Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRE FELIPE DE LIMA COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRE FELIPE DE LIMA COSTA
DATA : 14/04/2023
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

O GOVERNO LULA E A CRISE DO SINDICALISMO: A BUSCA PELA RECONFIGURAÇÃO DAS LUTAS COLETIVAS E UM NOVO SENTIDO PARA O MOVIMENTO SINDICAL


PALAVRAS-CHAVES:

Crise do Sindicalismo; Luta de Classes; Crise da Democracia Representativa; Precarização do Trabalho; Fetiche da Tecnologia.


PÁGINAS: 151
RESUMO:

Este trabalho analisa a influência do governo Lula (2003 – 2010) na crise do sindicalismo brasileiro e, partindo dessa premissa, a necessidade de se buscar uma nova reconfiguração das lutas coletivas e um novo sentido para o movimento sindical. O corte da pesquisa para a realidade sindical brasileira não rejeita a observação também do cenário internacional, alicerçado por um viés histórico. Faz-se um estudo dos acontecimentos que moldaram o sindicalismo, como o choque das correntes e revoluções liberais, socialistas e anarquistas, pela perspectiva da luta de classes surgidas nas provocações marxianas a partir da Revolução Industrial. Nesse sentido, se aprofundará o que representa economicamente um projeto dirigido pela burguesia, as classes dominantes, e outro pela classe trabalhadora: Como a economia se torna um instrumento de captura política ao interesse de quem controla o aparelho Estatal. Nesse espeque, imprescindível tratar da narrativa democrática em que mergulham os países ocidentais em concepções teóricas pautado na liberdade e igualdade que, de certa forma, aliena e faz da democracia apenas uma retórica distante da realidade da maioria, por isso a crise da representatividade democrática. Esse Estado Moderno, herdeiro das revoluções liberais e socialistas, encontra-se em um divã, pois tem como desafio vencer a burocratização e se aproximar de fato de um projeto popular. Após, trabalhar – se - á como o conceito de ditadura do proletariado aproxima essa visão de Estado burocratizado a uma ineficiência e supressão de liberdade que mesmo os teóricos anarquistas e marxistas não conseguem convencer a transformar essa controversa definição em uma ideia positiva. Por isso o autor vislumbra trabalhar o conceito de democracia proletária, não se baseando na definição liberal de democracia em que apenas se grita, mas nada se modifica, e sim, pela ótica teórica marxista possibilitar uma nova vertigem para além das diretrizes da sociedade industrial, coordenado por um neo internacionalismo operário, amalgamado pelo encurtamento geográfico pelo beneplácito da tecnologia. Interromper o ciclo laboral como sobrevivência, não alienar, mas conscientizar. Nesse sentido, será fundamental consolidar e fazer prevalecer o pensamento da luta de classes em detrimento da luta de categoria, afastar a consequência direta do capitalismo, o corporativismo, como moeda de troca eficiente para manter o sistema em favor dos donos do capital. Em seguida, atuar na tentativa de refundar os sindicatos sobre uma nova condição de sindicalismo mais concatenado com movimentos libertários e emancipatórios decoloniais do século XXI ante uma visão pretérita do século passado em que movimento sindical tornou-se refém de guetos laborais sem dialogar de fato com as necessidades libertárias mundiais. Mais adiante, se investigará como a precarização das condições de trabalho e agudizada pela captura da estética neoliberal, faz da cultura do empreendedorismo, não uma vocação empresarial, mas uma alienação de quem é trabalhador ou trabalhadora e não se reconhecem. Tentará se demonstrar como o paradigma tecnológico aproxima pessoas, mas distancia realidades. Cada vez mais o individualismo demarca o pensamento da classe trabalhadora e como a organização sindical, entendendo o poder da comunicação das redes sociais e adjacentes pode se transformar numa ferramenta de reaproximação e empatia com o sofrimento coletivo e não como mote de alienação. Por fim, se demonstrará de que um país com gargalos históricos estruturais como o Brasil, alicerçado no escravagismo e racismo estrutural, não se resolverá com a tomada do poder político por um partido de centro - esquerda, enquanto o pensamento do trabalhador ou trabalhadora latina– americana, pautada no complexo, afastados da dignidade, confundirão políticas emancipatórias com políticas conciliatórias, afagados pela economia. Serão vulneráveis para projetos fascistas populistas os quais atuam em políticas contrárias aos seus interesses, mas atuam nos costumes e fortalecem o complexo da classe trabalhadora. O projeto político sucumbirá sem a resistência que somente a teoria marxista seria capaz de sustentar.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2323183 - HUGO CAVALCANTI MELO FILHO
Interna - 4347617 - JULIANA TEIXEIRA ESTEVES
Presidente - 1132315 - MICHEL ZAIDAN FILHO
Notícia cadastrada em: 04/04/2023 17:24
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