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Dissertações |
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LUCAS COÊLHO BERNARDO DE MENEZES
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INTERAÇÕES BIOMOLECULARES DO VÍRUS ZIKA EM PROCESSOS PATOLÓGICOS DE MORTE CELULAR
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Orientador : LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
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MEMBROS DA BANCA :
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LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
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DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
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ELISA DE ALMEIDA NEVES AZEVEDO
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Data: 26/02/2021
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As glicoproteínas E e M do vírus Zika (ZIKV) participam da infectividade na célula hospedeira por meio da ancoragem aos receptores de superfície celulares e fusão entre membranas. Entretanto, ainda pouco se sabe sobre a interação dessas proteínas do ZIKV com receptores celulares utilizados, por esse vírus, para ligação e/ou entrada na célula-alvo humana. Receptores do TNF tipo 1 (TNFR1), TNF tipo 2 (TNFR2) e Fas destacam-se entre os principais membros nessa família de proteínas transmembrana pela modulação completa da via extrínseca de apoptose. Nesse trabalho, o objetivo foi analisar as interações biomoleculares in sílico e in vitro na relação vírus-célula, avaliando a influência do ZIKV em processos patológicos de morte celular. As análises in silico foram baseadas em estruturas proteícas presentes banco de dados RSCB Protein Data Bank (PDB). Predições de dokcing tipo proteína-proteína foram realizadas pelo servidor ClusPro e a dinâmica molecular foi realizada por meio do software GROMACS. Para as análises in vitro, foram utilizadas as linhagens de células VERO e neuroblastoma humano (SH-SY5Y) para expansão viral da cepa do ZIKV pernambucana e ensaios de morte celular. As células SH-SY5Y foram submetidas a tratamentos com estimulante/inibidor do processo autofágico (Rapamicina®, Cloroquina® ou SBI-0206965®) e incubadas por 0, 24 ou 48 horas. A partir do sobrenadante, foram isolados o RNA de ZIKV e o quantitativo celular dividido em duas amostras para serem realizadas as análises de morte celular para análises de citometria de fluxo. A comparação quantitativa foi realizada por meio da ANOVA two-way. Aqui, a proteína M do ZIKV demonstrou forte afinidade de ligação e formação de interações com os receptores Fas e TNFR2. Além disso, apenas o grupo com Cloroquina® exibiu aumento significativo no quantitativo viral em relação a tempo e autofagia. Nosso trabalho sugere que a proteína M do ZIKV seja um fator de fixação para ancoragem em Fas e TNFR2, bem como, a autofagia atenuada na infecção por ZIKV leva a morte celular neuronal.
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Glycoproteins E e M of the Zika virus (ZIKV) participate in infectivity of the host cell through anchoring to cell surface receptors and fusion among membranes. However, little is known about the interaction of these ZIKV proteins with the receptors used by this virus for binding and/or entry in human cells. TNF type 1 (TNFR1), TNF type 2 (TNFR2) and Fas receptors are main members in family of transmembrane proteins due to the complete modulation of the extrinsic pathway of apoptosis. In this work, objective was to analyze the biomolecular interactions in silico and in vitro of the virus-cell relationship, evaluating the influence of ZIKV in cell death pathological processes. The silico analyzes were based on protein structures present in the RSCB Protein Data Bank (PDB) database. Protein-protein predictions were performed by the ClusPro server and molecular dynamics were performed using the GROMACS software. For in vitro analyzes, VERO cell lines and human neuroblastoma (SH-SY5Y) were used for viral expansion of the Pernambuco ZIKV strain and cell death assays. SH-SY5Y cells were subjected to treatments with a stimulant/inhibitor of the autophagic process (Rapamycin®, Chloroquine® or SBI-0206965®) and incubated for 0, 24 or 48 hours. From the supernatant, the ZIKV RNA and the cell quantity divided in two were obtained, to be performed as cell death analyzes for flow cytometry analyzes. Quantitative comparison was performed using two-way ANOVA. Here, the ZIKV protein M includes strong binding affinity and formation of interactions with the Fas and TNFR2 receptors. In addition, only the group with Chloroquine® exhibited a significant increase in viral quantity in relation to time and autophagy. Our work suggests that the ZIKV M protein may be an attachment factor for anchoring on Fas and TNFR2, as well as, an attenuated autophagy in the ZIKV infection leads to neuronal cell death.
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MARIA BEATRIZ CALADO DA SILVA
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Papel do perfil inflamatório e celular na infecção por SARS-CoV-2 e no curso clínico da COVID-19: uma abordagem in silico
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Orientador : SERGIO CROVELLA
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MEMBROS DA BANCA :
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SERGIO CROVELLA
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FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
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WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
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Data: 01/07/2021
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Em junho de 2021, quinze meses após o reconhecimento da pandemia de COVID-19 pela OMS, o mundo ultrapassou 176 milhões de casos e quase quatro milhões de pessoas vieram a óbito. Desde então, esta doença provou ser um imenso desafio, introduzindo diferenças clínicas que demandam investigações extensas. Até o momento, não há terapias antiviral com alta eficiência e ampla aprovação, tornando o cenário ainda mais dramático, e explica a urgência em entender os mecanismos biológicos envolvidos na progressão da doença. As variações entre os pacientes e a heterogeneidade na recuperação ainda são permeadas por incertezas que precisam ser esclarecidas, exigindo pesquisas cada vez mais complexas. Contudo, foi estabelecido o papel central da inflamação como um fator agravante que leva ao quadro mais severo da COVID-19 e o envolvimento do inflamassoma foi amplamente hipotetizado. Portanto, as peculiaridades entre os indivíduos precisam ser documentadas e amplamente discutas e as moléculas que estão envolvidas nesse processo devem ser melhor caracterizadas. Para essa finalidade, as diferentes técnicas multi-omicas são uma abordagem relevante para determinar fatores genéticos do indivíduo que interferem na susceptibilidade a doença, bem como identificar alvos terapêuticos. Enquanto alguns indivíduos infectados tornam-se assintomáticos ou apresentam apenas sintomas leves, outra parcela desenvolve quadros severos. Esses pacientes graves podem apresentar distúrbios acentuados na coagulação e/ou desenvolver a síndrome da angústia respiratória aguda (ARDS), que levam à morte. Buscando determinar as diferenças entre indivíduos positivo para a COVID-19, foi utilizado dados de transcriptoma disponíveis publicamente no GEO dataset. A partir dos critérios de inclusão estabelecidos, três estudos foram selecionados para compor o presente trabalho. A partir da meta-análise, houve a quantificação dos genes diferencialmente expressos, seguido da análise de enriquecimento de tais genes através do Gene Ontology e posterior definição das vias de sinalização correspondentes aos DEGs utilizando a ferramenta Reactome. Aqui, observou-se o aumento da expressão de quimiocinas como CCL2, CCL8, e CXCL11, fundamentais para conduzir a resposta imunológica. Também foi possível perceber o aumento de genes envolvidos na sinalização do interferon como IFI27, IFI44L, e IFIT3, além de genes importantes para a resposta antiviral, como o OAS3, GBP1 e TRIM6. Adicionalmente, os termos obtidos com o GO expõe a presença interferônica acentuada em pacientes COVID-19, constatando a predominância das vias do interferon entre os processos biológicos exacerbados a partir da infecção por SARS-CoV-2. Tal resultado pode auxiliar no entendimento das peculiaridades dos pacientes COVID-19 e relata perfil desses indivíduos em uma determinada fase da doença. Com isso, é possível a racionalização de novas abordagens terapêuticas.
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Em junho de 2021, quinze meses após o reconhecimento da pandemia de COVID-19 pela OMS, o mundo ultrapassou 176 milhões de casos e quase quatro milhões de pessoas vieram a óbito. Desde então, esta doença provou ser um imenso desafio, introduzindo diferenças clínicas que demandam investigações extensas. Até o momento, não há terapias antiviral com alta eficiência e ampla aprovação, tornando o cenário ainda mais dramático, e explica a urgência em entender os mecanismos biológicos envolvidos na progressão da doença. As variações entre os pacientes e a heterogeneidade na recuperação ainda são permeadas por incertezas que precisam ser esclarecidas, exigindo pesquisas cada vez mais complexas. Contudo, foi estabelecido o papel central da inflamação como um fator agravante que leva ao quadro mais severo da COVID-19 e o envolvimento do inflamassoma foi amplamente hipotetizado. Portanto, as peculiaridades entre os indivíduos precisam ser documentadas e amplamente discutas e as moléculas que estão envolvidas nesse processo devem ser melhor caracterizadas. Para essa finalidade, as diferentes técnicas multi-omicas são uma abordagem relevante para determinar fatores genéticos do indivíduo que interferem na susceptibilidade a doença, bem como identificar alvos terapêuticos. Enquanto alguns indivíduos infectados tornam-se assintomáticos ou apresentam apenas sintomas leves, outra parcela desenvolve quadros severos. Esses pacientes graves podem apresentar distúrbios acentuados na coagulação e/ou desenvolver a síndrome da angústia respiratória aguda (ARDS), que levam à morte. Buscando determinar as diferenças entre indivíduos positivo para a COVID-19, foi utilizado dados de transcriptoma disponíveis publicamente no GEO dataset. A partir dos critérios de inclusão estabelecidos, três estudos foram selecionados para compor o presente trabalho. A partir da meta-análise, houve a quantificação dos genes diferencialmente expressos, seguido da análise de enriquecimento de tais genes através do Gene Ontology e posterior definição das vias de sinalização correspondentes aos DEGs utilizando a ferramenta Reactome. Aqui, observou-se o aumento da expressão de quimiocinas como CCL2, CCL8, e CXCL11, fundamentais para conduzir a resposta imunológica. Também foi possível perceber o aumento de genes envolvidos na sinalização do interferon como IFI27, IFI44L, e IFIT3, além de genes importantes para a resposta antiviral, como o OAS3, GBP1 e TRIM6. Adicionalmente, os termos obtidos com o GO expõe a presença interferônica acentuada em pacientes COVID-19, constatando a predominância das vias do interferon entre os processos biológicos exacerbados a partir da infecção por SARS-CoV-2. Tal resultado pode auxiliar no entendimento das peculiaridades dos pacientes COVID-19 e relata perfil desses indivíduos em uma determinada fase da doença. Com isso, é possível a racionalização de novas abordagens terapêuticas.
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CAMILA CASSIA SILVA
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Produção de biolarvicida a base de Bacillus thuringiensis utilizando meio de cultura da fibra do coco verde (Cocos nucifera L.) para o controle de Aedes aegypti
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Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
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CAROLINA DE ALBUQUERQUE LIMA DUARTE
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ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
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Data: 27/08/2021
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O controle de insetos vetores de patologias tornou-se um grave problema e, como consequência imediata na saúde pública, vem se observando o aumento progressivo dessas populações de mosquitos transmissores de patologia tais como: Dengue, Malária, Zika vírus, Febre amarela, Filariose entre outros. Muitas doenças de interesse da saúde pública, são transmitidas por insetos vetores e dentre eles se destaca o Aedes aegypti. Em geral, os países mais atingidos por estas doenças são os tropicais e subtropicais, devido principalmente às suas características climáticas favoráveis à proliferação de insetos. Nessa perspectiva se faz necessário a prospecção de novas cepas que mostrem toxicidade específica pelas espécies dos mosquitos vetores e que sejam cultivadas em meios de cultura constituídos por matérias-primas de baixo custo, características da região. Com o objetivo de reduzir custos e melhorar o rendimento de produção das toxinas, além de contribuir para geração de produtos naturais biologicamente ativos extraídos de micro-organismos, agregando aplicação e valor a um subproduto a fim de minimizar os impactos sociais e econômicos que as patologias transmitidas pelos vetores podem ocasionar. Nesse sentido, foi utilizada a fibra do coco como fonte principal de carbono para o crescimento da bactéria e produção da toxina larvicida. Foram realizados planejamentos fatoriais para melhorar as condições de produção da toxina e suplementar as necessidades da bactéria. Finalmente, a toxina foi testada em bioensaio controlado e a LC50 e 90, foram medidas. Em paralelo, foi publicado um capítulo de livro e escrita uma revisão sistemática relacionadas ao tema.
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O controle de insetos vetores de patologias tornou-se um grave problema e, como consequência imediata na saúde pública, vem se observando o aumento progressivo dessas populações de mosquitos transmissores de patologia tais como: Dengue, Malária, Zika vírus, Febre amarela, Filariose entre outros. Muitas doenças de interesse da saúde pública, são transmitidas por insetos vetores e dentre eles se destaca o Aedes aegypti. Em geral, os países mais atingidos por estas doenças são os tropicais e subtropicais, devido principalmente às suas características climáticas favoráveis à proliferação de insetos. Nessa perspectiva se faz necessário a prospecção de novas cepas que mostrem toxicidade específica pelas espécies dos mosquitos vetores e que sejam cultivadas em meios de cultura constituídos por matérias-primas de baixo custo, características da região. Com o objetivo de reduzir custos e melhorar o rendimento de produção das toxinas, além de contribuir para geração de produtos naturais biologicamente ativos extraídos de micro-organismos, agregando aplicação e valor a um subproduto a fim de minimizar os impactos sociais e econômicos que as patologias transmitidas pelos vetores podem ocasionar. Nesse sentido, foi utilizada a fibra do coco como fonte principal de carbono para o crescimento da bactéria e produção da toxina larvicida. Foram realizados planejamentos fatoriais para melhorar as condições de produção da toxina e suplementar as necessidades da bactéria. Finalmente, a toxina foi testada em bioensaio controlado e a LC50 e 90, foram medidas. Em paralelo, foi publicado um capítulo de livro e escrita uma revisão sistemática relacionadas ao tema.
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JOÃO VICTOR DE OLIVEIRA SANTOS
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Purificação, caracterização e avaliação do potencial antimicrobiano da lectina da folha de Guazuma ulmifolia LAM
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Orientador : ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
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PRISCILA GUBERT
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THIAGO PAJEÚ NASCIMENTO
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Data: 28/10/2021
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Lectinas são proteínas (hemaglutininas) multivalentes encontradas de forma ubíqua na natureza, as quais podem apresentar atividade catalítica, reconhecimento de modo específico de carboidratos na superfície de microrganismos, bem como atividade citoprotetora frente antígenos e/ou patógenos. O objetivo deste trabalho foi isolar, purificar e caracterizar uma lectina presente na folha de Guazuma ulmifolia LAM (GuaZuL) e avaliar sua atividade antibacteriana. As folhas foram lavadas, secas, trituradas até a forma de pó. O extrato bruto (EB) foi obtido por agitação do pó das folhas (10%, p/v) durante 4h em solução de NaCl 0,15 M, pH 6.8, seguido de centrifugação (6.000xg, 15 min). Em seguida, o EB foi submetido ao fracionamento salino com sulfato de amônio, onde a fração 0-40% apresentou maior atividade hemaglutinante (AH), sendo esta, submetida à cromatografia por troca iônica (aniônica) em DEAE-Sephadex. A amostra foi dialisada e liofilizada e submetida a SDS-PAGE, e a banda proteica visualizada foi denominada de GuazuL Após esse procedimento a proteína foi caracterizada através de análises físico-químicas (temperatura, pH e íons divalentes). A detecção da lectina foi realizada através de testes de atividade hemaglutinante (AH) utilizando eritrócitos humanos (ABO) e sangue de coelho, pelo método de diluição seriada. E os ensaios antibacterianos foram realizados por meio do método de microdiluição em caldo para obtenção da concentração inibitória mínima (CIM) frente a diferentes cepas bacterianas ATCCs. GuaZuL é uma glicoproteína de aproximadamente 35 kDa, que aglutinou eritrócitos de coelho e humanos com maior especificidade para tipo sanguíneo B, e foi inibida apenas por glicoproteínas como Azoalbumina, azocaseína e caseína. Foi termoestável até 100°C, com maior estabilidade em pH 5.0-8.0, e íons divalentes não afetaram sua atividade. Na avaliação da atividade antibacteriana, GuaZuL apresentou atividade bacteriostática e bactericida (CIM: 15,62 µg/mL; CBM: 15,62-62,5 µg/mL), frente a Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii. Em conclusão, a GuazuL é uma lectina obtida a partir das folhas de G. ulmifolia, termoestável, com amplo espectro de ação antibacteriana e com características relevantes que permitem a sua possível aplicação em diferentes processos biotecnológicos.
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Lectinas são proteínas (hemaglutininas) multivalentes encontradas de forma ubíqua na natureza, as quais podem apresentar atividade catalítica, reconhecimento de modo específico de carboidratos na superfície de microrganismos, bem como atividade citoprotetora frente antígenos e/ou patógenos. O objetivo deste trabalho foi isolar, purificar e caracterizar uma lectina presente na folha de Guazuma ulmifolia LAM (GuaZuL) e avaliar sua atividade antibacteriana. As folhas foram lavadas, secas, trituradas até a forma de pó. O extrato bruto (EB) foi obtido por agitação do pó das folhas (10%, p/v) durante 4h em solução de NaCl 0,15 M, pH 6.8, seguido de centrifugação (6.000xg, 15 min). Em seguida, o EB foi submetido ao fracionamento salino com sulfato de amônio, onde a fração 0-40% apresentou maior atividade hemaglutinante (AH), sendo esta, submetida à cromatografia por troca iônica (aniônica) em DEAE-Sephadex. A amostra foi dialisada e liofilizada e submetida a SDS-PAGE, e a banda proteica visualizada foi denominada de GuazuL Após esse procedimento a proteína foi caracterizada através de análises físico-químicas (temperatura, pH e íons divalentes). A detecção da lectina foi realizada através de testes de atividade hemaglutinante (AH) utilizando eritrócitos humanos (ABO) e sangue de coelho, pelo método de diluição seriada. E os ensaios antibacterianos foram realizados por meio do método de microdiluição em caldo para obtenção da concentração inibitória mínima (CIM) frente a diferentes cepas bacterianas ATCCs. GuaZuL é uma glicoproteína de aproximadamente 35 kDa, que aglutinou eritrócitos de coelho e humanos com maior especificidade para tipo sanguíneo B, e foi inibida apenas por glicoproteínas como Azoalbumina, azocaseína e caseína. Foi termoestável até 100°C, com maior estabilidade em pH 5.0-8.0, e íons divalentes não afetaram sua atividade. Na avaliação da atividade antibacteriana, GuaZuL apresentou atividade bacteriostática e bactericida (CIM: 15,62 µg/mL; CBM: 15,62-62,5 µg/mL), frente a Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii. Em conclusão, a GuazuL é uma lectina obtida a partir das folhas de G. ulmifolia, termoestável, com amplo espectro de ação antibacteriana e com características relevantes que permitem a sua possível aplicação em diferentes processos biotecnológicos.
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MARIA ERCILIA DE LIMA
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Efeito do Ultrassom de baixa frequência na atividade catalítica de uma protease purificada de Streptomyces spp: Imobilização em Filme polissacarídico com potencial aplicação biomédica
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Orientador : ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
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MEMBROS DA BANCA :
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JUANIZE MATIAS DA SILVA BATISTA
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ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
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THIAGO PAJEÚ NASCIMENTO
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Data: 16/12/2021
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Nos últimos anos, o ultrassom (US) tem sido usado com sucesso em um grande número de Bioprocessos na área da biotecnologia, tais como no melhoramento da hidrólise enzimática (biocatálise). O uso do US no tratamento ou pré-tratamento são supostamente vistos para ativar/acelerar a catálise enzimática e consequentemente melhorar a formação do produto. Tais métodos podem oferecer alta eˡciência de bioconversão enzimática e produção de novos peptídeos biologicamente ativos. Com a aplicação extensiva de reações enzimáticas em diferentes áreas, melhorar a eˡciência atraiu a atenção de empresas com o intuito de reduzir custos. Um desses métodos é o Ultrassom de ondas curtas, o qual utiliza essa técnica como uma nova tecnologia de processamento e melhoramento e assim tem atraído atenção na extração assistida de componentes bioativos. Em reações enzimáticas o ultrassom pode agir alterando as condições do meio, e perturbando as ligações fracas,induzindo mudanças conformacionais na estrutura das proteínas. Isso pode levar a ativação de muitas enzimas, devido às pequenas alterações na estrutura e nas condições ambientais, como temperatura, pressão, tensão de cisalhamento e pH. Colagenases têm sido descritas na utilização em diversos segmentos biotecnológicos e biomédicos, envolvendo áreas como: medicinal, farmacêutico, alimentício, cosmético e têxtil. Quanto à aplicação médica, há relatos na literatura de sua aplicação no tratamento de úlceras e queimaduras, na aceleração da cicatrização de feridas por pressão, na produção de peptídeos bioativos com atividades antioxidante e antimicrobiana, além de possuírem um importante papel no sucesso de cirurgias para transplantes de alguns órgãos. O gênero Streptomyces possui grande vantagem dentre os microrganismos produtores de enzimas colagenolíticas, uma vez que a sua engenharia genética, tem demonstrado grande habilidade em sintetizar esse tipo de protease apresentando características de termo estabilidade e maior rendimento.
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Nos últimos anos, o ultrassom (US) tem sido usado com sucesso em um grande número de Bioprocessos na área da biotecnologia, tais como no melhoramento da hidrólise enzimática (biocatálise). O uso do US no tratamento ou pré-tratamento são supostamente vistos para ativar/acelerar a catálise enzimática e consequentemente melhorar a formação do produto. Tais métodos podem oferecer alta eˡciência de bioconversão enzimática e produção de novos peptídeos biologicamente ativos. Com a aplicação extensiva de reações enzimáticas em diferentes áreas, melhorar a eˡciência atraiu a atenção de empresas com o intuito de reduzir custos. Um desses métodos é o Ultrassom de ondas curtas, o qual utiliza essa técnica como uma nova tecnologia de processamento e melhoramento e assim tem atraído atenção na extração assistida de componentes bioativos. Em reações enzimáticas o ultrassom pode agir alterando as condições do meio, e perturbando as ligações fracas,induzindo mudanças conformacionais na estrutura das proteínas. Isso pode levar a ativação de muitas enzimas, devido às pequenas alterações na estrutura e nas condições ambientais, como temperatura, pressão, tensão de cisalhamento e pH. Colagenases têm sido descritas na utilização em diversos segmentos biotecnológicos e biomédicos, envolvendo áreas como: medicinal, farmacêutico, alimentício, cosmético e têxtil. Quanto à aplicação médica, há relatos na literatura de sua aplicação no tratamento de úlceras e queimaduras, na aceleração da cicatrização de feridas por pressão, na produção de peptídeos bioativos com atividades antioxidante e antimicrobiana, além de possuírem um importante papel no sucesso de cirurgias para transplantes de alguns órgãos. O gênero Streptomyces possui grande vantagem dentre os microrganismos produtores de enzimas colagenolíticas, uma vez que a sua engenharia genética, tem demonstrado grande habilidade em sintetizar esse tipo de protease apresentando características de termo estabilidade e maior rendimento.
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Teses |
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RAYSSA LEAL BORGES DE MEDEIROS
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Pesquisa de Variantes Digênicas em Genes Relacionados à Herança Autossômica Dominante em Pacientes Brasileiros com Calcificação Cerebral Familial Primária
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Orientador : JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
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JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
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MICHEL SATYA NASLAVSKY
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REGINALDO JOSÉ PETROLI
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SINARA MÔNICA VITALINO DE ALMEIDA
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Data: 18/06/2021
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A calcificação cerebral familial primária (CCFP), amplamente conhecida por doença de Fahr, é uma desordem neuropsiquiátrica ocasionada por variantes patogênicas nos genes SLC20A2, PDGFB, PDGFRB, XPR1, MYORG ou JAM2. É caracterizada pela deposição ectópica de fosfato de cálcio principalmente nos gânglios da base, apresentando-se em padrão bilateral e simétrico. Pacientes com CCFP apresentam amplo espectro de sinais e sintomas, que incluem alterações motoras, cognitivas e psiquiátricas. Entretanto, é bem estabelecido que pacientes com essa doença apresentam alta heterogeneidade clínica inter e intrafamiliar, não identificando-se, ainda, a origem genética capaz de promover tal heterogeneidade. Porém, estudos recentes vêm mostrando que variantes em segundo gene (não associado à CCFP), foram identificadas em pacientes previamente diagnosticados com CCFP, promovendo nos indivíduos afetados um fenótipo complexo e heterogêneo. Nesse contexto, nosso estudo objetivou a pesquisa de variantes patogênicas em um segundo gene relacionado à CCFP e associado à herança autossômica dominante (SLC20A2, PDGFB, PDGFRB e XPR1). A coorte é composta por 13 pacientes brasileiros previamente diagnosticados com CCFP. Após a triagem por sequenciamento de Sanger, foram identificadas 25 variantes de nucleotídeos únicos (SNVs). O rs246391 (c.3137+4A>G), identificado em dois pacientes em heterozigose e dois em homozigose, se destacou por estar localizado próximo a um sítio de splicing. A análise in silico sugere que a variante altere o splicing e, consequentemente, a função proteica. Nosso estudo não conseguiu resultado significativo sobre a análise de expressão do transcrito. Entretanto, pela alta frequência populacional (MAF: 0.30) e por ser considerada benigna por banco de dados, acreditamos que esta variante não atue modulando as manifestações clínicas dos pacientes portadores das variantes. Assim, nosso estudo não identificou nenhuma variante patogênica em um segundo gene relacionado à herança autossômica da CCFP que esclareça tal complexidade fenotípica.
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A calcificação cerebral familial primária (CCFP), amplamente conhecida por doença de Fahr, é uma desordem neuropsiquiátrica ocasionada por variantes patogênicas nos genes SLC20A2, PDGFB, PDGFRB, XPR1, MYORG ou JAM2. É caracterizada pela deposição ectópica de fosfato de cálcio principalmente nos gânglios da base, apresentando-se em padrão bilateral e simétrico. Pacientes com CCFP apresentam amplo espectro de sinais e sintomas, que incluem alterações motoras, cognitivas e psiquiátricas. Entretanto, é bem estabelecido que pacientes com essa doença apresentam alta heterogeneidade clínica inter e intrafamiliar, não identificando-se, ainda, a origem genética capaz de promover tal heterogeneidade. Porém, estudos recentes vêm mostrando que variantes em segundo gene (não associado à CCFP), foram identificadas em pacientes previamente diagnosticados com CCFP, promovendo nos indivíduos afetados um fenótipo complexo e heterogêneo. Nesse contexto, nosso estudo objetivou a pesquisa de variantes patogênicas em um segundo gene relacionado à CCFP e associado à herança autossômica dominante (SLC20A2, PDGFB, PDGFRB e XPR1). A coorte é composta por 13 pacientes brasileiros previamente diagnosticados com CCFP. Após a triagem por sequenciamento de Sanger, foram identificadas 25 variantes de nucleotídeos únicos (SNVs). O rs246391 (c.3137+4A>G), identificado em dois pacientes em heterozigose e dois em homozigose, se destacou por estar localizado próximo a um sítio de splicing. A análise in silico sugere que a variante altere o splicing e, consequentemente, a função proteica. Nosso estudo não conseguiu resultado significativo sobre a análise de expressão do transcrito. Entretanto, pela alta frequência populacional (MAF: 0.30) e por ser considerada benigna por banco de dados, acreditamos que esta variante não atue modulando as manifestações clínicas dos pacientes portadores das variantes. Assim, nosso estudo não identificou nenhuma variante patogênica em um segundo gene relacionado à herança autossômica da CCFP que esclareça tal complexidade fenotípica.
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AUDES DIOGENES DE MAGALHAES FEITOSA
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Comportamento da pressão arterial fora do consultório no Brasil
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Orientador : WILSON NADRUZ JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO COCA PAYERAS
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FERNANDO BACAL
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JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
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LUCIANO FERREIRA DRAGER
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WILSON NADRUZ JUNIOR
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Data: 23/06/2021
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Aferições da pressão arterial (PA) fora do consultório, obtidas por meio de medida residencial da PA (MRPA) ou medida ambulatorial da PA (MAPA), têm sido recomendadas para melhor diagnóstico e manuseio da hipertensão arterial. Contudo, pouco se sabe sobre o comportamento da PA fora do consultório no Brasil. O objetivo geral deste estudo foi investigar o comportamento da PA fora do consultório, assim como a prevalência e os determinantes dos fenótipos de hipertensão [normotensão verdadeira (NV), hipertensão do avental branco (HAB), hipertensão mascarada (HM) e hipertensão sustentada (HS)] em indivíduos brasileiros. Para este fim, foram desenvolvidos 7 sub-estudos que avaliaram indivíduos de 3 coortes independentes: coorte 1 = 5.778 indivíduos que realizaram MRPA em 2 centros de cardiologia pernambucanos entre 2005 e 2018; coorte 2 = 57.768 indivíduos de 719 centros brasileiros que realizaram MRPA usando a plataforma online TELEMRPA entre 2017 e 2020; e coorte 3 = 753 indivíduos de 1 Centro de Pesquisa Clínica alagoano que realizaram MAPA de 2014 a 2016. Os resultados são apresentados nos 7 artigos anexos. Em conjunto, estes dados contribuem para um melhor entendimento do comportamento da PA fora do consultório e dos fenótipos de hipertensão arterial no Brasil e podem ser úteis para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o controle da hipertensão arterial no nosso país.
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Aferições da pressão arterial (PA) fora do consultório, obtidas por meio de medida residencial da PA (MRPA) ou medida ambulatorial da PA (MAPA), têm sido recomendadas para melhor diagnóstico e manuseio da hipertensão arterial. Contudo, pouco se sabe sobre o comportamento da PA fora do consultório no Brasil. O objetivo geral deste estudo foi investigar o comportamento da PA fora do consultório, assim como a prevalência e os determinantes dos fenótipos de hipertensão [normotensão verdadeira (NV), hipertensão do avental branco (HAB), hipertensão mascarada (HM) e hipertensão sustentada (HS)] em indivíduos brasileiros. Para este fim, foram desenvolvidos 7 sub-estudos que avaliaram indivíduos de 3 coortes independentes: coorte 1 = 5.778 indivíduos que realizaram MRPA em 2 centros de cardiologia pernambucanos entre 2005 e 2018; coorte 2 = 57.768 indivíduos de 719 centros brasileiros que realizaram MRPA usando a plataforma online TELEMRPA entre 2017 e 2020; e coorte 3 = 753 indivíduos de 1 Centro de Pesquisa Clínica alagoano que realizaram MAPA de 2014 a 2016. Os resultados são apresentados nos 7 artigos anexos. Em conjunto, estes dados contribuem para um melhor entendimento do comportamento da PA fora do consultório e dos fenótipos de hipertensão arterial no Brasil e podem ser úteis para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o controle da hipertensão arterial no nosso país.
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LAURA DURAO FERREIRA
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ESCLARECIMENTO DIAGNÓSTICO DE PACIENTES COM CALCIFICAÇÕES CEREBRAIS PRIMÁRIAS E ESTUDOS IN VITRO DO GENE ZBTB20, ASSOCIADO À SÍNDROME DE PRIMROSE
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Orientador : JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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GAËL NICOLAS
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JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
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LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
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PAULA SANDRIN GARCIA
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PAULO ROBERTO ELEUTERIO DE SOUZA
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Data: 28/06/2021
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Calcificações cerebrais são um tipo de calcificação ectópica que pode estar associada a processos fisiológicos ou patológicos. Dentre as condições genéticas caracterizadas pela presença deste tipo de lesão destacam-se a Calcificação Cerebral Familial Primária (CCFP), a síndrome de Primrose e a síndrome de Raine, doenças raras e de diagnóstico complexo. A triagem meticulosa de casos suspeitos dessas doenças se torna, portanto, de extrema importância para garantir que pacientes recebam conduta médica adequada e para detalhar os diferentes fenótipos dos pacientes, contribuindo para o diagnóstico diligente de pacientes no futuro. Paralelamente, explorar funções de genes relacionados a essas condições pode ser beneficial a pacientes com inúmeras desordens genéticas que causam lesões similares. Desse modo, este estudo teve como objetivo geral reavaliar casos clínicos de calcificação cerebral primária com diagnóstico em aberto, utilizando informações clínicas, laboratoriais, exames de imagem e triagens genéticas para definir diagnósticos, e realizar estudos in vitro sobre o ZBTB20 e seu papel na formação de calcificações. Além disso, procuramos determinar como a expressão do gene ZBTB20 é afetada pela superexpressão do microRNA mir-9-5p em SaOs-2. Análise de dados clínicos e radiológicos foram feitas, seguidas de triagens genéticas em genes candidatos como MYORG, ZBTB20 e FAM20C. Através dessas triagens foi possível diagnosticar um caso de síndrome de Primrose, um caso de CCFP autossômica recessiva, e um caso de síndrome de Raine. Os estudos relativos ao ZBTB20 foram realizados in vitro, utilizando células SaOs-2 e análise da expressão por western blot. Resultados preliminares indicam que não há alterações significativas na expressão do ZBTB20 durante a indução de calcificação in vitro (p=0,40). A superexpressão do miR-9-5p provocou, por sua vez, aumento significativo na expressão do ZBTB20 (p=0,0035). Se possível, novos testes com cultura celular e qPCR serão realizados no futuro para confirmar os achados relatados acima.
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Calcificações cerebrais são um tipo de calcificação ectópica que pode estar associada a processos fisiológicos ou patológicos. Dentre as condições genéticas caracterizadas pela presença deste tipo de lesão destacam-se a Calcificação Cerebral Familial Primária (CCFP), a síndrome de Primrose e a síndrome de Raine, doenças raras e de diagnóstico complexo. A triagem meticulosa de casos suspeitos dessas doenças se torna, portanto, de extrema importância para garantir que pacientes recebam conduta médica adequada e para detalhar os diferentes fenótipos dos pacientes, contribuindo para o diagnóstico diligente de pacientes no futuro. Paralelamente, explorar funções de genes relacionados a essas condições pode ser beneficial a pacientes com inúmeras desordens genéticas que causam lesões similares. Desse modo, este estudo teve como objetivo geral reavaliar casos clínicos de calcificação cerebral primária com diagnóstico em aberto, utilizando informações clínicas, laboratoriais, exames de imagem e triagens genéticas para definir diagnósticos, e realizar estudos in vitro sobre o ZBTB20 e seu papel na formação de calcificações. Além disso, procuramos determinar como a expressão do gene ZBTB20 é afetada pela superexpressão do microRNA mir-9-5p em SaOs-2. Análise de dados clínicos e radiológicos foram feitas, seguidas de triagens genéticas em genes candidatos como MYORG, ZBTB20 e FAM20C. Através dessas triagens foi possível diagnosticar um caso de síndrome de Primrose, um caso de CCFP autossômica recessiva, e um caso de síndrome de Raine. Os estudos relativos ao ZBTB20 foram realizados in vitro, utilizando células SaOs-2 e análise da expressão por western blot. Resultados preliminares indicam que não há alterações significativas na expressão do ZBTB20 durante a indução de calcificação in vitro (p=0,40). A superexpressão do miR-9-5p provocou, por sua vez, aumento significativo na expressão do ZBTB20 (p=0,0035). Se possível, novos testes com cultura celular e qPCR serão realizados no futuro para confirmar os achados relatados acima.
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ANA PAULA FERNANDES DA SILVA
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DETECÇÃO HISTOQUIMILUMINESCENTE DE PROTEÍNAS ASSOCIADAS À PATOGÊNESE DA DOENÇA DE CROHN E RETOCOLITE ULCERATIVA
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Orientador : LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
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IVONE ANTONIA DE SOUZA
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LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
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MARIO RIBEIRO DE MELO JUNIOR
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PALOMA LYS DE MEDEIROS
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Data: 30/08/2021
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A integridade epitelial e da matriz extracelular é fundamental para manutenção da saúde do trato gastrintestinal. No entanto, tanto na DC quanto na RCU, a permeabilidade intestinal é prejudicada, o que resulta na invasão de numerosas bactérias, seguida por infiltração de células imunes no intestino e desencadeamento do processo inflamatório característico dessas doenças. No presente trabalho os anticorpos para os antígenos da calprotectina, ADAM10, ADAM15 e complexo β -catenina e e-caderina foram submetidos a conjugação com éster de acridina para detecção histoquimiluminescente e imunoistoquímica para avaliação da matriz extracelular em biópsias de pacientes com doença de Crohn (n = 49) e retocolite ulcerativa (n = 105). As características histopatológicas das amostras foram descritas através da aplicação das técnicas histoquímicas de hematoxilina e eosina, picrosirius red, tricrômico de Masson, ácido periódico de Shiff e azul de Alcian. O perfil epidemiológico dos pacientes foi estabelecido através de aplicação de questionário sociodemográfico e análise dos prontuários. No estudo histoquimiluminescente os valores de calprotectina, juntamente com a análise dos prontuários permitiu a categorização dos grupos com doença ativa (DC n = 33 e RCU n = 74) e em remissão (DC n = 16 e RCU n = 31). Na análise do colágeno intersticial observou-se maior percentual de colágeno nos tecidos de pacientes em remissão para ambas as formas de DII. Resultados parciais demonstraram uma maior expressão de ADAM 10 e 15 nos grupos com DC ativa e em remissão foram estatisticamente significativos quando comparados entre si e com os controles (p < 0,05). Para RCU os valores das ADAMs foram estatisticamente significativos apenas quando comparados com o grupo controle. O complexo β-catenina + e-caderina mostrou alterações na imunorreatividade apenas em amostras de pacientes com ulceração da mucosa.
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A integridade epitelial e da matriz extracelular é fundamental para manutenção da saúde do trato gastrintestinal. No entanto, tanto na DC quanto na RCU, a permeabilidade intestinal é prejudicada, o que resulta na invasão de numerosas bactérias, seguida por infiltração de células imunes no intestino e desencadeamento do processo inflamatório característico dessas doenças. No presente trabalho os anticorpos para os antígenos da calprotectina, ADAM10, ADAM15, colágeno XXIII e complexo β -catenina e e-caderina foram submetidos a conjugação com éster de acridina para detecção histoquimiluminescente e imunoistoquímica para avaliação da matriz extracelular em biópsias de pacientes com doença de Crohn (n = 49) e retocolite ulcerativa (n = 105). As características histopatológicas das amostras foram descritas através da aplicação das técnicas histoquímicas de hematoxilina e eosina, picrosirius red, tricrômico de Masson, ácido periódico de Shiff e azul de Alcian. O perfil epidemiológico dos pacientes foi estabelecido através de aplicação de questionário sociodemográfico e análise dos prontuários. No estudo histoquimiluminescente os valores de calprotectina, juntamente com a análise dos prontuários permitiu a categorização dos grupos com doença ativa (DC n = 33 e RCU n = 74) e em remissão (DC n = 16 e RCU n = 31). Na análise do colágeno intersticial observou-se maior percentual de colágeno nos tecidos de pacientes em remissão para ambas as formas de DII. Resultados parciais demonstraram uma maior expressão de ADAM 10 e 15 nos grupos com DC ativa e em remissão foram estatisticamente significativos quando comparados entre si e com os controles (p <0,05). Para RCU os valores das ADAMs foram estatisticamente significativos apenas quando comparados com o grupo controle. O complexo β-catenina + e-caderina mostrou alterações na imunorreatividade apenas em amostras de pacientes com ulceração da mucosa.
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NAIROMBERG CAVALCANTI PORTELA JUNIOR
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ANÁLISE PROTEÔMICA DA RESPOSTA IMUNE PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DE Biomphalaria straminea (Dunker, 1848) EXPOSTOS AO Schistosoma mansoni (Sambon 1907)
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Orientador : LUIZ CARLOS ALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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VALERIA WANDERLEY TEIXEIRA
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DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
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LUIZ CARLOS ALVES
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TATIANY PATRICIA ROMAO POMPILIO DE MELO
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TERCILIO CALSA JUNIOR
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Data: 30/08/2021
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No gênero Biomphalaria existem espécies hospedeiras intermediárias importante para o ciclo de vida do Schistosoma mansoni apresentando diferentes perfis de susceptibilidade. Os caramujos Biomphalaria são de extrema importância para a epidemiologia da Esquistossomose, contudo, o Biomphalaria glabrata é a espécie mais estudada por apresentar maior suscetibilidade a esta parasitose. Seu sistema imune, composto por componentes celulares e humorais, é o principal responsável pela variação de fenótipos deste gênero e sua resposta imune inata tradicional já é conhecida. Estudos relacionados a imunidade deste gênero, indicam uma mudança de resposta diante de uma exposição secundária ao parasita, sugerindo um perfil de resistência ao caramujo. A espécie Biomphalaria straminea, apesar de apresentar um perfil menos susceptível ao parasita, apresenta-se com grande importante na manutenção do ciclo de vida do parasita, devido sua ampla distribuição. A falta de estudos, principalmente moleculares levou o presente estudo a se empenhar na primeira análise proteômica do B. straminea, avaliando sua resposta após a exposição primária e secundária frente ao S. mansoni. Assim, foram identificadas 55 proteínas válidas, as quais, a maioria apresentou similaridade com componentes já presentes em B. glabrata, sendo identificadas, proteínas relacionadas ao metabolismo comum nos invertebrados, assim como fatores imunes sendo produzidos de forma constitutiva ou exclusiva durante a exposição. Observamos que durante a resposta primária ao parasita, proteínas de reconhecimento como lectinas tipo C e tipo H se mostram super expressas durante todos os tempos analisados. Além disso, outras proteínas relacionadas ao estresse oxidativo, adesão celular e transporte de oxigênio também se mostram super expressas. Em relação à resposta após uma segunda exposição ao parasita, encontramos super expressas proteínas relacionadas a adesão celular, fatores de reconhecimento, estresse oxidativo, alguns componentes altamente imunorelevantes como FREPs e uma proteína homologa a biomphalisina, já descrita em B. glabrata e que se mostra como componente fundamental da resposta especifica e de memória também em B. straminea. A partir das análises proteômica da resposta imune primária e secundária do B. straminea frente ao S. mansoni, podemos entender melhor o perfil da resposta proteica apresentada por esta espécie, abrindo assim possibilidades, para novos estudos com diferentes abordagens a respeito da relação parasita-hospedeiro, como também analises específicos com as moléculas relacionadas a memória detectadas neste estudo.
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No gênero Biomphalaria existem espécies hospedeiras intermediárias importante para 227 o ciclo de vida do Schistosoma mansoni apresentando diferentes perfis de susceptibilidade. Os 228 caramujos Biomphalaria são de extrema importância para a epidemiologia da Esquistossomose, 229 contudo, o Biomphalaria glabrata é a espécie mais estudada por apresentar maior 230 suscetibilidade a esta parasitose. Seu sistema imune, composto por componentes celulares e 231 humorais, é o principal responsável pela variação de fenótipos deste gênero e sua resposta 232 imune inata tradicional já é conhecida. Estudos relacionados a imunidade deste gênero, indicam 233 uma mudança de resposta diante de uma exposição secundária ao parasita, sugerindo um perfil 234 de resistência ao caramujo. A espécie Biomphalaria straminea, apesar de apresentar um perfil 235 menos susceptível ao parasita, apresenta-se com grande importante na manutenção do ciclo de 236 vida do parasita, devido sua ampla distribuição. A falta de estudos, principalmente moleculares 237 levou o presente estudo a se empenhar na primeira análise proteômica do B. straminea, 238 avaliando sua resposta após a exposição primária e secundária frente ao S. mansoni.
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WAYDJA LÂNIA VIRGÍNIA DE ARAÚJO MARINHO
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Análise do padrão de expressão dos genes ligados à calcificação vascular cerebral em banco de dados: Vascular Single Cells (Betsholtzlab) e Atlas de vasculatura de Mus musculus
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Orientador : JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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JOAO RICARDO MENDES DE OLIVEIRA
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RAFAEL LIMA GUIMARAES
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DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
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BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
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PAULO ROBERTO ELEUTERIO DE SOUZA
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Data: 30/08/2021
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A calcificação cerebral é uma doença neurológica degenerativa, pouco comum, que pode ser hereditária ou esporádica. Manifesta-se igualmente em ambos os sexos e em qualquer idade e caracteriza-se pela presença de depósitos anormais de cálcio no cérebro, associada a perda de massa celular, apresenta quadro clínico bastante variável. Pode apresentar-se desde a forma assintomática, até à conjugação de diversos sintomas neurológicos. As calcificações nos vasos cerebrais foram relatados inicialmente em 1855, nesses casos, há deposição de minerais tanto na parede dos vasos como no parênquima cerebral, causando neurodegeneração e gliose. Dos quatro genes com padrão de herança autossômico dominante, dois são relacionados com a homeostase do fosfato inorgânico (Pi), e os outros dois deles, estão associados com a integridade da barreira hematoencefálica (BHE) e manutenção dos pericitos. A BHE não é uma estrutura anatômica única isolada, mas faz parte da chamada unidade neurovascular (NVU), essa unidade, circunda a astroglia perivascular, células da microglia e terminais neuronais intervenientes; os pericitos atuam na estabilização física dos vasos, na regulação da microcirculação e no fluxo sanguíneo capilar. Em algumas doenças neurodegenerativas, a degradação da BHE permite que os componentes do sangue se infiltrem no ambiente neuronal, agravando a inflamação existente e acelerando a progressão dos sintomas. Neste trabalho, buscamos através de uma análise de bioinformática, elucidar questões básicas a respeito do comportamento dos pericitos e de determinados genes associados a um ambiente de calcificação vascular. Portanto, tendo em vista isso, a análise do padrão de expressão da variantes em homozigose dos genes MYORG e JAM2 poderá ser um importante diferencial na compreensão da susceptibilidade que algumas estruturas possuem para formar calcificações vasculares cerebrais e suas repercussões clínicas. O banco de dados não apresenta os valores brutos referentes a expressão em cada grupo celular, optou-se então por realizar uma análise milimetrada dos valores aproximados, e assim, os dados obtidos e dispostos em tabela, foram sujeitos a análise e montagem de dispersão gráfica fazendo uso do Microsoft Excel 2016. Pudemos observar um aumento da expressão de MYORG nos astrócitos, seguidos do JAM2 nos variados tipos de células endoteliais.
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A calcificação cerebral é uma doença neurológica degenerativa, pouco comum, que pode ser hereditária ou esporádica. Manifesta-se igualmente em ambos os sexos e em qualquer idade e caracteriza-se pela presença de depósitos anormais de cálcio no cérebro, associada a perda de massa celular, apresenta quadro clínico é bastante variável. Pode apresentar-se desde a forma assintomática, até à conjugação de diversos sintomas neurológicos. As calcificações nos vasos cerebrais foram relatados inicialmente em 1855, nesses casos, há deposição de minerais tanto na parede dos vasos como no parênquima cerebral, causando neurodegeneração e gliose. Dos quatro genes com padrão de herança autossômico dominante, dois são relacionados com a homeostase do fosfato inorgânico (Pi), dois deles, estão associados com a integridade da barreira hematoencefálica (BHE) e manutenção dos pericitos. A BHE não é uma estrutura anatômica única isolada, mas faz parte da chamada unidade neurovascular (NVU), essa unidade, circunda a astroglia perivascular, células da microglia e terminais neuronais intervenientes, os pericitos atuam na estabilização física dos vasos, na regulação da microcirculação e no fluxo sanguíneo capilar. Em algumas doenças neurodegenerativas, a degradação da BHE permite que os componentes do sangue se infiltrem no ambiente neuronal, agravando a inflamação existente e acelerando a progressão dos sintomas. Nesse trabalho, buscamos através de uma análise de bioinformática, elucidar questões básicas a respeito do comportamento dos pericitos e de determinados genes inseridos em um ambiente de calcificação vascular. Portanto, tendo em vista isso, a análise do padrão de expressão dos genes homozigóticos MYORG e JAM2 poderá ser um importante diferencial na compreensão da susceptibilidade que algumas estruturas possuem para formar calcificações vasculares cerebrais e suas repercussões clínicas. O banco de dados não apresenta os valores brutos referentes a expressão em cada grupo celular, optou-se então por realizar uma análise milimetrada dos valores aproximados, e assim, os dados obtidos e dispostos em tabela, foram sujeitos a análise e montagem de dispersão gráfica fazendo uso do Microsoft Excel 2016. Pudemos observar um aumento da expressão de MYORG nos astrócitos, seguidos do JAM2 nos variados tipos de células endoteliais.
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AMANDA VASCONCELOS DO NASCIMENTO
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Estudo da capacidade imunomoduladora de derivados das Ftalimidas-Tiazóis em células mononucleares de portadores da Leishmaniose Tegumentar Americana.
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Orientador : LUIZ CARLOS ALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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MILENA DE PAIVA CAVALCANTI
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AMANDA SILVA DOS SANTOS ALIANCA
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ANA CRISTINA LIMA LEITE
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FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
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LUIZ CARLOS ALVES
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Data: 31/08/2021
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A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), é um grave problema de saúde pública com registro anual de 1 a 1,5 milhões de casos. Os atuais tratamentos da LTA apresentaram efeitos colaterais importantes e relatos de resistência. O estudo da resposta imunológica frente ao tratamento com fármacos pode ser a chave para um novo tratamento da LTA, pois a resposta imunológica do hospedeiro é decisiva para progressão da doença. Neste contexto os derivados das Ftalaminas e Tiázois são moléculas imunomodulatórias e apresentam ação biológica contra Leishmania infantum. O estudo tem como objetivo avaliar a capacidade imunomoduladora desses compostos heterocíclicos da classe Fitalaminas e Tiázois sobre as células do sistema imune de pacientes portadores da LTA expostas a antígenos de Leishmania braziliensis. Inicialmente foram testadas citoxicidade dos compostos 2J e 2M sobre células mononucleares de sangue periférico (PBMC), assim como a atividade biológica dos compostos sobre a L. braziliensis. Após, foram selecionados 12 portadores da LTA e 08 controles negativos para obtenção das PBMC, que foram estimuladas com antígenos solúveis de L. braziliensis e tratadas 2J e 2M. Foi realizada a imunofenotipagem das PBMC para linfócitos TCD4+, com marcação para CD28 e CTLA-4 e os TCD8+ com marcação para CD28, CTLA-4, Granzima e IFN-γ. Os monócitos CD14+ foram analisados através da expressão das moléculas CD80, CD86 e HLA-DR. As PBMC foram submetidas ao processamento para as microscopias eletrônicas de Varredura e Transmissão e o sobrenadante de cultura foi coletado para dosagem das citocinas de perfil TH1/TH2. Nos resultados as moléculas 2J e 2M apresentaram taxas de concentrações inibitórias (IC50) de 50,12μM e 64,88μM, respectivamente. Na citotoxicidade das moléculas em PBMC humanas, para 2J CC50 de 662,49 μM e 2M 885,28µM. O índice de seletividade (IS) foi aproximadamente de 13 vezes mais seletiva para a promastigota de L. braziliensis do que as PBMC humanas. Na expressão fenotípica em linfócitos, o tratamento com a 2M sobre células de pacientes levou a um aumento de Granzima B+ em TCD8+, na condição de cultivo C+2J. Para 2M, observamos aumento do CTLA-4 em TCD4+ nos controles negativos, na condição C+A+2M. Analisando as citocinas, foi visto que os antígenos aumentaram a resposta inflamatória, no grupo de pacientes. Na avaliação ultraestrutural com o tratamento da 2J e 2M, foi observado que as moléculas foram semelhantes aos controles sem tratamento. Os nossos resultados incentivam mais estudos com as moléculas no âmbito da terapêutica para LTA.
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A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), é um grave problema de saúde pública e apresenta distribuição mundial, com registro anual de 1 a 1,5 milhões de casos. O tratamento da LTA no Brasil é realizado utilizando os antimoniais pentavalentes, Contudo, as quimioterapias atuais apresentaram efeitos colaterais importantes e relatos de resistência ao tratamento. O estudo da resposta imunológica frente ao tratamento com fármacos é indispensável para a avaliação da eficácia de compostos promissores para o tratamento da LTA, visto que a resposta imunológica do hospedeiro frente a infecção é decisiva para progressão dos sintomas clínicos da doença. Neste contexto os compostos heterocíclicos da classe das Fitalaminas e Tiázois atuam como imunomoduladores e demonstram que são formulações que apresentam uma grande atividade leishmanicida O estudo proposto tem como objetivo principal avaliar a capacidade imunomoduladora desses compostos heterocíclicos da classe Fitalaminas e Tiázois sobre as células do sistema imune de pacientes portadores da LTA expostas a antígenos de Leishmania (Viannia) braziliensis. Inicialmente foram testadas citoxicidade dos compostos 2J e 2M sobre células mononucleares de sangue periférico (PBMC), assim como a atividade biológica dos compostos sobre a L. braziliensis. Foi realizado um cinética de tempo e resposta imunológica , utilizando 3 tempos de cultivos distintos (24h, 72h e 5 dias). Após, foram selecionados 3 portadores da LTA e obtidas as PBMC, em que foram estimuladas com antígenos solúveis de L. braziliensis e tratadas com os compostos heterocíclicos 2J e 2M. As PBMC foram avaliadas através da marcação fenotípica para linfócitos CD4+, CD8+ e as moléculas CD28 e CTLA-4. Para monócitos, foram analisados a expressão do CD14+, suas moléculas co-estimulatórias (CD80 e CD86) e o HLA-DR. Nos resultados parciais podemos inferir que os compostos 2J e 2M e apresentaram-se como formulações pouco citotóxicas e garantindo assim uma larga faixa terapêutica. Com relação a cinética de tempos versus resposta imunológica nos 3 tempos testados( 24h, 72h e 5 dias), para a maioria das citocinas não houve diferença entre os tempos. Os antígenos solúveis de L. braziliensis estão com a integridade preservada e foi visto que eles têm a capacidade de estimular células de pacientes com LTA. Na expressão de marcadores fenotípicos para linfócitos e monócitos , relatam alterações na expressão desses marcadores na presença do 2J e 2M. As próximas etapas do projeto serão a continuação da coleta de Pacientes com LTA e controles negativos, para realização da Imunofenotipagem, dosagem das citocinas e óxido nítrico, assim como a realização da Microscopia Eletrônica de Varredura e Transmissão das PBMC de pacientes com LTA.
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EMANUELA PAZ ROSAS
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ASPECTOS MORFOFISIOLÓGICOS DE MASTÓCITOS NA DURA-MÁTER HUMANA: LIBERAÇÃO IN VITRO DE CGRP E ÓXIDO NÍTRICO SOB AÇÃO DO TOPIRAMATO
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Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO MORAES VALENCA
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DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
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IVONE ANTONIA DE SOUZA
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PALOMA LYS DE MEDEIROS
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WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA
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Data: 30/09/2021
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A dura-máter intracraniana humana é a meninge mais externa que recobre o cérebro e possui vasos sanguíneos, mastócitos e fibras nervosas que exercem um papel importante em processos neuroinflamatórios, como a migrânea. O topiramato é um medicamento profilático da migrânea, contudo sua ação na dura-máter, ainda é incerta. Neste contexto, objetivou-se avaliar os aspectos morfofisiológicos de mastócitos na dura-máter humana e a liberação in vitro de óxido nítrico (NO), de peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e a degranulação de mastócitos sob ação do topiramato. Em uma primeira análise foram coletadas oito amostras de dura-máter intracraniana de cadáveres humanos. As amostras inteiras foram fixadas, e dois fragmentos de 1,5 cm² cada, foram cortados de quatro distintas áreas da convexidade da dura-máter, totalizando 64 fragmentos. Foram avaliados os parâmetros histomorfométricos: distância dos mastócitos aos vasos, densidade de mastócitos e porcentagem de mastócitos degranulados. Em outra análise, os espécimes de dura-máter obtida de cadáveres (n=4) foram lavadas com fluido intersticial sintético (SIF) a 25º C por 30 minutos. Posteriormente, foram divididas em fragmentos (n=7) que foram incubados por 15 minutos com SIF e em seguida por 30 minutos na presença ou não do topiramato em diferentes concentrações: 10-6 M, 10-8 M e 10-10 M. Após o tratamento, o meio de incubação foi trocado por uma solução de cloreto de potássio (KCl) a 60 mM por 30 minutos. O teor de CGRP e NO liberado foi quantificado pelo método de ELISA e Reação de Griess, respectivamente. Os fragmentos de dura-máter das duas análises foram transferidos para o formol tamponado a 10% e em seguida foi feito o processamento histológico. A degranulação dos mastócitos foi examinada por microscopia óptica. A primeira análise demonstrou um maior número de mastócitos próximos de vasos venosos foi encontrado na camada periosteal (17,01 ± 10,13) do que na camada meníngea (14,10 ± 6,95). Os mastócitos próximos ao seio sagital superior se apresentaram em maior quantidade juntos aos vasos venosos (16,71 ± 10,05) do que aos vasos arteriais (11,18 ± 7,52). A segunda análise mostrou que o tratamento com topiramato nas concentrações de 10-10M apresentou uma menor porcentagem de mastócitos degranulados por mm² (75,39% ± 0,27) quando comparado com controle positivo (KCl 60 mM) (100%). Desta forma, este estudo evidenciou que os mastócitos estão localizados próximos aos vasos venosos da camada periosteal e na região proximal do seio sagital superior. Além disso, sugere-se que o topiramato em uma menor concentração (10-10M) apresenta um efeito protetivo sobre a degranulação dos mastócitos.
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A dura-máter intracraniana humana é a meninge mais externa que recobre o cérebro e possui vasos sanguíneos, mastócitos e fibras nervosas que exercem um papel importante em processos neuroinflamatórios, como a migrânea. O topiramato é um medicamento profilático da migrânea, contudo sua ação na dura-máter, ainda é incerta. Neste contexto, objetivou-se avaliar os aspectos morfofisiológicos de mastócitos na dura-máter humana e a liberação in vitro de óxido nítrico (NO), de peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e a degranulação de mastócitos sob ação do topiramato. Em uma primeira análise foram coletadas oito amostras de dura-máter intracraniana de cadáveres humanos. As amostras inteiras foram fixadas, e dois fragmentos de 1,5 cm² cada, foram cortados de quatro distintas áreas da convexidade da dura-máter, totalizando 64 fragmentos. Foram avaliados os parâmetros histomorfométricos: distância dos mastócitos aos vasos, densidade de mastócitos e porcentagem de mastócitos degranulados. Em outra análise, os espécimes de dura-máter obtida de cadáveres (n=4) foram lavadas com fluido intersticial sintético (SIF) a 25º C por 30 minutos. Posteriormente, foram divididas em fragmentos (n=7) que foram incubados por 15 minutos com SIF e em seguida por 30 minutos na presença ou não do topiramato em diferentes concentrações: 10-6 M, 10-8 M e 10-10 M. Após o tratamento, o meio de incubação foi trocado por uma solução de cloreto de potássio (KCl) a 60 mM por 30 minutos. O teor de CGRP e NO liberado foi quantificado pelo método de ELISA e Reação de Griess, respectivamente. Os fragmentos de dura-máter das duas análises foram transferidos para o formol tamponado a 10% e em seguida foi feito o processamento histológico. A degranulação dos mastócitos foi examinada por microscopia óptica. A primeira análise demonstrou um maior número de mastócitos próximos de vasos venosos foi encontrado na camada periosteal (17,01 ± 10,13) do que na camada meníngea (14,10 ± 6,95). Os mastócitos próximos ao seio sagital superior se apresentaram em maior quantidade juntos aos vasos venosos (16,71 ± 10,05) do que aos vasos arteriais (11,18 ± 7,52). A segunda análise mostrou que o tratamento com topiramato nas concentrações de 10-10M apresentou uma menor porcentagem de mastócitos degranulados por mm² (75,39% ± 0,27) quando comparado com controle positivo (KCl 60 mM) (100%). Desta forma, este estudo evidenciou que os mastócitos estão localizados próximos aos vasos venosos da camada periosteal e na região proximal do seio sagital superior. Além disso, sugere-se que o topiramato em uma menor concentração (10-10M) apresenta um efeito protetivo sobre a degranulação dos mastócitos.
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GISNAYLE ANA DA SILVA PEREIRA
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ANÁLISE DE RECEPTORES TOLL-LIKE E CITOCINAS ENVOLVIDAS NA SUSCEPTIBILIDADE À INFECÇÕES VIRAIS
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Orientador : JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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CLAUDIA DINIZ LOPES MARQUES
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FABRICIO MOTTERAN
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JAQUELINE DE AZEVEDO SILVA
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JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
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LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
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Data: 27/10/2021
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Dentre os principais tipos de patologias virais descritas como epidemias estão as infecções ocasionadas pelos vírus da Dengue (DENV), Chikungunya (CHIKV) e Zika (ZIKV). A infecção pelo CHIKV causou grande impacto a saúde pública devido a presença de sintomas altamente debilitantes como, inflamações nas articulações que podem durar meses ou anos. A inflamação induzida pela infecção viral está associada a moléculas da imunidade inata, maspouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos na patogênese da infecção, não estando eles totalmente elucidados. OBJETIVO: Avaliar polimorfismos em Receptores Toll-Like (TLRs) associados à infecções virais e avaliar a expressão gênica de citocinas induzidas em pacientes infectados pelo vírus Chikungunya. METODOLOGIA: Através do banco de dados de previsão funcional não sinônimo (dbNSFP) coletamos dados de SNPs não sinônimos (nsSNPs) presentes em TLRs (TLR3, 4, 7, 8, 9 e 10) e realizamos uma análise computacional preditiva de impactos funcionais dos nsSNPs nos TLRs através de 16 algoritmos. Ferramentas para previsão de danos estruturais nas proteínas após a mutação também foram utilizados. Adicionalmente, neste estudo, níveis de expressão das citocinas IL-1β, IL-10, IL-18 e IFN-β foram avaliados, por PCR em tempo real, em sangue total de pacientes na fase aguda da infecção por CHIKV (n=43) e de indivíduos saudáveis (IS), não infectados (n=13) utilizados como grupo controle. RESULTADOS: Treze nsSNPs foram encontrados com alto impacto funcional/estrutural. O nsSNP TLR3 p.Leu532Pro, foi previsto como deletério à função da proteína por todos os algoritmos. TLR4 p.Leu452Arg e TLR7 p.Leu179Arg, além de terem sido previstos como deletérios pela maioria dos algoritmos, foram os nsSNPs que obtiveram maior variação na hidrofobicidade (0,943). Análises em estruturas 3D corroboraram com os resultados dos algoritmos, devido à presença e ao impacto de tais mutações em regiões conservadas, importantes no reconhecimento viral e na dimerização protéica, iniciando a via de sinalização. Os pacientes infectados pelo CHIKV apresentaram diminuição na expressão de IL-18, enquanto um grupo de pacientes apresentou níveis elevados de expressão de IL1-β, e um grupo de pacientes apresentou redução da expressão da citocina, quando comparados aos IS. Valores mais altos de expressão foram encontrados na IL-1β quando comparados à IL-18, havendo diferença estatística significativa de expressão, apesar da expressão de IL-1β e IL-18 ser downregulated. Em nossos resultados a infecção pelo CHIKV em pacientes em fase aguda induziu diminuição na produção de IL-1β e IL-18, moléculas da imunidade inata transcritas por TLRs e ativadas por inflamassomas. Havendo correlação regular positiva entre os genes IL-1β e IL-18 e o gênero dos pacientes, onde níveis de IL-1β são menores em mulheres e níveis de IL-18 são maiores em mulheres, e correlação positiva entre as expressões de IL-1β e IL-18 e a idade dos pacientes, onde níveis mais baixos de expressão de IL-1β e níveis mais altos de expressão de IL-18 estão associados à idades mais avançadas. CONCLUSÃO: Através do nosso estudo, descobrimos polimorfismos que podem ter alta correlação com doenças causadas por infecções virais, podendo atuar como potenciais biomarcadores prognósticos, e citocinas que podem ter correlação com a febre Chikungunya, sendo considerados bom marcadores para o direcionamento terapêutico.
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Dentre os principais tipos de patologias virais descritas como epidemias estão as infecções ocasionadas pelos vírus da Dengue (DENV), Chikungunya (CHIKV) e Zika (ZIKV). A infecção pelo CHIKV causou grande impacto a saúde pública devido a presença de sintomas altamente debilitantes como, inflamações nas articulações que podem durar meses ou anos. A inflamação induzida pela infecção viral está associada a moléculas da imunidade inata, maspouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos na patogênese da infecção, não estando eles totalmente elucidados. OBJETIVO: Avaliar polimorfismos em Receptores Toll-Like (TLRs) associados à infecções virais e avaliar a expressão gênica de citocinas induzidas em pacientes infectados pelo vírus Chikungunya. METODOLOGIA: Através do banco de dados de previsão funcional não sinônimo (dbNSFP) coletamos dados de SNPs não sinônimos (nsSNPs) presentes em TLRs (TLR3, 4, 7, 8, 9 e 10) e realizamos uma análise computacional preditiva de impactos funcionais dos nsSNPs nos TLRs através de 16 algoritmos. Ferramentas para previsão de danos estruturais nas proteínas após a mutação também foram utilizados. Adicionalmente, neste estudo, níveis de expressão das citocinas IL-1β, IL-10, IL-18 e IFN-β foram avaliados, por PCR em tempo real, em sangue total de pacientes na fase aguda da infecção por CHIKV (n=43) e de indivíduos saudáveis (IS), não infectados (n=13) utilizados como grupo controle. RESULTADOS: Treze nsSNPs foram encontrados com alto impacto funcional/estrutural. O nsSNP TLR3 p.Leu532Pro, foi previsto como deletério à função da proteína por todos os algoritmos. TLR4 p.Leu452Arg e TLR7 p.Leu179Arg, além de terem sido previstos como deletérios pela maioria dos algoritmos, foram os nsSNPs que obtiveram maior variação na hidrofobicidade (0,943). Análises em estruturas 3D corroboraram com os resultados dos algoritmos, devido à presença e ao impacto de tais mutações em regiões conservadas, importantes no reconhecimento viral e na dimerização protéica, iniciando a via de sinalização. Os pacientes infectados pelo CHIKV apresentaram diminuição na expressão de IL-18, enquanto um grupo de pacientes apresentou níveis elevados de expressão de IL1-β, e um grupo de pacientes apresentou redução da expressão da citocina, quando comparados aos IS. Valores mais altos de expressão foram encontrados na IL-1β quando comparados à IL-18, havendo diferença estatística significativa de expressão, apesar da expressão de IL-1β e IL-18 ser downregulated. Em nossos resultados a infecção pelo CHIKV em pacientes em fase aguda induziu diminuição na produção de IL-1β e IL-18, moléculas da imunidade inata transcritas por TLRs e ativadas por inflamassomas. Havendo correlação regular positiva entre os genes IL-1β e IL-18 e o gênero dos pacientes, onde níveis de IL-1β são menores em mulheres e níveis de IL-18 são maiores em mulheres, e correlação positiva entre as expressões de IL-1β e IL-18 e a idade dos pacientes, onde níveis mais baixos de expressão de IL-1β e níveis mais altos de expressão de IL-18 estão associados à idades mais avançadas. CONCLUSÃO: Através do nosso estudo, descobrimos polimorfismos que podem ter alta correlação com doenças causadas por infecções virais, podendo atuar como potenciais biomarcadores prognósticos, e citocinas que podem ter correlação com a febre Chikungunya, sendo considerados bom marcadores para o direcionamento terapêutico.
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IOLANDA MATIAS GOMES
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AVALIAÇÃO DO PAPEL DAS SIRTUÍNAS NO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E NA RESISTÊNCIA A QUIMIORADIOTERAPIA
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Orientador : DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
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MEMBROS DA BANCA :
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DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
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JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
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FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
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JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
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MARIA DE MASCENA DINIZ MAIA
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Data: 29/10/2021
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O câncer do Colo do Útero é o quarto tipo em incidência nas mulheres em todo mundo, sendo responsável por mais de 700.000 casos ao ano. Desses, cerca de metade morrerão da doença, sobretudo mulheres que vivem em regiões com baixos índices de desenvolvimento. Após o agravo dessa situação no cenário da Pandemia do COVID-19, a Organização Mundial da Saúde, em novembro de 2020, passa a considerar esse tumor como um problema da saúde pública mundial, e lança estratégias para sua eliminação nestas populações até 2030. Neste enfrentamento reduzir mortes de quem já está com a doença é um desafio urgente. Uma das causas dessas mortes é a falha do tratamento, notadamente a existência de tumores radiorresistentes. Diferentes moléculas podem estar envolvidas nesta resistência, sendo algumas delas parte da regulação epigenética da célula. As sirtuínas são uma família de enzimas que atuam em diversos processos celulares, como no apoptose. Sua participação na tumorigênese chama atenção por serem apontadas como potencial alvo molecular terapêutico. Este trabalho teve por objetivo estudar a radiorresistência através das alterações moleculares, com foco no papel das SIRT1 e SIRT5 neste processo. Amostras de biópsia de tecido tumoral, obtidas de pacientes tratadas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, de 2018 e 2019, foram coletadas e avaliadas antes de serem submetidas à radioterapia associada à quimioterapia como tratamento exclusivo. Durante esse tempo foi observado e registrado os casos cujo tratamento foi ineficaz, a presença de fatores de mau prognóstico conhecidos e a expressão das sirtuinas nas amostras tumorais. Os achados reforçam o potencial das SIRT1 e SIRT5 como marcador de prognóstico, em especial da SIRT1.
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O câncer do Colo do Útero é o quarto tipo em incidência nas mulheres em todo mundo, sendo responsável por mais de 700.000 casos ao ano. Desses, cerca de metade morrerão da doença, sobretudo mulheres que vivem em regiões com baixos índices de desenvolvimento. Após o agravo dessa situação no cenário da Pandemia do COVID-19, a Organização Mundial da Saúde, em novembro de 2020, passa a considerar esse tumor como um problema da saúde pública mundial, e lança estratégias para sua eliminação nestas populações até 2030. Neste enfrentamento reduzir mortes de quem já está com a doença é um desafio urgente. Uma das causas dessas mortes é a falha do tratamento, notadamente a existência de tumores radiorresistentes. Diferentes moléculas podem estar envolvidas nesta resistência, sendo algumas delas parte da regulação epigenética da célula. As sirtuínas são uma família de enzimas que atuam em diversos processos celulares, como no apoptose. Sua participação na tumorigênese chama atenção por serem apontadas como potencial alvo molecular terapêutico. Este trabalho teve por objetivo estudar a radiorresistência através das alterações moleculares, com foco no papel das SIRT1 e SIRT5 neste processo. Amostras de biópsia de tecido tumoral, obtidas de pacientes tratadas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, de 2018 e 2019, foram coletadas e avaliadas antes de serem submetidas à radioterapia associada à quimioterapia como tratamento exclusivo. Durante esse tempo foi observado e registrado os casos cujo tratamento foi ineficaz, a presença de fatores de mau prognóstico conhecidos e a expressão das sirtuinas nas amostras tumorais. Os achados reforçam o potencial das SIRT1 e SIRT5 como marcador de prognóstico, em especial da SIRT1.
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JOANA DARC ROZENDO DOS SANTOS
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MECANISMOS GENÉTICOS E EPIGENÉTICOS ENVOLVIDOS NA REGULAÇÃO DO ESTRESSE OXIDATIVO NO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E NO CÂNCER DE MAMA
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Orientador : DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
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MEMBROS DA BANCA :
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ANGELA CASTOLDI DE ALBUQUERQUE
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DANYELLY BRUNESKA GONDIM MARTINS
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PRISCILA GUBERT
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JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
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PAULO ROBERTO ELEUTERIO DE SOUZA
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Data: 21/12/2021
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O câncer do colo do útero foi o quarto mais frequente em todo o mundo, enquanto o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres no mundo. Evidências abrangentes revelam um papel crucial de fatores epigenéticos, como sirtuínas (SIRTs) e microRNAS (miRNAs) como também o estresse oxidativo (EO) no contexto de resistência terapêutica. O objetivo desse estudo foi identificar genes e moléculas envolvidas nos mecanismos epigenéticos com potencial para serem usados como alvos terapêuticos. O estudo caso-controle com 144 mulheres por genotipagem dos três polimorfismos do óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) (-786T> C, 894G> T e VNTR 4 b/a) pelo método polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição por reação em cadeia da polimerase (PCR-RLFP) de amostras de sangue periférico. Nos trabalhos de revisão, realizou-se uma busca na literatura e em bancos de dados de genes envolvidos no EO e em mecanismos epigenéticos, relação com resistência a quimioterapia ou radioterapia no câncer cervical e de mama, como também os respectivos miRNAs reguladores. Os polimorfismos eNOS -786T> C e 894G> T não mostraram significância para infecção por HPV ou ocorrência de SIL. Distribuições genotípicas e alélicas de VNTR 4b/a também não foram significativas para infecção por HPV ou presença de SIL. Os resultados evidenciam destaque para os genes Sirtuinas 1 e 2 (SIRT1 e 2), proapoptotic B-cell lymphoma 2-associated X (BAX), [ECH]-associated protein 1 (KEAP1), Nuclear factor (erythroid-derived 2) - like 2 (NRF2), glutathione S-Transferase (GSTs), taxane-resistance protein (TXR1), superoxide dismutase 2 e 3 (SOD2 e SOD3), B cell lymphoma 2 (BCL-2), Muscleblind-like 1 (MBNL1) e multidrug resistance-associated protein 1 e 2 (ABBC1 e ABCC2). SODs, catalase (CAT) e glutaminase (GLS) apresentam um papel forte no contexto de estresse oxidativo do câncer de mama e foram encontrados miRNA que atuam de forma importante sobre esses genes. Os polimorfismos da eNOS avaliados não foram associados a SIL ou infecção por HPV na população recrutada, porém eNOS parece ser um gene candidato importante, e outros estudos em larga escala em diferentes etnias podem contribuir para elucidar seu papel na carcinogênese cervical. A superexpressão de genes do estresse oxidativo em casos de câncer cervical resistentes aos quimioterápicos comumente utilizados, indicam que podem ser alvos terapêuticos a resultar na recuperação da sensibilidade ao tratamento. 17 miRNAs que apresentam potencial para serem validados como biomarcadores preditivos e alvos terapêuticos em pacientes com câncer de mama. Estudos mais aplicados avaliando moléculas inibidoras desses genes são necessários.
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O câncer do colo do útero foi o quarto mais frequente em todo o mundo, enquanto o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres no mundo. Evidências abrangentes revelam um papel crucial de fatores epigenéticos, como sirtuínas (SIRTs) e microRNAS (miRNAs) como também o estresse oxidativo (EO) no contexto de resistência terapêutica. O objetivo desse estudo foi identificar genes e moléculas envolvidas nos mecanismos epigenéticos com potencial para serem usados como alvos terapêuticos. O estudo caso-controle com 144 mulheres por genotipagem dos três polimorfismos do óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) (-786T> C, 894G> T e VNTR 4 b/a) pelo método polimorfismo de comprimento de fragmento de restrição por reação em cadeia da polimerase (PCR-RLFP) de amostras de sangue periférico. Nos trabalhos de revisão, realizou-se uma busca na literatura e em bancos de dados de genes envolvidos no EO e em mecanismos epigenéticos, relação com resistência a quimioterapia ou radioterapia no câncer cervical e de mama, como também os respectivos miRNAs reguladores. Os polimorfismos eNOS -786T> C e 894G> T não mostraram significância para infecção por HPV ou ocorrência de SIL. Distribuições genotípicas e alélicas de VNTR 4b/a também não foram significativas para infecção por HPV ou presença de SIL. Os resultados evidenciam destaque para os genes Sirtuinas 1 e 2 (SIRT1 e 2), proapoptotic B-cell lymphoma 2-associated X (BAX), [ECH]-associated protein 1 (KEAP1), Nuclear factor (erythroid-derived 2) - like 2 (NRF2), glutathione S-Transferase (GSTs), taxane-resistance protein (TXR1), superoxide dismutase 2 e 3 (SOD2 e SOD3), B cell lymphoma 2 (BCL-2), Muscleblind-like 1 (MBNL1) e multidrug resistance-associated protein 1 e 2 (ABBC1 e ABCC2). SODs, catalase (CAT) e glutaminase (GLS) apresentam um papel forte no contexto de estresse oxidativo do câncer de mama e foram encontrados miRNA que atuam de forma importante sobre esses genes. Os polimorfismos da eNOS avaliados não foram associados a SIL ou infecção por HPV na população recrutada, porém eNOS parece ser um gene candidato importante, e outros estudos em larga escala em diferentes etnias podem contribuir para elucidar seu papel na carcinogênese cervical. A superexpressão de genes do estresse oxidativo em casos de câncer cervical resistentes aos quimioterápicos comumente utilizados, indicam que podem ser alvos terapêuticos a resultar na recuperação da sensibilidade ao tratamento. 17 miRNAs que apresentam potencial para serem validados como biomarcadores preditivos e alvos terapêuticos em pacientes com câncer de mama. Estudos mais aplicados avaliando moléculas inibidoras desses genes são necessários.
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