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Dissertações |
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LEANDRO TIAGO FERREIRA
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EDUCAÇÃO ESTÉTICA AFRODIASPÓRICA: sensibilidades e imaginário nos saberes do Candomblé Jeje-Mahi no Terreiro T'Aziry Ladè, Caruaru-PE
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Orientador : MARIO DE FARIA CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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AMANDA MANSUR CUSTODIO NOGUEIRA
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JANSSEN FELIPE DA SILVA
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MARIO DE FARIA CARVALHO
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Data: 17/02/2025
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Esta dissertação aborda saberes estéticos afrodiaspóricos e subjetividades mobilizadas no Candomblé Jeje-Mahi, praticado no Terreiro T'Aziry Ladè, localizado em Caruaru–PE. Fundamentado nos estudos decoloniais, retorno às tradições religiosas de matriz africana, expoentes de saberes subalternizados pelas colonialidades. Discuto a resistência fundamentada na fé consequente à diáspora e escravidão dos corpos negros. As dimensões teóricas que visam compreender como os saberes em terreiro se estabelecem correspondem à estética e à experiência sensível como condutoras do aprender, pois consideram que os saberes do candomblé se constituem entre fazer e pensar, aprender e ensinar, participar e observar. Os métodos utilizados perpassam a atitude cartográfica, produtora de processos de subjetivação entre campo e pesquisador. O método cartográfico permite uma escrevivência, a tensionar uma memografia de fé como relato impassível de neutralidade, ao expor a integração do pesquisador ao campo. A partir da Teoria do Imaginário de Gilbert Durand foi analisada a materialidade estética e simbólica dos artefatos sacros utilizados pelos voduns, a compreender a manifestação de aspectos da natureza das divindades cultuadas pelo Candomblé Jeje-Mahi. Os artefatos analisados expressam o imaginário e concebem aproximações ao campo da Educação, a exprimir significados simbólicos e mitológicos dotados de sentidos culturais e históricos que projetam inferências acerca das práticas educativas que resistem ao epistemicídio, em uma educação pautada nas potências do imaginário, da experiência e das práticas sensíveis de terreiro, versada na circularidade e nos saberes do sagrado.
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Para discorrer sobre as subjetividades concebidas no corpo de culto do candomblé, ressalto questões provenientes do seu imaginário sob uma perspectiva estética e pedagógica. Observo saberes e formas que emanam nos rituais de uma tradição afrodiaspórica a partir da teoria do imaginário de Gilbert Durand, considerando as simbologias manifestadas nos artefatos utilizados pelas divindades, Voduns. Recupero o imaginário simbólico e subjetivo dessa tradição para a compreensão e mobilização de saberes ancestrais em uma cartografia do sagrado afro-religioso.
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DAIANY DE OLIVEIRA SANTOS
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A PRESENÇA DE MULHERES E HOMENS NOS CURSOS DE PEDAGOGIA E NOS CURSOS DE MESTRADOS EM EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO: Movimentos de presença, ausência e hierarquias em (des)compassos com a ideia da feminilização da educação
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Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
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MEMBROS DA BANCA :
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ALLENE CARVALHO LAGE
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EVERALDO FERNANDES DA SILVA
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JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
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NELIO VIEIRA DE MELO
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Data: 18/02/2025
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Este trabalho propõe investigar a representatividade da presença feminina nos cursos de pós-graduação stricto sensu em Educação em contraste com a sua predominância no curso de licenciatura em Pedagogia, no estado de Pernambuco. Tendo por objetivo geral estudar os fenômenos sociais e/ou culturais que estão por trás da redução da presença de mulheres na pós-graduação stricto sensu de educação, se comparados com a grande presença na graduação, e quais motivos levaram às pedagogas/os a procurarem a continuidade dos estudos ao nível dos mestrados. Os objetivos específicos são: 1) Identificar o número de mulheres e de homens que se formaram em Pedagogia em Pernambuco nos últimos 10 anos em dois cursos de pedagogia de universidade pública; sendo um no interior e outro na capital; 2) Identificar o número de mulheres e de homens que se formaram em cursos de mestrados em Pernambuco nos últimos 10 anos em dois programas de pós-graduação de universidade pública; sendo um interior e outro na capital; 3) Identificar o número de mulheres e de homens que se formaram em cursos de mestrados, no contexto das linhas de pesquisa do Programa, em Pernambuco nos últimos 10 anos em dois programas de pós-graduação de universidade pública; sendo um interior e outro na capital; 4) Identificar e analisar os principais motivos que levaram pedagogos e pedagogas a ingressarem na pós-graduação stricto sensu em educação. Esta pesquisa adotou uma abordagem metodológica mista, combinando métodos quantitativos e qualitativos (Gatti, 2004; Régnier, 2004; Creswell, 2007; Lage, 2013; Deslandes et al., 1994; Martin; Gaskell, 2008), com caráter explicativo e exploratório. O estudo utilizou o Método do Caso Alargado (Santos, 1988). Para a coleta de dados utilizamos: 1) Pesquisa documental; 2) Entrevistas não-estruturadas. A análise dos dados foi conduzida por meio da Análise de Conteúdo (Bardin, 2011). Os resultados indicam que a redução da presença feminina na pós-graduação stricto sensu em Educação, em contraste com sua predominância na graduação, reflete desigualdades estruturais. Além disso, enquanto as mulheres tendem a se concentrar em áreas de cuidado e docência, os homens direcionam-se para áreas mais voltadas para questões sociais. Isso sugere que as escolhas acadêmicas e profissionais de ambos os gêneros são fortemente influenciadas pelas expectativas sociais. Os resultados também mostram que, apesar dos desafios enfrentados, tanto homens quanto mulheres buscam a continuidade dos estudos motivados pelo desejo de crescimento acadêmico e oportunidades profissionais, evidenciando que a pós-graduação é vista como uma chave para a ascensão social e profissional.
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O projeto propõe investigar a menor representatividade da presença feminina nos cursos de pósgraduação stricto sensu em Educação, em contraste com a sua predominância na graduação, especialmente nos cursos de Pedagogia. A pesquisa visa compreender os fenômenos sociais e culturais subjacentes a essa disparidade, além de examinar os motivos que levam as pedagogas e os pedagogos a buscar ou não a continuidade dos estudos em níveis de mestrados e doutorados em Educação. A história revela que a feminização do curso de Pedagogia foi moldada pela percepção cultural de que as mulheres eram responsáveis pela educação, refletindo a aceitação social da presença feminina no ambiente educacional. Apesar de reconhecermos que o modelo atual do curso, estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 destaca a importância da formação como determinante para a capacidade de um profissional, independentemente de seu gênero, observamos que, paradoxalmente, a presença predominante de mulheres na graduação em Pedagogia a sua representação é proporcionalmente menor nos cursos de pós-graduação, a depender da linha de pesquisa. A abordagem amplia-se para compreender como as representações de gênero na sociedade impactam as escolhas profissionais e a participação em cursos avançados. Os objetivos específicos incluem o mapeamento dos graduados em Pedagogia nos últimos 10 anos, tanto na graduação quanto na pós-graduação, em duas universidades públicas de Pernambuco. O projeto propõe ainda explorar sobre produções relacionadas a gênero na educação, destacando a participação das mulheres em cursos de Pedagogia e de pós-graduação em Educação. Serão abordadas questões como a construção da identidade profissional feminina na docência, reflexões sobre gênero, poder e desigualdades, a feminilização docente, micromachismos e os desafios enfrentados pelas mulheres nas trajetórias acadêmicas. Assim, a pesquisa visa contribuir para o entendimento dos fatores que influenciam a participação feminina em cursos avançados de educação, lançando luz sobre as complexidades das dinâmicas de gênero no contexto educacional.
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ALLYNE PAULA DO NASCIMENTO COMBÉ RIBEIRO
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"DISCURSOS DOCENTES DE EREMS DE CARUARU: DISPUTAS DE SENTIDOS NAS (RE)PRODUÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E SEUS DESDOBRAMENTOS COM GÊNEROS E SEXUALIDADES"
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Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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CELMA FERNANDA TAVARES DE ALMEIDA E SILVA
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Data: 24/02/2025
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A Educação em Direitos Humanos embora seja recente no contexto atual, remete a construções que favorecem processos emancipatórios e plurais com a participação de todas e todos, fazendo referência ainda, as lutas que surgem em contextos de ruptura da democracia. As associações com gêneros e sexualidades, que fazem parte dessa educação, inserem-se em um período social que vem sendo conhecido como desdemocratização, associada à perda de garantias fundamentais, silenciamentos e/ou invisibilidades proporcionados por uma normatividade de convergência perversa entre o neoliberalismo e o neoconservadorismo que adentra nos contextos sociais diversos e repercute na educação. Nesse cenário a pesquisa aqui proposta trouxe como objetivo geral: compreender as disputas de sentidos nos discursos (re)produzidos de docentes de duas EREMS de Caruaru em relação à Educação em Direitos Humanos acerca das temáticas de gêneros e sexualidades. Para que fosse possível alcançar o objetivo desejado, elegemos os objetivos específicos: a) Mapear formações discursivas docentes que materializam condensações de sentidos acerca da Educação em Direitos Humanos envolvendo as temáticas de gêneros e sexualidades e b) Elencar enunciados engendrados por docentes que subvertam sentidos neoconservadores e/ou neoliberais em relação às (re)produções das desigualdades de gêneros e de sexualidades. Utilizando-se do Paradigma Pós-Estruturalista, que se inscreve numa perspectiva da teoria da performatividade de gênero diante de uma construção de corpo, gênero, sexualidade e mundo enquanto processo social e histórico que difere de construções ontológicas essencialista sobre os sujeitos. Nesse estudo, a escola foi tomada enquanto campo de análise, bem como, terreno fértil passível de construções e desconstruções, em que uma educação em direitos humanos torna possível a construção de democracia e auxilia nessa luta social para equidade de gêneros e desejos. A pesquisa se vincula ainda a uma perspectiva de análise discursiva de inspiração foucaultiana, assumindo a observação dos vários discursos proferidos em torno das temáticas e o modo como repercutem nos contextos sociais. Foi utilizada a técnica de entrevistas semiestruturadas com docentes de EREMs em Caruaru, demonstrando que embora se vivencie nas escolas contextos de fortalecimento de identidades plurais, os discursos engendrados por uma gramática neoconservadora e neoliberal se inserem e prejudicam uma Educação em Direitos Humanos e suas associações com gêneros e sexualidades no contexto atual como saberes-poderes contestadores da ordem do discurso autoritária vigente.
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A pesquisa aqui apresentada que tem como título “Gênero, Sexualidade e Educação em e para os Direitos Humanos: Compreensões docentes de Escolas de Referência em Ensino Médio (Erem) em Caruaru” possui construção associada à temática de gêneros e sexualidades nas escolas, relacionada à construção de uma cultura que proporciona o trabalhar de uma educação em e para os direitos humanos. Assim, destaca-se enquanto objetivo geral: compreender as disputas de sentidos nos discursos dos/as docentes de duas EREMS de Caruaru em relação aos debates, tensionamentos e defesas sobre gêneros, sexualidades e Educação em e para os Direitos Humanos. Para que se possa alcançar o objetivo destacado, foram elencados os seguintes objetivos específicos: a) Mapear práticas discursivas docentes que materializam sentidos acerca dos gêneros, sexualidades e Educação em e para os Direitos Humanos; b) Identificar as formações discursivas presentes nos discursos dos/as docentes sobre gênero e sexualidade e Educação em e para os Direitos Humanos; c) Elencar enunciados engendrados pelos/as docentes que subvertam sentidos neoconservadores e ou neoliberais. Utilizando-se de um Paradigma Pós-Estruturalista, que se inscreve numa perspectiva da teoria da performatividade de gênero diante de uma construção de corpo e mundo enquanto processo social e histórico o que difere de construções ontológicas sobre os sujeitos, seus sexos, seus gêneros e suas sexualidades. Nesse estudo, a escola é tomada enquanto campo de análise, bem como, terreno fértil passível de construções e desconstruções, em que uma educação em e para direitos humanos torna possível a construção de democracia e auxilia nessa luta social. A pesquisa se vincula ainda a uma perspectiva de análise discursiva à moda foucaultiana, assumindo a observação dos vários discursos proferidos em torno das temáticas e o modo como repercutem nos contextos sociais. Utilizaremos como ferramenta de coleta de dados, a entrevista semiestruturada, que será realizada com docentes de EREMs na cidade de Caruaru-PE.
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VICTOR HUGO BARBOSA DA SILVA OLIVEIRA
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A CIS-HETERONORMATIVIDADE E A MARGINALIZAÇÃO DA COMUNIDADE LGBTQIA+: TERRITÓRIO E SENTIDOS EM DISPUTAS (RE)PRODUZIDOS POR DOCENTES DE EREM’S EM CARUARU/PE
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Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALLENE CARVALHO LAGE
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EDUARDO OLIVEIRA MIRANDA
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MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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Data: 24/02/2025
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A pesquisa em tela tem por objetivo compreender os sentidos em disputas (re)produzidos, via enunciados, nos discursos sobre territórios cis-heteronormativos por docentes de EREMs em Caruaru/PE. De forma mais específica: a) Identificar os sentidos (re)produzidos nos discursos de docentes sobre territórios cis-heteronormativos nas referidas EREMs; b) Elencar os sentidos nos discursos de docentes sobre territórios que promovam a diversidade sexual nas EREMs. Para dar sustentação ao nosso objeto de estudo, temos como aporte teórico a Teoria da Performatividade, utilizada para tensionar, problematizar, desestabilizar e desconstruir as concepções universalistas e ontológicas como um atributo do ser e seus sentidos engendrados pela heterossexualidade compulsória e ou normativa. A Teoria da Performatividade em interseção com a dimensão territorial e seus aspectos simbólicos e suas relações de poder, revelou como uma gramática de gênero influencia para a construção dos territórios cis-heteronormativos e das territorialidades LGBTQIA+ e como esses, podem, ambivalentemente, reforçarem ou subverterem essa normatividade que materializam a racionalidade neoliberal e neoconservadora. Metodologicamente, este estudo se ampara numa abordagem qualitativa na busca para apreender das relações de poder vivenciadas no território escolar com uma incursão no campo, utilizando-se de técnicas para coletas de dados a entrevista semiestruturada. Para realizar as análises e as sistematizações dos dados da pesquisa, apoiamo-nos na metodologia de análise do discurso de inspiração foucaultiana para perceber os mútuos condicionamentos das práticas discursivas, não-discursivas, formações discursivas e enunciados que foram materializados no território escolar. Tivemos como público-alvo professores e professoras da educação básica no território escolar em duas Escolas de Referências em Ensino Médio (EREM’s) no município de Caruaru-PE. Sob esse viés analítico, os resultados apontaram que houve disputas de sentidos nos discursos (re)produzidos pelos/as docentes, que materializavam a matriz cis-heterossexista por meio de formações discursivas religiosas fundamentalistas, morais e neoconservadoras. Esses discursos negavam identidades plurais e heterodissidentes, impulsionados por grupos que se opõem às políticas de reconhecimento, deixando evidente a ausência das temáticas de gênero e sexualidades no Currículo de Pernambuco, como também na formação inicial e continuada de professores/as. Ao mesmo tempo, essas disputas se tornaram ainda mais evidentes ao refletirmos sobre como uma educação inclusiva, plural e democrática poderia ser construída
a partir da diversidade sexual, da equidade de gênero e do respeito e aprendizado com travestis e pessoas transgênero, configurando territórios de resistência.
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A pesquisa em tela tem por objetivo compreender os sentidos em disputas veiculados por docentes que resistem e fortalecem a diversidade de gênero e sexualidade e/ou marginalizam, silenciam e invisibilizam discentes da comunidade LGBTQIA+ em seu território educacional em duas Escolas de Referências do Ensino Médio (EREM) localizadas uma em bairro de camada popular e a outra em bairro de camada média em Caruaru/PE. De forma mais específica: a) Mapear a escola enquanto um território cis- heteronormativo e ou de resistência às exclusões e desigualdades; b) Identificar os sentidos nos discursos de professores e professoras que silenciam e invisibilizam as manifestações de estudantes LGBTQIA+ nas referidas EREMs; c) Elencar os sentidos nos discursos de professores e professoras que promovem a diversidade sexual nas EREMs. Metodologicamente, ampara-se numa abordagem qualitativa na busca para apreender as relações de poder vivenciadas no território escolar com uma incursão no campo, utilizando-se de técnicas para coletas de dados a entrevista semiestruturada, norteadas a partir das discussões propostas por Minayo (2002), Ludke e André (2014) e dentre outros. Para realizar as análises e as sistematizações dos dados da pesquisa, apoiaremo-nos na metodologia de análise do discurso de inspiração foucaultiana (Fischer, 2001; Foucault, 2004) para perceber os mútuos condicionamentos das práticas discursivas e não- discursivas que são materializadas no território escolar. Teremos como público alvo professores e professoras da educação básica no território escolar e as relações de poder camufladas por meio de práticas discursivas e as produções de sentidos veiculadas em duas Escolas de Referências em Ensino Médio (EREM’s) no município de Caruaru-PE.
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FERNANDA SANTOS DA CRUZ
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OS DIZERES INFANTIS E O BRINCAR NOS ESPAÇOSTEMPOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL: uma cartografia em municípios do Agreste pernambucano
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Orientador : CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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MEMBROS DA BANCA :
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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ALINE RENATA DOS SANTOS
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TATIANA CRISTINA DOS SANTOS DE ARAUJO
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Data: 27/02/2025
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O que pode nos dar a pensar uma pesquisa brincante nos espaçostempos da Educação Infantil? De que maneira podemos hospedar os dizeres que acoam das crianças nas experienciações do cotidiano na Educação Infantil? De forma crianceira, poética e potente, nos desvencilhamos por entre os emaranhados, nas entrelinhas, nas (des)composições, criações, invencionices e em tantas outras experienciações infantis em busca de cartografar os dizeres infantis acerca do brincar nos espaçostempos da Educação Infantil em municípios do Agreste pernambucano. Para isto, em um exercício de inspiração cartográfica, buscamos caminhar com a infância a partir da aproximação com as crianças com 4 e 5 anos da Educação Infantil nos municípios de Caruaru e Poção e neste percurso, nos lançamos aos (des)encontros, as (im)possibilidades, as instaurações, as conversações, linhas de fugas e experienciações que nos aproximaram dos gestos, dizeres e fazeres da infância. Para nos acompanhar por esses enveredamentos, tivemos como principais intercessores e andarilhos teóricos Kohan (2004, 2007, 2017), Abramowicz (2006, 2017), Deleuze (2003, 2006, 2011), Larrosa (2006, 2015), Maschelein e Simons (2014) Skliar (2012, 2018, 2019), Lopes (2015), Lapoujade (2017), Bachelard (1988), Gonçalves e Carvalho (2021), Derrida (2012) e Barros (1996, 2003, 2008, 2010, 2018). Desse modo, nos encaminhamos por um estudo que conversou, brincou, invencionou, e valorizou os desvios, problematizando junto às crianças a infância, o brincar e a Educação Infantil. Em nossos (des)caminhos, nos deparamos com convites para (re)pensar as infâncias, os documentos normativos, os currículos, os espaçotempos e outras passagens a partir das crianças, que mesmo em meio a tabulações, determinações e limites, invencionam o brincar e esses espaçostempos, em linhas de fugas que perpassam o tempo chronos e experienciam uma temporalidade de intensidades. As crianças e suas inventividades nos mostraram formas outras de ver e enxergar aquilo que é projetado para elas. Essa aventura nos levou a pensar as “coisa” de um modo infantil e de miudezas, nos levando também a fabulações e devaneios que pensam os espaçostempos da Educação Infantil como um entre-lugar de sonhos (im)possíveis.
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Nos emaranhados, nas entrelinhas, nas composições, criações, invencionices e em tantas outras experienciações infantis, nos deparamos com o que pode nos dar a pensar as crianças e seus dizeres, fazeres e gestos em torno no brincar, da educação e da infância. Nessas (im)possibilidades, nos desdobramos na tentativa de cartografar os dizeres infantis acerca do brincar nos espaçostempos da pré-escola em municípios do Agreste pernambucano. Para isto, em um exercício de inspiração cartográfica, buscamos caminhar com a infância a partir da aproximação com as crianças da pré-escola II nos municípios de Caruaru e Poção e neste percurso, nos lançamos aos (des)encontros, as (im)possibilidades, as instaurações, as conversações, linhas de fugas e experienciações que nos aproximam dos gestos, dizeres e fazeres da infância. Para nos acompanhar por esses enveredamentos, temos como principais intercessores teóricos Kohan (2004, 2007, 2017), Abramowicz (2006, 2017), Deleuze (2003, 2006, 2011), Larrosa (2006, 2015), Maschelein e Simons (2014) Skliar (2012, 2018, 2019), Lopes (2015), Lapoujade (2017) e Barros (1996, 2003, 2010, 2018). Em articulação com as experimentações da pré-escola, nos encaminhamos por um estudo que conversa, brinca, invenciona, valoriza os desvios e problematiza a infância, o brincar e a Educação Infantil a partir das próprias crianças nos espaçostempos da Educação Infantil.
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VITOR GABRIEL MOURA FIRMINO DA SILVA
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A TRAMA-FORMAÇÃO NA INVENÇÃO DE OUTROS MODOS DE SENTIR-PENSAR A DOCÊNCIA: construções coletivas que se entrelaçam no bordado manual de Passira-PE
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Orientador : CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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CARLOS EDUARDO FERRACO
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LUCIANA BORRE NUNES
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Data: 27/02/2025
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Esta pesquisa-bordado começa a ser tecida a partir de inquietações que emergem com a formação docente entendida majoritariamente como um processo alcançado por vieses cognitivos, normativos e técnicos que secundariza, em estudos e pesquisas em educação, os experimentos e experiências cotidianas em suas dimensões ética, estética e política. Nesse sentido, nosso objetivo principal é problematizar a formação docente como construção coletiva que se enreda para além da escola e inventa uma trama-formação que não escapa da vida. Logo, lançamos mão de experimentar a ideia de trama-formação como uma aposta de experiência do pensamento onde o movimento formativo não é fixo, nem linear, mas um entrelaçamento contínuo de saberes, experiências e afetos que inventam novos sentidos de ser, estar e se tornar docente. Sendo assim, tomamos como bastidor o bordado manual de Passira/PE que entrelaça histórias, singularidades, afetos e resistências e começamos a desenrolar as linhas deste objetivo com professores(as) desta cidade. A saber, desdobram-se em objetivos específicos: 1) refletir se as diversidades e singularidades de experimentos/experiências mobilizadas para além da escola, tal como o bordado manual de Passira-PE, inventam movimentos de trama-formação; 2) mapear movimentos de trama-formação mobilizados pelos cotidianos inventados a partir/pelo bordado manual; e, 3) Cartografar como a experiência estética com o bordado manual que se dá coletivamente pode afetar a docência. Para bordar essa pesquisa convocamos como intercessores: Deleuze e Guattari (2011), Rolnik (1996), Ferraço (2007; 2012), Gallo (2002; 2008), Dias (2009; 2012; 2014; 2015) e outros(as). Escolhemos a cartografia como linha, pois ela possibilita traçar movimentos e fluxos do pensamento, não somente acompanhando processos formativos que se tecem no encontro entre práticas, afetos e territórios, mas experimentando o pensamento. Com isso, a partir de experimentações, experiências e afetos mobilizados pelo bordado manual e que se desenharam durante os encontros com os professores e professoras foi possível sentir-pensar novas maneiras para a formação docente. As trocas realizadas ao longo da pesquisa apontaram a possibilidade de uma formação que se faz como um processo rizomático, nas quais emergiram narrativas, práticas e reflexões que trouxeram à tona a experiência estética do bordado como metáfora para a docência em que saberes se entrelaçam de forma não linear.
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Este trabalho surge não só a partir de inquietações cotidianas acerca da formação continuada de professores e professoras concebida, na maioria das vezes, como um processo cristalizado, pré-fixado, mas também de vivências na cidade de Passira-PE atravessadas pelo bordado manual que nos faz pensar em possibilidades de escapar desse modelo cartesianamente forjado. Sendo assim, esta dissertação tem como objetivo principal problematizar a formação docente como construção coletiva que se enreda para além da escola e inventa uma contra-formação que não escapa da vida. Utilizamos como principais intercessores Deleuze e Guattari (2011); Rolnik (1996); Ferraço (2007; 2012), Silvio Gallo (2002; 2008) e Dias (2009; 2012; 2014; 2015). Com base na filosofia da diferença propomos pensar em uma ideia de “contra-formação” que valoriza a diversidade, a singularidade e as experiências que ocorrem além dos muros da escola. Assim, utilizamos/somos atravessados e nos desformamos com o bordado manual de Passira que articula dimensões éticas- estéticas-políticas que potencialmente podem inventar (outros) agenciamentos coletivos para a formação docente. Adotamos, ainda, neste trabalho, a cartografia como caminho metodológico possível, uma vez que ela nos abre a possibilidade de traçar os movimentos e fluxos de pensamentos mapeando as experiências, práticas e/ou potencialidades que emergem no cotidiano do nosso território de pesquisa. Ao longo deste trabalho, em vez de procurar um ponto de chegada ou uma conclusão definitiva encorajamos, portanto, a manter uma postura aberta e de questionamento contínuo, pois o próprio processo de contra-formação torna-se uma prática cotidiana de experimentação onde as ideias são constantemente e coletivamente desafiadas e reformuladas.
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SARA ESTÉRFANE AMORIM OLIVEIRA DE SOUZA
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“EU SOU MOVIDO PELO VERBO ESPERANÇAR”: MAPAS CARTOGRÁFICOS SOBRE A EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS) HISTORIADORES(AS) NA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, CAMPUS MATA NORTE
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Orientador : FERNANDO DA SILVA CARDOSO
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MEMBROS DA BANCA :
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EVERALDO FERNANDES DA SILVA
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FERNANDO DA SILVA CARDOSO
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GRACIELE MARIA COELHO DE ANDRADE GOMES
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JANAINA GUIMARAES DA FONSECA E SILVA
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Data: 16/04/2025
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Esta pesquisa é um processo. Essa afirmação encontra respaldo na compreensão cartográfica do pesquisar, a partir da qual as relações entre pesquisadora, campo e sujeitas(os) se dá por meio do encontro – fortuito, marcante, inesperado. Assim, este estudo não se caracteriza como uma resposta generalista e finalizada ao problema de pesquisa, mas como uma entre tantas possibilidades de se pensar a educação em direitos humanos e a formação de professores e professoras de História. Propomo-nos, então, a refletir acerca da dimensão da educação em direitos humanos na formação de professores(as) historiadores(as) na Universidade de Pernambuco, campus Mata Norte, a partir de um olhar cartográfico, compreendendo o campo, os documentos e os(as) sujeitos(as) como participantes de um mesmo mapa. Este mapa-pesquisa toma distintas formas, segue caminhos inesperados e, por isso, confere contornos não-lineares a este estudo. Para fundamentar teoricamente a análise, utilizamos os estudos de Benjamin (1994; 2009; 2012), Candau (2007; 2008), Deleuze e Guattari (1995), Huyssen
(2014), Jelin (2002), Magendzo (2009; 2015), Walsh (2019) e muitas outras vozes que aqui compartilham seus pensamentos. As reflexões desses autores e autoras nos levam a enxergar a pesquisa como possibilidade, incentivando uma atitude de abertura aos acontecimentos. Nas linhas desse mapa, estão também contidas as entrevistas realizadas com os(as) docentes que ministram disciplinas relacionadas à dimensão dos direitos humanos. Por meio de um diálogo aberto, respeitoso e fluido, os professores e professoras evidenciaram suas compreensões acerca da formação dos(as) licenciandos(as) em sintonia com a dimensão da educação em direitos humanos.
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This research is a process. This statement is based on a cartographic understanding of research, from which the relationship between the researcher, the field and the subjects takes place through the encounter - fortuitous, striking, unexpected. Thus, this study is not characterized as a general and final answer to the research problem, but as one of the many possibilities for thinking about human rights education and the training of history teachers. Thus, we set out to reflect on the dimension of human rights education in the training of history teachers at the University of Pernambuco, Mata Norte campus, from a cartographic perspective, understanding the field, the documents and the subjects as participants in the same map. This research map takes on different forms, follows unexpected paths and therefore gives this study non-linear contours. To provide a theoretical basis for the analysis, we turned to the studies of Benjamin (1994; 2009; 2012), Candau (2007; 2008), Deleuze and Guattari (1995), Huyssen (2014), Jelin (2002), Magendzo (2009; 2015), Walsh (2019) and many other voices who share their thinking here. The reflections of these authors lead us to see research as a possibility, encouraging an attitude of openness to events. The lines of this map also contain the interviews conducted with teachers who teach subjects related to the human rights dimension. Through an open, respectful and fluid dialog, the teachers showed their understanding of the training of undergraduates in line with the dimension of human rights education.
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ALCILENE BEZERRA DA SILVA
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O CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO E O PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA EM PERNAMBUCO
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Orientador : SAULO FERREIRA FEITOSA
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MEMBROS DA BANCA :
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IARA TATIANA BONIN
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SANDRO GUIMARAES DE SALLES
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SAULO FERREIRA FEITOSA
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Data: 27/05/2025
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A pesquisa ora apresentada se propõe a analisar as práticas indigenistas do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Regional Nordeste, no que se refere aos processos de constituição da Educação Escolar Indígena (EEI) no estado de Pernambuco. Diante do desenvolvimento e dos desafios da EEI no estado e sabendo-se do papel e dos compromissos que o Cimi vem desempenhando junto aos povos indígenas no Brasil, desde os anos de 1970, nos perguntamos: quais as contribuições do Conselho Indigenista Missionário – Regional Nordeste (Cimi-NE) para as lutas e as mobilizações dos povos indígenas em Pernambuco, na construção da Educação Escolar Indígena? Dessa forma, coloca-se como objeto de estudo as práticas do Cimi junto ao Movimento de Professores/as Indígenas de Pernambuco. Elegemos como objetivo geral o de compreender as contribuições do Cimi-NE no processo de constituição da EEI em Pernambuco. Os objetivos específicos são: identificar as ações do Cimi-NE, no que se refere à educação escolar, junto aos povos indígenas de Pernambuco; analisar as contribuições do Cimi para o processo de organização das/os professores/as indígenas; analisar quais concepções e princípios das ações do Cimi contribuíram para a mobilização, a articulação e a luta pela garantia do direito à educação escolar específica e diferenciada; e identificar as conquistas, os desafios e os limites enfrentados pelo Cimi e os/as indígenas para a efetivação das políticas de EEI em Pernambuco. A fundamentação teórica sustenta-se a partir da contribuição da abordagem do pensamento decolonial, que nos permite analisar de forma crítica os contextos históricos dos povos indígenas diante de um cenário de violência do Estado, que tinha e segue com a intenção de “aculturar” os povos indígenas. Desta forma, partimos dos conceitos de Educação Indígena e escola pelo viés epistemológico da Educação Escolar Indígena, assim como de colonialidade do poder, colonização e racialização e interculturalidade. Alguns autores foram fundamentais para alicerçar a discussão, como Meliá (1997; 1999); Quijano (2005; 2008, 2009); Dussel (2005); Mignolo (2007; 2008); Wash (2008; 2009; 2012); Almeida (2001; 2017), Segato (2015), dentre outros que nos ajudaram a refletir sobre o objeto de estudo da presente pesquisa e a responder os objetivos propostos. No referencial metodológico, apoiamo-nos em Gil (2008) e Minayo (2012), dada a abordagem qualitativa de natureza exploratória e descritiva, com uma revisão bibliográfica para compreendermos o cenário de produção acadêmica sobre o objeto de estudo. Em seguida, realizamos uma investigação documental no acervo do Cimi Nacional (Brasília-DF) e do Cimi-NE (Recife-PE) sobre os processos de constituição da EEI em Pernambuco e a prática indigenista do Cimi, utilizando-nos de relatórios, atas, cartas, documentos reivindicatórios, entre outros, que revelam a atuação do Cimi-NE. Para a análise dos dados, recorremos à Análise de Conteúdo via Análise Temática de Bardin (2011) e Vala (1990). Os resultados da pesquisa indicam [...]. Através dessa pesquisa, almejamos colaborar para estudos sobre decolonialidade e EEI, ampliando os estudos que existem hoje sobre a temática.
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O Projeto de Pesquisa aqui apresentado se propõe analisar as práticas indigenista do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), regional Nordeste (NE), no que se refere aos processos de constituição da concepção e das práticas de Educação Escolar Indígena (EEI) no estado de Pernambuco. Diante do desenvolvimento e dos desafios da educação escolar indígena no estado e sabendo-se do papel e compromissos que o CIMI vem desempenhando junto aos povos indígenas no Brasil, desde os anos de 1970, nos perguntamos: quais foram as contribuições do CIMI-NE para as lutas e mobilizações dos povos indígenas em Pernambuco, na construção da Educação Escolar Indígena? Dessa forma coloca-se como objeto de estudo as práticas do CIMI junto ao Movimento de Professores/as Indígenas de Pernambuco. Elegemos como objetivo geral, compreender quais foram às contribuições do CIMI-NE no processo de constituição da EEI em Pernambuco. Os objetivos específicos são: identificar as ações do CIMI/NE no que se refere à EEI junto aos povos indígenas de Pernambuco; analisar como se deu as contribuições do CIMI para o processo de organização dos/as professores/as indígenas no estado; e, analisar quais concepções e as ações do movimento de educação escolar indígena que foram influenciadas pelo CIMI/NE. A fundamentação teórica sustenta-se a partir da contribuição da abordagem do Pensamento Decolonial, que nos permite analisar de forma crítica os contextos históricos dos povos indígenas diante de um cenário de violência extrema, do Estado que tinha intenção de “aculturar” os povos indígenas, desta forma, partimos dos conceitos de Educação Indígena e escola pelo viés epistemológico da Educação Escolar Indígena, assim como, Colonialidade do Poder, Colonização e Racialização. Alguns autores são fundamentais para a discussão, como: Meliá (1997, 1999); Quijano (2005, 2008, 2009); Dussel (2005); Mignolo (2007, 2008); Wash (2008, 2009, 2012); Almeida (2001 e 2017) entre outros que nos ajudarão a refletir sobre o objeto de estudo da presente pesquisa e a responder os objetivos propostos. No referencial metodológico apoiamo-nos em Gil (2008) e Minayo (2012), guiamo-nos pela abordagem qualitativa de natureza exploratória e descritiva, com uma revisão bibliográfica para compreendermos o cenário de produção acadêmica sobre o objeto de estudo, em seguida realizarmos uma investigação documental no acervo do CIMI Nacional (Brasília-DF), no CIMI Regional NE (Recife-PE) e no Centro de Cultura Luiz Freire (Olinda-PE) sobre os processos de constituição da EEI em Pernambuco e a prática indigenista do CIMI, utilizando-nos de relatórios, atas, cartas, documentos reivindicatórios entre outros, que revelam a atuação do CIMI NE. Uma importante coleta de dados será a entrevista semiestruturada com professores e professoras indígenas que compõem a Comissão de professores Indígenas de Pernambuco (COPIPE), assim como indigenistas que fizeram parte deste processo junto ao CIMI. Para analisar os dados recorreremos à Análise de Conteúdo via Análise Temática de Bardin (1977, 2011) e Vala (1990). Através dessa pesquisa almeja-se colaborar para estudos sobre decolonialidade e educação escolar indígena, ampliando os estudos que existem hoje sobre a temática.
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ALISSON GOMES DA SILVA ROCHA
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O AGIR DIDÁTICO DO PROFESSOR DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO ENSINO DE GÊNEROS
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Orientador : GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXSANDRO DA SILVA
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CARLA MESSIAS RIBEIRO DA SILVA-HARDMEYER
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GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA LIMA
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Data: 04/06/2025
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Esta pesquisa tem como objetivo investigar como se configura o agir didático de uma professora dos anos iniciais no ensino de gêneros, por meio das formas de planificação, gestos didáticos e ferramentas de ensino utilizadas. Assim sendo, para o entendimento teórico acerca do trabalho do professor, tomamos como base os estudos de: Bronckart (2006), Lousada (2006), Machado (2007), Dolz, Gagnon e Decândio (2009), entre outros. Para a elucidação teórica sobre a noção de agir didático, assumimos as concepções de Silva (2013). E no que concerne aos estudos sobre gestos didáticos, nos embasamos nas pesquisas de: Aeby Daghé e Dolz (2007), Schneuwly (2009), Messias e Dolz (2016), Nascimento e Brum (2017), entre outros. Para a compreensão do ensino de gêneros, utilizamos os estudos de: Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), Marcuschi (2005), Leal e Melo (2007), Silva e Melo (2007), Leal e Brandão (2007), Machado (2009), Lima (2016) entre outros. Trata-se de uma pesquisa de abordagem predominantemente qualitativa (Lüdke; André, 2020), caracterizada como pesquisa de campo (Severino, 2007), na qual a coleta de dados é realizada no ambiente em que os fenômenos ocorrem — a sala de aula. Como resultado, evidencia-se que o agir didático da professora demonstra preocupação com questões estruturais e com a função social dos gêneros abordados, sendo este permeado por atividades de leitura e produção escrita.
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This research aims to investigate how the didactic action of an early grade teacher is configured in the teaching of genres, through the forms of planning, didactic gestures and teaching tools used. Therefore, for the theoretical understanding of the teacher's work, we took as a basis the studies of: Bronckart (2006), Lousada (2006), Machado (2007), Dolz, Gagnon and Decândio (2009), among others. For the theoretical elucidation of the notion of didactic action, we assumed the concepts of Silva (2013). And the studies on didactic gestures, we based ourselves on the research of: Aeby Daghé and Dolz (2007), Schneuwly (2009), Messias and Dolz (2016), Nascimento and Brum (2017), among others. To understand the teaching of genres, we used the studies of: Dolz, Noverraz and Schneuwly (2004), Marcuschi (2005), Leal and Melo (2007), Silva and Melo (2007), Leal and Brandão (2007), Machado (2009), Lima (2016) among others. This is predominantly qualitative approach research (Lüdke; André, 2020), characterized as field research (Severino, 2007), in which data collection is carried out in the environment where the phenomena occur - the classroom. As a result, it is evident that the teacher's didactic action demonstrates concern with structural issues and with the social function of the genres addressed, which is permeated by reading and writing activities.
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LETÍCIA GOMES MÉLO LAUREANO
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Pensamento Calvinista e Educacao Liberal: dialogos e impasses para a construcao de uma educacao libertadora no colegio presbiteriano XV de novembro no agreste pernambucano
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Orientador : EVERALDO FERNANDES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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EVERALDO FERNANDES DA SILVA
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ALLENE CARVALHO LAGE
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KLEBER FERNANDO RODRIGUES
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Data: 27/06/2025
Ata de defesa assinada:
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A teologia social de João Calvino eclode em meados do século XVI, a partir da sua experiência como reformador de Genebra, na Suiça, onde funda a primeira escola primária de toda Europa. O pensamento calvinista, como popularmente conhecido, se difunde e atinge outros continentes. No Brasil, muitas foram as tentativas de
implementação; contudo, apenas em 1959, os missionários presbiterianos norte- americanos conquistam lugar efetivo entre as religiões brasileiras. Desse momento,
resulta a Igreja Presbiteriana no Brasil que mantém-se como principal propagadora do pensamento calvinista no país. Desde os primórdios, a presença presbiteriana marca o campo educacional Brasileiro, disseminando seus princípios doutrinários calvinistas. Em Pernambuco, no agreste, contamos com uma dessas instituições educacionais históricas, o Colégio Presbiteriano XV de Novembro, que foi escolhido como espaço empírico da presente pesquisa. Apesar da laicidade do estado, reconhecemos a força dos discursos religiosos na política e em todas as esferas sociais, nesse caso específico, na educação. Portanto, os colégios confessionais se diferenciam dos demais, por professarem uma doutrina ou princípios que podem se aproximar ou distanciar-se das práticas de uma educação libertadora. À vista disso, elencamos como objetivo geral, compreender as possíveis contribuições da educação calvinista, preconizadas pelo colégio presbiteriano XV de Novembro, situado no agreste pernambucano, sob a perspectiva de uma educação libertadora. Para tanto, traçamos um percurso metodológico de abordagem qualitativa (Mynayo, 2001), sendo o tipo e a finalidade do estudo exploratório e explicativo (Gil, 2002). O método da pesquisa, o caso alargado inspirado em (Santos, 1983) e (Lage, 2013). As técnicas de coleta de dados utilizadas foram: a análise documental (Ludke; André, 1986); a observação participante (Lage, 2013) e (Ludke; André, 1986) e os formulários abertos (Gil, 2008). Para análise e a organização dos dados obtidos, nos servimos da técnica de análise de conteúdo, teórico-gramatical de Bardin (1977). Os resultados obtidos revelam que a educação calvinista proposta pelo colégio presbiteriano XV de novembro se alinha com um projeto educativo liberal, portanto, o foco maior é a realização pessoal do sujeito, bem como sua adaptação à sociedade e seu ingresso no ensino superior e mercado de trabalho. O contexto educativo estudado exibe uma educação liberal fundamentada no discurso da teologia calvinista, antagônico às críticas sociais.
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A teologia social de João Calvino eclode em meados do século XVI, a partir da sua experiência como reformador de Genebra, na Suiça, onde funda a primeira escola primária de toda Europa. O pensamento calvinista, como popularmente conhecido, se difunde e atinge outros continentes. No Brasil, muitas foram as tentativas de implementação, contudo, apenas em 1959, os missionários presbiterianos norte- americanos conquistam lugar efetivo entre às religiões brasileiras. Desse momento, resulta a Igreja Presbiteriana no Brasil que mantém-se como principal propagadora do pensamento calvinista no país. Desde os primordios, a presença presbiteriana marca o campo educacional Brasileiro, disseminando seus princípios doutrinários calvinistas. Em Pernambuco, no agreste, contamos com uma dessas instituições educacionais históricas, o Colégio Presbiteriano XV de Novembro, escolhido como espaço empírico da presente intencionalidade de pesquisa. Apesar da laicidade do estado, reconhecemos a força dos discursos religiosos na política e em todas as esferas sociais, nesse caso específico, na educação. Portanto, os colégios confessionais se diferenciam dos demais, por professarem uma doutrina ou princípios que, podem se aproximar ou distanciar das práticas de uma educação libertadora. À vista disso, elencamos como objetivo geral, compreender as possíveis contribuições da educação calvinista, preconizada pelos colégios presbiterianos, situados no agreste pernambucano, sob a perspectiva de uma educação libertadora. Para tanto, traçamos um percurso metodológico de abordagem qualitativa (Mynayo, 2001), sendo o tipo e a finalidade do estudo exploratório e explicativo (Gil, 2002). O método da pesquisa, o caso alargado inspirado em (Santos, 1983) e (Lage, 2013). As técnicas de coleta de dados serão: a análise documental (Gil, 2002), a observação participante (Ludke; André, 1986) e (Lage, 2013) e as entrevistas semiestruturadas (Ludke; André, 1986) e (Trivinõs, 1987). Para análise e a organização dos dados obtidos, nos serviremos da técnica de análise de conteúdo, teórico-gramatical de (Bardin, 1977).
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BRUNO LUIZ DE ARRUDA CARDOZO
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IMAGENS ARMORIAIS: O experienciar formativo a partir da analise estetico-simbolica das xilogravuras de Gilvan Samico
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Orientador : DANIELA NERY BRACCHI
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELA NERY BRACCHI
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MARIO DE FARIA CARVALHO
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EDUARDO ROMERO LOPES BARBOSA
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Data: 22/08/2025
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Este estudo se propõe a pensar a experiência enquanto princípio que permite a intersecção entre estética, Cultura Visual e educação. Nesse sentido, situamos o debate da educação em torno de uma concepção ampla do termo, não limitando-nos a uma perspectiva mecanicista ou utilitária. O objetivo geral eleito visa refletir em que medida é possível conceber uma educação sensível a partir do experienciar estético-simbólico das xilogravuras de Gilvan Samico. As contribuições teóricas de Jorge Larrosa (2002; 2016; 2020), John Dewey (2010), Fernando Hernández (2007; 2011), Walter Benjamin (1985); Duarte Júnior (1981; 1983) e Friedrich Nietzsche (2001; 2006; 2008; 2012a; 2012b), particularmente subsidiam as reflexões apresentadas. O trajeto metodológico é organizado a partir de uma perspectiva fenomenológica que direciona a ênfase da interpretação visual para o campo da subjetividade. Quanto às considerações construídas, estas ressaltam as potencialidades do experienciar formativo a partir das xilogravuras de Gilvan Samico. Estas se situam como mediador para o desenvolvimento de uma concepção de educação mais ampla, pautada na autonomia, na curiosidade e nos sentidos construídos pelo próprio sujeito.
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This study proposes to consider experience while allowing the intersection of aesthetics, visual culture, and education. In this sense, we frame the debate on education around a broad conception of the term, not limiting ourselves to a mechanistic or utilitarian perspective. The general objective chosen aims to reflect on the extent to which it is possible to conceive of a sensitive education based on the aesthetic-symbolic experience of Gilvan Samico's woodcuts. The theoretical contributions of Jorge Larrosa (2002; 2016; 2020), John Dewey (2010), Fernando Hernandez (2007; 2011); Duarte Junior (1981; 1983) and Friedrich Nietzsche (2001; 2006; 2008; 2012a; 2012b) particularly inform these reflections. The methodological approach is organized from a phenomenological perspective that directs the emphasis of visual interpretation toward the field of subjectivity. The considerations constructed highlight the potential of formative experience based on Gilvan Samico's woodcuts. These serve as mediators for the development of a broader concept of education, based on autonomy, curiosity, and the meanings constructed by the individual.
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EVELINE DANIELE BORGES SILVA SIMOES
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DESAFIOS E PARADOXOS DA EDUCACAO INCLUSIVA: Entre inventividade e a hospitalidade de criancas com necessidades de acompanhamento especial
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Orientador : CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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CARLOS EDUARDO FERRACO
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SIMONE MOURA QUEIROZ
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Data: 28/08/2025
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Reconhecemos que a educação é um direito a ser garantido a todas e todos sem distinção, considerando em suas políticas e práticas as singularidades de territórios, grupos e corpos. No entanto, percebemos que a educação inclusiva ainda tem muitos desafios e contradições. Pois as normas e padronizações curriculares instituídas a partir de uma macropolítica, acabam favorecendo a manutenção de uma uniformidade, que tende a reforçar o estranhamento ao outro e as diferenças. Assim, nos colocamos a pensar como uma escola pode ser inclusiva se não assumirmos um compromisso ético de hospedar o outro no sentido de valorizar as diferenças e afirmar as vidas? Diante dessa problematização surge o seguinte questionamento: Quais movimentos são tecidos pelo professorado em seus cotidianos que se desdobram em experiências inventivas e gestos hospitaleiros no processo inclusivo do outro e das diferenças? Tomamos como objetivo geral: Descrever os movimentos inventivos que se desdobram em experiências e gestos hospitaleiros que contribuem com o processo de inclusão dos estudantes que apresentam necessidades de acompanhamento educacional especial. Entre os intercessores teóricos com os quais dialogamos estão, Derrida (1995, 2002a, 2002b, 2003, 2008), Deleuze e Guattari (1992, 1995, 1996, 1997, 2010), Dias (2009, 2011, 2014, 2020), Foucault (1989, 2001), Skliar (2001, 2003, 2008), Pagni (2015, 2019), Kastrup (2008, 2015) e Rolnik (2011). Metodologicamente nos aventuramos numa experiência cartográfica. Nessa caminhada tivemos a oportunidade de acompanhar sujeitos e cotidianos e isso nos ajudou a perceber que diante das imprevisibilidades e da fluidez dos acontecimentos, alguns movimentos tecidos pelos docentes, acabam subvertendo as regras e técnicas de ensino.
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Este projeto parte do entendimento de que a instituição de leis que preveem o acesso e a disponibilidade de recursos para inserção dos escolares que apresentam necessidades de acompanhamento educacional especial na escola regular, não garantem o reconhecimento das diferenças e das multiplicidades, tão pouco o desenvolvimento de ações inventivas e hospitaleiras, que caminhe no sentido de acolher ao outro de forma incondicional, propiciando condições para sua permanência e participação. Tem como objetivo problematizar os movimentos que o professorado tem mobilizado para hospedar o outro e trabalhar com as diferenças, potencializar as interações, minimizar os estranhamentos e romper com as descriminações. Tomamos como caminho teórico-metodológico o movimento proposto pela cartografia, pois, entendemos que esse movimento potencializa
deslocamentos/encontros/experiências/conexões e (des/re) construções de pensares-saberes- fazeres, tendo em vista que, cartografar é acompanhar processos e tem a ver com sair do mundo
das aparências para olhar-perceber o que se passa e nos permite desvelar mundos outros, sujeitos outros e acontecimentos outros. O campo escolhido para vivenciar essa experiência foi uma escola da Rede Municipal de Caruaru. Teoricamente optamos por caminhas com Derrida (2003,2005) e Farias (2018); Deleuze e Gattari (1992; 2010), Gallo (2008); Larrosa (2002; 2010), Foucault (2001), Veiga-Neto (2007), Dias (2009; 2014; 2020), Emilião (2017), Ferraço (2014; 2019; 2021), Lins e Campos (2020), Kastrup (2008; 2015), Figueira (2011), Pagni (2015) e Skliar (2001;2003). Esses intercessores nos ajudam a pensar a hospitalidade, as diferençaa e os processos de inclusão, pois nos provocam a problematizar os desafios impostos ao outro em função das padronizações, pois, esse movimento nos soa como um convite a reinvenção dos nossos saberes-pensares-fazeres em relação a educação.
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JAMYLA ÁLATAN DA SILVA JUVINO
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FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORAS/ES E PRÁTICA DOCENTE EM EDUCAÇÃO DO CAMPO
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Orientador : JANSSEN FELIPE DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ISAIAS DA SILVA
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JANSSEN FELIPE DA SILVA
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JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
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Data: 23/09/2025
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Esta dissertação é fruto da pesquisa de Mestrado vinculada à Linha de Ensino, Docência e Aprendizagem do Programa de Pós-graduação em Educação Contemporânea, do Centro Acadêmico do Agreste (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Este estudo versa sobre a possibilidade de existência de uma prática docente específica e diferenciada, por parte de professores camponês que tiveram acesso a estudos que tratam sobre Educação do Campo, ao participarem do programa Escola da Terra. Nesta pesquisa, elencamos como questão/problema: Como a formação continuada oferecida pelo Programa Escola da Terra contribui para a prática docente nas escolas do/no campo? No intuito de responder ao problema de pesquisa, construímos o seguinte objetivo geral: Compreender como a formação continuada oferecida pelo Programa Escola da Terra influencia a prática docente nas escolas do/no campo. Os objetivos específicos desta pesquisa são: a) Identificar os objetivos e princípios que estruturam a formação continuada oferecida pelo Programa Escola da Terra; b) Identificar a percepção das/os professoras/es sobre os impactos e influências da formação continuada e suas práticas; c) Caracterizar de que forma as/os professoras/es relacionam os conhecimentos adquiridos na formação com suas práticas pedagógicas; d) Analisar os desafios enfrentados pelas/os docentes na implementação dos conhecimentos adquiridos por meio da formação vivenciada no Programa Escola da Terra. Adotamos como abordagem teórica os Estudos Pós-Coloniais, que se constituem enquanto opção político-epistemológica, a partir do diálogo dos autores: Grosfoguel (2007); Mignolo (2007, 2008); Quental (2012); Quijano (2005); Walsh (2008, 2013), dentre outros, que nos possibilitam refletir e problematizar o processo de silenciamento dos povos da América. Adotamos como procedimentos teórico- metodológico a Análise de Conteúdo via Análise Temática de: Bardin (2011) e Vala (1990). As análises mostraram que, apesar das limitações impostas pela colonialidade, a escola do campo pode transforma-se em um espaço de resistência, de diálogo e de uma pedagogia decolonial que valoriza o os sujeitos do campo enquanto protagonistas de sua história.
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Esta dissertação é fruto da pesquisa de Mestrado vinculada à Linha de Ensino, Docência e Aprendizagem do Programa de Pós-graduação em Educação Contemporânea, do Centro Acadêmico do Agreste (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Este estudo versa sobre a possibilidade de existência de uma prática docente diferenciada por parte de professores campesinos que tiveram acesso à estudos que tratem sobre Educação do Campo ao participarem do programa Escola da Terra. Nesta pesquisa elencamos como questão/problema: Como a formação da Escola da Terra contribui para a prática docente da escola do/no Campo? No intuito de responder ao problema de pesquisa construímos o seguinte objetivo geral: Compreender a contribuição da formação da Escola da Terra nas práticas dos professores da escola do/no Campo. Nesse sentido, os objetivos específicos desta pesquisa versam em: a) Identificar os objetivos da formação da Escola da Terra; b) Caracterizar as práticas docentes diferenciadas; c) Entender a relação entre a formação da Escola da Terra e a prática docente; d) Identificar os desafios da formação vivenciada pelos professores em sua prática docente. Adotamos como abordagem teórica os Estudos Pós-Coloniais que se constitui enquanto opção política-epistemológica a partir do diálogo dos autores: GROSFOGUEL (2007); MIGNOLO (2007, 2008); QUIJANO (2005); QUENTAL (2012); WALSH (2008, 2013), dentre outros que nos possibilitam a refletir e problematizar o processo de silenciamento dos povos da América. Adotamos como procedimentos teórico metodológico a Análise de Conteúdo via Análise Temática de: BARDIN (2011) e VALA (1999).
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MARIA ERIVALDA DOS SANTOS TORRES
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FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES(AS) NO CONTEXTO DO FÓRUM DA EJA DO AGRESTE CENTRO NORTE-PE À LUZ DOS ESTUDOS FREIREANOS: Dizeres e fazeres de professores(as) iniciantes e experientes
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Orientador : MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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GLÁUCIA SIGNORELLI DE QUEIROZ GONÇALVES
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Data: 30/09/2025
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O presente estudo situa-se nas discussões acerca da Formação Continuada de Professores(as) da EJA, à luz dos estudos freireanos, no contexto do Fórum Regional do Agreste Centro Norte, com foco nos dizeres e fazeres dos(as) professores(as) iniciantes e experientes. Tomou-se como objeto de estudo a “Formação continuada de professores(as) iniciantes e experientes da EJA à luz da abordagem freireana”, que foi estudado a partir do problema de pesquisa: Como se materializa, à luz dos estudos freireanos, a formação continuada nos dizeres e fazeres dos(as) professores(as) iniciantes e experientes, no contexto da EJA do Agreste Centro Norte-PE? Como objetivo geral a pesquisa se propôs - Analisar, à luz dos estudos freireanos, a materialização da formação continuada nos dizeres e fazeres dos(as) professores(as) iniciantes e experientes no contexto da EJA do Agreste Centro Norte-PE. As discussões realizadas na pesquisa fundamentaram-se nas categorias teóricas: formação continuada de professores(as), com Nóvoa (1991), Imbernón (2009), Giordan e Hobold (2015) e Paulo Freire (1997, 2001, 2016), dentre outros; professores(as) iniciantes, a partir de Veenman (1988), Gouveia, (2023) Príncepe e André (2018), André (2012), Garcia (1999), Mendonça (2019) e Huberman (1995), etc.; professores experientes na acepção de Marcelo (2009), dentre outros. Para a compreensão do contexto do Fórum retomou-se Silva (2008); e para a perspectiva dos estudos freireanos foram usadas as obras de Paulo Freire (1992, 2006, 2011, 2015a, 2015b 2016, 2019). O percurso metodológico se pautou em uma abordagem predominantemente qualitativa, conforme Lüdke e André (2018). Com relação à produção dos dados, a pesquisa seguiu três direções: a primeira, com o procedimento de análise documental, tratando os documentos do tipo oficial e técnico (Lüdke, André, 2018); a segunda, para atilar os participantes, tomando por base o instrumento questionário (Severino, 2017) e, a terceira, com o grupo de discussão (Weller, 2013), onde foram feitos Círculos de Cultura Formativo e Análise documental das atividades desenvolvidas pelos(as) professores(as) com os(as) estudantes. Os dados foram analisados na perspectiva da análise de conteúdo conforme Moraes (1999), em que a interpretação se dá por meio das temáticas e significados que emergem. Os resultados evidenciaram que o déficit de políticas públicas de formação específica para a EJA é uma realidade persistente, e que o FREJAACN, por meio de seus encontros anuais, seminários e reuniões ordinárias mensais assume o papel crucial de prover essa formação, em uma perspectiva crítica e freireana. Foram verificadas nas análises que a materialização da formação continuada nos dizeres e fazeres dos(as) professores(as) iniciantes e experientes no contexto da EJA do Agreste Centro Norte-PE, à luz dos estudos freireanos, demonstrou que, apesar dos desafios estruturais e da ausência de apoio institucional formal, os(as) professores(as) engajados(as) no FREJAACN constroem e experienciam práticas pedagógicas profundamente arraigadas nos princípios freireanos. A pesquisa, portanto, não apenas confirmou a materialização dessa formação no contexto do FREJAACN, mas ressaltou sua urgência e vitalidade para a EJA.
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O presente estudo situa-se nas discussões acerca da formação continuada de professores(as) da EJA, à luz dos estudos freireanos, no contexto do Fórum Regional do Agreste Centro Norte, com foco nos dizeres e fazeres dos(as) professores(as) iniciantes e experientes. Tomamos como objeto de estudo “Formação continuada de professores(as) iniciantes e experientes da EJA à luz da abordagem freireana” e como problema central: Como se materializa, à luz dos estudos freireanos, a formação continuada nos dizeres e fazeres dos(as) professores(as) iniciantes e experientes no contexto da EJA do Agreste Centro Norte-PE? Como objetivo geral, trazemos: Analisar, à luz dos estudos freireanos, a materialização da formação continuada nos dizeres e fazeres dos(as) professores(as) iniciantes e experientes no contexto da EJA do Agreste Centro Norte-PE. E como desdobramento deste, delimitamos os objetivos específicos: Apresentar o histórico do Fórum Regional da EJA do Agreste Centro Norte/PE; Identificar os contextos e materialização da formação continuada dos(as) professores(as) iniciantes e experientes da EJA no Agreste Centro Norte; Identificar as temáticas fereireanas presentes nos dizeres dos(as) professores(as) da EJA no Agreste Centro Norte; Levantar nos fazeres dos(as) professores(as) as aproximações com as temáticas freireanas materializadas com seus estudantes. Fundamentamos nossas discussões nas categorias teóricas: formação continuada de professores(as), com Nóvoa (1991), Imbernón (2009), Giordan e Hobold (2015) e Paulo Freire (1997, 2001, 2016) dentre outros; discutimos profissionais iniciantes a partir de Veenman(1988), Gouveia, (2023) Príncepe e André (2018), André (2012), Garcia (1999), Mendonça (2019) e Huberman (1995), dentre outros; professores experientes na acepção de Marcelo (2009), dentre outros. Para a compreensão do contexto do Fórum buscamos Silva (2008) e para a perspectiva dos estudos freireanos usamos as obras de Paulo Freire (1992, 2006, 2011, 2015a, 2015b 2016, 2019). Nosso percurso metodológico se pautou em uma abordagem predominantemente qualitativa, conforme (Lüdke e André, 2018). Para chegarmos a produção dos dados, movemo-nos por três direções: a primeira, o procedimento de análise documental, tratando os documentos do tipo oficial e técnico (Lüdke, André, 2018); a segunda, para atilar os participantes, tomando por base o instrumento questionário (Severino, 2017) e a terceira o grupo de discussão (Weller, 2013). Os dados serão analisados na perspectiva da análise de conteúdo conforme Moraes (1999), em que a interpretação se dá por meio das temáticas e significados que emergem.
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JEREMIAS DOS SANTOS
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O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA EM ESCOLAS INDÍGENAS: uma análise do Referencial Curricular Nacional para Escolas indígenas à luz da decolonialidade dos corpos e da perspectiva do Bem Viver.
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Orientador : SAULO FERREIRA FEITOSA
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MEMBROS DA BANCA :
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ELIENE AMORIM DE ALMEIDA
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SANDRO GUIMARAES DE SALLES
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SAULO FERREIRA FEITOSA
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Data: 01/10/2025
Ata de defesa assinada:
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Esta Dissertação está vinculado à linha de pesquisa denominada Educação e Diversidade do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro Acadêmico do Agreste (CAA). A pesquisa teve como objetivo compreender como o ensino de Educação Física é apresentado no Referencial Curricular Nacional para Escolas Indígenas (RCNEI), considerando-se a decolonialidade dos corpos na perspectiva do Bem Viver. Além da análise do RCNEI, procuramos identificar as possíveis aproximações e distanciamentos entre Referencial aqui citado e o Currículo de Educação Física do Estado de Pernambuco (2019). Os postulados do Bem Viver foram analisados com o intuito de contribuir para a construção de possíveis indicadores para a decolonialidade dos corpos, por meio da Educação Física praticada nas escolas indígenas. As nossas justificativas sobre o estudo em questão, foram dadas nos âmbitos histórico, político e social; acadêmico e pessoal, os quais, embora separados, estão correlacionados entre si. Metodologicamente, nossa dissertação está classificada como uma pesquisa qualitativa com viés documental, com natureza descritiva, pautada em uma ótica decolonial, uma vez que visa questionar a colonialidade presente buscando a Diferença Colonial. Foi Utilizada a Hermenêutica Dialética para análise e compreensão dos textos. Para o desenrolar das análises, nossa abordagem teórica recaiu sobre os estudos decoloniais, a partir de Almeida (2001); Almeida (2021); Céspedes (2010); Enrique Dussel (1993; 2016); Galdino; Salles (2022); Lacerda; Feitosa (2015); Mignolo (2007; 2008a; 2008b; 2017; 2020) ; Oliveira e Feitosa (2020); Quijano (2000, 2005); Silva (2021b); Walsh (2008; 2009; 2010) dentre outros/as autores/as que contribuíram de forma significativa para a construção das possíveis respostas para nosso questionamento e objetivos. Uns dos principais resultados da pesquisa verificou que o componente curricular Educação Física, infelizmente, foi e possivelmente ainda é, um componente curricular que faz parte do rol daqueles onde a colonialidades do poder, saber e ser mais se manifestam, dificultando o tensionamento na linha de fronteira, onde há a ocorrência de diálogos interculturais com as práticas tradicionais indígenas de educação dos corpos na perspectiva do Bem Viver. Esperamos que os resultados desta pesquisa possam subsidiar possíveis práticas de ensino para a Educação Física escolar nas escolas indígenas do estado de Pernambuco e quiçá em outras regiões do país.
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Esse projeto está vinculado à linha de pesquisa denominada Educação e Diversidade do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Centro Acadêmico do Agreste (CAA), e toma como objeto de investigação a Educação Física escolar nas escolas indígenas públicas estaduais do povo Fulni-ô. A investigação está voltada para o componente curricular Educação Física, onde iremos analisar as Unidades Temáticas (UT) no sentido de identificar traços decoloniais/descoloniais dentro das aulas teóricas e práticas de Educação Física nas escolas selecionadas. Com efeito, a pesquisa questiona: como são trabalhadas as Unidades Temáticas do componente curricular Educação Física dentro das aulas práticas e teóricas nas escolas indígenas do povo Fulni-ô, considerando a perspectiva da Diferença Colonial? Nesta feita, nosso objetivo geral, propõe analisar como são trabalhadas as Unidades Temáticas do componente curricular Educação Física nas escolas indígenas do povo Fulni-ô, considerando a perspectiva da Diferença Colonial. Por sua vez, os objetivos específicos, visão identificar as principais práticas pedagógicas (habilidades) utilizadas nas aulas práticas e teóricas do componente curricular Educação Física nas escolas indígenas do povo Fulni-ô; investigar se as aulas de Educação Física nas escolas indígenas do povo Fulni-ô contribuem para afirmação da Diferença Colonial e sistematizar o debate da Diferença Colonial aplicada às aulas de Educação Física nas escolas indígenas do povo Fulni-ô. As nossas justificativas sobre o estudo em questão, dão-se nos âmbitos histórico e social; acadêmico e pessoal, os quais, embora separados, estão correlacionados entre si. Metodologicamente, nosso trabalho se situa no terreno das pesquisas qualitativas em educação e serão analisados a partir da análise do conteúdo de Bardin (2011). Para o desenrolar das análises, nossa abordagem teórica irá recair sobre os estudos decoloniais a partir de Dussel (1993); Quijano (2000, 2005); Mignolo (2008a;2008b; 2017; 2020), dentre outros autores/as que possam contribuir para a construção das respostas do nosso questionamento. Esperamos que os resultados da pesquisa possam somar os conhecimentos advindos das expressões e movimentos corporais do povo Fulni-ô, antes silenciados pelas facetas da colonialidade, aos conhecimentos da Educação Física escolar dentro de uma perspectiva decolonial.
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TAYANNE RAFAELY LIMA E SILVA
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PRÁTICAS AVALIATIVAS DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE: TENSIONAMENTOS E DESAFIOS DISCURSIVOS
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Orientador : LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA PRISCILA DE LIMA ARAÚJO AZEVÊDO
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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PRISCILA MARIA VIEIRA DOS SANTOS MAGALHAES
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Data: 09/10/2025
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Buscando compreender o movimento das mil maneiras do cotidiano escolar se revelar, esta pesquisa versou sobre as práticas “comuns” vivenciadas nesse espaço. De modo específico, a pesquisa intitulada, “Práticas avaliativas dos professores do ensino fundamental de Santa Cruz do Capibaribe: Tensionamentos e desafios discursivos” tem por objetivo geral: compreender as práticas avaliativas de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental de Santa Cruz do Capibaribe. Nesse sentido, nos interessamos em pensar práticas-políticas avaliativas, na rede municipal de ensino de Santa Cruz do Capibaribe. Com passos que andam para o caminho dessas problematizações, fomos mobilizadas pela pergunta: Como os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental de Santa Cruz do Capibaribe, realizam suas práticas avaliativas frente aos múltiplos sentidos de avaliação em emergência nos cotidianos escolares? Tendo em vista tal inquietação, propomos, nesta pesquisa: a) Problematizar os sentidos de práticas avaliativas nos discursos de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental; B) Analisar a produção discursiva das políticas de avaliação da Rede Municipal de Santa Cruz do Capibaribe– PE. Tomamos como inspiração teórico-metodológica as pesquisas com os cotidianos, uma vez que estas nos possibilitam perceber as inventividades que envolvem as práticas dos sujeitos (Certeau, 1994;1996; Ferraço, 2008;2016). Para esses encontros pensamos na realização de entrevistas semiestruturadas para coleta de dados, com posterior análise . Nosso referencial teórico apoiou-se nos estudos de Stephen Ball (1992, 2006, 2012) que discute os múltiplos contextos em que as políticas educacionais são produzidas. Assim, pensamos que essa pesquisa poderá contribuir com as discussões e problematizações que envolvem as políticas e práticas avaliativas, mobilizando questões relacionadas a avaliação da aprendizagem e o lugar que ela ocupa na rede municipal de ensino
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O presente projeto de pesquisa intitulado,“Práticas avaliativas dos professores do ensino fundamental de Santa Cruz do Capibaribe: Tensionamentos e desafios discursivos” tem por objetivo geral: compreender as práticas avaliativas de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental de Santa Cruz do Capibaribe. Nesse sentido, nos interessamos em pensar práticas-políticas avaliativas, na rede municipal de ensino de Santa Cruz do Capibaribe. Com passos que andam para o caminho dessas problematizações somos mobilizadas pela pergunta: Como os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental de Santa Cruz do Capibaribe, realizam suas práticas avaliativas diante dos diferentes discursos/sentidos, e quais as mobilizações discursivas relacionadas a avaliação da aprendizagem? Tendo em vista tal inquietação, propomos, nesta pesquisa: Mapear os sentidos mobilizados em torno da avaliação da aprendizagem e práticas nas produções cientificas da ANPED, nas teses e dissertações da BDTD – Local /UFPE e nos artigos científicos da Revista Ensaios: Avaliação e política em avaliação – REAPPA; Problematizar os sentidos de práticas avaliativas nos discursos de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental; Identificar as políticas de avaliação da Rede Municipal de Santa Cruz do Capibaribe– PE. Tomamos como inspiração teórico-metodológica as pesquisas com os cotidianos, uma vez que, nos possibilita perceber as inventividades que envolvem as práticas dos sujeitos (Certeau, 1994;1996; Ferraço, 2008;2016). Para esses encontros pensamos na realização de entrevistas semiestruturadas e análise dos documentos orientadores oficiais, regentes na Rede Municipal de Ensino. Nosso referencial teórico se apoia nos estudos de Stephen Ball (1992, 2006, 2012) que discute as concepções de avaliação /práticas avaliativas através do micro e macro contextos, entre outros autores. Assim, pensamos que essa pesquisa experienciada poderá contribuir com as discussões e problematizações que envolvem as práticas avaliativas dos professores, mobilizando questões relacionadas a avaliação da aprendizagem.
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JOSE MARCONDES ALVES DA SILVA
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RECURSOS DE PROFESSORES(AS) PARA ENSINAR A GRANDEZA ÁREA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO EM ESCOLAS DO CAMPO
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Orientador : IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
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CRISTIANE DE ARIMATEA ROCHA
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ELISÂNGELA BASTOS DE MÉLO ESPÍNDOLA
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Data: 14/10/2025
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A pesquisa situa-se nos domínios da Educação do Campo, da Educação Matemática e da Abordagem Documental do Didático (ADD). Tem como objetivo compreender como professores(as) de escolas do campo do Agreste Setentrional de Pernambuco selecionam, constroem e utilizam recursos para ensinar a grandeza área nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio e que relação estabelecem com as atividades produtivas. Fundamenta-se nos estudos sobre a Educação do Campo, a ADD e as Grandezas e Medidas, particularizando a grandeza área. Adota a Metodologia de Investigação Reflexiva, no âmbito da ADD, para produzir os dados com seis professores(as) que atuam nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio em escolas do campo de quatro municípios do Agreste Setentrional de Pernambuco. Os instrumentos de produção de dados incluem entrevistas semiestruturadas com os(as) professores(as) participantes, a
produção, por eles, de vídeos e mapas de recursos para ensinar a grandeza área. Realizou- se, também, um levantamento de dados no Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), notadamente, sobre as principais atividades produtivas – agrícolas e agropecuárias – desses municípios e uma entrevista com um representante de cada
comunidade onde está situada as escolas. Para complementá-los foram realizadas entrevistas com representantes das comunidades nas quais as escolas do campo estão sediadas. Os resultados mostram que os(as) professores(as) dispõem de uma diversidade de recursos, tanto materiais – como livros, figuras geométricas, vídeos e objetos do cotidiano – quanto não materiais a exemplo de saberes da experiência, manifestações culturais do lugar e atividades produtivas. Por vezes, tais recursos foram associados às realidades do campo, na medida em que o plantio de milho, a medição de terrenos, a construção de cercas e a divisão de espaços produtivos foram citados para ensinar a grandeza área. Considera-se, a partir dos resultados, a necessidade de se construir e vivenciar ações de formação continuada para professores(as) que ensinam em escolas do campo a fim de propiciar uma estreita relação entre os conteúdos matemáticos e a Educação do Campo.
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A pesquisa em desenvolvimento situa-se nos campos da Educação do Campo, da Educação Matemática e da Abordagem Documental do Didático (ADD)., tem como objetivo compreender como os(as) professores(as) que ensinam matemática selecionam, constroem e utilizam seus recursos para ensinar a grandeza área nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio em escolas do campo de municípios do Agreste Setentrional de Pernambuco e sua relação com as atividades produtivas desenvolvidas pelos(as) camponeses(as). Para fundamentar a investigação apoiamo-nos nas discussões que norteiam a Educação do Campo, a Educação Matemática - especificamente no campo das Grandezas e Medidas – destacando a grandeza área e na noção dos recursos ancorada na Abordagem Documental do Didático (ADD). Para situar o nosso objeto de estudo, realizamos uma revisão da literatura nos anais das Reuniões da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) e nos anais do Encontro Nacional de Educação Matemática (ENEM). Adotamos a Metodologia de Investigação Reflexiva (MIR), no âmbito da ADD, orienta a produção dos dados junto a seis professores(as) que atuam nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio em escolas do campo de três municípios do Agreste Setentrional de Pernambuco. Dentre as escolhas metodológicas incluem entrevistas semiestruturadas, a produção de vídeos e produção de um mapa de recursos utilizado por esses professores(as) para o ensino da grandeza área. Além disso, foi realizado um levantamento de dados socioeconômicos e populacionais no Sistema de Informação e Recuperação Automática (SIDRA/IBGE), considerando o número de habitantes, a situação dos domicílios e as principais atividades produtivas – agrícolas e agropecuárias – desses municípios. Como complemento, será realizada entrevistas com, pelo menos, um representante de cada uma das comunidades envolvidas em cada município.
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MURILO RANGEL OLIVEIRA
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INFÂNCIAS, CURRÍCULO E ESCOLA EM TERRITÓRIO QUILOMBOLA NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHA-PE: sobre pistas para pensarcom crianças e infâncias que artistam em transbordamentos no cotidiano escolar
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Orientador : CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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Data: 17/10/2025
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Esta pesquisa foi desenvolvida a partir da Filosofia da Infância, com inspiração cartográfica. Propondo-se a pensarcom crianças, e infâncias, que habitam o espaçotempo escola do campo, em território quilombola. Como território existencial da prática investigativa e produção de dados, enquanto Campo Problemático, delimitou-se, por meio de um movimento cartográfico, uma Escola localizada em Território Quilombola, situado na região Agreste, no Município de Alagoinha-PE. Teceram conosco crianças cartógrafas do Ensino Fundamental I – Anos Iniciais. Tomamos como objeto de estudo os dizeres, saberes e aprenderes minoritários das infâncias. A partir dos quais elucidamos a pergunta de investigação: Que outros possíveis as artistagens das crianças, e das infâncias, produzidas no cotidiano escolar, de uma escola do campo, em território quilombola, nos dão a pensarcom ao currículoescola? Tendo em vista tal inquietação, propomos, nesta pesquisa, praticar entre e com as crianças, e as infâncias que habitam a escola do campo, em território quilombola e, a partir destes encontros em possibilidade, em desejo de: Cartografar os deslocamentos, composições, dizeres, fazeres e aprenderes artistados pelas crianças, e infâncias, que frequentam este território existencial, para pensarcom outros possíveis ao currículoescola. Com aberturas outras, nesses movimentos, em atravessamentos aiónicos, subjetivados pela beleza dos (des)começos circulares, fomos agenciados a: 1) Mapear, desde suas próprias experiências cotidianas em contexto escolar, os deslocamentos, composições, dizeres, fazeres e aprenderes artistados pelas crianças e pelas infâncias que habitam a escola do campo em território quilombola; 2) Acompanhar, os transbordamentos/vazamentos curriculares que as crianças, e as infâncias, instauram a partir de seus deslocamentos, composições, dizeres, fazeres e aprenderes; 3) Problematizar os deslocamentos, composições, dizeres, fazeres e aprenderes artistados pelas crianças, e as infâncias, na escola do campo, em território quilombola, para pensarcom outros possíveis ao currículoescola. Os intercessores teóricos que nos acompanharam nestes movimentos foram: Kohan (2014), Santos (2019), Corazza (2008), Ferraço (2021), Deleuze e Guattari (1997), Skliar (2008), Barros (2013) e outros. Problematizamos ao pensarcom infâncias como caminha para a pesquisa com crianças, compondo conversações e instaurações em fluxo, entre acontecimentos no cotidiano, para tecermos a partir de seus dizeres, fazeres e aprenderes. Assim, em encontros, e possibilidades, praticamos na escola, ao pensarcom as crianças que artistam em transbordamentos no cotidiano escolar. Nestes encontros percebemos possibilidades outras, artistadas pelas crianças que, em brechas produzem e, nos provocam (re)criando Currículoescola-Aratacas, Currículoescola-Pega-Macaco, Currículoescola-Samba-de-Coco, Currículoescola-Afroconfluente... evidenciando a potência inventiva das infâncias que habitam o território afroconfluente.
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A presente proposta, intitulada PENSANDO O CURRÍCULO NA ESCOLA EM CONTEXTO QUILOMBOLA NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHA-PE: sobre pistas para pensarcom as crianças e as infâncias que artistam o território curricular; tem por Objetivo Geral: Cartografar os deslocamentos, composições, dizeres, fazeres e aprenderes artistados pelas crianças e as infâncias quilombolas no cotidiano escolar, para pensarcom outros possíveis para o currículo. Neste sentido, esta composição se interessa em pensar os currículos pelos deslocamentos infantis que irrompem as prescrições, artistando e compondo outros possíveis ao território curricular vivenciado em contexto quilombola numa pequena escola do campo na Rede de Ensino Municipal de Alagoinha-PE. Caminhamos, adentrado ao território, inspirados pela Cartografia (para experienciar em acontecimento) integrando e vivenciando os objetivos desta proposta mobilizados pelo questionamento: Que outros possíveis as artistagens das crianças e infâncias quilombolas produzidas no cotidiano escolar nos dão a pensarcom o currículo? Tendo em vista tal inquietação, desejamos: Mapear, desde suas próprias experiências cotidianas em contexto escolar, os deslocamentos, composições, dizeres, fazeres e aprenderes artistados pelas crianças e pelas infâncias quilombolas. Acompanhar os transbordamentos/vazamentos curriculares que as crianças, e as infâncias, instauram a partir de seus deslocamentos, composições, dizeres, fazeres e aprenderes. Problematizar os deslocamentos, composições, dizeres, fazeres e aprenderes artistados pelas crianças e as infâncias quilombolas no cotidiano escolar para pensarcom outros possíveis para o currículo. Para tal, projetamos compor nosso referencial teórico com a Filosofia da Diferença, no sentido de Deleuze (1997, 2010), Deleuze e Guattari (1997), Deleuze e Parnet (1998), Gallo (2007), Silva (2000, 2007), Ferraço (2008, 2012, 2013, 2018, 2021)... e com a Filosofia das Infâncias, explorando tecituras compostas por Kohan (2005, 2007, 2009, 2014, 2015, 2017, 2019) e outros; para buscar encontros com as Artistagens infantis tencionamos seguir pistas encontradas nos caminhos trilhados por Corazza (2002, 2006, 2008, 2013). Assim como, pretendemos convidar, entre outros autores, Larrosa e Lara (1998), Larrosa (2006), Skliar (2003) para esta jornada, no sentido de compreender as singularidades plurais das infâncias com quem nos encontraremos, pelas concepções do Outro. Para aproximação às teorias curriculares, seguiremos pistas lançadas por Corazza (2001, 2007), Gallo (2007), Silva (2000, 2007), Ferraço (2008, 2012, 2013, 2018, 2021), entre outros autores. Tomamos como inspiração as pesquisas com os cotidianos, produções trazidas por exemplo, por Ferraço (2008, 2012, 2013, 2018, 2021) e Carvalho (2009, 2019). Assim, projetamos seguir pistas, que nos apontem possibilidades de pensarcom as crianças e as infâncias que artistam o território curricular; e em processo, relacionar dados produzindo conhecimentos que participem das discussões, e contribuam com as problematizações, que envolvem os deslocamentos, composições, dizeres, fazeres e aprenderes vivenciados pelas crianças e as infâncias quilombolas no cotidiano escolar.
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ANA CAROLINA DE SOUZA SILVA
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ENSINO COLABORATIVO COMO ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA COM PROFESSORES INICIANTES PARA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO.
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Orientador : MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA MARIA TAVARES DUARTE
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
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MÁRCIA DUARTE GALVANI
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Data: 17/10/2025
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Esta pesquisa objetivou analisar as contribuições do Ensino Colaborativo como estratégia de Formação Continuada com professores iniciantes na Inclusão Escolar de crianças com autismo. Teoricamente, discute a Educação Especial na perspectiva inclusiva (Brasil, 2008; Mendes, 2006, 2010; Pletsch, 2020). O Transtorno do Espectro Autista é abordado a partir
de Orrú (2023), Prizant e Fields-Meyer, Schmidt (2013), DSM-V (APA, 2014) e da CID- 10/11. A formação continuada e os desafios dos professores iniciantes são tratados por
Marcelo (1999, 2010), Huberman (2013), Príncepe e André (2019) e Franco et al. (2023). Já o Ensino Colaborativo é discutido a partir de Mendes, Vilaronga e Zerbato (2022), Glat (2018) e Gately e Gately (2001). Metodologicamente, trata-se de pesquisa qualitativa, fundamentada em Lüdke e André (2018) e Gatti e André (2013), do tipo colaborativa (Ibiapina, 2008). Os procedimentos envolveram análise documental, questionário (Severino, 2017) e grupos de discussão (Weller, 2013), articulados a encontros de reflexão colaborativa. A análise dos dados ocorreu por meio da análise de conteúdo temática (Moraes, 1999). Os resultados apontam a relevância da colaboração entre pares no desenvolvimento profissional de iniciantes. Em Caruaru-PE, embora o Ensino Colaborativo não seja prática consolidada na rede, verificou-se disposição para colaborar e indícios de articulações voltadas à inclusão de crianças com TEA, sustentadas pelo compartilhamento de saberes, ajuda mútua e suporte entre professores da educação especial e do ensino comum. Conclui-se que a rede municipal necessita ampliar redes colaborativas que acolham os iniciantes, assegurem suporte formativo e práticas inclusivas, evidenciando o compromisso ético dos docentes e sua necessidade de políticas de inserção docente com ênfase na educação inclusiva.
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Este estudo se situa nas discussão acerca da formação de professores iniciantes para atuação na perspectiva da Educação Inclusiva, mais especificamente, sobre a inclusão de crianças com autismo via Ensino Colaborativo. Tem como objeto de pesquisa o Ensino Colaborativo enquanto estratégia de formação continuada de professores iniciantes com vistas a inclusão de crianças com autismo. O problema central do estudo é: Quais as contribuições do Ensino Colaborativo enquanto metodologia de Formação Continuada de professores iniciantes, com vistas a Inclusão Escolar de crianças com autismo? O pressuposto é que a experiência de trabalho colaborativa pode viabilizar o processo de imersão na docência de maneira a contribuir para a ressignificação dos professores iniciantes a partir da criação de vínculos colaborativos com outros profissionais, tendo em vista que esta ação é uma atitude compartilhada. Tem como objetivo geral analisar as contribuições do Ensino Colaborativo enquanto metodologia de Formação Continuada de professores iniciantes na Inclusão Escolar de crianças com autismo. Mais especificamente objetivou-se levantar indícios dos princípios orientadores para a formação de professores e inclusão de crianças com autismo; identificar quais ações formativas têm sido ofertadas à professores iniciantes que atuam com crianças com autismo na rede municipal de ensino de Caruaru/PE; Viabilizar proposições formativas via Ensino Colaborativo com vistas à inclusão de crianças com autismo acenando para as possibilidades de constituição de políticas públicas de formação de professores para a Educação Inclusiva. Teoricamente, discute a Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva tomando como referência a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil, 2008), Mendes (2006, 2010), Bueno (2011), a Declaração de Salamanca (1994), Glat (2018), Pletch (2020) e outros. A discussão sobre o Transtorno do Espectro Autista é feita a partir de Orrú (2023), Prizant e Fields-Meyer Schmidt (2013), do DSM-V (APA, 2014), da CID-10 e CID-11, e demais autores. Para discutir a formação continuada de professores e os desafios de ser professor iniciantes, tem-se como referência Marcelo (1999, 2010), Huberman (2013), Príncepe e André (2019), Imbernón (2016), Franco et al. (2023), entre outros. Os pressupostos do ensino colaborativo são teoricamente discutidos a partir de Mendes, Vilaronga e Zerbato (2022), Glat (2018), Gately e Gately (2001), e demais autores. O percurso metodológico é de abordagem qualitativa, fundamentado a partir de Lüdke e André (2018) e de Gatti e André (2013), a pesquisa é do tipo colaborativa, teoricamente ancorada em Ibiapina (2008). Como procedimentos para a produção dos dados, será realizada a análise documental, a aplicação de questionário (Severino, 2017) e a realização de grupo de discussão (Weller, 2013) articulado a ciclos reflexivos. Para análise dos dados, recorrerá a análise de conteúdo a partir de Roque Moraes (1999), via procedimento de análise temática, a partir da abordagem indutiva- construtiva.
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JOSE JARDEL SILVA MERGULHAO
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CARTOGRAFANDO OS DIZERES, OS FAZERES, OS APRENDERES E AS EXPERIÊNCIAS PRODUZIDAS E VIVENCIADAS PELAS CRIANÇAS E PROFESSORES NO CURRÍCULO ORGANIZADO EM CAMPOS DE EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: das prescrições às irrupções e acontecimentos.
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Orientador : CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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TATIANA CRISTINA DOS SANTOS DE ARAUJO
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Data: 21/10/2025
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O que pode nos dar a pensar a infância no espaço-tempo da Educação Infantil no contexto do currículo organizado em campos de experiência? Que encontros se fazem presentes entre as experiências de crianças e professores nesse contexto? Que experiências, irrupções, dizeres, fazeres e aprenderes são produzidos, inventados e experienciados pelos professores e as crianças, enquanto micropolíticas tecidas no/com o cotidiano da Educação Infantil, produzidos em meio aos códigos e as prescrições macropolíticas do currículo? A partir desses questionamentos buscamos, em nosso estudo, destacar a experiência da infância dentro do espaço-tempo da Educação Infantil, no contexto da Pré-Escola, nas vivências dos professores e crianças dentro do currículo organizado em campos de experiência. Nessa perspectiva nossa pesquisa passa pelo acompanhamento de processos, dentro das vivências dos professores e crianças em um CMEI do Município de Toritama, no Agreste de Pernambuco. Um convite a um exercício de pesquisa de inspiração cartográfica (Rolnik, 2017), cuja produção dos dados foi mobilizada por alguns instrumentos, a saber: as conversas (Silva; Ribetto, 2019), a observação e os registros em diário de campo (Barros; Kastrup, 2015), de modo a permitir o acompanhamento dos processos, dos encontros e das construções de significados experienciadas dentro do território existencial que pesquisamos. Para nos ajudar a pensar e dar a ler os dados dialogamos com alguns intercessores teóricos: Kohan (2007, 2010, 2020), Skliar (2018), Larrosa (2002, 2006), Masschelein e Simons (2014) Abramowicz, Lovcovitz e Rodrigues (2009) que nos auxiliam a problematizar os conceitos de infância, experiência e Educação Infantil, além de Corazza (2016), Campos e Barbosa (2015), Ferraço (2013) e Simonini (2015) que nos provocam a pensar as concepções de currículo e os campos de experiência. Assim nosso estudo se volta a pensar a infância dentro dos encontros com a infância que se faz presente na vivência dos professores e crianças no espaço-tempo da Pré-escola, visando vislumbrar os dizeres, fazeres, aprenderes, experiência, irrupções e linhas de fuga que são construídas nesses encontros em devir-criança. Assim, percebemos que na potencialidade da vida que pulsa no território existencial da nossa pesquisa, as crianças e os professores criam significados, invencionices, convites, artistagens e experiências outras, que perpassam a construção do currículo em campos de experiência e vão além das prescrições curriculares.
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O que pode nos dar a pensar a infância no espaço-tempo da Educação Infantil no contexto do currículo organizado em campos de experiência? Que encontros se fazem presentes entre as experiências de crianças e professores nesse contexto? Que experiências, irrupções, dizeres, fazeres e aprenderes são produzidos, inventados e experienciados pelos professores e as crianças, enquanto micropolíticas tecidas no/com o cotidiano da Educação Infantil, produzidos em meio aos códigos e as prescrições macropolíticas do currículo? A partir desses questionamentos buscamos, em nosso estudo, destacar a experiência da infância dentro do espaço-tempo da Educação Infantil, no contexto da Pré-Escola, nas vivências dos professores e crianças dentro do currículo organizado em campos de experiência. Nessa perspectiva nossa pesquisa passa pelo acompanhamento de processos, dentro das vivências dos professores e crianças em um CMEI do município de Toritama, no agreste de Pernambuco, assim adotamos uma metodologia qualitativa de inspiração cartográfica (ROLNIK, 2017). Como procedimentos para a produção dos nossos dados optamos pela conversa (SILVA; RIBETTO, 2019) e a observação e registro em diário de campo (BARROS; KASTRUP, 2015), de modo a permitir o acompanhar dos processos, encontros e construções de significados vivenciados nas vivências experienciadas dentro da realidade que pesquisamos. Para fundamentar nosso estudo, dentre outros autores, nos apoiamos em Kohan (2007, 2010, 2020), Skliar (2018), Larrosa (2002, 2006), Masschelein e Simons (2014) Abramowicz, Lovcovitz e Rodrigues (2009), Kramer e Nunes (2007), Corazza (2016) e Campos e Barbosa (2015). Assim nosso estudo se volta para a infância dentro dos encontros com a infância que se fazem presentes na vivência dos professores e crianças no espaço-tempo da Pré-escola, visando vislumbrar os dizeres, fazeres, aprenderes, experiência, irrupções e linhas de fuga que são construídas nesse, dentro das vivências desses sujeitos.
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AUGUSTO VINICIUS OLIVEIRA DA SILVA
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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO EM LIVROS DIDÁTICOS DE EDUCAÇÃO INFANTIL APROVADOS NO PNLD 2022: proposições teórico-metodológicas e sua recepção por professoras
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Orientador : ALEXSANDRO DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXSANDRO DA SILVA
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ANA CAROLINA PERRUSI ALVES BRANDAO
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ARTUR GOMES DE MORAIS
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Data: 31/10/2025
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Na Educação Infantil, há um cenário de intensos debates acerca da pertinência ou não do ensino da escrita nessa etapa (Brandão; Leal, 2010). De igual modo, também há polêmicas acerca da pertinência de livros didáticos para crianças menores de 6 anos (Brandão; Silva, 2017). Diante desses cenários de disputas e das então recentes mudanças com relação à distribuição desses materiais para a etapa da Educação infantil (Araujo; Silva, 2021), o presente trabalho objetivou investigar livros didáticos de Educação Infantil aprovados no PNLD 2022, no que diz respeito à alfabetização e ao letramento, e a recepção desses materiais por parte de professoras/es dessa etapa de ensino. Para tal, discutimos acerca das diferentes perspectivas teóricas sobre o ensino inicial da língua escrita (Morais, 2012), assim como a perspectiva de alfabetização e letramento (Soares, 2022) na Educação Infantil. Também discutimos acerca das diferentes compreensões e funções que o livro didático assume em nossa sociedade (Choppin, 2004), bem como sobre o percurso histórico desse material em nosso país (Freitag; Motta; Costa, 1987). Por fim, apresentamos uma breve discussão acerca da suposta dicotomia entre saberes práticos e teóricos (Chartier, 2007) e do agir didático do professor na sala de aula (Messias; Dolz, 2015). O estudo foi guiado por meio de duas linhas de abordagem: I) análise documental; II) entrevista semiestruturada; e os dados gerados foram tratados a partir da análise de conteúdo (Bardin, 2004). Assim, analisamos dois volumes da coleção Porta Aberta, destinada aos dois últimos anos da Educação Infantil, tanto do ponto de vista de suas concepções teórico-metodológicas, quanto das atividades presentes no livro distribuídos às crianças. Em nossos resultados, percebemos as fortes influências que a revogada Política Nacional de Alfabetização (PNA) (2019) desempenhou na elaboração do livro, a partir da significativa ênfase em 62% de atividades no eixo de alfabetização, em detrimento de 38% de atividades de letramento, evidenciando, ainda, uma forte influência do método fônico nas atividades. Também notamos certa variedade de gêneros textuais, principalmente de textos de tradição oral, embora a abordagem pedagógica desses textos apresente vários equívocos. Também foram analisadas as verbalizações de professoras de Educação Infantil sobre esse material e os seus usos. As respostas das docentes revelaram que o livro parece ocupar lugar de apoio em suas práticas pedagógicas, sem constituir um objeto central nelas e, por isso, entendem como pertinente o uso de livros na Educação Infantil. Por outro lado, as professoras apresentaram críticas ao livro didático que utilizavam, evidenciando, sobretudo, as contradições entre as prescrições do município e as propostas de atividades presentes nesses materiais. Por fim, percebemos que o livro didático da coleção Porta Aberta - Educação Infantil desempenhou tanto a função referencial, tendo em vista o alinhamento da obra às diretrizes curriculares da PNA; quanto instrumental, servindo de suporte e apoio para as docentes desenvolverem suas práticas cotidianas.
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Pesquisadores apontam um cenário de intensos debates acerca da pertinência ou não do ensino da escrita na educação infantil (Brandão; Leal, 2010). De igual modo, também apontam polêmicas acerca da pertinência de livros didáticos na educação infantil (Brandão; Silva, 2017). Diante desses cenários de disputas e das recentes mudanças com a distribuição desses materiais para a etapa da Educação infantil (Araujo; Silva, 2021), o presente trabalho objetiva investigar proposições teórico-metodológicas de livros didáticos de Educação Infantil aprovados no PNLD 2022 e suas repercussões nas práticas de alfabetização e letramento desenvolvidas em sala de aula. Para tal, discutimos acerca das diferentes perspectivas teóricas acerca do ensino inicial da língua escrita (Morais, 2012), assim como a perspectiva de alfabetização e letramento por Soares (2022), a qual acreditamos. Também discutimos acerca das diferentes compreensões funções que o livro didático assume em nossa sociedade (Choppin, 2004), bem como o percurso que esse material seguiu em nosso país (Freitag; Motta; Costa, 1987). Por fim, apresentamos uma breve discussão acerca da suposta dicotomia entre saberes práticos e teóricos (Chartier, 2007) e do agir didático do professor, e suas funções em sala de aula (Messias; Dolz, 2015). O estudo será guiado por meio de duas linhas de abordagem: I) análise documental; II) observação participante e entrevista semiestruturada. Para concluir, os dados gerados serão tratados a partir da análise de conteúdo conforme nos fala (Bardin, 2004).
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Teses |
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MARÍLIA ROCHA AMANDO
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HETEROSSEXUALIDADE COMPULSÓRIA E EDUCAÇÃO: NARRATIVAS DE PROFESSORAS LÉSBICAS E AS TENSÕES NO CONTEXTO ESCOLAR
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Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALLENE CARVALHO LAGE
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FERNANDA SARDELICH NASCIMENTO
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IRACEMA CAMPOS CUSATI
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MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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MARIA DO CARMO GONCALO SANTOS
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Data: 12/02/2025
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Professoras lésbicas passam por várias adversidades no meio escolar, tais como questionamentos, constrangimentos e, até mesmo, demissão lesbofóbica. Entendendo que a sociedade exerce um poder dominante sobre as mulheres, em que a opressão feminina ocorre por meio das relações de poder. Assim, o presente estudo de natureza analítico-descritiva, com abordagem qualitativa, fez uso de entrevistas narrativas com o objetivo de compreender como professoras lésbicas das cidades de Petrolina/PE e Juazeiro/BA, que atuam na educação básica, lidam com as relações/tensões presentes no ambiente normativo da escola. Dentre as referências que embasam essa reflexão, destacam-se a Teoria da Performatividade e as denúncias relacionadas aos problemas relacionados ao gênero; as epistemologias dos armários; e os conhecimentos epedagogias, engendrados a partir das vivências lésbicas. Todos esses aspectos se vinculam ao Paradigma Pós-Estruturalista que denuncia a relação entre práticas escolares, corpos, gêneros e sexualidade equivocadamente dicotômicas e essencialistas. Desse modo, evidenciou-se que as professoras tinham suas competências profissionais e sua “moral” questionadas quando são identificadas como mulheres lésbicas pelos pais, as fazendo passar por uma excessiva vigilância externa e interna, reafirmando que a professora lésbica é vista como um corpo político estigmatizado, por meio da normatividade, pela sociedade da heterossexualidade compulsória e/ou heteronrmativa. Devido a essa normatividade e por atuarem em um campo que reforça fortemente a hererossexualidade compulsória, o uso do armário aconteceu, geralmente, de forma cíclica. As professoras recorrem a ele quando passam por olhares e questionamentos constrangedores e desnecessários, lançados por pais e mães das/dos estudantes. Em contrapartida, as professoras também encontraram acolhimento e reconhecimento por parte das/dos alunas/os e algumas/alguns colegas. Elas usaram da estratégia afetiva para fazer seus enfrentamentos de acordo com a arena de luta política e, mesmo com medo das consequências que a revelação da orientação sexual pudesse trazer, as professoras desse estudo seguiam buscando diferentes formas para construir uma visibilidade lésbica nas escolas em que atuavam e, através de diálogos e enfrentamentos, buscaram edificar um ambiente seguro para elas mesmas, visando fortalecer estratégias e intervenções de combate a lesbofobia e promoção de um caráter plurla e democrático na instituiçao escolar.
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Professoras lésbicas passam por várias adversidades no meio escolar, tais como questionamentos, constrangimentos e, até mesmo, demissão lesbofóbica. Entendendo que a sociedade exerce um poder dominante sobre as mulheres, onde a opressão
feminina ocorre por meio das relações de poder, o presente estudo de natureza analítico- descritiva, com abordagem qualitativa, fará uso de entrevistas narrativas com o objetivo
de compreender como professoras lésbicas que atuam nas Escolas de Referência em Ensino Médio da rede estadual, na cidade de Petrolina/PE, lidam com as relações/tensões presentes no ambiente normativo da escola. Dentre as referências que embasam essa reflexão, destacam-se Judith Butler (2003) e os problemas relacionados ao gênero, Eve Sidgwick (2007) e as epistemologias dos armários, além do livro “Gênero, sexualidade e educação”, de Guacira Lopes Louro (2017) que denuncia a relação entre práticas escolares, corpo e sexualidade. Espera-se com essa pesquisa alcançar a desconstrução de alguns mitos e apontar as estratégias usadas pelas professoras lésbicas para se desprender das amarras da heterossexualidade compulsória e da heteronormatividade.
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MARIA JOSÉ DOS SANTOS
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IYÁ OLÙKÓ: TRAJETÓRIAS EPISTÊMICAS DE MULHERES NEGRAS DOS TERREIROS E SUAS INFLUÊNCIAS NAS PRÁTICAS DOCENTES ANTIRRACISTAS
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Orientador : JANSSEN FELIPE DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILA FERREIRA DA SILVA
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DENIZE DE ALMEIDA RIBEIRO
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JANSSEN FELIPE DA SILVA
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JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
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MARIO DE FARIA CARVALHO
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MICHELE GUERREIRO FERREIRA
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Data: 21/02/2025
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Esta tese tem por tema, Iyá Olùkó: trajetórias epistêmicas de mulheres negras dos terreiros e suas influências nas práticas docentes antirracistas. Estabelecemos aqui de que forma dão-se os processos de educação pós-colonialistas a partir dos saberes conduzidos, vividos e ensinados nos terreiros de Candomblé, por mulheres e Iyás negras, em todo trajeto de aprendizados compartilhados, vividos e experimentados no chão dos terreiros e ampliados para vivências nas salas de aula e nas práticas dessas mesmas Iyás. Ao dar conta dessas temáticas silenciadas, tangenciamos a questão que toca na compreensão de como novas políticas públicas para a educação são viabilizadas e garantidas a partir do histórico de sabedoria advindos dos terreiros de Candomblé e de sua aplicação em processos de educação formal e informal, como um ganho para o campo pedagógico mais diverso, inclusivo e acolhedor. Para tanto, seguimos uma metodologia ancorada na observação das práticas e da tradição da ancestralidade vividas nos terreiros de candomblé e mencionados nessa pesquisa, ancorada nos estudos pós-coloniais, mais especificamente, no eixo da decolonialidade, que traz as realidades do Poder, do Ser, do Saber e da Natureza, que permitirão a visibilidade do que estamos tratando através dos relatos de vivências com os Orixás nos terreiros e nas observações das práticas docentes de mulheres Iyás que podem ser classificadas, a contento, como práticas docentes antirracistas. Ver-se-á ainda, como esses saberes são vivenciados nos terreiros, bem como as formas para que uma atuação diferenciada nas práticas educativas nas escolas e universidades públicas possam ser endossadas como atividades bem vindas. Deste modo, o procedimento de nossa pesquisa caracteriza-se pela forma humanizada com a qual encaramos as relações entre pesquisadores e contribuintes. Pretende-se com esse estudo, que se compreenda como esse pertencimento aos terreiros faz a diferença nas práticas docentes antirracistas das Iyás nas escolas e universidades e quais significados essas mulheres dão à dimensão das vivências no terreiro e na vida pedagógica, isto é, em seus trabalhos como docentes. Portanto, este trabalho tem, entre seus objetivos, ser uma proposta de compreensão sobre a forma como as mulheres negras de Axé podem contribuir com suas práticas docentes antirracistas nas escolas e universidades públicas para o estabelecimento de políticas públicas educacionais que viabilizem a inserção dessas práticas enquanto uma pedagogia implementada na educação formal brasileira. Este tese configura-se também como uma forma de refletir até que ponto podemos repensar as políticas educacionais nas instituições de ensino, a partir da percepção de como os valores epistêmicos advindos das realidades das/os subalternizadas/os, especialmente das práticas docentes antirracistas de mulheres negras de terreiros, podem atuar nas propostas pedagógicas, numa perspectiva de ampliar as possíveis intervenções nas políticas públicas educacionais nas esferas, sociais, culturais e religiosas. E, deste modo, reconhecer as contribuições para as relações étnico-raciais das práticas docentes das mulheres negras de terreiros em escolas e universidades públicas.
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O estudo ora apresentado destaca em sua abordagem, a importância das contribuições dos saberes oriundos das vivências nos terreiros e das práticas docentes das Iyás negra que ao longo da história do Brasil foram subalternizadas. O principal objetivo é compreender as práticas docentes antirracistas das mulheres negra Iyás e entender como suas vivências nos terreiros contribuem para a educação das relações étnicas e raciais nas instituições públicas, escolas e universidades. Sob este prisma, o objeto de pesquisa são as práticas docentes antirracistas das Iyás, nas instituições de ensino, escolas e universidades públicas. É importante observar que são mulheres negras que podem traduzir ao longo da pesquisa a necessidade de romper com os resquícios da colonialidade. (QUIJANO, 2005, 2007; MIGNOLO, 2008; WALSH, 2009; GONZALEZ, 2008.) e outras/os. As/os referidas/os autores(as) trazem reflexões pertinentes, às realidades atuais onde as/os subalternas/os são as maiores vítimas da colonialidade, que exclui são as populações negras, indígenas (SILVA. 2013), e especialmente as mulheres negras de axé, grupo social amplamente vitimizado pelo racismo e machismo (WERNECK, 2000; RIBEIRO, 2013; CURIEL, 2019; AKOTIRENE, 2018; LORDE, 2019 E BOTELHO, 2011). Tais autoras/es produzem um campo teórico importante, a ponto de revelar um processo indiscutivelmente estratégico para configuração das contribuições das práticas educativas, políticas e sociais das docentes negras. Ainda neste contexto teórico contaremos com as contribuições de Iyalorixás e Babás, os quais trazem as leituras dos Itãns e das vivências do terreiro. É importante considerar que trazem a oralidade como base na manutenção e preservação da herança educacional, cultural e religiosa. Portanto, a história oral é parte dos recursos metodológicos da pesquisa em questão, (DELGADO, 2010; BÁ, 2010; VANSINA, 2010). Por sua vez, a análise dos dados coletados/produzidos por meio de entrevistas as narrativas das vivências das docentes negras, será realizada através da análise de conteúdo (BARDIN, 2011; VALA, 1990) via Análise Temática. Assim, ao adentrar para nos aproximar das práticas antirracistas das mulheres negras de terreiros docentes, percebemos que propõem aos espaços institucionais de ensino públicos, uma revisão de suas práticas educativas, assim como, das formas de ser e fazer pesquisas voltadas para uma educação descolonizadora.
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ELBA RAVANE ALVES AMORIM
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EPISTEMOLOGIAS DA PÓS-GRADUAÇÃO NA INTERIORIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS DO NORDESTE NO BRASIL: Uma análise a partir da produção do conhecimento sobre gênero e feminismos
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Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
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MEMBROS DA BANCA :
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ALLENE CARVALHO LAGE
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EMERSON SILVA SANTOS
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MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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MARIA VIRGINIA LEAL
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NELIO VIEIRA DE MELO
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Data: 25/02/2025
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Esta tese foca na configuração das epistemologias nos Programas de Pós-graduação em Educação das universidades federais do Nordeste do Brasil criadas a partir da política de interiorização (2003), analisando a produção do conhecimento sobre gênero e feminismos. O objetivo analisar como se configura a produção do conhecimento em Gênero e Feminismos nos Programas de Pós-graduação em Educação das universidades federais criadas a partir da política de interiorização (2003) na região Nordeste do Brasil, investigando em que medida os estudos em gênero e feminismo contribuem para a construção de epistemologias disruptivas e para a inclusão de novas vozes na pós-graduação em Educação. Os objetivos específicos foram os seguintes: Identificar as universidades e campi no Nordeste do Brasil criados no âmbito do Programa de Interiorização que tenham Programas de Pós-graduação em educação; b) Mapear as linhas de pesquisa presentes nos Programas de Pós-graduação em Educação das universidades e campi no Nordeste do Brasil criados no âmbito do Programa de Interiorização; c) Levantar a produção de teses e dissertações elaboradas nos Programas de Pós-graduação em Educação das universidades e campi no Nordeste do Brasil criados no âmbito do Programa de Interiorização, que abordem de maneira direta ou indireta as questões de Gênero e Feminismo; e d) Analisar o perfil de gênero das lideranças nos grupos de pesquisa em gênero e feminismo na pós-graduação em Educação no interior do Nordeste do Brasil, investigando as contribuições para a promoção da igualdade de gênero e o impacto de suas práticas acadêmicas e sociais na construção de epistemologias emancipadoras no âmbito do Programa de Interiorização. Utilizando metodologias feministas e análise documental, a pesquisa revela que, entre os dois primeiros mandatos de Luís Inácio Lula da Silva (2003-2011), foram criados 70 programas e cursos no Nordeste, dos quais 12 são Programas de Pós-graduação em Educação, distribuídos entre os estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Bahia e Ceará, em seis universidades. Não foram identificados Programas de Pós-graduação em Educação em estados como Piauí, Rio Grande do Norte, Maranhão e Sergipe. Ao mapear os Grupos de Pesquisa nas áreas de gênero, feminismo e sexualidade, a pesquisa identificou sete grupos relacionados a essas temáticas. A análise do Currículo Lattes de 11 lideranças dos grupos revelou que as novas universidades e campi criaram rupturas significativas nos espaços tradicionais de produção do conhecimento, através dos 44 projetos de extensão, 88 projetos de pesquisa, 186 artigos científicos publicados em periódicos, 90 dissertações e 24 teses, das quais 23 estão em andamento e apenas uma foi concluída. Esses estudos desafiaram a concepção convencional de quem são os sujeitos da produção científica e trouxeram à tona objetos de estudo antes negligenciados, como violência doméstica, economia periférica, sexualidade, pessoas trans, educação popular, culturas do funk e hip hop, juventude negra, povos quilombolas e a atuação de feirantes e artesãs. Como resultado, emergiu uma epistemologia disruptiva, evidenciando novas perspectivas e vozes na academia.
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O presente projeto de tese tem como objetivo a análise das epistemologias da pós- graduação em universidades federais do Nordeste do Brasil, com um enfoque especial na
questão da interiorização. O estudo será fundamentado na avaliação da produção de conhecimento e dos grupos de pesquisa relacionados a gênero, sexualidades e feminismos. O objetivo geral desta pesquisa é analisar e compreender as epistemologias da pós-graduação em universidades federais da região Nordeste do Brasil. Para alcançar tal objetivo, será realizada uma análise da produção de conhecimento e dos grupos de pesquisa que se dedicam às temáticas de gênero, sexualidade e feminismos nos programas de pós-graduação em educação estabelecidos em universidades e campi advindos da política de interiorização, que foi implementada a partir de 2003. Os objetivos específicos deste estudo são os seguintes: a) Identificar as universidades e campi no Nordeste do Brasil que criaram Programas de Pós-graduação em educação e suas respectivas linhas de pesquisa; b) Mapear as linhas de pesquisa presentes nos Programas de Pós-graduação em Educação; c) Levantar a produção de teses e dissertações elaboradas nos Programas de Pós-graduação em Educação no Nordeste do Brasil, nas universidades e campi decorrentes da política de interiorização após 2003, que abordem de maneira direta ou indireta as questões de Gênero, Sexualidade e Feminismo; d) Identificar os grupos de pesquisa existentes nos programas de pós-graduação em educação nas universidades federais do Nordeste do Brasil, criados após 2003; e) Identificar os projetos e perfis dos docentes dos Programas de Pós-graduação em Educação e grupos de pesquisa nos últimos 5 anos. Até o momento, os estudos realizados apontaram para a existência de 70 programas e cursos criados no Nordeste durante os dois primeiros mandatos do presidente Luís Inácio Lula da Silva (2003-2011). Destes, 12 são Programas de Pós-Graduação em Educação, localizados nos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Bahia e Ceará, distribuídos em 6 diferentes universidades. Esses programas serão o foco desta pesquisa. É importante destacar que não foram identificados Programas de Pós-Graduação em Educação em Universidades e Campi criados nos referidos mandatos presidenciais nos estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Maranhão e Sergipe.
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ANA PRISCILA DE LIMA ARAÚJO AZEVÊDO
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FIDELIDADE INFIEL NA TRADUÇÃO CURRICULAR DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: A TRAIÇÃO DO ESPÓLIO E A AMBIVALÊNCIA DO PHÁRMAKON
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Orientador : LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS
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CARLOS EDUARDO FERRACO
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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HUGO HELENO CAMILO COSTA
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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Data: 16/05/2025
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A presente pesquisa se insere no campo do currículo e tem como foco de estudo os movimentos discursivos de produção curricular que se dão nas experiências dos professores da educação básica em diferentes contextos, aqui representados por Brasil e Portugal. Neste sentido, problematizamos como discursos hegemônicos que buscam fixar sentidos de igualdade e qualidade na educação, muitas vezes disfarçada por proposições aparentemente democráticas, ocultam interesses políticos e econômicos, reforçam a homogeneização dos sujeitos sociais e o apagamento das diferenças. Nesse contexto, políticas curriculares massificadoras se apresentam como elementos que promoveriam justiça social e garantia do direito à educação são apresentadas de forma massiva e inequívoca. Apesar disso e a partir da compreensão do currículo como uma experiência discursiva que envolve indecidíveis como tradução, desconstrução e indecidibilidade, defendemos a tese de que esses indecidíveis tais como expressos em Derrida permeiam movimento discursivo na produção curricular dos professores e que esta produção é hiperpolitizada, acontecendo nos rastros, rastros esses que não se configuram como elementos instituídos na estrutura, mas numa presença ausente, nunca completa ou plena, que se dá na desconstrução do discurso. Assim, entendemos que há nas experiências dos professores, processos de leitura e decisão acerca do texto curricular que envolvem movimentos de tradução que podem desafiar a normatividade estabelecida, o que denota que essas experiências se dão não apenas na ideia de acúmulo temporal ou como algo que possa ser performado, mas como um acontecimento que provoca afetos e afetamentos. Nos questionamos como esses movimentos tradutórios nas práticas docentes provocam fissuras na normatividade curricular vigente, nisto buscamos problematizar como esses processos tradutórios se dão numa leitura desconstrucionista. Para tanto, perseguimos os rastros dessa tradução a partir do movimento que envolve os discursos dos professores e as relações que se estabelecem com as políticas instituídas e com discursos acadêmicos que circulam na atualidade. Neste processo nos deparamos com os efeitos da hiperpolitização na produção discursiva dos professores e intentamos compreender como essa movimento apresenta uma fidelidade infiel às prescrições e uma produção sempre suplementar de sentidos que apontam para ambivalência do phármakon que opera num dizer não dicotomizado. Nesse movimento apostamos na leitura desconstrucionista em Derrida trazendo-o como aporte teórico-metodológico para nos auxiliar na busca das compreensões aqui perseguidas. Este caminhar nos apontou para o reconhecimento da complexidade, da indeterminação e da hiperpolitização do campo curricular, onde se percebe, mesmo que sem uma captura plena, os rastros de significações sempre suplementares, um jogo onde a différance opera nos processos tradutórios vivenciados pelos professores. Esses processos tradutórios, por sua vez, são marcados pela fidelidade infiel às heranças que esses professores carregam, demonstrando assim, que o texto curricular é traduzido na ambivalência do phármakon, não sendo “isto ou aquilo”, existindo apesar e com a prescrição, decidindo mesmo que de forma imperceptível e com isto sendo também produtores de currículo.
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A presente pesquisa se insere no campo da educação e tem como foco de estudo movimentos discursivos de produção curricular nas experiências de professores(as) da educação básica. Assim, nosso objeto de pesquisa compreende as experiências de produção curricular dos(as) professores como movimentos de construção discursiva que não se dão em espaços estáticos e dicotomizados, mas que se interpelam numa constante produção de significações, trazendo em si rastros de uma produção que é política. Com isso, nos propomos a pensar as experiências dos(as) professores(as) para além dos sentidos historicamente cristalizados de uma ação meramente prática, buscando evidenciar os processos políticos que envolvem estas experiências e que denotam uma não imobilidade dos professores frente as prescrições das políticas curriculares enquanto instituições normativas. Nesta esteira, apresentamos como problema de pesquisa o seguinte questionamento “Como as práticas curriculares-docentes se configuram como experiências que trazem rastros do político nos movimentos discursivos de produção curricular dos professores da educação básica?” Desta indagação, se desdobra como objetivo geral a nossa intenção em “Compreender como as práticas curriculares-docentes se configuram como experiências que trazem rastros do político nos movimentos discursivos de produção curricular dos professores da educação básica” e dele se bifurcam caminhos específicos que objetivam: Identificar os discursos que circulam sobre o significante “experiência” nas produções acadêmicas; Analisar os movimentos nos discursos que circulam academicamente sobre experiências e os entendimentos dos (as) professores (as) sobre este significante; Compreender como os rastros do político estão presentes na produção curricular dos (as) professores (as); Analisar como as experiências dos professores evidenciam processos de tradução e decisão que podem provocar fissuras nas prescrições curriculares. Apostamos assim, como tentativa de responder a estas inquietações na leitura desconstrucionista de Derrida (2017) em diálogo com a Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe (2015), por compreendermos que estas perspectivas dialogam na tentativa de explicitar como os movimentos de construção de significações se dão em meio a processos de disputas e antagonismos que estão sempre provocando adiamentos de sentidos, onde os(as) professores(as) são agentes ativos que não executam, mas constroem currículos por meio de uma produção curricular envolta em traduções e momentos de decisão que trazem rastros do político em sua composição. O trabalho de
pesquisa até aqui, nos evidenciou que o significante experiência tem sido mobilizado nas escritas acadêmicas por caminhos diversos que denotam especialmente as noções de ação, pensamento, criação e aprendizagem, apontando assim para uma não fixação última dos sentidos construídos e que estes sentidos dialogam e se movimentam com os entendimentos construídos pelos(as) professores sobre esse mesmo significante, evidenciando assim que a construção de sentidos nos discursos sobre experiência são perpassados pela différance, ou seja, por uma produção incessante de diferenças que provoca a des-sedimentação de sentidos últimos, tanto para o significante experiência, quanto para os processos de produção de políticas e práticas curriculares. Como possibilidade de continuidade e abertura de outras rotas, apontamos para o diálogo que buscaremos fazer em outros espaços. Para tanto, faremos um período de doutorado
sanduíche na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação na Universidade do Porto- Portugal.
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MARCIANO ANTONIO DA SILVA
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A BONITEZA DAS EXPERIENCIAS EDUCATIVAS COM HOMENS A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA FEMINISTA: Entre denuncias e anuncios
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Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIEL JONES
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ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS
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ALLENE CARVALHO LAGE
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BENEDITO MEDRADO DANTAS
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JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
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Data: 25/08/2025
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Esta pesquisa buscou investigar as experiências educativas desenvolvidas por organizações latino-americanas que realizam um trabalho com homens a partir de uma perspectiva feminista, tendo em vista seus esforços na construção de uma sociedade fincada na equidade de gênero.
Desse modo, objetivando problematizar estas questões a partir dos fundamentos teóricos- epistemológicos do feminismo, trazemos como problema central da pesquisa: “Que denúncias
e anúncios atravessam as experiências político-pedagógicas gestadas por organizações latino- americanas que desenvolvem um trabalho educativo com homens, a partir de uma perspectiva
feminista?”. Para responder ao nosso questionamento, elencamos como objetivo geral da nossa
pesquisa: Compreender as denúncias e anúncios que atravessam as experiências político- pedagógicas gestadas por organizações latino-americanas que desenvolvem um trabalho
educativo com homens, a partir de uma perspectiva feminista. Enquanto objetivos específicos, temos: (i) identificar os processos de denúncia a estrutura patriarcal elaborados por organizações latino-americanas que desenvolvem um trabalho educativo com homens a partir de uma perspectiva feminista; (ii) mapear os principais anúncios que emergem das atuações dessas organizações no enfrentamento às desigualdades e violências de gênero; (iii) refletir acerca das experiências político-pedagógicas narradas pelos/as integrantes do Instituto PAPAI e do Instituto MasCS; (iv) identificar as principais práticas educativas feministas elaboradas pelas organizações latino-americanas durante suas atuações com homens. Quanto as questões teórico-epistemológicas e aportes metodológicos da pesquisa, partimos da abordagem qualitativa, onde realizamos um estudo do tipo exploratório e explicativo. Utilizamos o método (auto)biográfico enquanto instrumento de investigação e a entrevista narrativa como técnica de coleta de dados. Para realização da pesquisa de campo, elegemos duas organizações, sendo o Instituto PAPAI (Brasil) e o Instituto de Masculinidades y Cambio Social (Argentina). No que se refere aos resultados alcançados, constatamos que as experiências político-pedagógicas dessas organizações latino-americanas são compostas por uma série de denúncias e anúncios, o que reafirma sua postura de comprometimento com a produção de novos cenários de gênero. Observamos ainda que essas iniciativas têm garantido processos de formação, politização e emancipação a partir dos princípios feministas, compondo uma rede de aprendizagens mútuas e a construção de conhecimentos diversos entre os sujeitos educativos que partilham dessa experiência coletiva.
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This research sought to investigate the educational experiences developed by Latin American organizations that work with men from a feminist perspective, considering their efforts to build a society rooted in gender equality. Thus, aiming to problematize these issues based on the theoretical-epistemological foundations of feminism, we bring as the central problem of the research: “What complaints and announcements permeate the political-pedagogical experiences generated by Latin American organizations that develop educational work with men, from a feminist perspective?”. To answer our question, we listed the following as the general objective of our research: To understand the complaints and announcements that permeate the political-pedagogical experiences created by Latin American organizations that develop educational work with men, from a feminist perspective. Our specific objectives are: (i) to identify the processes of denouncing the patriarchal structure developed by Latin American organizations that develop educational work with men from a feminist perspective; (ii) to map the main announcements that emerge from the actions of these organizations in confronting gender inequalities and violence; (iii) to reflect on the political-pedagogical experiences narrated by the members of the PAPAI Institute and the MasCS Institute; (iv) to identify the main feminist educational practices developed by Latin American organizations during their work with men. Regarding the theoretical-epistemological questions and methodological framework of the research, we adopted a qualitative approach, conducting an exploratory and explanatory study. We used the (auto)biographical method as a research tool and narrative interviews as a data collection technique. For the field research, we selected two organizations: the PAPAI Institute (Brazil) and the Institute of Masculinities and Social Change (Argentina). Regarding the results achieved, we found that the political-pedagogical experiences of these Latin American organizations are comprised of a series of denunciations and announcements, which reaffirms their commitment to the creation of new gender scenarios. We also observed that these initiatives have ensured processes of education, politicization, and emancipation based on feminist principles, creating a network of mutual learning and the construction of diverse knowledge among educational subjects who share this collective experience.
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MARIA RITA BARBOSA PIANCÓ PAVÃO
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DO CHÃO ONDE O RIO DERRAMA BROTA VERVE FEMININA: PROCESSOS EDUCATIVOS E POIÉSIS NAS EXPERIÊNCIAS DE POETISAS DO SERTÃO DO PAJEÚ
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Orientador : MARIO DE FARIA CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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SILVIA MARTÍNEZ CAÑO
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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DANIELA NERY BRACCHI
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HELOISA JUNCKLAUS PREIS MORAES
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MARIO DE FARIA CARVALHO
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Data: 15/09/2025
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Esta cartografia segue movimentos educativos vividos e produzidos no território do Sertão do Pajeú, microrregião de Pernambuco, Brasil, conhecido pela cultura da poesia popular. Impulsionado pelo desejo em acompanhar em que medida as memórias, as experiências e a poesia de poetisas contemporâneas do Sertão do Pajeú indicam processos educacionais de subjetivação atravessados pelos marcadores de gênero, o mapa contempla linhas que apontam para movimentos pajeísticos intencionais e não intencionais dispostos no território, localizados na interface estética-cultura-educação e que transmitem e transformam a singularidade do Sertão do Pajeú no cotidiano das relações intersubjetivas e na produção poética. A poiésis é o impulso que gera os movimentos pajeísticos e que neles está contida, vivido na ordem simbólica e material dos acontecimentos. Entretanto, tais movimentos não estão fora de tramas do poder que, com base em marcadores sociais da diferença, promovem desigualdades na maneira como a poiésis aparece histórica e culturalmente. Dentre esses marcadores, o gênero surge neste mapa como ideia de horizonte capaz apontar as linhas em direção às experiências e às poesias de mulheres que fazem do Sertão do Pajeú o seu território existencial e de fazer artístico. Na aproximação, a cartografia compôs uma montagem junto à abordagem fenomenológica e
antropológica da imaginação (Durand, 2012; 2014; Bachelard, 1978); e à escrita-enquanto- método (Richardson, 2003). Juntas, foram propostas metodológicas que orientaram a
construção do mapa e a realização dos ciclos de conversas com poetisas e glosadoras, tornadas co-cartógrafas, que compõem o Grupo Mulheres de Repente. Através das reflexões compartilhadas com autoras/es como bell hooks (1995; 2013; 2018; 2019; 2020; 2021; 2022), Judith Butler (2015; 2018), Deleuze e Guattari (1995; 1996; 1997; 2011), Michel Foucault (1979; 2006; 2013; 2014), Linda Nochlin (2016: 2018), Fayga Ostrower (2014), Walter Benjamin 1994; 2009; 2019), dentre tantas/os outras/os, nos aproximamos das narrativas das poetisas que, por sua vez, indicam experiências atravessadas pelo gênero, dentro e fora do Mulheres de Repente. Quanto ao grupo, acompanhamos a sua aparição enquanto assembleia, estar-junto que se manifesta nas dimensões da organicidade e de agenciamentos coletivos politicamente engajados e que reivindicam a singularidade do território para revertê-la em favor da poesia de mulheres.
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Este texto de qualificação apresenta o estágio atual da pesquisa de doutoramento, orientada pelo seguinte problema de pesquisa: em que medida é possível cogitar, a partir das memórias e das experiências de poetisas contemporâneas do Sertão do Pajeú pernambucano, a existência de uma singular potência criativa e subjetivante localmente situada? Os escritos de Guattari, individuais e em parceria com Deleuze, de Gilbert Durand, de Gaston Bachelard e de Fayga Ostrower servem de aportes teóricos, em conjunto a outras(os) autoras(es), na busca pelas pistas que indicam respostas possíveis à pergunta, tornada objetivo geral da pesquisa. Por sua vez, a cartografia, inspirada no pensamento deleuzo-guattariano, e a fenomenologia da imaginação, com bases em Durand e em Bachelard, constituem a montagem metodológica escolhida para a investigação. Além de apresentar capítulos teóricos parciais, este texto introduz os primeiros dados produzidos durante a imersão no campo de pesquisa, o território do Sertão do Pajeú, através dos municípios de São José do Egito e de Itapetim, considerados Berço Imortal da Poesia e Ventre Imortal da Poesia, respectivamente. Os capítulos a serem escritos ou ampliados após a qualificação também serão descritos nas páginas subsequentes.
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JOANE SANTOS DO NASCIMENTO
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INFANDOCÊNCIA: Cartografias das docências como experimentação de si em gestualidades ínfimas com a educação
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Orientador : CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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MEMBROS DA BANCA :
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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CARLOS EDUARDO FERRACO
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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LEONARDO RANGEL DOS REIS
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LARISSA FERREIRA RODRIGUES GOMES
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Data: 23/10/2025
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Esta pesquisa busca deslocar o pensar a docência a partir da infância como devir (Deleuze; Guattari, 1997). Problematizando: que deslocamentos produzidos pela infandocência, com os aprenderesfazeres nômades e gestualidades ínfimas mobilizadas no cotidiano da escola, nos dão a pensar a docência? Sem o intuito de esgotar as possibilidades, abordando a questão como um convite para pensar a docência que tendencialmente tateia nos limites da profissão, como uma experiência, uma composição gestual, por mãos, de modo artesanal (Larrosa, 2019a). Neste sentido, a tese privilegia um caminho desviante da herança moderna. Constituindo-se uma escrita-tese que se faz no processo, com os cotidianos, com os participantes da pesquisa, que também são intercessores do pensamento. Uma tessitura, uma composição construída por furtos inventivos, platôs sem unicidade de ponto de origem que se alastram com ramificações enredadas, tal como um rizoma (Deleuze; Guattari, 1997), com a defesa de uma docência, outra, da criação, poética, infante, sem idade, estágios e cronologias. Uma docência, experiência, como fruição da liberdade, da fantasia, da imaginação. Docência que se faz por docentes-artistas (Corazza, 2008) que poeticamente, por mãos e maneiras, mobilizam uma auto alteração e criam em suas composições, enquanto também alteram o outro quando pintam na tela da educação, de forma ativa, jogando com os vários sentidos já postos e com os significados. Para tanto, por sua aposta em uma discussão com fluidez, priorizando as multiplicidades, esta tese fomentou a configuração de uma pesquisa-rio, movendo-se por uma metodologia cartográfica (Deleuze; Guattari, 2012a) que sem antecipações e sem modelos pré-definidos nos ajudou a construir o percurso com experiência e sentido. Afinal, a cartografia, como um rio, se dá em movimento, aberto e disponível às relações. Neste fluxo, ao passo que nos permitimos mover pelos acontecimentos do cotidiano da escola, campo de pesquisa, se sobressaíram, a cada encontro, as redes de conversações, ou seja, o exercício de puxar fios de conversações com os intercessores do pensamento, isto é, uma ramificação de imagens e conversas, que foram criando com isso um plano de múltiplas possibilidades. Ademais, a pesquisa obtém como intercessores teóricos, para além dos nossos participantes da pesquisa, autores que por uma Filosofia da diferença nos provocam a um pensar desviante, abrindo caminhos para uma desestabilização necessária visando à criação, tais como: Deleuze e Guattari, Foucault, Agamben, Larrosa, Corazza, Skliar, Ferraço, Kohan, entre outros. Assim, “Infandocência: A docência como experimentação de si em gestualidades ínfimas com a educação” é um encontro convidativo a investir no pensar a docência fora do automatismo discursivo, pensá-la por um processo disposto por mãos e maneiras errantes, da multiplicidade, que se movimentam em
meio aos encontros, acontecimentos, composições e irrupções que insurgem nos diversos espaçostempos da escola. A tese aponta para a necessidade da docência em contar com a possibilidade legítima e deliberada de poder criar no cotidiano das escolas, inventando outros caminhos. A educação pensada aqui, em infandocências, reivindica simbioses, encontros e devires.
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Esta pesquisa busca deslocar o pensar a docência a partir da infância como devir (DELEUZE; GUATTARI, 1997), atravessados pela potência dos aprenderesfazeres nômades e das gestualidades ínfimas mobilizadas no cotidiano da escola. Nos oferece um convite para pensar a docência que tendencialmente tateia nos limites da profissão, como uma experiência, uma composição gestual, por mãos, de forma artesanal (LARROSA,
2018). Neste sentido, privilegia um caminho desviante da herança moderna. Uma escrita- tese que se faz no processo, com os cotidianos, com os sujeitos da pesquisa, sujeitos que
também são intercessores do pensamento. Uma tessitura, uma composição por furtos inventivos, platôs sem unicidade de ponto de origem que se alastra com ramificações enredadas, tal como um rizoma (DELEUZE; GUATTARI, 1997). Com a defesa de uma docência outra, da criação, poética, infante, sem idade, estágios e cronologias. Uma docência experiência, como fruição da liberdade, a fantasia, a imaginação. Docência que se faz por docentes-artistas (CORAZZA, 2008) que poeticamente, por mãos e maneiras, transformam-se e criam em suas composições, na medida em que transformam o outro quando pintam na tela da educação, de forma ativa, jogando com os vários sentidos já postos e com os significados. Para tanto, por sua aposta em uma discussão com fluidez, priorizando a positividade, as multiplicidades e o nômade, esta tese fomenta a configuração de uma pesquisa-rio, movendo-se por uma metodologia cartográfica (DELEUZE; GUATTARI, 2012a) que sem antecipações e sem modelos pré-definidos nos ajuda a construir o percurso de forma inventiva, com experiência e sentido. Afinal, a cartografia como um rio, se dá em movimento, aberto e disponível a relações, assim, várias ferramentas no processo poderão ser acionadas. Neste sentido, é que vamos nos movendo pelos acontecimentos do cotidiano da escola campo de pesquisa, tecendo a cada encontro redes de conversações, por um exercício de puxar fios de conversações com os sujeitos, ramificando conversas e criando com isso, um plano de possibilidades na pesquisa. Ademais, obtendo como intercessores teóricos, para além dos nossos participantes da pesquisa, autores que por uma Filosofia da diferença nos provocam a um pensar desviante, abrindo caminhos para uma desestabilização necessária visando a criação, tais como: Deleuze e Guattari, Foucault, Agamben, Larrosa, Corazza, Ferraço, Kohan, entre outros. Assim, “Infandocência: gestualidades ínfimas com a educação” é um encontro convidativo a investir no pensar a docência fora do automatismo discursivo, pensá-la por um processo disposto por mãos e maneiras errantes, da multiplicidade, que se movimentam em meio aos encontros, acontecimentos, composições e irrupções que insurgem nos diversos espaçostempos da escola.
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