 14,4 bilhões para o país em 2010 (KOWAL et al., 2013). Diante do exposto, o presente projeto possui como objetivo a utilização de óleos essenciais de plantas medicinais nativas e não nativas para o desenvolvimento de sistemas de liberação controlada por nanoemulsão associado à levodopa, o medicamento mais utilizado para a DP, como uma alternativa de baixo custo e de alta eficiência para o tratamento da DP. Com o desenvolvimento de fármacos nacionais e com componentes fitoterápicos o custo anual do tratamento dessa doença pode ser reduzido para o sistema público de saúde brasileiro e para os particulares. Adicionalmente, é importante a realização de pesquisas que gerem entendimentos adicionais sobre os mecanismos fisiopatológicos desse distúrbio neurodegenerativo.

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  • BRUNA THAYS SANTANA DE ARAUJO
  • AVALIAÇÃO DA TOLERÂNCIA AO EXERCÍCIO, FUNÇÃO PULMONAR, FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS COM COVID LONGA

  • Orientador : ARMELE DE FATIMA DORNELAS DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIANA MARIA MALOSA SAMPAIO JORGE
  • ARMELE DE FATIMA DORNELAS DE ANDRADE
  • JULIANA FERNANDES DE SOUZA BARBOSA
  • MARCELO VELLOSO
  • SHIRLEY LIMA CAMPOS
  • Data: 17/08/2022

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  • A COVID-19 tem ocasionado diversas repercussões na saúde dos pacientes acometidos pela doença. Os sinais e sintomas persistentes por mais de 12 semanas, como fadiga, dispneia, fraqueza muscular e redução da tolerância ao esforço, tem sido chamado de Síndrome pós COVID-19. Diante deste quadro, torna-se fundamental a inclusão destes indivíduos em um programa de reabilitação cardiopulmonar, visando restabelecer os achados clínico-funcionais. Os objetivos deste estudo foram elaborar um protocolo de treinamento aeróbico contínuo e resistido para pacientes recuperados da COVID-19, verificar os efeitos de um programa de reabilitação cardiopulmonar composto por treinamento aeróbico contínuo e resistido, na função pulmonar, força muscular respiratória, tolerância ao exercício máximo e submáximo, sensação de fadiga e qualidade de vida de pacientes pós COVID-19 e averiguar se a função pulmonar em pacientes pós COVID-19 pode ter influência na tolerância ao exercício e qualidade de vida, bem como se há maior presença de comorbidades e fraqueza muscular respiratória nos indivíduos com distúrbio ventilatório. As avaliações foram realizadas no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar, do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e as intervenções ocorreram no Ambulatório de Fisioterapia do Hospital das Clínicas (HC) de Pernambuco. Foram incluídos adultos de ambos os sexos com diagnóstico de COVID-19 comprovado por meio do Teste RT-PCR, que receberam alta hospitalar há pelo menos 15 dias antes da data de avaliação, na faixa etária entre 18 e 60 anos. Os pacientes passaram por uma avaliação antropométrica e realizaram a manovacuometria, espirometria, teste de esforço cardiopulmonar máximo (TECP), teste de caminhada de seis minutos (TC6), além de responderem aos questionários para avaliação da qualidade de vida, percepção de fadiga e mudança clínica. A análise dos dados foi realizada por meio do software Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, USA) e o software GraphPad 8.01 (LaJolla, EUA) foi usado para construção dos gráficos. O protocolo intitulado Telerehabilitation and face-to-face rehabilitation on tolerance to exercise and quality of life of COVID-19 survivors: a study protocol, foi publicado no periódico Research, Society and Development. No estudo quase experimental, 26 pacientes concluíram o protocolo de reabilitação cardiopulmonar, composto por treino aeróbico contínuo e resistido. Foi observado um aumento de 17,90% no pico de consumo de oxigênio (VO2pico) (19,31±4,60 vs 22,77±4,88; p <0,001) e de 28,11% no tempo para atingir o VO2pico (406,41±169,18 vs 520,67±73,37; p= 0,001). Houve também uma redução de 6,35% no equivalente ventilatório de gás carbônico (VE/VCO2slope) (34,49±4,91 vs 32,30±3,55; p= 0,002) ao término da intervenção. Além disso, foi observado um incremento na tolerância ao exercício submáximo, com aumento de 70,57 metros na distância percorrida no TC6 (419,47±119,72 vs 490,04±71,66; p= 0.001), bem como uma melhora na qualidade de vida e redução da sensação de fadiga após a intervenção. O estudo transversal avaliou 98 indivíduos que foram divididos em três grupos: sem distúrbio ventilatório (SDV), distúrbio ventilatório restritivo (DVR) e distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO). Os grupos apresentaram percentuais de força muscular respiratória dentro do previsto, entretanto, o grupo DVR mostrou melhores resultados de pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx) que os demais, mas sem diferença significativa. Os participantes com DVR e DVO apresentaram menor VO2pico e VO2 no primeiro limiar ventilatório (VO2LV1) que o grupo sem distúrbio. Ambos grupos também tiveram piores resultados no equivalente ventilatório de gás carbônico (VE/VCO2) e VE/VCO2slope. Os pacientes com distúrbio restritivo percorreram uma distância inferior aos demais, com diferença significativa entre os grupos SDV e DVR (p= 0.002). O grupo DVR obteve maiores valores em todos os domínios da qualidade de vida quando comparados aos demais grupos. Já os pacientes SDV tiveram pior qualidade de vida. De forma geral, o treino aeróbico contínuo de moderada intensidade juntamente ao treino resistido, mostraram-se seguros e eficazes para recuperação de pacientes pós COVID-19 nas variáveis estudadas. Além disso, foi observado que as alterações na função pulmonar após alta hospitalar por COVID-19 podem afetar a tolerância ao exercício máximo e submáximo dos pacientes, mas estes comprometimentos parecem não interferir diretamente nos domínios que abrangem a qualidade de vida desta amostra.


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  • A COVID-19 tem ocasionado diversas repercussões na saúde dos pacientes acometidos pela doença. Os sinais e sintomas persistentes por mais de 12 semanas, como fadiga, dispneia, fraqueza muscular e redução da tolerância ao esforço, tem sido chamado de Síndrome pós COVID-19. Diante deste quadro, torna-se fundamental a inclusão destes indivíduos em um programa de reabilitação cardiopulmonar, visando restabelecer os achados clínico-funcionais. O objetivo geral deste estudo foi verificar os efeitos da reabilitação cardiopulmonar na tolerância ao exercício máximo e submáximo, função pulmonar, qualidade de vida, fadiga e percepção de mudança clínica em pacientes com COVID-19 longa. As avaliações foram realizadas no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar, do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e as intervenções ocorreram no Ambulatório de Fisioterapia do Hospital das Clínicas (HC) de Pernambuco. Foram incluídos adultos de ambos os sexos com diagnóstico de COVID-19 comprovado por meio do Teste RT-PCR, que receberam alta hospitalar há pelo menos 15 dias antes da data de avaliação, na faixa etária entre 18 e 60 anos. Os pacientes passaram por uma avaliação antropométrica e realizaram a manovacuometria, espirometria, teste de esforço cardiopulmonar máximo (TECP), teste de caminhada de seis minutos (TC6), além de responderem aos questionários para avaliação da qualidade de vida, percepção de fadiga e mudança clínica. A análise dos dados foi realizada por meio do software Statistical Package for the Social Sciences, versão 20.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, USA) e o software GraphPad 8.01 (LaJolla, EUA) foi usado para construção dos gráficos. O protocolo intitulado Telerehabilitation and face-to-face rehabilitation on tolerance to exercise and quality of life of COVID-19 survivors: a study protocol, foi publicado no periódico Research, Society and Development. No estudo quase experimental, 26 pacientes concluíram o protocolo de reabilitação cardiopulmonar, composto por treino aeróbico contínuo e resistido. Foi observado aumento de 17,90% no pico de consumo de oxigênio (VO2pico) (19,31±4,60 vs 22,77±4,88; p <0,001) e de 28,11% no tempo para atingir o VO2pico (406,41±169,18 vs 520,67±73,37; p= 0,001). Houve também redução de 6,35% no equivalente ventilatório de gás carbônico (VE/VCO2slope) (34,49±4,91 vs 32,30±3,55; p= 0,002) ao término da intervenção. Além disso, foi observado incremento na tolerância ao exercício submáximo, com aumento de 70,57 metros na distância percorrida no TC6 (419,47±119,72 vs 490,04±71,66; p= 0.001), bem como melhora na qualidade de vida e redução da sensação de fadiga após a intervenção. O estudo transversal avaliou 98 indivíduos que foram divididos em três grupos: sem distúrbio ventilatório (SDV), distúrbio ventilatório restritivo (DVR) e distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO). Os grupos apresentaram percentuais de força muscular respiratória dentro do previsto, entretanto, o grupo DVR mostrou melhores resultados de pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx) que os demais, mas sem diferença significativa. Os participantes com DVR e DVO apresentaram menor VO2pico e VO2 no primeiro limiar ventilatório (VO2LV1) que o grupo sem distúrbio. Ambos os grupos também tiveram piores resultados no equivalente ventilatório de gás carbônico (VE/VCO2) e VE/VCO2slope. Não houve diferença estatística significativa nos resultados do TECP. Os pacientes com distúrbio restritivo percorreram uma distância inferior aos demais, com diferença significativa entre os grupos SDV e DVR (p= 0,002). O grupo DVR obteve maiores valores em todos os domínios da qualidade de vida quando comparados aos demais grupos. Já os pacientes SDV tiveram pior qualidade de vida. De forma geral, o treino aeróbico contínuo de moderada intensidade juntamente ao treino resistido, mostraram benefícios para recuperação de pacientes pós COVID-19 nas variáveis estudadas. Além disso, foi observado que as alterações na função pulmonar após alta hospitalar por COVID-19 podem afetar a tolerância ao exercício máximo e submáximo dos pacientes, mas estes comprometimentos parecem não interferir diretamente nos domínios que abrangem a qualidade de vida desta amostra.

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  • LAYLA CARVALHO MAHNKE
  • Purificação de colagenase utilizando compósito magnético de azocoll e sua caracterização

  • Orientador : LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DAVID FERNANDO DE MORAIS NERI
  • DIEGO DE SOUZA BUARQUE
  • IAN PORTO GURGEL DO AMARAL
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • MARIANA PAOLA CABRERA
  • Data: 30/08/2022

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  • Colagenase (EC 3.4.24.3), enzima proteolítica capaz de degradar a tríplice hélice do colágeno foi purificada a partir de extratos brutos de vísceras do peixe (Oreochromis mossambicus) em apenas uma etapa utilizando o compósito magnético de óxido de ferro contendo o ligante azocoll adsorvido (MPs-Azocoll). A colagenase reconhece o azocoll presente no compósito e o complexo partícula-enzima é formado, sendo a seguir lavado para remover impurezas e outras proteínas que não interagiram com a partícula. Este complexo é desfeito após aumento da força iônica, obtendo a enzima purificada e a partícula magnética podendo ser reutilizada novamente. As enzimas purificadas através da MPs-Azocoll apresentaram, respectivamente, purificação de 16,6 vezes e rendimento de 33,1%. O peso molecular da enzima de O. mossambicus foi estimado em 30 kDa, corroborando com colagenases de outras espécies de peixe relatado na literatura. O reuso da MPs-Azocoll também se mostrou eficiente com purificações entre 15,9-14,9 vezes e rendimentos entre 33 a 31%. Os resultados de caracterização da MPs-Azocoll sugerem a presença do azocoll nas partículas, observado pelos picos característicos do colágeno no FTIR; através do deslocamento angular do DRX e na presença do elemento carbono na análise do EDX. Para aperfeiçoamento e otimização do processo de purificação, planejamento fatorial de 24 com análise estatística de variância (ANOVA) foi realizado. Os parâmetros analisados neste planejamento foram: (A) quantidade de partícula magnética usada na purificação, (B) quantidade de azocoll presente na partícula, (C) volume de extrato bruto e (D) tempo de incubação. O modelo estatístico se mostrou significativo de acordo com os valores de p e F. As variáveis estatisticamente significativas foram: (B) quantidade de azocoll presente na partícula e (D) tempo de incubação. A MPs-Azocoll otimizada foi testada na purificação de collagenase de vísceras do peixe (Scomber japonicus) e caldo de cultivo fúngico (Penicillium sp.) obtendo purificação de 20 e 22,2 vezes, com rendimento de 35,8% e 94,5% respectivamente. A colagenase caracterizada de S. japonicus foi determinada como uma serino-protease, alcalina, com melhor atividade no pH 8,0, e a 50°C. Estas características garantem uma alta possibilidade de aplicação da colagenase na indústria. Estes resultados demonstram que a partícula magnética contendo azocoll pode ser aplicada na purificação de colagenase em um processo de etapa única, empregando compósito de fácil síntese, baixo custo e reutilizável.


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  • Colagenase (EC 3.4.24.3), enzima proteolítica capaz de degradar a tríplice hélice do colágeno foi purificada a partir de extratos brutos de vísceras do peixe (Oreochromis mossambicus) em apenas uma etapa utilizando o compósito magnético de óxido de ferro contendo o ligante azocoll adsorvido (MPs-Azocoll). A colagenase reconhece o azocoll presente no compósito e o complexo partícula-enzima é formado, sendo a seguir lavado para remover impurezas e outras proteínas que não interagiram com a partícula. Este complexo é desfeito após aumento da força iônica, obtendo a enzima purificada e a partícula magnética podendo ser reutilizada novamente. As enzimas purificadas através da MPs-Azocoll apresentaram, respectivamente, purificação de 16,6 vezes e rendimento de 33,1%. O peso molecular da enzima de O. mossambicus foi estimado em 30 kDa, corroborando com colagenases de outras espécies de peixe relatado na literatura. O reuso da MPs-Azocoll também se mostrou eficiente com purificações entre 15,9-14,9 vezes e rendimentos entre 33 a 31%. Os resultados de caracterização da MPs-Azocoll sugerem a presença do azocoll nas partículas, observado pelos picos característicos do colágeno no FTIR; através do deslocamento angular do DRX e na presença do elemento carbono na análise do EDX. Para aperfeiçoamento e otimização do processo de purificação, planejamento fatorial de 24 com análise estatística de variância (ANOVA) foi realizado. Os parâmetros analisados neste planejamento foram: (A) quantidade de partícula magnética usada na purificação, (B) quantidade de azocoll presente na partícula, (C) volume de extrato bruto e (D) tempo de incubação. O modelo estatístico se mostrou significativo de acordo com os valores de p e F. As variáveis estatisticamente significativas foram: (B) quantidade de azocoll presente na partícula e (D) tempo de incubação. A MPs-Azocoll otimizada foi testada na purificação de collagenase de vísceras do peixe (Scomber japonicus) e caldo de cultivo fúngico (Penicillium sp.) obtendo purificação de 20 e 22,2 vezes, com rendimento de 35,8% e 94,5% respectivamente. A colagenase caracterizada de S. japonicus foi determinada como uma serino-protease, alcalina, com melhor atividade no pH 8,0, e a 50°C. Estas características garantem uma alta possibilidade de aplicação da colagenase na indústria. Estes resultados demonstram que a partícula magnética contendo azocoll pode ser aplicada na purificação de colagenase em um processo de etapa única, empregando compósito de fácil síntese, baixo custo e reutilizável.

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  • BARBARA CRISTINA DE SOUSA PEDROSA
  • AVALIAÇÃO DE BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS EM INDIVÍDUOS COM LINFEDEMA SUBMETIDOS A TERAPIA COMPLEXA DESCONGESTIVA E FISIOTERAPIA AQUÁTICA

  • Orientador : CELIA MARIA MACHADO BARBOSA DE CASTRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CELIA MARIA MACHADO BARBOSA DE CASTRO
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • DIEGO DE SOUSA DANTAS
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • MARIA DO SOCORRO BRASILEIRO SANTOS
  • Data: 24/11/2022

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  • O linfedema é uma doença progressiva, caracterizada pelo acúmulo tecidual de líquidos e macromoléculas no espaço intersticial, decorrentes de deficiências no transporte linfático. O sistema linfático está intimamente relacionado com a ativação da resposta inflamatória, controle de infecções e defesa contra agentes invasores. Além disto, respostas inflamatórias Th1 e Th2 estão diretamente relacionadas com a fisiopatologia da doença e são responsáveis pelos achados patológicos do linfedema. Apesar dos impactos gerados pela doença e suas sequelas, o tratamento adequado realizado com terapêuticas que minimizem a progressão do linfedema e prevenção de suas sequelas deve ser priorizado, a fim de que o paciente tenha sua condição de saúde melhorada. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da Terapia Complexa Descongestiva e da Fisioterapia Aquática sobre biomarcadores do processo inflamatório e sobre o volume do membro inferior em indivíduos com linfedema de membro inferior. Consistiu em um estudo do tipo ensaio clínico randomizado e controlado, desenvolvido no Laboratório de Imunopatologia Keizo-Asami (LIKA), no Laboratório Multiusuário de Análises Integradas (LAMAI) e na Clínica Escola de Fisioterapia, ambos do Departamento de Fisioterapia e no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Os participantes do estudo com diagnóstico clínico de linfedema em membros inferiores foram alocados no grupo de intervenção Terapia Complexa descongestiva (TCD) ou no Grupo Fisioterapia Aquática, com base no protocolo fisioterapêutico empregado; e os indivíduos que não possuíam diagnóstico de linfedema foram alocados no grupo controle (grupo sem linfedema). A avaliação dos biomarcadores inflamatórios foi realizada através do hemograma, dosagem da Proteína C Reativa (PCR), mensuração das frações do complemento C3 e C4 e da mensuração dos níveis séricos das citocinas interferon gama (IFN-γ), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucinas 4 (IL-4), 6 (IL-6) e 10 (IL-10) no sangue periférico. O volume dos membros inferiores foi mensurado pela fórmula do cone truncado. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de Pernambuco. Os resultados obtidos no estudo demonstraram que a TCD reduziu significativamente os níveis de TNF-α nos indivíduos com linfedema (p= 0,028). Além disso foram encontradas diferenças significativas entre o grupo sem linfedema e o grupo TCD nas concentrações de IL-10 (p=0,049) e de monócitos (p=0,039), e nos níveis de C3 entre o grupo sem linfedema com o grupo fisioterapia aquática (p= 0,002) e grupo TCD (p= 0,011). Nossos achados evidenciaram que a TCD foi capaz de reduzir significativamente o marcador inflamatório TNF-α nos pacientes com linfedema, apontando para um efeito anti-inflamatório da terapêutica no linfedema.


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  • O linfedema constitui um agravo progressivo, caracterizado pelo acúmulo tecidual de líquidos e macromoléculas no espaço intersticial, decorrentes de deficiências no sistema linfático. Estando o sistema linfático intimamente relacionado com a ativação da resposta inflamatória, controle de infecções e defesa contra agentes invasores, indivíduos com linfedema apresentam prejuízos em seu sistema imunológicoApesar dos impactos gerados pela doença, o tratamento adequado através de medidas terapêuticas que minimizem a progressão do linfedema e prevenção de suas complicações deve ser priorizado, a fim de que o paciente tenha sua condição de saúde melhorada. Objetivo: O objetivo deste estudo consiste em avaliar o efeito da Terapia Complexa Descongestiva e da Fisioterapia Aquática sobre marcadores do processo inflamatório e o volume do membro inferior em indivíduos com linfedema unilateral de membro inferior. Métodos: Consiste em um estudo do tipo ensaio clínico randomizado e controlado, desenvolvido no Laboratório de Imunopatologia Keizo-Asami (LIKA), no Laboratório Multiusuário de Análises Integradas (LAMAI) e na Clínica Escola de Fisioterapia, ambos do Departamento de Fisioterapia e no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Os participantes do estudo são alocados no Grupo Sadio (GS) composto por indivíduos sem linfedema e nos Grupos Intervenção TCD e Grupo Terapia Aquática, composto por indivíduos com linfedema unilateral em membro inferior, com base no protocolo fisioterapêutico empregado. A avaliação da ativação indireta da resposta imune é realizada através do hemograma completo e a avaliação do estado inflamatório se dá a partir da dosagem da Proteína C Reativa (PCR), mensuração das frações do complemento C3 e C4 e da mensuração dos níveis séricos das citocinas interferon gama (IFN-γ), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), fator de transformação do crescimento beta (TGF-β), interleucinas 4 (IL-4), 6 (IL-6) e 10 (IL-10) no sangue periférico. O volume dos membros inferiores é mensurado através da fórmula geométrica do cone truncado, calculado a partir das medidas das circunferências dos membros inferiores obtidas na perimetria. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de Pernambuco. 

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  • ANA SOFIA LIMA ESTEVÃO DE OLIVEIRA
  • HIDRADENITE SUPURATIVA HEREDITÁRIA: ANÁLISE GENÉTICA EM FAMÍLIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO
     
     
  • Orientador : SERGIO CROVELLA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RENATA FERREIRA MAGALHÃES
  • ISABELLE FREIRE TABOSA VIANA
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • SERGIO CROVELLA
  • Data: 20/12/2022
    Ata de defesa assinada:

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  • A Hidradenite Supurativa (HS) é uma condição de pele que envolve a unidade pilossebácea e é caracterizada por inflamação crônica e pela presença de nódulos e abscessos recorrentes que culminam em secreção purulenta. Em raras ocasiões, a HS pode aparecer concomitantemente com outras doenças como a Doença de Dowling Degos (DDD). A DDD é uma genodermatose autossômica dominante rara, caracterizada por lesões pigmentadas reticuladas e lentamente progressivas que envolvem áreas flexurais da pele. Mutações no gene que codifica o potenciador de presenilina (PSENEN) foram associadas à ocorrência simultânea das doenças, enquanto o papel da nicastrina (NCSTN) ainda é debatido. Neste estudo, identificamos uma família de quatro gerações com sete membros afetados por HS e/ou DDD. Os pacientes têm um fenótipo de HS grave caracterizado por nódulos inflamatórios, granuloma piogênico, fístulas e comedões simples e duplos espalhados por diferentes áreas do corpo, e um fenótipo de DDD caracterizado por pigmentações reticuladas nas axilas e região inguinal, bem como cicatrizes crateriformes / cribriformes no dorso, dorso nasal e filtro labial. O sequenciamento de exoma total (WES) em dois indivíduos afetados e um não afetado da família identificou uma nova mutação sem sentido no gene da NCSTN, c.T131A:p.L44X. A segregação dessa mutação em todos os membros afetados foi confirmada pelo sequenciamento de Sanger. Para estudar o papel dessa mutação, isolamos as células da bainha radicular externa (ORS) dos folículos pilosos dos pacientes, seguido por análises de PCR em tempo real (qPCR) e de Western Blot. Como resultado, mostramos que o códon de parada prematuro leva ao decaimento de mRNA pela degradação de RNA mediada por mutação sem sentido, causando haploinsuficiência de NCSTN nos indivíduos afetados. Além disso, observamos que esta haploinsuficiência também afeta as outras subunidades do complexo da γ-secretase (PSEN e PSENEN). Deste modo, nossas descobertas sugerem que a haploinsuficiência da NCSTN pode estar associada ao surgimento da HS e DDD nesses pacientes. No geral, este estudo fornece informações sobre a genética da HS familiar em pacientes recifenses e identifica um novo gene associado a coocorrência de HS e DDD.


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  • A Hidradenite Supurativa (HS) é uma condição de pele que envolve a unidade pilossebácea e é caracterizada por inflamação crônica e pela presença de nódulos e abscessos recorrentes que culminam em secreção purulenta. Em raras ocasiões, a HS pode aparecer concomitantemente com outras doenças como a Doença de Dowling Degos (DDD). A DDD é uma genodermatose autossômica dominante rara, caracterizada por lesões pigmentadas reticuladas e lentamente progressivas que envolvem áreas flexurais da pele. Mutações no gene que codifica o potenciador de presenilina (PSENEN) foram associadas à ocorrência simultânea das doenças, enquanto o papel da nicastrina (NCSTN) ainda é debatido. Neste estudo, identificamos uma família de quatro gerações com sete membros afetados por HS e/ou DDD. Os pacientes têm um fenótipo de HS grave caracterizado por nódulos inflamatórios, granuloma piogênico, fístulas e comedões simples e duplos espalhados por diferentes áreas do corpo, e um fenótipo de DDD caracterizado por pigmentações reticuladas nas axilas e região inguinal, bem como cicatrizes crateriformes / cribriformes no dorso, dorso nasal e filtro labial. O sequenciamento de exoma total (WES) em dois indivíduos afetados e um não afetado da família identificou uma nova mutação sem sentido no gene da NCSTN, c.T131A:p.L44X. A segregação dessa mutação em todos os membros afetados foi confirmada pelo sequenciamento de Sanger. Para estudar o papel dessa mutação, isolamos as células da bainha radicular externa (ORS) dos folículos pilosos dos pacientes, seguido por análises de PCR em tempo real (qPCR) e de Western Blot. Como resultado, mostramos que o códon de parada prematuro leva ao decaimento de mRNA pela degradação de RNA mediada por mutação sem sentido, causando haploinsuficiência de NCSTN nos indivíduos afetados. Além disso, observamos que esta haploinsuficiência também afeta as outras subunidades do complexo da γ-secretase (PSEN e PSENEN). Deste modo, nossas descobertas sugerem que a haploinsuficiência da NCSTN pode estar associada ao surgimento da HS e DDD nesses pacientes. No geral, este estudo fornece informações sobre a genética da HS familiar em pacientes recifenses e identifica um novo gene associado a coocorrência de HS e DDD.

2021
Dissertações
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  • LUCAS COÊLHO BERNARDO DE MENEZES
  • INTERAÇÕES BIOMOLECULARES DO VÍRUS ZIKA EM PROCESSOS PATOLÓGICOS DE MORTE CELULAR

  • Orientador : LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • ELISA DE ALMEIDA NEVES AZEVEDO
  • Data: 26/02/2021

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  • As glicoproteínas E e M do vírus Zika (ZIKV) participam da infectividade na célula hospedeira por meio da ancoragem aos receptores de superfície celulares e fusão entre membranas. Entretanto, ainda pouco se sabe sobre a interação dessas proteínas do ZIKV com receptores celulares utilizados, por esse vírus, para ligação e/ou entrada na célula-alvo humana. Receptores do TNF tipo 1 (TNFR1), TNF tipo 2 (TNFR2) e Fas destacam-se entre os principais membros nessa família de proteínas transmembrana pela modulação completa da via extrínseca de apoptose. Nesse trabalho, o objetivo foi analisar as interações biomoleculares in sílico e in vitro na relação vírus-célula, avaliando a influência do ZIKV em processos patológicos de morte celular. As análises in silico foram baseadas em estruturas proteícas presentes banco de dados RSCB Protein Data Bank (PDB). Predições de dokcing tipo proteína-proteína foram realizadas pelo servidor ClusPro e a dinâmica molecular foi realizada por meio do software GROMACS. Para as análises in vitro, foram utilizadas as linhagens de células VERO e neuroblastoma humano (SH-SY5Y) para expansão viral da cepa do ZIKV pernambucana e ensaios de morte celular. As células SH-SY5Y foram submetidas a tratamentos com estimulante/inibidor do processo autofágico (Rapamicina®, Cloroquina® ou SBI-0206965®) e incubadas por 0, 24 ou 48 horas. A partir do sobrenadante, foram isolados o RNA de ZIKV e o quantitativo celular dividido em duas amostras para serem realizadas as análises de morte celular para análises de citometria de fluxo. A comparação quantitativa foi realizada por meio da ANOVA two-way. Aqui, a proteína M do ZIKV demonstrou forte afinidade de ligação e formação de interações com os receptores Fas e TNFR2. Além disso, apenas o grupo com Cloroquina® exibiu aumento significativo no quantitativo viral em relação a tempo e autofagia. Nosso trabalho sugere que a proteína M do ZIKV seja um fator de fixação para ancoragem em Fas e TNFR2, bem como, a autofagia atenuada na infecção por ZIKV leva a morte celular neuronal.


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  • Glycoproteins E e M of the Zika virus (ZIKV) participate in infectivity of the host cell through anchoring to cell surface receptors and fusion among membranes. However, little is known about the interaction of these ZIKV proteins with the receptors used by this virus for binding and/or entry in human cells. TNF type 1 (TNFR1), TNF type 2 (TNFR2) and Fas receptors are main members in family of transmembrane proteins due to the complete modulation of the extrinsic pathway of apoptosis. In this work, objective was to analyze the biomolecular interactions in silico and in vitro of the virus-cell relationship, evaluating the influence of ZIKV in cell death pathological processes. The silico analyzes were based on protein structures present in the RSCB Protein Data Bank (PDB) database. Protein-protein predictions were performed by the ClusPro server and molecular dynamics were performed using the GROMACS software. For in vitro analyzes, VERO cell lines and human neuroblastoma (SH-SY5Y) were used for viral expansion of the Pernambuco ZIKV strain and cell death assays. SH-SY5Y cells were subjected to treatments with a stimulant/inhibitor of the autophagic process (Rapamycin®, Chloroquine® or SBI-0206965®) and incubated for 0, 24 or 48 hours. From the supernatant, the ZIKV RNA and the cell quantity divided in two were obtained, to be performed as cell death analyzes for flow cytometry analyzes. Quantitative comparison was performed using two-way ANOVA. Here, the ZIKV protein M includes strong binding affinity and formation of interactions with the Fas and TNFR2 receptors. In addition, only the group with Chloroquine® exhibited a significant increase in viral quantity in relation to time and autophagy. Our work suggests that the ZIKV M protein may be an attachment factor for anchoring on Fas and TNFR2, as well as, an attenuated autophagy in the ZIKV infection leads to neuronal cell death.

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  • MARIA BEATRIZ CALADO DA SILVA
  • Papel do perfil inflamatório e celular na infecção por SARS-CoV-2 e no curso clínico da COVID-19: uma abordagem in silico

  • Orientador : SERGIO CROVELLA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SERGIO CROVELLA
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 01/07/2021

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  • Em junho de 2021, quinze meses após o reconhecimento da pandemia de COVID-19 pela OMS, o mundo ultrapassou 176 milhões de casos e quase quatro milhões de pessoas vieram a óbito. Desde então, esta doença provou ser um imenso desafio, introduzindo diferenças clínicas que demandam investigações extensas. Até o momento, não há terapias antiviral com alta eficiência e ampla aprovação, tornando o cenário ainda mais dramático, e explica a urgência em entender os mecanismos biológicos envolvidos na progressão da doença. As variações entre os pacientes e a heterogeneidade na recuperação ainda são permeadas por incertezas que precisam ser esclarecidas, exigindo pesquisas cada vez mais complexas. Contudo, foi estabelecido o papel central da inflamação como um fator agravante que leva ao quadro mais severo da COVID-19 e o envolvimento do inflamassoma foi amplamente hipotetizado. Portanto, as peculiaridades entre os indivíduos precisam ser documentadas e amplamente discutas e as moléculas que estão envolvidas nesse processo devem ser melhor caracterizadas. Para essa finalidade, as diferentes técnicas multi-omicas são uma abordagem relevante para determinar fatores genéticos do indivíduo que interferem na susceptibilidade a doença, bem como identificar alvos terapêuticos. Enquanto alguns indivíduos infectados tornam-se assintomáticos ou apresentam apenas sintomas leves, outra parcela desenvolve quadros severos. Esses pacientes graves podem apresentar distúrbios acentuados na coagulação e/ou desenvolver a síndrome da angústia respiratória aguda (ARDS), que levam à morte. Buscando determinar as diferenças entre indivíduos positivo para a COVID-19, foi utilizado dados de transcriptoma disponíveis publicamente no GEO dataset. A partir dos critérios de inclusão estabelecidos, três estudos foram selecionados para compor o presente trabalho. A partir da meta-análise, houve a quantificação dos genes diferencialmente expressos, seguido da análise de enriquecimento de tais genes através do Gene Ontology e posterior definição das vias de sinalização correspondentes aos DEGs utilizando a ferramenta Reactome. Aqui, observou-se o aumento da expressão de quimiocinas como CCL2, CCL8, e CXCL11, fundamentais para conduzir a resposta imunológica. Também foi possível perceber o aumento de genes envolvidos na sinalização do interferon como IFI27, IFI44L, e IFIT3, além de genes importantes para a resposta antiviral, como o OAS3, GBP1 e TRIM6. Adicionalmente, os termos obtidos com o GO expõe a presença interferônica acentuada em pacientes COVID-19, constatando a predominância das vias do interferon entre os processos biológicos exacerbados a partir da infecção por SARS-CoV-2. Tal resultado pode auxiliar no entendimento das peculiaridades dos pacientes COVID-19 e relata perfil desses indivíduos em uma determinada fase da doença. Com isso, é possível a racionalização de novas abordagens terapêuticas.


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  • Em junho de 2021, quinze meses após o reconhecimento da pandemia de COVID-19 pela OMS, o mundo ultrapassou 176 milhões de casos e quase quatro milhões de pessoas vieram a óbito. Desde então, esta doença provou ser um imenso desafio, introduzindo diferenças clínicas que demandam investigações extensas. Até o momento, não há terapias antiviral com alta eficiência e ampla aprovação, tornando o cenário ainda mais dramático, e explica a urgência em entender os mecanismos biológicos envolvidos na progressão da doença. As variações entre os pacientes e a heterogeneidade na recuperação ainda são permeadas por incertezas que precisam ser esclarecidas, exigindo pesquisas cada vez mais complexas. Contudo, foi estabelecido o papel central da inflamação como um fator agravante que leva ao quadro mais severo da COVID-19 e o envolvimento do inflamassoma foi amplamente hipotetizado. Portanto, as peculiaridades entre os indivíduos precisam ser documentadas e amplamente discutas e as moléculas que estão envolvidas nesse processo devem ser melhor caracterizadas. Para essa finalidade, as diferentes técnicas multi-omicas são uma abordagem relevante para determinar fatores genéticos do indivíduo que interferem na susceptibilidade a doença, bem como identificar alvos terapêuticos. Enquanto alguns indivíduos infectados tornam-se assintomáticos ou apresentam apenas sintomas leves, outra parcela desenvolve quadros severos. Esses pacientes graves podem apresentar distúrbios acentuados na coagulação e/ou desenvolver a síndrome da angústia respiratória aguda (ARDS), que levam à morte. Buscando determinar as diferenças entre indivíduos positivo para a COVID-19, foi utilizado dados de transcriptoma disponíveis publicamente no GEO dataset. A partir dos critérios de inclusão estabelecidos, três estudos foram selecionados para compor o presente trabalho. A partir da meta-análise, houve a quantificação dos genes diferencialmente expressos, seguido da análise de enriquecimento de tais genes através do Gene Ontology e posterior definição das vias de sinalização correspondentes aos DEGs utilizando a ferramenta Reactome. Aqui, observou-se o aumento da expressão de quimiocinas como CCL2, CCL8, e CXCL11, fundamentais para conduzir a resposta imunológica. Também foi possível perceber o aumento de genes envolvidos na sinalização do interferon como IFI27, IFI44L, e IFIT3, além de genes importantes para a resposta antiviral, como o OAS3, GBP1 e TRIM6. Adicionalmente, os termos obtidos com o GO expõe a presença interferônica acentuada em pacientes COVID-19, constatando a predominância das vias do interferon entre os processos biológicos exacerbados a partir da infecção por SARS-CoV-2. Tal resultado pode auxiliar no entendimento das peculiaridades dos pacientes COVID-19 e relata perfil desses indivíduos em uma determinada fase da doença. Com isso, é possível a racionalização de novas abordagens terapêuticas.

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  • CAMILA CASSIA SILVA
  • Produção de biolarvicida a base de Bacillus thuringiensis utilizando meio de cultura da fibra do coco verde (Cocos nucifera L.) para o controle de Aedes aegypti
     
     
  • Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • CAROLINA DE ALBUQUERQUE LIMA DUARTE
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • Data: 27/08/2021

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  • O controle de insetos vetores de patologias tornou-se um grave problema e, como consequência imediata na saúde pública, vem se observando o aumento progressivo dessas populações de mosquitos transmissores de patologia tais como: Dengue, Malária, Zika vírus, Febre amarela, Filariose entre outros. Muitas doenças de interesse da saúde pública, são transmitidas por insetos vetores e dentre eles se destaca o Aedes aegypti. Em geral, os países mais atingidos por estas doenças são os tropicais e subtropicais, devido principalmente às suas características climáticas favoráveis à proliferação de insetos. Nessa perspectiva se faz necessário a prospecção de novas cepas que mostrem toxicidade específica pelas espécies dos mosquitos vetores e que sejam cultivadas em meios de cultura constituídos por matérias-primas de baixo custo, características da região. Com o objetivo de reduzir custos e melhorar o rendimento de produção das toxinas, além de contribuir para geração de produtos naturais biologicamente ativos extraídos de micro-organismos, agregando aplicação e valor a um subproduto a fim de minimizar os impactos sociais e econômicos que as patologias transmitidas pelos vetores podem ocasionar. Nesse sentido, foi utilizada a fibra do coco como fonte principal de carbono para o crescimento da bactéria e produção da toxina larvicida. Foram realizados planejamentos fatoriais para melhorar as condições de produção da toxina e suplementar as necessidades da bactéria. Finalmente, a toxina foi testada em bioensaio controlado e a LC50 e 90, foram medidas. Em paralelo, foi publicado um capítulo de livro e escrita uma revisão sistemática relacionadas ao tema.


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  • O controle de insetos vetores de patologias tornou-se um grave problema e, como consequência imediata na saúde pública, vem se observando o aumento progressivo dessas populações de mosquitos transmissores de patologia tais como: Dengue, Malária, Zika vírus, Febre amarela, Filariose entre outros. Muitas doenças de interesse da saúde pública, são transmitidas por insetos vetores e dentre eles se destaca o Aedes aegypti. Em geral, os países mais atingidos por estas doenças são os tropicais e subtropicais, devido principalmente às suas características climáticas favoráveis à proliferação de insetos. Nessa perspectiva se faz necessário a prospecção de novas cepas que mostrem toxicidade específica pelas espécies dos mosquitos vetores e que sejam cultivadas em meios de cultura constituídos por matérias-primas de baixo custo, características da região. Com o objetivo de reduzir custos e melhorar o rendimento de produção das toxinas, além de contribuir para geração de produtos naturais biologicamente ativos extraídos de micro-organismos, agregando aplicação e valor a um subproduto a fim de minimizar os impactos sociais e econômicos que as patologias transmitidas pelos vetores podem ocasionar. Nesse sentido, foi utilizada a fibra do coco como fonte principal de carbono para o crescimento da bactéria e produção da toxina larvicida. Foram realizados planejamentos fatoriais para melhorar as condições de produção da toxina e suplementar as necessidades da bactéria. Finalmente, a toxina foi testada em bioensaio controlado e a LC50 e 90, foram medidas. Em paralelo, foi publicado um capítulo de livro e escrita uma revisão sistemática relacionadas ao tema.

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  • JOÃO VICTOR DE OLIVEIRA SANTOS
  • Purificação, caracterização e avaliação do potencial antimicrobiano da lectina da folha de Guazuma ulmifolia LAM

  • Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • PRISCILA GUBERT
  • THIAGO PAJEÚ NASCIMENTO
  • Data: 28/10/2021

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  • Lectinas são proteínas (hemaglutininas) multivalentes encontradas de forma ubíqua na natureza, as quais podem apresentar atividade catalítica, reconhecimento de modo específico de carboidratos na superfície de microrganismos, bem como atividade citoprotetora frente antígenos e/ou patógenos. O objetivo deste trabalho foi isolar, purificar e caracterizar uma lectina presente na folha de Guazuma ulmifolia LAM (GuaZuL) e avaliar sua atividade antibacteriana. As folhas foram lavadas, secas, trituradas até a forma de pó. O extrato bruto (EB) foi obtido por agitação do pó das folhas (10%, p/v) durante 4h em solução de NaCl 0,15 M, pH 6.8, seguido de centrifugação (6.000xg, 15 min). Em seguida, o EB foi submetido ao fracionamento salino com sulfato de amônio, onde a fração 0-40% apresentou maior atividade hemaglutinante (AH), sendo esta, submetida à cromatografia por troca iônica (aniônica) em DEAE-Sephadex. A amostra foi dialisada e liofilizada e submetida a SDS-PAGE, e a banda proteica visualizada foi denominada de GuazuL Após esse procedimento a proteína foi caracterizada através de análises físico-químicas (temperatura, pH e íons divalentes). A detecção da lectina foi realizada através de testes de atividade hemaglutinante (AH) utilizando eritrócitos humanos (ABO) e sangue de coelho, pelo método de diluição seriada. E os ensaios antibacterianos foram realizados por meio do método de microdiluição em caldo para obtenção da concentração inibitória mínima (CIM) frente a diferentes cepas bacterianas ATCCs. GuaZuL é uma glicoproteína de aproximadamente 35 kDa, que aglutinou eritrócitos de coelho e humanos com maior especificidade para tipo sanguíneo B, e foi inibida apenas por glicoproteínas como Azoalbumina, azocaseína e caseína. Foi termoestável até 100°C, com maior estabilidade em pH 5.0-8.0, e íons divalentes não afetaram sua atividade. Na avaliação da atividade antibacteriana, GuaZuL apresentou atividade bacteriostática e bactericida (CIM: 15,62 µg/mL; CBM: 15,62-62,5 µg/mL), frente a Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii. Em conclusão, a GuazuL é uma lectina obtida a partir das folhas de G. ulmifolia, termoestável, com amplo espectro de ação antibacteriana e com características relevantes que permitem a sua possível aplicação em diferentes processos biotecnológicos.


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  • Lectinas são proteínas (hemaglutininas) multivalentes encontradas de forma ubíqua na natureza, as quais podem apresentar atividade catalítica, reconhecimento de modo específico de carboidratos na superfície de microrganismos, bem como atividade citoprotetora frente antígenos e/ou patógenos. O objetivo deste trabalho foi isolar, purificar e caracterizar uma lectina presente na folha de Guazuma ulmifolia LAM (GuaZuL) e avaliar sua atividade antibacteriana. As folhas foram lavadas, secas, trituradas até a forma de pó. O extrato bruto (EB) foi obtido por agitação do pó das folhas (10%, p/v) durante 4h em solução de NaCl 0,15 M, pH 6.8, seguido de centrifugação (6.000xg, 15 min). Em seguida, o EB foi submetido ao fracionamento salino com sulfato de amônio, onde a fração 0-40% apresentou maior atividade hemaglutinante (AH), sendo esta, submetida à cromatografia por troca iônica (aniônica) em DEAE-Sephadex. A amostra foi dialisada e liofilizada e submetida a SDS-PAGE, e a banda proteica visualizada foi denominada de GuazuL Após esse procedimento a proteína foi caracterizada através de análises físico-químicas (temperatura, pH e íons divalentes). A detecção da lectina foi realizada através de testes de atividade hemaglutinante (AH) utilizando eritrócitos humanos (ABO) e sangue de coelho, pelo método de diluição seriada. E os ensaios antibacterianos foram realizados por meio do método de microdiluição em caldo para obtenção da concentração inibitória mínima (CIM) frente a diferentes cepas bacterianas ATCCs. GuaZuL é uma glicoproteína de aproximadamente 35 kDa, que aglutinou eritrócitos de coelho e humanos com maior especificidade para tipo sanguíneo B, e foi inibida apenas por glicoproteínas como Azoalbumina, azocaseína e caseína. Foi termoestável até 100°C, com maior estabilidade em pH 5.0-8.0, e íons divalentes não afetaram sua atividade. Na avaliação da atividade antibacteriana, GuaZuL apresentou atividade bacteriostática e bactericida (CIM: 15,62 µg/mL; CBM: 15,62-62,5 µg/mL), frente a Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii. Em conclusão, a GuazuL é uma lectina obtida a partir das folhas de G. ulmifolia, termoestável, com amplo espectro de ação antibacteriana e com características relevantes que permitem a sua possível aplicação em diferentes processos biotecnológicos.

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  • MARIA ERCILIA DE LIMA
  • Efeito do Ultrassom de baixa frequência na atividade catalítica de uma protease purificada de Streptomyces spp: Imobilização em Filme polissacarídico com potencial aplicação biomédica
  • Orientador : ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JUANIZE MATIAS DA SILVA BATISTA
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • THIAGO PAJEÚ NASCIMENTO
  • Data: 16/12/2021

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  • Nos últimos anos, o ultrassom (US) tem sido usado com sucesso em um grande número de Bioprocessos na área da biotecnologia, tais como no melhoramento da hidrólise enzimática (biocatálise). O uso do US no tratamento ou pré-tratamento são supostamente vistos para ativar/acelerar a catálise enzimática e consequentemente melhorar a formação do produto. Tais métodos podem oferecer alta eˡciência de bioconversão enzimática e produção de novos peptídeos biologicamente ativos. Com a aplicação extensiva de reações enzimáticas em diferentes áreas, melhorar a eˡciência atraiu a atenção de empresas com o intuito de reduzir custos. Um desses métodos é o Ultrassom de ondas curtas, o qual utiliza essa técnica como uma nova tecnologia de processamento e melhoramento e assim tem atraído atenção na extração assistida de componentes bioativos. Em reações enzimáticas o ultrassom pode agir alterando as condições do meio, e perturbando as ligações fracas,induzindo mudanças conformacionais na estrutura das proteínas. Isso pode levar a ativação de muitas enzimas, devido às pequenas alterações na estrutura e nas condições ambientais, como temperatura, pressão, tensão de cisalhamento e pH. Colagenases têm sido descritas na utilização em diversos segmentos biotecnológicos e biomédicos, envolvendo áreas como: medicinal, farmacêutico, alimentício, cosmético e têxtil. Quanto à aplicação médica, há relatos na literatura de sua aplicação no tratamento de úlceras e queimaduras, na aceleração da cicatrização de feridas por pressão, na produção de peptídeos bioativos com atividades antioxidante e antimicrobiana, além de possuírem um importante papel no sucesso de cirurgias para transplantes de alguns órgãos. O gênero Streptomyces possui grande vantagem dentre os microrganismos produtores de enzimas colagenolíticas, uma vez que a sua engenharia genética, tem demonstrado grande habilidade em sintetizar esse tipo de protease apresentando características de termo estabilidade e maior rendimento.

     


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  • Nos últimos anos, o ultrassom (US) tem sido usado com sucesso em um grande número de Bioprocessos na área da biotecnologia, tais como no melhoramento da hidrólise enzimática (biocatálise). O uso do US no tratamento ou pré-tratamento são supostamente vistos para ativar/acelerar a catálise enzimática e consequentemente melhorar a formação do produto. Tais métodos podem oferecer alta eˡciência de bioconversão enzimática e produção de novos peptídeos biologicamente ativos. Com a aplicação extensiva de reações enzimáticas em diferentes áreas, melhorar a eˡciência atraiu a atenção de empresas com o intuito de reduzir custos. Um desses métodos é o Ultrassom de ondas curtas, o qual utiliza essa técnica como uma nova tecnologia de processamento e melhoramento e assim tem atraído atenção na extração assistida de componentes bioativos. Em reações enzimáticas o ultrassom pode agir alterando as condições do meio, e perturbando as ligações fracas,induzindo mudanças conformacionais na estrutura das proteínas. Isso pode levar a ativação de muitas enzimas, devido às pequenas alterações na estrutura e nas condições ambientais, como temperatura, pressão, tensão de cisalhamento e pH. Colagenases têm sido descritas na utilização em diversos segmentos biotecnológicos e biomédicos, envolvendo áreas como: medicinal, farmacêutico, alimentício, cosmético e têxtil. Quanto à aplicação médica, há relatos na literatura de sua aplicação no tratamento de úlceras e queimaduras, na aceleração da cicatrização de feridas por pressão, na produção de peptídeos bioativos com atividades antioxidante e antimicrobiana, além de possuírem um importante papel no sucesso de cirurgias para transplantes de alguns órgãos. O gênero Streptomyces possui grande vantagem dentre os microrganismos produtores de enzimas colagenolíticas, uma vez que a sua engenharia genética, tem demonstrado grande habilidade em sintetizar esse tipo de protease apresentando características de termo estabilidade e maior rendimento.

     

Teses
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  • RAYSSA LEAL BORGES DE MEDEIROS
  • Pesquisa de Variantes Digênicas em Genes Relacionados à Herança Autossômica Dominante em Pacientes Brasileiros com Calcificação Cerebral Familial Primária

     

  • Orientador : JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
  • MICHEL SATYA NASLAVSKY
  • REGINALDO JOSÉ PETROLI
  • SINARA MÔNICA VITALINO DE ALMEIDA
  • Data: 18/06/2021

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  • A calcificação cerebral familial primária (CCFP), amplamente conhecida por doença de Fahr, é uma desordem neuropsiquiátrica ocasionada por variantes patogênicas nos genes SLC20A2, PDGFB, PDGFRB, XPR1, MYORG ou JAM2. É caracterizada pela deposição ectópica de fosfato de cálcio principalmente nos gânglios da base, apresentando-se em padrão bilateral e simétrico. Pacientes com CCFP apresentam amplo espectro de sinais e sintomas, que incluem alterações motoras, cognitivas e psiquiátricas. Entretanto, é bem estabelecido que pacientes com essa doença apresentam alta heterogeneidade clínica inter e intrafamiliar, não identificando-se, ainda, a origem genética capaz de promover tal heterogeneidade. Porém, estudos recentes vêm mostrando que variantes em segundo gene (não associado à CCFP), foram identificadas em pacientes previamente diagnosticados com CCFP, promovendo nos indivíduos afetados um fenótipo complexo e heterogêneo. Nesse contexto, nosso estudo objetivou a pesquisa de variantes patogênicas em um segundo gene relacionado à CCFP e associado à herança autossômica dominante (SLC20A2, PDGFB, PDGFRB e XPR1). A coorte é composta por 13 pacientes brasileiros previamente diagnosticados com CCFP. Após a triagem por sequenciamento de Sanger, foram identificadas 25 variantes de nucleotídeos únicos (SNVs). O rs246391 (c.3137+4A>G), identificado em dois pacientes em heterozigose e dois em homozigose, se destacou por estar localizado próximo a um sítio de splicing. A análise in silico sugere que a variante altere o splicing e, consequentemente, a função proteica. Nosso estudo não conseguiu resultado significativo sobre a análise de expressão do transcrito. Entretanto, pela alta frequência populacional (MAF: 0.30) e por ser considerada benigna por banco de dados, acreditamos que esta variante não atue modulando as manifestações clínicas dos pacientes portadores das variantes. Assim, nosso estudo não identificou nenhuma variante patogênica em um segundo gene relacionado à herança autossômica da CCFP que esclareça tal complexidade fenotípica.


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  • A calcificação cerebral familial primária (CCFP), amplamente conhecida por doença de Fahr, é uma desordem neuropsiquiátrica ocasionada por variantes patogênicas nos genes SLC20A2, PDGFB, PDGFRB, XPR1, MYORG ou JAM2. É caracterizada pela deposição ectópica de fosfato de cálcio principalmente nos gânglios da base, apresentando-se em padrão bilateral e simétrico. Pacientes com CCFP apresentam amplo espectro de sinais e sintomas, que incluem alterações motoras, cognitivas e psiquiátricas. Entretanto, é bem estabelecido que pacientes com essa doença apresentam alta heterogeneidade clínica inter e intrafamiliar, não identificando-se, ainda, a origem genética capaz de promover tal heterogeneidade. Porém, estudos recentes vêm mostrando que variantes em segundo gene (não associado à CCFP), foram identificadas em pacientes previamente diagnosticados com CCFP, promovendo nos indivíduos afetados um fenótipo complexo e heterogêneo. Nesse contexto, nosso estudo objetivou a pesquisa de variantes patogênicas em um segundo gene relacionado à CCFP e associado à herança autossômica dominante (SLC20A2, PDGFB, PDGFRB e XPR1). A coorte é composta por 13 pacientes brasileiros previamente diagnosticados com CCFP. Após a triagem por sequenciamento de Sanger, foram identificadas 25 variantes de nucleotídeos únicos (SNVs). O rs246391 (c.3137+4A>G), identificado em dois pacientes em heterozigose e dois em homozigose, se destacou por estar localizado próximo a um sítio de splicing. A análise in silico sugere que a variante altere o splicing e, consequentemente, a função proteica. Nosso estudo não conseguiu resultado significativo sobre a análise de expressão do transcrito. Entretanto, pela alta frequência populacional (MAF: 0.30) e por ser considerada benigna por banco de dados, acreditamos que esta variante não atue modulando as manifestações clínicas dos pacientes portadores das variantes. Assim, nosso estudo não identificou nenhuma variante patogênica em um segundo gene relacionado à herança autossômica da CCFP que esclareça tal complexidade fenotípica.

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  • AUDES DIOGENES DE MAGALHAES FEITOSA
  • Comportamento da pressão arterial fora do consultório no Brasil

  • Orientador : WILSON NADRUZ JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO COCA PAYERAS
  • FERNANDO BACAL
  • JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • LUCIANO FERREIRA DRAGER
  • WILSON NADRUZ JUNIOR
  • Data: 23/06/2021

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  • Aferições da pressão arterial (PA) fora do consultório, obtidas por meio de medida residencial da PA (MRPA) ou medida ambulatorial da PA (MAPA), têm sido recomendadas para melhor diagnóstico e manuseio da hipertensão arterial. Contudo, pouco se sabe sobre o comportamento da PA fora do consultório no Brasil. O objetivo geral deste estudo foi investigar o comportamento da PA fora do consultório, assim como a prevalência e os determinantes dos fenótipos de hipertensão [normotensão verdadeira (NV), hipertensão do avental branco (HAB), hipertensão mascarada (HM) e hipertensão sustentada (HS)] em indivíduos brasileiros. Para este fim, foram desenvolvidos 7 sub-estudos que avaliaram indivíduos de 3 coortes independentes: coorte 1 = 5.778 indivíduos que realizaram MRPA em 2 centros de cardiologia pernambucanos entre 2005 e 2018; coorte 2 = 57.768 indivíduos de 719 centros brasileiros que realizaram MRPA usando a plataforma online TELEMRPA entre 2017 e 2020; e coorte 3 = 753 indivíduos de 1 Centro de Pesquisa Clínica alagoano que realizaram MAPA de 2014 a 2016. Os resultados são apresentados nos 7 artigos anexos. Em conjunto, estes dados contribuem para um melhor entendimento do comportamento da PA fora do consultório e dos fenótipos de hipertensão arterial no Brasil e podem ser úteis para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o controle da hipertensão arterial no nosso país.


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  • Aferições da pressão arterial (PA) fora do consultório, obtidas por meio de medida residencial da PA (MRPA) ou medida ambulatorial da PA (MAPA), têm sido recomendadas para melhor diagnóstico e manuseio da hipertensão arterial. Contudo, pouco se sabe sobre o comportamento da PA fora do consultório no Brasil. O objetivo geral deste estudo foi investigar o comportamento da PA fora do consultório, assim como a prevalência e os determinantes dos fenótipos de hipertensão [normotensão verdadeira (NV), hipertensão do avental branco (HAB), hipertensão mascarada (HM) e hipertensão sustentada (HS)] em indivíduos brasileiros. Para este fim, foram desenvolvidos 7 sub-estudos que avaliaram indivíduos de 3 coortes independentes: coorte 1 = 5.778 indivíduos que realizaram MRPA em 2 centros de cardiologia pernambucanos entre 2005 e 2018; coorte 2 = 57.768 indivíduos de 719 centros brasileiros que realizaram MRPA usando a plataforma online TELEMRPA entre 2017 e 2020; e coorte 3 = 753 indivíduos de 1 Centro de Pesquisa Clínica alagoano que realizaram MAPA de 2014 a 2016. Os resultados são apresentados nos 7 artigos anexos. Em conjunto, estes dados contribuem para um melhor entendimento do comportamento da PA fora do consultório e dos fenótipos de hipertensão arterial no Brasil e podem ser úteis para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o controle da hipertensão arterial no nosso país.

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  • LAURA DURAO FERREIRA
  • ESCLARECIMENTO DIAGNÓSTICO DE PACIENTES COM CALCIFICAÇÕES CEREBRAIS PRIMÁRIAS E ESTUDOS IN VITRO DO GENE ZBTB20, ASSOCIADO À SÍNDROME DE PRIMROSE

  • Orientador : JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GAËL NICOLAS
  • JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • PAULA SANDRIN GARCIA
  • PAULO ROBERTO ELEUTERIO DE SOUZA
  • Data: 28/06/2021

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  • Calcificações cerebrais são um tipo de calcificação ectópica que pode estar associada a processos fisiológicos ou patológicos. Dentre as condições genéticas caracterizadas pela presença deste tipo de lesão destacam-se a Calcificação Cerebral Familial Primária (CCFP), a síndrome de Primrose e a síndrome de Raine, doenças raras e de diagnóstico complexo. A triagem meticulosa de casos suspeitos dessas doenças se torna, portanto, de extrema importância para garantir que pacientes recebam conduta médica adequada e para detalhar os diferentes fenótipos dos pacientes, contribuindo para o diagnóstico diligente de pacientes no futuro. Paralelamente, explorar funções de genes relacionados a essas condições pode ser beneficial a pacientes com inúmeras desordens genéticas que causam lesões similares. Desse modo, este estudo teve como objetivo geral reavaliar casos clínicos de calcificação cerebral primária com diagnóstico em aberto, utilizando informações clínicas, laboratoriais, exames de imagem e triagens genéticas para definir diagnósticos, e realizar estudos in vitro sobre o ZBTB20 e seu papel na formação de calcificações. Além disso, procuramos determinar como a expressão do gene ZBTB20 é afetada pela superexpressão do microRNA mir-9-5p em SaOs-2. Análise de dados clínicos e radiológicos foram feitas, seguidas de triagens genéticas em genes candidatos como MYORG, ZBTB20 e FAM20C. Através dessas triagens foi possível diagnosticar um caso de síndrome de Primrose, um caso de CCFP autossômica recessiva, e um caso de síndrome de Raine. Os estudos relativos ao ZBTB20 foram realizados in vitro, utilizando células SaOs-2 e análise da expressão por western blot. Resultados preliminares indicam que não há alterações significativas na expressão do ZBTB20 durante a indução de calcificação in vitro (p=0,40). A superexpressão do miR-9-5p provocou, por sua vez, aumento significativo na expressão do ZBTB20 (p=0,0035). Se possível, novos testes com cultura celular e qPCR serão realizados no futuro para confirmar os achados relatados acima.

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  • Calcificações cerebrais são um tipo de calcificação ectópica que pode estar associada a processos fisiológicos ou patológicos. Dentre as condições genéticas caracterizadas pela presença deste tipo de lesão destacam-se a Calcificação Cerebral Familial Primária (CCFP), a síndrome de Primrose e a síndrome de Raine, doenças raras e de diagnóstico complexo. A triagem meticulosa de casos suspeitos dessas doenças se torna, portanto, de extrema importância para garantir que pacientes recebam conduta médica adequada e para detalhar os diferentes fenótipos dos pacientes, contribuindo para o diagnóstico diligente de pacientes no futuro. Paralelamente, explorar funções de genes relacionados a essas condições pode ser beneficial a pacientes com inúmeras desordens genéticas que causam lesões similares. Desse modo, este estudo teve como objetivo geral reavaliar casos clínicos de calcificação cerebral primária com diagnóstico em aberto, utilizando informações clínicas, laboratoriais, exames de imagem e triagens genéticas para definir diagnósticos, e realizar estudos in vitro sobre o ZBTB20 e seu papel na formação de calcificações. Além disso, procuramos determinar como a expressão do gene ZBTB20 é afetada pela superexpressão do microRNA mir-9-5p em SaOs-2. Análise de dados clínicos e radiológicos foram feitas, seguidas de triagens genéticas em genes candidatos como MYORG, ZBTB20 e FAM20C. Através dessas triagens foi possível diagnosticar um caso de síndrome de Primrose, um caso de CCFP autossômica recessiva, e um caso de síndrome de Raine. Os estudos relativos ao ZBTB20 foram realizados in vitro, utilizando células SaOs-2 e análise da expressão por western blot. Resultados preliminares indicam que não há alterações significativas na expressão do ZBTB20 durante a indução de calcificação in vitro (p=0,40). A superexpressão do miR-9-5p provocou, por sua vez, aumento significativo na expressão do ZBTB20 (p=0,0035). Se possível, novos testes com cultura celular e qPCR serão realizados no futuro para confirmar os achados relatados acima.

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  • ANA PAULA FERNANDES DA SILVA
  • DETECÇÃO HISTOQUIMILUMINESCENTE DE PROTEÍNAS ASSOCIADAS À PATOGÊNESE DA DOENÇA DE CROHN E RETOCOLITE ULCERATIVA

  • Orientador : LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • MARIO RIBEIRO DE MELO JUNIOR
  • PALOMA LYS DE MEDEIROS
  • Data: 30/08/2021

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  • A integridade epitelial e da matriz extracelular é fundamental para manutenção da saúde do trato gastrintestinal. No entanto, tanto na DC quanto na RCU, a permeabilidade intestinal é prejudicada, o que resulta na invasão de numerosas bactérias, seguida por infiltração de células imunes no intestino e desencadeamento do processo inflamatório característico dessas doenças. No presente trabalho os anticorpos para os antígenos da calprotectina, ADAM10, ADAM15 e complexo β -catenina e e-caderina foram submetidos a conjugação com éster de acridina para detecção histoquimiluminescente e imunoistoquímica para avaliação da matriz extracelular em biópsias de pacientes com doença de Crohn (n = 49) e retocolite ulcerativa (n = 105). As características histopatológicas das amostras foram descritas através da aplicação das técnicas histoquímicas de hematoxilina e eosina, picrosirius red, tricrômico de Masson, ácido periódico de Shiff e azul de Alcian. O perfil epidemiológico dos pacientes foi estabelecido através de aplicação de questionário sociodemográfico e análise dos prontuários. No estudo histoquimiluminescente os valores de calprotectina, juntamente com a análise dos prontuários permitiu a categorização dos grupos com doença ativa (DC n = 33 e RCU n = 74) e em remissão (DC n = 16 e RCU n = 31). Na análise do colágeno intersticial observou-se maior percentual de colágeno nos tecidos de pacientes em remissão para ambas as formas de DII. Resultados parciais demonstraram uma maior expressão de ADAM 10 e 15 nos grupos com DC ativa e em remissão foram estatisticamente significativos quando comparados entre si e com os controles (p < 0,05). Para RCU os valores das ADAMs foram estatisticamente significativos apenas quando comparados com o grupo controle. O complexo β-catenina + e-caderina mostrou alterações na imunorreatividade apenas em amostras de pacientes com ulceração da mucosa.


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  • A integridade epitelial e da matriz extracelular é fundamental para manutenção da saúde do trato gastrintestinal. No entanto, tanto na DC quanto na RCU, a permeabilidade intestinal é prejudicada, o que resulta na invasão de numerosas bactérias, seguida por infiltração de células imunes no intestino e desencadeamento do processo inflamatório característico dessas doenças. No presente trabalho os anticorpos para os antígenos da calprotectina, ADAM10, ADAM15, colágeno XXIII e complexo β -catenina e e-caderina foram submetidos a conjugação com éster de acridina para detecção histoquimiluminescente e imunoistoquímica para avaliação da matriz extracelular em biópsias de pacientes com doença de Crohn (n = 49) e retocolite ulcerativa (n = 105). As características histopatológicas das amostras foram descritas através da aplicação das técnicas histoquímicas de hematoxilina e eosina, picrosirius red, tricrômico de Masson, ácido periódico de Shiff e azul de Alcian. O perfil epidemiológico dos pacientes foi estabelecido através de aplicação de questionário sociodemográfico e análise dos prontuários. No estudo histoquimiluminescente os valores de calprotectina, juntamente com a análise dos prontuários permitiu a categorização dos grupos com doença ativa (DC n = 33 e RCU n = 74) e em remissão (DC n = 16 e RCU n = 31). Na análise do colágeno intersticial observou-se maior percentual de colágeno nos tecidos de pacientes em remissão para ambas as formas de DII. Resultados parciais demonstraram uma maior expressão de ADAM 10 e 15 nos grupos com DC ativa e em remissão foram estatisticamente significativos quando comparados entre si e com os controles (p <0,05). Para RCU os valores das ADAMs foram estatisticamente significativos apenas quando comparados com o grupo controle. O complexo β-catenina + e-caderina mostrou alterações na imunorreatividade apenas em amostras de pacientes com ulceração da mucosa.

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  • NAIROMBERG CAVALCANTI PORTELA JUNIOR
  • ANÁLISE PROTEÔMICA DA RESPOSTA IMUNE PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DE Biomphalaria straminea (Dunker, 1848) EXPOSTOS AO Schistosoma mansoni (Sambon 1907)
     
     
  • Orientador : LUIZ CARLOS ALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALERIA WANDERLEY TEIXEIRA
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • LUIZ CARLOS ALVES
  • TATIANY PATRICIA ROMAO POMPILIO DE MELO
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • Data: 30/08/2021

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  • No gênero Biomphalaria existem espécies hospedeiras intermediárias importante para o ciclo de vida do Schistosoma mansoni apresentando diferentes perfis de susceptibilidade. Os caramujos Biomphalaria são de extrema importância para a epidemiologia da Esquistossomose, contudo, o Biomphalaria glabrata é a espécie mais estudada por apresentar maior suscetibilidade a esta parasitose. Seu sistema imune, composto por componentes celulares e humorais, é o principal responsável pela variação de fenótipos deste gênero e sua resposta imune inata tradicional já é conhecida. Estudos relacionados a imunidade deste gênero, indicam uma mudança de resposta diante de uma exposição secundária ao parasita, sugerindo um perfil de resistência ao caramujo. A espécie Biomphalaria straminea, apesar de apresentar um perfil menos susceptível ao parasita, apresenta-se com grande importante na manutenção do ciclo de vida do parasita, devido sua ampla distribuição. A falta de estudos, principalmente moleculares levou o presente estudo a se empenhar na primeira análise proteômica do B. straminea, avaliando sua resposta após a exposição primária e secundária frente ao S. mansoni. Assim, foram identificadas 55 proteínas válidas, as quais, a maioria apresentou similaridade com componentes já presentes em B. glabrata, sendo identificadas, proteínas relacionadas ao metabolismo comum nos invertebrados, assim como fatores imunes sendo produzidos de forma constitutiva ou exclusiva durante a exposição. Observamos que durante a resposta primária ao parasita, proteínas de reconhecimento como lectinas tipo C e tipo H se mostram super expressas durante todos os tempos analisados. Além disso, outras proteínas relacionadas ao estresse oxidativo, adesão celular e transporte de oxigênio também se mostram super expressas. Em relação à resposta após uma segunda exposição ao parasita, encontramos super expressas proteínas relacionadas a adesão celular, fatores de reconhecimento, estresse oxidativo, alguns componentes altamente imunorelevantes como FREPs e uma proteína homologa a biomphalisina, já descrita em B. glabrata e que se mostra como componente fundamental da resposta especifica e de memória também em B. straminea. A partir das análises proteômica da resposta imune primária e secundária do B. straminea frente ao S. mansoni, podemos entender melhor o perfil da resposta proteica apresentada por esta espécie, abrindo assim possibilidades, para novos estudos com diferentes abordagens a respeito da relação parasita-hospedeiro, como também analises específicos com as moléculas relacionadas a memória detectadas neste estudo.
     
     

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  • No gênero Biomphalaria existem espécies hospedeiras intermediárias importante para 227 o ciclo de vida do Schistosoma mansoni apresentando diferentes perfis de susceptibilidade. Os 228 caramujos Biomphalaria são de extrema importância para a epidemiologia da Esquistossomose, 229 contudo, o Biomphalaria glabrata é a espécie mais estudada por apresentar maior 230 suscetibilidade a esta parasitose. Seu sistema imune, composto por componentes celulares e 231 humorais, é o principal responsável pela variação de fenótipos deste gênero e sua resposta 232 imune inata tradicional já é conhecida. Estudos relacionados a imunidade deste gênero, indicam 233 uma mudança de resposta diante de uma exposição secundária ao parasita, sugerindo um perfil 234 de resistência ao caramujo. A espécie Biomphalaria straminea, apesar de apresentar um perfil 235 menos susceptível ao parasita, apresenta-se com grande importante na manutenção do ciclo de 236 vida do parasita, devido sua ampla distribuição. A falta de estudos, principalmente moleculares 237 levou o presente estudo a se empenhar na primeira análise proteômica do B. straminea, 238 avaliando sua resposta após a exposição primária e secundária frente ao S. mansoni.

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  • WAYDJA LÂNIA VIRGÍNIA DE ARAÚJO MARINHO
  • Análise do padrão de expressão dos genes ligados à calcificação vascular cerebral em banco de dados: Vascular Single Cells (Betsholtzlab) e Atlas de vasculatura de Mus musculus

  • Orientador : JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • PAULO ROBERTO ELEUTERIO DE SOUZA
  • Data: 30/08/2021

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  • A calcificação cerebral é uma doença neurológica degenerativa, pouco comum, que pode ser hereditária ou esporádica. Manifesta-se igualmente em ambos os sexos e em qualquer idade e caracteriza-se pela presença de depósitos anormais de cálcio no cérebro, associada a perda de massa celular, apresenta quadro clínico bastante variável. Pode apresentar-se desde a forma assintomática, até à conjugação de diversos sintomas neurológicos. As calcificações nos vasos cerebrais foram relatados inicialmente em 1855, nesses casos, há deposição de minerais tanto na parede dos vasos como no parênquima cerebral, causando neurodegeneração e gliose. Dos quatro genes com padrão de herança autossômico dominante, dois são relacionados com a homeostase do fosfato inorgânico (Pi), e os outros dois deles, estão associados com a integridade da barreira hematoencefálica (BHE) e manutenção dos pericitos. A BHE não é uma estrutura anatômica única isolada, mas faz parte da chamada unidade neurovascular (NVU), essa unidade, circunda a astroglia perivascular, células da microglia e terminais neuronais intervenientes; os pericitos atuam na estabilização física dos vasos, na regulação da microcirculação e no fluxo sanguíneo capilar. Em algumas doenças neurodegenerativas, a degradação da BHE permite que os componentes do sangue se infiltrem no ambiente neuronal, agravando a inflamação existente e acelerando a progressão dos sintomas. Neste trabalho, buscamos através de uma análise de bioinformática, elucidar questões básicas a respeito do comportamento dos pericitos e de determinados genes associados a um ambiente de calcificação vascular. Portanto, tendo em vista isso, a análise do padrão de expressão da variantes em homozigose dos genes MYORG e JAM2 poderá ser um importante diferencial na compreensão da susceptibilidade que algumas estruturas possuem para formar calcificações vasculares cerebrais e suas repercussões clínicas. O banco de dados não apresenta os valores brutos referentes a expressão em cada grupo celular, optou-se então por realizar uma análise milimetrada dos valores aproximados, e assim, os dados obtidos e dispostos em tabela, foram sujeitos a análise e montagem de dispersão gráfica fazendo uso do Microsoft Excel 2016. Pudemos observar um aumento da expressão de MYORG nos astrócitos, seguidos do JAM2 nos variados tipos de células endoteliais.

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  • A calcificação cerebral é uma doença neurológica degenerativa, pouco comum, que pode ser hereditária ou esporádica. Manifesta-se igualmente em ambos os sexos e em qualquer idade e caracteriza-se pela presença de depósitos anormais de cálcio no cérebro, associada a perda de massa celular, apresenta quadro clínico é bastante variável. Pode apresentar-se desde a forma assintomática, até à conjugação de diversos sintomas neurológicos. As calcificações nos vasos cerebrais foram relatados inicialmente em 1855, nesses casos, há deposição de minerais tanto na parede dos vasos como no parênquima cerebral, causando neurodegeneração e gliose. Dos quatro genes com padrão de herança autossômico dominante, dois são relacionados com a homeostase do fosfato inorgânico (Pi), dois deles, estão associados com a integridade da barreira hematoencefálica (BHE) e manutenção dos pericitos. A BHE não é uma estrutura anatômica única isolada, mas faz parte da chamada unidade neurovascular (NVU), essa unidade, circunda a astroglia perivascular, células da microglia e terminais neuronais intervenientes, os pericitos atuam na estabilização física dos vasos, na regulação da microcirculação e no fluxo sanguíneo capilar. Em algumas doenças neurodegenerativas, a degradação da BHE permite que os componentes do sangue se infiltrem no ambiente neuronal, agravando a inflamação existente e acelerando a progressão dos sintomas. Nesse trabalho, buscamos através de uma análise de bioinformática, elucidar questões básicas a respeito do comportamento dos pericitos e de determinados genes inseridos em um ambiente de calcificação vascular. Portanto, tendo em vista isso, a análise do padrão de expressão dos genes homozigóticos MYORG e JAM2 poderá ser um importante diferencial na compreensão da susceptibilidade que algumas estruturas possuem para formar calcificações vasculares cerebrais e suas repercussões clínicas. O banco de dados não apresenta os valores brutos referentes a expressão em cada grupo celular, optou-se então por realizar uma análise milimetrada dos valores aproximados, e assim, os dados obtidos e dispostos em tabela, foram sujeitos a análise e montagem de dispersão gráfica fazendo uso do Microsoft Excel 2016. Pudemos observar um aumento da expressão de MYORG nos astrócitos, seguidos do JAM2 nos variados tipos de células endoteliais.
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  • AMANDA VASCONCELOS DO NASCIMENTO GONÇALVES
  • Estudo da capacidade imunomoduladora de derivados das Ftalimidas-Tiazóis em células mononucleares de portadores da Leishmaniose Tegumentar Americana.
     
     
  • Orientador : LUIZ CARLOS ALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MILENA DE PAIVA CAVALCANTI
  • AMANDA SILVA DOS SANTOS ALIANCA
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • LUIZ CARLOS ALVES
  • Data: 31/08/2021

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  • A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), é um grave problema de saúde pública com registro anual de 1 a 1,5 milhões de casos. Os atuais tratamentos da LTA apresentaram efeitos colaterais importantes e relatos de resistência. O estudo da resposta imunológica frente ao tratamento com fármacos pode ser a chave para um novo tratamento da LTA, pois a resposta imunológica do hospedeiro é decisiva para progressão da doença. Neste contexto os derivados das Ftalaminas e Tiázois são moléculas imunomodulatórias e apresentam ação biológica contra Leishmania infantum. O estudo tem como objetivo avaliar a capacidade imunomoduladora desses compostos heterocíclicos da classe Fitalaminas e Tiázois sobre as células do sistema imune de pacientes portadores da LTA expostas a antígenos de Leishmania braziliensis. Inicialmente foram testadas citoxicidade dos compostos 2J e 2M sobre células mononucleares de sangue periférico (PBMC), assim como a atividade biológica dos compostos sobre a L. braziliensis. Após, foram selecionados 12 portadores da LTA e 08 controles negativos para obtenção das PBMC, que foram estimuladas com antígenos solúveis de L. braziliensis e tratadas 2J e 2M. Foi realizada a imunofenotipagem das PBMC para linfócitos TCD4+, com marcação para CD28 e CTLA-4 e os TCD8+ com marcação para CD28, CTLA-4, Granzima e IFN-γ. Os monócitos CD14+ foram analisados através da expressão das moléculas CD80, CD86 e HLA-DR. As PBMC foram submetidas ao processamento para as microscopias eletrônicas de Varredura e Transmissão e o sobrenadante de cultura foi coletado para dosagem das citocinas de perfil TH1/TH2. Nos resultados as moléculas 2J e 2M apresentaram taxas de concentrações inibitórias (IC50) de 50,12μM e 64,88μM, respectivamente. Na citotoxicidade das moléculas em PBMC humanas, para 2J CC50 de 662,49 μM e 2M 885,28µM. O índice de seletividade (IS) foi aproximadamente de 13 vezes mais seletiva para a promastigota de L. braziliensis do que as PBMC humanas. Na expressão fenotípica em linfócitos, o tratamento com a 2M sobre células de pacientes levou a um aumento de Granzima B+ em TCD8+, na condição de cultivo C+2J. Para 2M, observamos aumento do CTLA-4 em TCD4+ nos controles negativos, na condição C+A+2M. Analisando as citocinas, foi visto que os antígenos aumentaram a resposta inflamatória, no grupo de pacientes. Na avaliação ultraestrutural com o tratamento da 2J e 2M, foi observado que as moléculas foram semelhantes aos controles sem tratamento. Os nossos resultados incentivam mais estudos com as moléculas no âmbito da terapêutica para LTA.
     
     

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  • A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), é um grave problema de saúde pública e apresenta distribuição mundial, com registro anual de 1 a 1,5 milhões de casos. O tratamento da LTA no Brasil é realizado utilizando os antimoniais pentavalentes, Contudo, as quimioterapias atuais apresentaram efeitos colaterais importantes e relatos de resistência ao tratamento.  O estudo da resposta imunológica frente ao tratamento com fármacos é indispensável para a avaliação da eficácia de compostos promissores para o tratamento da LTA, visto que a resposta imunológica do hospedeiro frente a infecção é decisiva para progressão dos sintomas clínicos da doença. Neste contexto os compostos heterocíclicos da classe das Fitalaminas e Tiázois atuam como imunomoduladores e demonstram que são formulações que apresentam uma grande atividade leishmanicida O estudo proposto tem como objetivo principal avaliar a capacidade imunomoduladora desses compostos heterocíclicos da classe Fitalaminas e Tiázois sobre as células do sistema imune de pacientes portadores da LTA expostas a antígenos de Leishmania (Viannia) braziliensis. Inicialmente foram testadas citoxicidade dos compostos 2J e 2M sobre células mononucleares de sangue periférico (PBMC), assim como a atividade biológica dos compostos sobre a L. braziliensis. Foi realizado um cinética de tempo e resposta imunológica , utilizando 3 tempos de cultivos distintos (24h, 72h e 5 dias). Após, foram selecionados 3 portadores da LTA e obtidas as PBMC, em que foram estimuladas com antígenos solúveis de L. braziliensis e tratadas com os compostos heterocíclicos 2J e 2M. As PBMC foram avaliadas através da marcação fenotípica para linfócitos CD4+, CD8+ e as moléculas CD28 e CTLA-4. Para monócitos, foram analisados a expressão do CD14+, suas moléculas co-estimulatórias (CD80 e CD86) e o HLA-DR. Nos resultados parciais podemos inferir que os compostos 2J e 2M e apresentaram-se como formulações pouco citotóxicas e garantindo assim uma larga faixa terapêutica. Com relação a cinética de tempos versus resposta imunológica nos 3 tempos testados( 24h, 72h e 5 dias), para a maioria das citocinas não houve diferença entre os tempos. Os antígenos solúveis de L. braziliensis estão com a integridade preservada e foi visto que eles têm a capacidade de estimular células de pacientes com LTA. Na expressão de marcadores fenotípicos para linfócitos e monócitos , relatam alterações na expressão desses marcadores na presença do 2J e 2M. As próximas etapas do projeto serão a continuação da coleta de Pacientes com LTA e controles negativos, para realização da Imunofenotipagem, dosagem das citocinas e óxido nítrico, assim como a realização da Microscopia Eletrônica de Varredura e Transmissão das PBMC de pacientes com LTA.

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  • EMANUELA PAZ ROSAS
  • ASPECTOS MORFOFISIOLÓGICOS DE MASTÓCITOS NA DURA-MÁTER HUMANA: LIBERAÇÃO IN VITRO DE CGRP E ÓXIDO NÍTRICO SOB AÇÃO DO TOPIRAMATO

  • Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • PALOMA LYS DE MEDEIROS
  • WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA
  • Data: 30/09/2021

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  • A dura-máter intracraniana humana é a meninge mais externa que recobre o cérebro e possui vasos sanguíneos, mastócitos e fibras nervosas que exercem um papel importante em processos neuroinflamatórios, como a migrânea. O topiramato é um medicamento profilático da migrânea, contudo sua ação na dura-máter, ainda é incerta. Neste contexto, objetivou-se avaliar os aspectos morfofisiológicos de mastócitos na dura-máter humana e a liberação in vitro de óxido nítrico (NO), de peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e a degranulação de mastócitos sob ação do topiramato. Em uma primeira análise foram coletadas oito amostras de dura-máter intracraniana de cadáveres humanos. As amostras inteiras foram fixadas, e dois fragmentos de 1,5 cm² cada, foram cortados de quatro distintas áreas da convexidade da dura-máter, totalizando 64 fragmentos. Foram avaliados os parâmetros histomorfométricos: distância dos mastócitos aos vasos, densidade de mastócitos e porcentagem de mastócitos degranulados. Em outra análise, os espécimes de dura-máter obtida de cadáveres (n=4) foram lavadas com fluido intersticial sintético (SIF) a 25º C por 30 minutos. Posteriormente, foram divididas em fragmentos (n=7) que foram incubados por 15 minutos com SIF e em seguida por 30 minutos na presença ou não do topiramato em diferentes concentrações: 10-6 M, 10-8 M e 10-10 M. Após o tratamento, o meio de incubação foi trocado por uma solução de cloreto de potássio (KCl) a 60 mM por 30 minutos. O teor de CGRP e NO liberado foi quantificado pelo método de ELISA e Reação de Griess, respectivamente. Os fragmentos de dura-máter das duas análises foram transferidos para o formol tamponado a 10% e em seguida foi feito o processamento histológico. A degranulação dos mastócitos foi examinada por microscopia óptica. A primeira análise demonstrou um maior número de mastócitos próximos de vasos venosos foi encontrado na camada periosteal (17,01 ± 10,13) do que na camada meníngea (14,10 ± 6,95). Os mastócitos próximos ao seio sagital superior se apresentaram em maior quantidade juntos aos vasos venosos (16,71 ± 10,05) do que aos vasos arteriais (11,18 ± 7,52). A segunda análise mostrou que o tratamento com topiramato nas concentrações de 10-10M apresentou uma menor porcentagem de mastócitos degranulados por mm² (75,39% ± 0,27) quando comparado com controle positivo (KCl 60 mM) (100%). Desta forma, este estudo evidenciou que os mastócitos estão localizados próximos aos vasos venosos da camada periosteal e na região proximal do seio sagital superior. Além disso, sugere-se que o topiramato em uma menor concentração (10-10M) apresenta um efeito protetivo sobre a degranulação dos mastócitos.


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  • A dura-máter intracraniana humana é a meninge mais externa que recobre o cérebro e possui vasos sanguíneos, mastócitos e fibras nervosas que exercem um papel importante em processos neuroinflamatórios, como a migrânea. O topiramato é um medicamento profilático da migrânea, contudo sua ação na dura-máter, ainda é incerta. Neste contexto, objetivou-se avaliar os aspectos morfofisiológicos de mastócitos na dura-máter humana e a liberação in vitro de óxido nítrico (NO), de peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e a degranulação de mastócitos sob ação do topiramato. Em uma primeira análise foram coletadas oito amostras de dura-máter intracraniana de cadáveres humanos. As amostras inteiras foram fixadas, e dois fragmentos de 1,5 cm² cada, foram cortados de quatro distintas áreas da convexidade da dura-máter, totalizando 64 fragmentos. Foram avaliados os parâmetros histomorfométricos: distância dos mastócitos aos vasos, densidade de mastócitos e porcentagem de mastócitos degranulados. Em outra análise, os espécimes de dura-máter obtida de cadáveres (n=4) foram lavadas com fluido intersticial sintético (SIF) a 25º C por 30 minutos. Posteriormente, foram divididas em fragmentos (n=7) que foram incubados por 15 minutos com SIF e em seguida por 30 minutos na presença ou não do topiramato em diferentes concentrações: 10-6 M, 10-8 M e 10-10 M. Após o tratamento, o meio de incubação foi trocado por uma solução de cloreto de potássio (KCl) a 60 mM por 30 minutos. O teor de CGRP e NO liberado foi quantificado pelo método de ELISA e Reação de Griess, respectivamente. Os fragmentos de dura-máter das duas análises foram transferidos para o formol tamponado a 10% e em seguida foi feito o processamento histológico. A degranulação dos mastócitos foi examinada por microscopia óptica. A primeira análise demonstrou um maior número de mastócitos próximos de vasos venosos foi encontrado na camada periosteal (17,01 ± 10,13) do que na camada meníngea (14,10 ± 6,95). Os mastócitos próximos ao seio sagital superior se apresentaram em maior quantidade juntos aos vasos venosos (16,71 ± 10,05) do que aos vasos arteriais (11,18 ± 7,52). A segunda análise mostrou que o tratamento com topiramato nas concentrações de 10-10M apresentou uma menor porcentagem de mastócitos degranulados por mm² (75,39% ± 0,27) quando comparado com controle positivo (KCl 60 mM) (100%). Desta forma, este estudo evidenciou que os mastócitos estão localizados próximos aos vasos venosos da camada periosteal e na região proximal do seio sagital superior. Além disso, sugere-se que o topiramato em uma menor concentração (10-10M) apresenta um efeito protetivo sobre a degranulação dos mastócitos.

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  • GISNAYLE ANA DA SILVA PEREIRA
  • ANÁLISE DE RECEPTORES TOLL-LIKE E CITOCINAS ENVOLVIDAS NA SUSCEPTIBILIDADE À INFECÇÕES VIRAIS

  • Orientador : JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLAUDIA DINIZ LOPES MARQUES
  • FABRICIO MOTTERAN
  • JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
  • JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • Data: 27/10/2021

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  • Dentre os principais tipos de patologias virais descritas como epidemias estão as infecções ocasionadas pelos vírus da Dengue (DENV), Chikungunya (CHIKV) e Zika (ZIKV). A infecção pelo CHIKV causou grande impacto a saúde pública devido a presença de sintomas altamente debilitantes como, inflamações nas articulações que podem durar meses ou anos. A inflamação induzida pela infecção viral está associada a moléculas da imunidade inata, maspouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos na patogênese da infecção, não estando eles totalmente elucidados. OBJETIVO: Avaliar polimorfismos em Receptores Toll-Like (TLRs) associados à infecções virais e avaliar a expressão gênica de citocinas induzidas em pacientes infectados pelo vírus Chikungunya. METODOLOGIA: Através do banco de dados de previsão funcional não sinônimo (dbNSFP) coletamos dados de SNPs não sinônimos (nsSNPs) presentes em TLRs (TLR3, 4, 7, 8, 9 e 10) e realizamos uma análise computacional preditiva de impactos funcionais dos nsSNPs nos TLRs através de 16 algoritmos. Ferramentas para previsão de danos estruturais nas proteínas após a mutação também foram utilizados. Adicionalmente, neste estudo, níveis de expressão das citocinas IL-1β, IL-10, IL-18 e IFN-β foram avaliados, por PCR em tempo real, em sangue total de pacientes na fase aguda da infecção por CHIKV (n=43) e de indivíduos saudáveis (IS), não infectados (n=13) utilizados como grupo controle. RESULTADOS: Treze nsSNPs foram encontrados com alto impacto funcional/estrutural. O nsSNP TLR3 p.Leu532Pro, foi previsto como deletério à função da proteína por todos os algoritmos. TLR4 p.Leu452Arg e TLR7 p.Leu179Arg, além de terem sido previstos como deletérios pela maioria dos algoritmos, foram os nsSNPs que obtiveram maior variação na hidrofobicidade (0,943). Análises em estruturas 3D corroboraram com os resultados dos algoritmos, devido à presença e ao impacto de tais mutações em regiões conservadas, importantes no reconhecimento viral e na dimerização protéica, iniciando a via de sinalização. Os pacientes infectados pelo CHIKV apresentaram diminuição na expressão de IL-18, enquanto um grupo de pacientes apresentou níveis elevados de expressão de IL1-β, e um grupo de pacientes apresentou redução da expressão da citocina, quando comparados aos IS. Valores mais altos de expressão foram encontrados na IL-1β quando comparados à IL-18, havendo diferença estatística significativa de expressão, apesar da expressão de IL-1β e IL-18 ser downregulated. Em nossos resultados a infecção pelo CHIKV em pacientes em fase aguda induziu diminuição na produção de IL-1β e IL-18, moléculas da imunidade inata transcritas por TLRs e ativadas por inflamassomas. Havendo correlação regular positiva entre os genes IL-1β e IL-18 e o gênero dos pacientes, onde níveis de IL-1β são menores em mulheres e níveis de IL-18 são maiores em mulheres, e correlação positiva entre as expressões de IL-1β e IL-18 e a idade dos pacientes, onde níveis mais baixos de expressão de IL-1β e níveis mais altos de expressão de IL-18 estão associados à idades mais avançadas. CONCLUSÃO: Através do nosso estudo, descobrimos polimorfismos que podem ter alta correlação com doenças causadas por infecções virais, podendo atuar como potenciais biomarcadores prognósticos, e citocinas que podem ter correlação com a febre Chikungunya, sendo considerados bom marcadores para o direcionamento terapêutico.


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  • Dentre os principais tipos de patologias virais descritas como epidemias estão as infecções ocasionadas pelos vírus da Dengue (DENV), Chikungunya (CHIKV) e Zika (ZIKV). A infecção pelo CHIKV causou grande impacto a saúde pública devido a presença de sintomas altamente debilitantes como, inflamações nas articulações que podem durar meses ou anos. A inflamação induzida pela infecção viral está associada a moléculas da imunidade inata, maspouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos na patogênese da infecção, não estando eles totalmente elucidados. OBJETIVO: Avaliar polimorfismos em Receptores Toll-Like (TLRs) associados à infecções virais e avaliar a expressão gênica de citocinas induzidas em pacientes infectados pelo vírus Chikungunya. METODOLOGIA: Através do banco de dados de previsão funcional não sinônimo (dbNSFP) coletamos dados de SNPs não sinônimos (nsSNPs) presentes em TLRs (TLR3, 4, 7, 8, 9 e 10) e realizamos uma análise computacional preditiva de impactos funcionais dos nsSNPs nos TLRs através de 16 algoritmos. Ferramentas para previsão de danos estruturais nas proteínas após a mutação também foram utilizados. Adicionalmente, neste estudo, níveis de expressão das citocinas IL-1β, IL-10, IL-18 e IFN-β foram avaliados, por PCR em tempo real, em sangue total de pacientes na fase aguda da infecção por CHIKV (n=43) e de indivíduos saudáveis (IS), não infectados (n=13) utilizados como grupo controle. RESULTADOS: Treze nsSNPs foram encontrados com alto impacto funcional/estrutural. O nsSNP TLR3 p.Leu532Pro, foi previsto como deletério à função da proteína por todos os algoritmos. TLR4 p.Leu452Arg e TLR7 p.Leu179Arg, além de terem sido previstos como deletérios pela maioria dos algoritmos, foram os nsSNPs que obtiveram maior variação na hidrofobicidade (0,943). Análises em estruturas 3D corroboraram com os resultados dos algoritmos, devido à presença e ao impacto de tais mutações em regiões conservadas, importantes no reconhecimento viral e na dimerização protéica, iniciando a via de sinalização. Os pacientes infectados pelo CHIKV apresentaram diminuição na expressão de IL-18, enquanto um grupo de pacientes apresentou níveis elevados de expressão de IL1-β, e um grupo de pacientes apresentou redução da expressão da citocina, quando comparados aos IS. Valores mais altos de expressão foram encontrados na IL-1β quando comparados à IL-18, havendo diferença estatística significativa de expressão, apesar da expressão de IL-1β e IL-18 ser downregulated. Em nossos resultados a infecção pelo CHIKV em pacientes em fase aguda induziu diminuição na produção de IL-1β e IL-18, moléculas da imunidade inata transcritas por TLRs e ativadas por inflamassomas. Havendo correlação regular positiva entre os genes IL-1β e IL-18 e o gênero dos pacientes, onde níveis de IL-1β são menores em mulheres e níveis de IL-18 são maiores em mulheres, e correlação positiva entre as expressões de IL-1β e IL-18 e a idade dos pacientes, onde níveis mais baixos de expressão de IL-1β e níveis mais altos de expressão de IL-18 estão associados à idades mais avançadas. CONCLUSÃO: Através do nosso estudo, descobrimos polimorfismos que podem ter alta correlação com doenças causadas por infecções virais, podendo atuar como potenciais biomarcadores prognósticos, e citocinas que podem ter correlação com a febre Chikungunya, sendo considerados bom marcadores para o direcionamento terapêutico.

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  • IOLANDA MATIAS GOMES
  • AVALIAÇÃO DO PAPEL DAS SIRTUÍNAS NO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E NA RESISTÊNCIA A QUIMIORADIOTERAPIA

  • Orientador : DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
  • MARIA DE MASCENA DINIZ MAIA
  • Data: 29/10/2021

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  • O câncer do Colo do Útero é o quarto tipo em incidência nas mulheres em todo mundo, sendo responsável por mais de 700.000 casos ao ano. Desses, cerca de metade morrerão da doença, sobretudo mulheres que vivem em regiões com baixos índices de desenvolvimento. Após o agravo dessa situação no cenário da Pandemia do COVID-19, a Organização Mundial da Saúde, em novembro de 2020, passa a considerar esse tumor como um problema da saúde pública mundial, e lança estratégias para sua eliminação nestas populações até 2030. Neste enfrentamento reduzir mortes de quem já está com a doença é um desafio urgente. Uma das causas dessas mortes é a falha do tratamento, notadamente a existência de tumores radiorresistentes. Diferentes moléculas podem estar envolvidas nesta resistência, sendo algumas delas parte da regulação epigenética da célula. As sirtuínas são uma família de enzimas que atuam em diversos processos celulares, como no apoptose. Sua participação na tumorigênese chama atenção por serem apontadas como potencial alvo molecular terapêutico. Este trabalho teve por objetivo estudar a radiorresistência através das alterações moleculares, com foco no papel das SIRT1 e SIRT5 neste processo. Amostras de biópsia de tecido tumoral, obtidas de pacientes tratadas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, de 2018 e 2019, foram coletadas e avaliadas antes de serem submetidas à radioterapia associada à quimioterapia como tratamento exclusivo. Durante esse tempo foi observado e registrado os casos cujo tratamento foi ineficaz, a presença de fatores de mau prognóstico conhecidos e a expressão das sirtuinas nas amostras tumorais. Os achados reforçam o potencial das SIRT1 e SIRT5 como marcador de prognóstico, em especial da SIRT1.


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  • O câncer do Colo do Útero é o quarto tipo em incidência nas mulheres em todo mundo, sendo responsável por mais de 700.000 casos ao ano. Desses, cerca de metade morrerão da doença, sobretudo mulheres que vivem em regiões com baixos índices de desenvolvimento. Após o agravo dessa situação no cenário da Pandemia do COVID-19, a Organização Mundial da Saúde, em novembro de 2020, passa a considerar esse tumor como um problema da saúde pública mundial, e lança estratégias para sua eliminação nestas populações até 2030. Neste enfrentamento reduzir mortes de quem já está com a doença é um desafio urgente. Uma das causas dessas mortes é a falha do tratamento, notadamente a existência de tumores radiorresistentes. Diferentes moléculas podem estar envolvidas nesta resistência, sendo algumas delas parte da regulação epigenética da célula. As sirtuínas são uma família de enzimas que atuam em diversos processos celulares, como no apoptose. Sua participação na tumorigênese chama atenção por serem apontadas como potencial alvo molecular terapêutico. Este trabalho teve por objetivo estudar a radiorresistência através das alterações moleculares, com foco no papel das SIRT1 e SIRT5 neste processo. Amostras de biópsia de tecido tumoral, obtidas de pacientes tratadas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, de 2018 e 2019, foram coletadas e avaliadas antes de serem submetidas à radioterapia associada à quimioterapia como tratamento exclusivo. Durante esse tempo foi observado e registrado os casos cujo tratamento foi ineficaz, a presença de fatores de mau prognóstico conhecidos e a expressão das sirtuinas nas amostras tumorais. Os achados reforçam o potencial das SIRT1 e SIRT5 como marcador de prognóstico, em especial da SIRT1.

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  • JOANA DARC ROZENDO DOS SANTOS
  • MECANISMOS GENÉTICOS E EPIGENÉTICOS ENVOLVIDOS NA REGULAÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO NO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E NO CÂNCER DE MAMA

  • Orientador : DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANGELA CASTOLDI DE ALBUQUERQUE
  • DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
  • PRISCILA GUBERT
  • JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
  • PAULO ROBERTO ELEUTERIO DE SOUZA
  • Data: 21/12/2021

  • Mostrar Resumo
  • O câncer do colo do útero foi o quarto mais frequente em todo o mundo, enquanto o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres no mundo. Evidências abrangentes revelam um papel crucial de fatores epigenéticos, como sirtuínas (SIRTs) e microRNAS (miRNAs) como também o estresse oxidativo (EO) no contexto de resistência terapêutica. O objetivo desse estudo foi identificar genes e moléculas envolvidas nos mecanismos epigenéticos com potencial para serem usados como alvos terapêuticos. O estudo caso-controle com 144 mulheres por genotipagem dos três polimorfismos do óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) (-786T> C, 894G> T e VNTR 4 b/a) pelo método polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição por reação em cadeia da polimerase (PCR-RLFP) de amostras de sangue periférico. Nos trabalhos de revisão, realizou-se uma busca na literatura e em bancos de dados de genes envolvidos no EO e em mecanismos epigenéticos, relação com resistência a quimioterapia ou radioterapia no câncer cervical e de mama, como também os respectivos miRNAs reguladores. Os polimorfismos eNOS -786T> C e 894G> T não mostraram significância para infecção por HPV ou ocorrência de SIL. Distribuições genotípicas e alélicas de VNTR 4b/a também não foram significativas para infecção por HPV ou presença de SIL. Os resultados evidenciam destaque para os genes Sirtuinas 1 e 2 (SIRT1 e 2), proapoptotic B-cell lymphoma 2-associated X (BAX), [ECH]-associated protein 1 (KEAP1), Nuclear factor (erythroid-derived 2) - like 2 (NRF2), glutathione S-Transferase (GSTs), taxane-resistance protein (TXR1), superoxide dismutase 2 e 3 (SOD2 e SOD3), B cell lymphoma 2 (BCL-2), Muscleblind-like 1 (MBNL1) e multidrug resistance-associated protein 1 e 2 (ABBC1 e ABCC2). SODs, catalase (CAT) e glutaminase (GLS) apresentam um papel forte no contexto de estresse oxidativo do câncer de mama e foram encontrados miRNA que atuam de forma importante sobre esses genes. Os polimorfismos da eNOS avaliados não foram associados a SIL ou infecção por HPV na população recrutada, porém eNOS parece ser um gene candidato importante, e outros estudos em larga escala em diferentes etnias podem contribuir para elucidar seu papel na carcinogênese cervical. A superexpressão de genes do estresse oxidativo em casos de câncer cervical resistentes aos quimioterápicos comumente utilizados, indicam que podem ser alvos terapêuticos a resultar na recuperação da sensibilidade ao tratamento. 17 miRNAs que apresentam potencial para serem validados como biomarcadores preditivos e alvos terapêuticos em pacientes com câncer de mama. Estudos mais aplicados avaliando moléculas inibidoras desses genes são necessários.


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  • O câncer do colo do útero foi o quarto mais frequente em todo o mundo, enquanto o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres no mundo. Evidências abrangentes revelam um papel crucial de fatores epigenéticos, como sirtuínas (SIRTs) e microRNAS (miRNAs) como também o estresse oxidativo (EO) no contexto de resistência terapêutica. O objetivo desse estudo foi identificar genes e moléculas envolvidas nos mecanismos epigenéticos com potencial para serem usados como alvos terapêuticos. O estudo caso-controle com 144 mulheres por genotipagem dos três polimorfismos do óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) (-786T> C, 894G> T e VNTR 4 b/a) pelo método polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição por reação em cadeia da polimerase (PCR-RLFP) de amostras de sangue periférico. Nos trabalhos de revisão, realizou-se uma busca na literatura e em bancos de dados de genes envolvidos no EO e em mecanismos epigenéticos, relação com resistência a quimioterapia ou radioterapia no câncer cervical e de mama, como também os respectivos miRNAs reguladores. Os polimorfismos eNOS -786T> C e 894G> T não mostraram significância para infecção por HPV ou ocorrência de SIL. Distribuições genotípicas e alélicas de VNTR 4b/a também não foram significativas para infecção por HPV ou presença de SIL. Os resultados evidenciam destaque para os genes Sirtuinas 1 e 2 (SIRT1 e 2), proapoptotic B-cell lymphoma 2-associated X (BAX), [ECH]-associated protein 1 (KEAP1), Nuclear factor (erythroid-derived 2) - like 2 (NRF2), glutathione S-Transferase (GSTs), taxane-resistance protein (TXR1), superoxide dismutase 2 e 3 (SOD2 e SOD3), B cell lymphoma 2 (BCL-2), Muscleblind-like 1 (MBNL1) e multidrug resistance-associated protein 1 e 2 (ABBC1 e ABCC2). SODs, catalase (CAT) e glutaminase (GLS) apresentam um papel forte no contexto de estresse oxidativo do câncer de mama e foram encontrados miRNA que atuam de forma importante sobre esses genes. Os polimorfismos da eNOS avaliados não foram associados a SIL ou infecção por HPV na população recrutada, porém eNOS parece ser um gene candidato importante, e outros estudos em larga escala em diferentes etnias podem contribuir para elucidar seu papel na carcinogênese cervical. A superexpressão de genes do estresse oxidativo em casos de câncer cervical resistentes aos quimioterápicos comumente utilizados, indicam que podem ser alvos terapêuticos a resultar na recuperação da sensibilidade ao tratamento. 17 miRNAs que apresentam potencial para serem validados como biomarcadores preditivos e alvos terapêuticos em pacientes com câncer de mama. Estudos mais aplicados avaliando moléculas inibidoras desses genes são necessários.

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