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Dissertações |
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MARCIA BATISTA DA SILVA
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A PRODUÇÃO DOS SABERES DOCENTES NA CONTINGÊNCIA PEDAGÓGICA: necessidades formativas e a indução profissional de professores iniciantes
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Orientador : MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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MARLI AMÉLIA LUCAS DE OLIVEIRA
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Data: 05/01/2023
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A pesquisa situa-se nas discussões acerca da formação de professores iniciantes. Tomamos como objeto de estudo “os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes e alimentadores da indução profissional” desenvolvida no PPGEduC/UFPE-CAA. Como questão de pesquisa temos: quais os saberes docentes emergentes da contingência advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes que contribuem para a indução profissional? E o objetivo geral: Analisar os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos iniciantes, que contribuem para a indução profissional. Fundamentamos para discutir os saberes docentes em Tardif (2014), Gauthier (2006), Borges (2004) e Cunha (2007); contingência pedagógica a concebemos enquanto o movimento de imprevisibilidade experienciado no contexto escolar; necessidades formativas conforme Ramalho e Núñes (2011), Bandeira (2014), Sousa, Rocha, Oliveira e Franco (2020); indução profissional amparada em Wong (2020), Roldão (2012), Cruz, Farias e Hobold (2020); e professores iniciantes com Carlos Marcelo (1999), Mendonça (2019), Huberman (1995), Almeida, Reis, Gomboeff e André (2020) e Silva (2021). A metodologia pautou-se na abordagem qualitativa (LUDKE e ANDRÉ, 2018). Os procedimentos para a produção dos dados deram-se a partir da análise documental, do questionário via Google Formulário (GIL, 2008), do grupo de discussão (MEINERZ, 2011) e das sessões de intervenção (GOUVEIA, 2020). Os dados foram analisados na perspectiva da análise de conteúdo, via categorização (MORAES, 1999). Os resultados, a partir do objetivo de “identificar os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos iniciantes”, são: “o diálogo, a conscientização, o ensino com vistas à autonomia, a versatilidade em alternar materiais didáticos, o despertar a vontade de aprender por meio de estratégias pessoais dos professores, em que esses saberes se manifestam também por meio de atividades que instiguem a criatividade, a conscientização e a humanização dos estudantes”. Quanto a “descrever as necessidades formativas dos professores iniciantes da rede”, estas são: a “falta de conhecimento sobre a tecnologia, ausência de acompanhamento dos responsáveis e devolutiva de atividades, o choque de realidade com a docência, inexistência de internet e ambiente propício ao estudo, a exclusão digital e a busca de estratégias para cativar os estudantes às aulas”. E em relação a “contribuir com as proposições de ações alimentadoras da indução profissional de iniciantes no contexto da rede”, estas se expressam nas “sessões de formação que mobilizaram a retomar os elementos desafiadores de ingresso e permanência na profissão, potencializaram a criticidade, a reflexão, a capacidade auto formativa, autoral e a reinvenção das participantes”. Diante do exposto, explicitamos a inexistência de política de indução profissional na rede para os iniciantes. Nesta ausência, estes profissionais vão alimentando, em processo solo, a constituição de suas imersões na docência, sem um projeto formativo que subsidie seus fazeres, com vistas à consolidação da política de formação continuada na rede municipal. Logo, os saberes docentes produzidos na contingência pedagógica mostraram-se fomentadores de mobilizações para o desenvolvimento profissional docente, quando emergiram, enquanto respostas, ao enfretamento das necessidades formativas dos professores iniciantes, bem como nutriram a expertise destes profissionais.
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O presente estudo situa-se nas discussões acerca da formação de professores e versa especificamente sobre professores iniciantes. Tomamos como objeto de estudo “os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes e alimentadores da indução profissional” e como problema central: Quais os saberes docentes emergentes da contingência, advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes que contribuem para a indução profissional? Como objetivo geral, temos: Analisar os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes que contribuem para a indução profissional. Como objetivos específicos, destacamos: Identificar os saberes docentes emergentes da contingência pedagógica, advindos das necessidades formativas dos professores iniciantes; Descrever as necessidades formativas dos professores iniciantes da rede; e Contribuir com as proposições de ações alimentadoras da indução profissional de professores iniciantes no contexto da rede. Fundamentamos nossas discussões nas categorias teóricas: saberes docentes com Tardif (2014), Gauthier (2006), Borges (2004), e Cunha (2007); contingência pedagógica a concebemos enquanto o movimento de imprevisibilidade vivido no espaço escolar (...); necessidades formativas conforme Ramalho e Núñes (2011), Bandeira (2014), Sousa, Rocha, Oliveira e Franco (2020); indução profissional amparada em Wong (2020), Roldão (2012), Cruz, Farias e Hobold (2020); e para discutir professores iniciantes partimos de autores como Carlos Marcelo (1999), Mendonça (2019), Huberman (1995), Almeida, Reis, Gomboeff e André (2020). Nosso percurso metodológico se pautou em uma abordagem predominantemente qualitativa a partir de Ludke e André (2018). Para chegarmos aos participantes da pesquisa inicialmente realizamos a análise documental conforme Ludke e André (2018) sobre os arquivos da SEDUC seguido da utilização do instrumento questionário via Google Formulário de acordo com Gil (2008). Para a produção dos dados adotaremos o uso novamente do questionário (GIL, 2008) com professores iniciantes e coordenadores, desenvolveremos um grupo de discussão a partir de Meinerz (2011) e quatro sessões de intervenção conforme apresenta Gouveia (2020) exclusivamente com os coordenadores. Os dados serão analisados na perspectiva da análise de conteúdo amparada em Moraes (1999) por meio das temáticas e categorias advindas dos significados que emergem dos dados.
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DIVANE OLIVEIRA DE MOURA SILVA
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EMARANHADOS SOCIAIS, POLÍTICOS E FANTASMÁTICOS NO SISTEMA AVALIATIVO EDUCACIONAL PERNAMBUCANO: nas assombrações
constitutivas, o que deixamos de enxergar?
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Orientador : KATIA SILVA CUNHA
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MEMBROS DA BANCA :
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GUSTAVO GILSON SOUSA DE OLIVEIRA
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KATIA SILVA CUNHA
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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Data: 16/02/2023
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A presente pesquisa problematiza a avaliação educacional utilizada pela rede estadual de Pernambuco por meio do Programa de Modernização da Gestão Pública - Metas para a Educação. Ao compreendermos o campo educacional como campo político, nos ancoramos na ontologia política pós-estruturalista formulada pela Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe ([1985] 2015), com a articulação interpretativa proposta por Jason Glynos e David Howarth (2007). Nosso objetivo é compreender a articulação que possibilita à política pública pernambucana promover a padronização avaliativa das escolas da rede estadual de ensino. Forma o corpus da pesquisa: documentos oficiais - locais e nacionais, fontes bibliográficas, notícias veiculadas em diferentes mídias, websites, pronunciamentos oficiais. Sinteticamente, intentamos oferecer as seguintes contribuições relacionadas à avaliação do sistema educacional pernambucano: (a) caracterização e transformação de seus regimes e práticas discursivas; (b) exposição de maneiras pelas quais ela prende e seduz os sujeitos (c) explicação crítica dos objetos e condições discursivas que tornam os padrões ou rotinas de articulações possíveis. Portanto, criticamente envolvemos um plano sincrônico para a caracterização e um plano diacrônico para a identificação da reprodução e/ou subversão, trazendo à tona as normas tidas como certas e legítimas do sistema avaliativo em foco, as quais possibilitam sua hegemonia. Acreditamos que a discussão poderá despertar possibilidades desnaturalizadas, reprimidas ou excluídas.
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A presente pesquisa qualitativa problematiza a avaliação educacional, utilizada pela rede estadual de Pernambuco, por meio do Programa de Modernização da Gestão Pública - Metas para a Educação. Ao compreendermos o campo educacional como campo político, nos ancoramos na ontologia política pós-estruturalista, formulada pela Teoria do Discurso Pós-estruturalista de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe (2015), com a expansão, articulação e corrente interpretativa, proposta por Jason Glynos e David Howarth (2007). Nosso objetivo é compreender a articulação que possibilita à política pública pernambucana promover a padronização avaliativa das escolas da rede estadual de ensino, bem como as condições e objetos que tornam esses padrões ou rotinas de articulações possíveis. Formarão o corpus da pesquisa: documentos oficiais - locais e nacionais, fontes bibliográficas, notícias veiculadas em diferentes mídias, websites, pronunciamentos oficiais. Sinteticamente, intentamos oferecer as seguintes contribuições relacionadas à avaliação do sistema educacional pernambucano: (a) caracterização de seus regimes e práticas discursivas; (b) identificação da sua emergência, contestação e transformação; (c) explicação crítica das maneiras pelas quais ela prende e seduz os sujeitos. Portanto, criticamente envolveremos um plano sincrônico para a caracterização e um plano diacrônico para a identificação da reprodução e/ou subversão, procurando trazer à tona as normas tidas como certas do sistema avaliativo em foco, as quais possibilitam sua hegemonia, bem como normas e possibilidades reprimidas ou excluídas.
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RUBEM VIANA DE CARVALHO
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UM ARCO-ÍRIS NA LUTA PELA TERRA: O CONSTRUIR DA PRÁXIS
PEDAGÓGICA DO COLETIVO LGBT DO MST
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Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
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MEMBROS DA BANCA :
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ALLENE CARVALHO LAGE
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JAQUELINE BARBOSA DA SILVA
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MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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Data: 28/02/2023
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A luta social e, as formas com as quais, os grupos e coletivos sociais reúnem-se e organizam- se estão em permanente movimento, assim como suas identidades. Deste modo, a identidade
não é a única forma de organização política por reivindicação de direitos, liberdade e igualdade de condições de aparecimento e participação social. Outros processos sociais estão implicados nessas articulações organizativas e nas formas de alianças políticas que produzem a práxis dos movimentos sociais. A produção performativa dos sujeitos do Sul global remonta ao colonialismo e, é continuada na colonialidade, a partir da reprodução, mas também do enfrentamento criativo ao racismo e, especificamente, para os dissidentes sexuais e de gênero, as LGBTfobias. É dentro dessa complexidade e dessa problemática que essa pesquisa se insere analisando as narrativas e os documentos narrativos do Coletivo LGBT Sem Terra do MST, tendo em vista compreender como esses sujeitos organizam a luta pelo aparecimento dissidente na luta pela terra, constroem sua práxis e suas pedagogias, articulando e fazendo alianças com os sujeitos heterossexuais do MST e, a outras pautas como as do movimento LGBT, Negro e Feminista. Visou-se, então, enquanto objetivo geral: Compreender o modo como foi construída a agenda LGBT no MST e a práxis pedagógica decorrente deste processo, onde foram articuladas as perspectivas de luta pela terra com a de luta pelas vivências de gênero no âmbito da diversidade sexual. Enquanto percurso metodológico, a pesquisa se insere nos estudos qualitativos, sendo do tipo exploratória e explicativa, quanto ao método utilizaremos o Método do Caso Alargado de Boaventura de Sousa Santos (1988) e Lage (2013), e, enquanto instrumentos de coleta de dados e análise utilizamos a análise de documentos e a entrevista narrativa de Jovchelovitch e Bauer (2008), e Muylaert et al. (2014), junto a análise de documentos e a entrevista narrativa, utilizamos a abordagem analítica da Hermenêutica Diatópica de Panikkar (2000, 2004) e Santos (2001, 2004), considerando o processo de equivalência homeomórfica para estabelecermos um diálogo diatópico intercultural a partir das dimensões simbólicas, dos sentidos e dos significados na experiência em questão. Os resultados apontam que as LGBTs Sem Terra, a partir dos processos de formação, de conquista de espaços, de aparecimento e reconhecimento, têm construído uma luta organizativa que tem transformado as experiências precarizadas dos sujeitos dissidentes dentro do MST, a partir da produção criativa de uma práxis queer e também, em certos momentos, decolonial que não só enfrenta as violências de gênero e sexualidades construídas pelo aparato normativo sexista e LGBTfóbico, mas também o racismo e a racionalização que silenciava suas vozes e suas experiências.
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Nossa pesquisa articula os estudos sobre educação, movimentos sociais, gênero e sexualidades e visa enquanto objetivo geral: Compreender o modo como foi construída a agenda LGBT no MST e as práxis pedagógicas decorrentes deste processo, onde foram articuladas as perspectivas de luta pela terra com a de luta pelas identidades de gênero no âmbito da diversidade sexual. E quanto aos objetivos específicos propõe: 1) Reunir os fragmentos do processo histórico de construção da agenda LGBT do MST a partir dos documentos produzidos pelo movimento e das narrativas das/os militantes; 2) Identificar as práxis pedagógicas relacionadas com as vivências de gênero no âmbito da diversidade sexual trabalhadas pelo MST; 3) Analisar as políticas do MST referentes às identidades LGBTs e os seus desdobramentos nas políticas educativas do movimento; 4) Sistematizar um debate sobre uma perspectiva queer interseccional a partir da experiência do coletivo LGBT do MST. Enquanto percurso metodológico, a pesquisa se insere nos estudos qualitativos, sendo do tipo exploratória e explicativa, quanto ao método utilizaremos o Método do Caso Alargado de Boaventura de Sousa Santos (1988) e Lage (2013), e enquanto instrumentos de análise utilizaremos a observação participante, a análise de documentos e a entrevista narrativa. No que se refere a abordagem analítica, utilizaremos a Hermenêutica Diatópica de Panikkar (2000, 2004) e Santos (2001, 2004), considerando o processo de equivalência homeomórficas para estabelecermos um diálogo diatópico intercultural a partir das dimensões simbólicas, dos sentidos e dos significados na experiência em questão.
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LUIZ FELIPE DE OLIVEIRA SILVA
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TRAJETÓRIAS ESCOLARES DE ESTUDANTES HOMOSSEXUAIS EM ESCOLAS DE REFERÊNCIA DO ENSINO MÉDIO (EREMs) DE
CARUARU/PE
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Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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FERNANDO SEFFNER
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MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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Data: 02/03/2023
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As práticas discursivas que atestam as concepções sobre a sexualidade são fortemente sustentadas por um sistema binário cisheteronormativo que subalterniza corpos. Nesse sentido, essa dissertação aborda a constituição das trajetórias escolares de pessoas que se autodeclaram pertencentes à comunidade LGBTQIA+, evidenciando os elementos sociais perpassados até o fim do ciclo no ensino médio. Nessa direção, como objetivo geral, buscamos compreender, a partir do contexto da diversidade sexual, os desafios enfrentados e as estratégias utilizadas por estudantes homossexuais em suas trajetórias escolares em Escolas de Referência do Ensino Médio (EREMs) de Caruaru/PE. Com efeito, utilizamos como referencial teórico os ideais de Bourdieu (1970, 1982, 1987, 1989, 1983, 1992, 1994, 1998, 2001, 2003) e Lahire (1997, 2001, 2002, 2004, 2014) no que tange a uma reflexão que vai do habitus de classe aos patrimônios individuais de disposições e uma discussão, a partir das questões de gênero e sexualidade, utilizando autores como Foucault (2002, 1988), Louro, Butler (2003, 2014) e Scott (1995) de uma escola que funciona como uma importante instituição social que é produtora e reprodutora de cultura. Como percurso metodológico, além da análise documental, nos apoiamos nos retratos sociológicos e nas entrevistas narrativas. Constatamos que, atuando como um dispositivo de poder e controle, a sexualidade foi uma variável de impacto nas trajetórias desses estudantes e, além disso, através de discursos e/ou práticas, a família e escola tiveram significativa relevância em seus percursos escolares.
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As práticas discursivas que atestam as concepções sobre a sexualidade são fortemente sustentadas por um sistema binário cisheteronormativo que subalterniza corpos. Nesse sentido, essa dissertação aborda a constituição das trajetórias escolares de pessoas que se autodeclaram pertencentes à comunidade LGBTQIA+, evidenciando os elementos sociais perpassados até o fim do ciclo no ensino médio. Nessa direção, como objetivo geral, buscamos compreender, a partir do contexto da diversidade sexual, os desafios enfrentados e as estratégias utilizadas por estudantes homossexuais em suas trajetórias escolares em Escolas de Referência do Ensino Médio (EREMs) de Caruaru/PE. Com efeito, utilizamos como referencial teórico os ideais de Bourdieu (1970, 1982, 1987, 1989, 1983, 1992, 1994, 1998, 2001, 2003) e Lahire (1997, 2001, 2002, 2004, 2014) no que tange a uma reflexão que vai do habitus de classe aos patrimônios individuais de disposições e uma discussão, a partir das questões de gênero e sexualidade, utilizando autores como Foucault (2002, 1988), Louro, Butler (2003, 2014) e Scott (1995) de uma escola que funciona como uma importante instituição social que é produtora e reprodutora de cultura. Como percurso metodológico, além da análise documental, nos apoiamos nos retratos sociológicos e nas entrevistas narrativas. Constatamos que, atuando como um dispositivo de poder e controle, a sexualidade foi uma variável de impacto nas trajetórias desses estudantes e, além disso, através de discursos e/ou práticas, a família e escola tiveram significativa relevância em seus percursos escolares.
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JOSE VANDCARLOS VASCONCELOS DA SILVA
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A LINHA TÊNUE ENTRE A ASCENSÃO SOCIAL E O ENDIVIDAMENTO ESTUDANTIL: O FIES NOS GOVERNOS DE DILMA ROUSSEFF E MICHEL
TEMER A PARTIR DO OLHAR DOS BENEFICIÁRIOS.
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Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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FERNANDA SARDELICH NASCIMENTO
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Data: 10/03/2023
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Em 1999, o antigo Crédito Educativo (Creduc) dava lugar ao Fies. O governo Fernando Henrique Cardoso, ao criar o novo programa objetivava diminuir os índices de inadimplência e elaborar um novo formato para o programa educacional. Desde a sua criação, até o ano de 2010, o programa de financiamento estudantil, pareceu pouco atraente aos estudantes e desse modo possuía um pequeno percentual de estudantes beneficiários. O ex presidente Luís Inácio Lula da Silva, ao diminuir as taxas de juros de 6% para 3,4% e aumentar o período de carência, estaria contribuindo para um substancial aumento no número de contratos, doravante, pouco mais de 1,8 milhão de estudantes seriam diretamente beneficiados durante as gestões Dilma Rousseff (2011-2016).Em decorrência de um cenário de crise econômica, pós 2014, muitos estudantes usuários do programa de financiamento, passaram a ter mais dificuldades para quitar as mensalidades do Fies, tornando-se inadimplentes. A gestão Dilma Rousseff realizou modificações no programa a fim de tornar a acessibilidade mais dificultosa, medidas que foram ampliadas na gestão do ex presidente Michel Temer (2016-2018).O Fies, enquanto política pública educacional objetiva atender substancialmente jovens de classes sociais menos favorecidas, de tal sorte, esses jovens sonham com o diploma de ensino superior, e por conseguinte, ascensão social. Em um panorama de crise econômica, a inadimplência para com o programa e o desemprego, tornaram-se desafios para esses jovens. Buscando compreender o processo de inadimplência estudantil, nossa pesquisa utiliza-se do conceito “contexto dos resultados/efeitos” do “ciclo de políticas” de Stephen Ball e Jefferson Mainardes (2006), possuindo como sujeitos de pesquisa, estudantes de História da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru, que cursaram suas graduações entre 2015-2018, respectivamente os dois primeiros anos do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e os dois anos do presidente Michel Temer.
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Em nossa pesquisa buscamos compreender como as Políticas Educacionais de Financiamento como o programa Fies repercutiu na vida social de estudantes dos cursos de licenciaturas em pedagogia e em história da FAFICA- Caruaru a partir das mudanças que lhe foram feitas no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff (2015-2016) e no governo Michel Temer (2016-2018). Para tanto, fazemos uso dos seguintes objetivos específicos a) Identificar, na visão de alunos egressos que concluíram seus cursos de licenciatura em Pedagogia e História se houve mobilidade social proveniente da conclusão s graduações; b) Mapear as circunstâncias que contribuíram para a desistência de alunos dos referidos cursos financiados pelos Fies, em decorrência das mudanças ocorridas no período de 2015 a 2018; c) Verificar se os alunos egressos dos cursos de Pedagogia e História também estão endividados com o Fies após a finalização do período de carência, a partir das novas regras do programa. Entendemos que a formação acadêmica mediante um curso superior, contribui significativamente para o desenvolvimento pessoal e profissional de um estudante, por isso, buscamos compreender como as mudanças feitas no Fies pela ex presidenta Dilma Rousseff e Michel Temer reverberaram sobre estudantes de Pedagogia e História, nos âmbitos de mobilidade social, endividamento e desistência do curso. Contextualizamos as relações entre o Estado e iniciativa, para perceber as relações público-privadas privada em (CUNHA, 2007), também discutimos a mercantilização do ensino superior, para maior compreensão do Fies enquanto política pública a partir de (ANDRADE, 2000; ANDRIOLI, 2002; BRESSAN, 1990; BOTELHO; PESSOA, 2016) entre outros autores. Para maior compreensão das políticas públicas sociais e políticas públicas educacionais nos baseamos em (AZEVEDO,1997; CUNHA; MENDONÇA,2011; HOFLING,2001; MAINARDES, 2011). Teoricamente nos fundamentamos na abordagem do ciclo de políticas em (MAINARDES, 2006,2009, 2016, 2018) e (BALL,2006,2011). Metodologicamente fazemos uso da análise do conteúdo em (BARDIN, 2004; VALLA, 1990), utilizam-nos das entrevistas semiestruturadas de (GASKELL).
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HELAYNNE RAHYSSA SAMPAIO VIANA
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PEDAGOGIAS DO CORPO SAGRADO: DANÇA NAGÔ E PRODUÇÃO DE
SUBJETIVIDADES NO ILÊ OBÁ AGANJÚ OKOLOYÁ
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Orientador : MARIO DE FARIA CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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JANSSEN FELIPE DA SILVA
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MARIA ACSELRAD
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MARIO DE FARIA CARVALHO
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Data: 14/04/2023
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“Ilê, como é lindo de se vê, ilê, como é lindo...” O trecho dessa composição escrita por minha mãe carnal, Oyá Tundê, Yá Maria Helena Sampaio, traduz bem o sentimento de pertencimento e alegria de fazer parte de um legado ancestral. Eu, cria do Terreiro de Mãe Amara, sou diariamente atravessada nas minhas subjetividades por seus ensinamentos. Meu corpo sagrado se move e se transforma no embalo das águas e dos ventos sagrados de Oyá. Dessa forma, a presente pesquisa busca compreender como se constitui as pedagogias do corpo sagrado presentes nos rituais e práticas que envolvem a dança no Ilê Obá Aganjú Okoloyá – Terreiro de Mãe Amara. Para auxiliar nessa compreensão, diálogo com as problematizações sobre corpo de Moraes (2009), Gomes (2003) e das contribuições de Sander (2011) em relação a corporeidade. A respeito do conceito de subjetividades, utilizo Deleuze (2001) e Fanon (2008). Além dessas autoras e autores, trago as reflexões sobre pedagogias em Ferreira (2010) e Macedo et all (2019). Nesse sentido, a partir dos imbricamentos entre esses conceitos e o da dança nagô, que se alimenta de ambos para existir, mover-se no mundo e sentir as vivências do sagrado, é possível elaborar o conceito “pedagogias do corpo sagrado”. A partir dessa compreensão teórica e do método cartográfico, principalmente a partir de Kastrup (2009), relaciono os processos dos moveres e sentires da dimensão do sagrado na dança nagô de Pernambuco e como a sua potência poética subjetiva a minha existência e das e dos bailariNagôs. Os mapas construídos sugerem que a tradição religiosa afro diaspórica assimila o tempo das coisas como movimento circular, pelo retorno e reinvenção de si, do corpo. As tecnologias ancestrais se perpetuam, assim como nós, na existência que é eterna, afinal a matéria se transforma, ao passo que o ser ancestral permanece. No terreiro as pedagogias do corpo sagrado são fruto do legado ancestral, de modo que os saberes mobilizados aduzem que “O axé de Mãe Amara é de prosperidade!”. Para o povo nagô, o axé das ancestrais permite, na dança e em cada ritual religioso, moveres dos omo-orixás e bailariNagôs que transpassam, pelo corpo, não apenas a ordem espiritual, mas também subjetiva, cultural e política. As pedagogias do corpo sagrada, no plural, através da dança nagô no chão do meu ilê, seja a dança nagô em sua expressão ritualística quanto em sua manifestação cultural, forjam novos saberes e processos de subjetivação.
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“Ilê, como é lindo de se vê, ilê, como é lindo...” O trecho dessa composição escrita por minha mãe carnal, Oyá Tundê, Yá Maria Helena Sampaio, traduz bem o sentimento de pertencimento e alegria de fazer parte de um legado ancestral. Eu, cria do Terreiro de Mãe Amara, sou diariamente atravessada nas minhas subjetividades por seus ensinamentos. Meu corpo-sagrado se move e se transforma no embalo das águas e dos ventos sagrados de Oyá. Dessa forma, a presente pesquisa busca compreender como se constitui as pedagogias do corpo sagrado presentes nos rituais e práticas que envolvem a dança no Ilê Obá Aganjú Okoloyá – Terreiro de Mãe Amara. Para auxiliar nessa compreensão, dialogo com as problematizações sobre corpo de Moraes (2009), Gomes (2003) e das contribuições de Sander (2011) em relação a corporeidade. A respeito do conceito de subjetividades, utilizo Deleuze (2001) e Fanon (2020). Além dessas autoras e autores, trago as reflexões sobre pedagogias em Ferreira (2010) e Macedo et all (2019). Nesse sentido, a partir dos imbricamentos entre esses conceitos e o da dança nagô, que se alimenta de ambos para existir, mover-se no mundo e sentir as vivências do sagrado, é possível elaborar o conceito “pedagogias do corpo-sagrado”. A partir dessa compreensão teórica e do método cartográfico, principalmente a partir de Kastrup (2009), busco compreender os processos dos moveres e sentires da dimensão do sagrado na dança nagô de Pernambuco e como a sua potência poética subjetiva a minha existência e dos e das bailariNagôs.
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PEDRO BRANDAO DA COSTA NETO
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O DISCURSO DOS/AS MÉDICO/AS ACERCA DE SUAS FORMAÇÕES – UMA ANÁLISE DA PROPOSTA FORMATIVA DO CURSO DE MEDICINA DO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE DA UFPE
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Orientador : SAULO FERREIRA FEITOSA
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MEMBROS DA BANCA :
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SAULO FERREIRA FEITOSA
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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NARA MIRANDA PORTELA
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Data: 07/06/2023
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No campo epistemológico das Ciências da Saúde circulam duas principais tendências discursivas que têm orientado as propostas formativas dos cursos de medicina no Brasil e no mundo. A primeira, articulada aos pressupostos positivistas do relatório Flexner, concebe uma formação médica centrada na doença e no hospital, sendo adepta a especialização precoce de médicos/as na graduação e a fragmentação do estudo do corpo e das áreas da medicina. Assim, inscrito sob uma lógica biomédica, sem alia a ideia de que o social, o público e o coletivo não se constituem como implicadores em processos de saúde-doença (PAGLIOSA e ROS, 2008). A segunda tendência discursiva, por sua vez, baseada nos pressupostos do paradigma da integralidade, inscreve-se na ideia de indissociabilidade entre corpo, mente e sociedade no processo de promoção da saúde e propõe a formação de médicos/as generalistas para atuação nos diversos tipos de atenção. Apresenta, ainda, formações discursivas que suscitam integração curricular e métodos de ensino ativos, focados no aluno, que proponham desenvolver autonomia intelectual e capacidade de autoformação nos/as médicos/as, bem como compreensão integral dos processos de saúde-doença. (LAMBERT, 2001). Diante do exposto, no intuito de oferecer contribuições epistêmicas para as discussões que vêm sendo travadas em torno da proposta formativa do curso de medicina do Centro Acadêmico do Agreste (CAA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que se filia a essa segunda tendência de formação, a presente pesquisa objetivou compreender os significados que os/as médicos/as egressos/as do curso de medicina do CAA/UFPE atribuem aos seus processos formativos na graduação. A perspectiva teórico-metodológica da pesquisa é a Análise de Discurso (AD), baseada na corrente francesa de Michel Pêcheux. Os resultados apontam que a forma como os/as médicos significavam suas formações foi sendo alterada no decorrer da graduação, havendo uma ressignificação acerca a ideia do que é medicina e uma aproximação ideológica dos/as egressos às perspectivas do paradigma da integralidade. Isso porque seus discursos acerca de suas atuações dão indícios de que passaram a conceber a importância do trabalho integral em saúde, a partir da consideração das dimensões biológicas, mentais, sociais, políticas e espirituais no processo de saúde-doença. No que se refere aos sentidos que os/as médicos atribuem a perspectiva curricular e metodológica adotada pelo curso, os discursos apontam que a adesão foi fundamental para a formação de profissionais proativos, com satisfatório domínio de habilidades clínicas, operacionais, de comunicação e de trabalho em equipe. Emerge dos discursos, no entanto, a demanda por práticas educativas que, de forma concomitante às já adotadas, proponham maior domínio científico das áreas básicas da medicina. A inserção dos/as egressos/as no Sistema Único de Saúde do município de Caruaru desde o primeiro ano da graduação, por sua vez, é apontada como revolucionária e fundamental para o processo de qualificação profissional dos/as médicos/as e compressão das necessidades da saúde pública brasileira.
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A presente pesquisa objetiva compreender como os/as médicos/as, egressos/as do Centro Acadêmico do Agreste (CAA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) significam seu próprio processo formativo no curso de medicina. Como objetivos específicos, tratamos de: Identificar como os/as egressos/as significam a proposta interdisciplinar do curso; mensurar como avaliam as metodologias ativas e os espaços pedagógicos; e compreender como avaliam o desenvolvimento de competências e habilidades adquiridas durante o curso para sua atuação profissional e/ou acadêmica. Assim, lançando-se mão da perspectiva teórico-metodológica da Análise de Discurso (AD), de Michel Pêcheux, procura-se identificar se os/as egressos/as se encontram sob o efeito de um discurso mais alinhado aos pressupostos de uma formação médica pautada na lógica biomédica e nas especialidades médicas ou mais alinhados aos pressupostos do paradigma da integralidade, sob o qual o curso está orientado.
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JOÃO PAULO DE AZEVEDO SILVA
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A CAPOEIRA: O CORPO COMO TEXTO E AS GINGAS COMO GRAFIAS QUE EXPRESSAM SUBJETIVIDADES EM MOVIMENTO EMANCIPATÓRIO EM TAMANDARÉ-PE
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Orientador : EVERALDO FERNANDES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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EVERALDO FERNANDES DA SILVA
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JANSSEN FELIPE DA SILVA
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MICHELE GUERREIRO FERREIRA
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Data: 12/06/2023
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A presente dissertação de mestrado intenciona uma educação antirracista,
servindo-se das filosofias africanas potentes nas rodas de capoeira. Objetivou compreender os processos de reversão subjetiva racista na Associação de Capoeira Semente de Ouro em Tamandaré-PE. Assim, pretendeu identificar os mecanismos de inferiorização de corpos negros, nomear os saberes que fortalecem e valorizam a identidade afro-diaspórica, as temporalidades e as ferramentas emancipatórias. Servimo-nos de Oruka (2002; 1994), Machado (2019; 2014), Renato Noguera (2011; 2010; 2013), os saberes de Amenemope e Òrúnmìlá e Frantz Fanon (2008; 1965; 1929). Também as contribuições da Educação Popular: Freire (1996; 1987), Brandão (2009; 2019; 2022; S/D) e Jara (2020). E dos capoeiristas que nos ajudaram a refletir a capoeira dentro de outra lógica, a partir de um espaço em movimento que educa e contribui na superação das subjetividades subalternizadas dos sujeitos negros. A natureza dessa pesquisa é qualitativa (MINAYO 2007), tendo como método o Estudo de Caso Alargado (LAGE 2013; SANTOS 1983), como coleta nos servimos da observação participante, da entrevista semiestruturada e como chave interpretativa a Análise de Conteúdo (BARDIN 2011). Concluímos que o grupo de Capoeira Semente de Ouro produz uma educação que reverte as subjetividades subalternizadas, através de saberes produzidos no sentir-pensar tecidos nos treinos, nas rodas dialógicas, na retomada da memória coletiva e na musicalidade sob o lastro das Filosofias Africanas. Outrossim, os modos e ferramentas manifestam-se na utilização das técnicas, na sinergia do grupo(axé), na circularidade que fomenta pertencimento e identidade e nas falas dos contramestres que integram o eu-tu, o tu-grupo/ancestralidade, o grupo-sociedade e lutas pela afirmação dos corpos negros que mobilizam desejos, sonhos e gingas na capoeira e na vida.
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O anseio antirracista foi a força motriz dessa pesquisa, além disso, a necessidade do autor de (re)encontrar-se a partir de um outro local de interpretação, a saber: as filosofias africanas que são encorpadas em movimentos produzidos dentro da roda do mundo (capoeira). Sendo assim, essa pesquisa pretende compreender os processos de reversão subjetiva racista no espaço formativo da capoeira segundo o pensamento de Frantz Fanon. Por isso, pretendemos identificar os mecanismos de inferiorização de corpos pretos como resultado do processo de colonização, nomear os saberes que fortalecem e valorizam a identidade afro-diaspórica dos pretos e pretas que praticam a capoeira e analisar os modos, as temporalidades e as ferramentas que a capoeira utiliza como reversão das subjetividades subalternizadas segundo Frantz Fanon. Portanto, escritos como os de Frantz Fanon (2008; 1965; 1929), Boaventura de Santos (2007), Aimé Césaire (1978, 2010), George James (1992), Aníbal Quijano (2005), Renato Noguera (2011; 2010; 2013), Katiúscia Ribeiro (2020), como também as filosofias de Amenemope e de Òrúnmìlá irão nos auxiliar para alcançarmos as nossos objetivos e pretensões. A natureza dessa pesquisa é qualitativa (MINAYO 2007) , tendo como método o Estudo de Caso Alargado (LAGE 2013; SANTOS 1983), como técnica de coleta nos serviremos da observação participante e da entrevista semiestruturada (MINAYO 2007) e a técnica de análise será de Análise de Conteúdo (BARDIN 2011)
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JESSICA PRISCILA GARCIA DE SOUZA
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PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE FEMINISMOS,GÊNERO E SEXUALIDADESS NOS PROGRAMAS DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DO NORDESTE
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Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
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MEMBROS DA BANCA :
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ALLENE CARVALHO LAGE
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FERNANDO DA SILVA CARDOSO
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SERGIO ANTÔNIO SILVA RÊGO
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Data: 15/06/2023
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Esta dissertação foi desenvolvida no intuito de analisar os cenários que vêm
sendo construídos na produção de conhecimentos dos Programas de Pós- Graduação em Educação da região Nordeste acerca de feminismos, gênero e
sexualidades. Centrando o estudo no pensamento teórico, entre outras/os, de Haudrey Calvelli e Maria de Fátima Lopes, Boaventura de Sousa Santos, Cecília Sardemberg, Antonio Conceição e Lina Aras quanto a ciência e produção de conhecimento. Dermeval Saviani, Lorena Nobre, Rodrigo Freitas, Betânia Ramalho e Vicente Madeira no que diz respeito à história da Pós-Graduação no Nordeste. E Joan Scott, Rebecca Pearse, Raewyn Connell, Guacira Louro, Heloísa Buarque de Hollanda e bell hooks sobre os estudos de gênero, sexualidades e feminismos. Com uma metodologia pautada em uma pesquisa quantitativa e qualitativa, perspectiva utilizada para investigar como vem se desenhando as pesquisas de teses e dissertações sobre esses temas na região. Para tanto, realizei uma investigação dos programas em educação existentes na região, suas linhas de pesquisa e as produções desenvolvidas nesses programas que abordavam os estudos de gênero, feminismos e sexualidades. Realizei um levantamento do quantitativo de produções por sexo das/os pesquisadoras/es e das/os orientadoras/es. Na análise das produções encontradas no repositório de teses e dissertações, realizei um levantamento dos temas presentes, estudando os temas presentes, mas também as ausências de determinados temas. Ao final desta pesquisa, reitero a importância da pesquisa em gênero, feminismos e sexualidades, em especial sobre temas que ainda são pouco abordados, na intenção de investigar, analisar, dialogar e problematizar e, assim, mobilizar modificações em realidades de opressão, exclusão e violências e construir uma sociedade onde mulheres e homens sejam efetivamente iguais em direitos e sujeitas/os emancipadas/os e livres.
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A pesquisa científica tem um importante papel na produção de conhecimento, pois a partir dela, muitas descobertas que farão diferença na sociedade são possíveis. E as mulheres enfrentam dificuldades para estar nesses espaços, tendo sido silenciadas e invisibilizadas dado o percurso histórico de sexismo presente na ciência. Apesar desse histórico, há, nos últimos anos, uma crescente na participação das mulheres nos campos de pesquisa, um aumento de mulheres nos cursos de mestrado e doutorado e também tem aumentado a pesquisa em gênero, sexualidade e feminismos. A questão problema da pesquisa visa compreender Que cenários vêm sendo construídos na produção de conhecimentos dos Programas de Pós-Graduação em Educação de universidades públicas do Nordeste sobre feminismos, gênero e sexualidade? A partir então dessa questão, nós elaboramos nossos objetivos para esta pesquisa, onde o nosso objetivo geral é identificar que cenários vêm sendo construídos na produção de conhecimentos dos Programas de Pós-Graduação em Educação de universidades públicas do Nordeste sobre feminismos, gênero e sexualidade.E como objetivos específicos: Reunir fragmentos da história da Pós-Graduação no Brasil; Sistematizar as questões mais atuais sobre produção de conhecimento em educação; Identificar as áreas de estudo e produção científica sobre gênero, sexualidade e feminismos nos Programas de Pós-graduação em educação; A nossa pesquisa é uma pesquisa bibliográfica, porque como nos diz Gil (2021), a pesquisa bibliográfica é elaborada com base em materiais já publicados, que antes estava limitado aos materiais impressos, como livros e revistas, mas que atualmente também abrange outros formatos, como os materiais on-line. Nosso estudo está pautado numa abordagem quantitativa e qualitativa, quantitativa no sentido de investigar quais são as produções científicas realizadas nos programas que iremos pesquisar. E o caráter qualitativo vem para colaborar nesta pesquisa e suas interações, sem perder de vista o aprendizado adquirido em busca de singularidades para produzir significados e contribuições nesta pesquisa acadêmica. Esta pesquisa está delimitada ao estudo da produção científica produzida nos Programas de Pós-Graduação em Educação das universidades públicas do Nordeste sobre feminismos, gênero e sexualidade. Os Programas de Pós-Graduação escolhidos para análise das produções serão os programas de educação das universidades públicas da Região Nordeste do ano de 2012 até o presente ano, que tenham produções sobre os temas aqui tratados. Para análise dos dados obtidos em campo, nos utilizaremos da análise de conteúdo, pois concordamos com Bardin, que caracteriza a análise de conteúdo como um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando obter indicadores quantitativos ou não, que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) das mensagens. Junto à análise de conteúdo também utilizaremos para análise dos dados o método do caso alargado, que traz em si o caráter analítico e, dessa maneira, nos auxiliará na construção de nossa análise de forma organizada, para que possamos resgatar os sentidos do que será colhido em campo em diálogo com os autores apresentados durante o nosso referencial teórico.
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ADRIÃO DA SILVA MENDES
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AS ENUNCIAÇÕES DA RESOLUÇÃO N°5/12 E DA BNCC NAS DISPUTAS PELO
CAMPO DISCURSIVO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
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Orientador : SANDRO GUIMARAES DE SALLES
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MEMBROS DA BANCA :
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CAROLINE FARIAS LEAL MENDONCA
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SANDRO GUIMARAES DE SALLES
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SAULO FERREIRA FEITOSA
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Data: 20/06/2023
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Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada para o território nacional no ano de 2017 (Ensino Fundamenta) e 2018 (Ensino Médio), é exigido que os currículos, em todos os níveis, sejam regulados ou normatizados pelos critérios de uma aprendizagem comum especificada na base – limitando o desenvolvimento de currículos nas suas dimensões locais. Posteriormente, no ano de 2019, é debatido o Plano de Educação Escolar Indígena (PNEEI), sendo um dos pontos a execução da BNCC em todas as escolas indígenas do país. A base também apaga os sentidos curriculares instituídos pela Resolução N°5/12, como se essa não existisse. Tomamos essa premissa para estabelecer o objetivo geral desta pesquisa, que é compreender as enunciações da Resolução N°5/12 e da BNCC nas disputas pelo campo discursivo da Educação Escolar Indígena. Em um panorama geral, partimos da seguinte questão: a Resolução N°5/12 e a BNCC, como enunciações, entram em disputas pelo campo discursivo da EEI, as duas normativas com suas visões distintas: a Resolução N°5/12 como um discurso que efetiva a educação intercultural através de lutas e demandas indígenas e a BNCC que constitui uma prática discursiva que despolitiza e concebe os povos indígenas como um conteúdo curricular celebrativo/ folclorizado do multiculturalismo em perspectiva neoliberal. Como metodologia, utilizaremos a perspectiva arqueológica da análise do discurso de Michel Foucault (1987). Esta busca compreender como determinados enunciados são organizados em uma regularidade para produzir determinado discurso enquanto poder-saber para um efeito de verdade – discurso único.
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Com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada para o território nacional no ano de 2017, é exigido que os currículos, em todos os níveis sejam regulados ou normatizados pelos critérios de uma aprendizagem comum, especificada na base — limitando o desenvolvimento de currículos nas suas dimensões locais. Posteriormente, no ano de 2019, é debatido o Plano de Educação Escolar Indígena (PNEEI), sendo um dos pontos a execução da BNCC em todas as escolas indígenas do país. Tomamos essa premissa para estabelecer o objetivo geral desta pesquisa, que é compreender os enunciados e a formação discursiva do paradigma da BNCC atuando na produção de regularidades da educação escolar indígena. Em um panorama geral, partimos da seguinte questão: a BNCC, como um discurso produtivo, cria regularidades para a EEI, alinhada aos paradigmas da educação intercultural, que afirma as lutas e demandas indígenas, ou constitui uma prática discursiva que despolitiza e concebe os povos indígenas como uma celebração do multiculturalismo, em perspectiva neoliberal de currículo? Como metodologia, utilizaremos a perspectiva arqueológica da análise do discurso de Michel Foucault (1987). Esta busca compreender como determinados enunciados são organizados em uma regularidade para produzir determinado discurso enquanto poder-saber para um efeito de verdade.
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ARISELMA ANA DE ASSUNCAO ALVES RAMALHO
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FORMAÇÃO CONTINUADA EM MATEMÁTICA PARA PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: um estudo a partir do olhar de professores de uma rede de ensino do Sertão Pernambucano
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Orientador : IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALDINETE SILVINO DE LIMA
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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IRANETE MARIA DA SILVA LIMA
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Data: 20/06/2023
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Esta pesquisa se insere nos domínios da formação continuada, em particular, dos professores que ensinam matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Consideramos que as ações de formação continuada podem favorecer o diálogo e a reflexão e, para tanto, tomamos como referência teórica a Educação Matemática Crítica. Com a realização da pesquisa buscamos compreender em que medida as ações de formação continuada sobre o ensino de matemática, oferecidas pelo município aos professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental, contemplavam o diálogo e a reflexão, a partir do ponto de vista dos professores participantes. Para tanto, delimitamos como objetivos específicos: identificar elementos do diálogo nas respostas dos professores; identificar elementos da reflexão nas respostas dos professores; caracterizar as formações continuadas que os professores participaram, a partir dos elementos do diálogo e da reflexão identificados nas respostas dos professores. Como instrumentos de coleta de dados, utilizamos um questionário que foi respondido por 40 professores que ensinavam nos anos iniciais do Ensino Fundamental em quatro escolas de um município do Sertão de Pernambuco e consideramos as respostas de 35 que haviam participado de ações de formação continuada que contemplavam o ensino de matemática. Em seguida, realizamos uma entrevista semiestruturada com 6 desses professores com a finalidade de complementar as respostas obtidas como questionário. Os resultados das análises mostram que a maioria das respostas dos professores apontam para a presença do diálogo e da reflexão nas ações de formação continuada de matemática que os professores vivenciaram e essa presença se caracterizam pela aproximação com as realidades locais, bem como relações com aspectos semiocultais. No entanto, as respostas analisadas não nos permitem afirmar que a vivência desses conceitos estava ancorada na perspectiva da Educação Matemática Crítica. Esses resultados apontam para a necessidade de esses professores terem acesso à processos formativos com base nessa abordagem
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Esta pesquisa se insere nos domínios da formação docente e da Educação Matemática, particularizando o ensino nos anos iniciais do Ensino Fundamental na perspectiva crítica. Consideramos que os espaços de Formação Continuada possibilitam a reflexão e o diálogo, permitindo a integração entre a teoria e a prática docente, tornando-se um espaço de construção influenciado na crítica social em que o processo educativo deve estar inserido. Para fundamentar a investigação apoiamo-nos nos referenciais teórico e metodológico da Formação Continuada e da Educação Matemática Crítica. Delimitamos como objetivo geral analisaras ações de formação continuada, com foco no ensino de matemática, ofertadas aos professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental por uma rede municipal do Sertão do Moxotó pernambucano e a relação com a reflexão e o diálogo. E como objetivos específicos: mapear as ações de formação continuada ofertadas para os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental, com foco no ensino de matemática; 2) estabelecer relações entre as ações de formação continuada de matemática e os conceitos de reflexão e diálogo. Os dados da pesquisa estão sendo coletados com professores formadores e professores participantes das formações por meio de conversas informais, observação, questionário e entrevsitas.
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ANA RINÊLDA TARGINO ALVES LACERDA
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POLISSEMIA DE SENTIDOS E ARTICULAÇÕES DISCURSIVAS QUE ENVOLVEM A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E ATRAVESSAM AS PRÁTICAS AVALIATIVAS DE PROFESSORAS NO AGRESTE PERNAMBUCANO
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Orientador : LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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MEMBROS DA BANCA :
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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PAULO MANUEL TEIXEIRA MARINHO
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Data: 22/06/2023
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A presente pesquisa faz um trajeto no terreno educacional situando-se nas discussões sobre o significante avaliação, a polissemia de sentidos que o projeta em múltiplas direções, e as articulações discursivas em que se manifesta; com o objetivo de compreender nas práticas de professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental como estas avaliam diante da polissemia de sentidos e articulações discursivas que envolvem a avaliação da aprendizagem. Para tanto, nos propusemos a identificar nos discursos de professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental sentidos de avaliação e práticas avaliativas; mapear sentidos articulados que disputam pela significação da avaliação da aprendizagem e práticas avaliativas presentes em textos oficiais e normativos vigentes no município de Caruaru; e identificar as práticas avaliativas utilizadas com maior frequência pelas professoras no cotidiano da sala de aula. A complexidade da avaliação, tanto no domínio conceitual, quanto nas práticas que a efetivam, implicam em articulações discursivas que a capturam como a desculpa, a culpada, o ponto nodal e/ou a solução para os problemas educacionais. Logo, consideramos relevante ampliar a discussão através de uma perspectiva discursiva tendo a Teoria do Discurso enquanto caminho teórico-metodológico. Assim, esta pesquisa se justifica e vem agregar a comunidade acadêmica, visto que o levantamento realizado junto aos trabalhos da ANPED e da BDTD da UFPE, apontou, entre outras questões, a presença de um único trabalho que tratem da avaliação em uma perspectiva orientada pela Teoria do Discurso, dentro do marco temporal estabelecido. Assim, nos inscrevemos no jogo de disputas por significação tomando a avaliação da aprendizagem e as práticas avaliativas como práticas articulatórias, em uma perspectiva vinculada a Teoria do Discurso iniciada em Laclau e Mouffe (2015). Além disso, nos referenciamos em autores que tratam de concepções de avaliação da aprendizagem como Méndez (2002), Freitas (2009), Marinho, Leite, Fernandes (2014), entre outros. Como procedimentos de construção dos dados para a pesquisa realizamos entrevistas semiestruturada com três professoras dos anos iniciais da educação básica, que atuam em duas escolas públicas municipais em Caruaru; assim como observações de aulas destas professoras. Também realizamos uma análise nos textos e documentos oficiais vigentes nas escolas que foram nosso campo da pesquisa. A partir dos dados analisados compreendemos que a avaliação da aprendizagem por ser uma categoria polissêmica, polêmica e complexa, encontra no campo da Educação escolarizada lugar de vazão para existir e se desenvolver em suas várias dimensões, pois é disputada e negociada em uma variedade de posições discursivas, que a tomam para diferentes projetos, propósitos e intensões. Desse modo, são estas múltiplas possibilidades contextuais que atravessam as práticas avaliativas, criando e recriando as complexas realidades da sala de aula e da escola. Diante do exposto, podemos contingencialmente apontar que as professoras avaliam disputando com uma polissemia e articulações discursivas que envolvem o ensinar e o aprender; avaliam através de atos decisórios; avaliam com intencionalidade de fazer com que o ensino faça sentido para os alunos; também avaliam tencionando e disputando com os documentos, textos oficiais, programas e políticas que chegam até o chão da sala de aula.
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O projeto de pesquisa intitulado “Polissemia de sentidos e articulações discursivas que envolvem a avaliação da aprendizagem e atravessam as práticas avaliativas de professoras no agreste pernambucano”, faz um trajeto no terreno educacional situando-se nas discussões sobre o significante avaliação, a polissemia de sentidos que o projeta em múltiplas direções, e as articulações discursivas em que se manifesta; com o objetivo de analisar nas práticas de professoras, dos anos iniciais do Ensino Fundamental da rede pública de Caruaru, como estas avaliam diante da polissemia de sentidos e articulações discursivas que envolvem a avaliação da aprendizagem. Para tanto, nos propomos a identificar nos discursos de professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental da rede pública de Caruaru, sentidos de avaliação e práticas avaliativas; identificar sentidos articulados que disputam pela significação da avaliação da aprendizagem e práticas avaliativas presentes em textos oficiais e normativos vigentes no município de Caruaru; e analisar as práticas avaliativas utilizadas com maior frequência pelas professoras no cotidiano da sala de aula. Partimos do pressuposto de que existem vários e diferentes sentidos conferidos aos processos avaliativos, diferentes discursos e formação discursiva que disputam para atribuir-lhe significação, os quais influenciam o fazer pedagógico das/os professoras/os no cotidiano da sala de aula. A pertinência dessa pesquisa se dá posto a complexidade da avaliação e em torno dela, tanto no domínio conceitual, quanto nas práticas que a efetivam. De modo que, a avaliação está envolta de articulações discursivas que a capturam como o pivô, a desculpa, a culpada, o centro, o ponto nodal e/ou a solução para os problemas educacionais. Logo, consideramos relevante ampliar e aprofundar a discussão em torno do ato de avaliar, enquanto um processo de formação humana, distante do sentido de dar forma ou conformar uma identidade fixa, nem no sentido de padronizar ou homogeneizar, de sedimentar um único modo se ser ou um dever-ser. Mas, vinculada a uma forma de ação, a uma urgente necessidade de avaliar porque se quer conhecer, para o compromisso com a vida; a um anseio de avaliar porque se quer ocupar espaços, porque se deseja o encontro e encontrar-se. Assim, nos inscrevemos no jogo de disputas por significação tomando a avaliação da aprendizagem e das práticas avaliativas como formação discursiva, em uma perspectiva discursiva vinculada a Teoria do Discurso iniciada em Laclau e Mouffe (2015). Entendemos que esse projeto de pesquisa se justifica e vem agregar a comunidade acadêmica, visto que, no espaço acadêmico são articulados diferentes caminhos para a pesquisa em educação. De modo que, trazer para as discussões acerca da avaliação da aprendizagem e as práticas avaliativas um olhar através das lentes possibilitadas pela Teoria do Discurso como caminho teórico-metodológico é uma possibilidade de avançar nos estudos sobre a temática. Escolhemos fazer esse trajeto a partir de uma perspectiva discursiva que caminha em consonância com a Teoria do Discurso por entendemos ser possível, por meio dela, assumir que a realidade é sempre já discursiva, assim, não há nada na experiência humana que escape ou que não seja constituído e atravessado pelos processos discursivos que produzem, sedimentam e/ou deslocam a realidade. Assim, possibilita um diálogo como nosso objeto de estudo, través do qual podemos seguir com o entendimento acerca das articulações teoria-prática, discurso-prática e política-discurso-prática. Posto que, as práticas discursivas abarcam discursos, práticas, textos, gestos, ou seja, o discurso é também prática. Além disso, nos referenciamos em autores que tratam de concepções de avaliação da aprendizagem como Méndez (2002), Freitas (2009), Marinho, Leite, Fernandes (2014), entre outros. Como procedimentos de construção de dados para a pesquisa utilizaremos entrevistas semiestruturada com professoras dos anos iniciais da educação básica, utilizaremos a análise de textos e documentos e faremos uso da observação de aulas das professoras que serão sujeitos/participantes.
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VANNESSA REBECA SANTANA AQUILINO
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“DAR A LER” NO ENCONTRO COM O BARRO: convites para pensar a experiência da leitura na Educação Infantil.
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Orientador : CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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TATIANA CRISTINA DOS SANTOS DE ARAUJO
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Data: 28/08/2023
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Esta pesquisa foi experienciada partindo de encontros. Encontros da pesquisadora consigo mesmo, com as crianças e suas experiências de leitura, com a infância e a escrita deste texto. Encontros com uma pesquisa de inspiração cartográfica, que seguiu os passos da obra do barro, invencionando momentos para que pudesse ser entendida como um todo. Como território existencial de investigação, através da cartografia, delimitou-se um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) na cidade de Caruaru-PE, tendo a participação de crianças das turmas Pré-escolar I (Grupo IV) na produção dos dados. Nos movemos nesse plano, com olhar e corpo aberto para cartografar os dizeres, fazeres e aprenderes das crianças sobre as experiências de leitura vivenciadas nos espaços-tempos da pré-escola no contexto da Educação Infantil. Diante das aberturas de mundos e no processo da pesquisa fomos invencionando posições para mapear os dizeres, fazeres e
aprenderes das crianças e a infância nas experiências de leitura; Acompanhar nos espaços- tempos da pré-escola as vivências, os movimentos instaurados pelas crianças para a
experiência de leitura; Problematizar os dizeres, fazeres e aprenderes infantis nas experiências de leitura que atravessam o cotidiano das crianças. Tendo, pois como direcionadores do nosso olhar o Kohan (2005, 2007, 2015, 2019, 2020) que nos ensinou sobre infância; Skliar (2010, 2012, 2014, 2015, 2019, 2020) e Larrosa (2002, 2003, 2017, 2018) que nos ensinaram uma nova forma de experienciar a leitura; Barros (2020) e Kastrup (2020) que nos ensinaram um novo modo de pesquisar; Corazza (2017), Fochi (2019), Almeida (2021) e Lima (2021) que nos ensinaram a ver a educação de forma mais artística, dentre outros. Defendemos a infância como um caminho de pesquisa, não como coleta de dados, mas sim, como criadoras desse próprio movimento de pesquisa, que nos coube reunir e registrar. Esses encontros nos convidaram a escapar da mesmidade e a pensar possibilidades de leituras outras: leituras experiências, leituras fugitivas, leituras de trocas, leituras que extrapolam o currículo e o espaçotempo escolar, leitura como gesto de “dar a ler”, leitura criadora, leitura invencionice.
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Esta pesquisa abarca o movimento investigativo da Infância, a partir de perspectivas contemporâneas, pincelando rapidamente a história cronológica, dando base para a construção do pensamento que é desenrolado nesta pesquisa, contando com autores contemporâneos como Kohan, Skliar entre outros. Além da perspectiva da infância, também nos propomos a pesquisar sobre a leitura percebendo outras vivências avessas ao que pode estar sendo posto nas salas de aula na Educação Infantil. Para tratar de leitura utilizamos o gesto do dar a ler evidenciado por Skliar, e também, a leitura como uma experiência como pontua Larrosa. Desta forma, o objetivo geral desta pesquisa aponta para: cartografar os dizeres, fazeres e aprenderes das crianças sobre as experiências de leitura vivenciadas nos espaços-tempos da pré-escola no contexto da Educação Infantil. E diante das aberturas de mundos invencionaremos posições para mapear os dizeres, fazeres e aprenderes das crianças e a infância nas experiências de leitura; Acompanhar nos espaços-tempos da pré-escola as vivências, os movimentos instaurados pelas crianças para a experiência de leitura; Problematizar os dizeres, fazeres e aprenderes infantis nas experiências de leitura que atravessam o cotidiano das crianças. Neste sentido, utilizamo-nos da cartografia como caminho metodológico, entendendo em Kastrup e Barros (2020) que os dados vão sendo construídos ao longo da pesquisa, utilizando de instrumentos metodológicos, tais como: conversações, conversas temáticas, entrevistas semiestruturas, registros fotográficos e diário de campo. A análise dos dados se dará ao decorrer do próprio desenvolvimento da pesquisa, acreditando que esse movimento não deve se ater apenas no final da pesquisa.
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JOSE ADELSON TEIXEIRA DOS SANTOS
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POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DA FILOSOFIA UBUNTU NAS FORMAÇÕES DA CÁRITAS NO AGRESTE
PERNAMBUCANO
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Orientador : EVERALDO FERNANDES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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EVERALDO FERNANDES DA SILVA
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SAULO FERREIRA FEITOSA
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DENISE XAVIER TORRES
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Data: 29/08/2023
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O presente estudo intitulado: “Possíveis Contribuições da Filosofia Ubuntu nas Formações da Cáritas no Agreste Pernambucano” está interligado com minha origem afrodescendente, que motivou-me estudar as Filosofias Africanas. Nesse horizonte compreensivo, centrei minha perspectiva de pesquisa nos fundamentos, princípios e práticas da Filosofia Ubuntu, latentes na Cáritas, organização não governamental, que desenvolve projetos sociais direcionados, especialmente, para os sujeitos sociais do campo com seus desafios e potencialidades. Este estudo tem como objetivo geral:Compreender as possíveis contribuições da Filosofia Ubuntu nas atividades formativase práticas da Cáritas, especialmente, na construção das cisternas na Comunidade Quilombola de Estivas Garanhuns-PE. Formulamos como pergunta de pesquisa: Quais são as possíveis contribuições da Filosofia Ubuntu nas atividades formativas da Cáritas Regional NE II? Perseguindo a referida pergunta e objetivos, servimo-nos das abordagens teóricas de Mogobe Ramose (2009), Desmond Tutu (2014), Malomalo(2010), Renato Noguera (2012), Almeida (2019; 2016), Alves (2018), CunhaJunior(2010), Gonçalves (2018), Ivo (2005), Malvezzi (2007) e Meneses (2021). A natureza dessa pesquisa é qualitativa Minayo (1994), tendo como método o Estudo de Caso Alargado Lage (2013). Para a coleta de dados, servimo-nos de fontes documentais da Cáritas, do diário de Campo, entrevistas semiestruturadas e a observação participante. Como técnica de análise, utilizamos a análise de conteúdo com recorte temático Bardin (1977). Concluímos, mediante os achados, que as contribuições significativas da Filosofia Ubuntu nas formações e ações da Cáritas,focadamente, na Comunidade Quilombola de Estivas, consistem em: despertar a amplitude da visão e intervenção da Cáritas levando em conta as questões étnico-raciais em vez de formações gerais de caráter quase universal; a necessidade de incluir uma leitura interseccional em suas formações que reúna as questões de gênero, raça, classe social, intergeracional e da cultura local com suas especificidades; ampliação do entendimento de temporalidades que passem ao largo da compreensão empresarial; as cisternas como instrumentos de fortalecimento de redes comunitárias e de lutas emancipatórias das mulheres.
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O presente estudo intitulado: “Possíveis Contribuições da Filosofia Ubuntu nas Formações da Cáritas no Agreste Pernambucano” está interligado com minha origem, afrodescendente, razão principal que tem me motivado ao estudar as Filosofias Africanas. Nesse horizonte compreensivo, centrei minha perspectiva de pesquisa nos fundamentos, princípios e práticas da Filosofia Ubuntu latentes na Cáritas, organização não governamental, que desenvolve projeto sociais direcionados especialmente para os sujeitos sociais do campo com seus desafios e potencialidades. Este estudo tem como objetivo geral: Compreender as possíveis contribuições da Filosofia Ubuntu nas atividades formativas e práticas da Cáritas, especialmente, mediante a construção das cisternas, no agreste pernambucano. Almejando alcançar esse objetivo, servirmo-nos das abordagens das Filosofias Africanas e Afrodiaspóricas, especialmente, as contribuições de: Mogobe Ramose (2010), Desmond Tutu (2014), Malomalo (2010), Renato Noguera (2012), Katiúscia (2021) e Cavalcante (2020). A metodologia utilizada pretende ser a do Método do Caso Alargado de Boaventura de Sousa Santos (1983) e Allene Lage (2013). Como técnicas de coleta de dados servir-nos-emos das entrevistas semiestruturadas, do diário de campo, de fontes documentais e da observação participante. Quanto à técnica de análise dos dados coletados da pesquisa em curso, faremos uso da Análise de Conteúdo de Laurence Bardin (1977). Essa pesquisa será desenvolvida na comunidade Quilombola de Estivas, que se localiza no município de Garanhuns – PE. Esta cidade está situada no Agreste, localizada a 230 km da capital, Recife. A escolha dessa comunidade se deu por três fatores: a primeira, por ela ser uma comunidade legalmente reconhecida como comunidade Quilombola; por ser uma comunidade em que a Cáritas tem desenvolvido projetos em várias frentes e, por fim, pelas possibilidades de acesso às informações da Comunidade e das lideranças locais por parte do pesquisador.
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RIVALDO MENDES DA SILVA
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PESSOAS NÃO BINÁRIAS NA EDUCAÇÃO: problematizando inteligibilidade dicotômica de pós-graduandes da UFRPE
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Orientador : MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALLENE CARVALHO LAGE
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FERNANDA SARDELICH NASCIMENTO
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MARCELO HENRIQUE GONCALVES DE MIRANDA
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Data: 30/08/2023
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Esta pesquisa tem como objetivo geral compreender como as pessoas não binarias percebem seu reconhecimento em seus Programas de Pós-graduação (PPG) da UFRPE. O estudo parte de pressupostos pós-estruturalista, da teoria da performatividade, cisnormatividade, reconhecibilidade e reconhecimento. Nosso estudo foi motivado pela denúncia e problematização da inteligibilidade binária, supostamente, natural, normal e universal, que categoriza as identidades de gênero, de uma maneira, fictícia, exclusivamente em homem e mulher. Essa inteligibilidade binária não reconhece outras identidades de gênero, como a não binaridade, como possibilidades da pluralidade da existência humana. Essas violências são enfrentadas pelas pessoas LGBTQIAP+ cotidianamente em diversas instituições e dentre essas a educacional. Assim, a pesquisa se debruçou sobre os corpos não binários de estudantes de pós-graduação da UFRPE. Para o desenvolvimento desse estudo, utilizamos como recursos metodológicos: a técnica da snowball para realizar as entrevistas semiestruturadas. Esses dados foram compreendidos sob a Análise de Conteúdo (AC). Assim, levando em consideração o nosso objetivo geral, encontramos um cenário, no governo bolsonarista, de cortes orçamentários para as universidades públicas, diminuição de bolsas de pesquisa para estudantes da pós-graduação, e discursos de ódio que incentivavam a violência, exclusão e o não reconhecimento com as pessoas não binárias. Nesse contexto, as pessoas não binarias que buscaram a pós-graduação como formação continuada, encontraram um ambiente mais hostil, porém, vale ressaltar que não foi mencionado violência física no referido campus. Entretanto, as pessoas não binárias perceberam alguns ganhos de reconhecimento com as pessoas LGBTQIAP+ se comprado com décadas passadas. As pessoas não binárias mencionaram ainda houvesse um reconhecimento maior delas na universidade é necessário mais políticas públicas educacionais de democratização e permanência delas no referido ambiente. Também mencionaram que havia a necessidade de formulários em que utilizem as opções de preenchimento para pessoas não binarias nas categorizações de gênero; mais grupos de pesquisa e projetos de extensão com a temática não binariedade; assim como se precisa utilizar pronomes neutros ou adequados às identidades das pessoas estudantes não binárias.
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A presente pesquisa qualitativa problematiza a inteligibilidade dicotômica de estudantes de pós-graduação da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que são pessoa com identidade de gênero não binária. Ao compreendermos o campo educacional como campo político, nos respaldamos no pós-estruturalismo, utilizando a Teoria Queer por Judith Butler (2019) e com expansão interpretativa da análise de conteúdo proposta por Bardin (1979). Nosso objetivo é compreender como as pessoas não binarias percebem seu reconhecimento no PROGEL da UFRPE. Formarão o corpus da pesquisa: entrevistas semiestruturada com quatro estudantes do Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem (PROGEL) que são pessoas não binárias. Sinteticamente, buscamos oferecer as seguintes contribuições relacionadas pessoas não binarias na pós-graduação da UFRPE: (a) identificar na visão das pessoas não binárias pós-graduandas os desafios enfrentados no PROGEL-UFRPE;(b) elencar as estratégias utilizadas pelas pessoas pós-graduandas para ultrapassar uma inteligibilidade binária; (c) mapear no PROGEL os procedimentos que reforcem e ou subvertem a lógica binária. Portanto, criticamente envolveremos questionar as estruturas sociais de inteligibilidade binárias, dicotômicas e excludentes que direcionam as categorias sobre as pessoas binárias e não binárias. As contribuições na educação proporcionam uma interlocução com a concepção entre as identidades dos sujeitos e o pedagógico, participando de um movimento nos espaços acadêmicos que facilitam o processo de ensino e aprendizagem com alteridades as identidades de gênero que são vivenciadas na universidade.
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RISOCLEIDE APARECIDA MARIA DA SILVA
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FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES/AS NO ÂMBITO DO PROGRAMA CRIANÇA ALFABETIZADA: repercussões nas práticas de ensino da leitura e da escrita no final da Educação Infantil e no 1o ano do Ensino Fundamental
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Orientador : ALEXSANDRO DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXSANDRO DA SILVA
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LEILA NASCIMENTO DA SILVA
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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NAYANNE NAYARA TORRES DA SILVA
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Data: 30/08/2023
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A presente pesquisa inscreve-se nas discussões sobre as práticas de ensino da leitura e da escrita e da formação continuada no âmbito de um programa educacional. Considerando que há um fracasso da escola quanto ao ensino da alfabetização logo nos primeiros anos da escolaridade (MORAIS, 2012; SOARES, 2020), não são incomuns as proposições de políticas que buscam solucionar esse problema. O Programa Criança Alfabetizada (PCA) é uma delas. De natureza governamental, foi instituído pela Lei n° 16.617, de 15 de julho de 2019, no Estado de Pernambuco, visando atingir a Educação Infantil (4 e 5 anos) e o 1° e o 2° anos do Ensino Fundamental. Nesse contexto, apresentamos o seguinte questionamento: quais as repercussões do curso de formação continuada do Programa Criança Alfabetizada para as práticas cotidianas de ensino da leitura e da escrita de professores/as do último ano da Educação Infantil e do 1o ano do Ensino Fundamental? A partir do quadro teórico que orienta este estudo, interpretamos que, mesmo imerso em prescrições de programas, os/as professores/as tendem a não as adotarem completamente em suas práticas de ensino, visto que esse profissional é um sujeito produtor de conhecimentos, que dispõe de diferentes saberes (TARDIF, 2012) e recorre a distintas táticas de consumo (CERTEAU, 2012). (retirar) A fundamentação teórica do trabalho também é composta por autores que discutem sobre alfabetização e letramento (MORAIS, 2012; SOARES, 2004; 2020; FERREIRO, 2011; FERREIRO; TEBEROSKY, 1999), sobre formação continuada de professores/as e práticas cotidianas (IMBERNÓN, 2011; GATTI, 2003, 2019; FALSARELLA, 2003; CHARTIER, 2007, 2021) e sobre o Programa Criança Alfabetizada (GONÇALVES, 2021). Assim, o objetivo geral deste estudo foi investigar as repercussões do curso de formação continuada do Programa Criança Alfabetizada nas práticas cotidianas de ensino da leitura e da escrita de professores/as do último ano da Educação Infantil e do 1o ano do Ensino Fundamental. Para tanto, utilizamos a abordagem qualitativa (MINAYO, 2011) e os seguintes procedimentos metodológicos: pesquisa documental, entrevistas semiestruturadas (LAVILLE, DIONNE, 1999) e observação participante (ANDRÉ, 1995). O lócus investigativo foi uma instituição escolar localizada na região agreste do Estado de Pernambuco e os participantes foram duas professoras, sendo uma de Educação Infantil - 5 anos e a outra, do 1o ano do Ensino Fundamental. Os dados foram tratados a partir da análise temática de conteúdo (BARDIN, 2004) e revelaram que houve algumas repercussões das formações continuadas do PCA nas práticas de ensino da leitura e da escrita das duas docentes. No caso da professora de Educação Infantil, o que se destacou foi o seu trabalho com um Projeto (Detetive das Palavras), que envolvia práticas de alfabetização e letramento, elementos presentes nas pautas das formações municipais do PCA. Quanto à professora do 1o ano, destacamos a utilização do material complementar do PCA (Almanaque 1), tema também presente nos registros dos encontros formativos do Programa. Entretanto, além dos elementos relacionadas ao PCA, nas práticas das duas professoras, havia a presença intensa de atividades de base tradicional, como a cópia e a leitura/recitação do alfabeto e das famílias silábicas. Assim, consideramos que tais repercussões constituíram mais um “acréscimo” de propostas das formações continuadas do PCA às práticas das duas professoras que uma mudança no que elas já vinham fazendo, ancorando-se no que aprenderam em outros tempos e espaços formativos.
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Este projeto de pesquisa inscreve-se nas discussões sobre as práticas de ensino da leitura e da escrita e da formação continuada no âmbito de um programa educacional. Considerando que há um fracasso da escola quanto ao ensino da alfabetização logo nos primeiros anos da escolaridade (MORAIS, 2012; SOARES, 2020), não são incomuns as proposições de programas que buscam solucionar esse problema. O Programa Criança Alfabetizada (PCA) é um deles. De natureza governamental, foi instituído pela Lei n° 16.617, de 15 de julho de 2019, no Estado de Pernambuco, visando atingir a Educação Infantil e o 1° e o 2° anos do Ensino Fundamental. Tendo em vista que se trata de um Programa recente e do âmbito estadual, justifica-se a necessidade de desenvolver estudos sobre ele. Assim, apresentamos o seguinte questionamento: quais as repercussões do curso de formação continuada do Programa Criança Alfabetizada para as práticas cotidianas de ensino da leitura e da escrita de professores do último ano da Educação Infantil e do 1o ano do Ensino Fundamental? A partir do quadro teórico que orienta esta pesquisa, interpretamos que, mesmo imerso em prescrições de programas, os/as professores/as tendem a não as adotar completamente em suas práticas de ensino, visto que esse profissional é um sujeito produtor de conhecimentos, que dispõe de diferentes saberes (TARDIF, 2012) e recorre a distintas táticas de consumo (CERTEAU, 2012). Nesse sentido, a fundamentação desta investigação é composta por autores que discutem sobre as práticas de ensino da leitura e da escrita, alfabetização e letramento (MORAIS, 2012; SOARES, 2004, 2020; FERREIRO, 2011; FERREIRO; TEBEROSKY, 1999), sobre a formação de professores/as e práticas cotidianas (IMBERNÓN, 2011; GATTI, 2003, 2019; FALSARELLA, 2003; CHARTIER, 2007, 2021) e sobre o Programa Criança Alfabetizada (GONÇALVES, 2021), no qual utilizamos na discussão leis oficiais de regulamentam o Programa e outras que o antecedem, mas possuem relação com ele. Assim, o objetivo geral deste estudo é analisar as repercussões do curso de formação continuada do Programa Criança Alfabetizada nas práticas cotidianas de ensino da leitura e da escrita de professores do último ano da Educação Infantil e do 1o ano do Ensino Fundamental. A presente investigação, de natureza qualitativa (MINAYO, 2011), recorrerá aos seguintes procedimentos metodológicos: pesquisa documental, entrevistas semiestruturadas (LAVILLE, DIONNE, 1999) e observação participante (ANDRÉ, 1995). As instituições que farão parte da pesquisa são escolas públicas municipais que fazem parte da Secretaria de Educação da cidade de Vertentes-PE, e os participantes serão duas professoras, uma do último ano da Educação Infantil e a outra do 1o ano do Ensino Fundamental. Os dados serão tratados a partir da análise temática de conteúdo (BARDIN, 2004).
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JESSICA VILLIANA DA SILVA
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CAMINHO DE UMA INFÂNCIA (E) SUA INVENTIVIDADE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O que pode uma infância devir-deficiente?
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Orientador : CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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TATIANA CRISTINA DOS SANTOS DE ARAUJO
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Data: 31/08/2023
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Ensaiamos de modo infantil uma pesquisa-caminho atravessada por encontros. Encontros com a infância e a Filosofia. Encontros com uma inspiração cartográfica e com as crianças que foram as principais intercessoras nesse processo. Nos propomos a dizer que pesquisamos COM e ENTRE crianças e não SOBRE elas, mobilizando possibilidades para que as crianças e as infâncias habitassem e nos movessem no caminho do aprender e do (des)aprender. Nos encontramos com nossos intercessores teóricos para problematizarmos a infância (Kohan, 2020), alteridade (Skliar, 1999), hospitalidade (Derrida, 2003), devir (Deleuze e Guattari, 1992). Deste modo, sinalizamos como infantes esta pesquisa a partir do seguinte questionamento: O que as crianças e as infâncias nos dizem ou nos dão a pensar sobre educação inclusiva no contexto escolar?A partir desta inquietação, objetivamos de maneira mais geral: Cartografar os dizeres, aprenderes e fazeres infantis sobre educação inclusiva, instauradas no contexto escolar. De forma mais específica fomos mobilizadas a mapear os movimentos instaurados pelas crianças e pela infância sobre educação inclusiva na escola; acompanhar os dizeres, aprenderes e fazeres infantis que atravessam as experiências das crianças no contexto escolar; problematizar os movimentos instaurados pelas crianças no espaço\tempo da escola. Nessa caminhada, nos deslocamos a partir do que as crianças nos davam a pensar em seus dizeres, gestos, movimentos e experiências sobre a educação inclusiva. Os encontros com as crianças e a infância, em meio as conversações, nos convidaram a um pensar outro, que dribla a lógica da representação, que fixa uma ideia de deficiência vinculada à falta, à incompletude, ao não ser. Através dos seus modos de olhar, pensar e artistar um devir-infantil (Corazza, 2013) as crianças tensionam os discursos da inclusão que tenta incluir o OUTRO em uma mesmidade, quando deveria intensificar a dimensão da outridade. Através de sua sensibilidade, afeto, as crianças se abriam para o (im)pensado, nos dando a pensar sobre o devir-deficiente. Corpos OUTROS atravessados por um tempo OUTRO que nos convidaram em gestos a pensar a aeducação inclusiva de um OUTRO modo... Um modo mais infantil... talvez. O encontro com o novo, o inesperado, mobilizado por um exercício de atenção que difere de um olhar fixo, direcionado e automatizado. Uma possibilidade de deslocamento no espaço-tempo escolar em devir... Um tempo redescoberto para OUTROS possíveis na educação inclusiva a partir desse lugar OUTRO... O lugar da diferença. Um lugar de irrupções.
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Esse é um texto que se propõe infantil, com uma escrita que desliza junto a infância minoritária, cheia de inquietações, uma escrita que parte de (des) começos possíveis em busca de perguntas. Para continuar (des) começarmos, escolhemos o contexto dos anos iniciais do Ensino Fundamental, afinal de contas a infância perpassa toda a existência, partindo da ideia de que a infância segue com essas crianças cronológicas por toda sua vida. Caminhamos assim, para pensar um movimento de pesquisa nessa relação, nesse contexto, acreditando ser necessário questionar quem são os participantes da pesquisa e reconhecer além das pedagogias que por vezes os inferiorizam, quais são as pedagogias que os permitem resistir e se afirmarem existentes (ARROYO, 2014). Deste modo, sinalizo esta pesquisa a partir dos seguintes questionamentos: 1) que infância e que educação inclusiva estão sendo afirmadas nas escolas? 2) o que emerge do dizer infantil sobre a infância e a educação inclusiva? 3) o que e como esses dizeres me provocam? 4) Esses dizeres me possibilitam pensar a infância e a educação inclusiva? Assim, como uma infante defini como problema de pesquisa: O que as crianças e as infâncias nos dizem ou nos dão a pensar sobre educação inclusiva no contexto escolar? Como objetivo geral Objetivo Geral: Cartografar os dizeres, aprenderes e fazeres infantis sobre educação inclusiva, instauradas no contexto escolar. E como objetivos Específicos: 1. Mapear os movimentos instaurados pelas crianças e pela infância sobre educação inclusiva na escola, 2. Acompanhar os dizeres, aprenderes e fazeres infantis que atravessam as experiências das crianças no contexto escolar e 3. Problematizar os movimentos instaurados pelas crianças no espaço\tempo da escola. Nessa caminha alguns movimentos outros foram necessários. Inicialmente observamos nosso agreste e visitamos ATTENA (repositório institucional da Universidade Federal de Pernambuco) para mapear como seria nossa caminhada, assim
nosso primeiro capítulo é a apresentação de nossos achados sobre Infâncias e Educação Especial a nível local. Em Seguida trazemos nossos primeiros passos sobre as temáticas infância, educação especial, alteridade e differance. Através dos deslocamentos que a infância possibilita conversamos com alguns autores como SKLIAR, KOHAN, ABRAMOWICZ e TEBET entre outros. E por fim, trazemos nossas primeiras ideias sobre o percurso metodológico.
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ROSELI JOVELINA DOS SANTOS
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PROFISSIONALIZAÇÃO E DESAFIOS DA IDENTIDADE PROFISSIONAL
DOCENTE NA REDE MUNICIPAL DE TACAIMBÓ - PE
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Orientador : KATIA SILVA CUNHA
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MEMBROS DA BANCA :
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KATIA SILVA CUNHA
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SAULO FERREIRA FEITOSA
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MAGNA DO CARMO SILVA
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TANIA MARIA GORETTI DONATO BAZANTE
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Data: 04/09/2023
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Essa pesquisa parte do problema que traz como questão central as Formações Continuadas da Rede de Ensino de Tacaimbó estimulam uma determinada identidade para esses docentes? Partindo da necessidade em: Analisar os desafios presentes nas formações continuadas de professores, atinentes a uma identidade profissional docente na rede municipal de Tacaimbó – PE, tendo como desdobramento os seguintes objetivos específicos: a) Identificar elementos acerca de profissionalização e identidade docente nos documentos presentes nas formações continuadas de professores no que se refere as políticas curriculares no município de Tacaimbó – PE e b) Analisar marcadores sobre a identidade profissional docente e a profissionalização presentes nos documentos das formações continuadas no município de Tacaimbó – PE. No que trata do aporte teórico Ball (2005,2007), Lopes (2017), Macêdo (2007,2011,2014 e 2015), Gatti ( 2006,2007, 2010 e 2012) , Flores (2015) e Cunha (1999 e 2017), tensionando fundamentar à questão problema. Utilizamos como percurso metodológico uma abordagem qualitativa da pesquisa com base em Minayo (2001 e 2007). Nesse movimento de busca, nossos procedimentosancorados na analise documental e instrumentosa respeito das formações continuadas voltados do 1° ao 5° ano dos anos iniciais, respeitando a forma fidedigna os resultados. Para produção dos dados utilizamos como hipótese possibilidades de enfrentamentos em relação a identidade docente através de sua politica de formação continuada que está embricada nos documentos utilizados nas formações continuadas na rede municipal de Tacaimbó – PE e sendo assim analisamos as possibilidades de contribuição para a formação de uma identidade profissional docente.Após dados consolidados, o resultado da pesquisa indicou que os documentos utilizados nas formações continuadas, desde pautas de reuniões até materiais para serem utilizados com seus discentes em sala de aula apresentam metodologias, acompanhamentos e instrumentos voltados para o desenvolvimento de programas indicados pela Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, de forma que todo município esteja na mesma sintonia no que concerne ao desenvolvimento da aprendizagem dos alunos do 1° ao 5° ano. Nesse sentido, os resultados nos revelam os impactos existentes sobre as identidades profissionais docentes acerca das formações continuadas na rede municipal de Tacaimbó.
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Essa pesquisa parte do seguinte problema: As formações continuadas da rede de ensino de Tacaimbó estimulam uma identidade profissional para esses professores? Sendo assim, diante da problemática apresentada, buscamos analisar notícias de órgãos oficiais sobre o objeto de estudo, documentos oficiais que estão ligados diretamente a formação continuada de professores e suas políticas curriculares dessa rede de ensino, assim como realizar levantamento de dados extraídos em sites de entidades civis, instituições e fundações. Nossa Dissertação está sendo organizada, partindo das necessidades em responder o questionamento existente nesse projeto, onde o objetivo geral consiste em: Analisar os discursos presentes nas formações continuadas de professores, atinentes ao sentido de uma identidade profissional docente na rede municipal de Tacaimbó – PE. Vislumbrando responder o questionamento, presente em nossa pesquisa, desdobramos os seguintes objetivos específicos: a)Identificar os discursos sobre o trabalho que se espera dos docentes, presente nas formações continuadas de professores no município de Tacaimbó – PE, b) Analisar as concepções sobre a identidade profissional docente presentes nas formações continuadas no município de Tacaimbó –PE. Utilizaremos como percurso metodológico a Análise do Discurso segundo Orlandi (1997,1999, 2003,2007 e 2015), na análise de corpus legais e documentos assim como para análise de questionários e entrevistas que se caracterizam enquanto discurso. Utilizaremos aporte teórico em Ball (2005,2013), Lopes (2017), Macêdo (2007,2011,2014,2015), Gatti (2006,2007,2010,2012), Flores (2015) e Minayo (2001,2007) para responder à questão problema, assim como nossos objetivos geral e específicos. Nesse movimento de busca, analisar, a partir da utilização de nossos procedimentos e instrumentos de pesquisa, os discursos existentes nas formações continuadas nessa rede municipal de ensino. Diante do exposto temos como hipótese, que a BNCC vem trazendo um caráter de direcionamento curricular para estados e municípios, que por muitas vezes influenciam nas atividades educacionais e formações continuadas da rede. As redes, em um movimento de tradução da BNCC, têm priorizado um currículo acerca das formações continuadas que induz e cobra resultados positivos sobre metas construídas; essa tradução aponta o que é importante e necessário para o estudante aprender e consequentemente o que o docente deva ensinar como se fosse a solução para todos os problemas no meio educacional.
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CAMILA SANTOS FERREIRA
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A OFICIALIZAÇÃO DO ENSINO DE GÊNEROS NO BRASIL: DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS À BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
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Orientador : GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXSANDRO DA SILVA
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FLORENCIA MIRANDA
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GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA LIMA
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LEILA BRITTO DE AMORIM LIMA
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Data: 05/09/2023
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O presente estudo tem como objetivo geral compreender os movimentos de continuidade e deslocamento nas prescrições sobre o ensino de gêneros tomando como referência os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) e a Base Nacional Comum Curricular (2017). Como objetivos específicos: a) identificar qual é a proposta
de ensino de gêneros nos PCN e na BNCC; b) verificar quais os fundamentos teórico- metodológicos sobre ensino de gêneros embasam essas propostas; c) verificar em
quais aspectos sobre o ensino de gênero os dois documentos convergem e em quais se distanciam; e d) apreender as possíveis implicações desses movimentos para o ensino de gêneros. Sendo assim, trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa (LÜDKE; ANDRÉ, 2020), de caráter documental e de natureza diacrônica, visto que os currículos estão situados em contextos históricos diferentes. A técnica de análise dos dados foi feita a partir da Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016). Para o entendimento acerca das teorias de currículo, tomamos como base os estudos de: Silva (1999), Sacristán (1991), Goodson (1995) e Lopes e Macedo (2011). Para a compreensão sobre os gêneros, utilizamos os estudos de: Bakhtin (2003), Bronckart (2006), Dolz, Gagnon e Decândio (2010), Lima (2016), Machado (2009), Schneuwly e Dolz (2004), Rojo e Moura (2019), entre outros. Nossos resultados apontam que que os movimentos de continuidades que orientam para um ensino que busque formar estudantes críticos e capacitados para usar a língua nos diferentes contextos de interação humana, levando em conta a teoria de gênero bakhtiniana e do Interacionismo Sociodiscursivo. Os currículos dão importância a consideração da diversidade de textos que circulam em sociedade, as potencialidades dos gêneros para o desenvolvimento e à aprendizagem dos alunos no contexto escolar, a uma abordagem sistemática dos gêneros nos diferentes níveis de escolarização (progressão), e a consideração as condições em que os textos são lidos e produzidos na sociedade. Os deslocamentos indicam que houve uma ampliação de possibilidades para o ensino de gêneros na BNCC, com a adição de campos de atuação, habilidades a serem desenvolvidas por campos e a contemplação de novos gêneros para uma adequação à sociedade contemporânea.
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Cientes de que é através do uso da linguagem e dos diferentes gêneros, orais ou escritos, que a comunicação se torna possível, é importante considerar que, através desse objeto de ensino-aprendizagem, é possível formar estudantes críticos e capacitados para agir linguisticamente para além da sala de aula, em diferentes contextos da atividade humana. O presente estudo propõe compreender os movimentos de continuidade e deslocamento nas prescrições sobre o ensino de gêneros tomando como referência os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, 1998, 2000) e a Base Nacional Comum Curricular (2017). De forma mais específica, pretendemos: a) identificar qual é a proposta de ensino de gêneros nos PCN e na BNCC; b) verificar quais os fundamentos teórico-metodológicos sobre ensino de gêneros embasam essas propostas; c) verificar em quais aspectos sobre o ensino de gênero os dois documentos convergem e em quais se distanciam; e d) apreender as possíveis implicações desses movimentos para o ensino de gêneros. Sendo assim, trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa (LÜDKE; ANDRÉ, 2020), de caráter documental e de natureza diacrônica, visto que os currículos estão situados em épocas diferentes. A técnica de análise dos dados será feita a partir da análise de conteúdo Bardin (2016). Para compreensão sobre os gêneros textuais/discursivos, nos utilizaremos dos estudos de: Bakhtin (2003), Bronckart (2006), Dolz, Gagnon e Decândio (2010), Lima (2016), Machado (2009), Schneuwly e Dolz (2004), Rojo e Moura (2019), entre outros. E, para o entendimento acerca das teorias de currículo, tomaremos como base os estudos de: Silva (1999), Sacristán (1991), Goodson (1995) e Lopes e Macedo (2011).
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ROSICREIDE SOARES NOGUEIRA
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NUCLEAÇÃO E FECHAMENTO DE ESCOLAS NO CAMPO NO CONTEXTO DO SEMIÁRIDO: vivências e resistências de comunidades camponesas no município de Sumé-PB
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Orientador : SAULO FERREIRA FEITOSA
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MEMBROS DA BANCA :
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SAULO FERREIRA FEITOSA
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MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
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FABIANO CUSTÓDIO DE OLIVEIRA
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Data: 06/09/2023
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A presente pesquisa vincula-se à linha Educação e Diversidade do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea do Centro Acadêmico do Agreste (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Este estudo abordou os impactos decorridos da Política de Nucleação e Fechamento de Escolas no campo no município de Sumé, no estado da Paraíba, enfatizando os efeitos desta na dinâmica política, econômica, social e cultural das comunidades rurais da Pitombeira, da Carnaúba de Cima e do Assentamento Mandacaru. Em nossa abordagem teórica-metodológica nos ancoramos ao Pensamento Decolonial, por nos possibilitar refletir sobre a negação do direito à educação dos povos do campo, que resistem diante do processo de silenciamento e inferiorizarão a que são postos. No que diz respeito ao Pensamento Decolonial nos embasamos nos estudos e conceitos propostos pelos seguintes autores (as): e, seus respetivos conceitos: Colonialismo, Racialização, Racionalização (MIGNOLO, 2008, 2020), Colonialidade do Poder, Saber, Ser (QUIJANO, 2005, 2007, 2000) e Natureza (WALSH, 2008, 2009), Decolonialidade, Diferença Colonial, Pensamento de Fronteira, Desobediência Epistêmica, e saberes Subalternos (MIGNOLO, 2008, 2020). Nossa pesquisa que se expressa no seguinte questionamento: como as comunidades campesinas tem reagido frente à subtração do direito à educação? Para respondermos à pergunta traçamos como objetivo geral: apreender, a partir das narrativas, das vivências e resistências sujeitos do campo, os impactos advindos do fechamento das escolas na dinâmica política, social e cultural das comunidades de Pitombeira, Carnaúba de Cima e Assentamento Mandacaru. Como objetivos específicos: a) mapear à realidade das comunidades das escolas do campo nucleadas e fechadas no município de Sumé-PB; b) compreender a Política de nucleação de escolas do campo no município de Sumé-PB; e c) discutir os desdobramentos da política de Nucleação nas comunidades rurais da Pitombeira, da Carnaúba de Cima e do Assentamento Mandacaru. A política de nucleação imposta as comunidades da Pitombeira, da Carnaúba de Cima e do Assentamento Mandacaru ocorreu de forma arbitrária e sem nenhum diálogo com a comunidade. Os argumentos trazidos pela gestão municipal se contradizem com os marcos normativos para a educação do campo e com as leis que regem o direito a educação do e no campo no Brasil. Enquanto desdobramentos dessa política de nucleação temos a resistência dos sujeitos à gestão centralizadora, questionando e tensionando o poder local e apontando a fragilidade do direito conquistado.
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A presente pesquisa vincula-se à linha Educação e Diversidade do Programa de Pós- Graduação em Educação Contemporânea do Centro Acadêmico do Agreste (CAA), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A pesquisa abordará os impactos decorridos com a Política de Nucleação e Fechamento de Escolas do campo no município de Sumé, no estado da Paraíba, enfatizando os efeitos desta na dinâmica política, econômica, social e cultural das comunidades rurais Pitombeira, Carnaúba de Cima e Assentamento Mandacaru. Em nossa abordagem teórica-metodológica nos ancoramos ao Pensamento Decolonial, por nos possibilitar refletir sobre a negação do direito à educação dos povos do campo, que resistem diante do processo de silenciamento e inferiorizarão a que são postos. No que diz respeito ao Pensamento Decolonial seguiremos no caminho conduzido pelos autores (as) e, seus respetivos conceitos: Colonialismo, Racialização, Racionalização (MIGNOLO, 2008, 2020), Colonialidade do Poder, Saber, Ser (QUIJANO, 2005, 2007, 2000) e Natureza (WALSH, 2008, 2009), Decolonialidade, Diferença Colonial, Pensamento de Fronteira, Desobediência Epistêmica, e saberes Subalternos (MIGNOLO, 2008, 2020). Nossa pesquisa que se expressa no seguinte questionamento: como as comunidades campesinas tem reagido frente à subtração do direito à educação? Para respondermos à pergunta traçamos como objetivo geral: apreender, a partir da concepção identitária dos sujeitos do campo, os impactos advindos do fechamento das escolas na dinâmica política, social e cultural das comunidades de Pitombeira, Carnaúba de cima e Assentamento Mandacaru. Como objetivos específicos: a) mapear à realidade das escolas do campo no município de Sumé-PB, a partir da política de nucleação das escolas do campo; b) perscrutar a existência de movimentos de contraposição às estratégias lançadas por governos que têm como perspectiva o fechamento das escolas do campo; c) Compreender a Política de nucleação de escolas do campo no município de Sumé-PB, discutindo os impactos dessa política nas comunidades rurais Pitombeira, Carnaúba de Cima e Assentamento Mandacaru.
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CINTHIA GENELICE DOS SANTOS
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EDUCAÇÃO, FEMINISMOS E MULHERES: um estudo de caso do
Coletivo Desabrochar de Belo Jardim/PE
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Orientador : ALLENE CARVALHO LAGE
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MEMBROS DA BANCA :
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ALLENE CARVALHO LAGE
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DANIELA NERY BRACCHI
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ELIZABETH MARIA DA SILVA
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Data: 29/09/2023
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A educação como prática social humana, tem-se constituído como estímulo ao ser humano, nos tornando críticas/os, conhecedores de conhecimentos e saberes que vão desde disciplinas a temas sociais. Mesmo tendo esse enfoque em formação humana, porém, tendo em vista que a educação/escolarização de mulheres se deu tardiamente, nos conduzimos com a seguinte questão: Que trajetórias educacionais as ativistas de movimentos feministas construíram durante sua formação no ensino superior na perspectiva da educação não sexista? Nossa pesquisa tem como objetivo geral: estudar as trajetórias educacionais de ativistas de movimento feminista construídas durante a formação no ensino superior na perspectiva da educação não sexista. Para responder os seguintes objetivos específicos: (i). caracterizar as trajetórias educacionais do ensino superior das ativistas do movimento feminista; (ii) identificar os aspectos políticos e pedagógicos para uma educação não sexista. A nossa pesquisa tem uma abordagem metodológica qualitativa, realizando o estudo exploratório e explicativo, empregando o método do caso alargado para investigação, com instrumento para coleta de dados realizamos entrevistas semi-estruturadas e para análise e sistematização utilizamos a análise de conteúdo. O estudo foi realizado com um coletivo feminista em Belo Jardim/PE, com as ativistas que fazem parte da comissão organizadora do coletivo, podemos caracterizar diferentes trajetórias educacionais entre elas e assim como identificamos os aspectos políticos e pedagógicos para uma educação não sexista. Por fim, compreendemos a importância do ensino superior para as mulheres, e a formação humana baseada na educação não sexista como aporte para eliminar a opressão sexista.
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A educação como prática social humana, tem-se constituído como estímulo ao ser humano, nos tornando críticas/os, conhecedores de conhecimentos e saberes que vão desde as disciplinas a temas sociais. Mesmo tendo esse enfoque em formação humana, porém, tendo em vista que a educação/escolarização de mulheres se deu tardiamente, nos conduzimos com a seguinte questão: Que trajetórias educacionais as ativistas de movimentos feministas construíram durante sua formação no ensino superior na perspectiva da educação não sexista? Nossa pesquisa tem como objetivo geral: estudar as trajetórias educacionais de ativistas de movimento feminista construídas durante a formação no ensino superior na perspectiva da educação não-sexista. Para responder os seguintes objetivos específicos: (i). caracterizar as trajetórias educacionais do ensino superior das ativistas do movimento feminista; (ii) identificar os aspectos políticos e pedagógicos para uma educação não sexista. A nossa pesquisa tem uma abordagem metodológica qualitativa, realizando o estudo exploratório e explicativo, empregando o método do caso alargado para investigação, com instrumento para coleta de dados será realizado entrevista semi-estruturada e para sua análise e sistematização utilizaremos a análise de conteúdo. O estudo será realizado com um coletivo feminista em Belo Jardim/PE.
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ANDERSON JOSÉ FRANCISCO SILVA
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Por uma micropolítica do Pife na sala de aula: partilha de afetos, rupturas e agenciamentos a partir da obra do Mestre João do Pife de Caruaru.
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Orientador : SANDRO GUIMARAES DE SALLES
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MEMBROS DA BANCA :
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SANDRO GUIMARAES DE SALLES
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SAULO FERREIRA FEITOSA
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TACIANO VALERIO ALVES DA SILVA
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Data: 11/10/2023
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A presente pesquisa propõe uma análise acerca dos processos educativos implicados nos ensinares e aprenderes advindos da obra do Mestre João do Pife de Caruaru, relacionando – os, a possibilidades outras no trabalho docente, a partir do Ser/Pife/Instrumento e suas diversas interfaces com os saberes populares, a sala de aula e as particularides advindas dos referidos processos. Para tanto, nesta trilha, lançamos mão do método cartográfico deleuziano o qual se dar no processo e se apresenta enquanto um mapa, estranhando -se e, assim contrapondo -se ao retrato, que possui imagem fixa e sem desmonte, que descreve o exercício de um cartógrafo enquanto constante invenção, intervenção, performance, aquele que se dar no acontecimento e se valida diante das multiplicidades. Nesta perspectiva para estabelecermos uma relação entre o fazer/saber do Mestre João do Pife e as possibilidades de inventividade no âmbito educacional, nos aproximamos do pensamento foucaltiano, e a partir da sua teoria do discurso, buscamos observar também, as relações de poder e as implicações destas, ante sua propagação e inventividade.
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João do Pife, Pífano, Popular Culture, Education.
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SAMANTA GABRIELY ALVES DOS SANTOS
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SENTIDOS SOBRE A ESCOLA PRODUZIDOS PELAS PROFESSORAS DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA CIDADE DE CARUARU/PE
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Orientador : CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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MARIA FABIANA DA SILVA COSTA
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Data: 31/10/2023
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Nossa pesquisa discute sobre os sentidos de escola construídos pelas professoras de uma escola em tempo integral dos anos iniciais do Programa de Educação Integral da cidade de Caruaru/PE. Para tanto, nos questionamos: quais são os sentidos de escola construídos pelos docentes a partir da experiência com a Escola de Tempo Integral do Programa de Educação Integral voltado aos Anos Inicias do Ensino Fundamental da cidade de Caruaru/PE? Desse modo objetivamos compreender o que pensam sobre a escola os docentes do Programa de Educação Integral dos Anos Inicias do Ensino Fundamental da cidade em questão. Para alcance do nosso problema de pesquisa, elencamos os objetivos específicos: (1) problematizar o modelo pedagógico e de gestão do Programa de Educação Integral adotado pela cidade de Caruaru/PE, Escola da Escolha; (2) conhecer os sentidos de escola a partir das experiências dos docentes no contexto do Programa de Educação Integral; (3) analisar os sentidos de escola construídos pelas docentes a partir da experiência com a escola de tempo integral. Como base para as nossas reflexões, discutimos a relação do Programa com a perspectiva neoliberal da educação e a política de parcerias público-privado com aporte teórico dos autores/as ( ), ( ), (); Quanto a educação integral e tempo integral dialogamos com Pestana (2014), Gadotti (2009), Cavaleire (2002), (2014), Fank e Hutner (2013), entre outros; e a refletimos cobre a Escola a partir dos autores Masschelein e Simons (2021a) e (2021b), Kennedy e Kohan (2014), Biesta (2018). Nossa abordagem teórico-metodológica se baseou na pesquisa colaborativa pelo seu caráter de cooperação, construída junto com os sujeitos e não para eles (GASPAROTTO; MENEGASSI; 2016) e (ANDRÉ, 2010). Para a construção dos dados utilizamos observação, diário de campo, conversas informais, questionário e entrevistas semiestruturadas. A análise de dados se sustentou na Análise Hermenêutica (Szymanski; Almeida; Prandini; 2008). Os sujeitos da pesquisa são 13 professoras entre de referência e especialistas dos anos iniciais. Através da construção dos dados, compreendemos que o Programa de Educação Integral do ICE embora apresenta em seu modelo pedagógico e de gestão princípios que se interligam a educação integral, tem representado um movimento de empresariados interessados na escola pública, que se revestem de discursos de uma educação integral em tempo integral para reproduzir na escola seus interesses de cunho neoliberal. No entanto, as professoras entrevistadas, apontam sentidos de escola construídos a partir de relações com o tempo escolar que rompem de certo modo, com a lógica produtivista, considerando a escola como espaço de aprendizagem, partilha, convivência e escuta para com os estudantes, atribuindo por meio de suas possibilidades no dia a dia escolar, uma qualidade ao tempo. Desse modo, a figura docente se apresenta como meio de possibilidades de resistência (trans)formação de sujeitos sociais.
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A cidade de Caruaru, interior de Pernambuco, conta com o Programa de Educação Integral voltado ao Ensino Fundamental desde 2018, sendo a segunda cidade do estado a aderir ao Programa nos anos iniciais. O Programa em questão foi implantado através de uma parceria público-privada entre a Secretaria de Educação e Esportes do município e o Instituto de Corresponsabilidade pela Educação, o ICE, adotando o modelo pedagógico denominado Escola da Escolha, divulgado através de um discurso de Educação Integral. A experiência da investigadora em uma das escolas de tempo integral que atendem ao modelo levaram-nos a questionar quais os sentidos de escola produzidos pelos docentes do Programa, visto que o docente é a figura pedagógica que desenvolve a proposta, podendo ressignificar os sentidos ao atribuir saberes de sua própria experiência. Optamos pela etnografia que nos permite interpretar as ações dos sujeitos para o entendimento dos significados destas nas estruturas sociais, faremos uso de técnicas de construção de dados como conversas informais, entrevistas semiestruturadas, desenho, leitura e interpretação e grupo focal de discussão. Discutimos a caracterização de uma escola com perfil neoliberal que pode se prover de slogans bem intencionados para estabelecer seu projeto de sociedade e de indivíduos. Refletimos a escola como lugar de disputa de poder e de possiblidade de transformação social. Discorremos também sobre a Educação Integral, bem como seus desdobramentos, visto que não há consenso em seu conceito. Apesar de se autointitular de “Educação Integral”, o Programa tem apontado características de uma educação neoliberal, que prioriza a escola como impulsionadora e mantenedora do mercado econômico. Ainda que manifeste esse cunho, a figura docente pode possibilitar outros sentidos através de suas práticas e atuar de forma a se desvencilhar do viés neoliberal. Por isso se faz importante conhecer os sentidos que estes docentes constroem sobre a escola.
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DAYANA MARIA DA SILVA
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O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA E SUA INTERFACE COM A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES(AS) E SUAS PRÁTICAS, NUMA PERSPECTIVA ANTIRRACISTA
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Orientador : MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA FERNANDA DOS SANTOS ALENCAR
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MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
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SANDRO GUIMARAES DE SALLES
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Data: 20/11/2023
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Esta pesquisa se insere no campo das discussões de formação de professores e toma como objeto de estudo o “Projeto Político-Pedagógico e a formação continuada de professores(as) iniciantes e experientes, articulada à prática, numa perspectiva antirracista”. Tem como problema: Quais
elementos indiciários da perspectiva antirracista são balizados pelo Projeto Político- Pedagógico, e, a partir destes, quais os princípios que compreendem a formação continuada de
professores(as) iniciantes e experientes, que contemplam as práticas docentes? Como objetivo geral, busca compreender que elementos indiciários da perspectiva antirracista são balizados pelo Projeto Político-Pedagógico, e, a partir deste, quais os princípios que compreendem a formação continuada de professores(as) iniciantes e experientes, que contemplam as práticas docentes. Para tratarmos da discussão do Projeto Político-Pedagógico, apoiamo-nos em Carreira e Souza (2013); Coelho, Regis e Silva (2021); Gomes (2005); e Veiga (2006). A formação continuada, em Coelho e Coelho (2012); Damarzo, Santos e Silva (2018); Gomes (2005); e Santos (2010). Para a prática docente, tomamos Cavalleiro (2001); Coelho, Regis e Silva (2021); Gomes (2005); Prado e Fatima (2016). Ainda para tratar de professores(as) iniciantes, utilizamos André et al (2017); Cruz, Farias e Hobold (2020); Gouveia (2020); Nascimento, Flores e Xavier (2019); Pacheco e Flores (1999); Papi e Martins (2010). Em torno dos professores experientes, André et al (2017); Ferreira et al (2017); Marcelo (2009); Tancredi e Mizukami (2012). Enquanto metodologia, pautamo-nos na abordagem qualitativa, com procedimentos metodológicos para produção dos dados: a análise documental, em Lüdke e André (2013); o questionário em Severino (2013); o grupo de discussão em Weller (2006) e Meinerz (2011); e as sessões de intervenção em Gouveia (2020) e Silva (2021). Para analisar os dados, utilizamos a Análise de Conteúdo – foco na categorização (Moraes, 1999). Os resultados mostram que “nos documentos (oficiais, escolares e pessoais) da rede e da escola, os princípios da formação continuada que se aproximam de uma perspectiva antirracista” estão ausentes no currículo da rede, nos projetos político-pedagógicos, nas pautas formativas, nos planejamentos docentes e cadernos de atividades dos estudantes. Quanto aos “sentidos materializados na formação continuada dos(as) professores(as) que constituam interface com a educação antirracista”, estes(as) indicam a ausência de formação continuada antirracista, quando explicitam os desafios e ausência destas temáticas nos contextos formativos. E quanto às “contribuições na construção de proposições formativas pautadas nos princípios antirracistas, possíveis de serem contemplados no Projeto político-pedagógico e materializados na formação continuada e nas práticas docentes”, nossas reflexões pontuam, a partir das sessões de grupo de discussão e intervenção, que os dados produzidos revelam potenciais procedimentos formativos que mobilizam interações, significados e sentidos singulares, potencializares da educação antirracista. Como fruto destas reflexões, foram produzidas coletivamente proposições fundamentadoras de uma política de formação antirracista de professores na rede, a serem transformadas em diretrizes para formação continuada antirracista. As contribuições estão expressas pela necessidade do apoio formativo-pedagógico, do material didático-pedagógico, bem como da constituição de uma política pública de formação continuada antirracista permanente, pautada no compromisso coletivo com a educação antirracista, que empodera a população negra na rede municipal de ensino, lócus dessa pesquisa.
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Esta pesquisa se insere no campo das discussões de formação de professores e toma como objeto de estudo o Projeto Político-Pedagógico e a formação continuada de professores/as iniciantes e experientes articulada a prática numa perspectiva antirracista. Tendo como questão-problema: Quais elementos indiciários da perspectiva antirracista são balizados pelo Projeto Político-Pedagógico e a partir destes quais os princípios que compreendem a formação continuada de professores/as iniciantes e experientes que contemplam as práticas docentes?. Como objetivo geral busca compreender quais os elementos indiciários da perspectiva antirracista são balizados pelo Projeto Político- Pedagógico e a partir deste quais os princípios que compreendem a formação continuada de professores/as iniciantes e experientes que contemplam as práticas docentes. A partir deste delimitamos os seguintes objetivos específicos: i) Identificar na sistematização dos documentos oficiais, escolares e pessoais da rede pública municipal e da escola os princípios na formação continuada dos professores/as que se aproximam de uma perspectiva antirracista;; ii) Analisar os sentidos materializados na dinâmica da formação continuada dos/as professores/as que constitua interface a educação antirracista; iii) Levantar as contribuições na perspectiva da construção de proposições formativas pautadas nos princípios antirracistas possíveis de serem contemplados no Projeto político-pedagógico da escola e materializado nas práticas docentes. Para tratarmos da discussão do projeto político-pedagógico nos apoiamos em Moreira e Candau (2013); Veiga (2006); Gomes (2005); Carreira e Souza (2013) e Coelho; Regis e Silva (2021); em torno da formação continuada nos pautamos em Gomes (2005); Santos (2010); Imbernón (2010); Coelho e Coelho (2012) e Damarzo, Santos e Silva (2018); para discorrer sobre prática docente tomamos Cavalleiro (2001); Gomes (2005); Prado e Fatima (2016); Coelho, Regis e Silva (2021); ainda para tratar de professores/as iniciantes utilizamos Pacheco e Flores (1999); Carlos Marcelo (1999); Gonçalves (1995); Huberman (1995); bem como, recorremos aos estudos contemporâneos apresentados por Papi e Martins (2010); Romanowski e Martins (2013); André et al (2017), Nascimento, Flores e Xavier (2019); Cruz, Farias e Hobold (2020), Gouveia (2020); e Silva (2021). Enquanto metodologia nos pautamos na abordagem qualitativa (LUDKE; ANDRÉ, 2013). Como lócus da pesquisa temos as escolas da Rede Pública Municipal de Educação de Caruaru-PE. No que se refere aos participantes da pesquisa, a princípio pensamos os/as professores/as iniciantes e experientes, e coordenadores/as pedagógicos. Como procedimento e instrumentos metodológicos para produção dos dados, a análise documental (LÜDKE; ANDRÉ, 2013), o questionário (SEVERINO, 2013) e o grupo de discussão a partir de Weller (2006); Meinerz (2011), Gouveia (2020) e Silva (2021). Para analisar os dados faremos uso da Análise de Conteúdo (MORAES,1999).
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CARLOS EDUARDO GALON DA SILVA
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CARTUMGRAFIA: EDUCAÇÃO ESTÉTICA E SENSIBILIDADES NO ENSINO DE ARTES A PARTIR DE PRÁTICAS DE DESENHO COLETIVO
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Orientador : MARIO DE FARIA CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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CONCEICAO GISLANE NOBREGA LIMA DE SALLES
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LUCIANO BEDIN DA COSTA
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MARIO DE FARIA CARVALHO
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Data: 30/11/2023
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Buscando contribuir para a formação estética e sensível, desenhamos uma pesquisa cruzada por encontros com a infância, a arte e a educação. Apresentamos reflexões percebidas num percurso cartográfico com crianças e educadoras em ações coletivas no ensino de artes. Deste modo, provocamos movimentos acerca da educação estética e sensível, pedagogia com liberdade, o valor da experiência, da educação e das sensibilidades, além da justificativa da prática de desenho coletivo no ensino de artes como situação que envolve potência e possibilidades no ensino aprendizagem. Para tanto, propomos investigar a partir da questão “o que revela a cartografia sobre práticas pedagógicas de desenho coletivo no ensino de artes que podem fortalecer uma formação estética e sensível no Ensino Fundamental?” Para fundamentar a busca, partimos das contribuições de Ostrower (1990, 1995), Schiller (2002), Larrosa (2006, 2015) Freire (1996, 2001), Pagni (2014) e Werneck (1991, 1996). Na perspectiva de conhecer os diferentes afetos entre crianças e professoras no território inventivo da escola, a linguagem criada é a cartumgrafia, potencializada pelo do método cartográfico, na rotina da Escola de Tempo Integral Álvaro Lins, de ensino fundamental, da Rede Municipal de Caruaru, Pernambuco. O intenso processo foi uma divertida busca, procurando caminhos para processar os encontros, atento às trocas, vínculos e significados, para a produção de sentidos que sustentam a problemática proposta, considerando os dizeres, brincadeiras, fazeres e aprendizagens das crianças nesse espaço-tempo do espaço escolar. Para tanto, formamos um “Clubinho de desenho” com as crianças no recreio de possibilidades e aplicamos aulas de desenho coletivo com as professoras.
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Para a atual etapa de qualificação do projeto, apresento as perspectivas acerca da metodologia e referencial teórico e desenvolvimento da pesquisa. Buscando contribuir para a formação estética e sensível na educação, apresento reflexões acerca da educação estética e sensível, pedagogia com liberdade, o valor da experiência, da educação e das sensibilidades, além da justificativa da prática de desenho coletivo no ensino de artes como situação que envolve potência e possibilidades no ensino aprendizagem. Para tanto, propomos investigar a partir da questão “o que revela a cartografia sobre práticas pedagógicas de desenho coletivo no ensino de artes que podem fortalecer uma formação estética e sensível no Ensino Fundamental?” Para fundamentar a busca, além de recortes teóricos pelas referências, construímos o estado da arte visitando trabalhos que dialogam com os objetivos propostos. Na perspectiva de conhecer os diferentes afetos entre crianças e professoras no território da escola, a linguagem escolhida é a cartografia em aulas de arte de uma Escola de Tempo Integral (ETI), de ensino fundamental, da Rede Municipal de Caruaru, Pernambuco, procurando caminhos para processar os encontros, atento as trocas, vínculos e significados, para a produção de sentidos que sustentam a problemática proposta. Para tanto, pretendo formar uma “máquina de desenhar” com as professoras e crianças, para cartografarmos juntes as experiências.
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JOSELHA FERREIRA DA SILVA
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MOVIMENTOS ENTRE A POLÍTICA COGNIÇÃO (IN)FORMAÇÃO E (TRANS)FORMAÇÃO: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROFESSORAS NO CONTEXTO DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADO NA REDE DE ENSINO MUNICIPAL DE CARUARU E A CONSTITUIÇÃO DE SUBJETIVIDADES DOCENTES
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Orientador : CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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KATIA SILVA CUNHA
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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INALDA MARIA DOS SANTOS
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Data: 18/12/2023
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O presente projeto de pesquisa intitulado MOVIMENTOS ENTRE A POLÍTICA COGNIÇÃO (IN)FORMAÇÃO E (TRANS)FORMAÇÃO: FORMAÇÃO DE
PROFESSORES E PROFESSORAS NO CONTEXTO DE PARCERIAS PÚBLICO- PRIVADO NA REDE DE ENSINO MUNICIPAL DE CARUARU E A CONSTITUIÇÃO
DE SUBJETIVIDADES DOCENTES, tem por objetivo geral: Problematizar como se forjam as subjetividades docentes no contexto das parcerias público-privadas. Nesse sentido, essa pesquisa se interessa em pensar a docência, especialmente, a partir da formação continuada que se desenvolve em contextos de intensificação das relações público-privadas, por meio da Fundação Lemann e do Instituto de qualidade no Ensino – IQE, na rede municipal de ensino de Caruaru, município do Agreste pernambucano. Tomamos como inspiração metodológica a etnografia, uma vez que essa nos permite acompanhar processos, o que pensamos favorecer maior aproximação com subjetividades docentes que podem estar emergindo no contexto de formação continuada marcado pela intensidade de parcerias entre setor público e privado. Nosso referencial teórico se apóia nos estudos Foucaultianos que discutem dispositivos de tecnologias de poder; governamentalidade neoliberal, cuidado de si, além do conceito de empresário de si, tratado por Laval e Dardot (2016), Safatle (2020), Brown (2019). Na tentativa de problematizarmos e, compreendermos os movimentos de privatização da educação, tomamos como referência os estudos e pesquisas de Peroni (2021), Peroni e Oliveira (2019, 2020) e Adrião et al (2012, 2018, 2009), entre outros. Nosso conceito de formação parte da noção de formação inventiva de Dias (2009, 2011, 2012, 2014, 2015, 2019), e Kastrup (2007, 2008, 2020), entendendo a formação como devir a partir da filosofia da diferença, voltada a uma política de cognição (trans)formação, a qual é avessa a política de cognição (in)formação, presentes em formações que estão configuradas por representações/ momentos pedagogizantes, fixos de um mundo pré-dado. Destacamos em nosso achados que os professores e professoras (re)conhecem e se movimentam nesse contexto entre prescrições e normatizações da PPPs, assim como da BNCC, mas que aponta a necessidade de proteger sua autonomia para construção de experiências e aprendizagens que possa ser acolhidas pelos espaçostempos da escola. Desse modo dizem sobre a necessidade de uma gestão escolar que se organize para criar um espaçotempo potente que mobilize momentos de encontros capazes de pensar a escola e a docência conforme podemos problematizar com a literatura de Maschellein e Simons (2014) uma escola e modos de ser-estar e se tornar docente numa perspectiva professor amateur, que dispõem das dimensões ética-estética-política. Percebemos também, momentos de inventividade que acontecem no encontro entre pares de modo que esses problematizam o cotidiano escolar e as experiências vividas, criando linhas de fugas e agindo pelo o cuidado de si do mundo, como modo de resistência a uma docência que escapa das prescrições e normatizações institucionais e formais normalizadas e planejadas pela rede de ensino, apesar de acontecerem em curtos espaços de tempo que escapam a ordem cronológica de tempo, são tais encontros que possibilitam tecer conversas rizomáticas e outras subjetividades. Além dessa troca entre saberefazeres docentes, ainda se envidenciou uma formação acontecida na própria sala de aula no contato/relação entre professor e aluno a partir de uma conduta aberta a imprevisibilidade, essa movida pela enação onde o sujeito tem a capacidade de constituir a si mesmo, pelo meio experiencial SER=FAZER=CONHECER, que se define como sistema autopoiético. Compreendemos assim que a docência vai se movimentando num campo de disputas que ora se assujeita a condutas da arte governamental neoliberal, que busca se estabelecer a partir do discurso de empresário de si, ora criam resistências, linhas de fugas e fazem outras políticas no microcontexto - escola. Os achados da pesquisa (re)afirmam que a vida docente requer um cuidado de si e do mundo perpassando as dimensões ética-estética-política, agindo pela cognição inventiva, pela (trans)formação, pois ao encontrar as mais diversas expressões de artes como a escrita, a literatura, a música, o cinema, as conversas rizomáticas, entre outros, ela atinge a (trans)formação e outras subjetividades vão se constituindo escapando pelo encontro que tem com a arte ao contexto da representação e normatização.
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O presente projeto de pesquisa intitulado A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES E PROFESSORAS NO CONTEXTO DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADO NA REDE DE ENSINO MUNICIPAL DE CARUARU E A EMERGENCIA DE OUTRAS SUBJETIVIDADES DOCENTES tem por objetivo geral compreender como as parcerias público-privadas na formação continuada e no trabalho docente afetam as subjetividades docentes. Nesse sentido, essa pesquisa parte do interesse em olhar à docência, especialmente, para a formação continuada que se desenvolve em contextos de intensificação das relações público-privadas, por meio da Fundação Lemann e do Instituto de qualidade no Ensino – IQE, na rede municipal de ensino de Caruaru, município do Agreste pernambucano. Tomamos como inspiração metodológica a cartografia, uma vez que essa nos permite acompanhar processos, o que pensamos favorecer maior aproximação com subjetividades docentes que podem estar emergindo no contexto de formação continuada marcado pela intensidade de parcerias entre setor público e privado. Em nossa discussão teórica, buscamos apoio nos estudos Foucaultianos que discutem dispositivos de tecnologias de poder; governamentalidade neoliberal, cuidado de si, saber-poder, além do conceito de empresário de si, tratado por (LAVAL; DARDOT 2016), (SAFATLE,2020), (BROWN,2019). Na tentativa de problematizarmos e compreendermos os movimentos de privatização da educação, tomamos como referência os estudos e pesquisas de Peroni e Adrião, entre outros. Nosso conceito de formação continuada parte da noção de formação inventiva de Dias e Kastrup, entendendo a formação como devir, como política de cognição (trans)formação, a qual é avessa a política de cognição (in)formação presentes em formações que estão configuradas por aquisição de informação.
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