Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
1
  • LETICIA OLIVEIRA DE SOUZA
  • O LEGADO DE PAULO FREIRE NA GUINÉ-BISSAU:

    Respostas às Cartas Pedagógicas

  • Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALLENE CARVALHO LAGE
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • NELIO VIEIRA DE MELO
  • Data: 22/02/2024

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  • A revolução bissau-guineense modificou o status quo colonial global. O antigo Reino de Gabu
    (Kaabu), a colônia luso-europeia considerada, geopoliticamente, inexpressiva por parte da
    historiografia branca, retoma o protagonismo de sua narrativa, tornando-se vanguardista das
    revoluções empenhadas nas colônias de língua portuguesa do continente africano. O surgimento
    do Estado da Guiné-Bissau se constitui em alguns sustentáculos de acordo com o direito
    internacional (SILVA, 1997, p. 285), sendo eles: igualdade de direitos, universalidade e os
    princípios de liberdade. A liberdade aqui é sinônimo de descolonização de mentes e corpos,
    negação da influência internacional na máquina estatal, dissolvição das políticas de
    estratificação social geradoras de desigualdades e desenvolvimento de um programa de
    educação nacional distante do ensino da aculturação imposto pelos colonos. Para tanto as
    experiências alfabetizadoras do maior educador de todos os tempos, o pedagogo pernambucano
    Paulo Freire, foram essenciais ao progredimento do que, nos termos de Amílcar Cabral (1978),
    seria uma revolução cultural, conduzida pela educação libertadora no pós-independência do
    país. Freire atuou no esforço para reconstrução do aparelho educativo de Guiné-Bissau em um
    grande ofício militante, preocupado em observar, entender, aprender, ouvir e intervir junto com
    os homens e mulheres locais em exercício dialógico, que ganhou grande repercussão
    internacional. Sua história em Guiné-Bissau, nunca se findou, e, ainda hoje, seu legado
    permanece na memória, narrativas, trajetória e atuação política de diversos bissau-guineenses.

    Portanto, esta pesquisa analisará o legado político-educacional de Paulo Freire em Guiné-
    Bissau, especificamente na memória de agentes sociais, dirigentes de movimentos de libertação

    nacional e docentes locais, especialmente aqueles(as) que participaram do período de
    reestruturação do país e por seu turno, percebem o legado pedagógico de Paulo Freire na
    escolarização da sociedade bissau-guineense. De modo específico: i) analisar as cartas
    pedagógicas de Paulo Freire dirigidas à Guiné-Bissau e seus desdobramentos na educação do
    país; ii) dentificar quais elementos da práxis político-educacional de Paulo Freire permanecem
    na atualidade de Guiné-Bissau e iii) sistematizar as percepções de agentes sociais, dirigentes de
    movimentos de libertação nacional e docentes locais, especialmente aqueles(as) que
    participaram do período de reestruturação do país, sobre legado pedagógico de Paulo Freire
    para a sociedade bissau-guineense. O estudo classifica-se como uma pesquisa bibliografia e
    documental, utilizando-se a análise de narrativas à luz de Jovchelovich e Bauer (2008).


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  • A revolução bissau-guineense modificou o ciclo da história, imperial e colonial global. O antigo
    Reino de Gabu (Kaabu), a colônia luso-europeia considerada, geopoliticamente, inexpressiva
    por parte da historiografia branca, retoma o protagonismo de sua narrativa, tornando-se
    vanguardista das revoluções empenhadas nas colônias de língua portuguesa do continente
    africano. O surgimento do estado da Guiné-Bissau se constitui em alguns sustentáculos de
    acordo com o direito internacional (SILVA, 1997, p. 285), sendo eles: igualdade de direitos,
    universalidade e os princípios de liberdade. A liberdade aqui é sinônimo de descolonização de
    mentes e corpos, negação da influência internacional na máquina estatal, dissolvição das
    políticas de estratificação social geradoras de desigualdades e desenvolvimento de um
    programa de educação nacional distante do ensino da aculturação imposto pelos colonos. Para
    tanto as experiências alfabetizadoras do maior educador de todos os tempos, o pedagogo
    pernambucano Paulo Freire, foram essenciais ao progredimento do que nos termos de Cabral
    (1978) seria a revolução cultural, conduzida pela educação libertadora no pós-independência
    do país. Freire atuou no esforço para reconstrução do aparelho educativo em Guiné-Bissau em
    um grande ofício militante, preocupado em observar, entender, aprender, ouvir e intervir junto
    com os homens e mulheres locais em exercício dialógico que ganhou grande repercussão
    internacional. Sua história em Guiné-Bissau, nunca findou-se, e, ainda hoje, seu legado
    permanece na memória, narrativas, trajetória e atuação política de diversos bissau-guineenses.

    Portanto, esta pesquisa analisará o legado político-educacional de Paulo Freire em Guiné-
    Bissau presente no Plano Sectorial de Educação (2017-2025) do Ministério da Educação e

    Ensino Superior Guineense e na memória de dirigentes de movimentos de libertação nacional,
    movimentos sociais, sindicatos pós-independência e docentes locais, especialmente, aqueles
    (as) que participaram do período de reestruturação do país. Assim, apresentamos os seguintes
    objetivos específicos: identificar quais elementos da práxis político-educacional estão presentes
    no Plano Sectorial de Educação (2017-2025) do Ministério da Educação e Ensino Superior
    Guineense; Sistematizar as percepções de dirigentes de movimentos de libertação nacional,
    movimentos sociais, sindicatos pós-independência e educadores locais, especialmente
    aqueles(as) que participaram do período de reestruturação do país, sobre legado pedagógico de
    Paulo Freire na escolarização da sociedade bissau-guineense; e, Analisar as cartas pedagógicas
    de Paulo Freire dirigidas à Guiné-Bissau e seus desdobramentos na educação desse país,
    baseada no Plano Sectorial de Educação (2017-2025) e na percepção dos agentes supracitados.
    O estudo classifica-se como uma pesquisa bibliografia e documental, utilizando-se a análise de
    conteúdo à luz de Bardin (1977).

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  • PERYCLES EMMANOEL GOMES DE MACEDO
  • ONDE ESTÃO OS MENINOS DA ESCOLA? REFLEXO DA CONSTRUÇÃO DAS
    MASCULINIDADES NO PROCESSO DE EVASÃO ESCOLAR DOS HOMENS

  • Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALLENE CARVALHO LAGE
  • ELTON BRUNO SOARES DE SIQUEIRA
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • Data: 23/02/2024

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  • Os estudos de masculinidades começaram a se configurar no cenário acadêmico entre as
    décadas de 1970 e 1980 e se fundamentava, principalmente, na desconstrução da ideia de
    homem universal – sujeito necessariamente heterossexual, branco, provedor, forte, viril,
    competitivo, violento e autocentrado. As principais compreensões teóricas a respeito das
    masculinidades assinalam esse construto cultural como uma configuração de práticas em torno
    da posição dos homens na estrutura das relações de gênero. A partir das contribuições dos
    estudos plurais de gênero, ou seja, os estudos queer, optamos por compreender as
    masculinidades como práticas performativas que conferem significado viril aos corpos
    generificados no interior de um determinado quadro de inteligibilidade cultural. Os homens
    são a maioria envolvida em acidentes fatais, homicídios e suicídios, bem como são a maioria
    entre os casos de insucesso escolar e entre aqueles que abandonam e evadem da escola. A
    associação entre trabalho, defasagem, evasão ou abandono escolar dos rapazes, embora
    relevante, não pode ser apontada como único, nem mesmo como o mais significativo dos
    fatores. Por evasão escolar compreendemos os fenômenos ligados ao não permanecer, ao ser
    impedido e ao permanecer sem esmero no espaço escolar, seja esse afastamento motivado pelas
    adversidades da vida ou pela expulsão compulsória que se apresenta como evasão. Nossa
    pergunta condutora é: que elementos, associados à construção das masculinidades,
    contribuíram com o quadro de evasão escolar dos homens na cidade de Caruaru-PE? O
    percurso metodológico do presente estudo foi elaborado a partir de uma abordagem qualitativa.
    O estudo é de natureza exploratória. Participaram desta pesquisa cinco homens
    matriculados/egressos nos cursos de licenciatura da UFPE-CAA que tenham vivido e superado
    o fenômeno da evasão escolar em suas trajetórias pregressas no Ensino Básico. Utilizamos a
    entrevista semiestruturada para a obtenção dos dados empíricos que foram analisados a partir
    da análise de discurso foucaultiana. Os resultados da pesquisa apontam que os principais
    motivos de evasão ligados à construção das masculinidades são três: (1) a necessidade de
    honrar os parâmetros estabelecidos pelas formações discursivas de masculinidades; (2) as
    formas de violência escolar que destituem os meninos do status de homens e (3) a noção de
    que o homem se realiza muito mais em outros espaços do que na escola.


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  • Do interior da revisão epistemológica proposta pelos feminismos brotou uma série de
    desdobramentos teóricos que descortinaram e desnaturalizaram algumas das supostas verdades
    intransponíveis que tentaram limitar mulheres e homens em papéis sociais fixos. Dentre esses
    desdobramentos teóricos, destacamos os estudos de masculinidades. Esse campo começa a se
    configurar entre as décadas de 1970 e 1980 e se fundamentava, principalmente, na
    desconstrução da ideia de homem universal – sujeito necessariamente heterossexual, branco,
    provedor, forte, viril, competitivo, violento e autocentrado. As principais compreensões
    teóricas a respeito das masculinidades assinalam esse construto cultural como uma
    configuração de prática em torno da posição dos homens na estrutura das relações de gênero.
    A partir das contribuições dos estudos plurais de gênero, ou seja, os estudos queer, optamos
    por compreender a masculinidade como uma prática performativa que confere inteligibilidade
    cultural aos corpos e subjetividades dos homens no interior de um determinado quadro
    regulatório. Os homens são a maioria entre as vítimas de acidentes fatais, homicídios e
    suicídios, bem como são a maioria entre os casos de insucesso escolar e entre aqueles que
    abandonam e evadem da escola. A associação entre trabalho, defasagem, evasão ou abandono
    escolar dos rapazes, embora relevante, não pode ser apontada como único, nem mesmo como
    o mais significativo dos fatores. O fenômeno da evasão escolar ocorre quando o estudante
    deixa a escola com possibilidades de voltar. Portanto levantamos o seguinte problema de
    pesquisa: que elementos, associados à construção social das masculinidades, contribuíram com
    o quadro de evasão escolar dos homens na cidade de Caruaru-PE? O percurso metodológico
    do presente estudo foi elaborado a partir de uma abordagem qualitativa. O estudo é de natureza
    exploratória. Participarão como sujeitos da pesquisa homens matriculados nos cursos de
    licenciatura da UFPE-CAA que tenham vivido e superado o fenômeno da evasão escolar.
    Utilizamos a entrevista semiestruturada para a obtenção dos dados empíricos que serão
    analisados a partir da análise de discurso foucaultiana.

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  • LUIZ DOS SANTOS MATTOS JÚNIOR
  • GÊNEROS E SEXUALIDADES EM UMA ESCOLA CONFESSIONAL: A
    CONSTRUÇÃO DAS DIFERENÇAS NA EDUCAÇÃO CATÓLICA.

  • Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FIDEL MAURICIO RAMÍREZ ARISTIZÁBAL
  • LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • Data: 26/02/2024

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  • A pesquisa intitulada “Gêneros e Sexualidades em uma Escola Confessional: A Construção das
    Diferenças na Educação Católica”, vincula-se à linha Educação e Diversidade do Programa do
    Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea do Centro Acadêmico do Agreste
    (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Essa pesquisa fez um caminho no
    terreno educacional confessional católico situando as discussões sobre os gêneros e as
    sexualidades, com o objetivo geral de compreender as formações discursivas materializadas nos
    enunciados dos discursos sobre avanços, recuos e vivências educacionais da Escola
    Confessional Católica (ECC), acerca das temáticas de Gêneros e Sexualidades na Educação
    Cristã. Para tanto, como objetivos específicos, propomo-nos: a) Identificar as principais
    formações discursivas na escola católica sobre gênero e sexualidade; b) Elencar os silêncios no
    cotidiano da escola católica para negligenciar e ou ocultar o gênero e a diversidade sexual em
    seus espaços educacionais; c) Analisar os discursos e suas formações presentes nas falas dos
    professores/as homossexuais e bissexual referente às questões de diversidade sexual e
    LGBTfobia em sua atuação profissional e d) Mapear os sentidos que estão presentes no
    enfrentamento à LGBTfobia com professores/as a partir da perspectiva da análise do discurso

    foucaultiana. Para alcançar os objetivos, em nossa abordagem teórica-metodológica, ancoramo-
    nos no Paradigma Pós-estruturalista, que nos inscreve no jogo de disputas por significação

    tomando as discussões em torno dos gêneros e das sexualidades na Escola Confessional
    Católica como formação discursiva, em uma perspectiva vinculada à análise do Discurso
    foucaultiana e da perspectiva de corpo, gênero e sexualidade como não essencialista nem
    ontológica. Ressaltamos que utilizados a entrevista semiestruturada como técnica de coleta de
    dado. Entendemos nossa pesquisa se justifica e vem agregar tanto à comunidade acadêmica,
    visto que, no espaço acadêmico são articulados diferentes caminhos para a pesquisa em
    educação; como também na defesa de um cotidiano educacional mais plural e democrático
    atendendo a todos os grupos que compõem a sociedade brasileira, principalmente os grupos
    subalternizados como os heterodissidentes. Nas falas dos/as entrevistados/as ficaram evidentes
    como os enunciados se materializam nas vidas das pessoas que fazem a Escola Confessional
    Católica, e como essa escola, enquanto formação discursiva religiosa controla e regulamenta a
    produção dos discursos dentro e fora da Instituição. Assim, seguindo a lógica foucaultiana e de
    muitos outros pensadores, a escola ainda hoje se mantém como uma instituição reguladora dos
    discursos, para a manutenção da ordem cis-heterossexual estabelecida. Na Escola Confessional
    Católica, esse discurso assume dimensões maiores de verdade, visto que os discursos proferidos
    hegemonicamente nessa instituição estão vinculados a uma formação discursiva religiosa que
    produz enunciados que, por sua vez, materializam uma inteligibilidade estrutural, entre ditos e
    não ditos, de uma cis-heterossexualidade ontológica. Assim, contribuir para o campo de
    produção do conhecimento da educação, escola confessional, gênero e sexualidade sob a
    perspectiva pós-estruturalista via análise do discurso e teoria de gênero e sexualidade é uma
    possibilidade de avançar nos estudos sobre a temática, assumindo que a realidade é sempre já
    discursiva, assim, não há nada na experiência humana que escape ou que não seja constituída e
    atravessada pelos processos discursivos que produzem, sedimentam e/ou deslocam a realidade.


  • Mostrar Abstract
  • O projeto de pesquisa intitulado “Gênero e Sexualidade em uma Escola Confessional:
    A Construção das Diferenças na Educação Católica”, vincula-se à linha Educação e Diversidade
    do Programa de Pós - Graduação em Educação Contemporânea do Centro Acadêmico do
    Agreste (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Essa pesquisa tentará fazer
    um caminho no terreno educacional confessional católico situando-se as discussões sobre o
    gênero e sexualidade, com o objetivo de compreender as interdiscursividades materializadas
    nos enunciados dos discursos sobre avanços, recuos e vivências educacionais da Educação
    Confessional Católica, a cerca das temáticas de Gênero e Sexualidade na Educação Cristã.
    Para tanto, nos propomos a identificar nos discursos e interdiscursos de professores
    (as) de uma Escola Confessional Católica, da rede privada, situada no Agreste Pernambucano
    na cidade de Caruaru, os sentidos de pertencimento em relação a Instituição como também
    levantar as principais questões decorrente do trato na escola católica sobre gênero e sexualidade,
    sintetizando os argumentos usados no cotidiano da escola para negligenciar e ocultar a presença
    de gênero e da diversidade sexual em seus espaços educacionais; analisar as aproximações e
    distanciamentos dos discursos e dos interdiscursos dos professores/as homossexuais referente
    as questões de diversidade sexual e LGBTfobia em sua atuação profissional, incorporando as
    perspectivas de análise do discurso foucaultiana; e por fim mapear as construções ideológicas
    que estão presentes no conteúdo dos objetos pedagógicos no enfrentamento à LGBTfobia com
    professores/as a partir da perspectiva da análise do discurso foucaultiana.

    Em nossa abordagem teórica-metodológica nos ancoramos ao Pensamento Pós-
    estruturalista, que nos inscreve no jogo de disputas por significação tomando as discussões em

    torno do Gênero e da Sexualidade na Escola Confessional Católica como formação discursiva,
    em uma perspectiva vinculada a Teoria do Discurso de Michel Foucault (1996). Entendemos
    que esse projeto de pesquisa se justifica e vem agregar a comunidade acadêmica, visto que, no
    espaço acadêmico são articulados diferentes caminhos para a pesquisa em educação. De modo
    que, trazer para essas discussões um olhar através das lentes possibilitadas
    pela Teoria do Discurso como caminho teórico-metodológico é uma possibilidade de avançar
    nos estudos sobre a temática, assumindo que a realidade é sempre já discursiva, assim, não há
    nada na experiência humana que escape ou que não seja constituído e atravessado pelos
    processos discursivos que produzem, sedimentam e/ou deslocam a realidade.

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  • LUCAS LEON VIEIRA DE SERPA BRANDÃO
  • PODE O SUBALTERNO ESTUDAR? Cartografia da desigualdade de
    oportunidades para o acesso ao ensino superior pela classe trabalhadora

    periférica

  • Orientador : FERNANDO DA SILVA CARDOSO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DJAILTON PEREIRA DA CUNHA
  • FERNANDO DA SILVA CARDOSO
  • MARIA CECILIA LOREA LEITE
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • Data: 21/03/2024

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  • Enquanto as pesquisas sobre desigualdades de oportunidades, no que diz respeito
    ao acesso à educação, são construídas sob a ótica da análise estatística, por vezes
    negligenciando fatores subjetivos e qualitativos para uma compreensão mais profunda
    da realidade, este estudo tem como mapeamento principal investigar a relação
    estabelecida entre os filhos da classe trabalhadora que residem nos arredores da
    Universidade de Pernambuco com o acesso ao ensino superior com vistas a
    desigualdade de oportunidades vivenciada no processo formativo escolar, a partir da
    cartografia proposta por Deleuze e Guattari (2011). Leva em consideração, ou como
    intermezzo, os condicionantes de classe e território para acompanhar os processos
    de subjetivação da realidade, que reveste os percursos educacionais de estudantes
    do ensino médio da Escola de Referência em Ensino Médio Anibal Fernandes e a
    Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambuco. Pauta-se, sobretudo,
    na escrita agonística (Nietzsche, 2003), na experiência (Larrosa, 2021), na herança
    social (Boudon, 1981), e no sucesso/fracasso escolar (Lahire, 1997; 2002; 2006) como
    pontos de um rizoma para (re)pensar os caminhos e trajetórias dos estudantes
    moradores do bairro de Santo Amaro, no Recife, para o acesso ao ensino superior.
    Assim, o estudo contribui para ampliar os debates acerca da desigualdade de
    oportunidades a partir das conversações estabelecidas com estudantes que
    percorrem essa trajetória orientadas pelas ancoragens teóricas, pensando nos
    aspectos de subjetivação da realidade como marcadores importantes de
    compreensão dos percursos educacionais.


  • Mostrar Abstract
  • Enquanto as pesquisas sobre desigualdades de oportunidades, no que diz respeito
    ao acesso à educação, são construídas sob a ótica puramente estatística,
    negligenciando fatores subjetivos e qualitativos para uma compreensão mais
    profunda da realidade, este estudo busca, através da cartografia pensada por
    Deleuze e Guattari (2011), (re)pensar os caminhos e trajetórias dos estudantes
    moradores do bairro de Santo Amaro, no Recife, para o acesso ao ensino superior.
    Leva em consideração, ou como intermezzo, os condicionantes de classe e território
    para acompanhar os processos de subjetivação da realidade, que reveste os
    percursos educacionais de estudantes do ensino médio da Escola de Referência em
    Ensino Médio Ginásio Pernambuco e a Escola de Referência em Ensino Médio
    Aníbal Fernandes, bem como a realidade de suas famílias. Pauta-se, sobretudo, na
    escrita agonística (Nietzsche, 2003), na experiência (Larrosa, 2021), na herança
    social (Boudon, 1981), no discurso (Foucault, 2014) e no sucesso escolar (Lahire,
    1997) como pontos de partida de um rizoma para compreender a relação
    estabelecida entre os filhos da classe trabalhadora que moram nos arredores da
    Universidade de Pernambuco, com o acesso ao ensino superior. Assim, o estudo
    visa contribuir para ampliar os debates acerca da desigualdade de oportunidades a
    partir das narrativas dos estudantes que percorrem essa trajetória, pensando nos
    aspectos de subjetivação da realidade como marcadores importantes de
    compreensão dos percursos educacionais.

5
  • MARCELO RICARDO MOREIRA
  • PROPOSTAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE PÚBLICA ESTADUAL
    DE PERNAMBUCO NO PERÍODO PANDÊMICO DA COVID-19 - 2020/2021: UMA
    ANÁLISE DE SUA ARTICULAÇÃO COM O PROCESSO DE RESSIGNIFICAÇÃO
    DA PRÁTICA DOCENTE EM CONTEXTO DE ENSINO REMOTO

  • Orientador : KATIA SILVA CUNHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GLEYDS SILVA DOMINGUES
  • KATIA SILVA CUNHA
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • Data: 26/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • Esta pesquisa vincula-se à linha Docência, Ensino e Aprendizagem do Programa de
    Pós-Graduação em Educação Contemporânea do Centro Acadêmico do Agreste
    (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O estudo se insere no
    campo da Formação Continuada docente, analisando esse movimento no contexto
    pandêmico da Covid-19 – período 2020-2021, em que o Ensino Remoto Emergencial
    - ERE foi a opção adotada para que os processos educativos continuassem
    caminhando em meio a uma intensa crise sanitária que exigiu o distanciamento social
    e, consequentemente, a suspensão das aulas em modelo presencial. O objeto aqui
    discutido, centra-se na dimensão da formação continuada articulada ao processo de
    ressignificação da prática docente, no ensino remoto, em tempos de pandemia e foi
    explorado a partir do seguinte questionamento: Como as propostas de formação
    continuada se articulam de forma a ressignificar a prática docente, através Ensino
    Remoto, em tempos de Pandemia da COVID-19, na Rede Pública do Estado de PE?
    Como objetivo geral, buscamos compreender como as propostas de formação
    continuada se articularam de forma a ressignificar a prática docente no Ensino
    Remoto, em tempos de pandemia da COVID-19, na rede pública do estado de PE.
    Para tratarmos da discussão da formação continuada, ancoramo-nos em perspectivas
    teóricas pautadas em Brasil (1996), Freire (1996) Nóvoa (1995, 1999), Imbernón
    (2009, 2010), Gatti (2008, 2011), Gatti, Barreto, André e Almeida (2009), Pimenta
    (2012), Pérez Gómes (1995) e Schön (1995). Para uma reflexão acerca do atual
    cenário da formação de professores no Brasil, recorremos a Brasil (2015, 2017, 2019),
    Frangella (2020) e Dourado (2020). Em se tratando da abordagem teórica no que
    concerne à prática docente, apoiamo-nos em Freire (1996), Franco (2012), Veiga
    (1992), Zeichner (1993) e Oliveira (2020). Quanto à metodologia de pesquisa,
    construímos um percurso alicerçado, predominantemente, na abordagem qualitativa.
    Como procedimentos metodológicos para produção dos dados, foram utilizados: a
    análise documental, em Ludke e André (1986); o questionário, em Gil (1999) e a
    entrevista semiestruturada, em Triviños (2008). Como campo de pesquisa, foi utilizada
    uma Escola de Referência em Ensino Médio – EREM da Rede Pública Estadual de
    Pernambuco, situada numa cidade da Mata Sul do estado. Para tratamento dos
    dados, trabalhamos com a Análise de Conteúdo, na perspectiva de Bardin (2016),
    para reflexões conceituais acerca da técnica e Moraes (1999), com foco nos
    processos de análise e interpretação dos dados. Os resultados revelam os desafios e
    possibilidades para o desenvolvimento de formações continuadas durante o período
    de ensino remoto emergencial, a fim de amenizar os impactos na nova rotina escolar
    e na prática docente. Os dizeres dos participantes (coordenadora e professores)
    apontam para fragilidades nesse processo, levando em consideração o novo contexto,
    o agir no imediatismo e na experimentação, mas reconhecem que as ações
    contribuíram de forma significativa para enfrentarem os desafios do novo formato
    imposto. Por fim, evidenciamos a relevância dos movimentos formativos no contexto
    escolar, a partir da reflexão sobre a ação e do pensar no contexto e no sujeito como
    elementos basilares para desenvolvimento de formações continuadas.


  • Mostrar Abstract
  • A presente pesquisa vincula-se à linha Docência, Ensino e Aprendizagem do
    Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea do Centro Acadêmico do
    Agreste (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Insere-se no campo
    da Formação Continuada de Professores, analisando essa dimensão no contexto
    pandêmico da Covid-19 – período 2020-2021, em que o Ensino Remoto Emergencial
    - ERE foi a opção adotada para que os processos educativos continuassem
    caminhando em meio a uma intensa crise sanitária que exigiu o distanciamento social
    e, consequentemente, a suspensão das aulas em modelo presencial. Nosso objetivo
    é compreender como as propostas de formação continuada da rede pública estadual
    de Pernambuco, desenvolvidas no período de 2020/2021 – contexto pandêmico da
    COVID-19 – articulam-se às demandas que contemplam o fazer docente. Para tanto,
    ancoramo-nos em perspectivas teóricas pautadas em Nóvoa (1995, 1999), Imbernón
    (2009, 2010), Gatti (2008, 2011), Gatti, Barreto, André e Almeida (2009), Pimenta
    (2012), Pérez Gómes (1995) e Schön (1995) para discutirmos a formação continuada
    de professores. Dialogamos com Behar (2020) na abordagem acerca do Ensino
    Remoto e Ensino a Distância e com Freire (1996), no que se refere à prática docente.
    Apontamos ainda perspectivas teóricas que pretendemos utilizar durante o
    desenvolvimento da pesquisa, a saber: Brasil (2020), Almeida (2020), Leal (2020),
    Pares (2020) e Spinardi e Both (2018) acerca do Ensino Remoto, Educação a
    Distância e Ensino Híbrido. Abordagens de Franco (2012), Oliveira (2020) para
    discussões sobre a prática docente e reflexões pautadas por Bacich e Moran (2017)
    e Tavares (2004), discutindo acerca do processo da aprendizagem significativa e
    Moran (2003) e Moran (2015) acerca das Tecnologias da Informação e Comunicação
    (TIC’s). Quanto à metodologia de pesquisa, construímos um percurso alicerçado,
    predominantemente, na abordagem qualitativa. Formarão o corpus da pesquisa: a
    análise documental, o questionário e entrevista e utilizaremos, como campo de
    pesquisa, três escolas da rede pública estadual de Pernambuco, situadas numa
    cidade da Mata Sul do estado. Para tratamento dos dados, trabalharemos com a
    Análise de Conteúdo, na perspectiva de Bardin (2016) e Moraes (1999).

6
  • ALMIR JOÃO DA ROCHA
  • “TEM QUE SER UMA EDUCAÇÃO NOSSA”: práticas educativas quilombolas como
    caminhos para a implementação da política de Educação Escolar Quilombola na

    comunidade quilombola Cabileira, Altinho-PE

  • Orientador : SAULO FERREIRA FEITOSA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA FERNANDA DOS SANTOS ALENCAR
  • SANDRO GUIMARAES DE SALLES
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • Data: 26/03/2024

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  • O presente estudo é fruto da pesquisa desenvolvida na Linha de Pesquisa Educação e Diversidade do
    curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea, do Campus
    Acadêmico do Agreste (CAA-UFPE). Nele, buscamos compreender quais são as práticas educativas
    que a comunidade quilombola Cabileira desenvolve em seu cotidiano que podem contribuir para a
    implementação da política de Educação Escolar Quilombola (EEQ) na escola da comunidade. A
    necessidade de desenvolver esse estudo parte da percepção de que a educação escolarizada não tem
    dado conta de problematizar a história e os processos educativos dos povos quilombolas na
    perspectiva da horizontalidade e tem sido uma educação marcada pelo eurocentrismo que nega
    qualquer conhecimento que se distancia do cânone ocidental de conhecimento. Partimos do
    pressuposto que mesmo diante de processos hegemônicos que insistem em continuar colonizando os
    povos quilombolas, existem outros caminhos que mostram a resistência histórica desses povos às
    investidas da colonialidade nos seus diferentes eixos, e, portanto, afirmam-se como detentores de
    práticas e formas de produzir conhecimentos, de modos de pensarem, de sentirem, interagirem,
    viverem e amarem que vão além das formas ocidentais de produzirem conhecimentos. A pesquisa teve
    como abordagem teórica-metodológica o debate advindo das reflexões de autores(as) que constituem o
    Grupo Modernidade/Colonialidade (M/C) e que são percussores(as) do Pensamento Decolonial, este
    que se constitui enquanto uma opção epistêmica e política que vem denunciando como determinados
    lugares e grupos sociais têm suas identidades redesenhadas pelo eurocentrismo. Seguindo esse
    caminho, o nosso objeto de estudo nos levou para o desenvolvimento de um fazer decolonial
    (OCAÑA; LÓPEZ, 2019; OCAÑA; LÓPEZ; CONEDO, 2018) que enquanto uma opção outra de
    fazer pesquisa nos possibilitou caminhar pela pesquisa bibliográfica e documental, pela etnografia
    decolonial e pelas ações decoloniais do contemplar comunal, conversar alterativo e pela reflexão
    configurativa. Diante disso, tivemos como objetivos: caracterizar a comunidade pesquisada e a escola
    da comunidade, identificar e analisar quais são os desafios inerentes à implementação da EEQ a partir
    das DCNEEQ na comunidade Cabileira e identificar quais são as práticas educativas desenvolvidas na
    comunidade Cabileira, e como estas estão sendo tensionadas no currículo escolar para que a política
    de EEQ seja implementada na escola da comunidade. Os resultados da pesquisa nos mostram que os
    avanços, no que diz respeito à implementação da EEQ na escola da comunidade, ainda são
    incipientes, visto que os desafios, apontados nas conversas alterativas, ainda estão longe de serem
    superados. Contudo, o nosso contemplar comunal nos mostrou que a desobediência epistêmica
    desencadeada pela escola e pela comunidade Cabileira tem conseguido mostrar caminhos outros que
    levam à superação dos processos de ensino-aprendizagem estruturados para negar, subalternizar e
    folclorizar o povo quilombola. E tem sido através do trabalho docente desenvolvido no chão da
    escola em parceria com a comunidade que o currículo colonizador e colonizado vem sendo
    transgredido para que uma educação “nossa” comprometida com a decolonialidade das práticas
    curriculares eurocêntricas seja construída.


  • Mostrar Abstract
  • O presente texto é fruto da pesquisa de mestrado desenvolvida na Linha de pesquisa
    Educação e Diversidade do Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação
    Contemporânea, do Centro Acadêmico do Agreste (CAA-UFPE). Nela, temos como questão
    problema: quais são as tensões e as possibilidades decorrentes da materialização da Política de
    Educação Escolar Quilombola na comunidade quilombola Cabileira que apontam para a
    construção de uma educação decolonial? Para nos ajudar a responder a questão-problema,
    elencamos o seguinte objetivo geral: Compreender quais são as tensões e as possibilidades
    decorrentes da materialização da Política de Educação Escolar Quilombola na comunidade
    quilombola Cabileira que apontam para a construção de uma educação decolonial. E como
    objetivos específicos: I) Historicizar as lutas dos povos quilombolas na construção de uma
    política de educação própria; II) Identificar as tensões e as possibilidades que ocorrem entre a
    escola e a comunidade para a construção de uma educação decolonial a partir da consolidação
    da Política de Educação Escolar Quilombola e; III) analisar quais são os princípios da
    educação escolar quilombola que estão em convergência com os saberes tradicionais da
    comunidade. Nossa análise teve como abordagem teórica-metodológica o debate advindo das
    reflexões do Pensamento Decolonial, os/as autores/as para esse debate foram: Quijano (1991,
    2000, 2005); Mignolo (2008, 2010, 2020); Walsh (2008, 2009, 2019); Grosfoguel (2007,
    2008); Maldonado-Torres (2007, 2008) e Dussel (1993, 2016), assim como assim
    pensadores/as do Grupo Modernidade/Colonialidade (M/C) que ajudaram em nossa discussão
    sobre a Educação Escolar Quilombola enquanto uma opção decolonial. O nosso objeto de
    estudo nos levou para o desenvolvimento de um fazer decolonial (OCAÑA; LÓPEZ, 2019;
    OCAÑA; LÓPEZ; CONEDO, 2018) que enquanto uma opção outra de fazer pesquisa, nos
    possibilitou caminhar pela pesquisa bibliográfica e documental, pela etnografia decolonial e
    pelas ações decoloniais do contemplar comunal, conversar alterativo e pela reflexão
    configurativa. nosso contexto de pesquisa foi a comunidade quilombola Cabileira e a escola
    Municipal Padre Anchieta, tendo como colaboradores 02 (dois) anciões,03 (três) lideranças e
    (04) professores/as.

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  • ANA CAROLINA DE VASCONCELOS ARRUDA TAVARES
  • EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO PRÉ-NATAL: CONHECIMENTO DE PRIMÍPARAS

    SOBRE A AMAMENTAÇÃO

  • Orientador : SAULO FERREIRA FEITOSA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALLENE CARVALHO LAGE
  • RICARDO JOSE DE SOUZA CASTRO
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • Data: 24/04/2024

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  • Até 1980, o Brasil não possuía políticas governamentais específicas para promover o
    aleitamento humano (AH), mas o aumento do desmame precoce gerou preocupações de saúde
    pública, levando a reflexões sobre o tema. Apesar dos avanços legais e estratégicos, a cultura
    do desmame persiste, reforçando o papel tradicional da mulher como provedora de cuidados
    maternos e domésticos. Reconhece-se que o AH é influenciado por fatores sociais, econômicos,
    políticos e culturais, e seu entendimento adequado capacita indivíduos a tomar decisões
    informadas. O presente estudo tem como objetivo analisar os conhecimentos sobre
    amamentação apreendidos por pessoas primíparas durante o pré-natal. Constitui-se de uma
    pesquisa de campo, exploratória, descritiva, com abordagem quanti-qualitativa, realizada em
    um serviço público de saúde em Caruaru-PE. A coleta de dados foi por meio de uma entrevista
    semiestruturada. Os resultados destacaram a importância da educação em saúde, tanto na
    formação dos profissionais de saúde quanto na orientação oferecida às gestantes e puérperas.
    Além disso, ressaltou-se a necessidade de um novo paradigma que integre diversos aspectos,
    incluindo históricos, sociais, culturais e econômicos, para preparar tanto indivíduos quanto suas

    redes de apoio para o AH. Esse modelo educacional baseia-se em uma abordagem crítico-
    reflexiva, incentivando a participação ativa no processo de aprendizagem e promovendo uma

    compreensão significativa e transformadora do tema.


  • Mostrar Abstract
  • Até 1980 não existia no Brasil nenhum programa de governo responsável pela elaboração e
    coordenação das atividades referentes ao aleitamento materno, até que o desmame precoce se
    configura como problema de saúde e começam a surgir reflexões sobre a temática. Nas
    últimas décadas intensificaram-se os esforços em prol da promoção, proteção e apoio ao
    aleitamento materno. Porém, apesar das recomendações e das medidas adotadas, o desmame
    precoce ainda é uma realidade frequente e indesejável. A cultura do desmame é
    historicamente presente na sociedade. As mulheres brasileiras precisam lutar contra poderosas
    forças de reprodução de raça e de gênero. Apesar da evolução nas estratégias legais voltadas à
    promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil, os discursos continuam
    reforçando o dever da mulher de amamentar, recolocando-a na função materna e doméstica
    como seu principal papel social. É preciso compreender a amamentação não apenas como um
    ato natural, mas como um ato regulável pela sociedade, através dos condicionantes sociais,
    econômicos, políticos e culturais. Pessoas em todas as fases da vida, ao adquirirem o
    conhecimento adequado acerca do ato de amamentar, podem contribuir positivamente na
    decisão e na manutenção do aleitamento materno. Salienta-se a importância de trabalhar o
    tema amamentação com alunos desde a educação infantil, até a graduação e pós-graduação,
    para que a alienação dos sujeitos provocada pela cultura do desmame não seja mais uma
    realidade, rompendo com as estruturas de domínio cultural e proporcionando abertura de
    consciência e libertação dos sujeitos de diferentes gerações. Dentre as orientações reforçadas
    nos últimos anos, muitas delas referem-se à formação de recursos humanos através de
    Educação Permanente em Saúde e práticas curriculares nas Instituições de Ensino Superior
    que promovam a formação de profissionais que trabalhem de maneira efetiva uma educação
    em saúde transformadora voltada à prática da amamentação. O presente estudo tem como
    objetivo analisar os conhecimentos que as mulheres primíparas apreenderam sobre
    amamentação durante o pré-natal. Será constituído de uma pesquisa de campo, exploratória,
    descritiva, com abordagem quanti-qualitativa, realizada em um serviço público de saúde em
    Caruaru-PE. A coleta de dados será por meio de uma entrevista semiestruturada. Os
    resultados serão apresentados em tabelas e gráficos, além da descrição de respostas relevantes
    à pesquisa.

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  • MARIA EDUARDA DUCA MILANO
  • EDUCAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE E MOVIMENTO NEGRO: Um olhar
    sobre fazer educação para jovens da geração Z após a Lei n.o 11.645/08.

  • Orientador : DANIELA NERY BRACCHI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELA NERY BRACCHI
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • TATIANE OLIVEIRA DE CARVALHO MOURA
  • Data: 26/04/2024

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  • A presente pesquisa tem em vista compreender a relação entre a Lei n.o 11.645/08 e
    os debates da geração Z sobre questões étnico-raciais no espaço online. O
    problema tratado foi percebido a partir de uma observação inicial sobre a busca dos
    jovens por mais espaços de discussão do tema, especialmente nos perfis de
    influenciadores digitais que abordam as questões étnico-raciais. Realizamos uma
    discussão bibliográfica inicial sobre as legislações referentes à educação das
    questões étnico-raciais, assim como a caracterização da geração Z. A pesquisa se
    desenvolve como forma de exercício de imaginação sociológica no campo da
    educação, na qual parte-se da perspectiva de si para a percepção dos fatos no
    mundo. Como metodologia, estabelece-se a abordagem qualitativa, com o objetivo
    de uma pesquisa exploratória, e procedimento do “tipo etnográfico”, na qual
    busca-se a descoberta de novas relações e de entendimento da realidade social. O
    estudo caminhou pela compreensão dos dados coletados de cinco perfis online da
    rede social Instagram, discutindo-os criticamente e pensando em possíveis
    desdobramentos deles. Realizamos também uma análise dos signos visuais dos
    perfis abordados na pesquisa a partir do método de análise de Penn (2007). Por fim,
    percebemos a dificuldade de inclusão no debate sobre as relações étnico-raciais de
    uma parcela da população que tem dificuldade ao acesso online. Percebemos,
    ainda, que a tecnologia não deve suprir a realidade, já que ela ocupa um lugar de
    informações, e a inclusão de pessoas negras na educação é de suma importância
    para qualquer desejo de mudança social no Brasil. Afinal, são a maioria da
    população e são consequentemente o futuro desse país.


  • Mostrar Abstract
  • A pesquisa propõe caracterizar a educação que está sendo proposta na
    contemporaneidade na cidade de Caruaru. O tema específico que norteia essa
    dissertação é sobre educação étnico-racial por compreender que é recente e
    consegue dialogar com o terceiro elemento, Geração Z. A internet é parte do
    cotidiano desses jovens que é a primeira geração que cresce com smartphones,
    computadores e outras novas tecnologias para uma fluida comunicação sobre
    diversas temáticas. Portanto, a pesquisa caminha por uma etnografia e netnografia,
    buscando entender o universo real e virtual desse grupo que está envolto no fazer
    educação para esses jovens dialogando sobre a Lei no 11.645/08. Pensando em
    caminhos que compreendam e aprimorem cada vez mais a educação étnico racial
    feita em Caruaru, seja na esfera do espaço escolar físico ou na transposição para o
    espaço virtual. Buscando assim, fortalecer o debate racial que está sendo proposto
    em diversos ambientes, pois sua relevância é fundamental para essa e outras
    futuras gerações.

9
  • WYNE NOGUEIRA DE SOUZA
  • TENSÕES EPISTÊMICO-DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA DOCENTE

    XUKURU: relações entre a colonialidade e a decolonialidade

  • Orientador : JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • Data: 13/05/2024

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  • Esta dissertação é fruto da pesquisa de Mestrado vinculada à Linha de Ensino Docência e
    Aprendizagem, do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea, do Centro
    Acadêmico do Agreste (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Este estudo
    versa sobre as tensões epistêmico-didático-pedagógicas na Prática Docente Xukuru e suas
    relações entre a colonialidade e a decolonialidade, tendo como objeto de estudo a Prática
    Docente Xukuru. Apoiamo-nos na abordagem teórico-metodológica do Pensamento Decolonial
    (Arturo Escobar, 2003; Walter Mignolo, 2007, 2008; Aníbal Quijano, 2005; Henrique Dussel,
    2005; Catherine Wash, 2009; Ramón Grosfoguel, 2006, 2007; Santiago Castro-Gómes, 2007;
    Porto-Gonçalves, 2002, 2003, 2005, 2006), pois nos permite analisar o contexto da produção
    dos dados a partir da ótica do subalternizado. O trabalho apresentado se situa no campo da
    Educação Escolar Indígena, na Escola Indígena Memby, no povo Xukuru do Ororubá (PE),
    localizado entre os municípios de Pesqueira e Poção. Nesse sentido, delimitamos como
    problema de pesquisa: quais são as tensões epistêmico-didático-pedagógicas entre a
    colonialidade e a decolonialidade na Prática Docente Xukuru? Para tanto, lançamos como
    objetivo geral: compreender as tensões epistêmico-didático-pedagógicas entre a colonialidade
    e a decolonialidade na Prática Docente Xukuru, e, de maneira mais específica, identificar as
    marcas da colonialidade do poder, do saber, do ser e da natureza na Prática Docente Xukuru;
    perceber os indícios da decolonialidade do poder, do saber, do ser e da natureza na Prática
    Docente Xukuru e entender os avanços e recuos epistêmico-didático-pedagógicos na Prática
    Docente Xukuru. Justificamos este estudo a partir das minhas inquietações enquanto professora
    Xukuru, que atua em um contexto escolar indígena tensionado pelas interferências coloniais e,
    por isso, percebemos como fundamental a consciência crítica, a descolonização e a permanente
    provocação de reflexões internas ao meu povo, no que se refere à Prática Docente. Partimos do
    pressuposto de que, mesmo com toda luta e com a perspectiva de um projeto outro, a
    colonialidade ainda está presente nas escolas Xukuru, porque é inevitável o contato com a
    sociedade nacional, sobretudo pelasformações docentes não interculturais, gerando no contexto
    educacional dos territórios indígenas as tensões entre a colonialidade e a decolonialidade. Para
    o tratamento e análise dos dados, utilizaremos a Análise de Conteúdo via Análise Temática
    (Bardin, 2011; Vala, 1990).


  • Mostrar Abstract
  • Esta dissertação é fruto da pesquisa de Mestrado vinculada à Linha de Ensino, Docência
    e Aprendizagem do Programa de Pós-graduação em Educação Contemporânea, do Centro
    Acadêmico do Agreste (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco- UFPE. Esse estudo
    versa sobre as tensões epistêmico-didático-pedagógicas na prática docente Xukuru e suas
    relações entre colonialidade e a decolonialidade, tendo como objeto de estudo: a Prática
    Docente Xukuru. Apoiamo-nos na abordagem teórico-metodológica do Pensamento Decolonial
    (Arturo Escolar, 2003; Walter Mignolo, 2007; Aníbal Quijano, 2005; Henrique Dussel, 2005;

    Catherine Wash, 2009; Ramón Grosfoguel, 2006, 2007; Santiago Castro-Gómes, 2007; Porto-
    Gonçalves, 2002, 2003, 2005, 2006), pois nos permite analisar o contexto da produção dos

    dados a partir da ótica do subalternizado. O trabalho apresentado se situa no campo da Educação
    Escolar Indígena, na Escola Indígena Memby, no povo Xukuru do Ororubá (PE), município de
    Pesqueira. Nesse sentido, delimitamos como problema de pesquisa: quais são as tensões
    epistêmico-didático-pedagógicas entre a colonialidade e a decolonialidade na Prática Docente

    Xukuru? Para tanto, lançamos como objetivo geral: compreender as tensões epistêmico-
    didático-pedagógicas entre a colonialidade e a decolonialidade na Prática Docente Xukuru e de

    maneira mais específica identificar as marcas da colonialidade do poder, do saber, do ser e da
    natureza na Prática Docente Xukuru; perceber os indícios da decolonialidade do poder, do saber,

    do ser e da natureza na Prática Docente Xukuru e entender os avanços e recuos epistêmico-
    didático-pedagógicos na Prática Docente Xukuru. Justificamos este estudo a partir das minhas

    inquietações enquanto professora Xukuru que atua em um contexto escolar indígena tensionado
    pelas interferências coloniais e, por isso, percebemos como fundamental à consciência crítica,
    à descolonização e a permanente provocação de reflexões internas ao meu povo no que se refere
    à prática docente. Partimos do pressuposto que mesmo com toda luta e com a perspectiva de
    um projeto outro, a colonialidade ainda está presente nas escolas Xukuru, porque é inevitável
    o contato com a sociedade nacional, sobretudo pelas formações convencionais, gerando no
    contexto educacional dos territórios indígenas as tensões entre colonialidade e decolonialidade.
    Para o tratamento e análise dos dados, utilizaremos a Análise de Conteúdo via Análise Temática
    (BARDIN, 2011, VALA, 1990).

2023
Dissertações
1
  • MARCIA BATISTA DA SILVA
  • A PRODUÇÃO DOS SABERES DOCENTES NA CONTINGÊNCIA PEDAGÓGICA:
    necessidades formativas e a indução profissional de professores iniciantes

  • Orientador : MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • MARLI AMÉLIA LUCAS DE OLIVEIRA
  • Data: 05/01/2023

  • Mostrar Resumo
  • A pesquisa situa-se nas discussões acerca da formação de professores iniciantes. Tomamos
    como objeto de estudo “os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos
    das necessidades formativas dos professores iniciantes e alimentadores da indução profissional”
    desenvolvida no PPGEduC/UFPE-CAA. Como questão de pesquisa temos: quais os saberes
    docentes emergentes da contingência advindos das necessidades formativas dos professores
    iniciantes que contribuem para a indução profissional? E o objetivo geral: Analisar os saberes
    docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos
    iniciantes, que contribuem para a indução profissional. Fundamentamos para discutir os saberes
    docentes em Tardif (2014), Gauthier (2006), Borges (2004) e Cunha (2007); contingência
    pedagógica a concebemos enquanto o movimento de imprevisibilidade experienciado no
    contexto escolar; necessidades formativas conforme Ramalho e Núñes (2011), Bandeira (2014),
    Sousa, Rocha, Oliveira e Franco (2020); indução profissional amparada em Wong (2020),
    Roldão (2012), Cruz, Farias e Hobold (2020); e professores iniciantes com Carlos Marcelo
    (1999), Mendonça (2019), Huberman (1995), Almeida, Reis, Gomboeff e André (2020) e Silva
    (2021). A metodologia pautou-se na abordagem qualitativa (LUDKE e ANDRÉ, 2018). Os
    procedimentos para a produção dos dados deram-se a partir da análise documental, do
    questionário via Google Formulário (GIL, 2008), do grupo de discussão (MEINERZ, 2011) e
    das sessões de intervenção (GOUVEIA, 2020). Os dados foram analisados na perspectiva da
    análise de conteúdo, via categorização (MORAES, 1999). Os resultados, a partir do objetivo de
    “identificar os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das
    necessidades formativas dos iniciantes”, são: “o diálogo, a conscientização, o ensino com vistas
    à autonomia, a versatilidade em alternar materiais didáticos, o despertar a vontade de aprender
    por meio de estratégias pessoais dos professores, em que esses saberes se manifestam também
    por meio de atividades que instiguem a criatividade, a conscientização e a humanização dos
    estudantes”. Quanto a “descrever as necessidades formativas dos professores iniciantes da
    rede”, estas são: a “falta de conhecimento sobre a tecnologia, ausência de acompanhamento dos
    responsáveis e devolutiva de atividades, o choque de realidade com a docência, inexistência de
    internet e ambiente propício ao estudo, a exclusão digital e a busca de estratégias para cativar
    os estudantes às aulas”. E em relação a “contribuir com as proposições de ações alimentadoras
    da indução profissional de iniciantes no contexto da rede”, estas se expressam nas “sessões de
    formação que mobilizaram a retomar os elementos desafiadores de ingresso e permanência na
    profissão, potencializaram a criticidade, a reflexão, a capacidade auto formativa, autoral e a
    reinvenção das participantes”. Diante do exposto, explicitamos a inexistência de política de
    indução profissional na rede para os iniciantes. Nesta ausência, estes profissionais vão
    alimentando, em processo solo, a constituição de suas imersões na docência, sem um projeto
    formativo que subsidie seus fazeres, com vistas à consolidação da política de formação
    continuada na rede municipal. Logo, os saberes docentes produzidos na contingência
    pedagógica mostraram-se fomentadores de mobilizações para o desenvolvimento profissional
    docente, quando emergiram, enquanto respostas, ao enfretamento das necessidades formativas
    dos professores iniciantes, bem como nutriram a expertise destes profissionais.


  • Mostrar Abstract
  • O presente estudo situa-se nas discussões acerca da formação de professores e versa especificamente sobre professores iniciantes. Tomamos como objeto de estudo “os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes e alimentadores da indução profissional” e como problema central: Quais os saberes docentes emergentes da contingência, advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes que contribuem para a indução profissional? Como objetivo geral, temos: Analisar os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes que contribuem para a indução profissional. Como objetivos específicos, destacamos: Identificar os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes; Descrever as necessidades formativas dos professores iniciantes da rede; e Contribuir com as proposições de ações alimentadoras da indução profissional de professores iniciantes no contexto da rede. Fundamentamos nossas discussões nas categorias teóricas: saberes docentes com Tardif (2014), Gauthier (2006), Borges (2004), e Cunha (2007); contingência pedagógica a concebemos enquanto o movimento de imprevisibilidade vivido no espaço escolar (...); necessidades formativas conforme Ramalho e Núñes (2011), Bandeira (2014), Sousa, Rocha, Oliveira e Franco (2020); indução profissional amparada em Wong (2020), Roldão (2012), Cruz, Farias e Hobold (2020); e para discutir professores iniciantes partimos de autores como Carlos Marcelo (1999), Mendonça (2019), Huberman (1995), Almeida, Reis, Gomboeff e André (2020). Nosso percurso metodológico se pautou em uma abordagem predominantemente qualitativa a partir de Ludke e André (2018). Para chegarmos aos participantes da pesquisa inicialmente realizamos a análise documental conforme Ludke e André (2018) sobre os arquivos da SEDUC seguido da utilização do instrumento questionário via Google Formulário de acordo com Gil (2008). Para a produção dos dados adotaremos o uso novamente do questionário (GIL, 2008) com professores iniciantes e coordenadores, desenvolveremos um grupo de discussão a partir de Meinerz (2011) e quatro sessões de intervenção conforme apresenta Gouveia (2020) exclusivamente com os coordenadores. Os dados serão analisados na perspectiva da análise de conteúdo amparada em Moraes (1999) por meio das temáticas e categorias advindas dos significados que emergem dos dados.

2
  • DIVANE OLIVEIRA DE MOURA SILVA
  • EMARANHADOS SOCIAIS, POLÍTICOS E FANTASMÁTICOS NO SISTEMA
    AVALIATIVO EDUCACIONAL PERNAMBUCANO: nas assombrações

    constitutivas, o que deixamos de enxergar?

  • Orientador : KATIA SILVA CUNHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GUSTAVO GILSON SOUSA DE OLIVEIRA
  • KATIA SILVA CUNHA
  • LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • Data: 16/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • A presente pesquisa problematiza a avaliação educacional utilizada pela rede
    estadual de Pernambuco por meio do Programa de Modernização da Gestão Pública
    - Metas para a Educação. Ao compreendermos o campo educacional como campo
    político, nos ancoramos na ontologia política pós-estruturalista formulada pela Teoria
    do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe ([1985] 2015), com a articulação
    interpretativa proposta por Jason Glynos e David Howarth (2007). Nosso objetivo é
    compreender a articulação que possibilita à política pública pernambucana promover
    a padronização avaliativa das escolas da rede estadual de ensino. Forma o corpus da
    pesquisa: documentos oficiais - locais e nacionais, fontes bibliográficas, notícias
    veiculadas em diferentes mídias, websites, pronunciamentos oficiais. Sinteticamente,
    intentamos oferecer as seguintes contribuições relacionadas à avaliação do sistema
    educacional pernambucano: (a) caracterização e transformação de seus regimes e
    práticas discursivas; (b) exposição de maneiras pelas quais ela prende e seduz os
    sujeitos (c) explicação crítica dos objetos e condições discursivas que tornam os
    padrões ou rotinas de articulações possíveis. Portanto, criticamente envolvemos um
    plano sincrônico para a caracterização e um plano diacrônico para a identificação da
    reprodução e/ou subversão, trazendo à tona as normas tidas como certas e legítimas
    do sistema avaliativo em foco, as quais possibilitam sua hegemonia. Acreditamos que
    a discussão poderá despertar possibilidades desnaturalizadas, reprimidas ou
    excluídas.


  • Mostrar Abstract
  • A presente pesquisa qualitativa problematiza a avaliação educacional, utilizada pela
    rede estadual de Pernambuco, por meio do Programa de Modernização da Gestão
    Pública - Metas para a Educação. Ao compreendermos o campo educacional como
    campo político, nos ancoramos na ontologia política pós-estruturalista, formulada pela
    Teoria do Discurso Pós-estruturalista de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe (2015), com
    a expansão, articulação e corrente interpretativa, proposta por Jason Glynos e David
    Howarth (2007). Nosso objetivo é compreender a articulação que possibilita à política
    pública pernambucana promover a padronização avaliativa das escolas da rede
    estadual de ensino, bem como as condições e objetos que tornam esses padrões ou
    rotinas de articulações possíveis. Formarão o corpus da pesquisa: documentos oficiais
    - locais e nacionais, fontes bibliográficas, notícias veiculadas em diferentes mídias,
    websites, pronunciamentos oficiais. Sinteticamente, intentamos oferecer as seguintes
    contribuições relacionadas à avaliação do sistema educacional pernambucano: (a)
    caracterização de seus regimes e práticas discursivas; (b) identificação da sua
    emergência, contestação e transformação; (c) explicação crítica das maneiras pelas
    quais ela prende e seduz os sujeitos. Portanto, criticamente envolveremos um plano
    sincrônico para a caracterização e um plano diacrônico para a identificação da
    reprodução e/ou subversão, procurando trazer à tona as normas tidas como certas do
    sistema avaliativo em foco, as quais possibilitam sua hegemonia, bem como normas
    e possibilidades reprimidas ou excluídas.

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  • RUBEM VIANA DE CARVALHO
  • UM ARCO-ÍRIS NA LUTA PELA TERRA: O CONSTRUIR DA PRÁXIS

    PEDAGÓGICA DO COLETIVO LGBT DO MST

  • Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALLENE CARVALHO LAGE
  • JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • Data: 28/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • A luta social e, as formas com as quais, os grupos e coletivos sociais reúnem-se e organizam-
    se estão em permanente movimento, assim como suas identidades. Deste modo, a identidade

    não é a única forma de organização política por reivindicação de direitos, liberdade e igualdade
    de condições de aparecimento e participação social. Outros processos sociais estão implicados
    nessas articulações organizativas e nas formas de alianças políticas que produzem a práxis dos
    movimentos sociais. A produção performativa dos sujeitos do Sul global remonta ao
    colonialismo e, é continuada na colonialidade, a partir da reprodução, mas também do
    enfrentamento criativo ao racismo e, especificamente, para os dissidentes sexuais e de gênero,
    as LGBTfobias. É dentro dessa complexidade e dessa problemática que essa pesquisa se insere
    analisando as narrativas e os documentos narrativos do Coletivo LGBT Sem Terra do MST,
    tendo em vista compreender como esses sujeitos organizam a luta pelo aparecimento dissidente
    na luta pela terra, constroem sua práxis e suas pedagogias, articulando e fazendo alianças com
    os sujeitos heterossexuais do MST e, a outras pautas como as do movimento LGBT, Negro e
    Feminista. Visou-se, então, enquanto objetivo geral: Compreender o modo como foi construída
    a agenda LGBT no MST e a práxis pedagógica decorrente deste processo, onde foram
    articuladas as perspectivas de luta pela terra com a de luta pelas vivências de gênero no âmbito
    da diversidade sexual. Enquanto percurso metodológico, a pesquisa se insere nos estudos
    qualitativos, sendo do tipo exploratória e explicativa, quanto ao método utilizaremos o Método
    do Caso Alargado de Boaventura de Sousa Santos (1988) e Lage (2013), e, enquanto
    instrumentos de coleta de dados e análise utilizamos a análise de documentos e a entrevista
    narrativa de Jovchelovitch e Bauer (2008), e Muylaert et al. (2014), junto a análise de
    documentos e a entrevista narrativa, utilizamos a abordagem analítica da Hermenêutica
    Diatópica de Panikkar (2000, 2004) e Santos (2001, 2004), considerando o processo de
    equivalência homeomórfica para estabelecermos um diálogo diatópico intercultural a partir das
    dimensões simbólicas, dos sentidos e dos significados na experiência em questão. Os resultados
    apontam que as LGBTs Sem Terra, a partir dos processos de formação, de conquista de espaços,
    de aparecimento e reconhecimento, têm construído uma luta organizativa que tem transformado
    as experiências precarizadas dos sujeitos dissidentes dentro do MST, a partir da produção
    criativa de uma práxis queer e também, em certos momentos, decolonial que não só enfrenta as
    violências de gênero e sexualidades construídas pelo aparato normativo sexista e LGBTfóbico,
    mas também o racismo e a racionalização que silenciava suas vozes e suas experiências.


  • Mostrar Abstract
  • Nossa pesquisa articula os estudos sobre educação, movimentos sociais, gênero e sexualidades e visa enquanto
    objetivo geral: Compreender o modo como foi construída a agenda LGBT no MST e as práxis pedagógicas
    decorrentes deste processo, onde foram articuladas as perspectivas de luta pela terra com a de luta pelas identidades
    de gênero no âmbito da diversidade sexual. E quanto aos objetivos específicos propõe: 1) Reunir os fragmentos
    do processo histórico de construção da agenda LGBT do MST a partir dos documentos produzidos pelo movimento
    e das narrativas das/os militantes; 2) Identificar as práxis pedagógicas relacionadas com as vivências de gênero no
    âmbito da diversidade sexual trabalhadas pelo MST; 3) Analisar as políticas do MST referentes às identidades
    LGBTs e os seus desdobramentos nas políticas educativas do movimento; 4) Sistematizar um debate sobre uma
    perspectiva queer interseccional a partir da experiência do coletivo LGBT do MST. Enquanto percurso
    metodológico, a pesquisa se insere nos estudos qualitativos, sendo do tipo exploratória e explicativa, quanto ao
    método utilizaremos o Método do Caso Alargado de Boaventura de Sousa Santos (1988) e Lage (2013), e enquanto
    instrumentos de análise utilizaremos a observação participante, a análise de documentos e a entrevista narrativa.
    No que se refere a abordagem analítica, utilizaremos a Hermenêutica Diatópica de Panikkar (2000, 2004) e Santos
    (2001, 2004), considerando o processo de equivalência homeomórficas para estabelecermos um diálogo diatópico
    intercultural a partir das dimensões simbólicas, dos sentidos e dos significados na experiência em questão.

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  • LUIZ FELIPE DE OLIVEIRA SILVA
  • TRAJETÓRIAS ESCOLARES DE ESTUDANTES HOMOSSEXUAIS EM
    ESCOLAS DE REFERÊNCIA DO ENSINO MÉDIO (EREMs) DE

    CARUARU/PE

  • Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • FERNANDO SEFFNER
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • Data: 02/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • As práticas discursivas que atestam as concepções sobre a sexualidade são fortemente
    sustentadas por um sistema binário cisheteronormativo que subalterniza corpos. Nesse
    sentido, essa dissertação aborda a constituição das trajetórias escolares de pessoas que se
    autodeclaram pertencentes à comunidade LGBTQIA+, evidenciando os elementos sociais
    perpassados até o fim do ciclo no ensino médio. Nessa direção, como objetivo geral,
    buscamos compreender, a partir do contexto da diversidade sexual, os desafios
    enfrentados e as estratégias utilizadas por estudantes homossexuais em suas trajetórias
    escolares em Escolas de Referência do Ensino Médio (EREMs) de Caruaru/PE. Com
    efeito, utilizamos como referencial teórico os ideais de Bourdieu (1970, 1982, 1987,
    1989, 1983, 1992, 1994, 1998, 2001, 2003) e Lahire (1997, 2001, 2002, 2004, 2014) no
    que tange a uma reflexão que vai do habitus de classe aos patrimônios individuais de
    disposições e uma discussão, a partir das questões de gênero e sexualidade, utilizando
    autores como Foucault (2002, 1988), Louro, Butler (2003, 2014) e Scott (1995) de uma
    escola que funciona como uma importante instituição social que é produtora e reprodutora
    de cultura. Como percurso metodológico, além da análise documental, nos apoiamos nos
    retratos sociológicos e nas entrevistas narrativas. Constatamos que, atuando como um
    dispositivo de poder e controle, a sexualidade foi uma variável de impacto nas trajetórias
    desses estudantes e, além disso, através de discursos e/ou práticas, a família e escola
    tiveram significativa relevância em seus percursos escolares.


  • Mostrar Abstract
  • As práticas discursivas que atestam as concepções sobre a sexualidade são fortemente
    sustentadas por um sistema binário cisheteronormativo que subalterniza corpos. Nesse
    sentido, essa dissertação aborda a constituição das trajetórias escolares de pessoas que se
    autodeclaram pertencentes à comunidade LGBTQIA+, evidenciando os elementos sociais
    perpassados até o fim do ciclo no ensino médio. Nessa direção, como objetivo geral,
    buscamos compreender, a partir do contexto da diversidade sexual, os desafios
    enfrentados e as estratégias utilizadas por estudantes homossexuais em suas trajetórias
    escolares em Escolas de Referência do Ensino Médio (EREMs) de Caruaru/PE. Com
    efeito, utilizamos como referencial teórico os ideais de Bourdieu (1970, 1982, 1987,
    1989, 1983, 1992, 1994, 1998, 2001, 2003) e Lahire (1997, 2001, 2002, 2004, 2014) no
    que tange a uma reflexão que vai do habitus de classe aos patrimônios individuais de
    disposições e uma discussão, a partir das questões de gênero e sexualidade, utilizando
    autores como Foucault (2002, 1988), Louro, Butler (2003, 2014) e Scott (1995) de uma
    escola que funciona como uma importante instituição social que é produtora e reprodutora
    de cultura. Como percurso metodológico, além da análise documental, nos apoiamos nos
    retratos sociológicos e nas entrevistas narrativas. Constatamos que, atuando como um
    dispositivo de poder e controle, a sexualidade foi uma variável de impacto nas trajetórias
    desses estudantes e, além disso, através de discursos e/ou práticas, a família e escola
    tiveram significativa relevância em seus percursos escolares.

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  • JOSE VANDCARLOS VASCONCELOS DA SILVA
  • A LINHA TÊNUE ENTRE A ASCENSÃO SOCIAL E O ENDIVIDAMENTO
    ESTUDANTIL: O FIES NOS GOVERNOS DE DILMA ROUSSEFF E MICHEL

    TEMER A PARTIR DO OLHAR DOS BENEFICIÁRIOS.

  • Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • FERNANDA SARDELICH NASCIMENTO
  • Data: 10/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Em 1999, o antigo Crédito Educativo (Creduc) dava lugar ao Fies. O governo Fernando
    Henrique Cardoso, ao criar o novo programa objetivava diminuir os índices de inadimplência e
    elaborar um novo formato para o programa educacional. Desde a sua criação, até o ano de 2010,
    o programa de financiamento estudantil, pareceu pouco atraente aos estudantes e desse modo
    possuía um pequeno percentual de estudantes beneficiários. O ex presidente Luís Inácio Lula
    da Silva, ao diminuir as taxas de juros de 6% para 3,4% e aumentar o período de carência,
    estaria contribuindo para um substancial aumento no número de contratos, doravante, pouco
    mais de 1,8 milhão de estudantes seriam diretamente beneficiados durante as gestões Dilma
    Rousseff (2011-2016).Em decorrência de um cenário de crise econômica, pós 2014, muitos
    estudantes usuários do programa de financiamento, passaram a ter mais dificuldades para quitar
    as mensalidades do Fies, tornando-se inadimplentes. A gestão Dilma Rousseff realizou
    modificações no programa a fim de tornar a acessibilidade mais dificultosa, medidas que foram
    ampliadas na gestão do ex presidente Michel Temer (2016-2018).O Fies, enquanto política
    pública educacional objetiva atender substancialmente jovens de classes sociais menos
    favorecidas, de tal sorte, esses jovens sonham com o diploma de ensino superior, e por
    conseguinte, ascensão social. Em um panorama de crise econômica, a inadimplência para com
    o programa e o desemprego, tornaram-se desafios para esses jovens. Buscando compreender o
    processo de inadimplência estudantil, nossa pesquisa utiliza-se do conceito “contexto dos
    resultados/efeitos” do “ciclo de políticas” de Stephen Ball e Jefferson Mainardes (2006),
    possuindo como sujeitos de pesquisa, estudantes de História da antiga Faculdade de Filosofia,
    Ciências e Letras de Caruaru, que cursaram suas graduações entre 2015-2018, respectivamente
    os dois primeiros anos do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e os dois anos do
    presidente Michel Temer.


  • Mostrar Abstract
  • Em nossa pesquisa buscamos compreender como as Políticas Educacionais de
    Financiamento como o programa Fies repercutiu na vida social de estudantes dos cursos
    de licenciaturas em pedagogia e em história da FAFICA- Caruaru a partir das mudanças
    que lhe foram feitas no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff (2015-2016) e
    no governo Michel Temer (2016-2018). Para tanto, fazemos uso dos seguintes objetivos
    específicos a) Identificar, na visão de alunos egressos que concluíram seus cursos de
    licenciatura em Pedagogia e História se houve mobilidade social proveniente da
    conclusão s graduações; b) Mapear as circunstâncias que contribuíram para a
    desistência de alunos dos referidos cursos financiados pelos Fies, em decorrência das
    mudanças ocorridas no período de 2015 a 2018; c) Verificar se os alunos egressos dos
    cursos de Pedagogia e História também estão endividados com o Fies após a finalização
    do período de carência, a partir das novas regras do programa. Entendemos que a
    formação acadêmica mediante um curso superior, contribui significativamente para o
    desenvolvimento pessoal e profissional de um estudante, por isso, buscamos
    compreender como as mudanças feitas no Fies pela ex presidenta Dilma Rousseff e
    Michel Temer reverberaram sobre estudantes de Pedagogia e História, nos âmbitos de
    mobilidade social, endividamento e desistência do curso. Contextualizamos as relações
    entre o Estado e iniciativa, para perceber as relações público-privadas privada em
    (CUNHA, 2007), também discutimos a mercantilização do ensino superior, para maior
    compreensão do Fies enquanto política pública a partir de (ANDRADE, 2000;
    ANDRIOLI, 2002; BRESSAN, 1990; BOTELHO; PESSOA, 2016) entre outros
    autores. Para maior compreensão das políticas públicas sociais e políticas públicas
    educacionais nos baseamos em (AZEVEDO,1997; CUNHA; MENDONÇA,2011;
    HOFLING,2001; MAINARDES, 2011). Teoricamente nos fundamentamos na
    abordagem do ciclo de políticas em (MAINARDES, 2006,2009, 2016, 2018) e
    (BALL,2006,2011). Metodologicamente fazemos uso da análise do conteúdo em
    (BARDIN, 2004; VALLA, 1990), utilizam-nos das entrevistas semiestruturadas de
    (GASKELL).

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  • HELAYNNE RAHYSSA SAMPAIO VIANA
  • PEDAGOGIAS DO CORPO SAGRADO: DANÇA NAGÔ E PRODUÇÃO DE

    SUBJETIVIDADES NO ILÊ OBÁ AGANJÚ OKOLOYÁ

  • Orientador : MARIO DE FARIA CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MARIA ACSELRAD
  • MARIO DE FARIA CARVALHO
  • Data: 14/04/2023

  • Mostrar Resumo
  • “Ilê, como é lindo de se vê, ilê, como é lindo...” O trecho dessa composição escrita
    por minha mãe carnal, Oyá Tundê, Yá Maria Helena Sampaio, traduz bem o
    sentimento de pertencimento e alegria de fazer parte de um legado ancestral. Eu, cria
    do Terreiro de Mãe Amara, sou diariamente atravessada nas minhas subjetividades
    por seus ensinamentos. Meu corpo sagrado se move e se transforma no embalo das
    águas e dos ventos sagrados de Oyá. Dessa forma, a presente pesquisa busca
    compreender como se constitui as pedagogias do corpo sagrado presentes nos rituais
    e práticas que envolvem a dança no Ilê Obá Aganjú Okoloyá – Terreiro de Mãe Amara.
    Para auxiliar nessa compreensão, diálogo com as problematizações sobre corpo de
    Moraes (2009), Gomes (2003) e das contribuições de Sander (2011) em relação a
    corporeidade. A respeito do conceito de subjetividades, utilizo Deleuze (2001) e Fanon
    (2008). Além dessas autoras e autores, trago as reflexões sobre pedagogias em
    Ferreira (2010) e Macedo et all (2019). Nesse sentido, a partir dos imbricamentos entre
    esses conceitos e o da dança nagô, que se alimenta de ambos para existir, mover-se
    no mundo e sentir as vivências do sagrado, é possível elaborar o conceito “pedagogias
    do corpo sagrado”. A partir dessa compreensão teórica e do método cartográfico,
    principalmente a partir de Kastrup (2009), relaciono os processos dos moveres e
    sentires da dimensão do sagrado na dança nagô de Pernambuco e como a sua
    potência poética subjetiva a minha existência e das e dos bailariNagôs. Os mapas
    construídos sugerem que a tradição religiosa afro diaspórica assimila o tempo das
    coisas como movimento circular, pelo retorno e reinvenção de si, do corpo. As
    tecnologias ancestrais se perpetuam, assim como nós, na existência que é eterna,
    afinal a matéria se transforma, ao passo que o ser ancestral permanece. No terreiro
    as pedagogias do corpo sagrado são fruto do legado ancestral, de modo que os
    saberes mobilizados aduzem que “O axé de Mãe Amara é de prosperidade!”. Para o
    povo nagô, o axé das ancestrais permite, na dança e em cada ritual religioso, moveres
    dos omo-orixás e bailariNagôs que transpassam, pelo corpo, não apenas a ordem
    espiritual, mas também subjetiva, cultural e política. As pedagogias do corpo sagrada,
    no plural, através da dança nagô no chão do meu ilê, seja a dança nagô em sua
    expressão ritualística quanto em sua manifestação cultural, forjam novos saberes e
    processos de subjetivação.


  • Mostrar Abstract
  • “Ilê, como é lindo de se vê, ilê, como é lindo...” O trecho dessa composição
    escrita por minha mãe carnal, Oyá Tundê, Yá Maria Helena Sampaio, traduz bem
    o sentimento de pertencimento e alegria de fazer parte de um legado ancestral.
    Eu, cria do Terreiro de Mãe Amara, sou diariamente atravessada nas minhas
    subjetividades por seus ensinamentos. Meu corpo-sagrado se move e se
    transforma no embalo das águas e dos ventos sagrados de Oyá. Dessa forma,
    a presente pesquisa busca compreender como se constitui as pedagogias do
    corpo sagrado presentes nos rituais e práticas que envolvem a dança no Ilê Obá
    Aganjú Okoloyá – Terreiro de Mãe Amara. Para auxiliar nessa compreensão,
    dialogo com as problematizações sobre corpo de Moraes (2009), Gomes (2003)
    e das contribuições de Sander (2011) em relação a corporeidade. A respeito do
    conceito de subjetividades, utilizo Deleuze (2001) e Fanon (2020). Além dessas
    autoras e autores, trago as reflexões sobre pedagogias em Ferreira (2010) e
    Macedo et all (2019). Nesse sentido, a partir dos imbricamentos entre esses
    conceitos e o da dança nagô, que se alimenta de ambos para existir, mover-se
    no mundo e sentir as vivências do sagrado, é possível elaborar o conceito
    “pedagogias do corpo-sagrado”. A partir dessa compreensão teórica e do
    método cartográfico, principalmente a partir de Kastrup (2009), busco
    compreender os processos dos moveres e sentires da dimensão do sagrado na
    dança nagô de Pernambuco e como a sua potência poética subjetiva a minha
    existência e dos e das bailariNagôs.

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  • PEDRO BRANDAO DA COSTA NETO
  • O DISCURSO DOS/AS MÉDICO/AS ACERCA DE SUAS FORMAÇÕES – UMA ANÁLISE DA PROPOSTA FORMATIVA DO CURSO DE MEDICINA DO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE DA UFPE

  • Orientador : SAULO FERREIRA FEITOSA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • NARA MIRANDA PORTELA
  • Data: 07/06/2023

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  • No campo epistemológico das Ciências da Saúde circulam duas principais tendências
    discursivas que têm orientado as propostas formativas dos cursos de medicina no Brasil e no
    mundo. A primeira, articulada aos pressupostos positivistas do relatório Flexner, concebe uma
    formação médica centrada na doença e no hospital, sendo adepta a especialização precoce de
    médicos/as na graduação e a fragmentação do estudo do corpo e das áreas da medicina.
    Assim, inscrito sob uma lógica biomédica, sem alia a ideia de que o social, o público e o
    coletivo não se constituem como implicadores em processos de saúde-doença (PAGLIOSA e
    ROS, 2008). A segunda tendência discursiva, por sua vez, baseada nos pressupostos do
    paradigma da integralidade, inscreve-se na ideia de indissociabilidade entre corpo, mente e
    sociedade no processo de promoção da saúde e propõe a formação de médicos/as generalistas
    para atuação nos diversos tipos de atenção. Apresenta, ainda, formações discursivas que
    suscitam integração curricular e métodos de ensino ativos, focados no aluno, que proponham
    desenvolver autonomia intelectual e capacidade de autoformação nos/as médicos/as, bem
    como compreensão integral dos processos de saúde-doença. (LAMBERT, 2001). Diante do
    exposto, no intuito de oferecer contribuições epistêmicas para as discussões que vêm sendo
    travadas em torno da proposta formativa do curso de medicina do Centro Acadêmico do
    Agreste (CAA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que se filia a essa segunda
    tendência de formação, a presente pesquisa objetivou compreender os significados que os/as
    médicos/as egressos/as do curso de medicina do CAA/UFPE atribuem aos seus processos
    formativos na graduação. A perspectiva teórico-metodológica da pesquisa é a Análise de
    Discurso (AD), baseada na corrente francesa de Michel Pêcheux. Os resultados apontam que a
    forma como os/as médicos significavam suas formações foi sendo alterada no decorrer da
    graduação, havendo uma ressignificação acerca a ideia do que é medicina e uma aproximação
    ideológica dos/as egressos às perspectivas do paradigma da integralidade. Isso porque seus
    discursos acerca de suas atuações dão indícios de que passaram a conceber a importância do
    trabalho integral em saúde, a partir da consideração das dimensões biológicas, mentais,
    sociais, políticas e espirituais no processo de saúde-doença. No que se refere aos sentidos que
    os/as médicos atribuem a perspectiva curricular e metodológica adotada pelo curso, os
    discursos apontam que a adesão foi fundamental para a formação de profissionais proativos,
    com satisfatório domínio de habilidades clínicas, operacionais, de comunicação e de trabalho
    em equipe. Emerge dos discursos, no entanto, a demanda por práticas educativas que, de
    forma concomitante às já adotadas, proponham maior domínio científico das áreas básicas da
    medicina. A inserção dos/as egressos/as no Sistema Único de Saúde do município de Caruaru
    desde o primeiro ano da graduação, por sua vez, é apontada como revolucionária e
    fundamental para o processo de qualificação profissional dos/as médicos/as e compressão das
    necessidades da saúde pública brasileira.


  • Mostrar Abstract
  • A presente pesquisa objetiva compreender como os/as médicos/as, egressos/as do Centro Acadêmico do Agreste (CAA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) significam seu próprio processo formativo no curso de medicina. Como objetivos específicos, tratamos de: Identificar como os/as egressos/as significam a proposta interdisciplinar do curso; mensurar como avaliam as metodologias ativas e os espaços pedagógicos; e compreender como avaliam o desenvolvimento de competências e habilidades adquiridas durante o curso para sua atuação profissional e/ou acadêmica. Assim, lançando-se mão da perspectiva teórico-metodológica da Análise de Discurso (AD), de Michel Pêcheux, procura-se identificar se os/as egressos/as se encontram sob o efeito de um discurso mais alinhado aos pressupostos de uma formação médica pautada na lógica biomédica e nas especialidades médicas ou mais alinhados aos pressupostos do paradigma da integralidade, sob o qual o curso está orientado.

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  • JOÃO PAULO DE AZEVEDO SILVA
  • A CAPOEIRA: O CORPO COMO TEXTO E AS GINGAS COMO GRAFIAS QUE EXPRESSAM SUBJETIVIDADES EM MOVIMENTO EMANCIPATÓRIO EM TAMANDARÉ-PE

  • Orientador : EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MICHELE GUERREIRO FERREIRA
  • Data: 12/06/2023

  • Mostrar Resumo
  • A presente dissertação de mestrado intenciona uma educação antirracista,

    servindo-se das filosofias africanas potentes nas rodas de capoeira. Objetivou
    compreender os processos de reversão subjetiva racista na Associação de Capoeira
    Semente de Ouro em Tamandaré-PE. Assim, pretendeu identificar os mecanismos
    de inferiorização de corpos negros, nomear os saberes que fortalecem e valorizam a
    identidade afro-diaspórica, as temporalidades e as ferramentas emancipatórias.
    Servimo-nos de Oruka (2002; 1994), Machado (2019; 2014), Renato Noguera (2011;
    2010; 2013), os saberes de Amenemope e Òrúnmìlá e Frantz Fanon (2008; 1965;
    1929). Também as contribuições da Educação Popular: Freire (1996; 1987),
    Brandão (2009; 2019; 2022; S/D) e Jara (2020). E dos capoeiristas que nos
    ajudaram a refletir a capoeira dentro de outra lógica, a partir de um espaço em
    movimento que educa e contribui na superação das subjetividades subalternizadas
    dos sujeitos negros. A natureza dessa pesquisa é qualitativa (MINAYO 2007), tendo
    como método o Estudo de Caso Alargado (LAGE 2013; SANTOS 1983), como
    coleta nos servimos da observação participante, da entrevista semiestruturada e
    como chave interpretativa a Análise de Conteúdo (BARDIN 2011). Concluímos que
    o grupo de Capoeira Semente de Ouro produz uma educação que reverte as
    subjetividades subalternizadas, através de saberes produzidos no sentir-pensar
    tecidos nos treinos, nas rodas dialógicas, na retomada da memória coletiva e na
    musicalidade sob o lastro das Filosofias Africanas. Outrossim, os modos e
    ferramentas manifestam-se na utilização das técnicas, na sinergia do grupo(axé), na
    circularidade que fomenta pertencimento e identidade e nas falas dos contramestres
    que integram o eu-tu, o tu-grupo/ancestralidade, o grupo-sociedade e lutas pela
    afirmação dos corpos negros que mobilizam desejos, sonhos e gingas na capoeira e
    na vida.


  • Mostrar Abstract
  • O anseio antirracista foi a força motriz dessa pesquisa, além disso, a necessidade
    do autor de (re)encontrar-se a partir de um outro local de interpretação, a saber: as
    filosofias africanas que são encorpadas em movimentos produzidos dentro da roda
    do mundo (capoeira). Sendo assim, essa pesquisa pretende compreender os
    processos de reversão subjetiva racista no espaço formativo da capoeira segundo o
    pensamento de Frantz Fanon. Por isso, pretendemos identificar os mecanismos de
    inferiorização de corpos pretos como resultado do processo de colonização, nomear
    os saberes que fortalecem e valorizam a identidade afro-diaspórica dos pretos e
    pretas que praticam a capoeira e analisar os modos, as temporalidades e as
    ferramentas que a capoeira utiliza como reversão das subjetividades
    subalternizadas segundo Frantz Fanon. Portanto, escritos como os de Frantz Fanon
    (2008; 1965; 1929), Boaventura de Santos (2007), Aimé Césaire (1978, 2010),
    George James (1992), Aníbal Quijano (2005), Renato Noguera (2011; 2010; 2013),
    Katiúscia Ribeiro (2020), como também as filosofias de Amenemope e de Òrúnmìlá
    irão nos auxiliar para alcançarmos as nossos objetivos e pretensões. A natureza
    dessa pesquisa é qualitativa (MINAYO 2007) , tendo como método o Estudo de
    Caso Alargado (LAGE 2013; SANTOS 1983), como técnica de coleta nos
    serviremos da observação participante e da entrevista semiestruturada (MINAYO
    2007) e a técnica de análise será de Análise de Conteúdo (BARDIN 2011)

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  • JESSICA PRISCILA GARCIA DE SOUZA
  • PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE FEMINISMOS,GÊNERO E SEXUALIDADESS NOS PROGRAMAS DE PÓS-

    GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO NORDESTE

  • Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALLENE CARVALHO LAGE
  • FERNANDO DA SILVA CARDOSO
  • SERGIO ANTÔNIO SILVA RÊGO
  • Data: 15/06/2023

  • Mostrar Resumo
  • Esta dissertação foi desenvolvida no intuito de analisar os cenários que vêm

    sendo construídos na produção de conhecimentos dos Programas de Pós-
    Graduação em Educação da região Nordeste acerca de feminismos, gênero e

    sexualidades. Centrando o estudo no pensamento teórico, entre outras/os, de
    Haudrey Calvelli e Maria de Fátima Lopes, Boaventura de Sousa Santos, Cecília
    Sardemberg, Antonio Conceição e Lina Aras quanto a ciência e produção de
    conhecimento. Dermeval Saviani, Lorena Nobre, Rodrigo Freitas, Betânia
    Ramalho e Vicente Madeira no que diz respeito à história da Pós-Graduação no
    Nordeste. E Joan Scott, Rebecca Pearse, Raewyn Connell, Guacira Louro,
    Heloísa Buarque de Hollanda e bell hooks sobre os estudos de gênero,
    sexualidades e feminismos. Com uma metodologia pautada em uma pesquisa
    quantitativa e qualitativa, perspectiva utilizada para investigar como vem se
    desenhando as pesquisas de teses e dissertações sobre esses temas na região.
    Para tanto, realizei uma investigação dos programas em educação existentes na
    região, suas linhas de pesquisa e as produções desenvolvidas nesses
    programas que abordavam os estudos de gênero, feminismos e sexualidades.
    Realizei um levantamento do quantitativo de produções por sexo das/os
    pesquisadoras/es e das/os orientadoras/es. Na análise das produções
    encontradas no repositório de teses e dissertações, realizei um levantamento
    dos temas presentes, estudando os temas presentes, mas também as ausências
    de determinados temas. Ao final desta pesquisa, reitero a importância da
    pesquisa em gênero, feminismos e sexualidades, em especial sobre temas que
    ainda são pouco abordados, na intenção de investigar, analisar, dialogar e
    problematizar e, assim, mobilizar modificações em realidades de opressão,
    exclusão e violências e construir uma sociedade onde mulheres e homens sejam
    efetivamente iguais em direitos e sujeitas/os emancipadas/os e livres.


  • Mostrar Abstract
  • A pesquisa científica tem um importante papel na produção de conhecimento, pois a partir dela, muitas descobertas que farão diferença na sociedade são possíveis. E as mulheres enfrentam dificuldades para estar nesses espaços, tendo sido silenciadas e invisibilizadas dado o percurso histórico de sexismo presente na ciência. Apesar desse histórico, há, nos últimos anos, uma crescente na participação das mulheres nos campos de pesquisa, um aumento de mulheres nos cursos de mestrado e doutorado e também tem aumentado a pesquisa em gênero, sexualidade e feminismos. A questão problema da pesquisa visa compreender Que cenários vêm sendo construídos na produção de conhecimentos dos Programas de Pós-Graduação em Educação de universidades públicas do Nordeste sobre feminismos, gênero e sexualidade? A partir então dessa questão, nós elaboramos nossos objetivos para esta pesquisa, onde o nosso objetivo geral é identificar que cenários vêm sendo construídos na produção de conhecimentos dos Programas de Pós-Graduação em Educação de universidades públicas do Nordeste sobre feminismos, gênero e sexualidade.E como objetivos específicos: Reunir fragmentos da história da Pós-Graduação no Brasil; Sistematizar as questões mais atuais sobre produção de conhecimento em educação; Identificar as áreas de estudo e produção científica sobre gênero, sexualidade e feminismos nos Programas de Pós-graduação em  educação; A nossa pesquisa é uma pesquisa bibliográfica, porque como nos diz Gil (2021), a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em materiais já publicados, que antes estava limitado aos materiais impressos, como livros e revistas, mas que atualmente também abrange outros formatos, como os materiais on-line. Nosso estudo está pautado numa abordagem quantitativa e qualitativa, quantitativa no sentido de investigar quais são as produções científicas realizadas nos programas que iremos pesquisar. E o caráter qualitativo vem para colaborar nesta pesquisa e suas interações, sem perder de vista o aprendizado adquirido em busca de singularidades para produzir significados e contribuições nesta pesquisa acadêmica. Esta pesquisa está delimitada ao estudo da produção científica produzida nos Programas de Pós-Graduação em Educação das universidades públicas do Nordeste sobre feminismos, gênero e sexualidade. Os Programas de Pós-Graduação escolhidos para análise das produções serão os programas de educação das universidades públicas da Região Nordeste do ano de 2012 até o presente ano, que tenham produções sobre os temas aqui tratados. Para análise dos dados obtidos em campo, nos utilizaremos da análise de conteúdo, pois concordamos com Bardin, que caracteriza a análise de conteúdo como um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando obter indicadores quantitativos ou não, que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) das mensagens. Junto à análise de conteúdo também utilizaremos para análise dos dados o método do caso alargado, que traz em si o caráter analítico e, dessa maneira, nos auxiliará na construção de nossa análise de forma organizada, para que possamos resgatar os sentidos do que será colhido em campo em diálogo com os autores apresentados durante o nosso referencial teórico.

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  • ADRIÃO DA SILVA MENDES
  • AS ENUNCIAÇÕES DA RESOLUÇÃO N°5/12 E DA BNCC NAS DISPUTAS PELO

    CAMPO DISCURSIVO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

  • Orientador : SANDRO GUIMARAES DE SALLES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAROLINE FARIAS LEAL MENDONCA
  • SANDRO GUIMARAES DE SALLES
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • Data: 20/06/2023

  • Mostrar Resumo
  • Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada para o território
    nacional no ano de 2017 (Ensino Fundamenta) e 2018 (Ensino Médio), é exigido que
    os currículos, em todos os níveis, sejam regulados ou normatizados pelos critérios de
    uma aprendizagem comum especificada na base – limitando o desenvolvimento de
    currículos nas suas dimensões locais. Posteriormente, no ano de 2019, é debatido o
    Plano de Educação Escolar Indígena (PNEEI), sendo um dos pontos a execução da
    BNCC em todas as escolas indígenas do país. A base também apaga os sentidos
    curriculares instituídos pela Resolução N°5/12, como se essa não existisse. Tomamos
    essa premissa para estabelecer o objetivo geral desta pesquisa, que é compreender
    as enunciações da Resolução N°5/12 e da BNCC nas disputas pelo campo discursivo
    da Educação Escolar Indígena. Em um panorama geral, partimos da seguinte
    questão: a Resolução N°5/12 e a BNCC, como enunciações, entram em disputas
    pelo campo discursivo da EEI, as duas normativas com suas visões distintas: a
    Resolução N°5/12 como um discurso que efetiva a educação intercultural através de
    lutas e demandas indígenas e a BNCC que constitui uma prática discursiva que
    despolitiza e concebe os povos indígenas como um conteúdo curricular celebrativo/
    folclorizado do multiculturalismo em perspectiva neoliberal. Como metodologia,
    utilizaremos a perspectiva arqueológica da análise do discurso de Michel Foucault
    (1987). Esta busca compreender como determinados enunciados são organizados em
    uma regularidade para produzir determinado discurso enquanto poder-saber para um
    efeito de verdade – discurso único.


  • Mostrar Abstract
  • Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada para o território
    nacional no ano de 2017, é exigido que os currículos, em todos os níveis sejam
    regulados ou normatizados pelos critérios de uma aprendizagem comum, especificada
    na base — limitando o desenvolvimento de currículos nas suas dimensões locais.
    Posteriormente, no ano de 2019, é debatido o Plano de Educação Escolar Indígena
    (PNEEI), sendo um dos pontos a execução da BNCC em todas as escolas indígenas
    do país. Tomamos essa premissa para estabelecer o objetivo geral desta pesquisa,
    que é compreender os enunciados e a formação discursiva do paradigma da BNCC
    atuando na produção de regularidades da educação escolar indígena. Em um
    panorama geral, partimos da seguinte questão: a BNCC, como um discurso produtivo,
    cria regularidades para a EEI, alinhada aos paradigmas da educação intercultural, que
    afirma as lutas e demandas indígenas, ou constitui uma prática discursiva que
    despolitiza e concebe os povos indígenas como uma celebração do multiculturalismo,
    em perspectiva neoliberal de currículo? Como metodologia, utilizaremos a perspectiva
    arqueológica da análise do discurso de Michel Foucault (1987). Esta busca
    compreender como determinados enunciados são organizados em uma regularidade
    para produzir determinado discurso enquanto poder-saber para um efeito de verdade.

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  • ARISELMA ANA DE ASSUNCAO ALVES RAMALHO
  • FORMAÇÃO CONTINUADA EM MATEMÁTICA PARA
    PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
    um estudo a partir do olhar de professores de uma rede de ensino do Sertão Pernambucano

  • Orientador : IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALDINETE SILVINO DE LIMA
  • CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
  • Data: 20/06/2023

  • Mostrar Resumo
  • Esta pesquisa se insere nos domínios da formação continuada, em particular, dos professores que
    ensinam matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Consideramos que as ações de formação
    continuada podem favorecer o diálogo e a reflexão e, para tanto, tomamos como referência teórica a
    Educação Matemática Crítica. Com a realização da pesquisa buscamos compreender em que medida as
    ações de formação continuada sobre o ensino de matemática, oferecidas pelo município aos professores
    dos anos iniciais do Ensino Fundamental, contemplavam o diálogo e a reflexão, a partir do ponto de
    vista dos professores participantes. Para tanto, delimitamos como objetivos específicos: identificar
    elementos do diálogo nas respostas dos professores; identificar elementos da reflexão nas respostas dos
    professores; caracterizar as formações continuadas que os professores participaram, a partir dos
    elementos do diálogo e da reflexão identificados nas respostas dos professores. Como instrumentos de
    coleta de dados, utilizamos um questionário que foi respondido por 40 professores que ensinavam nos
    anos iniciais do Ensino Fundamental em quatro escolas de um município do Sertão de Pernambuco e
    consideramos as respostas de 35 que haviam participado de ações de formação continuada que
    contemplavam o ensino de matemática. Em seguida, realizamos uma entrevista semiestruturada com 6
    desses professores com a finalidade de complementar as respostas obtidas como questionário. Os
    resultados das análises mostram que a maioria das respostas dos professores apontam para a presença
    do diálogo e da reflexão nas ações de formação continuada de matemática que os professores
    vivenciaram e essa presença se caracterizam pela aproximação com as realidades locais, bem como
    relações com aspectos semiocultais. No entanto, as respostas analisadas não nos permitem afirmar que
    a vivência desses conceitos estava ancorada na perspectiva da Educação Matemática Crítica. Esses
    resultados apontam para a necessidade de esses professores terem acesso à processos formativos com
    base nessa abordagem


  • Mostrar Abstract
  • Esta pesquisa se insere nos domínios da formação docente e da Educação Matemática,
    particularizando o ensino nos anos iniciais do Ensino Fundamental na perspectiva crítica.
    Consideramos que os espaços de Formação Continuada possibilitam a reflexão e o diálogo, permitindo
    a integração entre a teoria e a prática docente, tornando-se um espaço de construção influenciado na
    crítica social em que o processo educativo deve estar inserido. Para fundamentar a investigação
    apoiamo-nos nos referenciais teórico e metodológico da Formação Continuada e da Educação
    Matemática Crítica. Delimitamos como objetivo geral analisaras ações de formação continuada, com
    foco no ensino de matemática, ofertadas aos professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental por
    uma rede municipal do Sertão do Moxotó pernambucano e a relação com a reflexão e o diálogo. E
    como objetivos específicos: mapear as ações de formação continuada ofertadas para os professores dos
    anos iniciais do Ensino Fundamental, com foco no ensino de matemática; 2) estabelecer relações entre
    as ações de formação continuada de matemática e os conceitos de reflexão e diálogo. Os dados da
    pesquisa estão sendo coletados com professores formadores e professores participantes das formações
    por meio de conversas informais, observação, questionário e entrevsitas.

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  • ANA RINÊLDA TARGINO ALVES LACERDA
  • POLISSEMIA DE SENTIDOS E ARTICULAÇÕES DISCURSIVAS QUE
    ENVOLVEM A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E ATRAVESSAM AS
    PRÁTICAS AVALIATIVAS DE PROFESSORAS NO AGRESTE PERNAMBUCANO

  • Orientador : LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • PAULO MANUEL TEIXEIRA MARINHO
  • Data: 22/06/2023

  • Mostrar Resumo
  • A presente pesquisa faz um trajeto no terreno educacional situando-se nas discussões sobre o
    significante avaliação, a polissemia de sentidos que o projeta em múltiplas direções, e as
    articulações discursivas em que se manifesta; com o objetivo de compreender nas práticas de
    professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental como estas avaliam diante da polissemia de
    sentidos e articulações discursivas que envolvem a avaliação da aprendizagem. Para tanto, nos
    propusemos a identificar nos discursos de professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental
    sentidos de avaliação e práticas avaliativas; mapear sentidos articulados que disputam pela
    significação da avaliação da aprendizagem e práticas avaliativas presentes em textos oficiais e
    normativos vigentes no município de Caruaru; e identificar as práticas avaliativas utilizadas com
    maior frequência pelas professoras no cotidiano da sala de aula. A complexidade da avaliação,
    tanto no domínio conceitual, quanto nas práticas que a efetivam, implicam em articulações
    discursivas que a capturam como a desculpa, a culpada, o ponto nodal e/ou a solução para os
    problemas educacionais. Logo, consideramos relevante ampliar a discussão através de uma
    perspectiva discursiva tendo a Teoria do Discurso enquanto caminho teórico-metodológico.
    Assim, esta pesquisa se justifica e vem agregar a comunidade acadêmica, visto que o
    levantamento realizado junto aos trabalhos da ANPED e da BDTD da UFPE, apontou, entre
    outras questões, a presença de um único trabalho que tratem da avaliação em uma perspectiva
    orientada pela Teoria do Discurso, dentro do marco temporal estabelecido. Assim, nos
    inscrevemos no jogo de disputas por significação tomando a avaliação da aprendizagem e as
    práticas avaliativas como práticas articulatórias, em uma perspectiva vinculada a Teoria do
    Discurso iniciada em Laclau e Mouffe (2015). Além disso, nos referenciamos em autores que
    tratam de concepções de avaliação da aprendizagem como Méndez (2002), Freitas (2009),
    Marinho, Leite, Fernandes (2014), entre outros. Como procedimentos de construção dos dados
    para a pesquisa realizamos entrevistas semiestruturada com três professoras dos anos iniciais da
    educação básica, que atuam em duas escolas públicas municipais em Caruaru; assim como
    observações de aulas destas professoras. Também realizamos uma análise nos textos e
    documentos oficiais vigentes nas escolas que foram nosso campo da pesquisa. A partir dos dados
    analisados compreendemos que a avaliação da aprendizagem por ser uma categoria polissêmica,
    polêmica e complexa, encontra no campo da Educação escolarizada lugar de vazão para existir e
    se desenvolver em suas várias dimensões, pois é disputada e negociada em uma variedade de
    posições discursivas, que a tomam para diferentes projetos, propósitos e intensões. Desse modo,
    são estas múltiplas possibilidades contextuais que atravessam as práticas avaliativas, criando e
    recriando as complexas realidades da sala de aula e da escola. Diante do exposto, podemos
    contingencialmente apontar que as professoras avaliam disputando com uma polissemia e
    articulações discursivas que envolvem o ensinar e o aprender; avaliam através de atos decisórios; avaliam com intencionalidade de fazer com que o ensino faça sentido para os alunos; também avaliam tencionando e disputando com os documentos, textos oficiais, programas e políticas que chegam até o chão da sala de aula.


  • Mostrar Abstract
  • O projeto de pesquisa intitulado “Polissemia de sentidos e articulações discursivas que envolvem
    a avaliação da aprendizagem e atravessam as práticas avaliativas de professoras no agreste
    pernambucano”, faz um trajeto no terreno educacional situando-se nas discussões sobre o
    significante avaliação, a polissemia de sentidos que o projeta em múltiplas direções, e as
    articulações discursivas em que se manifesta; com o objetivo de analisar nas práticas de
    professoras, dos anos iniciais do Ensino Fundamental da rede pública de Caruaru, como estas
    avaliam diante da polissemia de sentidos e articulações discursivas que envolvem a avaliação da
    aprendizagem. Para tanto, nos propomos a identificar nos discursos de professoras dos anos
    iniciais do Ensino Fundamental da rede pública de Caruaru, sentidos de avaliação e práticas
    avaliativas; identificar sentidos articulados que disputam pela significação da avaliação da
    aprendizagem e práticas avaliativas presentes em textos oficiais e normativos vigentes no
    município de Caruaru; e analisar as práticas avaliativas utilizadas com maior frequência pelas
    professoras no cotidiano da sala de aula. Partimos do pressuposto de que existem vários e
    diferentes sentidos conferidos aos processos avaliativos, diferentes discursos e formação
    discursiva que disputam para atribuir-lhe significação, os quais influenciam o fazer pedagógico
    das/os professoras/os no cotidiano da sala de aula. A pertinência dessa pesquisa se dá posto a
    complexidade da avaliação e em torno dela, tanto no domínio conceitual, quanto nas práticas que
    a efetivam. De modo que, a avaliação está envolta de articulações discursivas que a capturam
    como o pivô, a desculpa, a culpada, o centro, o ponto nodal e/ou a solução para os problemas
    educacionais. Logo, consideramos relevante ampliar e aprofundar a discussão em torno do ato de
    avaliar, enquanto um processo de formação humana, distante do sentido de dar forma ou
    conformar uma identidade fixa, nem no sentido de padronizar ou homogeneizar, de sedimentar
    um único modo se ser ou um dever-ser. Mas, vinculada a uma forma de ação, a uma urgente
    necessidade de avaliar porque se quer conhecer, para o compromisso com a vida; a um anseio de
    avaliar porque se quer ocupar espaços, porque se deseja o encontro e encontrar-se. Assim, nos
    inscrevemos no jogo de disputas por significação tomando a avaliação da aprendizagem e das
    práticas avaliativas como formação discursiva, em uma perspectiva discursiva vinculada a Teoria
    do Discurso iniciada em Laclau e Mouffe (2015). Entendemos que esse projeto de pesquisa se
    justifica e vem agregar a comunidade acadêmica, visto que, no espaço acadêmico são articulados
    diferentes caminhos para a pesquisa em educação. De modo que, trazer para as discussões acerca
    da avaliação da aprendizagem e as práticas avaliativas um olhar através das lentes possibilitadas
    pela Teoria do Discurso como caminho teórico-metodológico é uma possibilidade de avançar nos
    estudos sobre a temática. Escolhemos fazer esse trajeto a partir de uma perspectiva discursiva que
    caminha em consonância com a Teoria do Discurso por entendemos ser possível, por meio dela,
    assumir que a realidade é sempre já discursiva, assim, não há nada na experiência humana que
    escape ou que não seja constituído e atravessado pelos processos discursivos que produzem,
    sedimentam e/ou deslocam a realidade. Assim, possibilita um diálogo como nosso objeto de
    estudo, través do qual podemos seguir com o entendimento acerca das articulações teoria-prática,
    discurso-prática e política-discurso-prática. Posto que, as práticas discursivas abarcam discursos,
    práticas, textos, gestos, ou seja, o discurso é também prática. Além disso, nos referenciamos em
    autores que tratam de concepções de avaliação da aprendizagem como Méndez (2002), Freitas
    (2009), Marinho, Leite, Fernandes (2014), entre outros. Como procedimentos de construção de
    dados para a pesquisa utilizaremos entrevistas semiestruturada com professoras dos anos iniciais
    da educação básica, utilizaremos a análise de textos e documentos e faremos uso da observação
    de aulas das professoras que serão sujeitos/participantes.

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  • VANNESSA REBECA SANTANA AQUILINO
  • “DAR A LER” NO ENCONTRO COM O BARRO: convites para pensar a experiência da leitura na Educação Infantil.

  • Orientador : CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • TATIANA CRISTINA DOS SANTOS DE ARAUJO
  • Data: 28/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • Esta pesquisa foi experienciada partindo de encontros. Encontros da pesquisadora
    consigo mesmo, com as crianças e suas experiências de leitura, com a infância e a escrita
    deste texto. Encontros com uma pesquisa de inspiração cartográfica, que seguiu os passos
    da obra do barro, invencionando momentos para que pudesse ser entendida como um
    todo. Como território existencial de investigação, através da cartografia, delimitou-se um
    Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) na cidade de Caruaru-PE, tendo a
    participação de crianças das turmas Pré-escolar I (Grupo IV) na produção dos dados. Nos
    movemos nesse plano, com olhar e corpo aberto para cartografar os dizeres, fazeres e
    aprenderes das crianças sobre as experiências de leitura vivenciadas nos espaços-tempos
    da pré-escola no contexto da Educação Infantil. Diante das aberturas de mundos e no
    processo da pesquisa fomos invencionando posições para mapear os dizeres, fazeres e

    aprenderes das crianças e a infância nas experiências de leitura; Acompanhar nos espaços-
    tempos da pré-escola as vivências, os movimentos instaurados pelas crianças para a

    experiência de leitura; Problematizar os dizeres, fazeres e aprenderes infantis nas
    experiências de leitura que atravessam o cotidiano das crianças. Tendo, pois como
    direcionadores do nosso olhar o Kohan (2005, 2007, 2015, 2019, 2020) que nos ensinou
    sobre infância; Skliar (2010, 2012, 2014, 2015, 2019, 2020) e Larrosa (2002, 2003, 2017,
    2018) que nos ensinaram uma nova forma de experienciar a leitura; Barros (2020) e
    Kastrup (2020) que nos ensinaram um novo modo de pesquisar; Corazza (2017), Fochi
    (2019), Almeida (2021) e Lima (2021) que nos ensinaram a ver a educação de forma mais
    artística, dentre outros. Defendemos a infância como um caminho de pesquisa, não como
    coleta de dados, mas sim, como criadoras desse próprio movimento de pesquisa, que nos
    coube reunir e registrar. Esses encontros nos convidaram a escapar da mesmidade e a
    pensar possibilidades de leituras outras: leituras experiências, leituras fugitivas, leituras
    de trocas, leituras que extrapolam o currículo e o espaçotempo escolar, leitura como gesto
    de “dar a ler”, leitura criadora, leitura invencionice.


  • Mostrar Abstract
  • Esta pesquisa abarca o movimento investigativo da Infância, a partir de perspectivas
    contemporâneas, pincelando rapidamente a história cronológica, dando base para a
    construção do pensamento que é desenrolado nesta pesquisa, contando com autores
    contemporâneos como Kohan, Skliar entre outros. Além da perspectiva da infância,
    também nos propomos a pesquisar sobre a leitura percebendo outras vivências avessas
    ao que pode estar sendo posto nas salas de aula na Educação Infantil. Para tratar de
    leitura utilizamos o gesto do dar a ler evidenciado por Skliar, e também, a leitura como
    uma experiência como pontua Larrosa. Desta forma, o objetivo geral desta pesquisa
    aponta para: cartografar os dizeres, fazeres e aprenderes das crianças sobre as
    experiências de leitura vivenciadas nos espaços-tempos da pré-escola no contexto da
    Educação Infantil. E diante das aberturas de mundos invencionaremos posições para
    mapear os dizeres, fazeres e aprenderes das crianças e a infância nas experiências de
    leitura; Acompanhar nos espaços-tempos da pré-escola as vivências, os movimentos
    instaurados pelas crianças para a experiência de leitura; Problematizar os dizeres,
    fazeres e aprenderes infantis nas experiências de leitura que atravessam o cotidiano das
    crianças. Neste sentido, utilizamo-nos da cartografia como caminho metodológico,
    entendendo em Kastrup e Barros (2020) que os dados vão sendo construídos ao longo
    da pesquisa, utilizando de instrumentos metodológicos, tais como: conversações,
    conversas temáticas, entrevistas semiestruturas, registros fotográficos e diário de campo.
    A análise dos dados se dará ao decorrer do próprio desenvolvimento da pesquisa,
    acreditando que esse movimento não deve se ater apenas no final da pesquisa.

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  • JOSE ADELSON TEIXEIRA DOS SANTOS
  • POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DA FILOSOFIA UBUNTU
    NAS FORMAÇÕES DA CÁRITAS NO AGRESTE

    PERNAMBUCANO

  • Orientador : EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • DENISE XAVIER TORRES
  • Data: 29/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • O presente estudo intitulado: “Possíveis Contribuições da Filosofia Ubuntu nas
    Formações da Cáritas no Agreste Pernambucano” está interligado com minha origem
    afrodescendente, que motivou-me estudar as Filosofias Africanas. Nesse horizonte
    compreensivo, centrei minha perspectiva de pesquisa nos fundamentos, princípios e
    práticas da Filosofia Ubuntu, latentes na Cáritas, organização não governamental, que
    desenvolve projetos sociais direcionados, especialmente, para os sujeitos sociais do campo
    com seus desafios e potencialidades. Este estudo tem como objetivo geral:Compreender
    as possíveis contribuições da Filosofia Ubuntu nas atividades formativase práticas da
    Cáritas, especialmente, na construção das cisternas na Comunidade Quilombola de Estivas
    Garanhuns-PE. Formulamos como pergunta de pesquisa: Quais são as possíveis
    contribuições da Filosofia Ubuntu nas atividades formativas da Cáritas Regional NE II?
    Perseguindo a referida pergunta e objetivos, servimo-nos das abordagens teóricas de
    Mogobe Ramose (2009), Desmond Tutu (2014), Malomalo(2010), Renato Noguera
    (2012), Almeida (2019; 2016), Alves (2018), CunhaJunior(2010), Gonçalves (2018),
    Ivo (2005), Malvezzi (2007) e Meneses (2021). A natureza dessa pesquisa é qualitativa
    Minayo (1994), tendo como método o Estudo de Caso Alargado Lage (2013). Para a coleta
    de dados, servimo-nos de fontes documentais da Cáritas, do diário de Campo, entrevistas
    semiestruturadas e a observação participante. Como técnica de análise, utilizamos a
    análise de conteúdo com recorte temático Bardin (1977). Concluímos, mediante os
    achados, que as contribuições significativas da Filosofia Ubuntu nas formações e ações da
    Cáritas,focadamente, na Comunidade Quilombola de Estivas, consistem em: despertar a
    amplitude da visão e intervenção da Cáritas levando em conta as questões étnico-raciais
    em vez de formações gerais de caráter quase universal; a necessidade de incluir uma leitura
    interseccional em suas formações que reúna as questões de gênero, raça, classe social,
    intergeracional e da cultura local com suas especificidades; ampliação do entendimento de
    temporalidades que passem ao largo da compreensão empresarial; as cisternas como
    instrumentos de fortalecimento de redes comunitárias e de lutas emancipatórias das
    mulheres.


  • Mostrar Abstract
  • O presente estudo intitulado: “Possíveis Contribuições da Filosofia Ubuntu nas
    Formações da Cáritas no Agreste Pernambucano” está interligado com minha origem,
    afrodescendente, razão principal que tem me motivado ao estudar as Filosofias
    Africanas. Nesse horizonte compreensivo, centrei minha perspectiva de pesquisa nos
    fundamentos, princípios e práticas da Filosofia Ubuntu latentes na Cáritas, organização
    não governamental, que desenvolve projeto sociais direcionados especialmente para os
    sujeitos sociais do campo com seus desafios e potencialidades. Este estudo tem como
    objetivo geral: Compreender as possíveis contribuições da Filosofia Ubuntu nas
    atividades formativas e práticas da Cáritas, especialmente, mediante a construção das
    cisternas, no agreste pernambucano. Almejando alcançar esse objetivo, servirmo-nos
    das abordagens das Filosofias Africanas e Afrodiaspóricas, especialmente, as
    contribuições de: Mogobe Ramose (2010), Desmond Tutu (2014), Malomalo (2010),
    Renato Noguera (2012), Katiúscia (2021) e Cavalcante (2020). A metodologia utilizada
    pretende ser a do Método do Caso Alargado de Boaventura de Sousa Santos (1983) e
    Allene Lage (2013). Como técnicas de coleta de dados servir-nos-emos das entrevistas
    semiestruturadas, do diário de campo, de fontes documentais e da observação
    participante. Quanto à técnica de análise dos dados coletados da pesquisa em curso,
    faremos uso da Análise de Conteúdo de Laurence Bardin (1977). Essa pesquisa será
    desenvolvida na comunidade Quilombola de Estivas, que se localiza no município de
    Garanhuns – PE. Esta cidade está situada no Agreste, localizada a 230 km da capital,
    Recife. A escolha dessa comunidade se deu por três fatores: a primeira, por ela ser uma
    comunidade legalmente reconhecida como comunidade Quilombola; por ser uma
    comunidade em que a Cáritas tem desenvolvido projetos em várias frentes e, por fim,
    pelas possibilidades de acesso às informações da Comunidade e das lideranças locais
    por parte do pesquisador.

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  • RIVALDO MENDES DA SILVA
  • PESSOAS NÃO BINÁRIAS NA EDUCAÇÃO: problematizando inteligibilidade dicotômica de pós-graduandes da UFRPE

  • Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALLENE CARVALHO LAGE
  • FERNANDA SARDELICH NASCIMENTO
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • Data: 30/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • Esta pesquisa tem como objetivo geral compreender como as pessoas não binarias
    percebem seu reconhecimento em seus Programas de Pós-graduação (PPG) da
    UFRPE. O estudo parte de pressupostos pós-estruturalista, da teoria da
    performatividade, cisnormatividade, reconhecibilidade e reconhecimento. Nosso
    estudo foi motivado pela denúncia e problematização da inteligibilidade binária,
    supostamente, natural, normal e universal, que categoriza as identidades de gênero,
    de uma maneira, fictícia, exclusivamente em homem e mulher. Essa inteligibilidade
    binária não reconhece outras identidades de gênero, como a não binaridade, como
    possibilidades da pluralidade da existência humana. Essas violências são enfrentadas
    pelas pessoas LGBTQIAP+ cotidianamente em diversas instituições e dentre essas a
    educacional. Assim, a pesquisa se debruçou sobre os corpos não binários de
    estudantes de pós-graduação da UFRPE. Para o desenvolvimento desse estudo,
    utilizamos como recursos metodológicos: a técnica da snowball para realizar as
    entrevistas semiestruturadas. Esses dados foram compreendidos sob a Análise de
    Conteúdo (AC). Assim, levando em consideração o nosso objetivo geral, encontramos
    um cenário, no governo bolsonarista, de cortes orçamentários para as universidades
    públicas, diminuição de bolsas de pesquisa para estudantes da pós-graduação, e
    discursos de ódio que incentivavam a violência, exclusão e o não reconhecimento com
    as pessoas não binárias. Nesse contexto, as pessoas não binarias que buscaram a
    pós-graduação como formação continuada, encontraram um ambiente mais hostil,
    porém, vale ressaltar que não foi mencionado violência física no referido campus.
    Entretanto, as pessoas não binárias perceberam alguns ganhos de reconhecimento
    com as pessoas LGBTQIAP+ se comprado com décadas passadas. As pessoas não
    binárias mencionaram ainda houvesse um reconhecimento maior delas na
    universidade é necessário mais políticas públicas educacionais de democratização e
    permanência delas no referido ambiente. Também mencionaram que havia a
    necessidade de formulários em que utilizem as opções de preenchimento para
    pessoas não binarias nas categorizações de gênero; mais grupos de pesquisa e
    projetos de extensão com a temática não binariedade; assim como se precisa utilizar
    pronomes neutros ou adequados às identidades das pessoas estudantes não binárias.


  • Mostrar Abstract
  • A presente pesquisa qualitativa problematiza a inteligibilidade dicotômica de estudantes de pós-graduação da
    Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que são pessoa com identidade de gênero não binária. Ao
    compreendermos o campo educacional como campo político, nos respaldamos no pós-estruturalismo, utilizando a
    Teoria Queer por Judith Butler (2019) e com expansão interpretativa da análise de conteúdo proposta por Bardin
    (1979). Nosso objetivo é compreender como as pessoas não binarias percebem seu reconhecimento no PROGEL
    da UFRPE. Formarão o corpus da pesquisa: entrevistas semiestruturada com quatro estudantes do Programa de
    Pós-graduação em Estudos da Linguagem (PROGEL) que são pessoas não binárias. Sinteticamente, buscamos
    oferecer as seguintes contribuições relacionadas pessoas não binarias na pós-graduação da UFRPE: (a) identificar
    na visão das pessoas não binárias pós-graduandas os desafios enfrentados no PROGEL-UFRPE;(b) elencar as
    estratégias utilizadas pelas pessoas pós-graduandas para ultrapassar uma inteligibilidade binária; (c) mapear no
    PROGEL os procedimentos que reforcem e ou subvertem a lógica binária. Portanto, criticamente envolveremos
    questionar as estruturas sociais de inteligibilidade binárias, dicotômicas e excludentes que direcionam as categorias
    sobre as pessoas binárias e não binárias. As contribuições na educação proporcionam uma interlocução com a
    concepção entre as identidades dos sujeitos e o pedagógico, participando de um movimento nos espaços
    acadêmicos que facilitam o processo de ensino e aprendizagem com alteridades as identidades de gênero que são
    vivenciadas na universidade.

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  • RISOCLEIDE APARECIDA MARIA DA SILVA
  • FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES/AS NO ÂMBITO DO PROGRAMA CRIANÇA ALFABETIZADA: repercussões nas práticas de ensino da leitura e da escrita no final da Educação Infantil e no 1o ano do Ensino Fundamental

  • Orientador : ALEXSANDRO DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRO DA SILVA
  • LEILA NASCIMENTO DA SILVA
  • LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • NAYANNE NAYARA TORRES DA SILVA
  • Data: 30/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • A presente pesquisa inscreve-se nas discussões sobre as práticas de ensino da leitura e da escrita
    e da formação continuada no âmbito de um programa educacional. Considerando que há um
    fracasso da escola quanto ao ensino da alfabetização logo nos primeiros anos da escolaridade
    (MORAIS, 2012; SOARES, 2020), não são incomuns as proposições de políticas que buscam
    solucionar esse problema. O Programa Criança Alfabetizada (PCA) é uma delas. De natureza
    governamental, foi instituído pela Lei n° 16.617, de 15 de julho de 2019, no Estado de
    Pernambuco, visando atingir a Educação Infantil (4 e 5 anos) e o 1° e o 2° anos do Ensino
    Fundamental. Nesse contexto, apresentamos o seguinte questionamento: quais as repercussões
    do curso de formação continuada do Programa Criança Alfabetizada para as práticas cotidianas
    de ensino da leitura e da escrita de professores/as do último ano da Educação Infantil e do 1o
    ano do Ensino Fundamental? A partir do quadro teórico que orienta este estudo, interpretamos
    que, mesmo imerso em prescrições de programas, os/as professores/as tendem a não as
    adotarem completamente em suas práticas de ensino, visto que esse profissional é um sujeito
    produtor de conhecimentos, que dispõe de diferentes saberes (TARDIF, 2012) e recorre a
    distintas táticas de consumo (CERTEAU, 2012). (retirar) A fundamentação teórica do trabalho
    também é composta por autores que discutem sobre alfabetização e letramento (MORAIS,
    2012; SOARES, 2004; 2020; FERREIRO, 2011; FERREIRO; TEBEROSKY, 1999), sobre
    formação continuada de professores/as e práticas cotidianas (IMBERNÓN, 2011; GATTI,
    2003, 2019; FALSARELLA, 2003; CHARTIER, 2007, 2021) e sobre o Programa Criança
    Alfabetizada (GONÇALVES, 2021). Assim, o objetivo geral deste estudo foi investigar as
    repercussões do curso de formação continuada do Programa Criança Alfabetizada nas práticas
    cotidianas de ensino da leitura e da escrita de professores/as do último ano da Educação Infantil
    e do 1o ano do Ensino Fundamental. Para tanto, utilizamos a abordagem qualitativa (MINAYO,
    2011) e os seguintes procedimentos metodológicos: pesquisa documental, entrevistas
    semiestruturadas (LAVILLE, DIONNE, 1999) e observação participante (ANDRÉ, 1995). O
    lócus investigativo foi uma instituição escolar localizada na região agreste do Estado de
    Pernambuco e os participantes foram duas professoras, sendo uma de Educação Infantil - 5 anos
    e a outra, do 1o ano do Ensino Fundamental. Os dados foram tratados a partir da análise temática
    de conteúdo (BARDIN, 2004) e revelaram que houve algumas repercussões das formações
    continuadas do PCA nas práticas de ensino da leitura e da escrita das duas docentes. No caso
    da professora de Educação Infantil, o que se destacou foi o seu trabalho com um Projeto
    (Detetive das Palavras), que envolvia práticas de alfabetização e letramento, elementos
    presentes nas pautas das formações municipais do PCA. Quanto à professora do 1o ano,
    destacamos a utilização do material complementar do PCA (Almanaque 1), tema também
    presente nos registros dos encontros formativos do Programa. Entretanto, além dos elementos
    relacionadas ao PCA, nas práticas das duas professoras, havia a presença intensa de atividades
    de base tradicional, como a cópia e a leitura/recitação do alfabeto e das famílias silábicas.
    Assim, consideramos que tais repercussões constituíram mais um “acréscimo” de propostas das
    formações continuadas do PCA às práticas das duas professoras que uma mudança no que elas
    já vinham fazendo, ancorando-se no que aprenderam em outros tempos e espaços formativos.


  • Mostrar Abstract
  • Este projeto de pesquisa inscreve-se nas discussões sobre as práticas de ensino da leitura
    e da escrita e da formação continuada no âmbito de um programa educacional.
    Considerando que há um fracasso da escola quanto ao ensino da alfabetização logo nos
    primeiros anos da escolaridade (MORAIS, 2012; SOARES, 2020), não são incomuns as
    proposições de programas que buscam solucionar esse problema. O Programa Criança
    Alfabetizada (PCA) é um deles. De natureza governamental, foi instituído pela Lei n°
    16.617, de 15 de julho de 2019, no Estado de Pernambuco, visando atingir a Educação
    Infantil e o 1° e o 2° anos do Ensino Fundamental. Tendo em vista que se trata de um
    Programa recente e do âmbito estadual, justifica-se a necessidade de desenvolver
    estudos sobre ele. Assim, apresentamos o seguinte questionamento: quais as
    repercussões do curso de formação continuada do Programa Criança Alfabetizada para
    as práticas cotidianas de ensino da leitura e da escrita de professores do último ano da
    Educação Infantil e do 1o ano do Ensino Fundamental? A partir do quadro teórico que
    orienta esta pesquisa, interpretamos que, mesmo imerso em prescrições de programas,
    os/as professores/as tendem a não as adotar completamente em suas práticas de ensino,
    visto que esse profissional é um sujeito produtor de conhecimentos, que dispõe de
    diferentes saberes (TARDIF, 2012) e recorre a distintas táticas de consumo (CERTEAU,
    2012). Nesse sentido, a fundamentação desta investigação é composta por autores que
    discutem sobre as práticas de ensino da leitura e da escrita, alfabetização e letramento
    (MORAIS, 2012; SOARES, 2004, 2020; FERREIRO, 2011; FERREIRO;
    TEBEROSKY, 1999), sobre a formação de professores/as e práticas cotidianas
    (IMBERNÓN, 2011; GATTI, 2003, 2019; FALSARELLA, 2003; CHARTIER, 2007,
    2021) e sobre o Programa Criança Alfabetizada (GONÇALVES, 2021), no qual
    utilizamos na discussão leis oficiais de regulamentam o Programa e outras que o
    antecedem, mas possuem relação com ele. Assim, o objetivo geral deste estudo é
    analisar as repercussões do curso de formação continuada do Programa Criança
    Alfabetizada nas práticas cotidianas de ensino da leitura e da escrita de professores do
    último ano da Educação Infantil e do 1o ano do Ensino Fundamental. A presente
    investigação, de natureza qualitativa (MINAYO, 2011), recorrerá aos seguintes
    procedimentos metodológicos: pesquisa documental, entrevistas semiestruturadas
    (LAVILLE, DIONNE, 1999) e observação participante (ANDRÉ, 1995). As
    instituições que farão parte da pesquisa são escolas públicas municipais que fazem parte da Secretaria de Educação da cidade de Vertentes-PE, e os participantes serão duas professoras, uma do último ano da Educação Infantil e a outra do 1o ano do Ensino Fundamental. Os dados serão tratados a partir da análise temática de conteúdo (BARDIN, 2004).

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  • JESSICA VILLIANA DA SILVA
  • CAMINHO DE UMA INFÂNCIA (E) SUA INVENTIVIDADE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O que pode uma infância devir-deficiente?

  • Orientador : CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • TATIANA CRISTINA DOS SANTOS DE ARAUJO
  • Data: 31/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • Ensaiamos de modo infantil uma pesquisa-caminho atravessada por encontros. Encontros com
    a infância e a Filosofia. Encontros com uma inspiração cartográfica e com as crianças que
    foram as principais intercessoras nesse processo. Nos propomos a dizer que pesquisamos COM
    e ENTRE crianças e não SOBRE elas, mobilizando possibilidades para que as crianças e as
    infâncias habitassem e nos movessem no caminho do aprender e do (des)aprender. Nos
    encontramos com nossos intercessores teóricos para problematizarmos a infância (Kohan,
    2020), alteridade (Skliar, 1999), hospitalidade (Derrida, 2003), devir (Deleuze e Guattari,
    1992). Deste modo, sinalizamos como infantes esta pesquisa a partir do seguinte
    questionamento: O que as crianças e as infâncias nos dizem ou nos dão a pensar sobre educação
    inclusiva no contexto escolar?A partir desta inquietação, objetivamos de maneira mais geral:
    Cartografar os dizeres, aprenderes e fazeres infantis sobre educação inclusiva, instauradas no
    contexto escolar. De forma mais específica fomos mobilizadas a mapear os movimentos
    instaurados pelas crianças e pela infância sobre educação inclusiva na escola; acompanhar os
    dizeres, aprenderes e fazeres infantis que atravessam as experiências das crianças no contexto
    escolar; problematizar os movimentos instaurados pelas crianças no espaço\tempo da escola.
    Nessa caminhada, nos deslocamos a partir do que as crianças nos davam a pensar em seus
    dizeres, gestos, movimentos e experiências sobre a educação inclusiva. Os encontros com as
    crianças e a infância, em meio as conversações, nos convidaram a um pensar outro, que dribla
    a lógica da representação, que fixa uma ideia de deficiência vinculada à falta, à incompletude,
    ao não ser. Através dos seus modos de olhar, pensar e artistar um devir-infantil (Corazza, 2013)
    as crianças tensionam os discursos da inclusão que tenta incluir o OUTRO em uma mesmidade,
    quando deveria intensificar a dimensão da outridade. Através de sua sensibilidade, afeto, as
    crianças se abriam para o (im)pensado, nos dando a pensar sobre o devir-deficiente. Corpos
    OUTROS atravessados por um tempo OUTRO que nos convidaram em gestos a pensar a
    aeducação inclusiva de um OUTRO modo... Um modo mais infantil... talvez. O encontro com
    o novo, o inesperado, mobilizado por um exercício de atenção que difere de um olhar fixo,
    direcionado e automatizado. Uma possibilidade de deslocamento no espaço-tempo escolar em
    devir... Um tempo redescoberto para OUTROS possíveis na educação inclusiva a partir desse
    lugar OUTRO... O lugar da diferença. Um lugar de irrupções.


  • Mostrar Abstract
  • Esse é um texto que se propõe infantil, com uma escrita que desliza junto a
    infância minoritária, cheia de inquietações, uma escrita que parte de (des) começos
    possíveis em busca de perguntas. Para continuar (des) começarmos, escolhemos o
    contexto dos anos iniciais do Ensino Fundamental, afinal de contas a infância perpassa
    toda a existência, partindo da ideia de que a infância segue com essas crianças
    cronológicas por toda sua vida.
    Caminhamos assim, para pensar um movimento de pesquisa nessa relação, nesse
    contexto, acreditando ser necessário questionar quem são os participantes da pesquisa e
    reconhecer além das pedagogias que por vezes os inferiorizam, quais são as pedagogias
    que os permitem resistir e se afirmarem existentes (ARROYO, 2014).
    Deste modo, sinalizo esta pesquisa a partir dos seguintes questionamentos: 1) que
    infância e que educação inclusiva estão sendo afirmadas nas escolas? 2) o que emerge do
    dizer infantil sobre a infância e a educação inclusiva? 3) o que e como esses dizeres me
    provocam? 4) Esses dizeres me possibilitam pensar a infância e a educação inclusiva?
    Assim, como uma infante defini como problema de pesquisa: O que as crianças
    e as infâncias nos dizem ou nos dão a pensar sobre educação inclusiva no contexto
    escolar? Como objetivo geral Objetivo Geral: Cartografar os dizeres, aprenderes e
    fazeres infantis sobre educação inclusiva, instauradas no contexto escolar. E como
    objetivos Específicos: 1. Mapear os movimentos instaurados pelas crianças e pela
    infância sobre educação inclusiva na escola, 2. Acompanhar os dizeres, aprenderes e
    fazeres infantis que atravessam as experiências das crianças no contexto escolar e 3.
    Problematizar os movimentos instaurados pelas crianças no espaço\tempo da escola.
    Nessa caminha alguns movimentos outros foram necessários. Inicialmente
    observamos nosso agreste e visitamos ATTENA (repositório institucional da
    Universidade Federal de Pernambuco) para mapear como seria nossa caminhada, assim

    nosso primeiro capítulo é a apresentação de nossos achados sobre Infâncias e Educação
    Especial a nível local. Em Seguida trazemos nossos primeiros passos sobre as temáticas
    infância, educação especial, alteridade e differance. Através dos deslocamentos que a
    infância possibilita conversamos com alguns autores como SKLIAR, KOHAN,
    ABRAMOWICZ e TEBET entre outros. E por fim, trazemos nossas primeiras ideias
    sobre o percurso metodológico.

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  • ROSELI JOVELINA DOS SANTOS
  • PROFISSIONALIZAÇÃO E DESAFIOS DA IDENTIDADE PROFISSIONAL

    DOCENTE NA REDE MUNICIPAL DE TACAIMBÓ - PE

  • Orientador : KATIA SILVA CUNHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KATIA SILVA CUNHA
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • MAGNA DO CARMO SILVA
  • TANIA MARIA GORETTI DONATO BAZANTE
  • Data: 04/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • Essa pesquisa parte do problema que traz como questão central as Formações Continuadas da
    Rede de Ensino de Tacaimbó estimulam uma determinada identidade para esses docentes?
    Partindo da necessidade em: Analisar os desafios presentes nas formações continuadas de
    professores, atinentes a uma identidade profissional docente na rede municipal de Tacaimbó –
    PE, tendo como desdobramento os seguintes objetivos específicos: a) Identificar elementos
    acerca de profissionalização e identidade docente nos documentos presentes nas formações
    continuadas de professores no que se refere as políticas curriculares no município de Tacaimbó
    – PE e b) Analisar marcadores sobre a identidade profissional docente e a profissionalização
    presentes nos documentos das formações continuadas no município de Tacaimbó – PE. No que
    trata do aporte teórico Ball (2005,2007), Lopes (2017), Macêdo (2007,2011,2014 e 2015), Gatti
    ( 2006,2007, 2010 e 2012) , Flores (2015) e Cunha (1999 e 2017), tensionando fundamentar à
    questão problema. Utilizamos como percurso metodológico uma abordagem qualitativa da
    pesquisa com base em Minayo (2001 e 2007). Nesse movimento de busca, nossos
    procedimentosancorados na analise documental e instrumentosa respeito das formações
    continuadas voltados do 1° ao 5° ano dos anos iniciais, respeitando a forma fidedigna os
    resultados. Para produção dos dados utilizamos como hipótese possibilidades de
    enfrentamentos em relação a identidade docente através de sua politica de formação continuada
    que está embricada nos documentos utilizados nas formações continuadas na rede municipal de
    Tacaimbó – PE e sendo assim analisamos as possibilidades de contribuição para a formação de
    uma identidade profissional docente.Após dados consolidados, o resultado da pesquisa indicou
    que os documentos utilizados nas formações continuadas, desde pautas de reuniões até
    materiais para serem utilizados com seus discentes em sala de aula apresentam metodologias,
    acompanhamentos e instrumentos voltados para o desenvolvimento de programas indicados
    pela Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, de forma que todo município esteja na mesma
    sintonia no que concerne ao desenvolvimento da aprendizagem dos alunos do 1° ao 5° ano.
    Nesse sentido, os resultados nos revelam os impactos existentes sobre as identidades
    profissionais docentes acerca das formações continuadas na rede municipal de Tacaimbó.


  • Mostrar Abstract
  • Essa pesquisa parte do seguinte problema: As formações continuadas da rede de ensino de
    Tacaimbó estimulam uma identidade profissional para esses professores? Sendo assim, diante
    da problemática apresentada, buscamos analisar notícias de órgãos oficiais sobre o objeto de
    estudo, documentos oficiais que estão ligados diretamente a formação continuada de
    professores e suas políticas curriculares dessa rede de ensino, assim como realizar
    levantamento de dados extraídos em sites de entidades civis, instituições e fundações. Nossa
    Dissertação está sendo organizada, partindo das necessidades em responder o questionamento
    existente nesse projeto, onde o objetivo geral consiste em: Analisar os discursos presentes nas
    formações continuadas de professores, atinentes ao sentido de uma identidade profissional
    docente na rede municipal de Tacaimbó – PE. Vislumbrando responder o questionamento,
    presente em nossa pesquisa, desdobramos os seguintes objetivos específicos: a)Identificar os
    discursos sobre o trabalho que se espera dos docentes, presente nas formações continuadas de
    professores no município de Tacaimbó – PE, b) Analisar as concepções sobre a identidade
    profissional docente presentes nas formações continuadas no município de Tacaimbó –PE.
    Utilizaremos como percurso metodológico a Análise do Discurso segundo Orlandi
    (1997,1999, 2003,2007 e 2015), na análise de corpus legais e documentos assim como para
    análise de questionários e entrevistas que se caracterizam enquanto discurso. Utilizaremos
    aporte teórico em Ball (2005,2013), Lopes (2017), Macêdo (2007,2011,2014,2015), Gatti
    (2006,2007,2010,2012), Flores (2015) e Minayo (2001,2007) para responder à questão
    problema, assim como nossos objetivos geral e específicos. Nesse movimento de busca,
    analisar, a partir da utilização de nossos procedimentos e instrumentos de pesquisa, os
    discursos existentes nas formações continuadas nessa rede municipal de ensino. Diante do
    exposto temos como hipótese, que a BNCC vem trazendo um caráter de direcionamento
    curricular para estados e municípios, que por muitas vezes influenciam nas atividades
    educacionais e formações continuadas da rede. As redes, em um movimento de tradução da
    BNCC, têm priorizado um currículo acerca das formações continuadas que induz e cobra
    resultados positivos sobre metas construídas; essa tradução aponta o que é importante e
    necessário para o estudante aprender e consequentemente o que o docente deva ensinar como
    se fosse a solução para todos os problemas no meio educacional.

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  • CAMILA SANTOS FERREIRA
  • A OFICIALIZAÇÃO DO ENSINO DE GÊNEROS NO BRASIL: DOS PARÂMETROS
    CURRICULARES NACIONAIS À BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

  • Orientador : GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRO DA SILVA
  • FLORENCIA MIRANDA
  • GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA LIMA
  • LEILA BRITTO DE AMORIM LIMA
  • Data: 05/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • O presente estudo tem como objetivo geral compreender os movimentos de
    continuidade e deslocamento nas prescrições sobre o ensino de gêneros tomando
    como referência os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) e a Base Nacional
    Comum Curricular (2017). Como objetivos específicos: a) identificar qual é a proposta

    de ensino de gêneros nos PCN e na BNCC; b) verificar quais os fundamentos teórico-
    metodológicos sobre ensino de gêneros embasam essas propostas; c) verificar em

    quais aspectos sobre o ensino de gênero os dois documentos convergem e em quais
    se distanciam; e d) apreender as possíveis implicações desses movimentos para o
    ensino de gêneros. Sendo assim, trata-se de uma pesquisa com abordagem
    qualitativa (LÜDKE; ANDRÉ, 2020), de caráter documental e de natureza diacrônica,
    visto que os currículos estão situados em contextos históricos diferentes. A técnica de
    análise dos dados foi feita a partir da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016). Para o
    entendimento acerca das teorias de currículo, tomamos como base os estudos de:
    Silva (1999), Sacristán (1991), Goodson (1995) e Lopes e Macedo (2011). Para a
    compreensão sobre os gêneros, utilizamos os estudos de: Bakhtin (2003), Bronckart
    (2006), Dolz, Gagnon e Decândio (2010), Lima (2016), Machado (2009), Schneuwly e
    Dolz (2004), Rojo e Moura (2019), entre outros. Nossos resultados apontam que que
    os movimentos de continuidades que orientam para um ensino que busque formar
    estudantes críticos e capacitados para usar a língua nos diferentes contextos de
    interação humana, levando em conta a teoria de gênero bakhtiniana e do
    Interacionismo Sociodiscursivo. Os currículos dão importância a consideração da
    diversidade de textos que circulam em sociedade, as potencialidades dos gêneros
    para o desenvolvimento e à aprendizagem dos alunos no contexto escolar, a uma
    abordagem sistemática dos gêneros nos diferentes níveis de escolarização
    (progressão), e a consideração as condições em que os textos são lidos e produzidos
    na sociedade. Os deslocamentos indicam que houve uma ampliação de possibilidades
    para o ensino de gêneros na BNCC, com a adição de campos de atuação, habilidades
    a serem desenvolvidas por campos e a contemplação de novos gêneros para uma
    adequação à sociedade contemporânea.


  • Mostrar Abstract
  • Cientes de que é através do uso da linguagem e dos diferentes gêneros, orais ou
    escritos, que a comunicação se torna possível, é importante considerar que, através
    desse objeto de ensino-aprendizagem, é possível formar estudantes críticos e
    capacitados para agir linguisticamente para além da sala de aula, em diferentes
    contextos da atividade humana. O presente estudo propõe compreender os
    movimentos de continuidade e deslocamento nas prescrições sobre o ensino de
    gêneros tomando como referência os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, 1998,
    2000) e a Base Nacional Comum Curricular (2017). De forma mais específica,
    pretendemos: a) identificar qual é a proposta de ensino de gêneros nos PCN e na
    BNCC; b) verificar quais os fundamentos teórico-metodológicos sobre ensino de
    gêneros embasam essas propostas; c) verificar em quais aspectos sobre o ensino de
    gênero os dois documentos convergem e em quais se distanciam; e d) apreender as
    possíveis implicações desses movimentos para o ensino de gêneros. Sendo assim,
    trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa (LÜDKE; ANDRÉ, 2020), de
    caráter documental e de natureza diacrônica, visto que os currículos estão situados
    em épocas diferentes. A técnica de análise dos dados será feita a partir da análise de
    conteúdo Bardin (2016). Para compreensão sobre os gêneros textuais/discursivos,
    nos utilizaremos dos estudos de: Bakhtin (2003), Bronckart (2006), Dolz, Gagnon e
    Decândio (2010), Lima (2016), Machado (2009), Schneuwly e Dolz (2004), Rojo e
    Moura (2019), entre outros. E, para o entendimento acerca das teorias de currículo,
    tomaremos como base os estudos de: Silva (1999), Sacristán (1991), Goodson (1995)
    e Lopes e Macedo (2011).

20
  • ROSICREIDE SOARES NOGUEIRA
  • NUCLEAÇÃO E FECHAMENTO DE ESCOLAS NO CAMPO NO CONTEXTO DO
    SEMIÁRIDO: vivências e resistências de comunidades camponesas no município de Sumé-PB

  • Orientador : SAULO FERREIRA FEITOSA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • FABIANO CUSTÓDIO DE OLIVEIRA
  • Data: 06/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • A presente pesquisa vincula-se à linha Educação e Diversidade do Programa de Pós-Graduação
    em Educação Contemporânea do Centro Acadêmico do Agreste (CAA), da Universidade
    Federal de Pernambuco (UFPE). Este estudo abordou os impactos decorridos da Política de
    Nucleação e Fechamento de Escolas no campo no município de Sumé, no estado da Paraíba,
    enfatizando os efeitos desta na dinâmica política, econômica, social e cultural das comunidades
    rurais da Pitombeira, da Carnaúba de Cima e do Assentamento Mandacaru. Em nossa
    abordagem teórica-metodológica nos ancoramos ao Pensamento Decolonial, por nos
    possibilitar refletir sobre a negação do direito à educação dos povos do campo, que resistem
    diante do processo de silenciamento e inferiorizarão a que são postos. No que diz respeito ao
    Pensamento Decolonial nos embasamos nos estudos e conceitos propostos pelos seguintes
    autores (as): e, seus respetivos conceitos: Colonialismo, Racialização, Racionalização
    (MIGNOLO, 2008, 2020), Colonialidade do Poder, Saber, Ser (QUIJANO, 2005, 2007, 2000)
    e Natureza (WALSH, 2008, 2009), Decolonialidade, Diferença Colonial, Pensamento de
    Fronteira, Desobediência Epistêmica, e saberes Subalternos (MIGNOLO, 2008, 2020). Nossa
    pesquisa que se expressa no seguinte questionamento: como as comunidades campesinas tem
    reagido frente à subtração do direito à educação? Para respondermos à pergunta traçamos como
    objetivo geral: apreender, a partir das narrativas, das vivências e resistências sujeitos do campo,
    os impactos advindos do fechamento das escolas na dinâmica política, social e cultural das
    comunidades de Pitombeira, Carnaúba de Cima e Assentamento Mandacaru. Como objetivos
    específicos: a) mapear à realidade das comunidades das escolas do campo nucleadas e fechadas
    no município de Sumé-PB; b) compreender a Política de nucleação de escolas do campo no
    município de Sumé-PB; e c) discutir os desdobramentos da política de Nucleação nas
    comunidades rurais da Pitombeira, da Carnaúba de Cima e do Assentamento Mandacaru. A
    política de nucleação imposta as comunidades da Pitombeira, da Carnaúba de Cima e do
    Assentamento Mandacaru ocorreu de forma arbitrária e sem nenhum diálogo com a
    comunidade. Os argumentos trazidos pela gestão municipal se contradizem com os marcos
    normativos para a educação do campo e com as leis que regem o direito a educação do e no
    campo no Brasil. Enquanto desdobramentos dessa política de nucleação temos a resistência dos
    sujeitos à gestão centralizadora, questionando e tensionando o poder local e apontando a
    fragilidade do direito conquistado.


  • Mostrar Abstract
  • A presente pesquisa vincula-se à linha Educação e Diversidade do Programa de Pós-
    Graduação em Educação Contemporânea do Centro Acadêmico do Agreste (CAA), da
    Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A pesquisa abordará os impactos decorridos
    com a Política de Nucleação e Fechamento de Escolas do campo no município de Sumé, no
    estado da Paraíba, enfatizando os efeitos desta na dinâmica política, econômica, social e
    cultural das comunidades rurais Pitombeira, Carnaúba de Cima e Assentamento Mandacaru.
    Em nossa abordagem teórica-metodológica nos ancoramos ao Pensamento Decolonial, por
    nos possibilitar refletir sobre a negação do direito à educação dos povos do campo, que
    resistem diante do processo de silenciamento e inferiorizarão a que são postos. No que diz
    respeito ao Pensamento Decolonial seguiremos no caminho conduzido pelos autores (as) e,
    seus respetivos conceitos: Colonialismo, Racialização, Racionalização (MIGNOLO, 2008,
    2020), Colonialidade do Poder, Saber, Ser (QUIJANO, 2005, 2007, 2000) e Natureza
    (WALSH, 2008, 2009), Decolonialidade, Diferença Colonial, Pensamento de Fronteira,
    Desobediência Epistêmica, e saberes Subalternos (MIGNOLO, 2008, 2020). Nossa pesquisa
    que se expressa no seguinte questionamento: como as comunidades campesinas tem reagido
    frente à subtração do direito à educação? Para respondermos à pergunta traçamos como
    objetivo geral: apreender, a partir da concepção identitária dos sujeitos do campo, os
    impactos advindos do fechamento das escolas na dinâmica política, social e cultural das
    comunidades de Pitombeira, Carnaúba de cima e Assentamento Mandacaru. Como objetivos
    específicos: a) mapear à realidade das escolas do campo no município de Sumé-PB, a partir
    da política de nucleação das escolas do campo; b) perscrutar a existência de movimentos de
    contraposição às estratégias lançadas por governos que têm como perspectiva o fechamento
    das escolas do campo; c) Compreender a Política de nucleação de escolas do campo no
    município de Sumé-PB, discutindo os impactos dessa política nas comunidades rurais
    Pitombeira, Carnaúba de Cima e Assentamento Mandacaru.

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  • CINTHIA GENELICE DOS SANTOS
  • EDUCAÇÃO, FEMINISMOS E MULHERES: um estudo de caso do

    Coletivo Desabrochar de Belo Jardim/PE

  • Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALLENE CARVALHO LAGE
  • DANIELA NERY BRACCHI
  • ELIZABETH MARIA DA SILVA
  • Data: 29/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • A educação como prática social humana, tem-se constituído como estímulo ao ser humano, nos
    tornando críticas/os, conhecedores de conhecimentos e saberes que vão desde disciplinas a
    temas sociais. Mesmo tendo esse enfoque em formação humana, porém, tendo em vista que a
    educação/escolarização de mulheres se deu tardiamente, nos conduzimos com a seguinte
    questão: Que trajetórias educacionais as ativistas de movimentos feministas construíram
    durante sua formação no ensino superior na perspectiva da educação não sexista? Nossa
    pesquisa tem como objetivo geral: estudar as trajetórias educacionais de ativistas de movimento
    feminista construídas durante a formação no ensino superior na perspectiva da educação não
    sexista. Para responder os seguintes objetivos específicos: (i). caracterizar as trajetórias
    educacionais do ensino superior das ativistas do movimento feminista; (ii) identificar os
    aspectos políticos e pedagógicos para uma educação não sexista. A nossa pesquisa tem uma
    abordagem metodológica qualitativa, realizando o estudo exploratório e explicativo,
    empregando o método do caso alargado para investigação, com instrumento para coleta de
    dados realizamos entrevistas semi-estruturadas e para análise e sistematização utilizamos a
    análise de conteúdo. O estudo foi realizado com um coletivo feminista em Belo Jardim/PE, com
    as ativistas que fazem parte da comissão organizadora do coletivo, podemos caracterizar
    diferentes trajetórias educacionais entre elas e assim como identificamos os aspectos políticos
    e pedagógicos para uma educação não sexista. Por fim, compreendemos a importância do
    ensino superior para as mulheres, e a formação humana baseada na educação não sexista como
    aporte para eliminar a opressão sexista.


  • Mostrar Abstract
  • A educação como prática social humana, tem-se constituído como estímulo ao ser
    humano, nos tornando críticas/os, conhecedores de conhecimentos e saberes que vão
    desde as disciplinas a temas sociais. Mesmo tendo esse enfoque em formação humana,
    porém, tendo em vista que a educação/escolarização de mulheres se deu tardiamente, nos
    conduzimos com a seguinte questão: Que trajetórias educacionais as ativistas de
    movimentos feministas construíram durante sua formação no ensino superior na
    perspectiva da educação não sexista? Nossa pesquisa tem como objetivo geral: estudar as
    trajetórias educacionais de ativistas de movimento feminista construídas durante a
    formação no ensino superior na perspectiva da educação não-sexista. Para responder os
    seguintes objetivos específicos: (i). caracterizar as trajetórias educacionais do ensino
    superior das ativistas do movimento feminista; (ii) identificar os aspectos políticos e
    pedagógicos para uma educação não sexista. A nossa pesquisa tem uma abordagem
    metodológica qualitativa, realizando o estudo exploratório e explicativo, empregando o
    método do caso alargado para investigação, com instrumento para coleta de dados será
    realizado entrevista semi-estruturada e para sua análise e sistematização utilizaremos a
    análise de conteúdo. O estudo será realizado com um coletivo feminista em Belo
    Jardim/PE.

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  • ANDERSON JOSÉ FRANCISCO SILVA
  • Por uma micropolítica do Pife na sala de aula: partilha de afetos, rupturas e
    agenciamentos a partir da obra do Mestre João do Pife de Caruaru.

  • Orientador : SANDRO GUIMARAES DE SALLES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SANDRO GUIMARAES DE SALLES
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • TACIANO VALERIO ALVES DA SILVA
  • Data: 11/10/2023

  • Mostrar Resumo
  • A presente pesquisa propõe uma análise acerca dos processos educativos implicados
    nos ensinares e aprenderes advindos da obra do Mestre João do Pife de Caruaru,
    relacionando – os, a possibilidades outras no trabalho docente, a partir do
    Ser/Pife/Instrumento e suas diversas interfaces com os saberes populares, a sala de
    aula e as particularides advindas dos referidos processos. Para tanto, nesta trilha,
    lançamos mão do método cartográfico deleuziano o qual se dar no processo e se
    apresenta enquanto um mapa, estranhando -se e, assim contrapondo -se ao retrato,
    que possui imagem fixa e sem desmonte, que descreve o exercício de um cartógrafo
    enquanto constante invenção, intervenção, performance, aquele que se dar no
    acontecimento e se valida diante das multiplicidades. Nesta perspectiva para
    estabelecermos uma relação entre o fazer/saber do Mestre João do Pife e as
    possibilidades de inventividade no âmbito educacional, nos aproximamos do
    pensamento foucaltiano, e a partir da sua teoria do discurso, buscamos observar
    também, as relações de poder e as implicações destas, ante sua propagação e
    inventividade.


  • Mostrar Abstract
  • João do Pife, Pífano, Popular Culture, Education.

23
  • SAMANTA GABRIELY ALVES DOS SANTOS
  • SENTIDOS SOBRE A ESCOLA PRODUZIDOS PELAS PROFESSORAS DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA CIDADE DE CARUARU/PE

  • Orientador : CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • MARIA FABIANA DA SILVA COSTA
  • Data: 31/10/2023

  • Mostrar Resumo
  • Nossa pesquisa discute sobre os sentidos de escola construídos pelas
    professoras de uma escola em tempo integral dos anos iniciais do Programa de
    Educação Integral da cidade de Caruaru/PE. Para tanto, nos questionamos:
    quais são os sentidos de escola construídos pelos docentes a partir da
    experiência com a Escola de Tempo Integral do Programa de Educação Integral
    voltado aos Anos Inicias do Ensino Fundamental da cidade de Caruaru/PE?
    Desse modo objetivamos compreender o que pensam sobre a escola os
    docentes do Programa de Educação Integral dos Anos Inicias do Ensino
    Fundamental da cidade em questão. Para alcance do nosso problema de
    pesquisa, elencamos os objetivos específicos: (1) problematizar o modelo
    pedagógico e de gestão do Programa de Educação Integral adotado pela cidade
    de Caruaru/PE, Escola da Escolha; (2) conhecer os sentidos de escola a partir
    das experiências dos docentes no contexto do Programa de Educação Integral;
    (3) analisar os sentidos de escola construídos pelas docentes a partir da
    experiência com a escola de tempo integral. Como base para as nossas
    reflexões, discutimos a relação do Programa com a perspectiva neoliberal da
    educação e a política de parcerias público-privado com aporte teórico dos
    autores/as ( ), ( ), (); Quanto a educação integral e tempo integral dialogamos
    com Pestana (2014), Gadotti (2009), Cavaleire (2002), (2014), Fank e Hutner
    (2013), entre outros; e a refletimos cobre a Escola a partir dos autores
    Masschelein e Simons (2021a) e (2021b), Kennedy e Kohan (2014), Biesta
    (2018). Nossa abordagem teórico-metodológica se baseou na pesquisa
    colaborativa pelo seu caráter de cooperação, construída junto com os sujeitos e
    não para eles (GASPAROTTO; MENEGASSI; 2016) e (ANDRÉ, 2010). Para a
    construção dos dados utilizamos observação, diário de campo, conversas
    informais, questionário e entrevistas semiestruturadas. A análise de dados se
    sustentou na Análise Hermenêutica (Szymanski; Almeida; Prandini; 2008). Os
    sujeitos da pesquisa são 13 professoras entre de referência e especialistas dos
    anos iniciais. Através da construção dos dados, compreendemos que o
    Programa de Educação Integral do ICE embora apresenta em seu modelo
    pedagógico e de gestão princípios que se interligam a educação integral, tem
    representado um movimento de empresariados interessados na escola pública,
    que se revestem de discursos de uma educação integral em tempo integral para
    reproduzir na escola seus interesses de cunho neoliberal. No entanto, as
    professoras entrevistadas, apontam sentidos de escola construídos a partir de
    relações com o tempo escolar que rompem de certo modo, com a lógica
    produtivista, considerando a escola como espaço de aprendizagem, partilha,
    convivência e escuta para com os estudantes, atribuindo por meio de suas
    possibilidades no dia a dia escolar, uma qualidade ao tempo. Desse modo, a
    figura docente se apresenta como meio de possibilidades de resistência
    (trans)formação de sujeitos sociais.


  • Mostrar Abstract
  • A cidade de Caruaru, interior de Pernambuco, conta com o Programa de
    Educação Integral voltado ao Ensino Fundamental desde 2018, sendo a
    segunda cidade do estado a aderir ao Programa nos anos iniciais. O Programa
    em questão foi implantado através de uma parceria público-privada entre a
    Secretaria de Educação e Esportes do município e o Instituto de
    Corresponsabilidade pela Educação, o ICE, adotando o modelo pedagógico
    denominado Escola da Escolha, divulgado através de um discurso de Educação
    Integral. A experiência da investigadora em uma das escolas de tempo integral
    que atendem ao modelo levaram-nos a questionar quais os sentidos de escola
    produzidos pelos docentes do Programa, visto que o docente é a figura
    pedagógica que desenvolve a proposta, podendo ressignificar os sentidos ao
    atribuir saberes de sua própria experiência. Optamos pela etnografia que nos
    permite interpretar as ações dos sujeitos para o entendimento dos significados
    destas nas estruturas sociais, faremos uso de técnicas de construção de dados
    como conversas informais, entrevistas semiestruturadas, desenho, leitura e
    interpretação e grupo focal de discussão. Discutimos a caracterização de uma
    escola com perfil neoliberal que pode se prover de slogans bem intencionados
    para estabelecer seu projeto de sociedade e de indivíduos. Refletimos a escola
    como lugar de disputa de poder e de possiblidade de transformação social.
    Discorremos também sobre a Educação Integral, bem como seus
    desdobramentos, visto que não há consenso em seu conceito. Apesar de se
    autointitular de “Educação Integral”, o Programa tem apontado características de
    uma educação neoliberal, que prioriza a escola como impulsionadora e
    mantenedora do mercado econômico. Ainda que manifeste esse cunho, a figura
    docente pode possibilitar outros sentidos através de suas práticas e atuar de
    forma a se desvencilhar do viés neoliberal. Por isso se faz importante conhecer
    os sentidos que estes docentes constroem sobre a escola.

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  • DAYANA MARIA DA SILVA
  • O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA E SUA INTERFACE COM A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES(AS) E SUAS PRÁTICAS, NUMA PERSPECTIVA ANTIRRACISTA

  • Orientador : MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA FERNANDA DOS SANTOS ALENCAR
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • SANDRO GUIMARAES DE SALLES
  • Data: 20/11/2023

  • Mostrar Resumo
  • Esta pesquisa se insere no campo das discussões de formação de professores e toma como objeto
    de estudo o “Projeto Político-Pedagógico e a formação continuada de professores(as) iniciantes
    e experientes, articulada à prática, numa perspectiva antirracista”. Tem como problema: Quais

    elementos indiciários da perspectiva antirracista são balizados pelo Projeto Político-
    Pedagógico, e, a partir destes, quais os princípios que compreendem a formação continuada de

    professores(as) iniciantes e experientes, que contemplam as práticas docentes? Como objetivo
    geral, busca compreender que elementos indiciários da perspectiva antirracista são balizados
    pelo Projeto Político-Pedagógico, e, a partir deste, quais os princípios que compreendem a
    formação continuada de professores(as) iniciantes e experientes, que contemplam as práticas
    docentes. Para tratarmos da discussão do Projeto Político-Pedagógico, apoiamo-nos em
    Carreira e Souza (2013); Coelho, Regis e Silva (2021); Gomes (2005); e Veiga (2006). A
    formação continuada, em Coelho e Coelho (2012); Damarzo, Santos e Silva (2018); Gomes
    (2005); e Santos (2010). Para a prática docente, tomamos Cavalleiro (2001); Coelho, Regis e
    Silva (2021); Gomes (2005); Prado e Fatima (2016). Ainda para tratar de professores(as)
    iniciantes, utilizamos André et al (2017); Cruz, Farias e Hobold (2020); Gouveia (2020);
    Nascimento, Flores e Xavier (2019); Pacheco e Flores (1999); Papi e Martins (2010). Em torno
    dos professores experientes, André et al (2017); Ferreira et al (2017); Marcelo (2009); Tancredi
    e Mizukami (2012). Enquanto metodologia, pautamo-nos na abordagem qualitativa, com
    procedimentos metodológicos para produção dos dados: a análise documental, em Lüdke e
    André (2013); o questionário em Severino (2013); o grupo de discussão em Weller (2006) e
    Meinerz (2011); e as sessões de intervenção em Gouveia (2020) e Silva (2021). Para analisar
    os dados, utilizamos a Análise de Conteúdo – foco na categorização (Moraes, 1999). Os
    resultados mostram que “nos documentos (oficiais, escolares e pessoais) da rede e da escola, os
    princípios da formação continuada que se aproximam de uma perspectiva antirracista” estão
    ausentes no currículo da rede, nos projetos político-pedagógicos, nas pautas formativas, nos
    planejamentos docentes e cadernos de atividades dos estudantes. Quanto aos “sentidos
    materializados na formação continuada dos(as) professores(as) que constituam interface com a
    educação antirracista”, estes(as) indicam a ausência de formação continuada antirracista,
    quando explicitam os desafios e ausência destas temáticas nos contextos formativos. E quanto
    às “contribuições na construção de proposições formativas pautadas nos princípios antirracistas,
    possíveis de serem contemplados no Projeto político-pedagógico e materializados na formação
    continuada e nas práticas docentes”, nossas reflexões pontuam, a partir das sessões de grupo de
    discussão e intervenção, que os dados produzidos revelam potenciais procedimentos formativos
    que mobilizam interações, significados e sentidos singulares, potencializares da educação
    antirracista. Como fruto destas reflexões, foram produzidas coletivamente proposições
    fundamentadoras de uma política de formação antirracista de professores na rede, a serem
    transformadas em diretrizes para formação continuada antirracista. As contribuições estão
    expressas pela necessidade do apoio formativo-pedagógico, do material didático-pedagógico,
    bem como da constituição de uma política pública de formação continuada antirracista
    permanente, pautada no compromisso coletivo com a educação antirracista, que empodera a
    população negra na rede municipal de ensino, lócus dessa pesquisa.


  • Mostrar Abstract
  • Esta pesquisa se insere no campo das discussões de formação de professores e toma
    como objeto de estudo o Projeto Político-Pedagógico e a formação continuada de
    professores/as iniciantes e experientes articulada a prática numa perspectiva antirracista.
    Tendo como questão-problema: Quais elementos indiciários da perspectiva antirracista
    são balizados pelo Projeto Político-Pedagógico e a partir destes quais os princípios que
    compreendem a formação continuada de professores/as iniciantes e experientes que
    contemplam as práticas docentes?. Como objetivo geral busca compreender quais os
    elementos indiciários da perspectiva antirracista são balizados pelo Projeto Político-
    Pedagógico e a partir deste quais os princípios que compreendem a formação
    continuada de professores/as iniciantes e experientes que contemplam as práticas
    docentes. A partir deste delimitamos os seguintes objetivos específicos: i) Identificar na
    sistematização dos documentos oficiais, escolares e pessoais da rede pública municipal
    e da escola os princípios na formação continuada dos professores/as que se aproximam
    de uma perspectiva antirracista;; ii) Analisar os sentidos materializados na dinâmica da
    formação continuada dos/as professores/as que constitua interface a educação
    antirracista; iii) Levantar as contribuições na perspectiva da construção de proposições
    formativas pautadas nos princípios antirracistas possíveis de serem contemplados no
    Projeto político-pedagógico da escola e materializado nas práticas docentes. Para
    tratarmos da discussão do projeto político-pedagógico nos apoiamos em Moreira e
    Candau (2013); Veiga (2006); Gomes (2005); Carreira e Souza (2013) e Coelho; Regis
    e Silva (2021); em torno da formação continuada nos pautamos em Gomes (2005);
    Santos (2010); Imbernón (2010); Coelho e Coelho (2012) e Damarzo, Santos e Silva
    (2018); para discorrer sobre prática docente tomamos Cavalleiro (2001); Gomes (2005);
    Prado e Fatima (2016); Coelho, Regis e Silva (2021); ainda para tratar de professores/as
    iniciantes utilizamos Pacheco e Flores (1999); Carlos Marcelo (1999); Gonçalves
    (1995); Huberman (1995); bem como, recorremos aos estudos contemporâneos
    apresentados por Papi e Martins (2010); Romanowski e Martins (2013); André et al
    (2017), Nascimento, Flores e Xavier (2019); Cruz, Farias e Hobold (2020), Gouveia
    (2020); e Silva (2021). Enquanto metodologia nos pautamos na abordagem qualitativa
    (LUDKE; ANDRÉ, 2013). Como lócus da pesquisa temos as escolas da Rede Pública
    Municipal de Educação de Caruaru-PE. No que se refere aos participantes da pesquisa,
    a princípio pensamos os/as professores/as iniciantes e experientes, e coordenadores/as
    pedagógicos. Como procedimento e instrumentos metodológicos para produção dos
    dados, a análise documental (LÜDKE; ANDRÉ, 2013), o questionário (SEVERINO,
    2013) e o grupo de discussão a partir de Weller (2006); Meinerz (2011), Gouveia (2020)
    e Silva (2021). Para analisar os dados faremos uso da Análise de Conteúdo
    (MORAES,1999).

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  • CARLOS EDUARDO GALON DA SILVA
  • CARTUMGRAFIA: EDUCAÇÃO ESTÉTICA E
    SENSIBILIDADES NO ENSINO DE ARTES A PARTIR
    DE PRÁTICAS DE DESENHO COLETIVO

  • Orientador : MARIO DE FARIA CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • LUCIANO BEDIN DA COSTA
  • MARIO DE FARIA CARVALHO
  • Data: 30/11/2023

  • Mostrar Resumo
  • Buscando contribuir para a formação estética e sensível, desenhamos uma pesquisa cruzada por
    encontros com a infância, a arte e a educação. Apresentamos reflexões percebidas num percurso
    cartográfico com crianças e educadoras em ações coletivas no ensino de artes. Deste modo,
    provocamos movimentos acerca da educação estética e sensível, pedagogia com liberdade, o
    valor da experiência, da educação e das sensibilidades, além da justificativa da prática de
    desenho coletivo no ensino de artes como situação que envolve potência e possibilidades no
    ensino aprendizagem. Para tanto, propomos investigar a partir da questão “o que revela a
    cartografia sobre práticas pedagógicas de desenho coletivo no ensino de artes que podem
    fortalecer uma formação estética e sensível no Ensino Fundamental?” Para fundamentar a
    busca, partimos das contribuições de Ostrower (1990, 1995), Schiller (2002), Larrosa (2006,
    2015) Freire (1996, 2001), Pagni (2014) e Werneck (1991, 1996). Na perspectiva de conhecer
    os diferentes afetos entre crianças e professoras no território inventivo da escola, a linguagem
    criada é a cartumgrafia, potencializada pelo do método cartográfico, na rotina da Escola de
    Tempo Integral Álvaro Lins, de ensino fundamental, da Rede Municipal de Caruaru,
    Pernambuco. O intenso processo foi uma divertida busca, procurando caminhos para processar
    os encontros, atento às trocas, vínculos e significados, para a produção de sentidos que
    sustentam a problemática proposta, considerando os dizeres, brincadeiras, fazeres e
    aprendizagens das crianças nesse espaço-tempo do espaço escolar. Para tanto, formamos um
    “Clubinho de desenho” com as crianças no recreio de possibilidades e aplicamos aulas de
    desenho coletivo com as professoras.


  • Mostrar Abstract
  • Para a atual etapa de qualificação do projeto, apresento as perspectivas acerca da metodologia
    e referencial teórico e desenvolvimento da pesquisa. Buscando contribuir para a formação
    estética e sensível na educação, apresento reflexões acerca da educação estética e sensível,
    pedagogia com liberdade, o valor da experiência, da educação e das sensibilidades, além da
    justificativa da prática de desenho coletivo no ensino de artes como situação que envolve
    potência e possibilidades no ensino aprendizagem. Para tanto, propomos investigar a partir da
    questão “o que revela a cartografia sobre práticas pedagógicas de desenho coletivo no ensino
    de artes que podem fortalecer uma formação estética e sensível no Ensino Fundamental?”
    Para fundamentar a busca, além de recortes teóricos pelas referências, construímos o estado
    da arte visitando trabalhos que dialogam com os objetivos propostos. Na perspectiva de
    conhecer os diferentes afetos entre crianças e professoras no território da escola, a linguagem
    escolhida é a cartografia em aulas de arte de uma Escola de Tempo Integral (ETI), de ensino
    fundamental, da Rede Municipal de Caruaru, Pernambuco, procurando caminhos para
    processar os encontros, atento as trocas, vínculos e significados, para a produção de sentidos
    que sustentam a problemática proposta. Para tanto, pretendo formar uma “máquina de
    desenhar” com as professoras e crianças, para cartografarmos juntes as experiências.

26
  • JOSELHA FERREIRA DA SILVA
  • MOVIMENTOS ENTRE A POLÍTICA COGNIÇÃO (IN)FORMAÇÃO E
    (TRANS)FORMAÇÃO: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROFESSORAS NO
    CONTEXTO DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADO NA REDE DE ENSINO
    MUNICIPAL DE CARUARU E A CONSTITUIÇÃO DE SUBJETIVIDADES DOCENTES

  • Orientador : CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • KATIA SILVA CUNHA
  • LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • INALDA MARIA DOS SANTOS
  • Data: 18/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • O presente projeto de pesquisa intitulado MOVIMENTOS ENTRE A POLÍTICA
    COGNIÇÃO (IN)FORMAÇÃO E (TRANS)FORMAÇÃO: FORMAÇÃO DE

    PROFESSORES E PROFESSORAS NO CONTEXTO DE PARCERIAS PÚBLICO-
    PRIVADO NA REDE DE ENSINO MUNICIPAL DE CARUARU E A CONSTITUIÇÃO

    DE SUBJETIVIDADES DOCENTES, tem por objetivo geral: Problematizar como se forjam
    as subjetividades docentes no contexto das parcerias público-privadas. Nesse sentido, essa
    pesquisa se interessa em pensar a docência, especialmente, a partir da formação continuada que
    se desenvolve em contextos de intensificação das relações público-privadas, por meio da
    Fundação Lemann e do Instituto de qualidade no Ensino – IQE, na rede municipal de ensino de
    Caruaru, município do Agreste pernambucano. Tomamos como inspiração metodológica a
    etnografia, uma vez que essa nos permite acompanhar processos, o que pensamos favorecer
    maior aproximação com subjetividades docentes que podem estar emergindo no contexto de
    formação continuada marcado pela intensidade de parcerias entre setor público e privado. Nosso
    referencial teórico se apóia nos estudos Foucaultianos que discutem dispositivos de tecnologias
    de poder; governamentalidade neoliberal, cuidado de si, além do conceito de empresário de si,
    tratado por Laval e Dardot (2016), Safatle (2020), Brown (2019). Na tentativa de
    problematizarmos e, compreendermos os movimentos de privatização da educação, tomamos
    como referência os estudos e pesquisas de Peroni (2021), Peroni e Oliveira (2019, 2020) e
    Adrião et al (2012, 2018, 2009), entre outros. Nosso conceito de formação parte da noção de
    formação inventiva de Dias (2009, 2011, 2012, 2014, 2015, 2019), e Kastrup (2007, 2008,
    2020), entendendo a formação como devir a partir da filosofia da diferença, voltada a uma
    política de cognição (trans)formação, a qual é avessa a política de cognição (in)formação,
    presentes em formações que estão configuradas por representações/ momentos pedagogizantes,
    fixos de um mundo pré-dado. Destacamos em nosso achados que os professores e professoras
    (re)conhecem e se movimentam nesse contexto entre prescrições e normatizações da PPPs,
    assim como da BNCC, mas que aponta a necessidade de proteger sua autonomia para
    construção de experiências e aprendizagens que possa ser acolhidas pelos espaçostempos da
    escola. Desse modo dizem sobre a necessidade de uma gestão escolar que se organize para criar
    um espaçotempo potente que mobilize momentos de encontros capazes de pensar a escola e a
    docência conforme podemos problematizar com a literatura de Maschellein e Simons (2014)
    uma escola e modos de ser-estar e se tornar docente numa perspectiva professor amateur, que
    dispõem das dimensões ética-estética-política. Percebemos também, momentos de inventividade
    que acontecem no encontro entre pares de modo que esses problematizam o cotidiano escolar e
    as experiências vividas, criando linhas de fugas e agindo pelo o cuidado de si do mundo, como
    modo de resistência a uma docência que escapa das prescrições e normatizações institucionais e
    formais normalizadas e planejadas pela rede de ensino, apesar de acontecerem em curtos
    espaços de tempo que escapam a ordem cronológica de tempo, são tais encontros que
    possibilitam tecer conversas rizomáticas e outras subjetividades. Além dessa troca entre
    saberefazeres docentes, ainda se envidenciou uma formação acontecida na própria sala de aula
    no contato/relação entre professor e aluno a partir de uma conduta aberta a imprevisibilidade,
    essa movida pela enação onde o sujeito tem a capacidade de constituir a si mesmo, pelo meio
    experiencial SER=FAZER=CONHECER, que se define como sistema autopoiético.
    Compreendemos assim que a docência vai se movimentando num campo de disputas que ora se
    assujeita a condutas da arte governamental neoliberal, que busca se estabelecer a partir do
    discurso de empresário de si, ora criam resistências, linhas de fugas e fazem outras políticas no
    microcontexto - escola. Os achados da pesquisa (re)afirmam que a vida docente requer um
    cuidado de si e do mundo perpassando as dimensões ética-estética-política, agindo pela
    cognição inventiva, pela (trans)formação, pois ao encontrar as mais diversas expressões de artes
    como a escrita, a literatura, a música, o cinema, as conversas rizomáticas, entre outros, ela
    atinge a (trans)formação e outras subjetividades vão se constituindo escapando pelo encontro
    que tem com a arte ao contexto da representação e normatização.


  • Mostrar Abstract
  • O presente projeto de pesquisa intitulado A FORMAÇÃO CONTINUADA DE
    PROFESSORES E PROFESSORAS NO CONTEXTO DE PARCERIAS
    PÚBLICO-PRIVADO NA REDE DE ENSINO MUNICIPAL DE CARUARU E A
    EMERGENCIA DE OUTRAS SUBJETIVIDADES DOCENTES tem por objetivo
    geral compreender como as parcerias público-privadas na formação continuada e no
    trabalho docente afetam as subjetividades docentes. Nesse sentido, essa pesquisa parte
    do interesse em olhar à docência, especialmente, para a formação continuada que se
    desenvolve em contextos de intensificação das relações público-privadas, por meio da
    Fundação Lemann e do Instituto de qualidade no Ensino – IQE, na rede municipal de
    ensino de Caruaru, município do Agreste pernambucano. Tomamos como inspiração
    metodológica a cartografia, uma vez que essa nos permite acompanhar processos, o que
    pensamos favorecer maior aproximação com subjetividades docentes que podem estar
    emergindo no contexto de formação continuada marcado pela intensidade de parcerias
    entre setor público e privado. Em nossa discussão teórica, buscamos apoio nos estudos
    Foucaultianos que discutem dispositivos de tecnologias de poder; governamentalidade
    neoliberal, cuidado de si, saber-poder, além do conceito de empresário de si, tratado por
    (LAVAL; DARDOT 2016), (SAFATLE,2020), (BROWN,2019). Na tentativa de
    problematizarmos e compreendermos os movimentos de privatização da educação,
    tomamos como referência os estudos e pesquisas de Peroni e Adrião, entre outros.
    Nosso conceito de formação continuada parte da noção de formação inventiva de Dias e
    Kastrup, entendendo a formação como devir, como política de cognição
    (trans)formação, a qual é avessa a política de cognição (in)formação presentes em
    formações que estão configuradas por aquisição de informação.

2022
Dissertações
1
  • ISAIAS DA SILVA
  • ESCOLA TERRITÓRIO DE DIREITO: expectativas da comunidade campesina sobre a escola com turmas multisseriadas do campo

  • Orientador : JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
  • MARIA ELIETE SANTIAGO
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • Data: 18/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • Esta dissertação apresenta os resultados da pesquisa de mestrado vinculada à Linha de Educação
    e Diversidade do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea, do Centro
    Acadêmico do Agreste (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e faz parte do
    Grupo de Estudos Pós-Coloniais e Teoria da Complexidade em Educação. Esta pesquisa
    constitui-se a partir do seguinte problema de pesquisa: quais expectativas tem a comunidade
    campesina para escola com turmas multisseriadas do campo? Como objetivo geral, temos: a)
    compreender quais expectativas tem a comunidade campesina para escola com turmas
    multisseriadas do campo. Como objetivos específicos, elencamos: a) caracterizar a comunidade
    e os sujeitos participantes da pesquisa; b) caracterizar a escola com turmas multisseriadas do
    campo investigada; e c) identificar e caracterizar as expectativas da comunidade campesina em
    relação à escola com turmas multisseriadas do campo no que se refere à função da escola, os
    saberes a serem tratados na escola; como deveriam ser tratados; e o tempo curricular desses
    saberes. Partimos do pressuposto que a comunidade campesina tem muito a dizer sobre a escola
    que com turmas multisseriadas, e que esta escola é referenciada e construída na temporalidade e
    nos saberes próprios dos povos do campo. Enquanto lente teórico-metodológica, aproximamo-
    nos da Abordagem Teórico-Metodológica dos Estudos Pós-Coloniais (QUIJANO, 2002, 2005;
    MIGNOLO, 2005, 2008; WALSH, 2008, 2009), por nos possibilitar refletir sobre os processos
    de inferiorização e silenciamento impostos aos povos campesinos, a seus territórios e os seus
    processos de escolarização. Como categorias teóricas que fundamentam este estudo destacamos:
    a) Educação do/no Campo (CALDART, 2004, 2012; FERNANDES, 2002; FERNANDES,
    2002, 2006; MOLINA, 2010; SILVA, TORRES, 2019); b) Escola com Turmas Multisseriadas
    do Campo (ARROYO, 1999, 2004; CALDART, 2003; FERNANDES, 1999; HAGE, 2015;
    HAGE, REIS, 2018; MOLINA, SÁ, 2012) e; c) Prática Pedagógica Docente (FREIRE, 1987,
    1992, 1996; SANTIAGO, 2006; SOUZA, 2009; SOUZA VIANA, 2013; TARDIF, 2014;
    VÁZQUEZ, 1997; WALSH, 2008, 2009). Enquanto procedimento teórico-metodológico, o
    campo de pesquisa foi o Engenho Galileia localizado no território campesino de Vitória de
    Santo Antão- PE, espaço-tempo da Escola Municipal Prefeito Gabriel Mesquita de Freitas.
    Tomamos como sujeitos desta pesquisa 03 (três) lideranças da comunidade e 04 (quatro)
    moradores(as) da comunidade campesina (pais/responsáveis de discentes que constituem as
    turmas multisseriadas). A coleta de dados se deu através de questionários de identificação, de
    entrevistas semiestruturadas, de fotografias e de fontes documentais (legislação, manchete de
    jornal, diário de classe e atas escolares). No tratamento e na análise dos dados utilizaremos a
    Análise de Conteúdo via Análise Temática (BARDIN, 2011; VALA, 1999). As análises nos
    possibilitaram concluir que os(as) moradores(as) do Engenho Galileia são sujeitos que resistem
    as amarras coloniais e que seguem lutando pelo direito da terra e para terem seus saberes-
    histórias referenciados na escola com turmas multisseriadas do campo. Compreendemos
    também que as expectativas da comunidade campesina para as escolas com turmas
    multisseriadas do campo centram-se na construção de uma Educação do/no Campo socialmente
    referenciada em seus sujeitos. Assim, as narrativas da comunidade sinalizam possibilidades
    outras de sentir-pensar-viver a escola em diálogo com os povos-territórios campesinos que na
    perspectiva de Pedagogia da Esperança toma a Educação do/no Campo enquanto um território
    de lutas e conquistas voltadas para a libertação e emancipação dos sujeitos.


  • Mostrar Abstract
  • Esta dissertação apresenta os resultados da pesquisa de mestrado vinculada à Linha de Educação
    e Diversidade do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea, do Centro
    Acadêmico do Agreste (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e faz parte do
    Grupo de Estudos Pós-Coloniais e Teoria da Complexidade em Educação. Esta pesquisa
    constitui-se a partir do seguinte problema de pesquisa: quais expectativas tem a comunidade
    campesina para escola com turmas multisseriadas do campo? Como objetivo geral, temos: a)
    compreender quais expectativas tem a comunidade campesina para escola com turmas
    multisseriadas do campo. Como objetivos específicos, elencamos: a) caracterizar a comunidade
    e os sujeitos participantes da pesquisa; b) caracterizar a escola com turmas multisseriadas do
    campo investigada; e c) identificar e caracterizar as expectativas da comunidade campesina em
    relação à escola com turmas multisseriadas do campo no que se refere à função da escola, os
    saberes a serem tratados na escola; como deveriam ser tratados; e o tempo curricular desses
    saberes. Partimos do pressuposto que a comunidade campesina tem muito a dizer sobre a escola
    que com turmas multisseriadas, e que esta escola é referenciada e construída na temporalidade e
    nos saberes próprios dos povos do campo. Enquanto lente teórico-metodológica, aproximamo-
    nos da Abordagem Teórico-Metodológica dos Estudos Pós-Coloniais (QUIJANO, 2002, 2005;
    MIGNOLO, 2005, 2008; WALSH, 2008, 2009), por nos possibilitar refletir sobre os processos
    de inferiorização e silenciamento impostos aos povos campesinos, a seus territórios e os seus
    processos de escolarização. Como categorias teóricas que fundamentam este estudo destacamos:
    a) Educação do/no Campo (CALDART, 2004, 2012; FERNANDES, 2002; FERNANDES,
    2002, 2006; MOLINA, 2010; SILVA, TORRES, 2019); b) Escola com Turmas Multisseriadas
    do Campo (ARROYO, 1999, 2004; CALDART, 2003; FERNANDES, 1999; HAGE, 2015;
    HAGE, REIS, 2018; MOLINA, SÁ, 2012) e; c) Prática Pedagógica Docente (FREIRE, 1987,
    1992, 1996; SANTIAGO, 2006; SOUZA, 2009; SOUZA VIANA, 2013; TARDIF, 2014;
    VÁZQUEZ, 1997; WALSH, 2008, 2009). Enquanto procedimento teórico-metodológico, o
    campo de pesquisa foi o Engenho Galileia localizado no território campesino de Vitória de
    Santo Antão- PE, espaço-tempo da Escola Municipal Prefeito Gabriel Mesquita de Freitas.
    Tomamos como sujeitos desta pesquisa 03 (três) lideranças da comunidade e 04 (quatro)
    moradores(as) da comunidade campesina (pais/responsáveis de discentes que constituem as
    turmas multisseriadas). A coleta de dados se deu através de questionários de identificação, de
    entrevistas semiestruturadas, de fotografias e de fontes documentais (legislação, manchete de
    jornal, diário de classe e atas escolares). No tratamento e na análise dos dados utilizaremos a
    Análise de Conteúdo via Análise Temática (BARDIN, 2011; VALA, 1999). As análises nos
    possibilitaram concluir que os(as) moradores(as) do Engenho Galileia são sujeitos que resistem
    as amarras coloniais e que seguem lutando pelo direito da terra e para terem seus saberes-
    histórias referenciados na escola com turmas multisseriadas do campo. Compreendemos
    também que as expectativas da comunidade campesina para as escolas com turmas
    multisseriadas do campo centram-se na construção de uma Educação do/no Campo socialmente
    referenciada em seus sujeitos. Assim, as narrativas da comunidade sinalizam possibilidades
    outras de sentir-pensar-viver a escola em diálogo com os povos-territórios campesinos que na
    perspectiva de Pedagogia da Esperança toma a Educação do/no Campo enquanto um território
    de lutas e conquistas voltadas para a libertação e emancipação dos sujeitos.

2
  • MARIA ROSEANE CORDEIRO DE OLIVEIRA
  • A PRÁTICA PEDAGÓGICA DAS/NAS ESCOLAS XUKURU: ENCONTROS COM A PEDAGOGIA DECOLONIAL NA COMUNIDADE-ESCOLA

  • Orientador : SAULO FERREIRA FEITOSA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • SANDRO GUIMARAES DE SALLES
  • ELIENE AMORIM DE ALMEIDA
  • Data: 18/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • A presente dissertação de mestrado tem como objeto de estudo a Prática pedagógica das/nas
    escolas Xukuru. Assim, elaboramos a questão de investigação: quais os possíveis encontros
    da Prática pedagógica das escolas Xukuru com a Pedagogia Decolonial? Tomamos como
    objetivo geral investigar os possíveis encontros da Prática pedagógica das escolas Xukuru
    com a Pedagogia Decolonial. A partir disso, projetamos como objetivos específicos: 1)
    Especificar as concepções de Educação indígena e Educação escolar indígena Xukuru; 2)
    Identificar e caracterizar a Pedagogia Xukuru, tendo em vista as relações comunidade-escola;
    3) Mapear as vivências do povo que têm incidências na vida escolar numa perspectiva
    decolonial; 4) Caracterizar os encontros entre a Prática pedagógica das escolas Xukuru e a
    Pedagogia Decolonial. Para a realização da pesquisa buscamos refletir sobre a Educação
    Indígena e a educação escolar Indígena (BANIWA, 2006), pedagogia (LIBÂNEO, 2001),
    Prática pedagógica (SOUZA, 2012), Educação Xukuru e Educação escolar Xukuru tomando
    como base as produções do próprio povo, em diálogo com o Pensamento Decolonial. Os
    percursos metodológicas deram-se em formas circulares as quais se articularam pela pesquisa
    qualitativa, considerando as descrições densas do caráter etnográfico. Utilizamos como
    técnicas de construção de dados a observação participante, as entrevistas etnográficas, o diário
    intensivo e a Análise de Conteúdos, como procedimento analítico. Portanto, concluímos que
    os possíveis encontros da Prática Pedagógica das escolas Xukuru com a Pedagogia Decolonial
    se dão nas dinâmicas cotidianas de formar a/o guerreira/o Xukuru por meio de três dimensões:
    espiritualidade, memória e coletividade. A Prática pedagógica gestora, docente, discente e
    epistêmica das escolas Xukuru são embasadas por essas três dimensões que fazem a vida
    escolar ser compreendidas enquanto projeto político e emancipatório numa perspectiva de
    comunidade-escola, ou seja, as escolas Xukuru são específicas, diferenciadas e interculturais
    quando a escola é reconhecida enquanto se faz pelo próprio povo.


  • Mostrar Abstract
  • This master's dissertation has as its object of study the pedagogical practice of / in Xukuru
    schools. Thus, we elaborated the research question: what are the possible encounters between
    the pedagogical practice of the Xukuru schools and Decolonial Pedagogy? We take as a
    general objective to investigate the possible encounters between the pedagogical practice of
    the Xukuru schools and the Decolonial Pedagogy. From this, we project as specific
    objectives: 1) Specify the concepts of indigenous education and indigenous school education
    Xukuru; 2) Identify and characterize Xukuru Pedagogy, with a view to community-school
    relations; 3) Map the experiences of the people that have an impact on school life in a
    decolonial perspective; 4) To characterize the encounters between the pedagogical practice of
    the Xukuru schools and the Decolonial pedagogy. In order to carry out the research, we seek
    to reflect on Indigenous Education and Indigenous school education (BANIWA, 2006),
    pedagogy (LIBÂNEO, 2001), Pedagogical practice (SOUZA, 2012), Xukuru Education and
    Xukuru school education based on his own productions. people, in dialogue with Decolonial
    Thought. The methodological paths took place in circular forms which were articulated by
    qualitative research, considering the dense descriptions of the ethnographic character. We use
    participant observation, ethnographic interviews, intensive diaries and Content Analysis as
    data construction techniques, as an analytical procedure. Therefore, we conclude that the
    possible encounters between the Pedagogical Practice of the Xukuru schools and the
    Decolonial Pedagogy occur in the daily dynamics of forming the warrior / Xukuru through
    three dimensions: spirituality, memory and collectivity. The pedagogical management,
    teaching, student and epistemic practice of Xukuru schools are based on these three
    dimensions that make school life understood as a political and emancipatory project in a
    community-school perspective, that is, Xukuru schools are specific, differentiated and
    intercultural when the school is recognized while it is done by the people themselves.

3
  • RAY-LLA WALLESKA SANTOS FERREIRA GOUVEIA
  • CASOS DE ENSINO COM PROFESSORES INICIANTES: CAMINHOS DE IMERSÃO NA DOCÊNCIA E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

  • Orientador : MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SIMONE ALBUQUERQUE DA ROCHA
  • CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • Data: 19/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • O presente estudo situa-se nas discussões acerca da formação de professores e versa sobre
    professores iniciantes, que vivenciam a imersão na profissão. Articulamos em nossas discussões
    os casos de ensino enquanto estratégias formativas de desenvolvimento profissional, que
    contribuem para a imersão na docência. Tomamos como objeto de pesquisa “os casos de ensino
    com professores iniciantes em contexto de imersão na profissão” e como problema central:
    Como os casos de ensino, enquanto caminhos de imersão profissional e reflexão sobre a prática,
    podem contribuir para o desenvolvimento de professores iniciantes? Como objetivo geral,
    temos: Compreender os casos de ensino enquanto caminhos de reflexão sobre a prática que
    podem contribuir para a imersão na docência e o desenvolvimento profissional de professores
    iniciantes. Como objetivos específicos, destacamos: Examinar, junto aos professores iniciantes,
    casos de ensino que levem em conta os elementos da imersão na docência e desenvolvimento
    profissional; Elaborar, junto aos participantes da pesquisa, casos de ensino que fomentem a
    reflexão e a imersão na docência a partir dos elementos que mobilizam em suas práticas;
    Analisar como a reflexão de casos de ensino pode contribuir para a imersão na docência e o
    desenvolvimento profissional. Ancoramos nossas discussões nas categorias teóricas:
    professores iniciantes, com autores/as como Carlos Marcelo (1999), Cavaco (1999), Huberman
    (2013) dentre outros; também a categoria casos de ensino, amparadas em Mizukami (2000),
    Nono (2005), Domingues (2007), Mussi (2007); e para discutir o desenvolvimento e a
    aprendizagem da docência, partimos de autores como Nóvoa (1992; 1999; 2019), Pereira
    (2014), Day (2001), dentre outros. Nosso percurso metodológico se pautou em uma abordagem
    predominantemente qualitativa, conforme André (2013). Para chegarmos aos professores
    iniciantes, utilizamos o instrumento questionário de acordo com Markoni e Lakatos (1999) e,
    em seguida, fizemos uso dos grupos de discussão a partir de Weller (2010) em consonância
    com a intervenção por meio de casos de ensino como procedimentos de produção dos dados da
    pesquisa, conforme apresentam Nono (2005) e Domingues (2013). Os dados foram analisados
    na perspectiva da análise de conteúdo conforme Moraes (1999), em que a interpretação se dá
    por meio das temáticas e significados que emergem. Como resultados da pesquisa, temos que
    os casos de ensino contribuem para a imersão na docência, reflexão da prática e
    desenvolvimento profissional, na medida em que se configuram como estratégias que
    propiciam o mergulho na cultura da docência evidenciando a práxis. Em nossas análises,
    identificamos que por meio dos casos de ensino, diferentes elementos de desenvolvimento
    profissional, tais como os desafios da prática, o compromisso social e a sensibilidade,
    puderam ser exercitados, contribuindo, assim, para a imersão de professores/as iniciantes na
    docência. Para além, vimos, ainda, que no que se refere à reflexão e à imersão na docência a
    partir dos elementos que mobilizam em suas práticas, os casos de ensino foram propulsores de
    um movimento de aprendizagem pela via da reflexividade, da coletividade e da significação,
    propiciando aos professores/as o pensar e repensar as práticas, construindo e reinventando suas
    ações de maneira intencional e comprometida com os valores éticos da docência, o que
    evidencia a experimentação da práxis pedagógica.


  • Mostrar Abstract
  • The present study is based in the discussions about the teachers training and refer to beginners
    teachers , that experience the immersion in the profession. We articulate in our discussions in
    the cases of teaching while formative strategies in the professional development, that contribute
    to the teaching immersion. We take as research object “the cases of teaching with beginners
    teachers in the context of immersion in the profession” and as the central problem: How the
    cases of teaching, while ways of professional immersion and reflection about the practice, can
    contribute to the development of beginners teachers? As the main objective, we have:
    Comprehend the cases of teaching while ways of reflection about the practice that can
    contribute to the immersion in the teaching and the professional development of beginners
    teachers. As specifics objectives, we highlight: To examine, with the beginners teachers, cases
    of teaching that take in the elements of the immersion of teaching and professional
    development; Create, with the research participants, cases of teaching that foment the reflection
    and the teaching immersion and the professional development. We based ours discussions in
    the theoretical categories: beginners teachers, with authors like Carlos Marcelo (1999), Cavaco
    (1999), Huberman (2013) including others; also the category cases of teaching, based in
    Mizukami (2000), Nono (2005), Domingues (2007), Mussi (2007); and to discuss the
    development and the teaching learning, we start with authors like Nóvoa (1992; 1999; 2019),
    Pereira (2014), Day (2001), among others. Our methodologic route was guided in a
    predominantly qualitative approach, according to André (2013). To get to the beginners
    teachers, we use the quiz as instrument according to Markoni and Lakatos (1999) and, then, we
    made groups of discussions from Weller (2010) in consonance with the intervention through
    the cases of teaching as production procedures from the research data, according to Nono (2005)
    and Domingues (2013). The data were analyzed in perspective of the content study according
    to Moraes (1999), on what the interpretation is based according to the themes and meanings
    that appear. As the result of the research, we have that the cases of teaching contribute to the
    teaching immersion, reflection of the practice and the professional development, while
    they represent as strategies that provide the immersion in the teaching culture showing the
    praxis. In our studies, we identify through cases of teaching, different elements of
    professional development, as such practices challenges, the social compromise and the
    sensibility, could be developed, contributing to the immersion of the teachers/ beginners in the
    teaching. Beyond that, we still saw that according to the reflection and teaching immersion from
    elements that help the practice, the cases of teaching were helpers of one learning movement
    through the way of reflexivity, collectivity and significance, providing to the teachers the
    thinking and rethinking the practical , building and reinventing their actions in the intentional
    manner and compromised with the ethical values of teaching, that show the experimental
    pedagogical praxis.

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  • DARLENE EUGÊNIA DE MOURA CAMPOS
  • A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: CARTOGRAFANDO EXPERIÊNCIAS NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CARUARU - PE

  • Orientador : CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • ISABEL MARIA SABINO DE FARIAS
  • Data: 07/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Este estudo intitulado: A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES:
    CARTOGRAFANDO EXPERIÊNCIAS NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CARUARU

    - PE, vincula-se a linha de pesquisa Docência, Ensino e Aprendizagem, do Programa de Pós-
    Graduação em Educação Contemporânea (PPGEduC) da Universidade Federal de Pernambuco –

    Centro Acadêmico do Agreste (UFPE-CAA). Apresenta como objeto de estudo a Formação
    Continuada de Professores e como objetivo geral: Cartografar experiências formativas
    desenvolvidas pela rede municipal de ensino de Caruaru-PE, compreendendo se mediante as
    normatizações e prescrições existentes os(as) professores(as) conseguem expressar-se
    inventivamente. Buscamos compreender quais as repercussões dos encontros formativos para os
    saberesfazeres docentes, considerando a importância e o destaque que a Base Nacional Comum
    Curricular (BNCC) vem assumindo nas discussões e sua influência sobre a formação e os
    materiais que vêm sendo desenvolvidos. Tomamos o conceito de Formação Inventiva para
    fundamentar a formação como uma experiência modificadora de si, capaz de promover
    deslocamentos, aprendizagens e transformações, como explicita Dias (2012). Buscamos
    desenvolver um exercício investigativo cartográfico por compreender que não se trata de um
    método pronto a ser aplicado, mas por converter o método em problema, o que a torna
    metodologicamente inventiva (OLIVEIRA; PARAÍSO, 2012). Desse modo, a cartografia
    permitiu encontrar meios de habitar um território, de atar laços e produzir conversas e encontros
    em meio a uma pandemia e ao distanciamento social. Construímos virtualmente espaços para
    conversar, para se fazer presente, ouvir, pensar e compartilhar com o outro (SAMPAIO;
    RIBEIRO e SOUZA, 2018). As professoras nos permitiram conhecer com quem e onde
    permanecem aprendendo e se formando docentes. Nesse aspecto, identificamos inicialmente uma
    formação construída para contemplar e atender aos documentos e materiais que são impostos ao
    contexto escolar. Mas nossos resultados apontam que é na escola com as professoras e estudantes
    que estas propostas se concretizam e nesse processo ocorrem os tensionamentos, as resistências e
    invenções. É no cotidiano escolar que os tensionamentos entre a escola que existe intensamente
    e as propostas e modelos impostos vão construindo outras formas de viver e fazer a escola e a
    formação de professores, de um modo mais inventivo e problemático.


  • Mostrar Abstract
  • This study titled: CONTINUOUS TEACHER EDUCATION: CARTOGRAPHING
    EXPERIENCES IN THE MUNICIPAL EDUCATION NETWORK OF CARUARU – PE, it is
    linked to the line of research Teaching, Teaching and Learning,
    of the Postgraduate Program in Contemporary Education (PPGEduC) of the Federal University
    of Pernambuco – Academic Center of Agreste (UFPE-CAA). It presents the Continuing
    Education of Teachers as an object of study and as a general objective: To map formative
    experiences developed by the municipal education network of Caruaru-PE, understanding
    whether, through existing regulations and prescriptions, teachers are able to express themselves

    inventively. We seek to understand the repercussions of training meetings for teachers' know-
    how, considering the importance and prominence that the Common National Curriculum Base

    (BNCC) has been assuming in the discussions and its influence on the training and materials that

    have been developed. We take the concept of Inventive Training to support training as a self-
    modifying experience, capable of promoting displacements, learning and transformations, as

    explained by Dias (2012). We seek to develop an investigative cartographic exercise because we
    understand that it is not a ready-to-apply method, but because it converts the method into a
    problem, which makes it methodologically inventive (OLIVEIRA; PARAÍSO, 2012). In this
    way, cartography made it possible to find ways to inhabit a territory, to tie ties and produce
    conversations and meetings amidst a pandemic and social distancing. We virtually build spaces
    to talk, to be present, listen, think and share with others (SAMPAIO; RIBEIRO and SOUZA,
    2018). The teachers allowed us to get to know who and where they remain, learning and
    graduating teachers. In this aspect, we initially identified a formation built to contemplate and
    attend to the documents and materials that are imposed on the school context. But our results
    show that it is at school with the teachers and students that these proposals materialize and in this
    process tensions, resistances and inventions occur. It is in everyday school life that the tensions
    between the school that exists intensely and the proposals and imposed models build other ways
    of living the school and the training of teachers, in a more inventive and problematic way.

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  • MATEUS HENRIQUE DA SILVA BEZERRA
  • REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS PROFESSORES DO ENSINO MEDIADO POR TECNOLOGIAS DIGITAIS

  • Orientador : ANNA RITA SARTORE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANNA RITA SARTORE
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • THELMA PANERAI ALVES
  • Data: 15/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Este trabalho é resultado de uma pesquisa qualitativa que buscou como objetivo geral
    analisar as Representações Sociais (RS) dos professores a respeito da inserção de
    Tecnologias Digitais no ensino regular. Investigar as representações sociais é
    relevante na medida que elas são uma forma de conhecimento cuja gênese é o senso

    comum socialmente construído, que se engendra na dinâmica indivíduo-grupo-
    indivíduo, configurando, finalmente, a realidade de um grupo social. As RS, ao

    tornarem estáveis a identidade dos grupos e orientarem suas práticas individuais
    dentro do grupo, explicam a realidade e justificam comportamentos, razão pela qual
    tornam seu estudo relevante para os pesquisadores. Moveu essa investigação, de
    forma geral, a inserção progressiva das Tecnologias Digitais (TD) nos protocolos de
    nossas escolas — como preconiza a Base Nacional Comum Curricular, 2018 — e,
    particularmente, pelo implemento do Ensino Remoto Emergencial (ERE) como
    substituto das aulas presenciais durante o isolamento social imposto pelas medidas
    sanitárias de combate ao Covid 19. Essa prática exigiu dos professores um empenho
    e vigor desmesurado, sem o pertinente suporte material e pedagógico. Alicerçaram
    este trabalho os teóricos Serge Moscovici (2007) e Jean Abric (1993; 1998; 2001), no
    que diz respeito às RS, e Antonio Nóvoa (2017; 2021), Imbernón (2020) nas questões
    de docência. O grupo social pesquisado foi de professores atuantes nos anos iniciais
    do ensino fundamental, totalizando a aderência de 51 (cinquenta e um) docentes
    sendo 30 (trinta) pertencentes a rede pública, 16 (dezesseis) da rede privada e 5
    (cinco) atuantes em ambas as redes de ensino, no município Caruaru - PE. As
    técnicas utilizadas para coleta de dados foram questionário de livre associação e
    entrevistas semiestruturadas, ambos veiculados online. Adotamos a Análise de
    Conteúdo como um dos recursos metodológicos para leitura e sistematização dos
    dados que surgiram, o openEvoc para o processamento dos questionários de livre
    associação ancorados na abordagem estrutural da Teoria do Núcleo Central. A
    análise das afirmações permitiu constatar que as RS da inserção de tecnologias
    digitais no cotidiano escolar se constituíram mediante os cenários de provimento ou
    ausência de suporte físico e estrutural dos meios e recursos tecnológicos digitais, o
    que leva a concluir que diante de situações problematizadoras os professores
    conceberam RS negativas as tecnologias digitais, pelo desprovimento e
    impossibilidade laboral. Cenário que muda quando do progresso e estabilidade
    mínima conquistada pelos professores ao trabalho pedagógico com esses recursos.
    Em geral, os professores indicaram que as tecnologias digitais são essenciais ao
    progresso educacional, contudo, creditar valia e significado as tecnologias digitais de
    modo concreto e efetivo demanda condições estruturais e formativas ao trabalho
    pedagógico.


  • Mostrar Abstract
  • This work is a result of a qualitative research that sought as a general objective to
    analyze the social representations (SR) of teachers regarding the insertion of digital
    technologies in regular education. Investigating social representations is relevant as
    they are a form of knowledge whose genesis is socially constructed common sense,
    which engenders in individual-group-individual dynamics, finally configuring the reality
    of a social group. The RS, by becoming the identity of the groups and guide their
    individual practices within the group, explain reality and justify behaviors, which is why
    they make their study relevant to researchers. Move this research, in general, the
    progressive insertion of digital technologies (TD) in the protocols of our schools - as
    recommended the common curricular basis, 2018 - and particularly by the
    implementation of Emergency Remote Education (ERE) as a substitute for classes
    Presence during social isolation imposed by the sanitary measures to combat Covid
    19. This practice required the teachers of a dismantling commitment and vigor without
    the pertinent material and pedagogical support. Theorists Serge Moscovici (2007) and
    Jean Abric (1993, 1998, 1998, 2001), as regards RS, and Antonio Nóvoa (2017; 2021),
    Imbernón (2020) in teaching issues. The social group surveyed was of teachers active
    in the initial years of elementary school, totaling the adhesion of 51 (fifty-one) teachers
    being 30 (thirty) belonging to the public network, 16 (sixteen) of the private networks
    and 5 (five) acting in Both teaching networks in the Municipality Caruaru - PE. The

    techniques used for data collection were a free association questionnaire and semi-
    structured interviews, both checked online. We adopt content analysis as one of the

    methodological resources for reading and systematization of data that have emerged,
    openEvoc for the processing of the free-associated questionnaires anchored in the
    structural approach of the Central Nucleus Theory. The analysis of the statements
    allowed to verify that the insertion of digital technologies in the school daily life were
    constituted through the dismissal and absence of physical and structural support of
    digital technological means and resources, which leads to concluding that in the face
    of problematizing situations teachers They conceived negative SR digital technologies,
    depriving and impossibility. Scenario that changes when progress and minimum
    stability won by teachers to pedagogical work with these resources. In general,
    teachers have indicated that digital technologies are essential to educational progress,
    however, to credit and meaning digital technologies in a concrete and effective mode
    technologies demands structural and formative conditions to pedagogical work.

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  • LUIS MASSILON DA SILVA FILHO
  • SABER, POÉTICA E TRANSGRESSÃO: as figurações estético-gestuais da corpa por artistas transexuais/travestis

  • Orientador : MARIO DE FARIA CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIO DE FARIA CARVALHO
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • LUMA NOGUEIRA DE ANDRADE
  • Data: 17/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Nesta dissertação, procuro cartografar as figurações estético-gestuais de artistas transexuais por
    meio da expressão de saberes, poeticidades e transgressões que suas corpas expressam e
    imprimem. Busco delinear a potência ética-estética e política de corpas que ocupam posições
    de promoção de agenciamentos de suas existências. As artistas travestis se inserem no campo
    da cisheteronormatividade por meio de um movimento contínuo de desterritorialização e
    abertura para novas reterritorializações, não de maneira fixa, mas dentro da construção de
    multiplicidades e linhas de fuga geradoras de rizomas e interpelações significativas de si e do
    mundo. A pesquisa trata de um novo olhar de paradigma estético com implicações políticas
    porque des-trava saberes colonializados e fala em criação, em transversalidade, em
    movimentos. Saí em busca de uma cartografia dada por afetos, união e linhas de segmentaridade
    que incidissem em performatividades e reconhecimento da produção de quatro artistas

    transexuais/travestis do sertão nordestino. Objetivei cartografar como as figurações estético-
    gestuais de artistas transexuais/travestis se configuram como leituras de saber, poética e

    transgressão. A imersão na vivência teórica-metodológica e nos processos cartográficos me
    fizeram considerar arranjos em que pude problematizar a construção do percurso estético das
    corporeidades de artistas transexuais/travestis e seus saberes. Da mesma forma a cartografia me
    levou a pensar a potência transgressora dessas corpas por meio da arte por elas desenvolvida a
    partir de sua dimensão poética. E, obtive reflexões sobre a ressignificação epistêmica que

    resulta das performances de tais artistas e se conforma à existência de suas corporeidades trans-
    formadoras. A cartografia das artistas apresentada neste estudo se vincula à cartografia de mim

    mesmo, reestruturando minhas performances poéticas, ampliando meus saberes e fortalecendo
    a condição de pesquisador. Os resultados obtidos me ensinam que ainda seguimos, que a
    navegação pela compreensão da dimensão estética-gestual de corpas transexuais/travestis não
    tem fim, visto que aprendi com elas que novas emergências estéticas estão ainda a se construir.
    E é esse o tom de uma cartografia, processos, trajetórias, caminhos, não há fim, há experiências.


  • Mostrar Abstract
  • In this dissertation, I seek to map the aesthetic and gestural figurations of transsexual artists
    through the expression of knowledge, poetics and transgressions that their bodies express and
    print. I seek to delineate the ethical-aesthetic and political potency of corpas that occupy
    positions of promotion of agencies of their existence. Transvestite artists enter the field of
    cisheteronormativity through a continuous movement of deterritorialization and opening to new
    reterritorializations, not in a fixed way, but within the construction of multiplicities and lines of
    escape that generate rhizomes and significant interpellations of themselves and the world. The
    research is about a new look of aesthetic paradigm with political implications because it unlocks
    colonialized knowledge and talks about creation, transversality, in movements. I went in search
    of a cartography given by affections, union and lines of segmentation that focused on
    performativities and recognition of the production of four transsexual/transvestite artists from
    the northeastern hinterland. I aimed to map how the aesthetic-gestural figurations of
    transsexual/transvestite artists are configured as readings of knowledge, poetics and
    transgression. The immersion in the theoretical-methodological experience and in cartographic
    processes made me consider arrangements in which I could problematize the construction of
    the aesthetic path of transsexual/transvestite artists' corporeality and their knowledge. In the
    same way, cartography led me to think about the transgressive power of these bodies through
    the art they developed based on their poetic dimension. And, I got reflections on the epistemic
    resignification that results from the performances of such artists and conforms to the existence
    of their trans-forming corporeality. The artists' cartography presented in this study is linked to
    the cartography of myself, restructuring my poetic performances, expanding my knowledge and
    strengthening the condition of researcher. The results obtained teach me that we still follow,
    that the navigation to understand the aesthetic-gesture dimension of transsexual/transvestite
    bodies is endless, since I learned from them that new aesthetic emergencies are still being built.
    And this is the tone of cartography, processes, trajectories, paths, there is no end, there are
    experiences.

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  • ALEXANDRE EVANGELISTA DA SILVA
  • CONSTRUINDO O MAGISTÉRIO INDÍGENA: DESAFIOS DO MAGISTÉRIO XUKURU EM PESQUEIRA/POÇÃO (PERNAMBUCO)

  • Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CAROLINE AMORIM OLIVEIRA
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • Data: 23/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Em nosso trabalho apresentamos as contribuições de duas gerações de professoras(es) no
    fortalecimento da identidade Xukuru do Ororubá (Pesqueira e Poção, Pernambuco): a

    geração docente de professoras(es) veteranas(os) desde as retomadas territoriais-
    educacionais (anos 1990) e a geração docente de professoras(es) novatas(os), iniciada

    após a criação do Projeto Político Pedagógico das Escolas do Povo Xukuru (2005). Para
    tanto, apresentamos as práticas de fortalecimento político-cultural da Formação da(o)
    Guerreira(o) Xukuru nos preceitos e desafios dos eixos pedagógicos: a) Terra; b)
    Identidade; c) História; d) Organização e; e) Interculturalidade. Discutimos os conceitos
    da Sociologia das Ausências e das Emergências (SANTOS, 2002); o trabalho de tradução
    do projeto educativo emancipatório (OLIVEIRA, 2008); consciência histórica e caráter
    dialógico (FREIRE, 2016) e as Colonialidade do Poder, Colonialidade do Saber,
    Colonialidade do Ser e Colonialidade da Mãe-Natureza (SILVA, 2013; 2014; WALSH,
    2010). Quanto às categorias antropológicas, sublinhamos a identidade étnica
    (POUTIGNAT; STREIFF-FENART, 2011), a comunidade educativa segundo Meliá
    (1979) e marcadores de fortalecimento e de negação à identidade étnica na escola
    indígena (D'ANGELIS, 2012). No contexto da educação escolar indígena, trazemos como
    novidade teórica, os conceitos apropriados nas vivências intelectuais dos povos indígenas,
    memória curta, memória larga e lutas epistêmicas (CUSICANQUI (2010a; 2010b;
    2018) e princípios epistêmicos de compromisso-conscientização, surgimento de
    novas(os) guerreiras(os), Mãe-Terra e Dom da Natureza da Formação da(o)
    Guerreira(o) Xukuru do Ororubá (COPIXO, 1997), além dos limites e possibilidades do
    diálogo intercultural (QUADROS; NASCIMENTO; FIALHO, 2016), etc. Para tanto,
    utilizamos a pesquisa qualitativa no viés social (MINAYO, 1994; ESTEBAN, 2010). E
    enquanto interpretação de dados, a Análise de Conteúdo (BARDIN, 1997) e análise
    temática de conteúdo (VALA, 1990; GOMES, 1994), ao estudar as frequências de
    significados e diferentes opiniões de professoras(es) Xukuru abordadas em entrevistas
    semiestruturadas, feitas de modo remoto (on-line). Problematizamos em nossa pesquisa
    quais as colaborações das(os) professoras(es) do povo Xukuru no fortalecimento da
    identidade étnica. No objetivo geral, compreendemos, entre as duas gerações de
    professoras(es), as colaborações das(os) professoras(es) do povo Xukuru no
    fortalecimento da identidade étnica. E na perspectiva de objetivos específicos, de
    identificar as lutas epistêmicas no documento Projeto Político Pedagógico das Escolas do
    Povo Xukuru do Ororubá (COPIXO, 2013) em relação ao fortalecimento da identidade
    Xukuru. Além de especificar as lutas epistêmicas no fortalecimento da identidade
    indígena nas falas das(os) professoras(es) Xukuru veteranas(os) e das professoras(es)
    novatas(os) na desconstrução das Colonialidades do Poder, Saber, Ser e da Mãe-natureza.
    Justificamos a nossa pesquisa na ampliação da voz de direitos e de saberes das professoras
    e professores Xukuru do Ororubá. Assim, analisamos desafios e experiências docentes no
    Magistério Xukuru.


  • Mostrar Abstract
  • In our work we present the contributions of two generations of teachers in the
    strengthening of the Xukuru do Ororubá identity (Pesqueira and Poção, Pernambuco): the
    teaching generation of veteran teachers since the territorial-educational resumptions
    (1990s) and the teaching generation of novice teachers, initiated after the creation of the
    Pedagogical Political Project of the Xukuru People's Schools (2005). Therefore, we
    present the practices of political-cultural strengthening of the Xukuru Warrior Formation
    in the precepts and challenges of the pedagogical axes: a) Land; b) Identity; c) History;
    d) Organization and; e) Interculturality. We discuss the concepts of the Sociology of
    Absences and Emergencies (SANTOS, 2002); the work of translating the emancipatory
    educational project (OLIVEIRA, 2008); historical consciousness and dialogic character
    (FREIRE, 2016) and the Coloniality of Power, Coloniality of Knowledge, Coloniality of
    Being and Coloniality of Mother Nature (SILVA, 2013; 2014; WALSH, 2010). As for

    the anthropological categories, we emphasize ethnic identity (POUTIGNAT; STREIFF-
    FENART, 2011), the educational community according to Meliá (1979) and markers of

    strengthening and denial of ethnic identity in indigenous schools (D'ANGELIS, 2012).
    In the context of indigenous school education, we bring as a theoretical novelty, the
    appropriate concepts in the intellectual experiences of indigenous peoples, short memory,
    long memory and epistemic struggles (CUSICANQUI (2010a; 2010b; 2018) and
    epistemic principles of commitment-awareness, emergence of new (the) warriors, Mother
    Earth and Gift of Nature of the Formation of the Warrior Xukuru do Ororubá (COPIXO,
    1997), beyond the limits and possibilities of intercultural dialogue (QUADROS;
    NASCIMENTO; FIALHO, 2016) ), etc. To this end, we used qualitative research with a
    social bias (MINAYO, 1994; ESTEBAN, 2010) and as data interpretation, Content
    Analysis (BARDIN, 1997) and thematic content analysis (VALA, 1990; GOMES),
    1994), when studying the frequencies of meanings and different opinions of Xukuru
    teachers approached in semi-structured interviews, carried out remotely (online). Xukuru
    people in strengthening ethnic identity. In the general objective, we understand, between
    the two generations of teachers, the collaborations of the teachers of the Xukuru people
    in the strengthening of the ethnic identity. And from the perspective of specific objectives,
    to identify the epistemic struggles in the document Pedagogical Political Project of the
    Schools of the Xukuru People of Ororubá (COPIXO, 2013) in relation to the
    strengthening of the Xukuru identity. In addition to specifying the epistemic struggles in
    the strengthening of indigenous identity in the speeches of the veteran Xukuru teachers
    and the novice teachers in the deconstruction of the Colonialities of Power, Knowing,
    Being and the Mother- nature. We justify our research in expanding the voice of rights
    and knowledge of Xukuru do Ororubá teachers. Thus, we analyzed challenges and
    teaching experiences in the Xukuru Magisterium.

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  • MARIA RITA BARBOSA PIANCÓ PAVÃO
  • Pedagogias sensientes da memória: caminhos possíveis a partir do encontro com as arpilleras chilenas

  • Orientador : MARIO DE FARIA CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • FERNANDO DA SILVA CARDOSO
  • MARIO DE FARIA CARVALHO
  • URSULA ROSA DA SILVA
  • Data: 24/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Este estudo reflete em que medida é possível cogitar propostas pedagógicas
    sensíveis de rememoração a partir das afet(o)ações provocadas pelo encontro
    com as arpilleras chilenas. Os bordados produzidos pelas mulheres
    arpilleristas durante a ditadura militar do Chile são articulados enquanto
    testemunhos que, em diálogo com as reflexões teóricas advindas dos estudos
    sobre sensibilidade, memória, experiência e imaginário, apontam para pensar
    o que denominamos de pedagogias sensientes da memória. O texto contém
    momentos e paradas, recursos metafóricos que transmitem a potência
    epistêmica do (des)caminhar pelas afet(o)ações provocadas pelo encontro. As
    ideias de Benjamin (1987; 2009; 2019), Durand (2012; 2014), Butler (2015;
    2018; 2019), Maffesoli (1998; 2014; 2018), Ostrower (2014), Larrosa (2002;
    2003; 2014), Bosi (1979), Deleuze e Guattari (1995), Adorno (2011) e Josso
    (2004), sobretudo, orientam a cartografia. As pistas que levam às pedagogias
    sensientes da memória sugerem a sensibilidade como forma de aproximação
    às narrativas das Outras, passível de utilização enquanto instrumento e fonte
    do saber. De maneira específica, a potência sensível e simbólica contida nas
    expressões artísticas é considerada potencialidade criativa, criadora e
    anamnética que favorece a transmissão. Pelo caráter testemunhal que
    assumem, as arpilleras servem, a estas pedagogias, como demonstração dos
    processos (trans)formativos que envolvem a rememoração.


  • Mostrar Abstract
  • This study reflects to what extent it is possible to consider sensitive
    pedagogical proposals for remembrance from the affect(o)actions provoked
    by the encounter with the Chilean arpilleras. The embroideries produced by
    women Arpilleristas during the military dictatorship in Chile are articulated
    as testimonies that, in dialogue with the theoretical reflections arising from
    studies on sensitivity, memory, experience and imagination, point to thinking
    about what we call sensitive pedagogies of memory. The text contains
    moments and stops, metaphorical resources that convey the epistemic potency
    of (un)walking through the affect(o)actions provoked by the encounter. The
    ideas of Benjamin (1987; 2009; 2019), Durand (2012; 2014), Butler (2015;
    2018; 2019), Maffesoli (1998; 2014; 2018), Ostrower (2014), Larrosa (2002;
    2003; 2014) , Bosi (1979), Deleuze and Guattari (1995), Adorno (2011) and
    Josso (2004), above all, guide the cartography. The clues that lead to sensitive
    pedagogies of memory suggest sensitivity as a way of approaching the
    narratives of the Others, capable of being used as an instrument and source of
    knowledge. Specifically, the sensitive and symbolic power contained in
    artistic expressions is considered creative, creative and anamnetic potentiality
    that favors transmission. Due to the testimonial character they assume, the
    arpilleras serve, to these pedagogies, as a demonstration of the
    (trans)formative processes that involve remembrance.

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  • ADRIEL RODRIGUES DO NASCIMENTO
  • DIÁLOGOS ENTRE A FESTA E EDUCAÇÃO POPULAR NO CEPA: construção

    cidadã de símbolos coletivos.

  • Orientador : EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
  • MARIO DE FARIA CARVALHO
  • Data: 19/04/2022

  • Mostrar Resumo
  • A pesquisa sobre a Educação Popular no contexto festivo inscreve-se no cenário local e global.
    Em diferentes contextos históricos o fenômeno da festa promoveu práticas educativas
    condizentes e antagônicas aos interesses do povo, podendo reafirmar a organização das rotinas
    ou subverter a sua lógica, de qualquer modo as festas promoveram intencionalidades que podem
    ultrapassar a sua forma e conteúdo com sentidos emancipatórios. A necessidade de celebrar os
    ciclos festivos seus rituais e símbolos já compunha o imaginário cultural, abrangendo o
    imaginário mitológico das primeiras civilizações humanas. O Homo Ludens - Huizinga (2000)
    que joga e deixa-se levar pela dinâmica autônoma do jogo, também trabalha e projeta a vida na
    festa, imprimindo-lhe as marcas simbólicas de suas labutas rotineiras e/ou revertendo-as como
    a dionisíaca e irreverente festa dos foliões de Cox (1974), evidenciada no contexto medieval.
    Toma-se como referência as festas populares vivenciadas no CEPA – Centro de Educação
    Popular Assunção, analisando como esse fenômeno e seu conjunto de ações poderão contribuir

    na formação cidadã de seus educandos/as, educadores/as e membros comunitários. Apoiamo-
    nos no pensamento de alguns/algumas autores/as (PESSOA, 2009; RIBEIRO, 1982; JUNG,

    1964; DURAND, 2012; BAKNTIN, 1987; FREIRE,1987; 1996; 2000; 2016; ELIADE, 2010;
    SOUZA, 2009; NAHMÍAS, 2009; e outros/as) para compreender a relação entre a natureza
    festiva e sua intencionalidade pedagógica com indícios verificados na Idade Média, e,
    posteriormente no movimento humanista que identificaram do riso um valoroso instrumento
    político para denunciar o discurso contraditório da monarquia e do Clero Católico de Roma.
    Estabelece uma relação dialógica com os educandos/as e educadores/as do CEPA utilizando
    como procedimento metodológico os instrumentos da abordagem de pesquisa qualitativa,
    favorecendo o sentido dos dados obtidos. A experiência da observação participante e da
    entrevista semi-estruturada como instrumentos de coleta de dados procedeu através da
    apreciação coletiva dos registros fotográficos, observando/destacando a dinâmica organizativa
    vivenciada na construção das festas do CEPA. Os resultados obtidos na pesquisa apontaram: a
    possibilidade de educar tendo presente as sensibilidades, salientando-se o envolvimento de
    modo ampliado, promovendo a participação coletiva na construção e compreensão dos
    elementos simbólicos e, assim, promovendo uma nova consciência cidadã forjada na dinâmica
    construtora das festas com afirmação das identidades individuais e coletivas, referenciadas na
    trajetória e nas lutas populares. Apesar da desgastante descaracterização das festas populares
    sob a pretensa organização de quem politicamente desorganiza o povo, é provável que em todas
    as partes a festa do povo permaneça e resista tal qual a flor que furou o asfalto e brotou.


  • Mostrar Abstract
  • The research about Popular Education in the festive context is part of the local, global and
    timeless scene. In the different historical contexts, the phenomenon of the festival promoted
    educational practices consistent and antagonistic to the interests of the people, being able to
    reaffirm the organization of routines or subvert their logic, in anyway the festivals promoted
    intentionality that can overcome their form and content with emancipatory meanings. Needing
    to celebrate the festive cycles their rituals and symbols, already made up the cultural imaginary
    of the mythological narratives of the first human civilizations. The Homo Ludens Hizinga
    (2000) who plays and let’s himself be carried away by the autonomous dynamics of the game,
    also works and projects the life at the party, printing it to the symbolic marks of routine toils
    and/or reversing them as the Dionysian and irreverent feast of Cox revelers (1974) evidenced
    in the medieval context. It is used as reference of the popular festivals experienced in CEPA -
    "Centro de Educação Popular Assunção", analyzing how this phenomenon and the set of actions
    can contribute to the citizen formation of students, educators and community members. We
    trust on the thinking of some authors (PESSOA, 2009; RIBEIRO, 1982; JUNG, 1964;
    DURAND, 2012; BAKNTIN, 1987; ; FREIRE,1987; 1996; 2000; 2016; ELIADE, 2010;
    SOUZA, 2009; NAHMÍAS, 2009; and others) to understand the relationship between the
    festive nature and the pedagogical intentionality pedagogical with indications verified in the
    Middle Ages, and later in the humanist movement that identified from laughter a valuable
    political instrument to denounce the contradictory discourse of the monarchy and the Catholic
    Clergy of Rome. It establishes relationship with the students and educators using as
    methodological procedure the instruments of the qualitative research approach, favoring the
    meaning of the data obtained. The experience of participant observation and semi-structured
    interview as data collection instruments proceeded through the collective appreciation of
    photographic records, observing/highlighting the organizational dynamics experienced in the
    construction of cepa parties. The results obtained in the research pointed out: the possibility of
    educating bearing in mind the sensitivities, emphasizing the involvement in an expanded way,
    promoting collective participation in the construction and understanding of the symbolic
    elements and, thus, promoting a new citizen consciousness forged in the construction dynamics
    of the parties with affirmation of individual and collective identities, referenced in the trajectory
    and in popular struggles. Despite the exhausting mischaracterization of popular festivals under
    the alleged organization of those who politically disorganize the people, it is likely that
    everywhere the feast of the people will remain and resist just like the flower that pierced the
    asphalt and sprouted.

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  • JOSÉ MARIA DE BARROS JÚNIOR
  • AÇÕES FORMATIVAS EM NÚCLEOS DE ESTUDO EM AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA – NEA – DE PERNAMBUCO: um estudo bibliográfico e documental

  • Orientador : IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GILVANIA DE OLIVEIRA SILVA DE VASCONCELOS
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
  • Data: 31/05/2022

  • Mostrar Resumo
  • A pesquisa objetivou compreender as ações de formação desenvolvidas pelos Núcleos de
    Estudos Agroecológicos (NEA) apoiados por políticas públicas em Pernambuco e como elas
    contemplam o conhecimento agroecológico. Tomou-se como referência: os processos de
    consolidação da epistemologia da ciência moderna e do paradigma de produção agrícola da
    Revolução Verde e suas implicações nos processos educativos; as contribuições da
    Agroecologia e sua relação com a Educação do Campo; e as lutas e conquistas no campo das
    políticas públicas, como as chamadas para a criação, apoio e manutenção de Núcleos de Estudos
    Agroecológicos. A partir de uma revisão bibliográfica, analisamos publicações dos Anais do
    Congresso Brasileiro de Agroecologia – CBA com vistas a identificar conhecimentos
    agroecológicos, em particular, aqueles contemplados nas ações realizadas pelos NEA; e
    realizamos uma análise documental de projetos e relatórios de núcleos de Pernambuco, obtido
    por meio do contato com esses espaços e do sistema "Fala Br" (e-SIC) do Governo Federal. Os
    resultados da pesquisa mostram que as ações formativas desenvolvidas pelos NEA em
    Pernambuco apresentam consonância com os conhecimentos agroecológicos problematizados
    pelos autores as publicações analisadas e com as ações desenvolvidas por Núcleos de outras
    regiões do país. Entre as ações identificadas estão os cursos de pequena duração e palestras
    sobre questões relacionadas à Agroecologia. As temáticas trabalhadas nas ações envolvem
    produção orgânica, sementes crioulas, questões relativas aos agrotóxicos e saúde, entre outras.
    Tais ações estão em coerência com os princípios e diretrizes da Agroecologia; com os preceitos
    das Chamadas de criação, apoio, manutenção e consolidação de NEA, com também com outras
    políticas correlatas à Agroecologia e Produção Orgânica.


  • Mostrar Abstract
  • A pesquisa objetivou compreender as ações de formação desenvolvidas pelos Núcleos de
    Estudos Agroecológicos (NEA) apoiados por políticas públicas em Pernambuco e como elas
    contemplam o conhecimento agroecológico. Tomou-se como referência: os processos de
    consolidação da epistemologia da ciência moderna e do paradigma de produção agrícola da
    Revolução Verde e suas implicações nos processos educativos; as contribuições da
    Agroecologia e sua relação com a Educação do Campo; e as lutas e conquistas no campo das
    políticas públicas, como as chamadas para a criação, apoio e manutenção de Núcleos de Estudos
    Agroecológicos. A partir de uma revisão bibliográfica, analisamos publicações dos Anais do
    Congresso Brasileiro de Agroecologia – CBA com vistas a identificar conhecimentos
    agroecológicos, em particular, aqueles contemplados nas ações realizadas pelos NEA; e
    realizamos uma análise documental de projetos e relatórios de núcleos de Pernambuco, obtido
    por meio do contato com esses espaços e do sistema "Fala Br" (e-SIC) do Governo Federal. Os
    resultados da pesquisa mostram que as ações formativas desenvolvidas pelos NEA em
    Pernambuco apresentam consonância com os conhecimentos agroecológicos problematizados
    pelos autores as publicações analisadas e com as ações desenvolvidas por Núcleos de outras
    regiões do país. Entre as ações identificadas estão os cursos de pequena duração e palestras
    sobre questões relacionadas à Agroecologia. As temáticas trabalhadas nas ações envolvem
    produção orgânica, sementes crioulas, questões relativas aos agrotóxicos e saúde, entre outras.
    Tais ações estão em coerência com os princípios e diretrizes da Agroecologia; com os preceitos
    das Chamadas de criação, apoio, manutenção e consolidação de NEA, com também com outras
    políticas correlatas à Agroecologia e Produção Orgânica.

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  • JACKELINE DE SOUSA GOMES DE OLIVEIRA
  • A DIDÁTICA CRÍTICA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

    A DIDÁTICA CRÍTICA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

  • Orientador : KATIA SILVA CUNHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KATIA SILVA CUNHA
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • TANIA MARIA GORETTI DONATO BAZANTE
  • Data: 01/06/2022

  • Mostrar Resumo
  • Esta pesquisa tem como objeto de estudo a proposta didática presente no curso de administração e sua aproximação com a concepção crítica. Tem como objetivo geral: Analisar se a proposta didática presente no curso de Administração, de uma Instituição de Ensino Superior, em Caruaru,  apresenta  indícios  de  uma  perspectiva  crítica.  E  como  objetivos  específicos:1. Levantar,  na  bibliografia  da  área,  os  elementos  constitutivos  do  processo  didático,  numa perspectiva crítica; 2. Identificar, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Administração, quais os eixos que compõem o processo didático; e 3. Analisar se o Projeto Pedagógico do Curso de Administração, em Caruaru, agrega os eixos de uma perspectiva didática crítica. Apoiada na abordagem qualitativa, trazida por Minayo (2009), utilizou a análise documental como procedimento para levantamento dos dados, com tratamento referenciado na análise  de  conteúdo,  segundo  Bardin  (1997).  Para  tanto,  foram  analisadas  as  Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Administração, do período de 2002 a 2020 e o Projeto Pedagógico do Curso de Administração de uma IES, em Caruaru. Na fundamentação deste trabalho  foram  utilizados  os  conceitos  trazidos  por  autores  como  Saviani  (1991),  Veiga (1994,2004), Pimenta e Anastasiou (2002), Franco (2010), Candau (2012) e Libâneo (2013) para discutir sobre Didática Crítica; Para tratar sobre o Ensino Superior foram utilizadas as contribuições de Passos (2009), Conceição e Nunes (2015) e Junges e Behrens (2016); e para discutir sobre o curso de Administração, as contribuições de Nicolini (2000), Lopes (2002) e Becke e Gilioti (2003).  Os resultados revelam que apenas as Diretrizes Curriculares Nacionais, aprovadas  através  do  PARECER  CNE/CES  Nº:  438/2020  apresenta  em  seus  eixos  uma perspectiva didática crítica e que o Projeto Pedagógico do Curso de Administração, instrumento de pesquisa desse estudo, não apresenta indícios de uma didática crítica em sua concepção pedagógica. As considerações finais da pesquisa tratam sobre indícios de uma perspectiva didática crítica na proposta pedagógica do curso de Administração, considerando os riscos trazidos pela ausência desta perspectiva didática para o Projeto Pedagógico do Curso analisado.


  • Mostrar Abstract
  • This research has as object of study the didactic proposal present in the administration course and its approximation with the critical conception of didactics. Its general objective is: To analyze whether the pedagogical proposal of the Administration course of a Higher Education Institution in Caruaru presents evidence of a critical didactic perspective. And as specific objectives: 1. To raise, in the bibliography of the area, the constitutive elements of the didactic process,  from  a  critical  perspective;  2.  Identify,  according  to  the  National  Curriculum Guidelines of the Administration Course, which axes make up the teaching process; and 3.Analyze whether the Pedagogical Project of the Management Course, in Caruaru, aggregates the axes of a critical didactic perspective. Supported by the qualitative approach, brought by Minayo (2009), he used documentary analysis as a procedure for data collection, with treatment referenced in content analysis, according to Bardin (1997). To this end, the National Curriculum Guidelines of the Administration Course, from 2002 to 2020, and the Pedagogical Project of the Management Course of an HEI, in Caruaru, were analyzed. In the foundation of this work were used the concepts brought by authors such as Saviani (1991), Veiga (1994,2004), Pimenta and Anastasiou (2002), Franco (2010), Candau (2012) and Libâneo (2013) to discuss Critical Didactics; To deal with higher education, the contributions of Passos (2009), Conceição and Nunes  (2015)  and  Junges  and  Behrens  (2016)  were  used;  and  to  discuss  the  course  of Administration, the contributions of Nicolini (2000), Lopes (2002) and Becke and Gilioti (2003). The results reveal that only the National Curriculum Guidelines, approved through CNE/CES Opinion No.: 438/2020, presents in its axes a critical didactic perspective and that the Pedagogical Project of the Management Course, a research instrument of this study, shows no evidence of a critical didactics in its pedagogical conception.The final considerations of the research deal with evidence of a critical didactic perspective in the pedagogical proposal of the Administration course, considering the risks brought by the absence of this didactic perspective for the Pedagogical Project of the analyzed Course.

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  • RIDELMA BARBOSA DE MOURA MINHAQUI
  • CARTOGRAFIA DAS PEDAGOGIAS CULTURAIS ANTIRRACISTAS DO ‘BOI TIRA TEIMA’ DE CARUARU, PERNAMBUCO: EXPRESSÕES DE RAÇA E PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES

  • Orientador : MARIO DE FARIA CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • EVERSON MELQUIADES ARAUJO SILVA
  • MARIO DE FARIA CARVALHO
  • Data: 28/06/2022

  • Mostrar Resumo
  • Como um origami que se dobra para, no fim, apresentar-se como um objeto artístico, esta pesquisa buscou cartografar as pedagogias culturais antirracistas do ‘Boi Tira Teima’, a partir da sua atuação cultural e social, revelando modos antirracistas de ser e existir ao longo dos seus cem anos de resistência cultural na cidade de Caruaru, Pernambuco. Objetivei, de modo geral, cartografar como se estabelece as pedagogias culturais antirracistas ao longo do tempo no âmbito do ‘Boi Tira Teima’ de Caruaru, Pernambuco, e para isso, aludo a transformação do papel em origami, relacionei o desenvolver deste pesquisar ao sensível, além de encontrar na cartografia (des)caminhos metodológicos para buscar compreender a transformação de um simples papel – a minha subjetividade, na produção de um origami, esta pesquisa. Como no origami, onde cada nova dobra nos surpreende com novas imagens, reflexões teóricas advindas das dobras das trazidas pelas/es/os autoras/es Stuart Hall (2006, 2013); Tomas Silva (2017); Marisa Vorraber Costa (2013); Ana Carolina Escosteguy (2014); Paula Andrade (2016); Nestor-Canclini (2019), levaram-me a refletir acerca dos estudos culturais e o papel da cultura na formação das identidades, assim como bell hooks (2019a, 2019b); Tânia Müllher (2017); Kabengele Munanga (2009, 2016, 2017); Achille Mbembe (2020), deram-me pistas para promover reflexões acerca das expressões de raça e produção de subjetividades.


  • Mostrar Abstract
  • Como um origami que se dobra para, no fim, apresentar-se como um objeto artístico, ressalto no
    estágio atual desta pesquisa um diagrama de suas dobras, isto porque introduzo os caminhos que
    estou trilhando e percorrerei. Como a leveza de um papel que se dobra, relaciono, no primeiro
    momento do trabalho, o pesquisar de maneira sensível e as quebras de paradigmas que me levem
    a compreender a investigação a partir de uma nova lógica de pensar em relação ao tempo, o
    sujeito e aos corpos, por meio da troca de afetos e da experimentação de si enquanto processos
    de subjetivação. No segundo momento, como alguém já sabe quais dobras precisa construir para compor sua obra, aponto os caminhos e autoras(es) com as(os) quais pretendo dialogar. Por fim, aponto (des)caminhos metodológicos por meio da cartografia, para buscar compreender a transformação de um simples papel – a minha subjetividade, forjando experimentações e habitando novos territórios com o Boi Tira Teima, num obra de arte, a produção de um origami, esta pesquisa.

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  • JOSÉ ERNANDO DE FARIAS SILVA
  • REPRESENTAÇÃO DO CANGAÇO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA DO ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL, DA REDE ESTADUAL DE PERNAMBUCO: UMA ABORDAGEM DECOLONIAL

  • Orientador : SAULO FERREIRA FEITOSA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSÉ FERREIRA JÚNIOR
  • SANDRO GUIMARAES DE SALLES
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • Data: 20/07/2022

  • Mostrar Resumo
  • Apresentamos aqui os resultados da pesquisa de Mestrado desenvolvida na Linha de
    Educação e diversidade - Centro de Educação - do Programa de Pós-graduação em Educação
    da Universidade Federal de Pernambuco – Campus Agreste. Traçamos como questão de
    pesquisa: como o cangaço está sendo abordado e tematizado nos livros didáticos de história
    do ensino médio e fundamental do estado de Pernambuco, especificamente na cidade de Serra
    Talhada? E como os professores trabalham o tema cangaço no ensino escolar a partir dessas
    obras didáticos? Filiamo-nos à Abordagem Teórica dos Estudos Decoloniais e da história
    Vista de Baixo. Partimos do pressuposto de que os livros escolares são ferramentas didáticas
    de transmição de conhecimento e que os conteúdos inseridos neles podem conduzir os
    sujeitos da aprendizagem a um entendimento único e universal de narrativas históricas,
    privilegiando uma classe social dominante. Para tanto, temos como objetivo geral desta
    pesquisa discutir o fenômeno social cangaço na perspectiva do subalterno e da colonialidade,
    agregando este fenômeno social ao sistema de ensino introduzido nos livros didáticos e
    transmitidos pedagogicamente pelos docentes nas instituições de ensino. A pesquisa
    evidenciou que as obras didáticas apresentaram elementos da ciência e da cultura eurocêntrica
    na construção de narrativas históricas. Elementos como unilateralidade, universalização,
    naturalização e negação das narrativas históricas sobre o tema cangaço, conduziu todo
    conhecimento que as obras didáticas apresentaram a respeito do tema. Sobre o entendimento e
    condução das obras escolares pelos docentes, ficou evidenciado que na percepção deles o
    livro didático, apesar de essencial, se torna inconsistente para o ensino-apredizagem de seus
    alunos, necessitando de uma intervenção mais profunda dos docentes, como procurar e
    fornecer outras fontes de pesquisa.


  • Mostrar Abstract
  • Pretendemos neste projeto de dissertação abordar a cultura do cangaço de forma
    contextualizada e acoplada a um sistema de herança colonial, que se iniciou no litoral e se
    enraizou no sertão nordestino, evidenciando uma hegemonia cultural baseada no monopólio
    da terra e no domínio social, quase que feudal, na concepção de Frederico Pernambucano de
    Melo. Associado a isso, descrever experiências e memórias do cangaço que poderíamos
    denominar, uma cultura contra-hegemônica, ou nas palavras de Walter Mignolo, como uma
    desobediência, seja civil e/ou moral, dos valores da cultura hegemônica. Por último,
    selecionar livros didáticos de história do Ensino Fundamental e Médio da rede Estadual de
    Pernambuco, na cidade de Serra Talhada, interior do Estado, com o intuito de averiguar a
    abordagem e a didática proposta por essas obras, procurando nos orientar em uma formação
    educacional decolonial, ou seja, numa (re)construção de valores e saberes.

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  • FÁBIA ROSEANA SOUZA OLIVEIRA DA SILVA
  • ARPILLERA, O TECIDO PEDAGÓGICO DA RESISTÊNCIA FEMINISTA NO MOVIMENTO DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS – MAB: uma inspiração chilena para as mulheres rurais do Nordeste do Brasil

  • Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALLENE CARVALHO LAGE
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
  • Data: 21/07/2022

  • Mostrar Resumo
  • Este projeto de pesquisa se propõe a responder a seguinte pergunta: De que maneira a técnica
    chilena arpilleras constrói o tecido pedagógico da resistência feminista no Movimento dos
    Atingidos por Barragens para os enfrentamentos das principais violações dos direitos humanos
    das mulheres atingidas? Tendo como objetivo geral compreender como a técnica chilena
    arpilleras constrói o tecido pedagógico da resistência feminista no Movimento dos Atingidos
    por Barragens para a documentação, denuncia, de forma participativa e abrangente os
    enfrentamentos das principais violações dos direitos humanos das mulheres atingidas durante
    os processos de planejamento, construção e operação de barragens no Nordeste do Brasil. Nesta
    perspectiva, o quadro teórico utilizado principalmente são, sobre os movimentos sociais do
    campo no Brasil, Gohn (2010). Sobre direitos humanos na sociedade brasileira, Tosi (2005),
    sobre os direitos humanos e educação, Dias (2007), sobre os direitos humanos e barragens,
    Soares (2019) e MAB (2008,2011,2018). Sobre as pedagogias descoloniais a Alvorado (2014)
    e Maldonado – Torres (2020) e os documentos produzidos pelo MAB (2005,2015,2018). Sobre
    as mulheres arpilleristas do MAB, Benincá (2011) e Freire (2006), Lima (2018) e MAB (2015).
    A metodologia escolhida para a pesquisa foi a abordagem qualitativa, do tipo exploratória e
    explicativa, o método a ser utilizado será o caso alargado e realização de entrevistas não
    estruturadas com quatro grupos específicos do MAB Nordeste e Ceará.


  • Mostrar Abstract
  • Este projeto de pesquisa se propõe a responder a seguinte pergunta: De que maneira a técnica chilena arpilleras constrói o tecido pedagógico da resistência feminista no Movimento dos Atingidos por Barragens para os enfrentamentos das principais violações dos direitos humanos das mulheres atingidas? Tendo como objetivo geral compreender como a técnica chilena arpilleras constrói o tecido pedagógico da resistência feminista no Movimento dos Atingidos por Barragens para a documentação, denuncia, de forma participativa e abrangente os enfrentamentos das principais violações dos direitos humanos das mulheres atingidas durante os processos de planejamento, construção e operação de barragens no Nordeste do Brasil. Nesta perspectiva, o quadro teórico utilizado principalmente são, sobre os movimentos sociais do campo no Brasil, Gohn (2010). Sobre direitos humanos na sociedade brasileira, Tosi (2005), sobre os direitos humanos e educação, Dias (2007), sobre os direitos humanos e barragens, Soares (2019) e MAB (2008,2011,2018). Sobre as pedagogias decoloniais a Alvorado (2014) e Maldonado – Torres (2020) e os documentos produzidos pelo MAB (2005,2015,2018). Sobre as mulheres arpilleristas do MAB, Benincá (2011) e Freire (2006), Lima (2018) e MAB (2015). A metodologia escolhida para a pesquisa foi a abordagem qualitativa, do tipo exploratória e explicativa, o método a ser utilizado será o caso alargado e realização de entrevistas não estruturadas com quatro grupos específicos do MAB Nordeste e Ceará.

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  • HIDELBRANDO LINO DE ALBUQUERQUE
  • EDUCAÇÃO, CULTURA E IMAGEM: AS XILOGRAVURAS DE J. BORGES E A POÉTICA DE UMA PEDAGOGIA IMAGINANTE 

  • Orientador : MARIO DE FARIA CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • DANIELA NERY BRACCHI
  • MARIO DE FARIA CARVALHO
  • Data: 29/07/2022

  • Mostrar Resumo
  • O presente estudo intersecciona a educação, a cultura e o imaginário a partir da análise simbólica das xilogravuras de J. Borges. O objetivo geral eleito visa refletir sobre a seguinte pergunta de pesquisa: em que medida é possível conceber a poética de uma pedagogia imaginante a partir da análise simbólica das xilogravuras de J. Borges? As contribuições teóricas de Gilbert Durand, Gaston Bachelard, Ernst Cassirer, Mircea Eliade, Jorge Larrosa e Michel Maffesoli, particularmente, subsidiam as reflexões apresentadas. O trajeto metodológico é organizado a partir da fenomenologia e da arquetipologia de Gilbert Durand como forma de analisar simbolicamente as xilogravuras de J. Borges. Assim, com base na Mitodologia, por meio da mitocrítica e da perspectiva simbólica, a investigação articula premissas sobre a Pedagogia Imaginante; a Experiência e a Educação e as Imagens e a função imaginante. Os achados articulam a pedagogia do imaginário enquanto a possibilidade de experienciar espaços e saberes outros a partir da imagem. Que a função imaginante transforma a relação entre a percepção e a criatividade, e no que concerne à curiosidade crítica articulada imagética e simbolicamente nas xilogravuras. O estudo ressalta a educação como um processo forjado por experiências e sentidos que são construídos no cotidiano. Conclui-se que a cultura popular dimensiona sensibilidades que fazem das xilogravuras do artista em questão um campo epistêmico que valoriza e constrói uma poética à pedagogia imaginante.


  • Mostrar Abstract
  • O presente estudo intersecciona a educação, a cultura e o imaginário a partir da análise simbólica das xilogravuras de J. Borges. O objetivo geral eleito visa refletir sobre a seguinte pergunta de pesquisa: em que medida é possível conceber a poética de uma pedagogia imaginante a partir da análise simbólica das xilogravuras de J. Borges? As contribuições teóricas de Gilbert Durand, Gaston Bachelard, Ernst Cassirer, Mircea Eliade, Jorge Larrosa e Michel Maffesoli, particularmente, subsidiam as reflexões apresentadas. O trajeto metodológico é organizado a partir da fenomenologia e da arquetipologia de Gilbert Durand como forma de analisar simbolicamente as xilogravuras de J. Borges. Assim, com base na Mitodologia, por meio da mitocrítica e da perspectiva simbólica, a investigação articula premissas sobre a Pedagogia Imaginante; a Experiência e a Educação e as Imagens e a função imaginante. Os achados articulam a pedagogia do imaginário enquanto a possibilidade de experienciar espaços e saberes outros a partir da imagem. Que a função imaginante transforma a relação entre a percepção e a criatividade, e no que concerne à curiosidade crítica articulada imagética e simbolicamente nas xilogravuras. O estudo ressalta a educação como um processo forjado por experiências e sentidos que são construídos no cotidiano. Conclui-se que a cultura popular dimensiona sensibilidades que fazem das xilogravuras do artista em questão um campo epistêmico que valoriza e constrói uma poética à pedagogia imaginante. 

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  • ALMIR ANTONIO BEZERRA
  • POLÍTICAS DE REFORMULAÇÕES CURRICULARES PARA/NO ENSINO MÉDIO: CONFIGURAÇÕES E SENTIDOS DE ITINERÁRIOS FORMATIVOS A PARTIR DA LEI 13.415/2017 EM ESCOLAS EM TEMPO INTEGRAL NO AGRESTE PERNAMBUCANO

  • Orientador : LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS
  • CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
  • LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • MARIA ANGELICA DA SILVA
  • Data: 01/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • A presente pesquisa, intitulada de Políticas de reformulações curriculares para/no ensino
    médio: configurações e sentidos de itinerários formativos a partir da lei 13.415/2017 em
    escolas em tempo integral no agreste pernambucano teve como objetivo analisar configurações
    e sentidos de políticas curriculares a partir de disciplinas eletivas estabelecidas por professores
    e por estudantes nos movimentos discursivos feitos nas escolas na constituição de política de
    currículo. Nesse sentido, esse estudo insere-se no debate sobre políticas curriculares. Assim,
    tomamos como percurso teórico-metodológico, uma perspectiva discursiva a partir das

    contribuições de (LACLAU; MOUFFE, 2015) e (MOUFFE, 2015; 2019), pois movimentamo-
    nos na mobilização de referenciais do pós-estruturalismo nas políticas curriculares, como

    também inscrevermo-nos numa abordagem discursiva de políticas curriculares, que tomou
    como base os estudos de (DARDOT; LAVAL, 2016), (BROWN, 2019), BALL (2016; 2020);
    (BALL; MAINARDES, 2011), inscritos no pós-marxismo para explicitar como o
    neoliberalismo tem afetado profundamente os sentidos de currículo na atualidade, negando as
    políticas curriculares contextuais. Diante disso, percebemos que o neoliberalismo ressoa na
    educação através de políticas curriculares verticalizadas, ecoando nela por meio de
    reformulações curriculares que desconsideram as subjetividades contextuais das escolas,
    ignorando as decisões políticas delas, como se a política curricular não se desse por meio de
    decisões políticas e que qualquer configuração política não acontecesse através de articulações.
    Dessa forma, as políticas neoliberais são decisões políticas estabelecidas a partir de um ponto
    nodal que procura estabilizar discursos, identidades e subjetividades (LOPES, 2018) a partir da
    ideia de educação de qualidade, voltada para a preparação para o mercado de trabalho. Nesse
    sentido, nosso estudo apontou ainda que as políticas curriculares nas escolas do agreste vêm se
    configurando nos intercruzamentos de atendimento a racionalidade neoliberal. Portanto, as
    eletivas, enquanto Itinerários Formativos, negam as verdades contextuais, pois estão atreladas
    à BNCC, configurando no eixo do empreendedorismo na perspectiva de desenvolvimento de
    subjetividade neoliberal a partir de movimentos formativos de jovens empreendedor. Com isso,
    existe uma falsa ideia de flexibilização curricular.


  • Mostrar Abstract
  • A presente pesquisa, intitulada: Políticas de reformulações curriculares para/no ensino médio: configurações e sentidos de itinerários formativos a partir da lei 13.415/2017 em escolas em tempo integral no agreste pernambucano, insere-se no debate sobre políticas educacional-curriculares, e mais especificamente sobre a Reforma do Ensino Médio no contexto do pós-golpe jurídico-midiático-parlamentar de 2016. Assim tomamos por base teórico-metodológica a Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe (2015) para analisar que sentidos estão presentes nas reformas do Ensino Médio, com destaque para Lei no 13.415/17 como essas políticas estão sendo (re)significada no chão da escola através dos Itinerários Formativos. Dessa forma, depreendemos que a reforma do Ensino Médio está inscrita em movimentos de Reforma do Estado e exclusões educacionais e sociais que vem não considerando ainda os/as professores (as) enquanto produtores (ras) de políticas educacional-curriculares.

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  • PAULO JORGE DA SILVA
  • ENSINO RELIGIOSO (RE)VISITADO A PARTIR DA MÍSTICA DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA (MST): contribuições de base epistemológica

  • Orientador : EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GILBRAZ DE SOUZA ARAGÃO
  • ALLENE CARVALHO LAGE
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • Data: 15/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • A presente dissertação de mestrado está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação
    Contemporânea, da Universidade Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico do Agreste
    (PPGEDUC/UFPE–CAA), na linha de pesquisa: Educação e Diversidade. Diante do cenário
    escolar onde a legislação e as práticas pedagógicas costumeiras limitam o Ensino Religioso
    tratando-o apenas sob a égide religiosa, marcadamente, desvinculada dos processos vitais, nos
    perguntamos: De que modo a mística do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra –
    MST pode colaborar com o Ensino Religioso? Essa inquietação epistêmica motivou a
    realização dessa produção científica que teve como objetivo compreender os processos do
    Ensino Religioso e as possíveis contribuições da mística do Movimento dos Trabalhadores
    Rurais Sem Terra para este componente curricular. Buscamos, teoricamente, identificar
    elementos sagrados religiosos e não-religiosos presentes na vivência dos seres humanos,
    evidenciar o Ensino Religioso de perspectiva laica, seu trajeto histórico e respectivos marcos
    legais e, por fim, analisar os elementos constituintes da mística do MST junto aos seus
    princípios fundantes e força mobilizadora, e suas contribuições para o Ensino Religioso.
    Ajudaram-nos nesse trajeto teórico-metodológico: Menezes (2013), Corbí (2014), Peter Berger
    (2000), Rudolf Otto (2017). Mircea Eliade (1982), Aragão (2021), Junqueira (2002), Xavier
    (2007), Peloso (2012), Comblin (1985), Bogo (2002), Gutiérrez 1984), Lage (2015), entre
    outros/as. A metodologia de abordagem qualitativa foi considerada a partir do método do Caso
    Alargado, tecido por Boaventura de Sousa Santos (1983). A coleta de dados se deu apoiada nas
    entrevistas semiestruturadas, na observação participante e na escrita do diário de campo
    construída no Assentamento Normandia de Caruaru-PE. Com a Análise de Conteúdo de Bardin
    (1977), efetivamos a organização e a análise dos dados. Com o contributo das realidades
    constatadas e estudadas, pudemos fazer as seguintes inferências: O MST contribui nas vivências
    do Ensino Religioso, inspirando-nos uma Antropologia do Sensível/Militante; a compreensão
    do Sagrado Libertador como critério de um Ensino Religioso humanizador e a Mística enquanto
    vivência ritualizada do ser humano preenche de sentidos de ser e de viver em busca de
    transformação social e de emancipação dos sujeitos em relação.


  • Mostrar Abstract
  • A presente dissertação de mestrado está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação
    Contemporânea, da Universidade Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico do Agreste
    (PPGEDUC/UFPE–CAA), na linha de pesquisa: Educação e Diversidade. Diante do cenário
    escolar onde a legislação e as práticas pedagógicas costumeiras limitam o Ensino Religioso
    tratando-o apenas sob a égide religiosa, marcadamente, desvinculada dos processos vitais, nos
    perguntamos: De que modo a mística do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra –
    MST pode colaborar com o Ensino Religioso? Essa inquietação epistêmica motivou a
    realização dessa produção científica que teve como objetivo compreender os processos do
    Ensino Religioso e as possíveis contribuições da mística do Movimento dos Trabalhadores
    Rurais Sem Terra para este componente curricular. Buscamos, teoricamente, identificar
    elementos sagrados religiosos e não-religiosos presentes na vivência dos seres humanos,
    evidenciar o Ensino Religioso de perspectiva laica, seu trajeto histórico e respectivos marcos
    legais e, por fim, analisar os elementos constituintes da mística do MST junto aos seus
    princípios fundantes e força mobilizadora, e suas contribuições para o Ensino Religioso.
    Ajudaram-nos nesse trajeto teórico-metodológico: Menezes (2013), Corbí (2014), Peter Berger
    (2000), Rudolf Otto (2017). Mircea Eliade (1982), Aragão (2021), Junqueira (2002), Xavier
    (2007), Peloso (2012), Comblin (1985), Bogo (2002), Gutiérrez 1984), Lage (2015), entre
    outros/as. A metodologia de abordagem qualitativa foi considerada a partir do método do Caso
    Alargado, tecido por Boaventura de Sousa Santos (1983). A coleta de dados se deu apoiada nas
    entrevistas semiestruturadas, na observação participante e na escrita do diário de campo
    construída no Assentamento Normandia de Caruaru-PE. Com a Análise de Conteúdo de Bardin
    (1977), efetivamos a organização e a análise dos dados. Com o contributo das realidades
    constatadas e estudadas, pudemos fazer as seguintes inferências: O MST contribui nas vivências
    do Ensino Religioso, inspirando-nos uma Antropologia do Sensível/Militante; a compreensão
    do Sagrado Libertador como critério de um Ensino Religioso humanizador e a Mística enquanto
    vivência ritualizada do ser humano preenche de sentidos de ser e de viver em busca de
    transformação social e de emancipação dos sujeitos em relação.

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  • ANTONIO SEVERINO DA SILVA
  • MEMÓRIAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO: Saberes camponeses que emergem das relações entre a escola e a narrativa de si na formação dos/as estudantes e das professoras

  • Orientador : MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
  • Data: 12/12/2022

  • Mostrar Resumo
  • A pesquisa tem como objeto as “Memórias pedagógicas quanto aos saberes camponeses na
    formação dos estudantes e dos professores do campo”. Desenvolvida no Programa de Pós
    graduação em Educação Contemporânea (PPGEudC), na Universidade Federal de Pernambuco,
    Centro Acadêmico do Agreste, na linha Docência, Ensino e Aprendizagem. Situa-se nas
    discussões acerca dos saberes do campo, com foco na relação memórias pedagógicas e os
    saberes camponeses, na formação dos sujeitos. O campo pesquisado foi uma escola campesina
    no Agreste pernambucano. O problema de pesquisa: Quais as memórias pedagógicas da
    educação do campo, e nelas os saberes camponeses, que emergem na formação de seus
    estudantes e dos professores? Como objetivo geral: Analisar as memórias pedagógicas da
    educação do campo e nelas os saberes que emergem na formação de seus estudantes e dos
    professores. E específicos: Identificar que saberes do campo circulam nos documentos oficiais
    que tratam da educação do campo; levantar as memórias pedagógicas que impulsionam a
    formação dos/as estudantes e dos/as professores/as no contexto camponês; e analisar a
    influência das memórias pedagógicas na condução da vida, a partir do paradigma da educação
    do campo. Fundamentamos os saberes dos povos nos territórios campesinos em Lemos (2013),
    as instituições escolares do campo em Freire (2006), Alencar (2016), Aroyo (2009), Hage
    (2005), Caldart (2002) e Lage (2013); e as memórias pedagógicas do campo em Bosi (2003),
    Halbwachs (2006) e Seligmann-Silva (2012). A metodologia é de abordagem qualitativa, com
    procedimentos de análise documental e análise de conteúdo (MORAES, 1999). Os resultados
    mostram que os saberes do campo nos marcos legais não garantem as experiências formativas
    pautadas no paradigma educação do campo a partir da classe trabalhadora. Os saberes do campo,
    nos documentos oficiais próprios dos estudantes, são pautados na identidade rural, na memória
    coletiva, na rede de ciência e tecnologia, nas relações entre escola, comunidade e nos
    movimentos sociais, na solidariedade e no diálogo com a sociedade. A influência das memórias
    pedagógicas na condução da vida, a partir do paradigma da educação do campo, mostram que
    a afetuosidade mobiliza sujeitos a resistirem e transformarem o território, a partir das relações
    entre humanos, a natureza e a cultura. As memórias pedagógicas que impulsionam a formação
    dos participantes no contexto camponês vão se reinventando, apropriando-se da cultura,
    construindo a trajetória sócio histórica, os saberes, os valores, a concepção de mundo e o
    conceito de educação na vida dos sujeitos. Enfim, as memórias pedagógicas da educação do
    campo e nelas os saberes que emergem na formação dos participantes, temos a força e a
    potência destas mobilizando os sujeitos, as lutas e os saberes na superação dos desafios no
    território, tendo a educação como resistência, construindo-se a partir do vivido, dos saberes, do
    trabalho e das memórias. Os achados explicitam a necessidade da superação da concepção da
    educação rural, que impossibilita os saberes chegarem ao currículo e à prática educativa, além
    de mobilizar os saberes/fazeres coletivos marcantes na identidade dos sujeitos e sua relação
    com o território.


  • Mostrar Abstract
  • O presente estudo situa-se nas discussões acerca dos saberes que circulam no campo e versa especificamente sobre sua relação entre a escola do campo e as associações rurais. Tomamos como objeto de estudo “a articulação dos saberes entre a escola e as associações rurais: saberes que circulam no campo e atravessam a formação sociopolítica dos estudantes na escola”. Tomamos como questão de pesquisa: Quais são os saberes do campo que circulam nas associações rurais e chegam à formação sociopolítica dos estudantes na escola? Como objetivo geral, temos: Analisar quais saberes do campo que circulam nas associações rurais chegam a formação sociopolíticas dos estudantes na escola. Como objetivos específicos destacamos: Identificar como as associações rurais contribuem para a formação social dos estudantes pela via da escola; Caracterizar as principais relações entre as associações rurais e a escola; Analisar como a associação influencia as práticas escolares fomentada pela educação do campo. Fundamentamos nossas discussões nas categorias teóricas: saberes dos povos nos territórios campesinos em Lemos (2013) e Tardif (2014); as instituições escolares pertencentes ao campo em Freire (2006), Fernanda Alencar (2016), Aroyo (2009), Molina e Sá (2012), Salomão Hage (2005), Borges (2012), Caldart (2002) e Munarim (2011); Associações rurais em Moraes e Curadas (2004) e Lage (2013). Nosso percurso metodológico se pautou em uma abordagem predominantemente qualitativa a partir de Ludke e André (2018). Elegermos os participantes da pesquisa realizando seleção com base em critérios pré-estabelecidos. Para a produção dos dados adotaremos o uso de entrevista semiestruturada e análise documental. Tais dados serão analisados na perspectiva da análise de conteúdo a partir de Moraes (1999) por meio das categorias advindas dos sentidos e significados que emergem dos dados.

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  • CLAUDIANDERSON NOGUEIRA DA SILVA
  • FAMÍLIAS HOMOPARENTAIS E A ESCOLA: PERCEPÇÕES SOBRE O RECONHECIMENTO E A INTEGRAÇÃO EM ESCOLAS DO AGRESTE PERNAMBUCANO

  • Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUIZ MELLO DE ALMEIDA NETO
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • MARIO DE FARIA CARVALHO
  • Data: 13/12/2022

  • Mostrar Resumo
  • Esta pesquisa tem como objeto a relação entre as famílias homoparentais e as escolas do
    Agreste Pernambucano. O estudo foi motivado pela compreensão das violações aos
    direitos LGBTQIAP+ que o (neo)conservadorismo, neoliberalismo e fundamentalismo
    religioso mantêm ao defender uma concepção de família natural e universal, baseada na
    relação entre um homem e uma mulher heterossexuais cis, que unidos pelo casamento,
    procriam, coabitam e são canais para “desenvolvimento saudável” dos/as filhos/as. No
    entanto, a família é uma instituição que acompanha as transformações culturais, jurídicas,
    sociais, políticas, econômicas, entre outras, e por isso, o caráter natural e universal é

    ficcional. Este trabalho parte das reflexões sobre gênero e sexualidade no pós-
    estruturalismo, entendendo que essas questões são importantes para a formulação das

    compreensões sobre família. Também, utiliza a teoria do reconhecimento para analisar
    como se dão as relações com os corpos gays e lésbicos na sociedade e, especificamente na
    escola, quando estes/as a compõem, como famílias, esse espaço. O principal objetivo dessa
    pesquisa é compreender como as famílias homoparentais percebem o seu reconhecimento e
    a sua integração nas escolas do Agreste Pernambucano. Em meio a um cenário de
    retrocessos, em constantes combates a “suposta ideologia de gênero”, incentivada pelo
    pânico moral, essa reflexão é importante para questionar a concepções de família que estão
    presentes no contexto escolar, perceber a existência das famílias homoparentais na escola e
    proporcionar esquemas de reconhecibilidade subversivos que possibilitem seu
    reconhecimento. Também, nos debruçamos sobre estudos no âmbito da educação para
    discutir as formas de promover esses esquemas a partir dos mecanismos de democratização
    da escola, que reforçam o caráter plural e democrático dela. Este trabalho traz as vozes, os
    olhares e as experiências de pais gays e mães lésbicas, membros de famílias homoparentais
    localizadas em três municípios do Agreste Pernambucano e que possuem filhos/as
    estudando em escolas dessas localidades. Além disso, trazemos as perspectivas das
    gestoras e análise dos Projetos Políticos Pedagógicos, para conhecermos os olhares das
    escolas sobre essas famílias e os trabalhos que desenvolvem para promover seu
    reconhecimento e integração. Para o desenvolvimento desse estudo, utilizamos como
    recursos metodológicos: a estratégia da triangulação, as entrevistas semiestruturadas, as
    conversas, a pesquisa documental e a análise de conteúdo. A pesquisa nos mostrou que as
    famílias homoparentais são marcadas por uma ambivalência no seu reconhecimento nas
    escolas do Agreste Pernambucano. São reconhecidas para o cumprimento das
    responsabilidades que lhes são atribuídas, mas não reconhecidas quando se trata da mesma
    visibilidade que outras famílias possuem, de modo especial, a tradicional. Quanto a
    integração das famílias homoparentais nas propostas e atividades pedagógicas, a pesquisa
    nos mostrou que elas participam das atividades, mas, não são integradas e representadas
    nelas. Assim, percebemos que as escolas do Agreste pernambucano, quando se trata da
    relação com as famílias, ainda pautam suas concepções e trabalhos a partir do modelo de
    família tradicional.


  • Mostrar Abstract
  • O presente estudo situa-se nas discussões acerca dos saberes que circulam no campo e versa especificamente sobre sua relação entre a escola do campo e as associações rurais. Tomamos como objeto de estudo “a articulação dos saberes entre a escola e as associações rurais: saberes que circulam no campo e atravessam a formação sociopolítica dos estudantes na escola”. Tomamos como questão de pesquisa: Quais são os saberes do campo que circulam nas associações rurais e chegam à formação sociopolítica dos estudantes na escola? Como objetivo geral, temos: Analisar quais saberes do campo que circulam nas associações rurais chegam a formação sociopolíticas dos estudantes na escola. Como objetivos específicos destacamos: Identificar como as associações rurais contribuem para a formação social dos estudantes pela via da escola; Caracterizar as principais relações entre as associações rurais e a escola; Analisar como a associação influencia as práticas escolares fomentada pela educação do campo. Fundamentamos nossas discussões nas categorias teóricas: saberes dos povos nos territórios campesinos em Lemos (2013) e Tardif (2014); as instituições escolares pertencentes ao campo em Freire (2006), Fernanda Alencar (2016), Aroyo (2009), Molina e Sá (2012), Salomão Hage (2005), Borges (2012), Caldart (2002) e Munarim (2011); Associações rurais em Moraes e Curadas (2004) e Lage (2013). Nosso percurso metodológico se pautou em uma abordagem predominantemente qualitativa a partir de Ludke e André (2018). Elegermos os participantes da pesquisa realizando seleção com base em critérios pré-estabelecidos. Para a produção dos dados adotaremos o uso de entrevista semiestruturada e análise documental. Tais dados serão analisados na perspectiva da análise de conteúdo a partir de Moraes (1999) por meio das categorias advindas dos sentidos e significados que emergem dos dados.

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  • CÍCERO SEVERINO ADELINO
  • ABORDAGEM DO RACISMO NAS PRÁTICAS DOCENTES EM ESCOLA DO CAMPO NOS ANOS
    INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ANÁLISE PÓS-COLONIAL

  • Orientador : JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • MICHELE GUERREIRO FERREIRA
  • Data: 15/12/2022

  • Mostrar Resumo
  • Esta dissertação se propõe a discutir sobre as práticas docentes de enfretamento ao racismo em escola campesina no município de Santa Cruz do Capibaribe-PE. Tendo em vista que o contexto histórico-social em que se formou a sociedade brasileira foi/é marcado pelas relações de poder. Nessas relações assimétricas de poder, o grupo representado pelos ocidentais (homens brancos-heterossexuais-cristãos-europeus) se autodenominou como superior a outros povos e culturas não ocidentais (indígenas, asiáticos, negros). Tais relações foram/são fundadas na racialização e racionalização o que contribuiu para marginalizar, subalternizar e oprimir a população negra que foi forçada a deixar seu lugar de origem (África) para viver em condições desumanas sob o regime da escravização por mais de três séculos e meio. Após a abolição da escravidão foram deixados à própria sorte, sem que o Estado apresentasse políticas públicas para sua integração social. Assim, tendo que enfrentar a falta de moradia, oportunidades de emprego, a discriminação, o preconceito, a violência e o genocídio se uniram através de movimentos sociais negros para reivindicar o direito a existência, a humanização. Desse modo, é promulgada a Lei 10.639/2003 que aliada a outros mecanismos legais, anteriores e posteriores à essa lei, como Plano Nacional de Educação (PNE), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) tentam assegurar o direito as novas gerações de conhecer características positivas sobre os povos de origem africana e afro-brasileira. Nesse sentido, se faz necessário pensar em outras formas de educação que contemplem, valorize e respeite a diversidade e a diferença. Assim, adotamos como aporte teórico os Estudos Pós-Coloniais que denunciam e propõe alternativas para romper com as amarras da colonialidade. Desse modo, autores como Quijano (2000-2005-2010); Mignolo (2007-2008-2009); Grosfoguel (2012-2016); Munanga (2003-2015); Gomes (2007-2012-2013) entre outros, nos ajudam a pensar sobre a interseccionalidade das opressões e formas outras para superá-las. Destarte temos como objetivo geral: Compreender como professores/as através de suas práticas docentes abordam o racismo em escolas do território campesino no município de Santa Cruz do Capibaribe-PE. E como objetivos específicos: 1) Identificar as concepções de racismo do(a) professor(a) que atua em escola campesina; 2) Identificar as manifestações de racismo em sala de aula e 3) Caracterizar as práticas docentes desenvolvidas no combate ao racismo. Nesse intuito se adotou a Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016) como procedimento metodológico, uma vez que essa técnica pode ser aplicada no tratamento dos dados em vários tipos de pesquisas científicas. Assim, buscaremos abordar essas práticas docentes em escolas campesinas no referido município em consonância com o que aponta os Estudos Pós-Coloniais, observando o que é evidenciado pela educação das relações étnico-raciais em prol de uma sociedade, de uma educação mais equânime.


  • Mostrar Abstract
  • Este projeto de dissertação se propõe a discutir sobre as práticas docentes de enfretamento do
    racismo em escola campesina no município de Santa Cruz do Capibaribe -PE. Tendo em vista
    que o contexto histórico-social em que se formou a sociedade brasileira foi/é marcado pelas
    relações de poder. Nessas relações assimétricas de poder, o grupo representado pelos
    ocidentais (homens brancos-heterossexuais-cristãos-europeus) se autodenominou como
    superiores a outros povos e culturas não ocidentais (indígenas, asiáticos, negros). Tais
    relações foram/são fundadas na racialização e racionalização o que contribuiu para
    marginalizar, subalternizar e oprimir a população negra que foi forçada a deixar seu lugar de
    origem (África) para viver em condições desumanas sob o regime da escravização por mais
    de três séculos e meio. Após a abolição da escravidão foram deixados à própria sorte, sem que
    o Estado apresentasse políticas públicas para sua integração social. Assim, tendo que
    enfrentar a falta de moradia, oportunidades de emprego, a discriminação, o preconceito, a
    violência e o genocídio se uniram através de movimentos sociais negros para reivindicar o
    direito a existência, a humanização. Desse modo, surge a Lei 10.639/2003 e outros
    mecanismos legais como Plano Nacional de Educação (PNE), Pareceres Curriculares
    Nacionais (PCNs) que tentam assegurar o direito as novas gerações a conhecerem
    características positivas sobre os povos de origem africana e afro-brasileira. Nesse sentido, se
    faz necessário pensar em outras formas de educação que contemplem, valorize e respeite a
    diversidade e diferença. Assim, adotamos como aporte teórico os Estudos Pós-Coloniais
    Latino-Americanos que denunciam e propõe alternativas para romper com as amarras da
    colonialidade. Desse modo, autores como Quijano (2000-2005-2010); Mignolo (2007-2008-
    2009); Grosfoguel (2012-2016); Munanga (2003-2015); Gomes (2007-2012-2013) entre
    outros, nos ajudam a pensar sobre a interseccionalidade das opressões e formas outras para
    superá-las. Destarte temos como finalidade compreender como professores/as através de suas
    práticas docentes enfrentam o racismo, quais os avanços, os recuos e as estratégias utilizadas
    por estes profissionais.

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  • ANDREZA ALVES DA SILVA
  • FRONTEIRAS DA DIFERENÇA COLONIAL DE GÊNERO NO
    CURRÍCULO VIVIDO POR MEIO DA PRÁTICA DOCENTE: UM
    OLHAR À LUZ DOS ESTUDOS PÓS-COLONIAIS E DO FEMINISMO LATINO-AMERICANO

  • Orientador : JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • DENISE XAVIER TORRES
  • Data: 15/12/2022

  • Mostrar Resumo
  • A investigação parte do pressuposto que o currículo vivido por meio da prática docente pode
    ser lugar de tensionamentos à colonialidade de gênero, bem como, habitar o espaço fronteiriço
    entre reproduções e produções de resistências. Elegemos enquanto questionamento
    direcionador: Como é tratado o gênero no currículo vivido por meio da prática docente?
    Traçamos como objetivo geral: Compreender as formas em que o gênero é tratado no currículo vivido
    por meio da prática docente. E específicos: a) identificar as concepções de gênero dos/as
    professores/as; b) mapear as formas em que o gênero é tratado no currículo vivido por meio da
    prática docente. A pesquisa tem como arcabouço teórico as abordagens teórico-metodológicas
    dos Estudos Pós-Coloniais e Feminismo Latino-Americano. Tivemos como campo de pesquisa
    uma escola pública do município de Toritama- PE. Enquanto instrumentos de coleta de dados
    utilizamos a entrevista semiestruturada e os questionários. Quanto à técnica de tratamento das
    informações fizemos uso da Análise de Conteúdo via análise temática e tivemos como
    resultados inferências de que as concepções de gênero dos/as docentes encontram-se nas
    fronteiras da diferença colonial de gênero. Nesse espaço fronteiriço sopram ventos coloniais
    que marcam as visões sexistas do gênero, bem como, ventos descoloniais, marcando visões do
    gênero enquanto construção social, categoria de denúncia às opressões. Essas concepções
    cambiaram nas fronteiras e delinearam práticas docentes sexistas que se aproximam da
    colonialidade de gênero e práticas com indícios descoloniais.


  • Mostrar Abstract
  • Este projeto de pesquisa é parte constituinte do curso Mestrado em Educação Contemporânea,
    linha de pesquisa Educação e Diversidade do Programa de Pós-Graduação em Educação
    Contemporânea (PPGEduC), do Centro Acadêmico do Agreste (CAA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Traz como título: Interseccionalidade de gênero, raça, etnia e território no currículo da escola de território campesino de Caruaru-PE: um olhar a partir dos Estudos Pós-Coloniais e do Feminismo Latino-americano. Buscaremos pesquisar a respeito das relações de gênero existentes no contexto do currículo prescrito e vivido da escola campesina, à luz das abordagens teórico-metodológicas dos Estudos Pós-coloniais(QUENTAL, 2012; QUIJANO, 2005; MIGNOLO, 2007, 2008, 2011, 2017; DUSSEL; 2005;GROSFOGUEL, 2012; WALSH, 2008) e do Feminismo Latino-americano (CAROSIO,2009; ESPINOSA, et al. 2013; LUGONES, 2014; PAREDES, 2010, 2011). Partimos dopressuposto de que o currículo prescrito e vivido pode tanto reforçar a colonialidade de gênero, quanto construir resistência à esta colonialidade. Podendo ainda ocorrer as duas coisas ao mesmo tempo. A partir desses pressupostos, elegemos enquanto questionamento direcionador do estudo: Como é tratada a interseccionalidade entre gênero, raça, etnia e território no currículo prescrito e vivido na escola do território campesino através dos olhares dos/as professores/as? Na busca por responder a pergunta de pesquisa traçamos os objetivos: Geral- Compreender as formas em que a interseccionalidade entre gênero, raça, etnia e território são tratadas no currículo prescrito e vivido no escola do território campesino a partir dos olhares dos/as professores/as. Específicos: I- Identificar como estão presentes as relações de gênero e sua interseccionalidade com raça, etnia e território no currículo prescrito e no livro didático da escola campesina; II- Entender os desafios didáticos-pedagógicos nas relações de gênero e sua interseccionalidade com raça, etnia e território no currículo vivido; III- Analisar em que medida a interseccionalidade entre gênero, raça, etnia e território nos currículos prescritos e vivido, contribuem para reforçar ou desconstruir a colonialidade de gênero. Enquanto técnica de tratamento das informações faremos uso da Análise de Conteúdo via análise temática a partir de Bardin (2016) e Vala (1990). Utilizaremos como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada, o questionário e fontes curriculares documentais, tais como o Projeto Político Pedagógico da escola e o livro didático. As pessoas colaboradoras da pesquisa serão professores/as do Ensino Fundamental Anos Iniciais que atuem há mais de três anos na profissão docente. Almejamos com esta pesquisa responder à questão que a originou, visando colaborar com as discussões no campo do gênero e suas interseccionalidades com raça, etnia e território no currículo prescrito e vivido permeada pelas culturas que constituem o território campesino.

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  • MANUELA DARC DA SILVA
  • Os desafios para o enfrentamento do racismo nas práticas docentes dos /as
    professores /as das escolas quilombolas: Sambaquim e Sambaquim do Riachão nos municípios de Cupira-PE Panelas-PE.

  • Orientador : JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • ELIENE AMORIM DE ALMEIDA
  • Data: 19/12/2022

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  • O presente trabalho é fruto da pesquisa de Mestrado desenvolvida na linha de Educação e
    Diversidade do Programa de Pós-graduação em Educação Contemporânea (curso-mestrado),
    da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE, Centro Acadêmico do Agreste. Nesta pesquisa
    temos como questão problema: quais os desafios didático-pedagógico para o enfrentamento do
    racismo nas práticas docentes dos/as professores/as de escolas quilombolas situados nos
    municipais de Panelas-PE e Cupira-PE? Traçamos como objetivo geral: I) compreender as
    concepções de racismo dos/as professores/as investigadas/os; II) identificar as expressões de
    racismo que podem se fazer presentes em sala de aula; III) caracterizar as práticas docentes de
    enfrentamento do racismo dos/as professores/as em sala de aula; VI) identificar os desafios
    didáticos- pedagógicos para o enfrentamento do racismo nas práticas docente dos/as
    professores/as investigadas/os. Filiamo-nos a abordagem dos Estudos Pós-Coloniais
    Grosfoguel, 2007; Mignolo, 2003, 2005, 2008; Quijano, 2002, 2005; e Walsh, 2006, 2008.
    Adotamos como procedimento teórico-metodológico a pesquisa documental (OLIVEIRA,
    2007), entrevista semiestruturada e a Análise de Conteúdo via Análise Temática (BARDIN,
    1977; VALA, 1990). O campo de pesquisa são as escolas localizadas em território quilombola
    (nas comunidades de Sambaquim e Sambaquim do Riachão) nos municípios de Cupira-PE e
    Panelas- PE, tendo como sujeitos/as da pesquisa quatros professoras. Os resultados nos indicam
    que as práticas docentes das professoras ensaiam uma Educação Escolar Quilombola, estão
    próximas a perspectiva da Educação Intercultural e Educação Antirracista.


  • Mostrar Abstract
  • O presente projeto é fruto da pesquisa em andamento de Mestrado desenvolvida na linha de
    Educação e Diversidade do Programa de Pós-graduação em Educação Contemporânea (curso-
    mestrado), da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE, Centro Acadêmico do Agreste.
    Nesta pesquisa temos como questão problema: quais os desafios didático-pedagógico para o
    enfrentamento do racismo nas práticas docentes dos/as professores/as de escolas quilombolas
    situados nos municipais de Panelas-PE e Cupira-PE? Traçamos como objetivo geral: I)
    compreender as concepções de racismo dos/as professores/as investigadas/os; II) identificar as
    expressões de racismo que podem se fazer presentes em sala de aula; III) caracterizar as
    práticas docentes de enfrentamento do racismo dos/as professores/as em sala de aula; VI)
    identificar os desafios didáticos- pedagógicos para o enfrentamento do racismo nas práticas
    docente dos/as professores/as investigadas/os. Filiamo-nos a abordagem dos Estudos Pós-
    Coloniais que se constitui enquanto opção política-epistemológica a partir do diálogo com os
    autores: Grosfoguel, 2007; Mignolo, 2003, 2005, 2008; Quijano, 2002, 2005; e Walsh, 2006,
    2008, 2010, dentre outros, que nos possibilitam refletir e questionar o lugar que é posto na
    história e na sociedade aos povos negros, dentre eles os quilombolas. Atrelada a esta
    discussão, abordamos também reflexões sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais a
    partir dos autores: Munanga (2009); Gomes (2012); e Hall (2003). Adotamos como
    procedimento teórico-metodológico a pesquisa documental (OLIVEIRA, 2007), entrevista
    semiestruturada (FRASER; GONDIM, 2004) e a Análise de Conteúdo via Análise Temática
    (BARDIN, 1977; VALA, 1990). O campo de pesquisa são as escolas localizadas em território
    quilombola (nas comunidades de Sambaquim e Sambaquim do Riachão) nos municípios de
    Panelass-PE e Cupira-PE, tendo como sujeitos da pesquisa 3 (três) professoras.

23
  • THAYLINE SOARES FERREIRA ROCHA
  • COMUNICAÇÃO EM AULAS DE MATEMÁTICA: possibilidades no

    Ensino Remoto

  • Orientador : IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
  • RAQUEL MILANI
  • Data: 26/12/2022

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  • A pesquisa de mestrado foi desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Educação
    Contemporânea do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco e
    se insere nos domínios da Educação e da Educação Matemática (EMC). Fundamentada na
    Educação Matemática Crítica, que tem como uma de suas âncoras o diálogo na teoria freireana,
    elegeu os padrões comunicação para compreender como se constitui a comunicação em aulas
    de matemática realizadas por meio do Ensino Remoto em escolas de uma rede pública
    municipal do Agreste Pernambuco. Para tanto, utilizou-se de um questionário, da observação
    das aulas realizadas remotamente, em razão da pandemia da Covid-19, realizadas,
    prioritariamente, por meio do aplicativo WhatsApp, e de uma análise documental de atividades
    propostas por três professoras que ensinam em duas escolas públicas municipais sediadas em
    um município do Agreste Pernambucano. A primeira parte do questionário visou obter
    informações sobre o perfil profissional e de experiência das professoras com o ensino da
    matemática, e a segunda versou sobre o ensino de matemática por meio do Ensino Remoto.
    Para acessar elementos sobre os padrões de comunicação mobilizados pelas professoras,
    delimitamos a situação corrente e a situação imaginada, que derivam da EMC, como categorias
    analíticas. As respostas das professoras permitiram identificar dois padrões de comunicação. O
    absolutismo burocrático, padrão mais presente nos dados analisados, caracterizado, por um
    lado, pela quase ausência de problematização das atividades e, por outro, pela preocupação das
    professoras em obter sempre as respostas corretas por parte dos estudantes. O diálogo,
    identificado, em menor proporção, por meio de elementos característicos que se evidenciaram,
    por exemplo, quando as professoras questionavam os estudantes sobre o conteúdo matemático
    trabalhado nas aulas e quando elas os incentivavam a pesquisar sobre determinados temas.
    Consideramos esses elementos do diálogo podem se configurar em um ponto de partida para a
    realização de uma investigação na perspectiva da EMC. Os resultados da pesquisa desenvolvida
    no período do Ensino Remoto abrem questionamentos sobre a comunicação nas aulas de
    matemática que pode se estabelecer no ensino presencial, bem como sobre o papel dos
    estudantes nessa comunicação.


  • Mostrar Abstract
  • Trata-se de uma pesquisa de mestrado, em desenvolvimento no Programa de Pós-graduação em Educação Contemporânea do Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco – (CAA/UFPE). A pesquisa objetiva compreender como se constitui a comunicação em aulas de matemática realizadas por meio do Ensino Remoto, nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Com base nas discussões da Educação Matemática Crítica buscaremos caracterizar os padrões de comunicação presentes nas referidas aulas, analisar aspectos do diálogo presentes nas comunicações e identificar possibilidades do diálogo nas atividades de matemática propostas pelos professores, no Ensino Remoto. Os dados da pesquisa estão sendo coletados com três professoras de uma rede pública municipal do Agreste de Pernambuco, por meio dos seguintes instrumentos: observação de aulas remotas, questionário com as professoras e análise das atividades por elas propostas.

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  • JESSICA RIBEIRO DE OLIVEIRA
  • PEDAGOGIAS CULTURAIS EM SUBVERSÃO: significações sobre arte, gênero
    e feminismos a partir das obras de mulheres artistas de Tracunhaém,Pernambuco

  • Orientador : MARIO DE FARIA CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIO DE FARIA CARVALHO
  • DANIELA NERY BRACCHI
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • ROSANGELA TENORIO DE CARVALHO
  • Data: 28/12/2022

  • Mostrar Resumo
  • Nas linhas que se apresentam nessa pesquisa-vida ensaio a minha trajetória
    enquanto mulher-pesquisadora que tece diálogos com as outras e que, no encontro
    com elas, propõe modos singulares e ‘menores’ de pensar possibilidades educativas
    a partir das fissuras da arte em barro de mulheres-artesãs de Tracunhaém,
    Pernambuco. Dessa maneira, busquei uma análise, ou uma erótica da arte
    (SONTAG, 1987) que, entrelaçada a métodos da análise cultural (COSTA, 2010;
    WORTMANN, 2002) e da cartografia (ROLNIK, 2016; DELEUZE; GUATTARI, 1995),
    pudesse ressaltar uma pedagogia cultural subversiva. Para tanto, dialogo em meu
    aporte teórico com estudiosas do campo dos Estudos Culturais (ESCOSTEGUY,
    1998; 2010; HALL, 2013; 2014; 2016; SILVA, 2005; 2006; 2014) e dos Estudos
    Feministas e de Gênero (LOURO, 1997; 2000; BUTLER, 2017; GIUNTA, 2020;
    hooks, 2019a; 2019b; 2020; HOLLANDA, 2019, 2020) com o intuito de observar
    fenômenos sociais, culturais e educativos que capazes de subverter o modo
    dominante de perceber e sentir a vida. Neste sentido, trouxe como objetivo dessa
    pesquisa compreender como as obras de arte em barro, produzidas por mulheres
    artesãs de Tracunhaém, Pernambuco, significam pedagogias culturais subversivas
    sobre a arte, o gênero e o feminismo. Nesse sentido, apostei nas fissuras, frestas e
    brechas das obras de arte em barro e nas narrativas de mulheres artistas, de modo
    a perceber que se pode fazer florir sabedorias que subvertem as lógicas

    hegemônicas. Assim, permiti-me olhar e ser olhada pelas obras de arte das artistas-
    mulheres de Tracunhaém, mergulhar no desejo e permitir abrir tais fendas. Caminho

    com as mulheres durante todo o texto, elas que me inspiram no pesquisar-viver e
    que possibilitaram ir ao encontro das obras de arte moldadas no barro que se
    costuram as narrativas de quem cria e de quem consome a arte, problematizando as

    pedagogias culturais que significam, subversivamente, outras possibilidades de re-
    existir.


  • Mostrar Abstract
  • Apresento o andamento da pesquisa enquanto um pesquisar-viver visando a

    qualificação de meu texto de dissertação. Nas linhas que se seguem nesse projeto-
    pesquisa-esboço ensaio a minha trajetória enquanto mulher-pesquisadora que tece

    diálogos com as outras e que, no encontro com elas, propõe modos singulares e
    menores de pensar possibilidades educativas a partir das fissuras da arte em barro
    de mulheres-artesãs de Tracunhaém, Pernambuco. Aposto que são nas fissuras que
    se pode fazer florir sabedorias que subvertem as lógicas hegemônicas. Neste
    sentido, proponho olhar e ser olhada pelas obras de arte das artistas-mulheres de
    Tracunhaém, com o desejo de cogitar tais fissuras e de subverter dadas lógicas.
    Caminhando com mulheres potentes durante todo o texto, que me inspiram no
    pesquisar-viver, vou ao encontro das obras de arte moldadas no barro a fim de
    problematizar as Pedagogias Culturais que sejam capazes nos artefatos e de
    mostrar outras possibilidades de re-existir.

2021
Dissertações
1
  • DOUGLAS FERREIRA DA SILVA
  • PRODUÇÃO CURRICULAR NA EDUCAÇÃO DO CAMPO: uma análise dos discursos dos/as docentes à luz das redes associacionistas

  • Orientador : KATIA SILVA CUNHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KATIA SILVA CUNHA
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • GLEYDS SILVA DOMINGUES
  • Data: 26/02/2021

  • Mostrar Resumo
  • A presente pesquisa objetivou compreender, a partir dos discursos dos/das docentes
    do campo, possíveis contribuições das Redes Associacionistas para a produção do
    currículo. Desta forma, partimos do seguinte problema de pesquisa: De que forma as
    Redes Associacionistas contribuem para a produção curricular dos/as
    professores/as que atuam em escolas localizadas no campo? Elencamos, enquanto
    objetos de estudo, a Educação do Campo (CALDART, 2004; ARROYO, 2005;
    SILVA, TORRES E LEMOS, 2012; SILVA E SILVA, 2017), as Redes
    Associacionistas (GOHN, 2001; 2005; FREITAS, 2005), e o Currículo (SILVA, 2007).
    Assim, apresentamos uma breve discussão a fim de situar nossos/as leitores/as
    sobre cada um deles. Movidos pelos objetivos geral e específicos e,
    consequentemente, pela questão central, submetemos nosso questionário – cuja
    disponibilidade se deu via Google Forms, em virtude da pandemia de coronavírus –
    à Análise do Discurso (ORLANDI, 2010), para nos aproximarmos dos sentidos e
    significados acerca da produção de currículo que carregam os discursos dos/as
    professores/as campesinos/as do município de Brejo da Madre de Deus – PE. As
    análises realizadas em torno dos dados contruídos nos revelam que os/as docentes,
    pouco ou nada apontam sobre a presença das Redes Associacionistas e/ou dos
    saberes vivenciados a partir das mesmas, tanto no seu trajeto formativo quanto na
    sua atuação profissional, o que nos conduz a novos questionamentos sobre os
    diálogos travados entre as escolas com outros espaços formativos além dos formais.


  • Mostrar Abstract
  • The present research aimed to understand, from the speeches of rural teachers,
    possible contributions of the Associationist Networks for the production of the
    curriculum. Thus, we started from the following research problem: How do the
    Associationist Networks contribute to the curriculum production of the teachers who
    work in schools located in the countryside? As objects of study, we have listed Field
    Education (CALDART, 2004; ARROYO, 2005; SILVA, TORRES E LEMOS, 2012;
    SILVA E SILVA, 2017), the Associationist Networks (GOHN, 2001; 2005; FREITAS,
    2005), and the Curriculum (SILVA, 2007). Thus, we present a brief discussion in
    order to situate our readers about each of them. Moved by the general and specific
    objectives and, consequently, by the central question, we submitted our
    questionnaire - whose availability was via Google Forms, due to the coronavirus
    pandemic - to the Discourse Analysis (ORLANDI, 2010), to approach the meanings
    and senses about the curriculum production that carry the speeches of the rural
    teachers in the municipality of Brejo da Madre de Deus - PE. The analyses
    performed around the constructed data reveal us that the teachers point out little or
    nothing about the presence of the Associative Networks and/or the knowledge
    experienced from them, both in their formative path and in their professional
    performance, which leads us to new questions about the dialogues between the
    schools and other formative spaces besides the formal ones.

2
  • MONICA BATISTA DA SILVA
  • TECENDO CAMINHOS INDICIÁRIOS DA INDUÇÃO PROFISSIONAL DE PROFESSORES INICIANTES NA CULTURA ORGANIZACIONAL ESCOLAR DE UMA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO NO AGRESTE PERNAMBUCANO

  • Orientador : MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RODNEI PEREIRA
  • LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • Data: 30/06/2021

  • Mostrar Resumo
  • Esta pesquisa se insere no campo das discussões da formação de professores e toma como objeto de estudo “a indução profissional de professores iniciantes”, explorado a partir da seguinte questão: Quais marcadores de indução profissional dos professores iniciantes subsidiam a fomentação da política de acolhimento, orientação e acompanhamento para o desenvolvimento profissional dos professores na cultura organizacional escolar de uma Rede Municipal de Educação? O objetivo geral é analisar os marcadores de indução profissional dos professores iniciantes, subsidiando a fomentação de apontamentos para a política de acolhimento, orientação e acompanhamento para o desenvolvimento profissional dos professores na cultura organizacional escolar de uma Rede Pública Municipal de Educação. Buscamos atender a este, a partir dos seguintes objetivos específicos: i) Descrever como os professores iniciantes são acolhidos, orientados e acompanhados no início da docência na cultura organizacional escolar da rede; ii) Identificar os marcadores de indução profissional dos professores iniciantes da rede que podem alimentar uma política de acolhimento, orientação e acompanhamento; e iii) Criar condições, a partir dos marcadores de indução, que ressignifiquem o olhar dos formadores para com a fomentação da política de indução com vistas ao desenvolvimento profissional dos professores iniciantes na cultura organizacional escolar da rede. Para dialogarmos acerca dos professores iniciantes fundamentamo-nos em Vaillant e Carlos Marcelo (2012), Nascimento, Flores e Xavier (2019), e Cruz, Farias e Hobold (2020); no que se refere ao entendimento de indução profissional recorremos a Wong (2004), Reis (2015), Príncepe e André (2019), e Nascimento, Flores e Xavier (2019); quanto ao tratamento da cultura organizacional escolar amparamo-nos em Libâneo (2013), Garcia (2008), Nóvoa (1999), e Oliveira (2019). O caminho teórico-metodológico se pautou em uma abordagem qualitativa, segundo Ludke e André (2013). Como lócus da pesquisa tivemos uma Rede Pública de Educação do Agreste Pernambucano. Como participantes contamos com vinte e três professores iniciantes, quatro técnicos formadores e quatro coordenadores pedagógicos. Utilizamos como instrumentos e procedimentos de produção de dados, o questionário a partir de Severino (2007) e o grupo de discussão conforme Weller (2006), articulado posteriormente a sessões de intervenção com a produção do diário reflexivo, enquanto estratégia formativa, de acordo com Zabalza (2007). Os dados foram analisados na perspectiva da análise de conteúdo, conforme Moraes (1999). Como resultados da pesquisa revelam-se a inexistência de uma política de indução profissional na rede. Nesse contexto, foram identificados marcadores de indução que envolve o apoio no início da docência, que demandam a mudança de processos formativos pautados em uma perspectiva verticalizada em direção à horizontalidade, que implica o conhecimento, a dimensão cultural da comunidade e rede de educação, o diálogo, a coletividade e valorização profissional. Por fim, a partir do trabalho com alguns dos marcadores, os formadores ressignificaram seus olhares para com a necessidade de processos de indução no início da docência, como fruto desta ressignificação emergiu a construção de diretrizes para a rede pública municipal de educação e a partir dessas, a produção de planos de trabalho, que apresentam perspectivas para formação continuada docente e por meio dessa mobiliza ações de indução.


  • Mostrar Abstract
  • Esta pesquisa se insere no campo das discussões da formação de professores e toma como objeto de estudo “a indução profissional de professores iniciantes”, explorado a partir da seguinte questão: Quais marcadores de indução profissional dos professores iniciantes subsidiam a fomentação da política de acolhimento, orientação e acompanhamento para o desenvolvimento profissional dos professores na cultura organizacional escolar de uma Rede Municipal de Educação? O objetivo geral é analisar os marcadores de indução profissional dos professores iniciantes, subsidiando a fomentação de apontamentos para a política de acolhimento, orientação e acompanhamento para o desenvolvimento profissional dos professores na cultura organizacional escolar de uma Rede Pública Municipal de Educação. Buscamos atender a este, a partir dos seguintes objetivos específicos: i) Descrever como os professores iniciantes são acolhidos, orientados e acompanhados no início da docência na cultura organizacional escolar da rede; ii) Identificar os marcadores de indução profissional dos professores iniciantes da rede que podem alimentar uma política de acolhimento, orientação e acompanhamento; e iii) Criar condições, a partir dos marcadores de indução, que ressignifiquem o olhar dos formadores para com a fomentação da política de indução com vistas ao desenvolvimento profissional dos professores iniciantes na cultura organizacional escolar da rede. Para dialogarmos acerca dos professores iniciantes fundamentamo-nos em Vaillant e Carlos Marcelo (2012), Nascimento, Flores e Xavier (2019), e Cruz, Farias e Hobold (2020); no que se refere ao entendimento de indução profissional recorremos a Wong (2004), Reis (2015), Príncepe e André (2019), e Nascimento, Flores e Xavier (2019); quanto ao tratamento da cultura organizacional escolar amparamo-nos em Libâneo (2013), Garcia (2008), Nóvoa (1999), e Oliveira (2019). O caminho teórico-metodológico se pautou em uma abordagem qualitativa, segundo Ludke e André (2013). Como lócus da pesquisa tivemos uma Rede Pública de Educação do Agreste Pernambucano. Como participantes contamos com vinte e três professores iniciantes, quatro técnicos formadores e quatro coordenadores pedagógicos. Utilizamos como instrumentos e procedimentos de produção de dados, o questionário a partir de Severino (2007) e o grupo de discussão conforme Weller (2006), articulado posteriormente a sessões de intervenção com a produção do diário reflexivo, enquanto estratégia formativa, de acordo com Zabalza (2007). Os dados foram analisados na perspectiva da análise de conteúdo, conforme Moraes (1999). Como resultados da pesquisa revelam-se a inexistência de uma política de indução profissional na rede. Nesse contexto, foram identificados marcadores de indução que envolve o apoio no início da docência, que demandam a mudança de processos formativos pautados em uma perspectiva verticalizada em direção à horizontalidade, que implica o conhecimento, a dimensão cultural da comunidade e rede de educação, o diálogo, a coletividade e valorização profissional. Por fim, a partir do trabalho com alguns dos marcadores, os formadores ressignificaram seus olhares para com a necessidade de processos de indução no início da docência, como fruto desta ressignificação emergiu a construção de diretrizes para a rede pública municipal de educação e a partir dessas, a produção de planos de trabalho, que apresentam perspectivas para formação continuada docente e por meio dessa mobiliza ações de indução.

3
  • EUNICE PEREIRA DA SILVA
  • IMPACTO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO GRUPO GEPERGES AUDRE LORDE NA PRÁTICA PEDAGÓGICA REALIZADA POR PROFESSORAS(ES) DE ENFRENTAMENTO DO RACISMO NO ESPAÇO ESCOLAR

  • Orientador : JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DENISE MARIA BOTELHO
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
  • Data: 02/07/2021

  • Mostrar Resumo
  • Esta dissertação apresenta os resultados da pesquisa vinculada ao curso de Mestrado em Educação Contemporânea, do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico do Agreste e à linha de pesquisa Educação e Diversidade. Esta pesquisa parte da seguinte indagação: de que forma a participação em atividades desenvolvidas em grupo de pesquisa contribui na formação das professoras para o enfrentamento do racismo em sala de aula? Traçamos como objetivo geral: Compreender a partir da visão das professoras a relação entre a participação em grupo de pesquisa e suas práticas de enfrentamento do racismo em sala de aula. São os objetivos específicos: a) Identificar e caracterizar as atividades formativas que as professoras vivenciam no grupo de pesquisa voltadas para uma educação antirracista; b) Identificar as faces do racismo vivenciado pelas professoras em sala de aula; c) Analisar as práticas docentes de enfrentamento do racismo que se materializam pela influência da participação das professoras em grupo pesquisa. Esta reflexão se encontra alicerçada nos estudos pós-coloniais a partir dos conceitos de colonialismo/colonização, colonialidade e de seus eixos: poder, saber e ser (QUIJANO, 2000; MIGNOLO, 2005; GROSFOGUEL, 2007a; WALSH, 2007, 2012), que emergem das lutas dos movimentos sociais. Esta abordagem tem as culturas silenciadas como objeto de estudo, analisando os enfrentamentos políticos e epistêmicos frente às heranças coloniais que violaram/violam e negaram/negam as diferenças dos povos, sejam elas físicas, epistêmicas, culturais ou geográficas, e dialoga com o feminismo negro (COLLINS, 2016, 2019; GONZALEZ, 1984, 1988, 2011; HOOKS, 2013, 2015, 2018; CRENSHAW, 2002; LORDE, 2003), em aproximação dos pares conceituais Colonialidade e interseccionalidade. Para o levantamento bibliográfico, pautamos as fases dos procedimentos seguindo a lógica de Análise de Conteúdo via Análise Temática (BARDIN, 2004; VALA, 1999). As análises nos possibilitaram concluir que espaços formativos como grupos de pesquisa podem se configurar como lugar possível para o (re)conhecimento das marcas coloniais em nossa sociedade e, consequentemente, na sala de aula. Compreendemos, também, que o olhar das professoras orientado pelos seus diferentes saberes contribui para o enriquecimento de suas práticas pedagógicas docentes.


  • Mostrar Abstract
  • O presente projeto de qualificação está vinculado a uma pesquisa desenvolvida no curso de Mestrado em Educação Contemporânea, do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico do Agreste e à linha de pesquisa “Educação e Diversidade”. A linha de pesquisa caracteriza-se pelo estudo das experiências educativas relacionadas à educação e diversidade, contemplando investigações que abordam o âmbito escolar e não escolar. Esta pesquisa parte da seguinte indagação: De que forma a participação em atividades desenvolvidas em grupo de pesquisa contribui na formação das(os) professoras(es) para o enfrentamento do racismo em sala de aula? Traçamos como objetivo geral: Compreender a relação entre a participação das(os) professoras(os) no grupo de pesquisa e suas práticas docentes de enfrentamento do racismo em sala de aula. São os objetivos específicos: a) Identificar e caracterizar as atividades formativas que as(os) professoras(os) vivenciam no grupo de pesquisa voltadas para uma educação antirracista; b) Identificar e caracterizar as faces do racismo vivenciado pelas(os) professoras em sala de aula; c) Identificar e caracterizar as práticas docentes de enfrentamento do racismo que se materializam pela influência da participação das(os) professoras(os) no grupo pesquisa. Esta reflexão se encontra alicerçada nos estudos pós-coloniais a partir dos conceitos de colonialismo/colonização, Colonialidade e de seus eixos: poder, saber e ser (QUIJANO, 2000, 2005; MIGNOLO, 2005; GROSFOGUEL 2007; WALSH, 2012, 2017), que emergem das lutas dos movimentos sociais. Esta abordagem tem as culturas silenciadas como objeto de estudo, analisando os enfrentamentos políticos e epistêmicos frente às heranças coloniais que violaram/violam e negaram/negam as diferenças dos povos, sejam elas físicas, epistêmicas, culturais ou geográficas, e dialoga com o feminismo negro (COLLINS, 2019, 2018, 2016;GONZALES, 1984,1988, 2011; HOOKS, 2013, 2015, 2018; CRENSHAW, 2002; LORDE, 2003; AKOTIRENE, 2018), em aproximação dos pares conceituais Colonialidade e interseccionalidade. Para o levantamento bibliográfico, pautamos as fases dos procedimentos seguindo a lógica de Análise de Conteúdo via Análise Temática (BARDIN, 2004; VALA, 1999), que ocorre em três fases, sendo elas: 1) Pré-análise; 2) Exploração do material; e 3) Tratamento e inferências. As escolhas se devem ao fato de que espaços formativos como os grupos de pesquisa podem se configurar como lugar possível para o (re)conhecimento das marcas coloniais em nossa sociedade e, consequentemente, na sala de aula. Compreendemos, também, que o olhar das(os) professoras(es) orientados pelos seus diferentes saberes contribuem para o enriquecimento de suas práticas pedagógicas docentes.

4
  • MARIA MANNUELLA SANTOS DE ALMEIDA
  • CONTRIBUIÇÕES DO PIBID DIVERSIDADE PARA A PRÁTICA DOCENTE: UM OLHAR SOBRE AS CONSIDERAÇÕES DE PROFESSORAS INDÍGENAS DE PERNAMBUCO.

  • Orientador : SAULO FERREIRA FEITOSA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • Data: 08/07/2021

  • Mostrar Resumo
  • A promulgação da Constituição Federal do Brasil em 1988 admitiu a possibilidade de ruptura com a perspectiva assimilacionista e integracionista que objetivava integrar os indígenas à sociedade nacional, considerando esses povos como etnias sujeitas ao desaparecimento. No âmbito da educação, possibilitou a criação de novas leis e normas que visam garantir uma educação escolar indígena específica, intercultural, e bilíngue, com organização, ordenamentos e estruturas próprias. Dentre os processos de escolarização dos povos indígenas, há também a preocupação em oferecer para os professores e professoras indígenas acesso à uma formação específica e diferenciada. Em Pernambuco, a formação de professores e professoras indígenas foi e é objeto central de debates e ações do próprio movimento indígena, discussões que se fortalecem principalmente a partir da criação da Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco (COPIPE). A presente dissertação discutiu as contribuições do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência para a Diversidade (PIBID-DIVERSIDADE) para a prática docente dos professores/as indígenas em Pernambuco, especificamente, as egressas do subgrupo de trabalho “Processos próprios de ensino e aprendizagem”. A pesquisa evidenciou que o programa se constituiu como um processo formativo inclinado a uma pedagogia decolonial e contribuiu para a melhoria das práticas docentes das professoras. E de um modo mais amplo, também para a melhoria da educação escolar indígena.


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  • A promulgação da Constituição Federal do Brasil em 1988 admitiu a possibilidade de ruptura com a perspectiva assimilacionista e integracionista que objetivava integrar os indígenas à sociedade nacional, considerando esses povos como etnias sujeitas ao desaparecimento. No âmbito da educação, possibilitou a criação de novas leis e normas que visam garantir uma educação escolar indígena específica, intercultural, e bilíngue, com organização, ordenamentos e estruturas próprias. Dentre os processos de escolarização dos povos indígenas, há também a preocupação em oferecer para os professores e professoras indígenas acesso à uma formação específica e diferenciada. Em Pernambuco, a formação de professores e professoras indígenas foi e é objeto central de debates e ações do próprio movimento indígena, discussões que se fortalecem principalmente a partir da criação da Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco (COPIPE). A presente dissertação discutiu as contribuições do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência para a Diversidade (PIBID-DIVERSIDADE) para a prática docente dos professores/as indígenas em Pernambuco, especificamente, as egressas do subgrupo de trabalho “Processos próprios de ensino e aprendizagem”. A pesquisa evidenciou que o programa se constituiu como um processo formativo inclinado a uma pedagogia decolonial e contribuiu para a melhoria das práticas docentes das professoras. E de um modo mais amplo, também para a melhoria da educação escolar indígena.

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  • TAMIRES BARROS VELOSO
  • PRÁTICAS ARTICULATÓRIAS PRODUZIDAS NAS NEGOCIAÇÕES DAS POLÍTICAS - PRÁTICAS CURRICULARES NO CENÁRIO PANDÊMICO DA COVID-19

  • Orientador : LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
  • LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
  • MARIA ANGELICA DA SILVA
  • Data: 30/07/2021

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  • Esta pesquisa, intitulada Práticas articulatórias produzidas nas negociações das políticas-práticas curriculares no cenário pandêmico da COVID-19, emergiu a partir de questionamentos sobre a possibilidade de mobilização de políticas curriculares nas práticas curriculares e se inscreveu nas discussões acerca do caráter político das produções curriculares nas práticas curriculares docentes. Assim, buscamos compreender os modos como políticas curriculares estiveram sendo mobilizadas nos processos de negociações curriculares no âmbito das articulações discursivas das práticas curriculares de professores dos anos iniciais do ensino fundamental no cenário pandêmico da COVID-19. Utilizamos, autores como Silva, Gonçalves, Almeida (2018), dentre outros, significando, parcialmente, a prática curricular como um complexo movimento discursivo, envolto de processos de negociações curriculares mobilizados a partir das articulações discursivas do/no currículo pensado-vivido. Nesta direção, dialogamos com a Teoria do Discurso (LACLAU; MOUFFE, 2015; MOUFFE, 2015; LACLAU, 2011), em nosso percurso teórico-metodológico, utilizamos, questionário, formulário na plataforma do Google® e entrevista como instrumentos na produção dos dados. Como resultados, identificamos, processos de negociações na produção discursiva das práticas curriculares das professoras para além das influências dos materiais pedagógicos dos programas e planos de ensino enviados para desenvolvimento das aulas remotas, evidenciando, a emergência de políticas curriculares nas ações/decisões construídas cotidianamente considerando as necessidades pedagógicas digitais dos/as alunos/as.


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  • Esta pesquisa, intitulada Práticas articulatórias produzidas nas negociações das políticas-práticas curriculares no cenário pandêmico da COVID-19, emergiu a partir de questionamentos sobre a possibilidade de mobilização de políticas curriculares nas práticas curriculares e se inscreveu nas discussões acerca do caráter político das produções curriculares nas práticas curriculares docentes. Assim, buscamos compreender os modos como políticas curriculares estiveram sendo mobilizadas nos processos de negociações curriculares no âmbito das articulações discursivas das práticas curriculares de professores dos anos iniciais do ensino fundamental no cenário pandêmico da COVID-19. Utilizamos, autores como Silva, Gonçalves, Almeida (2018), dentre outros, significando, parcialmente, a prática curricular como um complexo movimento discursivo, envolto de processos de negociações curriculares mobilizados a partir das articulações discursivas do/no currículo pensado-vivido. Nesta direção, dialogamos com a Teoria do Discurso (LACLAU; MOUFFE, 2015; MOUFFE, 2015; LACLAU, 2011), em nosso percurso teórico-metodológico, utilizamos, questionário, formulário na plataforma do Google® e entrevista como instrumentos na produção dos dados. Como resultados, identificamos, processos de negociações na produção discursiva das práticas curriculares das professoras para além das influências dos materiais pedagógicos dos programas e planos de ensino enviados para desenvolvimento das aulas remotas, evidenciando, a emergência de políticas curriculares nas ações/decisões construídas cotidianamente considerando as necessidades pedagógicas digitais dos/as alunos/as.

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  • NATALLY ARAUJO DA SILVA GALINDO
  • “ÍNDIO TEM QUE SER ARTILOSO E NÃO ARTISTA": ENSINO DE ARTE XUKURU DO ORORUBÁ

  • Orientador : SANDRO GUIMARAES DE SALLES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELIENE AMORIM DE ALMEIDA
  • ROSANE FREIRE LACERDA
  • SANDRO GUIMARAES DE SALLES
  • SAULO FERREIRA FEITOSA
  • Data: 27/08/2021

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  • A presente dissertação, sob o viés do pensamento pós-colonial, versa sobre o ensino de arte, no território indígena Xukuru do Ororubá, situado no município de Pesqueira-PE. Partindo do pressuposto de que a educação escolar Xukuru está orientada para a formação de guerreiras(os), elaboramos a seguinte questão de pesquisa: existe um processo de resistência e fortalecimento da identidade étnica e cultural do povo Xukuru do Ororubá através do ensino de arte? O nosso objetivo geral consistiu em compreender se o ensino de arte corrobora o fortalecimento da identidade e cultura indígena da comunidade em destaque. Elencamos como objetivos específicos, apontar as principais discussões realizadas pelas(os) professoras(es) sobre a educação, com foco no ensino de arte; sistematizar os principais conteúdos e metodologias utilizadas no ensino de arte; e analisar se o Currículo de Arte Indígena Xukuru do Ororubá é pautado sob uma proposta pedagógica de ensino, que pode ser percebida como de(s)colonial, em prol da resistência e fortalecimento identitário cultural. Através da etnografia, por meio de conversações, buscamos entender as definições de arte, à luz das(os) próprias(os) educadoras(es) Xukuru, as(os) detentoras(es) dos saberes sobre o tema. Com base nas experiências etnográficas que pudemos vivenciar, bem como a partir das reflexões sobre os dados emergidos, a pesquisa nos mostrou que o ensino de arte apresenta características de(s)coloniais, em favor da arte da resistência, para o fortalecimento da identidade, da cultura e da educação escolar do povo Xukuru do Ororubá.


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  • A presente dissertação, sob o viés do pensamento pós-colonial, versa sobre o ensino de arte, no território indígena Xukuru do Ororubá, situado no município de Pesqueira-PE. Partindo do pressuposto de que a educação escolar Xukuru está orientada para a formação de guerreiras(os), elaboramos a seguinte questão de pesquisa: existe um processo de resistência e fortalecimento da identidade étnica e cultural do povo Xukuru do Ororubá através do ensino de arte? O nosso objetivo geral consistiu em compreender se o ensino de arte corrobora o fortalecimento da identidade e cultura indígena da comunidade em destaque. Elencamos como objetivos específicos, apontar as principais discussões realizadas pelas(os) professoras(es) sobre a educação, com foco no ensino de arte; sistematizar os principais conteúdos e metodologias utilizadas no ensino de arte; e analisar se o Currículo de Arte Indígena Xukuru do Ororubá é pautado sob uma proposta pedagógica de ensino, que pode ser percebida como de(s)colonial, em prol da resistência e fortalecimento identitário cultural. Através da etnografia, por meio de conversações, buscamos entender as definições de arte, à luz das(os) próprias(os) educadoras(es) Xukuru, as(os) detentoras(es) dos saberes sobre o tema. Com base nas experiências etnográficas que pudemos vivenciar, bem como a partir das reflexões sobre os dados emergidos, a pesquisa nos mostrou que o ensino de arte apresenta características de(s)coloniais, em favor da arte da resistência, para o fortalecimento da identidade, da cultura e da educação escolar do povo Xukuru do Ororubá.

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  • JULIANA SOARES DOS SANTOS
  • ENSINO E APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA NA EJA: O QUE DIZEM PROFESSORES ALFABETIZADORES

  • Orientador : ALEXSANDRO DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRO DA SILVA
  • MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
  • ADRIANA CAVALCANTI DOS SANTOS
  • Data: 28/09/2021

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  • O presente trabalho, que se inscreve no campo da alfabetização na Educação de Jovens e Adultos, teve como principal objetivo compreender o que dizem professores alfabetizadores da EJA sobre o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita na alfabetização de jovens e adultos. Na fundamentação teórica apoiamo-nos em autores como Haddad e Di Pierro (2000), Galvão e Soares (2006), Paulo Freire (1981, 1989, 2006), Magda Soares (1999, 2004, 2009), entre outros. Consideramos também alguns documentos oficiais e marcos importantes que versam sobre a educação e a alfabetização e o letramento na EJA. Nosso percurso metodológico teve como principal instrumento entrevistas semiestruturadas (MINAYO, 2007; MANZINI, 2004), realizadas por meio do Google Meet com 10 professores alfabetizadores da EJA de cidades da região Agreste de Pernambuco. No tocante à técnica de análise dos dados obtidos, utilizamos a Análise de Conteúdo, apoiados em Bardin (2009). Como resultados principais, com relação às práticas docentes, destacamos que, de acordo com as falas dos participantes do estudo, o trabalho com o alfabeto móvel constitui, a atividade de alfabetização mais realizada nas turmas, seguida pela identificação de letras, de sílabas e de palavras e sua formação. O trabalho com as letras dos nomes dos educandos também foi citado com frequência e a realização de atividades do eixo do letramento também foi perceptível nas entrevistas analisadas. Quanto à questão das percepções dos alfabetizadores com relação à aprendizagem de seus educandos, os entrevistados salientaram que o avanço na alfabetização ocorreria, principalmente, devido à vontade e ao interesse desses alfabetizandos aprenderem. Além disso, mencionaram materiais e atividades diversificados e adequados aos estudantes e suas realidades escolares. Ressaltaram também a importância do trabalho do professor e a existência de uma boa relação entre alfabetizadores e alfabetizandos como contribuição para o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita na alfabetização nas turmas de EJA.


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  • O presente trabalho, que se inscreve no campo da alfabetização na Educação de Jovens e Adultos, teve como principal objetivo compreender o que dizem professores alfabetizadores da EJA sobre o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita na alfabetização de jovens e adultos. Na fundamentação teórica apoiamo-nos em autores como Haddad e Di Pierro (2000), Galvão e Soares (2006), Paulo Freire (1981, 1989, 2006), Magda Soares (1999, 2004, 2009), entre outros. Consideramos também alguns documentos oficiais e marcos importantes que versam sobre a educação e a alfabetização e o letramento na EJA. Nosso percurso metodológico teve como principal instrumento entrevistas semiestruturadas (MINAYO, 2007; MANZINI, 2004), realizadas por meio do Google Meet com 10 professores alfabetizadores da EJA de cidades da região Agreste de Pernambuco. No tocante à técnica de análise dos dados obtidos, utilizamos a Análise de Conteúdo, apoiados em Bardin (2009). Como resultados principais, com relação às práticas docentes, destacamos que, de acordo com as falas dos participantes do estudo, o trabalho com o alfabeto móvel constitui, a atividade de alfabetização mais realizada nas turmas, seguida pela identificação de letras, de sílabas e de palavras e sua formação. O trabalho com as letras dos nomes dos educandos também foi citado com frequência e a realização de atividades do eixo do letramento também foi perceptível nas entrevistas analisadas. Quanto à questão das percepções dos alfabetizadores com relação à aprendizagem de seus educandos, os entrevistados salientaram que o avanço na alfabetização ocorreria, principalmente, devido à vontade e ao interesse desses alfabetizandos aprenderem. Além disso, mencionaram materiais e atividades diversificados e adequados aos estudantes e suas realidades escolares. Ressaltaram também a importância do trabalho do professor e a existência de uma boa relação entre alfabetizadores e alfabetizandos como contribuição para o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita na alfabetização nas turmas de EJA.

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  • ERIKA PATRICIA BARBOSA DE LIMA
  • NAVEGANDO NO FEMINISMO DIGITAL PARA CONSTRUIR O AUTOEMPODERAMENTO: O Caso da Marcha Mundial das Mulheres na América Latina.

  • Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALLENE CARVALHO LAGE
  • ELIZABETH MARIA DA SILVA
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • Data: 29/11/2021

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  • As redes sociais são ferramentas poderosas como instrumentos de comunicação que contribuem
    para formação política-educativa de mulheres. Essas ferramentas proporcionam uma maior
    visibilidade, alcance e protagonismo, as feministas têm ocupado esses espaços para que outras
    mulheres possam construir saberes que compreendam práticas emancipatórias, libertárias e
    revolucionárias. A presente pesquisa é um estudo sobre o potencial das redes socias da Marcha
    Mundial das Mulheres (MMM) - Núcleo Soledad Barrett para a formação política das mulheres.
    A pesquisa teve como objetivo geral, estudar como ocorre o processo de formação política para
    o autoempoderamento de mulheres por meio das redes sociais feministas. As referências teóricas
    estão alicerçadas em autoras/autores que discutem sobre Feminismo, Redes Sociais, Educação
    Popular Feminista, Educação e Movimentos Sociais, Empoderamento, Feminismo Digital e
    Formação Política. Utilizamos a abordagem qualitativa, visando entender os processos e discursos
    por meio das subjetividades e compressão da realidade, o método de análise abordado foram o
    método do Caso Alargado, seguindo as contribuições de Santos (1982) em aporte epistemológico
    e qualitativo de Bardin (2011) com a análise de conteúdo. A construção metodológica aconteceu
    através da roda de diálogo virtual e de postagens realizadas pelas ativistas da Marcha em suas
    redes sociais. Como resultados, este estudo alarga a compreensão da relevância das redes sociais
    para contribuições das ações político-pedagógicas protagonizadas pelos grupos feministas que adotam as plataformas digitais enquanto instrumento de autoempoderamento, formação política-educativa e emancipação.


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  • Social networks are powerful tools as communication tools that contribute to the political and
    educational formation of women. As they are tools that provide greater visibility, reach and
    protagonism, feminists have increasingly occupied these spaces so that other women can build
    knowledge that includes emancipatory, libertarian and revolutionary practices. This research
    is a study on the potential of social networks of the World March of Women (MMM) – Core
    Soledad Barrett for the political formation of women. In this direction, the research aimed to
    study how the process of political formation for women's self-empowerment occurs through
    feminist social networks. The theoretical references are based on authors and authors who
    discuss Feminism, Social Networks, Feminist Popular Education, Education and Social
    Movements, Empowerment, Digital Feminism and Political Formation. We used the
    qualitative approach, aiming to understand the processes and discourses through the
    subjectivities and compression of reality, thus, the method of analysis approached was the
    Extended Case method, following the contributions of Santos (1982) in epistemological and
    qualitative input by Bardin (2011) from content analysis. The methodological construction of
    the research took place through the circle of virtual dialogue and posts made by the activists
    of the March on their social networks. As a result, this study broadens the understanding of
    the relevance of social networks for contributions to political-pedagogical actions carried out
    by feminist groups that adopt digital platforms as an instrument of self-empowerment,
    political-educational training and emancipation. We emphasize that the pedagogical role we
    find in the social networks of the MMM - Núcleo Soledad Barrett, presents us with a Popular
    Feminist Education that gives rise to a social revolution in women.

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  • MARIA HELENA RAMOS DE SOUZA CARVALHO
  • A MATEMÁTICA EM AÇÃO NO CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM AGROECOLOGIA DO SERTA

  • Orientador : IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROMIER DA PAIXÃO SOUSA
  • ALDINETE SILVINO DE LIMA
  • IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • Data: 08/12/2021

  • Mostrar Resumo
  • A pesquisa tem por objetivo compreender a matemática em ação no Curso Técnico de Nível
    Médio em Agroecologia do Serviço de Tecnologia Alternativa, em Pernambuco, para trabalhar
    conhecimentos agroecológicos. Para fundamentá-la pautamo-nos nos domínios da
    Agroecologia como ciência, modo de produção e movimento social e político; na Educação do
    Campo, como território de produção de conhecimentos agroecológicos; e na Educação
    Matemática Crítica, com foco no conceito de matemática em ação. Participaram da pesquisa
    três professores do curso que ensinam os componentes curriculares: História dos Movimentos
    Sociais do Campo; Nutrição e Adubação Orgânica; Legislação Ambiental. Os dados foram
    coletados por meio dos seguintes instrumentos: análise do Projeto Político Pedagógico (PPP),
    dos planos de curso e dos textos trabalhados pelos professores; observação e análise de
    gravações dos webs seminários (aulas) realizados no período da pandemia da Covid-19; e
    entrevistas semiestruturadas com os professores participantes. Os dados foram tratados à luz
    das categorias analíticas: imaginação tecnológica, raciocínio hipotético, e realização que
    derivam da Educação Matemática Crítica. Os resultados da pesquisa mostram a matemática em
    ação nas aulas dos professores para trabalhar conhecimentos agroecológicos relacionados,
    sobretudo, à dimensão da prática na Agroecologia associada às dimensões econômicas, sociais
    e produtivas e ao manejo do agroecossistema. Os conteúdos matemáticos dos campos das
    Grandezas e suas Medidas, Números e Operações, Estatística e Geometria foram os mais
    utilizados pelos professores nos exemplos e atividades trabalhados nos webs seminários.


  • Mostrar Abstract
  • The research aims to understand mathematics-in-action in the Technical Course of Secondary
    Level in Agroecology at the Alternative Technology Service in Pernambuco, looking for work
    on agroecological knowledge. To fundament it, we base on the domains of Agroecology as a
    science, mode of production, and social and political movement; in Field Education, as a
    territory for the production of agroecological knowledge; and in Critical Mathematics
    Education, with a focus on the concept of mathematics-in-action. Three professors from the
    course, who teach the curricular components History of Social Movements in the rural area,
    Nutrition and Organic Fertilization, Environmental legislation, participated in the research. The
    data were collected through the following instruments: analysis of the Pedagogical Political
    Project (PPP), course plans and texts written by teachers; observation and analysis of recordings
    of web seminars (classes), realized during the Covid-19 pandemic period; and semi-structured
    interviews with participating teachers. We analyzed the data in the light of the following
    analytical categories: technological imagination, hypothetical reasoning, and Critical
    Mathematics Education. By aiming to approach agroecological knowledge, teachers
    mathematics-in-action is related to agroecology's practice dimension, associated with the
    economic, social, and productive dimensions, and agroecosystem management. Mathematical
    contents from Magnitudes, Numbers, Statistics and Geometry, were the most used by teachers
    in the examples and activities in web seminars.

10
  • GILVANIA GOMES DE MOURA
  • EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA PRÁTICA DOCENTE DO ENSINO MÉDIO DE UMA ESCOLA NO TERRITÓRIO CAMPESINO DE PASSIRA-PE: um olhar para o enfrentamento do racismo

  • Orientador : JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MICHELE GUERREIRO FERREIRA
  • Data: 09/12/2021

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  • Esta pesquisa trata sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais com um olhar para o
    Enfrentamento do Racismo nas Práticas Docentes no Ensino Médio em uma Escola no
    Território Campesino de Passira-PE. Vincula-se à Linha de Pesquisa Educação e
    Diversidade no Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea, Curso de
    Mestrado do Campus Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco.
    Tecemos o percurso teórico-metodológico de desenvolvimento da pesquisa em diálogo
    com a Abordagem Teórica dos Estudos Pós-Coloniais, (QUIJANO, 2000, 2005;
    MIGNOLO 2005; GROSFOGUEL 2007; WALSH 2008), possibilitando-nos uma
    discussão sobre os sujeitos que foram/são subalternizados. Tivemos como Objetivo
    Geral: compreender como os(as) professores(as) do ensino médio de uma escola
    localizada no território campesino de Passira-PE identificam e lidam com o racismo.
    Como Objetivos Específicos: 1o) Identificar as práticas de enfrentamento do racismo
    desenvolvidas pelos(as) professores(as); 2o) Identificar as concepções de racismo
    dos(as) professores(as); 3o) Elencar os desafios dos(as) professores(as) nas práticas de
    enfrentamento do racismo. Para os procedimentos de coleta dos dados usamos o
    questionário (MARCONI; LAKATOS, 1999) e a entrevista semiestruturada (BARDIN,
    2011). Na realização da análise dos dados utilizamos como procedimento a técnica da
    Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011) e (VALA, 1990). As análises evidenciam que a
    Educação das Relações Étnico-Raciais com o olhar para o Enfrentamento do Racismo
    nas práticas docentes se traduz de modo que os(as) professores(as) diante das situações
    de racismo, promovem ações que caminham na fronteira de uma educação antirracista
    por meio do diálogo e interação com os(as) alunos(as). A análise também nos revela
    práticas de uma educação antirracista que se consolida na tensão entre a
    Colonialidade/Decolonialidade, onde frisamos que a herança colonial ainda perpassa o
    currículo escolar e silencia conteúdos sobre sujeitos e culturas outras, predominando-se
    o eurocentrismo.


  • Mostrar Abstract
  • This research deals with the Education of Ethnic-Racial Relations with a view to
    Confronting Racism in Teaching Practices in High School in a School in the Campesino
    Territory of Passira-PE. It is linked to the Education and Diversity Research Line in the
    Post-Graduate Program in Contemporary Education, Master's Course at the Academic

    Campus of Agreste, Federal University of Pernambuco. We weave the theoretical-
    methodological path of research development in dialogue with the Theoretical

    Approach of Post-Colonial Studies, (QUIJANO, 2000, 2005; MIGNOLO 2005;
    GROSFOGUEL 2007; WALSH 2008), enabling us to discuss the subjects who were/
    they are subordinate. Our General Objective was to understand how high school
    teachers at a school located in the countryside of Passira-PE identify and deal with
    racism. As Specific Objectives: 1st) To identify the practices of confronting racism
    developed by the teachers; 2nd) Identify the teachers' conceptions of racism; 3rd) List
    the challenges of teachers in the practices of confronting racism. For data collection

    procedures we used the questionnaire (MARCONI; LAKATOS, 1999) and the semi-
    structured interview (BARDIN, 2011). In carrying out the data analysis, we used the

    technique of Content Analysis (BARDIN, 2011) and (VALA, 1990) as a procedure. The
    analyzes show that the Education of Ethnic-Racial Relations, with a view to
    Confronting Racism in teaching practices, translates into a way that teachers, when
    faced with situations of racism, promote actions that walk on the frontier of an
    education anti-racist through dialogue and interaction with students. The analysis also
    reveals practices of an anti-racist education that is consolidated in the tension between
    Coloniality/Decoloniality, where we emphasize that the colonial heritage still permeates
    the school curriculum and silences contents about other subjects and cultures, with a
    predominance of Eurocentrism.

2020
Dissertações
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  • CLEMILTON FERNANDO BARBOSA TABOSA
  • CEPA: um rosto e processos próprios de tradução da educação popular em Caruaru-PE

  • Orientador : EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EVERALDO FERNANDES DA SILVA
  • ALLENE CARVALHO LAGE
  • JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
  • Data: 17/12/2020

  • Mostrar Resumo
  • A presente pesquisa procurou compreender os princípios e as formas de tradução da
    Educação Popular latente nas práticas educativas desenvolvidas pelo Centro de Educação
    Popular Assunção (CEPA). O cenário, pois, é uma organização social surgida da iniciativa de
    lideranças da Vila Padre Inácio, periferia de Caruaru-PE-Brasil, sob animação de um grupo de
    religiosas consagradas da Congregação das Irmãzinhas da Assunção. Buscamos nos
    referenciais teóricos dos Movimentos Sociais, da Educação Popular e da Pedagogia Popular
    Latino-americana, em diálogo com a Espiritualidade da Congregação das Irmãzinhas da
    Assunção, legada por seus/suas fundadores/as ao CEPA, apoios para compreender as traduções
    da Educação Popular nas práticas socioeducativas da organização social pesquisada. Os/as
    principais expoentes e subsidiários/as desses referenciais teóricos dialogaram, resultando na
    produção de um conhecimento que permitiu uma aproximação compreensiva da realidade
    investigada. Paulo Freire (1996, 2018), Estevão Pernet (2005), Antonieta Fage (2005) foram
    os/as principais interlocutores/as, auxiliados por Carlos Henrique Brandão (2013, 2016), Alder
    Júlio Calado (2008), Maria da Glória Gohn (2013), Danilo R. Streck (2010), Gustavo Gutiérrez
    (1975), José Comblin (1985), Leonardo Boff (1987, 2015), Marie-Noëlle de la Basserière
    (2005), entre outros/as. A metodologia qualitativa foi empregada a partir do método do Caso
    Alargado, utilizado inicialmente por Boaventura de Sousa Santos (1983) e melhor explicitado
    por Allene Lage (2009, 2013), tendo sido adotado como instrumentos de coleta de dados as
    entrevistas semiestruturadas, a observação participante e a análise de documentos, enquanto
    que para a análise e organização dos dados, utilizamos a Análise de Conteúdo, com ênfase nos
    eixos temáticos, na ótica de Laurence Bardin (1977). Os resultados obtidos, isto é, uma
    Educação contextualizada, a Formação político-cidadã, a Gestão democrática participativa e o
    Protagonismo Feminino atestam tanto a convergência das práticas educativas realizadas pelo
    CEPA a partir dos princípios da educação popular freireana e da espiritualidade dos/as
    fundadores/as da Congregação, bem como a forma que o CEPA contextualmente traduziu a
    Educação Popular no chão agrestino de Pernambuco.


  • Mostrar Abstract
  • This research sought to understand the principles and forms of translation of latent
    Popular Education in the educational practices developed by the Centro de Educação Popular
    Assunção (CEPA). The background, therefore, is a social organization arising from the
    leadership initiative of Vila Padre Inácio, in the periphery of Caruaru-PE-Brasil, under the
    liveliness of a group of consecrated women from the Congregation of the Little Sisters of
    Assumption. We searched the theoretical benchmarks of Social Movements, Popular Education
    and Latin American Popular Pedagogy, in dialogue with the Spirituality of the Congregation of
    the Little Sisters of the Assumption, bequeathed by their founders to CEPA, for support to
    understand the translations of Popular Education in the socio-educational practices of the
    researched social organization. The main exponents and subsidiaries of these theoretical
    references conversed, resulting in the production of knowledge that allowed a comprehensive
    approach to the investigated reality. Paulo Freire (1996, 2018), Estevão Pernet (2005),
    Antonieta Fage (2005) were the main interlocutors, assisted by Carlos Henrique Brandão (2013,
    2016), Alder Júlio Calado (2008), Maria da Glória Gohn (2013), Danilo Streck (2010), Gustavo
    Gutiérrez (1975), José Comblin (1985), Leonardo Boff (1987, 2015), Marie-Noëlle de la
    Basserière (2005), among others (et al.). The qualitative methodology was employed based on
    the Extended Case method, initially used by Boaventura de Sousa Santos (1983) and better

    explained by Allene Lage (2009, 2013), having been adopted as data collection tools the semi-
    structured interviews, participant observation and document analysis, whereas for data analysis

    and organization, we made use of Content Analysis, with emphasis on the thematic axes, from
    the standpoint of Laurence Bardin (1977). The results obtained, i.e., contextualized Education,
    Political-Citizen Formation, Participatory Democratic Management and Female Protagonism
    attest to both the convergence of educational practices carried out by CEPA based on the
    principles of Freire's popular education and the founders' spirituality/as of the Congregation, as
    well as the way that CEPA contextually translated Popular Education in the agrestino
    (geographical area of Pernambuco State) ground of Pernambuco.

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