O PENSAMENTO ALGÉBRICO NO 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: EXPLORANDO TAREFAS DE VALOR OMISSO.
álgebra; ensino-aprendizagem; anos iniciais; teoria da objetivação.
A implementação da Base Nacional Comum Curricular proporcionou mudanças no cenário Brasileiro de pesquisas na área de Educação Matemática. Incluindo a álgebra como uma das suas unidades temáticas desde os primeiros anos escolares, de modo a enfatizar o desenvolvimento do pensamento algébrico. No entanto esta discussão já era proposta e estudada há alguns anos no cenário internacional e aos poucos estas discussões ao redor do ensino-aprendizagem de álgebra nos anos iniciais do Ensino Fundamental estão se fortalecendo e ampliando o quantitativo de investigações. Na perspectiva da Teoria da Objetivação existem três elementos interligados que caracterizam o pensamento algébrico, sendo eles: a indeterminação, denotação e a analiticidade.Portanto, este estudo tem por objetivo caracterizar o pensamento algébrico mobilizado por estudantes do 5° ano do ensino fundamental ao resolverem tarefas que envolvem o valor omisso. Nesse sentido este estudo se enquadra como qualitativa, utilizando aspectos metodológicos do labor conjunto na perspectiva da Teoria da Objetivação e os elementos da análise multissemiótica ou multimodal descritos por Arzarello e seus colaboradores. A pesquisa foi desenvolvida em uma escola particular localizada no interior do Rio Grande do Norte, na qual tivemos a participação de quatros estudantes do 5° ano do Ensino Fundamental. Com relação ao desenvolvimento do estudo, os estudantes foram organizados em duas duplas (dupla 1 – meninas; dupla 2 – meninos). E como a discussão em torno do pensamento algébrico na Teoria da Objetivação pode ser mediado por componentes externos como os gestos, símbolos matemáticos, faz-se necessário utilizar aparelhos eletrônicos para as gravações de áudio e vídeo de todas as interações entre professora-estudantes e estudante-estudante no momento de resolução das tarefas (tarefa 1 – folhas de papel sulfite; tarefa 2 – receita culinária) que foram propostas. No momento da análise multissemiótica identificamos os mais diversos indícios dos elementos caracterizadores durante a resolução das tarefas de valor omisso como a percepção, os gestos e a linguagem natural, até mesmo a combinação deles, inclusive a dupla 1 evidencia os três elementos caracterizadores na resolução das duas tarefas. E para finalizar relatamos alguns apontamentos como: a dificuldade dos estudantes para trabalhar em dupla de forma colaborativa de modo a ouvir atentamente as ideias do colegas e iniciar a busca por um consenso; a importância dos gestos; o uso do método de tentativa e erro demonstrando evidências do pensamento aritmético; a não familiaridade com tarefas que exploram cinco ou seis problemas.