Um estudo das Representações Sociais da Aprendizagem de Matemática de Estudante com Transtorno do Espectro Autista Compartilhadas por Professores
Inclusão, Estudante com TEA, Transtorno Autístico, Representações Sociais, Aprendizagem de Matemática.
O debate sobre a inclusão escolar no Brasil tem se transformado cada vez mais num verdadeiro embate, provocando polêmica, estridência e polarização. Um de seus maiores impactos tem incidido na arena da educação especial, sendo um dos argumentos recorrentes a proposição de que a se trata de um novo paradigma que deverá alterar radicalmente a educação de crianças e jovens com necessidades educacionais específicas na realidade brasileira. O crescente número de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), matriculados na rede regular de ensino, tem levado a muitos debates junto à comunidade escolar sobre estratégias de inclusão. Mesmo com todo o planejamento jurídico e diretrizes no que se refere à Educação Especial e Inclusiva, a escola ainda se configura como um espaço desafiador para o aluno com TEA. Nesse cenário, encontram-se professores, auxiliares e pais apreensivos quanto a seus papéis em frente de tais desafios. Diante desse quadro, surgiu o nosso interesse por buscar resposta à questão:De que forma os professores de Matemática da Educação Básica percebem a inclusão dos estudantes com TEA e como essa compreensão afeta a ação docente dos mesmos? Desta forma, a presente investigação visando responder à questão propõe o objetivo de analisar as representações sociais do estudante com transtorno do espectro autista aprender Matemática por professores da Educação Básica.A pesquisa iniciou-se com um estudo piloto, onde se fez uma análise e se identificaram os resultados parciais e posteriormente o estudo final. De início, o propósito foi identificar as representações sociais de estudante com transtorno do espectro autista aprender Matemática por professores da Educação Básica. Para conseguir fazer essa análise, recorreu-se à Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 2003) na perspectiva da Teoria do Núcleo Central (ABRIC, 2000).A coleta dos dados deu-se por meio de um teste de associação livre, do qual participaram 200 professores na qual 110 foram de disciplinas diversas e 90 professores de matemática. Os resultados desse estudo indicam que os docentes percebem que os estudantes com TEA na escola são protagonistas, e estão preocupados com o processo de inclusão desses estudantes. No entanto, quando se refere à preocupação de ensino-aprendizagem, eles deixam para o segundo plano conforme a análise da TALP.