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Dissertações |
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EDUARDO HENRIQUE BRENNAND DORNELAS CAMARA
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"Quer conciliar? Uma análise da política pública de tratamento adequado de conflitos na Justiça do Trabalho”
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Orientador : ARTHUR LEANDRO ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ARTHUR LEANDRO ALVES DA SILVA
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ERNANI RODRIGUES DE CARVALHO NETO
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SERGIO TORRES TEIXEIRA
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Data: 21/01/2025
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A utilização de métodos adequados para tratamento de disputas e resolução de conflitos, a exemplo do modelo da Justiça Multiportas, é uma tendência global alinhada à Agenda 2030 da ONU. No Brasil, a Resolução CNJ 125/2010 instituiu a política pública de tratamento adequado de conflitos para o Poder Judiciário, sendo a Resolução 174/2016 específica para a Justiça do Trabalho. Os Centros Judiciários de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (CEJUSCs) são os principais instrumentos para a implementação dessa política pública. Este estudo, empregando uma abordagem multimeios, avaliou o impacto dessa Política no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) no período de 2016 a 2023, analisando dados estatísticos, realizando entrevistas e avaliando os ciclos de criação e funcionamento dos CEJUSCs. Os resultados da pesquisa indicam uma aparente estagnação do índice geral de conciliação, levantando questionamentos sobre a adequação da métrica utilizada para avaliar os resultados. Além disso, os achados sugerem que o foco em critérios quantitativos, como a criação de mais CEJUSCs e a realização de um grande volume de audiências, pode ser inadequado para incrementar o índice de conciliação. A pesquisa ainda destaca a importância da formação especializada dos magistrados para garantir a efetividade do uso dos métodos autocompositivos para o tratamento e resolução de conflitos. Com base nos achados da pesquisa, como forma de aprimorar a adoção e implementação desta Política Pública, propõe-se a revisão da métrica de cálculo do índice de conciliação, a realização de análises qualitativas de processos com maior potencial de conciliação e o estímulo à adesão dos magistrados nos programas de formação continuada na área de métodos consensuais.
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O objetivo desta pesquisa é analisar o contexto histórico de criação e desenvolovimento da política ´pública de tratamento adequado de conflitos pelo CNJ, estabelecida em 2010 por meio da Resolulção 125, que destacou "cabe ao Judiciário estabelecer política pública de tratamento adequado dos problemas jurídicos e dos conflitos de interesses, que ocorrem em larga e crescente escala na sociedade, de forma a organizar, em âmbito nacional, não somente os serviços prestados nos processos judiciais, como também os que possam sê-lo mediante outros mecanismos de solução de conflitos, em especial dos consensuais, como a mediação e a conciliação;” A partir de 2016 com a edição da Resolução 174 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho esta Política Pública passou a ser adotada especificamente para a Justiça do Trabalho, importando na adequação de sua estrutura funcional mediante a centralização de estruturas judiciárias especializadas na solução consensual de disputas, com a criação dos Centros de Conciliação e dos Núcleos Permanentes de Solução Consensual de Conflitos, sendo um ´prgão executor e o outro gestor da "Política JudiciáriaNacional de tratamento das disputas de interesses trabalhistas para assegurar a todos o direito à solução das disputas por meios adequados à sua natureza, peculiaridade e características socioculturais de cada Região." Pretende-se avaliar se a criação, estruturação e o funcionamento dos Centros de Conciliação (CEJUSC) no período de 2017 a 2023, incrementou o coeficiente geral de conciliação do TRT6.
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LEANDRO TEIXEIRA SANTIAGO
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O QUE COMUNICA O OFICIAL DE JUSTIÇA DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO? Uma avaliação da política pública judiciária de Linguagem Simples no cumprimento dos mandados.
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Orientador : FLAVIA DANIELLE SANTIAGO LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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FLAVIA DANIELLE SANTIAGO LIMA
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JAIRO NEIA LIMA
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JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO
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Data: 03/02/2025
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Como a política de linguagem simples tem afetado a pessoa que busca a Justiça do Trabalho de Pernambuco? Por meio das percepções de trabalho do Oficial de Justiça do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), durante o cumprimento dos mandados, avaliou-se a política pública judiciária de linguagem simples, implementada pela Recomendação 144/2023, pelo Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples, ambos do Conselho Nacional de Justiça, bem como pelo TRT6, no contexto regional. Para isso, a pesquisa utilizou-se da combinação de abordagens quantitativa e qualitativa, com apoio ainda na abordagem exploratória, utilizando o método hipotético-dedutivo, que permitiu a construção de hipóteses, as quais foram submetidas a testes empíricos. Inicialmente, implantou-se um banco de dados original, criado a partir da aplicação de um Questionário Eletrônico destinado aos oficiais de justiça do TRT6, com perguntas sobre: i) demografia; ii) percepções sobre o ambiente de trabalho; iii) percepções sobre a comunicação; iv) percepções sobre a política judiciária de linguagem simples. De forma adicional, foram realizadas entrevistas semiestruturadas para aprofundar e especificar os resultados obtidos com a análise de dados do Questionário. Os resultados indicam que o direcionamento da política judiciária de linguagem simples no contexto regional foi considerado fraco e ineficiente. A eficácia é um tanto limitada, por falta de resultados concretos na realidade visível dos jurisdicionados; O impacto é ínfimo a curto e médio prazo, pois até o presente momento não se observam transformações diretas na comunicação com os jurisdicionados; A equidade se encontra prejudicada, uma vez que não foi implementada de modo a tratar os iguais e os diferentes, e nem apresenta resultados em grupos mais vulneráveis; E a aceitabilidade é fraca, pois sequer é conhecida por uma ampla maioria dos trabalhadores. Concluiu-se que o TRT6 precisa implementar medidas que atenuem as dificuldades no exercício da atividade do Oficial de Justiça, que lida diariamente com situações complexas e sensíveis, devendo oferecer ainda o suporte necessário para que esse profissional possa desempenhar suas funções com dignidade e bem-estar, a fim de que a atuação eficiente do Oficial de Justiça garanta que a Justiça do Trabalho se concretize de forma justa na realidade dos jurisdicionados trabalhistas.
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O objetivo principal desta pesquisa é avaliar a qualidade da comunicação no cumprimento dos mandados judiciais pelo oficial de justiça no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6). Como se traduz um mandado judicial para os mais diversos atores processuais? Na alçada do Poder Judiciário, há um ascendente esforço para aprimorar a comunicação entre os órgãos judiciais e a sociedade, com especial destaque aos atos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobretudo na implementação do programa “Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples”, que é uma política pública essencialmente judiciária. Curiosamente, o oficial de justiça não é citado neste documento do CNJ, muito menos foi consultado pelo referido órgão do Judiciário quando da elaboração do “Pacto”. Em que pese esse ato administrativo ter como objetivo principal o de adotar linguagem simples, direta e compreensível a todas as pessoas, na comunicação geral com a sociedade, e ter como justificativa a necessidade de garantia do acesso à justiça, nada de concreto foi colocado para aquele cuja realidade prática do exercício da função corresponde exatamente ao objetivo e à justificativa do Programa: o de se comunicar de forma efetiva para garantir o acesso à justiça. O exemplo mais concreto possível é o do cumprimento de um mandado judicial, ontologia do oficial de justiça. Metodologicamente, a pesquisa será qualitativa. O trabalho partirá da pesquisa exploratória, com o uso do método hipotético-dedutivo, para melhor estruturar a base teórico-científica. Em continuação investigativa, será feita aplicação da técnica de entrevistas semiestruturadas, a serem direcionadas a 10 (dez) oficiais de justiça do TRT 6, de diferentes áreas/jurisdições de atuação, de modo introdutório à aplicação da técnica shadowing, que permitirá ao investigador o acompanhamento in loco do trabalho dos mesmos oficiais de justiça, culminando na confecção das ferramentas Persona e Mapa de Empatia. Acredita-se ainda que os resultados desta pesquisa serão úteis para aprimorar a política judiciária de linguagem simples no TRT6, em atenção ao Pacto Nacional pela Linguagem Simples, em uma tentativa de aproximar a justiça trabalhista do povo.
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LETICIA FERNANDES DUARTE
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“Análise da percepção das servidoras e magistradas acerca das políticas públicas implementadas para prevenir e combater o assédio sexual no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região"
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Orientador : NATALIA MARIA LEITAO DE MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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IARA AZEVEDO VITELLI VIANA
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MARIANA BATISTA DA SILVA
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NATALIA MARIA LEITAO DE MELO
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Data: 26/02/2025
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Quais as percepções das políticas públicas que estão sendo aplicadas no Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região acerca do combate e prevenção ao assédio sexual? O principal objetivo desta pesquisa é avaliar as percepções das servidoras e magistradas acerca das políticas públicas que estão sendo implementadas contra o combate e prevenção ao assédio sexual no Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região. O problema de pesquisa, assim, envolve um segmento vulnerável que precisa de proteção estatal, sendo imperioso avaliar as políticas públicas que envolvem a problemática do assédio sexual contra servidoras e magistradas e, a partir desse diagnóstico, identificar as percepções positivas e negativas das ações de prevenções aplicadas como políticas públicas no âmbito da administração. A dissertação se utilizou de métodos mistos por meio da coleta de dados comparativos dos atos normativos e resoluções dos Tribunais Regionais do Trabalho de médio porte, bem como também foram enviados questionários para a avaliação da política pública pelas servidoras e magistradas do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região. Os resultados dessa pesquisa serão úteis para fundamentar outros estudos sobre o assunto e para orientar o processo de formulação e implementação de políticas públicas especialmente desenhadas para reduzir o assédio sexual no âmbito da administração pública.
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Qual a percepção das servidoras e magistradas acerca das políticas públicas implementadas para prevenir e combater o assédio sexual no âmbito dos Tribunais Regionais do Trabalho de médio porte? O principal objetivo desta pesquisa é diagnosticar a percepção das servidoras e magistradas acerca das políticas públicas que estão sendo implementadas como forma de combater e prevenir ao assédio sexual nos Tribunais Regionais do Trabalho de médio porte, bem como mapear quais as políticas estão sendo desenvolvidas e quais os regramentos legais que os Tribunais de médio porte estão adotando para atingir a finalidade primordial de combater o assédio no âmbito da administração pública. O problema de pesquisa, assim, envolve um segmento vulnerável que precisa de proteção estatal, sendo imperioso investigar as políticas públicas que envolvem a problemática do assédio sexual contra servidoras e magistradas no âmbito dos Tribunais do Trabalho de médio porte e, a partir desse diagnóstico, identificar se tais ações de prevenções aplicadas como políticas públicas têm uma percepção positiva sob a ótica das servidoras e magistradas. A partir de uma pesquisa sobre essas políticas desenvolvidas coletadas junto aos Tribunais Regionais do Trabalho de médio porte, além da análise dos normativos que regulamentam as ações praticadas, será possível fazer um diagnóstico da percepção das servidoras e magistradas sobre o funcionamento dessas políticas públicas de combate e prevenção ao assédio sexual. Acreditamos que os resultados dessa pesquisa serão úteis para orientar o processo de formulação e implementação de políticas públicas especialmente desenhadas sobre a ótica positiva ou negativa das percepções do grupo vulnerável, facilitando na identificação de ações eficazes na redução dos casos de assédio sexual no âmbito da administração pública.
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NELMA RAMOS MACIEL QUAIOTTI
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ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE PERNAMBUCO COMO NEGOCIADOR EM POLÍTICAS PÚBLICAS
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Orientador : LEON VICTOR DE QUEIROZ BARBOSA
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MEMBROS DA BANCA :
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LEON VICTOR DE QUEIROZ BARBOSA
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REBECCA BIANCA DE MELO MAGALHAES BRASILEIRO
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TASSIANA MOURA DE OLIVEIRA
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Data: 27/02/2025
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Este trabalho tem como objetivo analisar os obstáculos à negociação envolvendo políticas públicas no âmbito do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A pesquisa foi realizada por meio de um levantamento (survey) com membros da instituição, investigando percepções e desafios em torno da prática de negociação em políticas públicas. O questionário estruturado foi aplicado online, de forma anônima e voluntária, e incluiu perguntas fechadas em escala Likert e perguntas abertas. Esperava-se que as respostas às perguntas abertas indicassem uma relação entre as dificuldades na adoção da negociação e dois fatores: (I) a estrutura de pessoal e (II) o volume de processos, no sentido de que a falta de pessoal e o excesso de processos dificultariam o uso desse método. No entanto, os resultados da pesquisa não trouxeram confirmações para essas hipóteses. Os resultados indicam que os obstáculos à adoção da negociação estão mais relacionados a aspectos institucionais e culturais do que a fatores como equipe reduzida ou excesso de atividades. Muitos respondentes mencionaram que a negociação não se aplica à sua área de atuação, enquanto outros apontaram a falta de capacitação como um fator limitante, indicando a necessidade de treinamento específico. Esses achados sugerem que as dificuldades se concentram mais em questões institucionais e culturais do que em limitações de pessoal ou carga de trabalho. Espera-se que esses resultados contribuam para o planejamento estratégico do MPPE e para a ampliação da atuação dos seus membros como negociadores em políticas públicas, especialmente quando a negociação é identificada como uma solução mais adequada para a resolução do conflito, problema ou controvérsia.
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O principal objetivo deste trabalho é analisar a correlação entre a prática do método autocompositivo da negociação pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em sua atuação como indutor de políticas públicas, e o resultado mais rápido e eficaz para a sociedade. Através de uma pesquisa de survey a ser encaminhada para os 445 membros do MPPE , no período entre 01 de maio e 31 de julho/2023, será testada a hipótese de que quanto maior a atuação do Ministério Público como negociador na indução de políticas públicas, maior será a percepção dos membros em relação à eficácia da negociação. Metodologicamente, o desenho de pesquisa utiliza análise estatística, pesquisa survey com utilização da escala de Likert, auto aplicada, on line, sem identificação, com análise descritiva das respostas e possibilidade de respostas livres nas hipóteses em que as apresentadas não forem satisfatórias para os respondentes. Acreditamos que o resultado dessa pesquisa será útil como diagnóstico do perfil do Ministério Público pernambucano na indução de políticas públicas através da negociação.
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THAIS SENA LIMA
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JUSTIÇA 4.0: SEREMOS SUBSTITUÍDOS POR ROBÔS? O impacto do uso efetivo das automações nas rotinas de secretaria
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Orientador : HUGO AUGUSTO VASCONCELOS MEDEIROS
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MEMBROS DA BANCA :
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ERNANI RODRIGUES DE CARVALHO NETO
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HUGO AUGUSTO VASCONCELOS MEDEIROS
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SERGIO TORRES TEIXEIRA
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Data: 18/03/2025
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A transformação digital, impulsionada pela informatização e automação, tem remodelado os processos judiciais, especialmente nas rotinas de secretaria do Judiciário. Este estudo examina os impactos do uso da automação, avaliando os benefícios em termos de tempo e trabalho e propondo métodos para uma cultura organizacional que valorize o uso dessas tecnologias. Além disso, investiga-se como a automação influencia diferentes perfis de servidores, considerando fatores como tempo de serviço, familiaridade com tecnologia e desafios relacionados ao etarismo no ambiente de trabalho. A pesquisa busca responder à seguinte questão: quais são os impactos da automação nas rotinas de secretaria das Varas do Trabalho, especialmente no que diz respeito à eficiência e qualidade do trabalho? A justificativa para este estudo está na relevância do uso de robôs digitais (RPA) em substituição a tarefas repetitivas. É preciso investigar os efeitos dessas inovações, especialmente em um contexto onde a transformação digital é acelerada pela necessidade de respostas judiciais mais rápidas e eficientes. Para a realização desta pesquisa, utilizou-se o método hipotético-dedutivo, combinando análise qualitativa e quantitativa. Foram analisados artigos científicos, doutrinas, legislações e conceitos específicos, além da coleta de dados por meio de surveys e entrevistas. Além da eficiência operacional, dentre outros, o etarismo mostrou-se um componente essencial para a compreensão do fenômeno, tendo sido citado de forma recorrente. Os resultados incluem a identificação das principais ferramentas,seus impactos e a proposição de métodos eficazes para a disseminação do uso, contribuindo para uma justiça mais rápida e eficiente. A pesquisa confirmou a hipótese de que a automação nas rotinas de secretaria resultaria em uma redução no tempo despendido, permitindo aos servidores focarem em atividades de maior complexidade e valor agregado. No entanto, os achados também indicam que a adoção dessas tecnologias enfrenta desigualdades na adaptação, especialmente entre os profissionais mais experientes, o que reforça a necessidade de políticas de capacitação inclusivas. Em conclusão, a pesquisa fornece uma análise sobre o impacto das automações nas rotinas de secretaria das Varas do Trabalho, propondo soluções para a integração eficaz dessas tecnologias e promovendo uma cultura de inovação e eficiência no judiciário. Além disso, destaca a importância de estratégias para mitigar barreiras geracionais e desafios relacionados ao etarismo, assegurando que a modernização digital seja acessível e benéfica a todos os servidores.
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A transformação digital, impulsionada pela informatização e automação, tem remodelado significativamente os processos judiciais, especialmente nas Varas do Trabalho. Desde a implementação do Processo Judicial Eletrônico (PJe) houve ganhos notáveis em termos de eficiência e redução de esforços manuais. Este estudo examina os impactos do uso de automação das rotinas de secretaria, avaliando os benefícios em termos de tempo e trabalho, e propondo métodos para uma cultura organizacional que valorize o uso dessas tecnologias. A pesquisa visa responder à pergunta: quais são os impactos da automação nas rotinas de secretaria das Varas do Trabalho, especialmente no que diz respeito à eficiência e qualidade do trabalho? A justificativa para este estudo está na relevância do uso de robôs digitais (RPA) em substituição a tarefas repetitivas. Com o advento do Programa Justiça 4.0, que promove o uso de novas tecnologias e inteligência artificial, é crucial investigar os efeitos dessas inovações nas rotinas diárias dos servidores, especialmente em um contexto onde a transformação digital é acelerada pela necessidade de respostas judiciais mais rápidas e eficientes. Para a realização desta pesquisa, será utilizado o método hipotético-dedutivo, combinando análise qualitativa e quantitativa. Serão analisados artigos científicos, doutrinas, legislações e conceitos específicos, além de uma coleta de dados empíricos por meio de surveys e entrevistas com servidores da Justiça do Trabalho da Sexta Região. A amostra será composta por servidores com e sem treinamento em automação, permitindo uma análise comparativa do impacto dessas ferramentas. Os resultados esperados incluem a identificação das principais ferramentas de automação em uso, avaliação de seus impactos na eficiência das rotinas de secretaria e a proposição de métodos eficazes para a disseminação dessas práticas, contribuindo para uma justiça mais rápida e eficiente. Partindo da hipótese de que a automação nas rotinas de secretaria resultará em uma redução significativa no tempo despendido em tarefas repetitivas, permitindo aos servidores focarem em atividades de maior complexidade e valor agregado, otimizando assim os processos internos e melhorando a prestação jurisdicional. Em conclusão, a pesquisa pretende fornecer uma análise aprofundada sobre o impacto das automações nas rotinas de secretaria das Varas do Trabalho, propondo soluções para a integração eficaz dessas tecnologias e promovendo uma cultura de inovação e eficiência no judiciário.
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ANA CLÁUDIA DE SOUZA MELO
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SUSTENTABILIDADE DAS AUTOGESTÕES EM SAÚDE: UMA ANÁLISE DA RESOLUTIVIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA IMPLEMENTAÇÃO DO TRT6 SAÚDE
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Orientador : FLAVIA DANIELLE SANTIAGO LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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FLAVIA DANIELLE SANTIAGO LIMA
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MARIANA BATISTA DA SILVA
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MICHELLE VIEIRA FERNANDEZ DE OLIVEIRA
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Data: 27/03/2025
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Esta pesquisa tem como objetivo analisar a resolutividade da Clínica de Atenção Primária do TRT6
Saúde e sua contribuição para a sustentabilidade das Autogestões em Saúde. O Programa de
Autogestão em Saúde do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região, denominado TRT6 Saúde, tem por finalidade assegurar assistência de forma indireta aos seus beneficiários titulares, dependentes
e agregados, promovendo a implantação progressiva de benefícios, conforme disponibilidade
orçamentária e financeira. Diante disso, o modelo de Atenção Primária à Saúde, por corresponder à porta de entrada para um cuidado integrado e gestão coordenada da rede de atendimento, centrado nas necessidades dos pacientes, na resolutividade, na integralidade do cuidado e na longitudinalidade, apresenta-se como solução para a melhoria da assistência e promoção da saúde aos beneficiários do TRT6 Saúde, bem como para o controle dos custos assistenciais. O método de pesquisa utilizado foi um estudo de caso, descritivo e observacional, utilizando uma amostra de 251 participantes. Dados foram coletados por meio de questionários eletrônicos autopreenchidos contendo os seguintes domínios: Questionário sobre o perfil social e vínculo com o TRT6 Saúde e Questionário sobre a Percepção dos Beneficiários do TRT6 Saúde. Na análise dos dados foram utilizados testes estatísticos de Mann- Whitney e Kruskal-Wallis com nível de significância de 5%. Os resultados demonstram que a maioria dos
participantes tem entre 40 e 59 anos (60,6%), predominância do sexo feminino (57,0%), possui
especialização (53,4%), são casados (59,4%), tendo a maioria dos pesquisados (86,1%) vínculo como
titular com o TRT6 Saúde. As questões melhor avaliadas incluem: a) atenção dos profissionais às
preocupações dos pacientes (47,4% "muito satisfeito"), b) facilidade de agendamento (45,4%) e c)
competência técnica dos profissionais (43,4%).Quanto à percepção do autocuidado, os resultados demonstram que apenas 32,3% dos participantes relatam aumento do autocuidado após o atendimento na clínica, enquanto 35,9% não sabem opinar, o que sugere uma oportunidade para reforçar estratégias educativas em saúde. Por fim, os dados revelam uma satisfação geral elevada com o atendimento (75,1%). Como conclusão desta pesquisa, temos que a satisfação do beneficiário é um fator muito
importante para o alcance da resolutividade da Atenção Primária à Saúde, sendo este modelo de
atenção, fundamental para o alcance da sustentanbilidade na saúde suplementar e implementação de políticas públicas mais efetivas.
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Este estudo pretende analisar os pontos relevantes que conferem resolutividade à Atenção Primária à Saúde na perspectiva de implementação nas Autogestões em Saúde do segmento público e privado, subsidiando os gestores quanto à compreensão de suas práticas para a melhoria da assistência, promoção da saúde e controle dos custos assistenciais aos beneficiários. A população pesquisada será os beneficiários pertencentes ao Programa de Autogestão em Saúde do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região – TRT6 Saúde, com os devidos critérios de inclusão e exclusão, e amostra pertinente ao desenho do estudo. Como hipótese, tem-se que a Atenção Primária à Saúde ao centrar suas ações nas reais necessidades dos seus beneficiários, integrando seus serviços com a rede secundária e terciária, contribui para a satisfação e adesão efetiva às linhas de cuidado em saúde, além de reduzir custos médico-hospitalares desnecessários. Trata-se de um estudo de caso multimétodo com ênfase qualitativa, incorporando técnicas quantitativas para tratamento dos dados coletados, onde serão analisados os relatórios mensais da clínica de Atenção Primária à Saúde do TRT6 Saúde, e qualitativamente, serão aferidos a percepção dos beneficiários da clínica, através da aplicação survey semiestruturado. Assim os resultados encontrados serão úteis para fundamentar a importância deste modelo de atenção na saúde suplementar, subsidiando a formatação de uma cartilha que contribua para ampliar a sustentabilidade das Autogestões em Saúde.
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LUCAS DE MOURA CRONEMBERGER
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As reclamações pré-processuais no Tribunal Regional do Trabalho da 6a Região
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Orientador : HUGO AUGUSTO VASCONCELOS MEDEIROS
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDREA QUIRINO STEINER
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BRUNO NUNES GUEDES
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HUGO AUGUSTO VASCONCELOS MEDEIROS
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Data: 28/03/2025
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Esta dissertação investiga os fatores que estimulam e desestimulam a adesão às Reclamações Pré-Processuais (RPP) no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 6a Região (TRT6). As RPP representam um instrumento de mediação facultativa implementado pela Justiça do Trabalho, visando estimular a solução consensual de conflitos antes do ajuizamento de uma reclamação trabalhista. A pesquisa adotou metodologia mista, combinando análise quantitativa de dados extraídos do sistema e-Gestão e do Processo Judicial Eletrônico (PJe) de 610 RPP registradas no TRT6 entre 2023 e 2024, entrevistas semiestruturadas com magistrados e servidores dos CEJUSCs, e análise documental dos requerimentos iniciais. Os resultados revelam um crescimento expressivo (174%) no número de RPP, embora ainda representem apenas 0,57% dos casos novos recebidos. Entre os fatores de estímulo, destacam-se: a celeridade (prazo médio de 42,68 dias entre distribuição e primeira audiência); economia de custos (41,8% dos requerimentos sem assistência advocatícia); elevada taxa de conciliação (58,82% nas RPP adequadas); e simplicidade procedimental. Como fatores de desestímulo, identificaram-se: insuficiente divulgação do instituto; resistência dos advogados, que veem o procedimento como ameaça à sua atuação profissional; confusão conceitual com outros procedimentos; e ausência dos grandes litigantes habituais entre os usuários do sistema. A pesquisa revela ainda um perfil específico de usuários (predominantemente pequenos empregadores e trabalhadores domésticos ou da construção civil) e de demandas (principalmente verbas rescisórias, FGTS e anotações na CTPS). Constatou-se também uma concentração geográfica significativa em Caruaru (41,5% das RPP). Conclui-se que as RPP apresentam significativo potencial para a desjudicialização de conflitos trabalhistas, mas sua consolidação depende da superação dos entraves identificados, especialmente aqueles relacionados à divulgação, resistência cultural e operacionalização do instituto.
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As reclamações pré-processuais (RPP) representem classe processual específica destinada à mediação de conflitos não judicializados. Trata-se de procedimento facultativo de aproximação entre potenciais litigantes, mediado em centros especializados, com objetivo de construção de solução pacífica, prevenindo a judicialização da questão. Não obstante a simplicidade do rito e a ausência de risco em caso de insucesso de acordo, dados do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região (TRT6) apontam baixa adoção às RPP (0,084% de casos novos, em 2023). A questão de pesquisa é identificar os fatores que justificam a adoção das reclamações pré-processuais como ferramenta de mediação trabalhista em Pernambuco. A pesquisa pretende adotar abordagem descritiva e exploratória. Serão coletados dados a partir dos relatórios gerenciais emitidos pelo Processo Judicial Eletrônico e pelo Sistema de Gerenciamento de Informações Administrativas e Judiciárias da Justiça do Trabalho, para mapear a quantidade de RPP por ano e por região (unidade jurisdicional), bem como para identificar o perfil das reclamações pré-processuais distribuídas no TRT6. Ainda serão aplicadas entrevistas semi-estruturadas com público interno (juízes e servidores dos núcleos especializados) e externo (partes e advogados) até obtenção, quanto aos últimos, do ponto de saturação das respostas. Espera-se como resultado estabelecer o perfil das partes que adotam o procedimento e sistematizar a percepção dos usuários quanto às dificuldades e aos fatores de estímulo. Em conclusão, a pesquisa pretende contribuir com soluções para impulsionar a adoção das reclamações pré-processuais e, consequentemente, elevar as taxas de conciliação trabalhista no Estado.
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EWERTHON LUIZ ALVES DE ARAÚJO
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Raio-X dos processos sobre acidentes de trabalho no Estado de Pernambuco de 2020 a 2024: uma avaliação de impacto da Resolução Administrativa TRT6 n.º 21/2022
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Orientador : LEON VICTOR DE QUEIROZ BARBOSA
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MEMBROS DA BANCA :
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LEON VICTOR DE QUEIROZ BARBOSA
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FLAVIA DANIELLE SANTIAGO LIMA
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REBECCA BIANCA DE MELO MAGALHAES BRASILEIRO
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Data: 16/04/2025
Ata de defesa assinada:
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Este trabalho tem como objetivo principal estimar o efeito da Resolução Administrativa (RA) do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região (TRT6) n.º 21/2022, a respeito do tempo de tramitação prioritária dos processos que versam sobre acidente de trabalho. A política pública judiciária disciplinou o Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho no TRT6. O estudo busca responder à seguinte questão: O tempo médio de tramitação dos processos sobre acidente de trabalho reduziu após o modelo institucional (policy change) introduzido pela RA TRT6 n.º 21/2022? Metodologicamente, o caráter do estudo é quantitativo. Realizamos o estudo da frequência dos processos distribuídos, no recorte temporal entre 01/08/2020 e 31/07/2024, e finalizados no Primeiro Grau de Jurisdição. Nesse período, através de informações extraídas do sistema e-Gestão (Sistema de Gerenciamento de Informações Administrativas e Judiciárias da Justiça do Trabalho), foram distribuídas 2.458 ações trabalhistas. O mapeamento foi feito através do Raio-X (análise processual) de 524 processos sorteados de forma automatizada. Essa amostra permitiu um nível de confiança de 99% e uma margem de erro de 5%. Adotamos a técnica de estatística descritiva e utilizamos o software R para análise dos dados. Executamos o teste-z, para verificarmos diferenças estatisticamente significativas. Criamos variáveis para robustecer nossa pesquisa, sendo separada a variável dependente (tempo), para ser mensurada com as variáveis independentes (região, solução, perícia e idade do acidentado). Empregamos, ainda, o método de Série Temporal Interrompida (STI), a fim de captar o efeito da RA sobre o fluxo processual pré- intervenção e pós-intervenção. Do total dos processos estudados, 407 processos estavam dentro da nossa linha de pesquisa e os demais foram descartados por inconsistência de informações. O resultado da pesquisa mostrou: I) Antes da intervenção, havia uma tendência crescente no tempo; II) Com a implementação da intervenção da RA n.º 21/2022, houve um aumento abrupto e pontual no tempo de tramitação dos processos; III) Ao longo do período, por sua vez, a tendência de crescimento no tempo de tramitação processual foi revertida, indicando uma regressão contínua de -18,47 dias. No entanto, não podemos sustentar se foi um efeito atribuído especificamente à RA n.º 21/2022, ou seja, outros fatores, somados à intervenção, internos ou externos, podem ter contribuído para a celeridade processual e podem ser objeto de investigação em outros estudos. Por fim, esta pesquisa busca contribuir para criação de indicadores de monitoramento e de avaliação da política pública judiciária de gerenciamento dos processos sobre acidentes de trabalho no âmbito do TRT, além de subsidiar programas e ações pelo GETRIN6.
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O objetivo principal deste estudo é fazer uma avaliação de impacto, a partir da construção de um modelo diff in diff, e suprir a lacuna sobre os resultados da política pública judiciária, implementada pelo Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região, através da Resolução Administrativa (RA) n.º 21 de 08 de Agosto de 2022, que disciplina, no âmbito do Regional, o Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, no tocante à eficiência jurisdicional. A unidade básica para alcançá-lo será explorada pelo estudo de frequência dos processos sobre acidentes de trabalho, distribuídos, no recorte temporal entre 01/08/2020 e 31/07/2024, e finalizados no Primeiro Grau de Jurisdição do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região (TRT6), observando como ocorre a condução desse tipo de ação trabalhista. Como fonte primária, nesse período, através de informações extraídas do sistema e-Gestão (Sistema de Gerenciamento de Informações Administrativas e Judiciárias da Justiça do Trabalho), foram distribuídas 2.458 ações trabalhistas sobre acidentes de trabalho. O mapeamento será feito através do Raio-X (análise processual) de 524 processos. Essa amostra permite um nível de confiança de 99% e uma margem de erro de 5%. A pesquisa irá explorar o método quantitativo, com a finalidade de demonstrar, se a diretriz da eficiência jurisdicional foi atendida, identificando os indicadores de resultado e a relação de causalidade com o modelo institucional (policy change). Com o estudo de frequência dos processos, almeja responder aos seguintes questionamentos: O tempo médio da tramitação dos processos trabalhistas sobre acidentes de trabalho reduziu? Houve um aumento das ações regressivas previdenciárias? Serão analisados, inicialmente, os processos ajuizados entre 01/08/2020 e 31/07/2022, antes do programa criado, e, posteriormente, confrontados com o período de 01/08/2022 a 31/07/2024, a fim de medir o impacto da intervenção, com análise das decisões judiciais, estatística descritiva e séries temporais quanto ao percentual de procedência/improcedência/conciliações das sentenças proferidas, ao valor das indenizações a título de dano moral, ao tempo de tramitação do processo, ao tipo de responsabilidade civil imputada, se houve emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), à modalidade de benefício previdenciário concedido pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e se houve o fomento à regressão previdenciária. A partir desses resultados e explorando como fonte subsidiária o SmartLab (Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho) o desenho de pesquisa tem como objetivo específico criar indicadores de mensuração, de monitoramento e de avaliação da política pública.
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JOSÉ GUSTAVO MORAES DE ALMEIDA
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O Índiice de Efetividade da Gestão Municipal em Educação utilizado pelo Tribunal de Contas de Pernambuco e sua relação com o desepenho do Ensino Publico Municipal.
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Orientador : RICARDO BORGES GAMA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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RICARDO BORGES GAMA NETO
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DALSON BRITTO FIGUEIREDO FILHO
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ERNANI RODRIGUES DE CARVALHO NETO
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CLOVIS ALBERTO VIEIRA DE MELO
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SAULO FELIPE COSTA
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Data: 22/04/2025
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O principal objetivo deste trabalho é testar a associação entre o desempenho da gestão municipal em educação, mensurado pelo I-Educ, uma das dimensões do Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM), adotado pelo Tribunal de Contas de Pernambuco, com os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), nos anos de 2019 e 2021. A variável dependente (VD) do trabalho foi o IDEB e a variável independente (VI) ou explicativa, o I-Educ. O estudo partiu da compreensão do modelo federativo brasileiro, estruturado sob o princípio da descentralização, no qual os entes subnacionais — especialmente os municípios — assumem papel preponderante na oferta da educação infantil e do ensino fundamental. Nesse contexto, o fortalecimento da capacidade de gestão local e o aprimoramento dos mecanismos de controle e avaliação revelam-se determinantes para a efetivação das políticas públicas educacionais fixadas no Plano Nacional de Educação. A metodologia e desenho de pesquisa abordados neste estudo consistiram em análise descritiva da VD e VI, seguida de 6 (seis) regressões para o teste de associação destas variáveis. Como a VI em sua origem é uma variável categórica (os municípios têm notas que os categorizam entre C, C+, B, B + e A), ela foi categorizada em variáveis dummy para realizar o teste de regressão. Foram incluídas variáveis de controle para conter os efeitos espúrios sobre a variável dependente: FUNDEB, população municipal, gastos com educação e o IDHM. Os resultados da pesquisa indicaram haver uma correlação positiva e estatisticamente significativa entre os níveis de efetividade aferidos pelo i-Educ e os desempenhos educacionais mensurados pelo IDEB nos municípios pernambucanos. Tal constatação evidencia que os municípios com melhor avaliação no i-Educ tendem, em média, a apresentar melhores resultados no IDEB, sugerindo que a qualidade da gestão educacional possui impacto relevante sobre o desempenho dos estudantes nas avaliações padronizadas. Esses resultados podem servir para motivar os gestores municipais nas atividades de diagnóstico, monitoramento e avaliação pelo uso de índices e indicadores, fornecendo insumos capazes de orientar a ação pública educacional e promover a governança.
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O presente trabalho de pesquisa parte da seguinte questão: de que maneira a transparência pública influencia a efetividade dos planos municipais de educação (PMEs). Segundo as diretrizes fixadas pelo Plano Nacional de Educação (PNE- 2014-2024), os estados e municípios possuem a tarefa de divulgar periodicamente relatórios de monitoramento e avaliação de suas metas, articuladas com o plano federal, a fim de que se possa aferir o seu cumprimento. Mas, será que existe uma relação entre o nível de transparência pública do município e o seu desempenho na implementação das políticas públicas educacionais? Através de uma metodologia que inclui análise exploratória de dados, consulta a sítios eletrônicos, portais de transparência e análise de correlação, busca-se identificar a relação entre transparência pública e eficácia educacional, com foco em indicadores como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), o Índice de Transparência dos Municípios Pernambucanos (ITM-PE) e o Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM). Quanto aos relatórios de monitoramento e avaliação dos PMEs, dados iniciais revelam uma flutuação significativa de sua divulgação pelos municípios brasileiros, produzidos apenas a partir de 2017 até 2020. Em 2017, houve a maior elaboração de relatórios de monitoramento (1090) em comparação com os de avaliação (501). Já em 2018, mostrou aumento considerável na produção de ambos os tipos de relatórios, mantendo a predominância dos relatórios de monitoramento (1905) sobre os de avaliação (1114). No ano de 2019 houve a produção significativamente reduzida de relatórios de avaliação (48) e monitoramento (51), indicando uma queda geral na atividade de relatórios e em 2020 um ligeiro aumento na produção de relatórios, com números próximos entre relatórios de avaliação (157) e monitoramento (158), sugerindo um equilíbrio relativo entre as atividades de avaliação e monitoramento neste ano. Em Pernambuco, apenas 75 dos seus 184 municípios divulgaram os relatórios de monitoramento, no mesmo período pesquisado. A pesquisa visa ainda contribuir para a criação de critérios que possam aperfeiçoar o Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM) quanto ao subíndice da gestão educacional, o i-Educ, apurado e divulgado pelos Tribunais de Contas, fornecendo uma visão mais ampla sobre a gestão das políticas educacionais nos municípios, podendo servir de subsídio para futuras auditorias especiais.
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LARA PAES BARRETO VIEIRA
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JUSTIÇA DO TRABALHO, POLÍTICA REMUNERATÓRIA E DESIGUALDADE
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Orientador : ANDRE FELIPE CANUTO COELHO
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MEMBROS DA BANCA :
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BRUNO CARAZZA DOS SANTOS
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ANDRE FELIPE CANUTO COELHO
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ERIC MORAES DE CASTRO E SILVA
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ERNANI RODRIGUES DE CARVALHO NETO
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Data: 22/04/2025
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Desde 2018, quando aderiu à Agenda 2030, o Poder Judiciário brasileiro se comprometeu perante a ONU com a redução progressiva das desigualdades. No entanto, recentes modificações na política remuneratória dos Tribunais sugerem que sua elite está se afastando, cada vez mais, da realidade do funcionalismo dos outros poderes. Com foco na Justiça do Trabalho, este trabalho investiga se, após a adesão à Agenda 2030, a política remuneratória deste ramo do Judiciário se tornou menos desigual. O objetivo é verificar se houve variações relevantes no grau de desigualdade na folha de pagamento da Justiça do Trabalho sob uma perspectiva temporal, entre janeiro de 2018 e setembro de 2024, e sob uma perspectiva comparada, considerando os próprios tribunais trabalhistas entre si e a Justiça Federal. Metodologicamente, as desigualdades foram interpretadas a partir de recursos de estatística descritiva, bem como do coeficiente de Gini, dos índices T-Theil e L-Theil, e de razões entre topo e base. Os dados foram coletados a partir dos portais de transparência dos Tribunais. Os resultados revelam um crescimento das desigualdades remuneratórias no período analisado, contrariando o compromisso com a Agenda Global. Foi observada uma enorme heterogeneidade entre as estruturas remuneratórias dos Tribunais do Trabalho, sugerindo que a autonomia administrativa destes deve influenciar, em alguma medida, na configuração da desigualdade salarial, mesmo sob um regime de carreiras unificadas. Além disso, as remunerações médias de magistrados, analistas e técnicos aumentaram em termos reais, mas a distribuição dos ganhos favoreceu desproporcionalmente os segmentos mais bem remunerados, intra e entre classes, evidenciando uma tendência de concentração de renda no topo das carreiras, sobretudo na magistratura. A comparação entre a Justiça do Trabalho e a Justiça Federal, embora não permita expandir conclusões para Tribunais excluídos na análise, demonstrou que as desigualdades se ampliaram ao longo do tempo com uma certa equivalência, se desconsideradas as discrepâncias internas entre os TRTs, mas que a distância entre base e topo, via de regra, tende a ser maior no âmbito trabalhista. A pesquisa contribui para o debate sobre desigualdades no funcionalismo público, com foco na Justiça do Trabalho, evidenciando a importância de ações de divulgação, monitoramento e correção de distorções da política remuneratória intra-institucional, sem afastar a necessidade de reformas mais amplas. Estudos futuros podem aprofundar a investigação sobre a causalidade das desigualdades identificadas e propor mecanismos de equidade salarial mais eficazes.
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Desde 2018, quando aderiu à Agenda 2030 da ONU, o Poder Judiciário brasileiro se comprometeu com a promoção de políticas salariais visando à redução progressiva das desigualdades. No entanto, recentes ações de política remuneratória e discussões sobre reformas administrativas indicam uma possível ampliação das desigualdades remuneratórias entre as carreiras atuantes no Judiciário, de modo a descolar ainda mais a sua elite da realidade do funcionalismo público dos outros poderes. Com foco na Justiça do Trabalho, este trabalho investiga se, após a adesão à Agenda 2030, a política remuneratória deste ramo do Judiciário se tornou menos desigual. O objetivo é verificar se houve variações relevantes no grau de desigualdade remuneratória na folha de pagamento da Justiça do Trabalho sob uma perspectiva temporal, entre janeiro de 2018 e setembro de 2024, e sob uma perspectiva comparada, considerando os próprios tribunais trabalhistas entre si e a Justiça Federal. Metodologicamente, as desigualdades serão interpretadas a partir de recursos de estatística descritiva, bem como do coeficiente de Gini, dos índices T-Theil e L-Theil, da razão entre as rendas médias dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres, e da razão entre as rendas médias dos 20% mais ricos e dos 20% mais pobres. Os dados serão coletados a partir dos portais de transparência dos Tribunais ou via Lei de Acesso à Informação. A pesquisa contribui para o debate sobre desigualdades no funcionalismo público, a fim de subsidiar o desenvolvimento de políticas remuneratórias mais equânimes no âmbito do Judiciário Trabalhista e de ações de divulgação e monitoramento das disparidades remuneratórias nas instituições públicas.
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CYBELLE LUSTOSA DE PAULA MUNIZ DE ARRUDA FALCÃO
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DESCONEXÃO DIGITAL COMO POLÍTICA PÚBLICA PARA A PRESERVAÇÃO DA SAÚDE FÍSICA E MENTAL: Estudo de caso aplicado aos servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região,
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Orientador : MARCELO DE ALMEIDA MEDEIROS
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MEMBROS DA BANCA :
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ERNANI RODRIGUES DE CARVALHO NETO
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FRANCISCO ARRAIS NASCIMENTO
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MARCELO DE ALMEIDA MEDEIROS
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Data: 22/04/2025
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As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) passaram a ocupar papel central no mundo laboral, especialmente com a pandemia da COVID-19, que impulsionou a adoção do teletrabalho. No âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), essa transição intensificou a hiperconectividade dos servidores. A presente pesquisa tem como objetivo diagnosticar o impacto da hiperconectividade na saúde física e mental desses servidores, destacando a importância de políticas públicas de direito à desconexão digital. A hipótese central do estudo é que a ausência de políticas formais de direito à desconexão digital no TRT6 impacta negativamente a saúde física e mental dos servidores, resultando em exaustão, estresse, problemas oculares e dificuldades na separação entre vida profissional e pessoal. Para testar essa hipótese, utilizou-se uma abordagem metodológica qualitativa, baseada em estudo de caso. A pesquisa compreendeu revisão bibliográfica, coleta documental e entrevistas semiestruturadas, anônimas, gravadas e transcritas com os servidores do TRT6. A análise de conteúdo foi realizada por meio de um sistema de codificação e categorização de forma indutiva, validada pela triangulação das fontes e métodos. Os resultados indicam que a hiperconectividade tem efeitos adversos na saúde como um todo, no bem-estar dos servidores, nas relações interpessoais e na separação entre vida profissional e vida pessoal, evidenciando a necessidade de regulamentação do direito à desconexão digital na instituição. Ademais, observa-se que a cultura organizacional do TRT6 carece de mecanismos eficazes para limitar a jornada de trabalho e garantir o descanso adequado dos servidores. Conclui-se que a implementação de políticas públicas de desconexão digital é essencial para proteger a saúde dos trabalhadores e assegurar um ambiente de trabalho equilibrado e sustentável.
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O cenário delineado pela pandemia provocada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), decretada pela Organização Mundial de Saúde, em 11 de março de 2020, fez com que as atividades laborativas fossem afetadas de forma profunda, impondo aos servidores o teletrabalho, como forma de atender às necessidades vigentes de distanciamento social, a fim de evitar a disseminação do vírus. Após a flexibilização dos normas de distanciamento social, o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) regulamentou o teletrabalho e o trabalho híbrido através da Resolução Administrativa TRT6 N. 03/2022, passando a adotar esses modelos de trabalho factíveis de forma ampla e indistinta. Objetiva-se avaliar o impacto do trabalho híbrido sobre o direito à desconexão dos servidores da Instituição. Para tanto, requer-se 1) Identificar o perfil dos servidores em trabalho híbrido; 2) Analisar se os servidores em trabalho híbrido conseguem se desconectar, por eles mesmos, ao término da jornada; 3) Analisar se os servidores em trabalho híbrido são demandados fora da jornada de trabalho; 4) Analisar se os servidores apresentaram algum problema de saúde relacionado ao excesso de trabalho durante o trabalho híbrido; 5) Analisar se os servidores em trabalho híbrido trabalham mais no presencial ou em home office. Como hipótese, tem-se que o trabalho híbrido impacta negativamente o direito à desconexão dos servidores do TRT6. Em função da natureza qualitativa do estudo, adotar-se-á um estudo de caso desenvolvido no âmbito do TRT6, tendo como unidade de análise os servidores que adotaram a jornada híbrida de trabalho. Para a coleta de dados, aplicar-se-á uma entrevista em profundidade que será gravada, transcrita e anônima, para além da coleta documental. Após, será realizada a análise dos dados. Pretende-se, caso comprovada a hipótese, sugerir a alteração da supracitada Resolução Administrativa, a fim de regulamentar o direito à desconexão no âmbito do TRT6, como política pública de saúde, visando resguardar a saúde física e mental dos servidores, além da proteção à vida privada. Palavras-chave: Trabalho Híbrido. Desconexão. Serviço Público. Saúde. Vida Privada. Políticas Públicas.
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DIEGO HENRIQUE MORAES MACIEL
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"BNCC PARA QUÊ(M)? Uma análise da implementação da Base Nacional Comum Curricular em creches públicas"
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Orientador : ARTHUR LEANDRO ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ARTHUR LEANDRO ALVES DA SILVA
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DALSON BRITTO FIGUEIREDO FILHO
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MELANIE LAURA MARIANO DA PENHA SILVA
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Data: 24/04/2025
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analisar a implementação da BNCC para a etapa da Educação Infantil (BNCC EI) em creches públicas. Metodologia: a pesquisa é preponderantemente do tipo qualitativa. A amostra foi composta por três creches da Rede Municipal de Ensino da Cidade do Recife, Capital do Estado de Pernambuco. Para a coleta dos dados, foram realizados procedimentos de observação em sala de aula, entrevistas com profissionais e mães de alunos, além da análise documental sobre os Projetos Político-Pedagógicos e a documentação relativa à avaliação formativa. Para a análise dos dados, foram utilizados o método da análise de conteúdo categorial ou temática, os achados da análise documental e a análise léxica do corpus textual das entrevistas com o auxílio do software Iramuteq. A interpretação dos resultados foi realizada a partir do movimento dialógico dos dados com o referencial teórico da pesquisa e da análise conjunta dos achados obtidos via triangulação dos dados. Principais resultados: constatou-se que a BNCC EI não está efetivamente implementada nas creches, não tendo sido observado uma organização curricular por campos de experiências que contemple toda a jornada educativa ou que expresse um planejamento centrado nas experiências da criança e na sua aprendizagem. Em relação aos fatores que influenciam no comportamento dos agentes implementadores, o controle do espaço para a discricionariedade e a interação com os usuários da política mostraram-se como os mais significativos para o processo de implementação da BNCC nas creches.
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Trata-se de uma pesquisa preponderantemente qualitativa, de caráter descritivo e exploratório, que pretende examinar se as experiências oferecidas às crianças de até 3 (três) anos de idade em creches públicas estão em consonância com a intencionalidade pedagógica e os campos de experiências estabelecidos na BNCC. Para tanto, serão utilizadas metodologias de coleta e análsie de dados que envolvem observação participante, entrevistas e análise documental a fim de triangular os dados e interpretá-los à luz da literatura da área, de documentos nacionais relativos à etapa da Educação Infantil, principalmente a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), no intuito de verificar a aderência da prática pedagógica observada às suas diretrizes e orientações. Espera-se que a pesquisa possa contribuir para ampliar o conhecimento na área, ao passo que pode identificar lacunas e oportunidades para a implementação da Base Curricular, contribuir para o debate sobre a qualidade da Educação Infantil, bem como auxiliar no aprimoramento do controle dos Tribunais de Contas sobre a avaliação da qualidade das creches.
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SIMONE OLIVEIRA DORNELLAS LUIZ
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"UBERJUDICIALIZAÇÃO": o que podemos aprender a partir da análise das reclamações trabalhistas propostas de 2014 a 2024?
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Orientador : DALSON BRITTO FIGUEIREDO FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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DALSON BRITTO FIGUEIREDO FILHO
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ERNANI RODRIGUES DE CARVALHO NETO
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REBECCA BIANCA DE MELO MAGALHAES BRASILEIRO
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Data: 25/04/2025
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Qual é o impacto do acórdão TST-RR-100353-02.2017.5.01.0066 sobre a quantidade de reclamações trabalhistas propostas pelos motoristas parceiros contra a Uber, no período de 2014 a 2024? O referido acórdão é paradigmático, com potencial para alterar a percepção de trabalhadores, advogados e juízes quanto ao reconhecimento do vínculo de emprego dos motoristas plataformizados. A hipótese do trabalho sustenta que, após o acórdão, de abril/2022, ocorreu um acréscimo no número de ações trabalhistas distribuídas contra a citada plataforma digital. O desenho de pesquisa adota um modelo de série temporal interrompida, com grupo de controle, para quantificar o volume de reclamações propostas contra a Uber no primeiro grau de jurisdição dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho, antes e depois da publicação do acórdão paradigma. A seleção do grupo de controle recaiu sobre as ações propostas contra o Ifood, plataforma com características operacionais e estruturais semelhantes às da Uber, mas que não compôs o polo passivo da ação. Os principais resultados revelam que, após a intervenção, houve um crescimento significativo de ações trabalhistas contra a Uber, cujo coeficiente da interação foi 94,48, superior ao do grupo controle Ifood (18,86). Ambos tiveram aumento na inclinação pós-intervenção, mas o saldo de maior magnitude foi constatado no grupo de tratamento, corroborando a interpretação de que o acórdão investigado teve poder de mobilização das partes e advogados, que passaram a litigar mais contra a Uber. Os resultados da estatística descritiva indicam uma dinâmica concentrada e progressivamente ampliada da litigância contra a Uber, nas regiões Sudeste e Nordeste. O Centro-Oeste, o Sul e o Norte mantiveram evolução mais discreta e estável no volume de ações trabalhistas. Essa diferença pode indicar uma assimetria na disseminação da compreensão jurídica sobre o vínculo de emprego e, também, nas formas de organização dos trabalhadores e de acesso à Justiça do Trabalho. No tocante às soluções dadas às reclamações trabalhistas, os dados demonstram que, após o acórdão paradigma, houve um aumento discreto no percentual representativo das reclamações julgadas procedentes ou parcialmente procedentes (de 12,9% para 24,1%), com o reconhecimento de vínculo. A solução mais comum continuou sendo a improcedência dos pedidos de reconhecimento de vínculo, denotando que o acórdão não apresentou efetividade em relação ao entendimento dos magistrados atuantes no primeiro grau de jurisdição.
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Qual é o impacto do acórdão TST-RR-100353-02.2017.5.01.0066 sobre a quantidade de reclamações trabalhistas propostas pelos motoristas parceiros contra a Uber do Brasil Tecnologia LTDA? A partir de uma base de dados original confeccionada com informações prestadas pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), o desenho de pesquisa adota um modelo de série temporal interrompida para estimar o volume de reclamações propostas contra a Uber antes e depois da publicação do acórdão citado. A expectativa teórica é de que o acórdão TST-RR-100353-02.2017.5.01.00661, publicado em abril de 2022, impactou nos números que representam a litigiosidade dos motoristas contra a Uber. Em acréscimo, por amostragem, serão analisados, individualmente, processos distribuídos antes e após o acórdão, a fim de apurar os percentuais representativos de sentenças de mérito procedentes, parcialmente procedentes e improcedentes; bem como os percentuais representativos de acordos judiciais celebrados antes e depois do acórdão. Os resultados esperados são: a) um incremento no número de ações distribuídas contra a Uber, a partir da publicação do acórdão; b) um aumento no percentual de acordos celebrados pelas partes, a partir da publicação do acórdão; c) uma intensificação na quantidade de procedências totais e parciais (com reconhecimento de vínculo, portanto), a partir da publicação do acórdão. Este trabalho avança nossa compreensão sobre a influência da jurisprudência emanada pelos tribunais superiores sobre o comportamento das partes e dos demais órgãos do Poder Judiciário.
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LAURA CAVALCANTI DE MORAIS BOTELHO
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MATERNIDADE E CARREIRAS JURÍDICAS: PERCEPÇÃO DAS MAGISTRADAS E SERVIDORAS GESTANTES E LACTANTES NO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6a REGIÃO
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Orientador : DALSON BRITTO FIGUEIREDO FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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DALSON BRITTO FIGUEIREDO FILHO
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ANDRÉ FELIPE DE LIMA COSTA
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REBECCA BIANCA DE MELO MAGALHAES BRASILEIRO
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Data: 25/04/2025
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De que forma as magistradas e servidoras gestantes e lactantes do Tribunal Regional do Trabalho da 6a Região percebem as políticas institucionais voltadas à maternidade? A pesquisa analisa a percepção das magistradas e servidoras gestantes e lactantes do Tribunal Regional do Trabalho da 6a Região sobre as políticas institucionais de apoio à maternidade. Partindo da premissa de que a equidade de gênero no ambiente jurídico exige mais do que igualdade numérica, o estudo investiga como as normas e a cultura organizacional impactam a trajetória profissional dessas mulheres durante a gestação e a amamentação, períodos desafiadores que demandam suporte institucional adequado. O estudo adota uma abordagem multimétodo, combinando análise documental, questionários estruturados e conversas informais. Examina o arcabouço normativo vigente, incluindo as resoluções do Conselho Nacional de Justiça, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e do próprio Tribunal Regional do Trabalho da 6a Região, além de avaliar a implementação e a eficácia dessas diretrizes no cotidiano das magistradas e servidoras da instituição. Os resultados apontam os principais desafios enfrentados por essas profissionais no desempenho de suas funções durante a maternidade, bem como a análise de eventuais lacunas nas políticas institucionais voltadas para esse período da vida reprodutiva das mulheres nas carreiras jurídicas. A pesquisa busca, ainda, fornecer subsídios para o aperfeiçoamento das iniciativas existentes, contribuindo para um ambiente de trabalho mais equitativo, inclusivo e compatível com a realidade das mães no serviço público.
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Mostrar Abstract
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O presente estudo analisa a implementação e a percepção das magistradas e servidoras gestantes e lactantes em relação às políticas de apoio à maternidade nos Tribunais Regionais do Trabalho do Brasil. Partindo de uma abordagem comparativa, a pesquisa examina as normas institucionais e a cultura organizacional das cortes trabalhistas, investigando os impactos da maternidade na carreira das mulheres que atuam no Poder Judiciário. O estudo se insere no contexto de recentes avanços normativos, como a Resolução nº 255/2018 do CNJ, que incentiva a participação feminina no Judiciário, e a Resolução nº 525/2023, que estabelece ações afirmativas de gênero no acesso aos tribunais de 2º grau. No entanto, a equidade numérica não garante, por si só, igualdade material. A pesquisa busca compreender se as políticas existentes são eficazes na redução dos desafios enfrentados pelas magistradas e servidoras durante a gestação e lactação. A metodologia envolve análise de conteúdo das regulamentações, aplicação de questionários estruturados e conversas informais com as profissionais afetadas. A pesquisa também considera conceitos como discriminação indireta, divisão sexual do trabalho e a “pobreza de tempo”, que evidenciam as dificuldades de conciliar maternidade e carreira. Os resultados esperados incluem a identificação de lacunas e desafios na implementação das políticas de apoio à maternidade, fornecendo subsídios para aprimoramento das normativas vigentes e a promoção de um ambiente mais inclusivo e equitativo para mulheres no Judiciário.
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RENATTO MARCELLO DE ARAUJO PINTO
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AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE AUTOGESTÃO EM SAÚDE NO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6a REGIÃO: UM ESTUDO DE CASO
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Orientador : ERNANI RODRIGUES DE CARVALHO NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ERNANI RODRIGUES DE CARVALHO NETO
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DALSON BRITTO FIGUEIREDO FILHO
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REBECCA BIANCA DE MELO MAGALHAES BRASILEIRO
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Data: 28/04/2025
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O presente trabalho tem como objetivo avaliar a implementação do Programa de Autogestão em Saúde do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco (TRT6 Saúde – Pernambuco) na percepção dos seus beneficiários. Instituído em junho de 2019, o programa tem por finalidade prestar assistência à saúde aos magistrados, servidores ativos e aposentados, pensionistas e seus familiares na modalidade de autogestão. O desenho de pesquisa aposta em uma abordagem quantitativa, com vistas a construir evidências científicas sobre o desempenho e os resultados gerados, analisando seus principais indicadores, tais como evolução do número de beneficiários, por faixa etária, sexo, por tipo de vínculo com o tribunal, evolução das despesas e receitas, índice de sinistralidade, custos com mensalidades e coparticipação, estes dados serão comparados com os principais indicadores de outras autogestões em saúde em nível local e nacional. Também foram aplicados questionários estruturados, do tipo Survey, para analisar a satisfação com o programa na percepção dos beneficiários. A amostra foi composta por 323 indivíduos, no universo de 1.849 beneficiários titulares atendidos. Essa abordagem permite uma margem de erro de 5% e um intervalo de confiança de 95%. Os resultados demonstram que o TRT6 Saúde é um programa bem avaliado. No entanto, há desafios a serem enfrentados na consolidação da reputação do programa, exigindo uma atuação estratégica voltada ao fortalecimento de sua imagem e ao aprimoramento da comunicação com o seu público. Esta pesquisa pode servir de suporte para que outros tribunais ou mesmo outros órgãos da administração pública que pretendam implantar e regulamentar seus programas de autogestão em saúde, contribuindo para ampliar o conhecimento dos principais aspectos envolvidos no modelo de autogestão.
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O presente trabalho tem como objetivo analisar a implementação do Programa de Autogestão em Saúde do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco (TRT6 Saúde – Pernambuco) na percepção dos seus beneficiários. Implementado em junho de 2019, o programa tem por finalidade assegurar assistência à saúde aos magistrados, servidores ativos e aposentados, pensionistas e seus familiares na modalidade de autogestão. Busca-se, assim, responder às seguintes questões: Como se estruturou o modelo de autogestão em saúde adotado pelo TRT de Pernambuco? Quais os resultados alcançados com a sua implantação? e Qual a percepção dos beneficiários com relação a satisfação com este programa? O desenho de pesquisa aposta em uma abordagem multimétodo, com vistas a construir evidências científicas sobre o desempenho e os resultados gerados, analisando seus principais indicadores, tais como evolução do número de beneficiários, por faixa etária, sexo, por tipo de vínculo com o tribunal, total de despesas e receitas, índice de sinistralidade, custos com mensalidades e coparticipação, entre outros. Estes dados serão comparados com os principais indicadores de outras autogestões em saúde em nível local e nacional. Serão aplicados ainda questionários do tipo Survey com uma amostra composta por 319 indivíduos, no universo de 1.588 beneficiários titulares atendidos pelo programa. Essa amostra permite uma margem de erro de 5% e um intervalo de confiança de 95%. Acreditamos que a presente pesquisa possa servir de suporte para que outros tribunais ou mesmo outros órgãos da administração pública, que pretendam implantar e regulamentar seus programas de autogestão em saúde, contribuindo para ampliar o conhecimento dos principais aspectos envolvidos no modelo de autogestão.
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FLAVIO VILA NOVA
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POLÍTICAS PARA CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS: UMA ANÁLISE DO PROGRAMA PRÓ-CATADOR NOS MUNICÍPIOS PERNAMBUCANOS
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Orientador : ANDREA QUIRINO STEINER
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDREA QUIRINO STEINER
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ELIA ELISA CIA ALVES
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HUGO AUGUSTO VASCONCELOS MEDEIROS
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Data: 29/04/2025
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A dissertação analisa o Programa Pró-Catador em Pernambuco entre os anos de 2011 e 2020, com foco na inclusão dos catadores de materiais recicláveis em estruturas cooperativadas e associativas. A pesquisa parte da constatação de que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) atribui papel estratégico aos catadores na gestão dos resíduos urbanos e prevê a sua organização como elemento essencial para a promoção da sustentabilidade socioambiental. Utilizando metodologia mista, o estudo combina uma análise estatística de série temporal interrompida com entrevistas qualitativas e análise de conteúdo sobre investimentos oriundos do Programa CATAFORTE e de Recursos do Ministério do Meio Ambiente destinados a cooperativas de catadores no período de 2010 a 2020. Os resultados apontam que, apesar de avanços pontuais, como capacitações e aquisição de equipamentos, o número de catadores formalizados em cooperativas ainda é limitado, e grande parte continua em situação de informalidade e vulnerabilidade. A pesquisa conclui que o Pró-Catador teve influência moderada na organização do setor em Pernambuco, sendo necessária a continuidade e o aprimoramento das políticas públicas para garantir a inclusão socioeconômica dos catadores. Ao final, são apresentadas recomendações no formato de um policy brief para fortalecer a atuação das cooperativas e ampliar a participação dos catadores na cadeia da reciclagem.
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O Programa Pró-Catador fortaleceu a participação dos catadores nas cadeias de reciclagem? Este trabalho buscará responder esta pergunta, usando como base um estudo de caso do estado de Pernambuco. O foco será na inserção do catador de rua na cidade em cooperativas ou associações. Em particular, o estudo realizará uma análise estatística de dados secundários extraídos de dois períodos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - Resíduos Sólidos (SNIS-RS) para o município de Recife, antes e após a implementação do Programa, a fim de realizar uma avaliação do mesmo. Assim, será analisado um período anterior ao decreto de criação do Programa (2006-2010) em comparação ao período no qual o mesmo operou (2011-2020).
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EDER GOMES DE SA CARVALHO
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IPTU, UM TRIBUTO QUE Precisa SAIr DO PAPEL: Análise da arrecadação do imposto imobiliário nos municípios pernambucanos
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Orientador : MAURICIO ASSUERO LIMA DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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MAURICIO ASSUERO LIMA DE FREITAS
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ANDRE FELIPE CANUTO COELHO
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LUIZ CARLOS MARQUES DOS ANJOS
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Data: 29/04/2025
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O baixo desempenho da arrecadação das receitas próprias na maioria dos municípios levanta uma questão: os municípios estão aproveitando seu potencial na arrecadação do IPTU? Este estudo analisou a receita do IPTU em Pernambuco, utilizando dados de 182 municípios de 2017 a 2022 (exceto Recife e Tamandaré) e dados de pesquisa com gestores públicos. A análise exploratória e econométrica revelou uma associação positiva e altamente significativa entre a arrecadação do IPTU com a receita do IPVA e com o PIB per capita. Um segundo objetivo foi apresentar um índice de desempenho do IPTU para cada município usando normalização de dados baseado na teoria dos conjuntos fuzzy. Os índices revelam que as cidades podem aumentar a arrecadação do IPTU em até 95%. Petrolina, por exemplo, teria potencial para incrementar seu IPTU em quase 60% e em São Lourenço da Mata o produto arrecadado com o imposto pode quadruplicar. Pesquisa da qual participaram 166 municípios indicou que a gestão tributária adequada correlaciona positiva e significativamente (0,31, p-valor: 3,27e-05) com o desempenho na arrecadação do IPTU, confirmando que uma burocracia especializada é importante para a efetiva realização da receita pública municipal e favorece a revisão e a atualização periódica da planta de valores venais dos imóveis urbanos e do cadastro imobiliário municipal.
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Esta pesquisa traz à discussão o desempenho da arrecadação do IPTU dos municípios pernambucanos considerando o período entre 2018 e 2021. O problema do desempenho da arrecadação em geral, e também do IPTU, nos municípios é tema recorrente na literatura, mas para o Estado de Pernambuco ainda não foi objeto de estudo recente voltado especificamente para a análise das causas do baixo desempenho do imposto imobiliário municipal. Os dados da arrecadação de 2020 indicam que o IPTU médio na Região Metropolitana do Recife, per capita, é R$ 80,00 enquanto para os municípios interioranos é R$ 12,00 e, além disso, 75% dos municípios dessa população está abaixo desse patamar. Assim sendo, pretende-se analisar como os municípios desempenham suas competências em instituir e fiscalizar o IPTU e, a partir dos dados coletados, elaborar um índice de esforço fiscal relacionando a arrecadação potencial do imposto como função de variáveis socioeconômicas, demográficas e utilizando o IPVA e o ICMS como proxies da capacidade econômica e da atividade econômica locais, respectivamente. Pretende-se fazer o levantamento quantitativo dos municípios que já instituíram suas carreiras específicas para a Administração Tributária, como impõe a Emenda Constitucional Nº 42 de 19/12/2003, da mesma forma, será levantada a situação dos municípios em relação à qualidade dos cadastros imobiliários e das plantas genéricas de valores venais dos imóveis, pretende-se com tais informações avaliar o efeito que uma burocracia especializada e a qualidade dos cadastros e da PGV têm no desempenho da arrecadação. O trabalho prevê o uso de métodos econométricos, análise exploratória de dados, estatística descritiva e inferencial.
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MILENA CONCEIÇÃO REZENDE MASCARENHAS SANTOS
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O IMPACTO ECONÔMICO E SOCIAL DO TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO NO BRASIL: análise dos custos ambulatoriais do SUS de 2008 a 2022.
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Orientador : MAURICIO ASSUERO LIMA DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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ELYROUSE CAVALCANTE DE OLIVEIRA BELLINI
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FLAVIA DANIELLE SANTIAGO LIMA
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MAURICIO ASSUERO LIMA DE FREITAS
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Data: 30/04/2025
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O principal objetivo da dissertação é analisar a evolução dos custos ambulatoriais associados à assistência a pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no Sistema Único de Saúde no Brasil, no período de 2008 a 2022, estimando os custos socioeconômicos, diretos e/ou indiretos, incorridos nas suas famílias. Especificamente, indicar os custos ambulatoriais de 05 procedimentos em reabilitação intelectual no tratamento do TEA: 1.acompanhamento de paciente em reabilitação em comunicação alternativa, 2.acompanhamento neuropsicológico de paciente em reabilitação, 3.acompanhamento psicopedagógico de paciente em reabilitação, 4.atendimento acompanhamento de paciente em reabilitação do desenvolvimento, 5.estimulação precoce para desenvolvimento neuropsicomotor (variáveis dependentes), nos 27 Estados da federação, analisando a implementação da Lei Berenice Piana (Lei n. 12.764/2012) na saúde pública no que concerne ao atendimento multiprofissional à pessoa com TEA. Metodologicamente, o desenho da pesquisa usa estatística descritiva para realizar uma análise explanatória de dados, num modelo econométrico com dados em painel, da variação dos custos por quantidade de procedimentos aprovados por Estado a cada 100.000 crianças de 0 a 9 anos de idade, população-alvo. Foi realizada uma análise estatística de dados secundários extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), Assistência à Saúde - Produção Ambulatorial (SIA/SUS), Demográficas e Socioeconômicas (População residente). Resultados: o quantitativo de procedimentos de estimulação precoce neuro motor no Brasil é muito baixo e praticamente nulo, não houve valor aprovado para o referido procedimento registrado no SIA/SUS; o quantitativo do procedimento Neuropsicomotor se destacou, sendo 10 vezes maior que o quantitativo de cada um dos outros procedimentos (psicopedagógico, neuropsicológico, comunicação alternativa); a região Sudeste concentra o maior quantitativo do procedimento de reabilitação neuropsicomotor; o estado do Ceará se destacou na primeira posição quanto ao quantitativo do procedimento Comunicação Alternativa, o estado do Rio de Janeiro se destacou na primeira posição quanto ao quantitativo do procedimento Neuropsicológico; o estado do Piauí na primeira posição quanto ao quantitativo do procedimento Psicopedagógico e o estado de Alagoas ficou na primeira posição quanto ao quantitativo do procedimento Neuropsicomotor, no ano 2022, a cada 100.000 crianças até 09 anos. 8. Discussão: Esta pesquisa auxilia na compreensão sobre os gastos em reabilitação intelectual no SUS nos últimos 15 anos, indicando a necessidade de maior destinação orçamentária e planejamento para implementação de programas estruturados e/ou habilitação de Centros Especializados de Reabilitação (intelectual) pelo Ministério da Saúde, visando garantir a direito integral à saúde das pessoas com TEA no Brasil.
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A prevalência do transtorno do espectro do autismo tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas e as causas desse crescimento tem sido objeto de estudo em diversos países com foco principal na questão do tratamento precoce. No Brasil, apesar de alguns avanços em termos de normativos, o assunto ainda é carente de monitoramento. Nesse sentido, diante das consequências sociais e econômicas em famílias com portadores de espectro do autismo, a proposta da pesquisa em analisar, a partir de algumas variáveis disponíveis no Sistema de Dados do Sistema Único de Saúde, os custos econômicos e sociais gerados por essa patologia. Para chegar aos objetivos, a pesquisa será baseada na revisão de literatura, na análise explanatória de dados, num modelo econométrico com dados em painel e num modelo teórico alternativa que capte o custo dos procedimentos no tratamento do transtorno. Espera-se como resultado apresentar propostas de políticas públicas para atenuar os efeitos socioeconômicos das famílias e que produzam qualidade de vida melhor para o paciente.
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MARINA BATISTA DA SILVA
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EVOLUÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E ESPACIAL DOS CASOS DE SÍFILIS GESTACIONAL E CONGÊNITA NOS MUNICÍPIOS DE PERNAMBUCO: prevalência em 2020 comparativamente a 2010.
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Orientador : MAURICIO ASSUERO LIMA DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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MAURICIO ASSUERO LIMA DE FREITAS
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ERINALDO FERREIRA DO CARMO
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FERNANDO ANTÔNIO RIBEIRO DE GUSMÃO FILHO
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Data: 30/04/2025
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pré-natal; sífilis congênita; transmissão vertical; análise espacial, densidade kernel
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Syphilis is a systemic sexually transmitted infection, predominantly acquired through sexual contact, which pregnant women can acquire after sexual contact. When not diagnosed in a timely manner, or not treated appropriately, it can be transmitted vertically transplacentally to the fetus, thus representing a high risk for the course of this pregnancy. This work aims to carry out a georeferenced analysis of the occurrences of gestational and congenital syphilis in the state of Pernambuco, in the period 2010 and 2020, based on data from the Disease Information and Notification System, an explanatory analysis of the data was carried out, the kernel density was estimated considering the twelve regions of economic development in the state and the data was georeferenced according to several variables such as gender, race, age group and region. The results indicate that the occurrences of syphilis in the state of Pernambuco increased by 259% and that, based on kernel density, there was migration from the Metropolitan Region of Recife to other interior regions. Georeferencing shows, in detail, the incidence of cases, in 2010 and 2020, by region, gender and age group. The work concludes that despite being a controllable disease, the incidence and migration of cases to the interior is more than enough argument for monitoring by government authorities.
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HERMÓGENES DE MELO NETO
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TRANSPORTE ESCOLAR RURAL: FATORES QUE EXPLICAM SUA INADEQUAÇÃO EM PERNAMBUCO
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Orientador : ARTHUR LEANDRO ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALAN RICARDO DA SILVA
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ARTHUR LEANDRO ALVES DA SILVA
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DALSON BRITTO FIGUEIREDO FILHO
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Data: 30/04/2025
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Este trabalho coletou e analisou dados do Transporte Escolar Rural (TER) de todos os municípios de Pernambuco, totalizando 5.619 rotas (5.619 veículos e seus condutores), tendo como objetivo principal identificar fatores que explicam a existência de transporte escolar inadequado, ou seja, que não cumpre os requisitos de segurança e qualidade previstos na legislação. Para avaliar as hipóteses, montou-se um modelo econométrico e, por não localizar na literatura um índice para medir a adequação do TER, definiu-se e criou-se o Índice de Adequação do Transporte Escolar Rural (IATER), a variável dependente. Pelo mesmo motivo, criou-se também um indicador para medir o nível de otimização das rotas do TER, o Indicador de Otimização do Transporte Escolar Rural (IOTER), visto que a otimização seria um dos possíveis fatores para explicar a adequação do serviço. Para o cálculo do IATER, analisou-se 11 itens em cada uma das 5.619 rotas, veículo e condutor, e utilizou-se a Teoria de Resposta ao Item (TRI) para calcular a nota de adequação em cada rota, sendo a nota de cada município a média das notas de todas as suas rotas. Criou-se um ranking e uma classificação para os municípios, tanto para o IATER como para o IOTER, sendo que ambos podem ser utilizados em trabalhos futuros, em qualquer município do país, visto que o primeiro utiliza itens objetivos da legislação nacional e o segundo conceitos universais. Além disso, o uso da TRI para o cálculo da nota possibilitou a comparação dos resultados deste trabalho com futuros que utilizem a mesma metodologia. Verificou-se, também, a relação positiva entre a otimização e a adequação, inclusive com um estudo de caso, que comprovou, empiricamente, a otimização como um fator para a adequação do TER, visto que o município estudado teve uma melhora significativa em sua adequação à medida que suas rotas eram otimizadas, bem como uma grande redução no custo de 70,7%. A pergunta de pesquisa foi respondida com o modelo econométrico, que apresentou uma capacidade de explicação (R2) de 62,35%. A análise dos resultados mostrou que com apenas duas das variáveis, a otimização das rotas, medida pelo IOTER, e a terceirização do serviço, explicou-se mais de 50% da inadequação do serviço, 53,40%.
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Este trabalho analisa fatores que podem explicar a inadequação do serviço de Transporte Escolar Rural (TER). A inadequação é entendida como o uso de veículos ou condutores que não atendem aos requisitos legais mínimos para a prestação de tal serviço, colocando assim em risco a integridade física das crianças transportadas. Este trabalho pode ser reproduzido em todos os Estados do Brasil, sendo que sua delimitação espacial ao Estado de Pernambuco se deve unicamente à ausência de dados secundários sobre o assunto em nível nacional, o que exige a coleta de dados originais e provoca a necessidade de limitação de escopo. Quanto à delimitação temporal, os dados utilizados referem-se ao período de 2022 e 2023, sendo favorecido por dados atualizados do censo IBGE de 2022. Para a análise é utilizado um modelo econométrico, tendo como variáveis independentes (xn) os fatores (hipóteses), que podem explicar a inadequação do serviço, e como variável dependente (y) o índice de adequação do serviço, que será calculado utilizando a Teoria de Resposta ao Item (TRI) aplicada aos 12 requisitos exigidos pela legislação para o TER. A variável dependente será calculada para cada rota de TER, entendendo cada rota como a união de um veículo e seu condutor, consequentemente dos requisitos legais de ambos para formação do respectivo índice de adequação. Também será calculado o índice de otimização das rotas, sendo este um dos possíveis fatores para explicar a inadequação do serviço. Entende-se que o resultado deste trabalho pode contribuir para a formulação de políticas públicas mais assertivas para eliminar o TER inadequado, podendo inclusive ser replicado para os demais Estados Brasileiros
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ALEXANDRA OLIVEIRA DE LUCENA
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Capacidade estatal e políticas de bem-estar animal: o caso da Secretaria dos Direitos dos Animais (Recife-PE)
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Orientador : ANDREA QUIRINO STEINER
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDREA QUIRINO STEINER
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GABRIELA DA SILVA TAROUCO
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MARIANA BATISTA DA SILVA
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Data: 08/05/2025
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A Secretaria Executiva dos Direitos dos Animais (SEDA) surgiu como um importante instrumento em prol do bem estar animal na cidade do Recife. Este trabalho indaga se a SEDA possui as capacidades estatais necessárias para seu pleno funcionamento, estando apta para executar as competências determinadas no Decreto Municipal no 27.138/2013. Assim, este estudo tem como objetivo identificar as capacidades estatais da SEDA nas dimensões técnico-administrativas e político-relacionais e como essas capacidades podem influenciar as políticas públicas conferidas ao órgão. A pesquisa foi pensada como um estudo de caso e adotou uma abordagem descritiva e exploratória. Foram coletados dados documentais e realizadas entrevistas semiestruturadas com gestores a fim de subsidiar o produto da dissertação (um policy brief contendo recomendações para aprimorar a atuação da secretaria). Os resultados revelam desafios relacionados à burocracia, à falta de servidores estáveis e à inexistência de um plano de capacitação. Também foram identificados problemas como a limitação da autonomia financeira e deficiência no monitoramento das políticas. Além disso, constatou-se dificuldades no relacionamento com outras instituições e esferas de governo e na participação de protetores de animais nas políticas da secretaria, além de uma transparência insuficiente, o que compromete uma avaliação mais precisa. Por fim, esta pesquisa contribuirá para a literatura sobre capacidades estatais e políticas públicas de bem-estar animal por meio do estudo das dimensões indicadas.
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A Secretaria Executiva dos Direitos dos Animais (SEDA) surgiu como um importante instrumento em prol do bem estar animal na cidade do Recife. Este trabalho indaga se a SEDA possui as capacidades estatais necessárias para seu pleno funcionamento, estando apta para executar as competências determinadas no Decreto Municipal nº 27.138/2013. Assim, este estudo tem como objetivo identificar as capacidades estatais da SEDA (Recife/PE) e como essas capacidades podem influenciar as políticas públicas conferidas ao órgão. Complementarmente, objetiva observar a satisfação do usuário em relação às ações já implementadas. A pesquisa foi pensada como um estudo de caso e adotará uma abordagem descritiva e exploratória, utilizando métodos mistos. Serão coletados dados documentais, realizadas entrevistas semiestruturadas com gestores e será aplicado um survey para entender a percepção dos usuários, que será usado para produzir o produto da dissertação. Esta pesquisa contribuirá para a literatura sobre capacidades estatais e políticas públicas de bem-estar animal.
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HENRIQUE BEÇA GIBSON
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EXECUÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. O uso do IGEST como ferramenta de gestão de desempenho
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Orientador : ANDRE FELIPE CANUTO COELHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE FELIPE CANUTO COELHO
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CLOVIS ALBERTO VIEIRA DE MELO
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RICARDO BORGES GAMA NETO
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Data: 12/05/2025
Ata de defesa assinada:
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A reforma administrativa promovida durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), para fortalecer a governança, fez a transição da gestão pública burocrática para a gerencial no Poder Executivo. No âmbito do Judiciário, a reforma só aconteceu em 2004, com a Emenda Constitucional nº 45, que promoveu mudanças nos procedimentos judiciais e na estrutura de poder, tendo destaque a criação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O CNJ centralizou a administração dos Tribunais e no ano de 2009 criou, em formato de Balanced Scorecard (BSC), o primeiro Planejamento Estratégico do Poder Judiciário (PEPJ). Os demais órgãos do Judiciário, dentro de suas competências e posições hierárquicas, seguiram a estratégia nacional e também criaram seus planejamentos estratégicos. O Planejamento Estratégico da Justiça do Trabalho (PEJT) foi elaborado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e é seguido por todos os Tribunais do Trabalho (TRTs) do Brasil. Esta dissertação avaliou o uso do Índice Nacional de Gestão do Desempenho da Justiça do Trabalho (IGEST) pelos TRTs, com o objetivo de verificar se a ferramenta é utilizada pelas corregedorias para monitorar e orientar a execução do PEJT. A primeira parte da pesquisa abordou a estrutura do PEJT 2021-2026 e explicou o papel das corregedorias na execução do planejamento. Em seguida, descreveu a estrutura e o funcionamento do IGEST, analisando mesoindicadores, indicadores e variáveis. Depois detalhou o PEJT e o IGEST, a proposta foi constatar se há alinhamento entre eles, através do estudo de seus indicadores. Mediante abordagem qualitativa, as atas de correição das corregedorias dos 24 TRTs em 2024 foram estudadas para identificar como o IGEST tem sido utilizado pelas corregedorias para a execução do PEJT. O trabalho observa se o IGEST realmente pode servir de ferramenta para apoio à execução do PEJT e, em seguida, se tem sido utilizado para monitoramento e para orientação da execução do PEJT. Ao final, são apresentadas recomendações para o aprimoramento do uso do IGEST pela Corregedoria Geral do CSJT em formato de sumário executivo.
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CECILIA LOU
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A INDUÇÃO DE POLÍTICAS PARA A GESTÃO ADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS NOS MUNICÍPIOS INTERIORANOS: O PAPEL DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Orientador : LEON VICTOR DE QUEIROZ BARBOSA
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MEMBROS DA BANCA :
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ERINALDO FERREIRA DO CARMO
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LEON VICTOR DE QUEIROZ BARBOSA
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TASSIANA MOURA DE OLIVEIRA
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Data: 20/05/2025
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O presente trabalho de pesquisa aborda a viabilidade de uma possível atuação indutora do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, para provocar a formulação de políticas públicas para a gestão adequada de resíduos sólidos urbanos, particularmente nos municípios interioranos. Nessa perspectiva, busca-se avaliar o potencial de engajamento dos poderes públicos locais e das respectivas coletividades, em resposta a possíveis ações indutoras do Órgão de Controle Externo, destinadas a provocar a inserção dessa problemática na agenda governamental de políticas a serem implementadas sob a premissa de sustentabilidade ambiental, no cumprimento do dever estabelecido no art. 225, da CF de 1988, e em consonância ainda com os princípios e objetivos da PNRS, instituída pela Lei nº 12.305/2010. Constata-se, por inferência, a partir da técnica de observação in loco, inclusive visitas técnicas realizadas por amostragem, aliada a informações obtidas em sites, jornais e outras fontes, que as principais falhas e omissões na gestão de resíduos sólidos nos Municípios abrangidos na pesquisa, consiste na ausência de implementação de sistema de coleta seletiva, havendo apenas a coleta convencional dos RSU, o que se reflete na ausência também de ações e iniciativas voltadas à reciclagem e aproveitamento dos resíduos sólidos, quadro não indicativo da influência decisiva do porte médio ou pequeno de cada Município. Ainda se conclui que uma possível atuação indutora de políticas adequadas para a gestão de resíduos, diante das falhas ainda verificadas nas municipalidades abrangidas na pesquisa, insere-se no plexo de competências controladoras outorgadas constitucionalmente aos Tribunais de Contas a teor dos arts. 70 a 75, da Constituição da República de 1988, abarcando matizes como o controle sobre a eficiência, a egitimidade e o desempenho da gestão pública, inclusive por meio de instrumentos de fiscalização de cunho colaborativo e pedagógico.
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O presente trabalho de pesquisa se propõe a analisar como a atuação indutora do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco poderá influenciar a formulação e a implementação de políticas públicas de gestão de resíduos, nos municípios interioranos, considerando o contexto atual, em que o enfrentamento dessa problemática ainda se apresenta bem incipiente nessas localidades, a despeito do dever estabelecido no art. 225, da CF de 1988, bem como em evidente inobservância aos princípios e objetivos da Política Nacional instituída pela Lei nº 12.305/2010. Nessa perspectiva, busca-se a partir de pesquisa de campo, realizada por meio de observação in locu e de entrevistas, avaliar o potencial de engajamento dos poderes públicos locais e das respectivas coletividades, em resposta a ações do Órgão de Controle, destinadas a induzir a inserção desse problema na agenda de políticas para a gestão adequada de resíduos sólidos. Considera-se, na formulação das hipóteses a serem verificadas na pesquisa, que o potencial de engajamento nas políticas se dará conforme o porte das municipalidades abrangidas, uma vez que o quadro se agrava pela insuficiência de recursos na grande maioria desses municípios, onde se constata a ausência de conscientização acerca da gravidade da questão e dos desafios envoltos no tema da sustentabilidade ambiental, sendo em última análise negligenciados os riscos cada vez maiores à sobrevivência das presentes e futuras gerações. Ainda se pressupõe que o êxito da atuação indutora de políticas para a gestão de resíduos, a serem urgentemente implementadas naquelas municipalidades, ainda requer a adoção de práticas de educação ambiental, tendo em vista a imprescindibilidade da adesão da coletividade, inclusive de catadores de materiais, além de uma mudança de paradigma na própria gestão pública, a se nortear por planos de gestão que observem a ordem de prioridade estabelecida pelo princípio da hierarquia das ações, regente do tema.
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ROSEANE BATISTA LEITE
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O EFEITO DA MODELAGEM DE PROCESSOS SOBRE ÍNDICE DE GOVERNANÇA E GESTÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS FEDERAIS
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Orientador : ARTHUR LEANDRO ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ARTHUR LEANDRO ALVES DA SILVA
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HUGO AUGUSTO VASCONCELOS MEDEIROS
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REBECCA BIANCA DE MELO MAGALHAES BRASILEIRO
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Data: 22/05/2025
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O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito da modelagem de processos sobre o Índice de Governança e Gestão Pública (iGG) dos órgãos públicos federais no Brasil. Foram analisados dados obtidos no Levantamento de Governança e Gestão Pública realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2021, abrangendo 378 organizações federais dos três Poderes. A metodologia adotada incluiu a aplicação de regressão linear múltipla para investigar a relação entre a modelagem de processos e o desempenho no iGG. De forma complementar, realizou-se uma etapa qualitativa composta por entrevistas semiestruturadas com 22 gestores do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, cujas unidades possuem processos previamente modelados. Essa fase buscou promover uma análise de correspondência entre os achados empíricos, as práticas implementadas e os referenciais teóricos da literatura especializada. A comparação entre os resultados quantitativos e qualitativos evidenciou a existência de discrepâncias entre a aplicação prática da modelagem de processos e as concepções teóricas predominantes. Apesar dos desafios enfrentados, como a escassez de estudos específicos sobre o tema na administração pública brasileira e a dificuldade de agenda dos gestores entrevistados, a pesquisa foi concluída com êxito. Os achados demonstraram que, embora a modelagem de processos seja relevante para a melhoria da governança, sua aplicação no TRT6 ainda é incipiente e não contribui de forma expressiva para a elevação do iGG. Ressalta-se a necessidade de aprimorar a utilização da ferramenta, promover o alinhamento dos processos aos objetivos estratégicos e fomentar a transformação da cultura organizacional, fortalecendo a gestão por processos como instrumento de governança e melhoria contínua. Em síntese, este estudo contribui para a literatura acadêmica e oferece subsídios práticos para o redirecionamento das práticas de gestão estratégica nas organizações públicas brasileiras.
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Esta pesquisa tem como objetivo principal investigar o efeito da modelagem de processos sobre o Índice de Governança Pública (iGovPub) dos órgãos públicos federais. O problema de pesquisa surgiu a partir de experiências no Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região (TRT6), onde a modelagem de processos é limitada ao mapeamento e validação, sem o monitoramento contínuo necessário para alinhar os processos aos objetivos estratégicos do órgão. A ausência de padronização e acompanhamento dos processos leva a inconsistências e perda de produtividade, prejudicando a execução eficaz das políticas públicas. A pesquisa busca avaliar se a modelagem de processos contribui para a melhoria da governança institucional. Metodologicamente, o estudo utilizará dados do Tribunal de Contas da União (TCU) coletados em 2021, envolvendo 378 órgãos federais. Será aplicada regressão linear para analisar a relação entre 22 variáveis ligadas à modelagem de processos e o iGovPub. Além disso, serão realizadas entrevistas com os 24 Tribunais Regionais do Trabalho para validar a influência dessas variáveis na governança dos tribunais. A pesquisa pretende verificar se a modelagem de processos exerce um impacto significativo na governança pública ou se fatores como falta de monitoramento e resistência interna têm limitado sua efetividade. Os resultados esperados poderão fundamentar políticas públicas voltadas à melhoria contínua da gestão pública, promovendo eficiência, transparência e qualidade nos serviços prestados à sociedade.
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DAYSE CARLA RODRIGUES DE MACEDO MATTOS
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GRUPO OPERATIVO PARA IDOSOS OFERTADO PELO SERVIÇO DE PSICOLOGIA APLICADA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO: um estudo de caso sobre a percepção dos idosos acerca das Políticas Públicas.
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Orientador : ERINALDO FERREIRA DO CARMO
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MEMBROS DA BANCA :
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ERINALDO FERREIRA DO CARMO
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PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
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RENATA LIRA DOS SANTOS ALESSIO
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Data: 30/05/2025
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O presente estudo de caso busca responder à seguinte questão: Qual a percepção dos idosos participantes do Grupo Operativo do SPA/UFPE acerca das políticas públicas e do atendimento recebido, e quais implicações emergem para a melhoria dos serviços e políticas? O SPA, um serviço-escola que oferece atendimento a todas as faixas etárias e tem observado uma demanda crescente do público idoso, em consonância com a tendência populacional brasileira e mundial, motiva esta pesquisa diante da crescente e rápida mudança demográfica da população e da falta de respostas adequadas da sociedade e do Estado às demandas do envelhecimento. O objetivo geral é analisar a percepção dos idosos sobre o acesso às atividades, a qualidade e a relevância do Grupo Operativo do SPA, bem como identificar suas demandas e sugestões para a melhoria do serviço e políticas públicas direcionadas ao cuidado integral e à saúde da pessoa idosa. Partiu-se da hipótese de que a experiência no Grupo Operativo do SPA proporciona aos idosos um espaço para expressar percepções relevantes sobre as políticas públicas e o atendimento em saúde, oferecendo subsídios para aprimoramentos. A amostra foi composta por 10 participantes com mais de 60 anos, com frequência em pelo menos metade da programação das 8 edições do grupo realizadas entre 2021 e 2024. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas, questionários, anotação de comentários e observação, cuja análise de conteúdo proposta por Bardin revelou quatro categorias temáticas: Motivos que estimulam a procura do serviço; avaliação da assistência recebida; problemáticas cotidianamente vivenciadas na procura dos serviços e memórias. Os resultados indicam a importância do acolhimento e da divulgação para a adesão (Motivos da procura), uma avaliação positiva do serviço do SPA (Avaliação da assistência), a identificação de barreiras no acesso ao SUS (Problemáticas cotidianas) e a riqueza das experiências de vida dos participantes (Memórias). A participação no grupo contribuiu para a melhoria da autonomia e a criação de redes de vínculos, com o desejo de maior extensão da proposta e críticas à rotatividade de estagiários na psicoterapia. A intervenção grupal mostrou efeitos positivos no enfrentamento do isolamento, na mudança da configuração familiar, da depressão e da ansiedade. Os idosos apontaram dificuldades no acesso efetivo ao SUS. A UFPE e seus serviços voltados ao idoso foram reconhecidos. A categoria "Memórias" trouxe a singularidade das vivências. A implicação científica deste estudo reside na compreensão aprofundada da perspectiva dos idosos sobre um serviço específico e as políticas públicas, oferecendo dados empíricos para futuras pesquisas e para a formulação de intervenções mais alinhadas às suas necessidades. Como produto, propõe-se um curso de sensibilização para equipes do SUS, visando um atendimento e acolhimento mais humanizado para o público idoso.
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O presente trabalho visa levantar, junto aos idosos participantes do Grupo Operativo no Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, qual a percepção acerca das políticas públicas em suas vidas? Este estudo de caso, surge a partir da importância de se olhar o perfil demográfico da população que vem mudando rapidamente e a não resposta da sociedade e do Estado para as demandas do envelhecimento. Assim, volta-se para avaliar das políticas públicas voltadas ao público idoso, no estado de Pernambuco, onde ocorre o levantamento dos dados. O SPA é um serviço-escola que oferta atendimentos à população de todas as faixas etárias, com destaque à demanda que é cada vez maior do público idoso, consonante a mudança da população brasileira e em todo mundo. A amostra será composta por participantes acima de 60 anos, das edições já realizadas. Como previsão, contaremos com o quantitativo médio entre 6 a 12 idosos, escolhidos em princípio, por sorteio, para a coleta de dados. A pesquisa, portanto, é qualitativa através de entrevistas semiestruturadas abordando vários aspectos da vida: saúde, vínculos sociais, renda, projetos de vida e a perspectiva deles quanto ao que melhor atenderia a suas necessidades como política pública no cuidado integral e de saúde. A análise da temática será feita pelo viés da análise do conteúdo, devido a possibilidade de identificar, utiliza-se um conjunto de métodos de diagnóstico como: análise da coleta de dados, anotação de comentários e observação de campo. Tais métodos se mostram mais eficientes quando combinado. Assim, os resultados podem subsidiar uma política pública que melhor atenda essa faixa etária. Ter voz quanto a assistência recebida, faz-se necessário, para que os idosos apontem para construção de projeto de vida, que promova saúde, previna o adoecimento e dê condição de definir as próprias escolhas.
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MERCIA ISRAEL DE OLIVEIRA PAVAO
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SATISFAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: Percepção dos Servidores do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região
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Orientador : NATALIA MARIA LEITAO DE MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE ALEXANDRE DA SILVA JUNIOR
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MARIANA BATISTA DA SILVA
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NATALIA MARIA LEITAO DE MELO
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Data: 05/06/2025
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Qual o nível de satisfação dos funcionários do Tribunal Regional do Trabalho da 6a Região (TRT6) em relação à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), a partir da percepção desses trabalhadores e dos fatores que influenciam seu bem-estar? Este estudo tem como objetivo geral avaliar o nível de satisfação dos servidores do TRT6 em relação à QVT. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualiquantitativa. A coleta de dados envolve um levantamento de campo (survey) utilizando a replicação do questionário desenvolvido por CAVALCANTE (2017), com amostra de 318 participantes e 15 entrevistas semiestruturadas. O tratamento dos dados coletados foi realizado por meio de estatística descritiva, através da análise exploratória, com aplicação de testes não paramétricos quanto à avaliação quantitativa e de conteúdo categorial temático quanto à análise qualitativa. Os resultados obtidos indicam: 1) a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), sob a ótica dos servidores do TRT6, encontra-se em um nível moderado de satisfação, com variações significativas entre as dimensões investigadas; 2) as dimensões de aspectos sociais revelaram níveis satisfatórios de avaliação; 3) as dimensões análise salarial e clima organizacional representam desafios para a gestão institucional, tendo em vista a percepção de satisfação neutra registrada pelos servidores e; 4) o sentimento de bem-estar dos servidores está associado a fatores como o direito ao teletrabalho, o direito à desconexão, a humanização das metas organizacionais, a possibilidade de autorrealização profissional e a percepção de equidade salarial. Diante dessas evidências, o estudo apresenta um conjunto de propostas estratégicas voltadas à valorização dos servidores, à promoção de um ambiente organizacional saudável, à implementação de práticas participativas de gestão e à institucionalização do Programa de Qualidade de Vida no Trabalho no TRT6. O estudo reafirma a relevância da QVT para a motivação, produtividade e eficiência dos serviços prestados, contribuindo para o fortalecimento da gestão pública e a promoção do bem-estar dos servidores.
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A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é uma temática considerada relevante e contemporânea, especialmente no setor público. Os funcionários públicos cada vez mais exigentes e informados reivindicam um ambiente de trabalho agradável. E o bem-estar físico e mental desses trabalhadores passou a ser uma questão estratégica para as organizações públicas. A política de QVT no serviço público deve ter um caráter sustentável, fundamentalmente institucionalizada, normatizada, incorporada ao planejamento estratégico da instituição com recursos financeiros e equipe técnica específica e dispor de estrutura operacional de suporte ao desenvolvimento dos projetos. E, Considerando que para a criação, o desenvolvimento ou aperfeiçoamento do programa de qualidade de vida no trabalho, percorre-se todas as etapas do ciclo de políticas públicas, desde a formação de agenda até a avaliação, pode-se compreender que a política de qualidade de vida no trabalho trata-se de uma política pública resultado da iniciativa da instituição pública no interesse da solução de problemas pertinentes a uma esfera pública da sociedade, qual seja, os servidores públicos. Este estudo propõe-se a investigar qual a percepção dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região quanto à qualidade de vida no trabalho, com o objetivo principal de identificar quais fatores físicos, psicológicos, sociológios e tecnológicos interferem na satisfação de seus trabalhos. Pesquisa de natureza aplicada, exploratória e descritiva quanto aos objetivos, com abordagem quantiqualitativa. Serão adotados os procedimentos de pesquisa bibliográfica, levantamento de campo como uma forma de coletar dados e informações a partir das características e opiniões de grupos de indivíduos (survey) e entrevista semiestruturada. Os dados serão coletados através de questionário estruturado, adotando-se a replicação. O resultado desta análise traz como contribuição a possibilidade de conhecer os aspectos que interferem no desempenho dos servidores, trazendo como benefícios os dados relevantes para a elaboração de programas e ações de promoção à saúde, à motivação, à eficiência e melhoria da QVT, adequados às necessidades, percepções e anseios dos servidores do TRT da 6ª Região. Além de subsidiar as políticas futuras que abordem a gestão estratégica da QVT no âmbito da instituição, potencializando as reflexões voltadas ao olhar introspectivo dos servidores. Uma investigação que auxiliará no fomento de iniciativas voltadas a um trabalho mais humanizado e na promoção de melhorias efetivas, bem como um diagnóstico dos elementos imprescindíveis para a institucionalização da política de qualidade de vida no trabalho dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, através de ato jurídico-administrativo, podendo ser replicado em demais Tribunais.
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