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Dissertações |
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CAIO RAPHAEL SANTOS DE LIRA
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RETÓRICA E CORRUPÇÃO: ELEMENTOS DE CONVENCIMENTO NO DISCURSO INSTITUCIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL NA OPERAÇÃO LAVA JATO
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Orientador : PEDRO PARINI MARQUES DE LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO
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NARBAL DE MARSILLAC FONTES
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PEDRO PARINI MARQUES DE LIMA
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TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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Data: 30/01/2023
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Esta dissertação tem o objetivo de utilizar a visão retórica analítica desenvolvida por Ottmar Ballweg na qual há uma repartição triádica da retórica, levando em consideração algumas influências recebidas por este autor no desenvolvimento de sua teoria. Também serão levados em consideração os desenvolvimentos desta teoria em território nacional, principalmente aqueles elaborados por João Maurício Adeodato e Pedro Parini. Tudo isto com intuito de, através da retórica analítica, perscrutar as notas públicas exaradas pela operação Lava-Jato no interim de suas fases durante o período entre 2014 e 2019. A dimensão da retórica analítica a ser utilizada será a fronética, especificamente as perspectivas agôntica e ergôntica. Este estudo começa examinando relação entre retórica e filosofia com o intuito de compreender a metodologia que será aplicada. Logo em seguida consta estudo sobre as principais teorias acerca da corrupção para situação acerca do debate sobre o tema. Após no capítulo seguinte, existe estudo realizado objetivando compreender os caminhos institucionais pelos quais o Ministério Público se desenvolveu no país. Sequencialmente, apresenta-se o contexto da Operação Lava Jato, analisando os principais pilares apontados como fundamentais para o desenvolvimento da força-tarefa. Alcançando, por fim, a utilização da retórica analítica e sua tripartição no âmbito da fronética, procurando visualizar os elementos estratégicos e materiais utilizados pela equipe que participou da força-tarefa Lava Jato durante o período de 2014 e 2019, através das notas públicas oficiais exaradas neste espaço de tempo. Primeiro, realiza-se uma análise agôntica das 67 notas públicas exaradas durante o recorte temporal aqui realizado, com o intuito de compreender como se dão as relações entre os sujeitos presentes, tais como Supremo Tribunal Federal, Imprensa e o próprio Ministério Público Federal, no universo das notas públicas. Depois, por fim, realiza-se uma análise ergôntica buscando enxergar a relação entre sujeitos e objetos, sob a perspectiva de sobreposição do sujeito em relação à conceitos como imparcialidade, acordos de colaboração premiada e leniência, prisão preventiva, dentre outros.
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Esta dissertação tem o objetivo de utilizar a retórica analítica tal qual desenvolvida por Ottmar Ballweg, para perscrutar 68 notas públicas exaradas pela operação lava-jato no interim de suas fases durante o período entre 2015 e 2019, levando em consideração algumas influências recebidas por este autor no desenvolvimento de sua teoria. Também serão levados em consideração os desenvolvimentos desta teoria em território nacional, principalmente aqueles elaborados por João Maurício Adeodato e Pedro Parini. Primeiramente será realizado um estudo da relação entre retórica e filosofia nos termos da bipartição de paradigmas apresentada por Hans Blumenberg e João Maurício Adeodato, tendo como início os pensamentos de Heráclito e Parmênides e sua influência até a modernidade na construção de uma imagem de um homem carente e um homem abastado, situando-o inicialmente em sua relação com a linguagem. Se analisará a influência do Nietzsche retórico e da Teoria dos Signos de Charles W. Morris na construção da partição retórica desenvolvida por Ballweg, sendo apresentadas logo em seguida a divisão entre retórica material, retórica estratégica e retórica analítica. É dentro desta visão, onde o homem é construtor de sua realidade através da linguagem, que se analisará os discursos de (anti)corrupção, que transparecem a ideia de que este é o problema central na realidade política brasileira. Se estudará se a proporção geral do discurso tem compatibilidade com o grau de corrupção que acontece na prática. Após será apresentada a relação entre retórica e política levando em consideração a interrelação entre a linguagem e retórica nos parâmetros utilizados neste trabalho, servindo como base para apresentação da retórica como condição democrática. Chegando logo em seguida em como se deu a construção do discurso em volta da corrupção, observando suas origens no Brasil e em como isso acarretou o início da Operação Lava-Jato além de como este discurso foi desenvolvido durante as fases da operação. Alcançando, por fim, a utilização da retórica analítica, e sua tripartição entre os âmbitos da fronética, holística e semiótica, para procurar visualizar os elementos estratégicos e materiais utilizados pela equipe que participou da operação durante o período de 2015 e 2019, através das 68 notas públicas oficiais exarada pelo Ministério Público Federal neste espaço de tempo.
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MADSON DOUGLAS XAVIER DA SILVA
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A JOINT VENTURE INTERNACIONAL CONSTITUÍDA PARA A CONSTRUÇÃO DA REFINARIA ABREU E LIMA: um estudo sobre o compromisso de confidencialidade contratual à luz do Direito Internacional Privado
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Orientador : AURELIO AGOSTINHO DA BOAVIAGEM
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MEMBROS DA BANCA :
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ADELGÍCIO DE BARROS CORREIA SOBRINHO
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AURELIO AGOSTINHO DA BOAVIAGEM
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EUGENIA CRISTINA NILSEN RIBEIRO BARZA
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PAUL HUGO WEBERBAUER
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Data: 08/02/2023
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A existência de cláusulas de confidencialidade no âmbito da joint ven- ture internacional firmada entre a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) e a Petróleos de Venezuela (PDVSA) para a construção da Refinaria Abreu e Lima é objeto de análise da presente dissertação. O estudo é dividido em três capítulos, embasados em pesquisa primordialmente bi- bliográfica e documental. No primeiro capítulo são analisados aspectos relativos à aproximação conceitual de joint venture internacional, seu tratamento jurídico e peculiaridades relevantes desta aliança empresa- rial. Já no segundo capítulo são estudadas as cláusulas de confidenciali- dade geralmente existentes em contratos de joint ventures, a abrangência que estas disposições podem alcançar, e as limitações que incidem sobre tais cláusulas no Direito brasileiro por força de normas colisionais de Direito Internacional Privado, com enfoque na averiguação da possibi- lidade de empresas públicas ou sociedades de economia mista operarem joint ventures sob sigilo. No terceiro capítulo são abordados temas rela- tivos ao contexto regional da implantação da Refinaria Abreu e Lima, à natureza de joint venture do empreendimento e o compromisso de con- fidencialidade assumido pela Petrobras e pela PDVSA no âmbito do ne- gócio comum, concluindo pela impossibilidade de sociedades de econo- mia mista e empresas públicas atuarem sob confidencialidade, em razão do dever de transparência imposto a estas pelo ordenamento jurídico brasileiro.
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A existência de cláusulas de confidencialidade no âmbito da joint venture internacional firmada entre a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) e a Petróleos de Venezuela (PDVSA) para a construção da Refinaria Abreu e Lima é objeto de análise da presente dissertação. O estudo é dividido em três capítulos, embasados em pesquisa primordialmente bibliográfica e documental. No primeiro capítulo são analisados aspectos relativos à aproximação conceitual de joint venture internacional, seu tratamento jurídico e peculiaridades relevantes desta aliança empresarial. Já no segundo capítulo são analisadas as cláusulas de confidencialidade geralmente existentes em contratos de joint ventures, a abrangência que estas disposições podem alcançar, e as limitações que incidem sobre tais cláusulas no Direito brasileiro por força de normas colisionais de Direito Internacional Privado, com enfoque na averiguação da possibilidade de empresas públicas ou sociedades de economia mista operarem joint ventures sob sigilo. No terceiro capítulo são abordados temas relativos ao contexto regional da implantação da Refinaria Abreu e Lima, à natureza de joint venture do empreendimento e o compromisso de confidencialidade assumido pela Petrobras e pela PDVSA no âmbito do negócio comum, concluindo pela impossibilidade de empresas de natureza pública atuarem sob confidencialidade, em razão do dever de transparência imposto a estas pelo ordenamento jurídico brasileiro.
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RAFAELLA SANTOS COSTA
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O CONCEITO DE GASTO TRIBUTÁRIO JUSTO: um estudo de caso do simples nacional
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Orientador : LUCIANA GRASSANO DE GOUVEA MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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ARTUR STAMFORD DA SILVA
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GIOVANNI CHRISTIAN NUNES CAMPOS
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LUCIANA GRASSANO DE GOUVEA MELO
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LUIZ FELIPE MONTEIRO SEIXAS
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Data: 22/03/2023
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Essa pesquisa se propôs a investigar o conceito do gasto tributário justo, a partir da análise do tratamento conferido pela Constituição Federal de 1988 ao tema. Para isso, inicialmente foi realizada a construção da fundamentação teórica deste trabalho, a partir da revisão da literatura acadêmica acerca do conceito de gasto tributário e do tema da extrafiscalidade, o que viabilizou o desenvolvimento da etapa descritiva deste estudo (Capítulos 2 e 3) e a confirmação da existência da lacuna acadêmica que se pretende suprir. Concluída esta etapa inicial, e verificado que inexiste, na literatura acadêmica nacional, a construção de um conceito de gasto tributário justo, essa pesquisa avançou para uma etapa explicativa concernente à proposição da construção deste conceito, o que se sucedeu, de início, mediante um estudo sistemático das discussões travadas no seio da Assembleia Constituinte de 1987-1988, em especial na Comissão nomeada “Sistema Tributário, Orçamento e Finanças”. Essa etapa pautou-se na análise de conteúdo dos Anais da Assembleia Constituinte disponibilizado pelo Senado Federal e, após, na análise do texto promulgado da Constituição Federal de 1988, alcançando-se, ao final, a conclusão de que não houve a constitucionalização expressa do conceito ora investigado, a despeito de o processo constituinte não ter sido alheio à problemática da justiça tributária (Capítulo 3). A ausência de constitucionalização expressa motivou a terceira etapa da investigação: o desenvolvimento do conceito do gasto tributário justo mediante a análise do texto constitucional, isto é, investigou-se se, a despeito da ausência de constitucionalização expressa, os dispositivos constitucionais permitiriam a construção deste conceito ainda que de modo implícito. Revisitados os fundamentos e objetivos constitucionais, verificou-se que estes carregam consigo um importante conteúdo axiológico que evidencia a adesão da Constituição Federal de 1988 a uma visão da despesa pública sob o viés da justiça social, isto é, consagram, ainda que não expressamente, a sujeição desta matéria a uma ideia de justiça distributiva. Com o objetivo de propor a construção de um conceito para o gasto tributário justo (Capítulo 4), essa pesquisa dedicou-se a desenvolver três critérios qualificadores de ordem prática para a identificação de um gasto tributário justo: a vinculação constitucional finalística, a eficiência fiscal, e a mitigação da assimetria informativa. Em seguida, propôs-se a construção de um regime jurídico para o gasto tributário justo. Por fim, construído este conceito, essa pesquisa dirigiu-se a investigar um caso concreto a partir da aplicação dos critérios qualificadores propostos no Capítulo 4, o que se desenvolveu mediante o estudo de caso do regime jurídico diferenciado instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (“Simples Nacional”). Essa última etapa de estudo de caso e correspondente análise de dados (Capítulo 5) apresenta como conclusão que este regime jurídico diferenciado não preenche os requisitos necessários para o enquadramento no conceito “gasto tributário justo”, o que conduz à conclusão de sua ilegitimidade.
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Esse trabalho tem como objetivo analisar os elementos substantivos da justiça tributária sob o viés da despesa pública, a partir da investigação dos expedientes extrafiscais utilizados com a finalidade de estimular o surgimento de relações jurídicas para o atendimento dos princípios constitucionais vetores da tributação. Em linhas gerais, pretende-se identificar, em um primeiro momento, o fundamento de validade do gasto tributário indireto e as qualidades de que um gasto tributário indireto precisa dispor para que seja qualificado como “progressivo” e, portanto, “justo” – lacuna existente na literatura acadêmica. A construção desse conceito permitirá, em seguida, realizar um estudo de caso do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (“Simples Nacional”), avaliando as diretrizes que devem ser observadas para que este regime seja “justo”, no sentido de ser conforme às suas diretrizes constitucionais; e se essas diretrizes foram efetivamente atendidas nos anos em que já vigorou esse regime tributário, nos moldes instituídos pelo legislador infraconstitucional.
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ANDREIA CAROLINA DE CASTRO FILIZZOLA
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TRANSPORTE MARÍTIMO INTERNACIONAL DE MERCADORIAS: O impacto da COVID-19 aos contratos e às cláusulas aplicáveis.
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Orientador : PAUL HUGO WEBERBAUER
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MEMBROS DA BANCA :
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AURELIO AGOSTINHO DA BOAVIAGEM
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EUGENIA CRISTINA NILSEN RIBEIRO BARZA
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MARCO BRUNO MIRANDA CLEMENTINO
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PAUL HUGO WEBERBAUER
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Data: 14/06/2023
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Este estudo objetiva analisar se diante das medidas adotadas para a contenção da pandemia de covid-19, e a própria doença em si, ela poderia ser considerada causa de impossibilidade de cumprimento (força maior) ou de onerosidade excessiva (imprevisão) no caso de inadimplemento dos contratos marítimos utilizados para transporte de mercadorias? A dissertação foi estruturada a partir da pesquisa bibliográfica, partindo da coleta e da análise de dados encontrados na doutrina e em periódicos, a fim de permitir a discussão recente sobre a matéria. E conclui-se que, diante da heterogeneidade de interpretação entre as leis domésticas, principalmente quando envolvidos sistemas jurídicos diferentes, questões como inadimplemento e válvulas de liberação da prestação são percebidas de forma diversa entre o Common Law e Civil Law, de forma que algumas noções, como a de imprevisão, são inconcebíveis para algumas leis nacionais. Desse modo, a noção de força maior, por ser mais difundida e até mesmo semelhante a alguns outros institutos como o Act of God, seria a melhor forma de classificar a pandemia de covid-19. Contudo, este estudo aponta a necessidade de harmonização do entendimento desse termo fazendo uso de regras de soft law, como os Princípios do UNIDROIT.
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A crise provocada pela pandemia do COVID-19 promoveu perturbações nos contratos em diversos setores da economia mundial, não só devido a doença em si, mas também pelas medidas adotadas pelos Estados para a contenção do vírus, como: fechamento de fronteiras, fechamento de portos, lockdown, quarentena, dentre outras. Nesse contexto, os contratos internacionais de transporte marítimo de mercadorias, bem como contratos marítimos que envolvem exploração do navio, tiveram seu cumprimento afetado ou até mesmo impossibilitado devido a acontecimentos ligados à pandemia de COVID-19. O transporte marítimo ocupa um papel de destaque no comércio internacional, já ele é o responsável por escoar a maior parte da produção mundial. Dessa forma, qualquer perturbação nesse tipo de contrato, que faz uso de contratos-padrões e que tradicionalmente utiliza regras do Common Law, poderia significar problemas como: rupturas de cadeira de suprimento, desabastecimento, e até mesmo quebra do contrato de compra e venda que o gerou. Perante desse cenário, o estudo objetiva analisar se diante das medidas adotadas para a contenção da pandemia do COVID-19, e a própria doença em si, ela poderia ser considerada causa de impossibilidade de cumprimento (força maior) ou de onerosidade excessiva (imprevisão) no caso de inadimplemento dos contratos marítimos utilizados para transporte de mercadorias? A dissertação foi estruturada a partir da pesquisa bibliográfica, partindo da coleta e da análise de dados encontrados na doutrina e em periódicos, a fim de permitir a discussão recente sobre a matéria. E conclui-se que, diante da heterogeneidade de interpretação entre as leis domésticas, principalmente quando envolvidos sistemas jurídicos diferentes, questões como inadimplemento e válvulas de liberação da prestação são percebidas de forma diversa entre o Common Law e Civil Law, de forma que algumas noções, como a de imprevisão, são inconcebíveis para algumas leis nacionais. Desse modo, a noção de força maior, por ser mais difundida e até mesmo semelhante a alguns outros institutos como o Act of God, seria a melhor forma de classificar a pandemia do COVID-19. Contudo, este estudo aponta a necessidade de harmonização do entendimento desse termo fazendo uso de regras de soft law, como os Princípios do UNIDROIT.
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ALINE PIRES GOMES
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O DIREITO DO TRABALHO ENTRE (IN)CONSCIÊNCIAS E (IN)CONSISTÊNCIAS: a consciência de classe como instrumento emancipatório aos trabalhadores de aplicativo.
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Orientador : HUGO CAVALCANTI MELO FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLO BENITO COSENTINO FILHO
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EVERALDO GASPAR LOPES DE ANDRADE
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HUGO CAVALCANTI MELO FILHO
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TIAGO MUNIZ CAVALCANTI
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Data: 05/07/2023
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A revolução informacional sedimentou as bases para a transformação das mais diversas estruturas sociais, no âmbito político, social e econômico. A sociedade industrial é substituída pela sociedade informacional, a qual rompe com todas as estruturas da era fabril, especialmente no que tange à divisão social em classes. Na nova sociedade informacional, com as inéditas tecnologias oriundas da Quarta Revolução Industrial, surge um novo modelo de negócios, denominado de Economia de Compartilhamento. Esse modelo possibilitou o desenvolvimento de uma nova forma de trabalho, via aplicativo, de modo a metamorfosear as relações laborais. As novas relações de trabalho, contudo, são influenciadas pela ideologia neoliberal, pelo discurso de empreendedorismo e pela ferramenta da auto exploração. Os novos trabalhadores permanecem à margem da compreensão da consciência enquanto classe, camuflada pelas novas engrenagens capitalistas. Diante dessa emblemática, com base na metodologia dialética marxiana, este trabalho tem como objetivo geral analisar o surgimento da Economia de Compartilhamento e como objetivo específico entrelaçar a perspectiva histórica da consciência de classe com os novos trabalhadores de aplicativo.
A revolução informacional sedimentou as bases para a transformação das maisdiversas estruturas sociais, no âmbito político, social e econômico. A sociedadeindustrial é substituída pela sociedade informacional, a qual rompe com todas asestruturas da era fabril, especialmente no que tange à divisão social em classes. Nanova sociedade informacional, com as inéditas tecnologias oriundas da QuartaRevolução Industrial, surge um novo modelo de negócios, denominado deEconomia de Compartilhamento. Esse modelo possibilitou o desenvolvimento deuma nova forma de trabalho, via aplicativo, de modo a metamorfosear as relaçõeslaborais. As novas relações de trabalho, contudo, são influenciadas pela ideologianeoliberal, pelo discurso de empreendedorismo e pela ferramenta da autoexploração. Os novos trabalhadores permanecem à margem da compreensão daconsciência enquanto classe, camuflada pelas novas engrenagens capitalistas.Diante dessa emblemática, com base na metodologia dialética marxiana, estetrabalho tem como objetivo geral analisar o surgimento da Economia deCompartilhamento e como objetivo específico entrelaçar a perspectiva histórica daconsciência de classe com os novos trabalhadores de aplicativo.
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A revolução informacional sedimentou as bases para a transformação das mais diversas estruturas sociais, no âmbito político, social e econômico. A sociedade industrial é substituída pela sociedade informacional, a qual rompe com todas as estruturas da era fabril, especialmente no que tange à divisão social em classes. Na nova sociedade informacional, com as inéditas tecnologias oriundas da Quarta Revolução Industrial, surge um novo modelo de negócios, denominado de Economia de Compartilhamento. Esse modelo possibilitou o desenvolvimento de uma nova forma de trabalho, via aplicativo, de modo a metamorfosear as relações laborais. As novas relações de trabalho, contudo, são influenciadas pela ideologia neoliberal, pelo discurso de empreendedorismo e pela ferramenta da auto exploração. Os novos trabalhadores permanecem à margem da compreensão da consciência enquanto classe, camuflada pelas novas engrenagens capitalistas. Diante dessa emblemática, com base na metodologia dialética marxiana, este trabalho tem como objetivo geral analisar o surgimento da Economia de Compartilhamento e como objetivo específico entrelaçar a perspectiva histórica da consciência de classe com os novos trabalhadores de aplicativo.
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RAIF DAHER HARDMAN DE FIGUEIREDO
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CONTRATO DE FRANQUIA E DEVERES DE CONDUTA DO FRANQUEADOR À LUZ DA BOA-FÉ OBJETIVA: COOPERAÇÃO E LEALDADE À REDE
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Orientador : IVANILDO DE FIGUEIREDO ANDRADE DE OLIVEIRA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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IVANILDO DE FIGUEIREDO ANDRADE DE OLIVEIRA FILHO
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RONEY JOSE LEMOS RODRIGUES DE SOUZA
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SILVIO ROMERO BELTRAO
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Data: 08/08/2023
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O presente estudo analisa a incidência do princípio da boa-fé objetiva e os respectivos deveres de conduta de cooperação ou colaboração e de lealdade à rede sobre as relações empresariais de franchising, que será estudada a partir da classificação de contrato colaboracional, híbrido (viés econômico) e relacional (Ian Macneil), bem como a partir de relação empresarial em formato de rede de contratual e sistema autopoiético (com base na Teoria dos Sistemas Sociais de Niklas Luhamann), na sociedade contemporânea embasada na chamada Nova Economia, que, segundo Manoel Castells é global, informacional e em rede. Apresentamos, ainda, os motivos que levam os empresários a abrirem mão de sua individualidade e da capacidade plena de tomada de decisões e os interesses envolvidos a partir da lógica econômica e da lógica da ação coletiva de Mancur Olson. Embora as bases teóricas apresentadas sejam aplicáveis tanto às condutas dos franqueados quanto do franqueador, limitamos a análise prática aos casos em que os deveres de conduta decorrentes da boa-fé não são observados pelo franqueador. O estudo possui viés multidisciplinar, utilizando-se das literaturas econômica, sociológica e jurídicas nacionais e estrangeiras, bem como da legislação pátria sobre o tema e do posicionamento da jurisprudência especializada nacional. Alfim, demonstraremos a existência de deveres jurídico à luz do princípio da boa-fé objetiva a serem observados pelo franqueador em relação aos seus franqueados e sua rede, sendo realizada, também, uma análise de casos concretos a partir da dissecação de julgados das Câmaras Especializadas de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo.
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O presente estudo analisa o instituto da franquia empresarial enquanto contrato híbrido (viés econômico) e enquanto arranjo empresarial em formato de rede de contratos, a partir do que Manuel Castells denominou de Nova Economia (a partir da popularização da internet). Apresentamos neste estudo, ainda, os motivos que levam os empresários a formarem redes de franquias e se submeterem a um franqueador, que tem o dever de formatar, coordenar e gerir a rede ao mesmo tempo em que possui a faculdade de promover alterações nos manuais de franquia de forma unilateral. Diante dessa concentração de poderes em apenas uma das partes no contrato em formato de rede, apresentamos a necessidade de integração e interpretação dos contratos de franquia a partir de uma boa-fé intensificada, bem como dos exigíveis deveres de colaboração, coordenação e coletivismo. A análise leva em consideração casos de abuso de poder por parte do franqueador na literatura. A análise não se embasa em precedentes judiciais, considerando que a maioria dos casos de abuso de poder do franqueador são julgados a partir de julgados arbitrais e, portanto, sigilosos. O estudo possui viés multidisciplinar, utilizando-se das literaturas econômicas, sociológicas e jurídicas nacionais e estrangeiras. Alfim, demonstraremos a necessidade de estabelecimento de um dever (jurídico) do franqueador em relação aos seus franqueados de priorizar os interesses da rede como um todo ao invés de privilegiar os seus interesses egoísticos enquanto empresa/firma que, por sua própria natureza, busca o aumento do seu próprio lucro.
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POLIREDA MADALY BEZERRA DE MEDEIROS
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VENTOS QUE EMPURRAM ONDAS: mudança institucional no processo penal contra indígenas
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Orientador : FLAVIANNE FERNANDA BITENCOURT NOBREGA
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MEMBROS DA BANCA :
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ELA WIECKO VOLKMER DE CASTILHO
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ERNANI RODRIGUES DE CARVALHO NETO
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FLAVIANNE FERNANDA BITENCOURT NOBREGA
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MANUELA ABATH VALENCA
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Data: 17/08/2023
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A presente pesquisa moveu-se pela seguinte questão: o Estado reflete sobre a diferença cultural em seus julgamentos criminais? Assumindo o fato de o sistema de justiça brasileiro julgar criminalmente membros de Povos Indígenas, buscou-se verificar como o Poder Judiciário lida com o estudo antropológico, previsto na Resolução n. 287/2019 do Conselho Nacional de Justiça, o qual se volta a promover a tradução e o diálogo intercultural no processo. Com o mesmo desiderato, analisou-se também como são aplicados a atenuante e o regime de semiliberdade engastados na Lei n. 6.001/73, cuja leitura deve ser feita à luz da Constituição de 1988 e da Convenção n. 169/OIT. O exame das decisões, realizado sob o marco teórico neoinstitucionalista, que permite esmiuçar a mudança institucional e eventuais fatores que para ela concorrerem, revelou a existência da instituição informal “índio aculturado/integrado”, bloqueando os efeitos dessas instituições formais. Durante o trabalho, foram pesquisadas decisões do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Regional Federal da 5a Região e do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco cujo objeto tenha sido a discussão sobre a aplicação dos direitos em tela, que são normas favoráveis a acusados indígenas. No intento de verificar se a Resolução n. 287/2019-CNJ foi capaz de alterar as regras do jogo, no qual prevalece a dita instituição informal, foi feito um cotejo entre o conteúdo das decisões prolatadas antes e depois da sua publicação, ocorrida em 02 de julho de 2019. Embora a prática de suprimir direitos invocando a assimilação cultural persista, há evidências de que a publicação da norma pelo CNJ pode abrir caminho para um processo de mudança mais profundo, especialmente se os atores interessados nela insistirem em sua aplicação pelo Poder Judiciário.
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A presente pesquisa tem por objetivo analisar como o estudo antropológico pode ser uma ferramenta efetiva de tradução cultural nos processos criminais em que são rés pessoas indígenas. Neste trabalho, analisa-se se o sistema jurídico brasileiro alberga o direito à realização de tal perícia, bem assim como o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região e o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco tratam do tema. Para tanto, comparam-se as decisões prolatadas por tais órgãos jurisdicionais antes e depois da edição da Resolução n. 287/2019 do Conselho Nacional de Justiça-CNJ. A investigação se socorre do referencial teórico neoinstitucional, que permite esmiuçar a mudança institucional e eventuais fatores que para ela concorreram.
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HIGOR ALEXANDRE ALVES DE ARAÚJO
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RECONHECIMENTO PESSOAL NO BANCO DOS RÉUS: racismo, prisões ilegais e a evolução jurisprudencial nos Tribunais Superiores
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Orientador : MANUELA ABATH VALENCA
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MEMBROS DA BANCA :
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FELIPE DA SILVA FREITAS
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ANTONELLA BRUNA MACHADO TORRES GALINDO
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MANUELA ABATH VALENCA
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MARILIA MONTENEGRO PESSOA DE MELLO
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Data: 21/08/2023
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O presente trabalho tem por objeto o instituto do reconhecimento pessoal. Tal análise dá-se do ponto de vista dogmático, da Psicologia Jurídica, e, especialmente, da teoria racial e estudos sobre o racismo, com o fito de identificar a influência dos elementos de raça, cor e etnia na produção desse meio de prova. São analisadas decisões dos Tribunais Superiores, principalmente do Superior Tribunal de Justiça, sobre o reconhecimento pessoal, com foco na recente virada jurisprudencial acerca do tema na Corte. A metodologia é pesquisa bibliográfica sobre os temas abordados, e a pesquisa documental das citadas decisões judiciais sobre o reconhecimento pessoal, com análise qualitativa para identificar os motivos da virada jurisprudencial. São abordadas questões sobre teoria racial e racismo, com evolução histórica e traços presentes e influências sobre as áreas do direito. Também são tratadas as escolas criminológicas e seus objetos racialmente discriminatórios, bem como a seletividade do Sistema Penal. O reconhecimento pessoal é tratado em capítulo próprio, nos seus aspectos dogmáticos e em diálogo com a Psicologia Jurídica, inclusive na sua caracterização como prova urgente e irrepetível. Da mesma forma, analisam-se os elementos do racismo que interferem no reconhecimento pessoal, como os estereótipos raciais de criminalidade e o efeito da raça cruzada, são apontados. Por fim, as decisões judiciais dos Tribunais Superiores que modificaram o entendimento jurisprudencial sobre o reconhecimento pessoal são analisadas, em suas razões e motivos jurídicos e extrajurídicos. O pano de fundo é o fato de o racismo ser parte estruturante, e suas influências na produção dessa prova são aptas a causar inúmeras injustiças - epistêmicas e reais.
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O presente trabalho tem por objetivo estudar o instituto probatório de direito processual penal do reconhecimento de pessoas. Tal análise dar-se-á do ponto de vista dogmático e, especialmente, com vistas à teoria racial e estudos sobre o racismo, com o fito de identificar a influência dos elementos de raça, cor e etnia na produção desse meio de prova. Ainda, ter-se-á como base decisões dos Tribunais Superiores, principalmente do Superior Tribunal de Justiça, sobre o reconhecimento pessoal, com foco na recente virada jurisprudencial que ocorreu acerca do tema na Corte. A metodologia utilizada será a pesquisa bibliográfica sobre os temas abordados, e a análise documental das decisões judiciais sobre o instituto. Em um primeiro momento, abordam-se questões sobre teoria racial e racismo, com evolução histórica e traços presentes e influências sobre as áreas do direito. A seletividade do Sistema Penal é tratada em seguida, inclusive com a descrição das escolas criminológicas. Os temas fundamentais sobre direito probatório também são abordados, em especial a prova como meio para alcançar a verdade. Por fim, o reconhecimento pessoal é tema tratado em capítulo próprio, nos seus aspectos dogmáticos e em diálogo com a Psicologia Jurídica. O pano de fundo e sempre presente tema são as relações raciais e suas influências na produção dessa prova, apta a causar inúmeras injustiças - epistêmicas e reais.
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MARIA CAROLINA LEMOS RUSSO
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EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: Observações sistêmicas do sentido de inclusão em face do Decreto no 10.502/2020
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Orientador : ARTUR STAMFORD DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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JULIO ROBERTO LABRAÑA VARGAS
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ARTUR STAMFORD DA SILVA
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MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO
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PEDRO PARINI MARQUES DE LIMA
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Data: 21/08/2023
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Educação especial inclusiva para pessoas com deficiência se inscreve como uma das questões sociais mais relevantes, porém negligenciada pela pesquisa jurídica. O tema ganhou maior importância com a publicação do Decreto No 10.502/2002, que estabelece o Plano Nacional de Educação Especial Inclusiva e de aprendizado ao longo da vida para pessoas com deficiência. Dentre as reações ao referido decreto localizamos a de este ser um decreto de exclusão. Como uma política pública de educação especial inclusiva para pessoas com deficiência pode propiciar exclusão? Para lidar com essa questão, observamos as comunicações dos sistemas educativo, político e jurídico com o objetivo de verificar o sentido de inclusão nessas comunicações e, com isso, identificar como foi possível as intervenções sistêmicas e a diversidade de argumentos presentes. Para isso, tomamos a teoria dos sistemas de Niklas Luhmann como marco teórico, além da teoria da intervenção sistêmica contextual, tal como trabalhada por Aldo Mascareño, e a Comunicativação, com Artur Stamford da Silva. Através da compreensão dos movimentos de construção, desconstrução e reconstrução do sentido de inclusão quanto à política pública de educação para pessoas com deficiência no Brasil, observamos premissas e padrões que orientaram as decisões de inclusão e exclusão na implementação dessa política pública. Um primeiro ponto ao debate é o quanto concepções normativistas e moralistas ainda têm lugar para viabilizar uma compreensão da sociedade, em nosso caso, da inclusão. Propomos que, para lidar com o sentido de inclusão, as pesquisas partam da perspectiva circular reflexiva. Quanto à educação para pessoas com deficiência, para além da construção de um conceito de inclusão, entendemos que não se pode negar o quanto a inclusão no sistema educativo ampliam as chances de inclusão nos demais sistemas sociais, o que requer uma comunicação contínua para que governos e governantes não fiquem alheios a esta perspectiva e, assim, as políticas públicas de educação promovam convivências plurais quando o pertencimento, a participação, a empatia servirão para reafirmar o exercício social de cidadania, convivência com o diferente e não separação entre diferentes.
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Esta pesquisa observa a educação especial inclusiva para pessoas com deficiência no Brasil e tem como objeto as comunicações sistêmicas em torno do Decreto 10.502/2020 que estabeleceu Plano Nacional de Educação Especial Inclusiva e de aprendizado ao longo da vida para pessoas com deficiência. A pesquisa parte do questionamento de como foram possíveis tantas comunicações díspares sobre a concepção de inclusão/exclusão em face da publicação do decreto 10.502/2020, e tem como objetivos observar e compreender a possibilidade de, dentro de um mesmo contexto, existirem comunicações sistêmicas díspares. Diante da complexidade e a multidisciplinaridade que o tema arrasta, e da pluralidade dos setores sociais das comunicações verificadas que envolvem direito, política e educação ao mesmo tempo, valemo-nos, para responder à indagação, dos conceitos da Teoria dos Sistemas Sociais de Niklas Luhmann, aplicando os aportes teóricos-metodológicos da intervenção sistêmica contextual de Helmut Willke e Aldo Mascareño, e da Comunicativação de Artur Stamford da Silva.
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NATHALIA NOBREGA COCENTINO
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Os novos paradigmas de atuação do Tribunal de Contas da União e o controle sobre as agências reguladoras
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Orientador : EDILSON PEREIRA NOBRE JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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EDILSON PEREIRA NOBRE JUNIOR
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FRANCISCO DE QUEIROZ BEZERRA CAVALCANTI
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LUCIANA GRASSANO DE GOUVEA MELO
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PEDRO DIAS DE OLIVEIRA NETTO
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Data: 23/08/2023
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Compreender os paradigmas de atuação do Tribunal de Contas da União em face das agências reguladoras demanda estudo das balizas de controle em relação à atividade finalística regulatória. Nesse sentido, propõe-se perquirir as competências e limites atribuídos pelo ordenamento jurídico pátrio à Corte de Contas, de modo a verificar se o órgão de fiscalização vem adentrando no mérito administrativo e ingerindo na regulação do país e, em caso positivo, se possuiria prerrogativa para tanto. Nessa perspectiva, insta examinar o modelo de regulação por agências independentes, a quais possuem autonomia política-administrativa, técnica, normativa, gerencial e orçamentário-financeira. Para tanto, são feitas reflexões acerca de um possível paradigma estrangeiro, passando-se ao estudo do modelo português. Adentra-se, então, na temática da Corte de Contas nacional, verificando a sua evolução histórica, posicionamento no arranjo do Estado brasileiro e as competências que lhe são, atualmente, atribuídas, com destaque para a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União e as inovações oriundas da Constituição Federal de 1988. Para além da verificação legislativa, devem ser observados outros fatores conjuntamente responsáveis pelo crescente fortalecimento institucional do TCU. Outrossim, necessário tratar dos diversos posicionamentos doutrinários acerca do controle exercido pela Corte em face das agências reguladoras, bem como analisar a jurisprudência, doutrina interna e instruções normativas do Tribunal de Contas da União, almejando averiguar uma possível interpretação expansionista de suas competências. Por fim, cumpre realizar a investigação casuística, com destaque para as auditorias operacionais em face de agências reguladoras e a análise de editais e contratos de concessões, observando-se o controle exercido pela Corte de Contas. Nessa perspectiva, a presente monografia adota o método hipotético-dedutivo e, com relação à técnica de pesquisa, o estudo será desenvolvido mediante pesquisa de cunho bibliográfico-documental, a partir de material científico doutrinário e da análise de julgados do TCU, da doutrina interna do Tribunal e de instruções normativas por ele proferidos.
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Compreender os paradigmas de atuação do Tribunal de Contas da União em face das agências reguladoras demanda estudo das balizas de controle em relação à atividade finalística regulatória. Nesse sentido, propõe-se perquirir as competências e limites atribuídos pelo ordenamento jurídico pátrio à Corte de Contas, de modo a verificar se o órgão de fiscalização vem adentrando no mérito administrativo e ingerindo na regulação do país e, em caso positivo, se possuiria prerrogativa para tanto. Nessa perspectiva, insta examinar o modelo de regulação por agências independentes, a quais possuem autonomia política-administrativa, técnica, normativa, gerencial e orçamentário-financeira. Para tanto, são feitas reflexões acerca de um possível paradigma estrangeiro, passando-se ao estudo do modelo português. Adentra-se, então, na temática da Corte de Contas nacional, verificando a sua evolução histórica, posicionamento no arranjo do Estado brasileiro e as competências que lhe são, atualmente, atribuídas, com destaque para a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União e as inovações oriundas da Constituição Federal de 1988. Para além da verificação legislativa, devem ser observados outros fatores conjuntamente responsáveis pelo crescente fortalecimento institucional do TCU. Outrossim, necessário tratar dos diversos posicionamentos doutrinários acerca do controle exercido pela Corte em face das agências reguladoras, bem como analisar a jurisprudência, doutrina interna e instruções normativas do Tribunal de Contas da União, almejando averiguar uma possível interpretação expansionista de suas competências. Por fim, cumpre realizar a investigação casuística, com destaque para as auditorias operacionais em face de agências reguladoras, observando-se o controle exercido pela Corte de Contas. Nessa perspectiva, a presente monografia adota o método hipotético-dedutivo e, com relação à técnica de pesquisa, o estudo será desenvolvido mediante pesquisa de cunho bibliográfico-documental, a partir de material científico doutrinário e da análise de julgados do TCU, da doutrina interna do Tribunal e de instruções normativas por ele proferidos.
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CAIO HENRIQUE VILELA COSTA
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A RACIONALIDADE NOS CRITÉRIOS LEGAIS BRASILEIROS DE JUSTIFICAÇÃO DAS DECISÕES EM ATENÇÃO ÀS DIRETRIZES DAS TEORIAS DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA DE NEIL MACCORMICK E ROBERT ALEXY
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Orientador : PEDRO PARINI MARQUES DE LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDREAS JOACHIM KRELL
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GUSTAVO JUST DA COSTA E SILVA
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PEDRO PARINI MARQUES DE LIMA
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Data: 24/08/2023
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O presente trabalho analisa os critérios discursivos que caracterizam uma decisão fundamentada e racional, à luz das teorias de Neil MacCormick e Robert Alexy, para constatação da compatibilidade dos elementos teóricos desses autores com os dispositivos do Código de Processo Civil e o Código de Processo Penal. A análise é desenvolvida com foco em conceitos basilares da pesquisa, como a ideia de “racionalidade” e as regras do discurso jurídico e prático racional que são defendidos pelos autores representantes da “teoria padrão da argumentação jurídica”, nos termos da denominação de Manuel Atienza. Da concepção da razão no direito até os critérios de uma racionalidade judicial, são coletados elementos de um conceito sobre o que é um discurso “racional” desprovido de unanimidade. Diante dos elementos habermasianos, que fundamentam boa parte da teoria de Alexy e critérios importantes da teoria de MacCormick, verifica-se como o debate e a fundamentação são importantes para que determinados atos comunicativos possam ser entendidos como “racionais”. Avalia-se também os elementos que justificam a denominação das teorias argumentativas analisadas como “teoria padrão da argumentação jurídica” e as principais características teóricas que envolvem esse conceito, para, em seguida, destrinchar detidamente os critérios de justificação defendidos por MacCormick e Alexy no processo decisório e argumentativo. O desenvolvimento teórico proposto é necessário para permitir uma avaliação criteriosa dos elementos de justificação encontrados na legislação brasileira, para verificação da proximidade entre as regras legais do Brasil e as regras do discurso jurídico defendido pelos filósofos da teoria da argumentação.
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O presente trabalho analisa os critérios discursivos que caracterizam uma decisão fundamentada e racional, à luz das teorias de Neil MacCormick e Robert Alexy, para constatação da compatibilidade dos elementos teóricos desses autores com os dispositivos do código de processo civil e o código de processo penal. A análise é desenvolvida com foco em conceitos basilares da pesquisa, como a ideia de “racionalidade” e as regras do discurso jurídico e prático racional que são defendidos pelos autores representantes da “teoria padrão da argumentação jurídica”, nos termos da denominação de Manuel Atienza. Da concepção da razão no direito até os critérios de uma racionalidade judicial, são coletados elementos de um conceito sobre o que é um discurso “racional” desprovido de unanimidade. Diante dos elementos habermasianos, que fundamentam boa parte da teoria de Alexy e critérios importantes da teoria de MacCormick, verifica-se como o debate e a fundamentação é importante para que determinados atos comunicativos possam ser entendidos como “racionais”. Avalia-se também os elementos que justificam a denominação das teorias argumentativas analisadas como “teoria padrão da argumentação jurídica” e as principais características teóricas que envolvem esse conceito, para, em seguida, destrinchar detidamente os critérios de justificação defendidos por MacCormick e Alexy no processo decisório e argumentativo. O desenvolvimento teórico proposto é necessário para permitir uma avaliação criteriosa dos elementos de justificação encontrados na legislação brasileira, para verificação da proximidade entre as regras legais do Brasil e as regras do discurso jurídico defendido pelos filósofos da teoria da argumentação.
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CLARA CORBAN BRITTO GUERRA
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CLOUD COMPUTING E LGPD: estudo sobre a aplicabilidade da Tese de Convergência de Bennett na proteção de dados pessoais
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Orientador : EUGENIA CRISTINA NILSEN RIBEIRO BARZA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADELGÍCIO DE BARROS CORREIA SOBRINHO
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AURELIO AGOSTINHO DA BOAVIAGEM
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EUGENIA CRISTINA NILSEN RIBEIRO BARZA
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WANILZA MARQUES DE ALMEIDA CERQUEIRA FORTUNA
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Data: 28/08/2023
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O tema deste trabalho será a ascensão da economia da informação e da proteção de dados pessoais segundo os parâmetros do Direito Internacional Privado. O objetivo proposto é observar como as inovações tecnológicas, a exemplo da computação em nuvem, criam demandas legislativas de proteção de dados no comércio internacional e provocam o movimento descrito por Benett como Tese da Convergência de diretrizes em diversos ordenamentos nacionais como o brasileiro. Apresenta-se em que medida o proposto por Benett se verifica em relação à regulamentação da proteção de dados levando em consideração a proposição da Global Data Privacy definida por Schwartz. Pontua-se como os serviços de computação de nuvem os quais contém transferências de dados transfronteiriços, a exemplo dos serviços de AWS (Amazon Web Services), criam demandas normativas por lidarem com uma quantidade massiva de dados pessoais dos indivíduos e geram a necessidade da crescente tutela sobre o tema. Passa-se desde o papel das Organizações Internacionais — como a OCDE; UNIÃO EUROPEIA; UNCITRAL — até o papel das empresas transnacionais da tecnologia como a Amazon na criação das tendências legislativas sobre a proteção de dados no âmbito da cloud computing.
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No presente trabalho será analisado como o cenário jurídico internacional resultou na criação da Lei Geral de Proteção de Dados (No 13.709/2018). Para isso, será estudada, a partir da revisão bibliográfica, a efetividade da tese da convergência jurídica de Bennett (1991), relacionada à proteção de dados e à consolidação da Global Data Privacy, de Schwartz (2019). Será pontuado como os serviços de ‘computação de nuvem’, os quais contém transferências de dados transfronteiriços, a exemplo dos serviços de AWS (Amazon Web Services), foram afetados pela lei, na medida em que lidam com uma quantidade massiva de dados pessoais dos indivíduos, o que gerou a necessidade de adequação à norma. Também se focaliza nesta dissertação em que medida tem sido produzida a harmonização jurídica internacional sobre o tema.
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LUCIANA REGINA DE MACEDO FERREIRA
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O ESTADO DE EXCEÇÃO COMO TÉCNICA DECISÓRIA: O GOVERNO DA VIDA NA OBRA DE GIORGIO AGAMBEN
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Orientador : MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO
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MEMBROS DA BANCA :
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HERIVELTO PEREIRA DE SOUZA
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MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO
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TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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Data: 29/08/2023
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O trabalho apresentado tem como investigação central o desenvolvimento da conceituação acerca do estado de exceção, utilizando, para isso, as fontes em que Agamben se alicerça para investigar as origens filosóficas e empíricas dessa terminologia e os rumos que ele observa, a partir de tal ponto, em direção ao futuro, em meio às preocupações que perpassam boa parte de sua obra: a relação entre a política e a vida, na qual o direito é o elemento que ocupa o cerne de sua manifestação no mundo, e as práticas que permeiam a estruturação do direito e a compreensão do estabelecimento do poder na cultura ocidental. O estado de exceção, cuja definição costuma ser a medida a ser tomada diante de grave ameaça contra a ordem constitucional, é entendido por Agamben não como um fim ou objetivo em si mesmo, mas como uma tecnologia de governo, significado cujo reconhecimento, para o autor, implica a tomada de uma posição política. Trata-se de desenvolver as implicações contemporâneas da ideia de estado de exceção como dispositivo através do qual o direito se refere à vida e a inclui em si por meio da suspensão da ordem jurídica, levando a uma relação que simultaneamente conecta e abandona a vida humana ao seu domínio. Estabelece-se, além disso, o questionamento acerca da possibilidade de romper o nexo entre direito e violência, imaginando novas formas de vida com base em usos não normatizados da experiência humana.
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O trabalho em apresentação tem como objeto central o desenvolvimento daconceituação acerca do estado de exceção, utilizando, para isso, as fontes em queAgamben se alicerça para investigar as origens filosóficas e empíricas dessaterminologia e os rumos que ele observa, a partir de tal ponto, em direção ao futuro esuas possibilidades de reorganização, em meio às preocupações que perpassam boaparte de sua obra: a relação entre a política e a vida, na qual o direito é o elemento queocupa o cerne de sua manifestação no mundo, e as práticas que permeiam aestruturação do direito e a compreensão do estabelecimento do poder na culturaocidental. O estado de exceção, cuja definição costuma ser a medida a ser tomadadiante de grave ameaça contra a ordem constitucional, é entendido por Agamben nãocomo um fim ou objetivo em si mesmo, mas como uma tecnologia de governo, o que,para o autor, significa a tomada de uma posição política. Trata-se de desenvolver asimplicações na contemporaneidade da ideia de estado de exceção como dispositivoatravés do qual o direito se refere à vida e a inclui em si por meio da suspensão daordem jurídica, levando a uma relação que simultaneamente conecta e abandona avida humana ao seu domínio.
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ALICE CYSNEIROS BEZERRA CARVALHO OLIVEIRA
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A POSSIBILDADE DE USUCAPIÃO DO IMÓVEL FINANCIADO
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Orientador : VENCESLAU TAVARES COSTA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE ANTÔNIO FREITAS CÂMARA
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FABIANA AUGUSTA DE ARAUJO PEREIRA
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ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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VENCESLAU TAVARES COSTA FILHO
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Data: 29/08/2023
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O presente trabalho se propôs a analisar a possibilidade de usucapião do imóvel gravado por garantia real instituída mediante um contrato de financiamento habitacional, especificamente a hipoteca ou a alienação fiduciária. Para essa finalidade, foi empreendida uma investigação a respeito da estrutura e do funcionamento dos principais programas habitacionais em nível federal, examinando o contrato de financiamento habitacional e as múltiplas contratações nele inseridas, à luz da teoria das redes contratuais. Essa investigação preliminar permitiu definir a natureza jurídica do imóvel financiado, se pública ou privada, o que se revelou útil tendo em conta o atual posicionamento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de atribuir o regime publicista aos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação, impedindo, assim, a aquisição da propriedade mediante usucapião. A relevância da pesquisa é justificada em razão do elevado déficit habitacional brasileiro e de um significativo número de habitações ociosas, o que destaca a usucapião como uma importante ferramenta de regularização fundiária, capaz de conferir maior concretude a valores constitucionais, como o direito fundamental à moradia, a função social da propriedade e a dignidade da pessoa humana.
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O presente trabalho se propõe a analisar a possibilidade de usucapião do imóvel gravado por garantia real instituída mediante um contrato de financiamento habitacional, especificamente a hipoteca ou a alienação fiduciária. Para essa finalidade, será empreendida uma investigação a respeito da estrutura e do funcionamento dos principais programas habitacionais em nível federal, examinando o contrato de financiamento habitacional e as múltiplas contratações nele inseridas, à luz da teoria das redes contratuais. Essa investigação preliminar permitirá definir a natureza jurídica do imóvel financiado, se pública ou privada, o que se revelará útil tendo em conta o atual posicionamento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de atribuir o regime publicista aos imóveis financiados pelo Sistema Financeiro de Habitação, impedindo, assim, a aquisição da propriedade mediante usucapião. A relevância da pesquisa é justificada em razão do elevado déficit habitacional brasileiro e de um significativo número de habitações ociosas, o que destaca a usucapião como uma importante ferramenta de regularização fundiária, capaz de conferir maior concretude a valores constitucionais, como o direito fundamental à moradia, a função social da propriedade e a dignidade da pessoa humana.
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PIETRO GOUVEIA DE CERQUEIRA
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O NEOCONSTITUCIONALISMO E OS NOVOS LIMITES DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
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Orientador : GINA GOUVEIA PIRES DE CASTRO
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MEMBROS DA BANCA :
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AMANDA PATRYCIA COUTINHO DE CERQUEIRA
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ANNA PRISCYLLA LIMA PRADO
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GINA GOUVEIA PIRES DE CASTRO
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SERGIO TORRES TEIXEIRA
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Data: 29/08/2023
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O objeto deste trabalho dissertativo é a investigação da expansão da jurisdição constitucional no Supremo Tribunal Federal como efeito da assimilação de alguns dos postulados do Neoconstitucionalismo. A atuação da Suprema Corte, em certos casos de grande repercussão, tem provocado controvérsia no meio jurídico, seja em razão da argumentação de que se usa, ou das conclusões a que se chega, gerando intenso debate sobre a validade destas decisões. A partir da hipótese de que estas decisões se fundamentam e legitimam em postulados apresentados pelo Neoconstitucionalismo, importa investigar a validade destes postulados e sua compatibilidade com o texto constitucional nacional. Para cumprir com este objetivo, busca-se, em primeiro lugar, definir a razão de ser da jurisdição constitucional e os pontos fulcrais da teoria Neoconstitucional no que diz respeito ao controle de constitucionalidade, democracia, representação política e separação de poderes, postulados que se especula como tendo relação causal com o fenômeno de expansão de jurisdição constitucional observado. Ao fim, é feito exame crítico dos postulados apresentados onde suas inconsistências e relativas incompatibilidades com o texto constitucional são analisados.
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Este trabalho dissertativo tem por objetivo analisar a expansão da jurisdição constitucional provocada pelo Neoconstitucionalismo no Supremo Tribunal Federal e sua compatibilidade com os preceitos de Direito e de Estado presentes na Constituição Federal de 1988. Para tanto, estabeleceu-se como ponto de partida definir jurisdição constitucional, divisando sua origem e razão de existir dentro dos estados constitucionais modernos, bem como seu desenvolvimento e transformação ao longo da história recente. Em seguida, enfrenta-se o necessário desafio de conceituar o Neoconstitucionalismo, sua dimensão teórica, ideológica e a forma como os seus postulados operam para ressignificar a jurisdição constitucional e o papel do judiciário no desenho institucional do estado. Por fim, busca-se fazer um exame crítico da jurisdição constitucional expandida como prosta pelo Neoconstitucionalismo e suas incompatibilidades de harmonização com a Constituição Federal de 1988.
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DEBORA BUARQUE CORDEIRO
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OS DESAFIOS DO ESTADO PARA A REGULAMENTAÇÃO DAS CRIPTOMOEDAS
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Orientador : EUGENIA CRISTINA NILSEN RIBEIRO BARZA
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MEMBROS DA BANCA :
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AURELIO AGOSTINHO DA BOAVIAGEM
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EUGENIA CRISTINA NILSEN RIBEIRO BARZA
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ROSA MARIA FREITAS DO NASCIMENTO
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THALES CAVALCANTI CASTRO
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Data: 30/08/2023
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O presente trabalho teve o objetivo geral de estudar a possibilidade de atuação do Estado e de outros atores internacionais como agentes reguladores das criptomoedas. Como objetivos específicos, pretendeu-se: descrever como o processo de globalização e o avanço das novas tecnologias deram origem ao fenômeno das criptomoedas e como elas estão sendo capazes de produzir um direito próprio e estranho ao Estado; estudar o conceito de criptomoedas, as formas de regulamentação e as tentativas de que vêm sendo desenvolvidas por Estados, organismos internacionais e outros atores. O problema apresentado é, considerando uma inovação que se pretende a-estatal e que transcende fronteiras, qual é o papel do Estado e de outros atores internacionais quanto à regulamentação dos criptoativos? A importância do trabalho advém da necessidade de se compreender o impacto de inovações econômico- socias como as criptomoedas no mundo jurídico. A hipótese proposta foi de que o monopólio da produção jurídica estatal está dando lugar à produção jurídica privada e de que o uso das criptomoedas é um exemplo de que a governança privada tem sido cada vez mais presente nas relações de trocas internacionais. No primeiro capítulo foi apresentado o surgimento das criptomoedas no contexto dos avanços tecnológicos e do processo de globalização, que disseminaram esse meio de pagamento no cenário internacional. No segundo capítulo, foi abordada a tecnologia blockchain e a sua utilização nas criptomoedas, especialmente conceito, natureza jurídica e o início do comércio eletrônico. O enfoque foi esclarecer a mudança de paradigma quanto ao monopólio estatal na criação do direito e da moeda, para um pluralismo jurídico de fonte concorrente com entes e governança privada, considerando as teorias da Lex Mercatoria e dos Sistemas. Por fim, no terceiro capítulo, foram abordadas as tentativas de regulamentação pelo Estado e demais entes. A pesquisa qualitativa foi desenvolvida segundo o método hipotético-dedutivo, sendo utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica. Em sede de considerações finais, foi possível responder ao problema de pesquisa e confirmar a hipótese de que a tecnologia avança de forma dinâmica e o direito precisa acompanhar minimamente para trazer segurança jurídica às relações, mas sem engessar os avanços tecnológicos e nem ficar defasada em um curto período de tempo. Assim o papel do Estado foi esclarecido como regulação concorrente, contribuindo para o conhecimento jurídico neste tema de recente criação
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O presente trabalho tem o objetivo de discorrer sobre o papel concorrente dos Estados, organizações e empresas transnacionais e indivíduos de regulamentar o fenômeno das criptomoedas no cenário internacional. Pretendemos abordar a gênese do fenômeno, o qual está inserido no contexto do que chamamos de Quarta Revolução Industrial, ocorrida durante o processo de globalização cultural, econômica e social intensificada no final do século XX e início do século XXI. O surgimento da Internet e o enfraquecimento das fronteiras estatais, explicado pelos teóricos da interdependência complexa, são os bastiões do surgimento de uma nova realidade que põe em cheque o que conhecíamos por Estado Moderno e sua organização pelo modelo weberiano. A tecnologia, por desafiar a soberania estatal, também modifica as relações jurídicas, pois o direito era tido como de produção exclusiva de um único ente centralizador do poder, o próprio Estado. A emissão de moedas, que parecia ser a última fronteira intransponível do estadualismo, foi paradigma rompido com criação dos criptoativos por entes diversos do Estado nacional, o que impactou as trocas comerciais internacionais. A desnecessidade de um intermediário validador ou garantidor da moeda ou das transações transnacionais significou a diminuição dos custos e uma maior celeridade nas trocas comerciais, o que vem impulsionando o uso das criptomoedas. A consequência desse processo é uma tendência de regulamentação das relações jurídicas celebradas através de moedas digitais pelo próprio código da tecnologia blockchain, propiciando uma atuação cada vez menor do Estado e até da sua prescindibilidade. A segurança está baseada nos algoritmos e a confiabilidade na rastreabilidade das transações. O código produz a regra jurídica aplicável após determinado comando, ou seja, produz o direito. É o que vem se chamando de lex cryptographica. Esse cenário também é um reflexo da contemporaneidade, em que entes privados estabelecem suas próprias regras amplamente aceitas e reproduzidas e fazem a sua própria governança independente das regras estatais. Esses atores são capazes de produzir e disseminar a utilização de suas próprias criptomoedas. Consequentemente, as normas aplicáveis são as suas. Surge assim um novo direito, no que se refere a produção normativa: internacional, pois aplicável independentemente das fronteiras estatais e privado por não estar subordinado a qualquer ente de direito internacional público, necessariamente.
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VICTOR WANDERLEY CADETE CAVALCANTI
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PRECEDENTES JUDICIAIS E O PROBLEMA DA VINCULAÇÃO
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Orientador : GINA GOUVEIA PIRES DE CASTRO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANNA PRISCYLLA LIMA PRADO
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GINA GOUVEIA PIRES DE CASTRO
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LUCAS BURIL DE MACEDO BARROS
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TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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Data: 30/08/2023
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A presente dissertação tem por objetivo analisar de que forma os precedentes judiciais vinculam, ou seja, como os julgadores posteriores são obrigados a tomarem decisões com as quais discordem no mérito. Assim, o objeto da pesquisa é explorar como os precedentes afetam o direito, como funcionam; trata-se, no final das contas, de um debate sobre a natureza dessa fonte do direito. Trabalhar essa questão, algo pouco feito pela doutrina brasileira até aqui, é cada vez mais essencial em virtude da crescente importância, desde a promulgação do Código de Processo Civil de 2015, dos precedentes para a teoria e prática brasileiras. Pouco sentido haveria na adoção de precedentes se eles não possuíssem capacidade vinculativa. Ademais, entender seu funcionamento esclarecerá o que é necessário para que uma prática robusta com precedentes exista. O problema da vinculação será, então, desenvolvido em quatro capítulos. No capítulo I serão apresentadas duas concepções de case law e algumas noções básicas sobre os precedentes vinculantes. No capítulo II será apresentada a sistematização do tema feita por Larry Alexander e a suplementação feita por Grant Lamond. Ficarão em evidência, então, quatro modelos ou abordagens que buscam explicar como os precedentes vinculam e sua natureza: precedentes como regras sérias, como regras (modelo padrão), como razões e como analogias. No capítulo III serão movidas diversas críticas a esses modelos, que serão, então, considerados insatisfatórios. Finalmente, no capítulo IV, ficará claro que as práticas com precedentes podem ser fracas ou fortes, mas, em qualquer caso, não são idênticas. A constatação de que há práticas fortes e fracas revelará que a vinculação exercida pelos precedentes depende da comunidade onde a prática é exercida. Com isso em mente, serão oferecidas duas explicação acerca da vinculação, ambas baseadas no caráter comunitário dos precedentes: uma de viés nitidamente psicológico e a outra baseada no conhecimento tácito da comunidade jurídica. Para fechar o capítulo, discutir-se-ão os precedentes no Brasil e se chegará à conclusão de que o stare decisis brasileiro é fraco.
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A presente dissertação tem por objetivo analisar de que forma os precedentes judiciais vinculantes constrangem, ou seja, como os julgadores posteriores são constrangidos a tomarem decisões com as quais discordem no mérito. São apresentadas as sistematizações feitas por Larry Alexander e Emily Sherwin, Grant Lamond, e Katharina Stevens, e, em especial, os modelos que defendem. Assim, ficam em evidência o modelo de regras sérias, a abordagem das razões e o modelo analógico. O modelo de regras padrão, considerado ortodoxo, também é introduzido, apesar de não ser da predileção de nenhum daqueles autores. Em sequência, após análise crítica, sustenta-se que os modelos não conseguem explicar satisfatoriamente a constrição. Finalmente, então, é oferecida uma explicação alternativa que, espera-se, não padeça dos mesmos problemas.
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CRISTIANY GONCALVES SAMPAIO COELHO
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AS CÂMARAS DE NEGOCIAÇÃO, MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO NO ÂMBITO
DOS ESTADOS-MEMBROS DA FEDERAÇÃO E A POSSIBILIDADE DE AUXÍLIO
NOS CONFLITOS FEDERATIVOS
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Orientador : SERGIO TORRES TEIXEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA BEATRIZ FERREIRA REBELLO PRESGRAVE
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CARINA BARBOSA GOUVEA
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SERGIO TORRES TEIXEIRA
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Data: 30/08/2023
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O arcabouço complexo do federalismo brasileiro possui um grande potencial de gerar inúmeros conflitos entre União e estados. O texto constitucional atribui ao Supremo Tribunal Federal a competência para julgar os conflitos federativos, mas não proíbe que os próprios entes construam e pactuem formas extrajudiciais de solução dos seus conflitos. O objeto desta pesquisa consiste na análise do papel da Administração Pública no sistema multiportas de resolução de conflitos e o desenvolvimento da autocomposição dentro das câmaras de negociação, conciliação e mediação nos estados da federação, na missão de pacificação e possível atuação nos conflitos interfederativos. Diante disso, neste trabalho, considerou-se a seguinte questão de pesquisa: em que medida as câmaras de negociação, conciliação e mediação dos estados-membros da federação brasileira são um locus adequado para a resolução dos conflitos federativos? Como possível resposta à essa questão, percebe-se que as câmaras de negociação, conciliação e mediação no âmbito dos estados despontam como um local apropriado para tratamento dos conflitos entre União e estados-membros, assim como entre os próprios estados-membros. Dessa problemática, tem-se como objetivo geral: analisar o avanço da consensualidade no ordenamento jurídico, em especial, em relação aos conflitos envolvendo os entes federativos no âmbito das câmaras de negociação, conciliação e mediação e dos estados-membros da federação brasileira. A fim de se alcançarem os objetivos, este estudo se caracteriza por uma abordagem qualitativa, valendo-se do método exploratório, assim como das técnicas de levantamento de dados bibliográfica, documental e jurisprudencial. O estudo revela potencialidades relacionadas às Câmaras federativas enquanto locus para solução de conflitos e ampliação do uso da autocomposição entre a União e os estados e entre os próprios estados.
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O arcabouço complexo do federalismo brasileiro possui um grande potencial de gerar inúmeros conflitos entre União e Estados. O texto constitucional atribui ao Supremo Tribunal Federal a competência para julgar os conflitos federativos, mas não proíbe que os próprios entes construam e pactuem formas extrajudiciais de solução de seus conflitos. Diante disso, o presente trabalho considerou o seguinte problema: as câmaras de conciliação, mediação e negociação dos Estados da Federação são um locus adequado para a resolução dos conflitos federativos? O objetivo geral desta pesquisa é realizar uma análise doutrinária sobre a Administração Pública inserida no modelo de tratamento adequado de disputas, em especial o desenvolvimento das técnicas de autocomposição junto às Câmaras de Negociação, Conciliação e Mediação nos Estados da Federação e a possibilidade de auxílio destas nos conflitos entre os próprios entes da Federação (União e Estados). Tendo como objetivos específicos: estudar o desenvolvimento do sistema multiportas no ordenamento jurídico brasileiro; investigar a inserção do Poder Público na dimensão da consensualidade; verificar os contornos necessários para a utilização dos meios adequados de resolução de conflitos pela Administração Pública; analisar o desenvolvimento de técnicas de autocomposição de conflitos entre os entes federativos dentro das Câmaras de Negociação, Conciliação e Mediação nos Estados da Federação. O objeto desta pesquisa consiste na análise do papel da Administração Pública no sistema multiportas de resolução de conflitos e o desenvolvimento da autocomposição dentro das câmaras de negociação, mediação e conciliação nos Estados da Federação, na missão de pacificação, a fim de averiguar acerca da possibilidade de atuação também nos conflitos interfederativos. Sendo a pesquisa bibliográfica e documental, o método utilizado foi o hipotético dedutivo. O trabalho buscou contribuir para o debate dos atuais desafios enfrentados pela federação brasileira, sobretudo na ampliação do uso da autocomposição entre a União e os Estados.
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RAFAEL LEAL BOTELHO PACHECO MEIRA
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A RECOMPOSIÇÃO DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO NAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS ANTE AS FALHAS DE MERCADO
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Orientador : WALBER DE MOURA AGRA
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MEMBROS DA BANCA :
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AURELIO AGOSTINHO DA BOAVIAGEM
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FRANCISCO DE QUEIROZ BEZERRA CAVALCANTI
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PEDRO DIAS DE OLIVEIRA NETTO
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WALBER DE MOURA AGRA
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Data: 30/08/2023
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A presente dissertação examina o processo de recomposição do equilíbrio- econômico financeiro nas parcerias público-privadas (PPPs) brasileiras face às falhas de mercado. Para tanto, em primeiro momento, empreende esforço teórico na esfera dos contratos e sua teoria geral, tanto no campo jurídico como econômico, passando ao contrato administrativo, para então estudar algumas teorias que propõem acerca das revisões contratuais. Em seguida, a partir de tal substrato, disseca o fenômeno dos contratos de PPPs, analisando o ordenamento jurídico quanto ao reequilíbrio da equação econômico-financeira e a própria fragilidade desse discurso. Com isso, será introduzida noção de risco, ilustrada pelas falhas mercadológicas, e a sua conexão com os contratos de PPPs, indicando-se as insuficiências legais e práticas no Brasil à luz de experiências comparadas e modelos aprimorados, também se destacando a incerteza como elemento que gera incompletude contratual. Superada essa etapa, o enfoque do trabalho serão revisões dos contratos de PPPs, fazendo-se distinções teóricas, estudo de mecanismos de balanceamento contratual e como as cláusulas contratuais importam na construção desses contratos incompletos. Por fim, serão elaboradas conclusões a respeito do exame feito, fazendo-se apanhado e crítica das informações processadas, com proposições para o aprimoramento dos contratos de PPPs, tanto no âmbito prático como de lege ferenda, visando à redução de custos ex post e mitigação de riscos e exposição a falhas de mercado.
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A presente dissertação examina o processo de recomposição do equilíbrio- econômico financeiro nas parcerias público-privadas (PPPs) brasileira face às falhas de mercado. Para tanto, em primeiro momento, empreende esforço teórico na esfera dos contratos e sua teoria geral, tanto no campo jurídico como econômico, passando ao contrato administrativo, para então estudar algumas teorias que propõem acerca das revisões contratuais. Em seguida, a partir de tal substrato, disseca o fenômeno dos contratos de PPPs, analisando o ordenamento jurídico quanto ao reequilíbrio da equação econômico-financeira e a própria fragilidade desse discurso. Com isso, será introduzida noção de risco, ilustrada pelas falhas mercadológicas, e a sua conexão com os contratos de PPPs, indicando-se as insuficiências legais e práticas no Brasil à luz de experiências comparadas e modelos aprimorados, também se destacando a incerteza como elemento que gera incompletude contratual. Superada essa etapa, o enfoque do trabalho se dará revisões e extinções dos contratos de PPPs, fazendo- se distinções teóricas, estudo de mecanismos de balanceamento contratual e como as cláusulas contratuais importam na construção desses contratos incompletos. Por fim, serão elaboradas conclusões a respeito do exame feito, fazendo-se apanhado e crítica das informações processadas, com proposições para o aprimoramento dos contratos de PPPs, tanto no âmbito prático como de lege ferenda, visando à redução de custos ex post e mitigação de riscos e exposição a falhas de mercado.
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THIAGO DUEIRE LINS MIRANDA
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CONTRIBUIÇÕES À CATEGORIA JURÍDICA DAS OBRIGAÇÕES PROPTER REM: conceito, repercussões e adimplemento
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Orientador : HUMBERTO JOAO CARNEIRO FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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RUBENS CARMO ELIAS FILHO
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FABIOLA ALBUQUERQUE LOBO
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HUMBERTO JOAO CARNEIRO FILHO
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ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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Data: 31/08/2023
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A presente pesquisa visa a contribuir com a categoria jurídica das obrigações propter rem, espécie obrigacional cujos contornos – situados na zona limítrofe entre os direitos reais e obrigacionais – não se encontram bem definidos e especificados pela legislação e pela doutrina. Verifica-se, assim, a existência de um ambiente jurídico nebuloso, em que uma jurisprudência oscilante busca suprir a carência de outras fontes do direito, criando soluções a partir das exigências do caso concreto. Com vistas a minimizar os dissensos existentes, pautado no exame da doutrina, buscar-se-á o conceito e a natureza das obrigações propter rem a partir da teoria da relação jurídica e da distinção entre as relações reais e pessoais. Em um segundo momento, lastreado em uma premissa única e a partir da análise crítica da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, analisar-se-á as principais repercussões da obrigação real, de modo a favorecer a compreensão de seus efeitos. Por fim, voltar-se-á à responsabilidade pelo adimplemento, observando os distintos e complexos cenários que emergem ante as sucessivas alterações da titularidade sobre a coisa. Válido frisar que não se pretende, por este trabalho, exaurir o debate existente, mas ampliar os estudos acadêmicos voltados ao tema e favorecer uma estabilização futura.
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A presente pesquisa visa a contribuir com a categoria jurídica das obrigações propter rem, espécie obrigacional cujos contornos – situados na zona limítrofe entre os direitos reais e obrigacionais – não se encontram bem definidos e especificados pela legislação e pela doutrina. Verifica-se, assim, a existência de um ambiente jurídico nebuloso, em que uma jurisprudência oscilante busca suprir a carência de outras fontes do direito, criando soluções a partir das exigências do caso concreto. Com vistas a minimizar os dissensos existentes, pautado no exame da doutrina, buscar-se-á o conceito e a natureza das obrigações propter rem a partir da teoria da relação jurídica e da distinção entre as relações reais e pessoais. Em um segundo momento, lastreado em uma premissa única e a partir da análise crítica da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, analisar-se-á as principais repercussões da obrigação real, de modo a favorecer a compreensão de seus efeitos. Por fim, voltar-se-á à responsabilidade pelo adimplemento, observando os distintos e complexos cenários que emergem ante as sucessivas alterações da titularidade sobre a coisa. Válido frisar que não se pretende, por este trabalho, exaurir o debate existente, mas ampliar os estudos acadêmicos voltados ao tema e favorecer uma estabilização futura.
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ARLINDO DA CUNHA PEREIRA NETO
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ANÁLISE DA NÃO-ALIENAÇÃO DO TRABALHO HUMANO A PARTIR DA PROPOSTA DA ECONOMIA DE FRANCISCO E CLARA
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Orientador : MICHEL ZAIDAN FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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EVERALDO GASPAR LOPES DE ANDRADE
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FERNANDA BARRETO LIRA
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JULIANA TEIXEIRA ESTEVES
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MICHEL ZAIDAN FILHO
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Data: 31/08/2023
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A presente dissertação aborda o fenômeno da alienação do trabalho humano identificado no modelo de economia cujo modo de produção é o capitalista. A manifestação do estranhamento é estudada pelas perspectivas críticas de Karl Marx (compreensão econômica) e Herbert Marcuse (compreensão social), que constituem o aporte teórico desta pesquisa. A análise da presença de elementos constitutivos da alienação recaiu sobre o desenho das novas formas de trabalho humano propostas pela Economia de Francisco e Clara, um movimento recente que surge no seio da igreja católica e propõe a implantação de um novo modelo econômico em superação ao modelo capitalista. Para a realização dessa pesquisa analítica, foram consideradas tanto as evoluções da doutrina social da igreja que constam desde os textos bíblicos até a atual doutrina promovida pelo pontífice em exercício – Francisco – quanto do programa para intervenção social elaborado e proposto pela Vila Trabalho e Cuidado no âmago dos desdobramentos do movimento Economia de Francisco e Clara.
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A presente dissertação aborda o fenômeno da alienação do trabalho humano identificado no modelo de economia cujo modo de produção é o capitalista. A manifestação do estranhamento é estudada pelas perspectivas críticas de Karl Marx (compreensão econômica) e Herbert Marcuse (compreensão social), que constituem o aporte teórico desta pesquisa. A análise da presença de elementos constitutivos da alienação recaiu sobre o desenho das novas formas de trabalho humano propostas pela Economia de Francisco e Clara, um movimento recente que surge no seio da igreja católica e propõe a implantação de um novo modelo econômico em superação ao modelo capitalista. Para a realização dessa pesquisa analítica, foram consideradas tanto as evoluções da doutrina social da igreja que constam desde os textos bíblicos até a atual doutrina promovida pelo pontífice em exercício – Francisco – quanto o programa para intervenção social elaborado e proposto pela Vila Trabalho e Cuidado no âmago dos desdobramentos do movimento Economia de Francisco e Clara.
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CACYONE GOMES BARBOSA GONÇALVES LAVAREDA
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DIREITO À PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS E DIREITOS DA PERSONALIDADE: UM ESTUDO A PARTIR DO DANO CAUSADO PELA PERFILIZAÇÃO
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Orientador : FABIOLA ALBUQUERQUE LOBO
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MEMBROS DA BANCA :
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FABIOLA ALBUQUERQUE LOBO
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IVANILDO DE FIGUEIREDO ANDRADE DE OLIVEIRA FILHO
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MARIA ANTONIETA LYNCH DE MORAES
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SILVIO ROMERO BELTRAO
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Data: 31/08/2023
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O tratamento de dados pessoais é um dos temas mais estudados na atualidade. O motivo é a
dependência da sua utilização por parte da atual economia tecnológica e globalizada, movida a
dados pessoais, também chamada de “data driven”. Os dados pessoais são hoje a projeção da
personalidade dos indivíduos no ambiente virtual. O uso de técnicas de tratamento
automatizado de dados pessoais para avaliar e prever comportamentos humanos vem ganhando
cada vez mais escala, dada aí a preocupação refletida na literatura identifica ameaças à
preservação da autonomia humana quando sujeitos são afetados por elas. Nessa linha, busca-se
entender como a perfilização, representa ameaças aos direitos da personalidade, ao incorporar
premissas que tornam obsoleto o agir humano e que impedem o processo de subjetivação em
situações de tomada de decisão automatizada. A partir de então o objeto desse estudo é a
crescente utilização da tecnologia para o processamento dos dados pessoais com propósito de
atingir a máxima eficiência nos processos de diversas áreas. O objetivo central deste trabalho
consiste em examinar, à luz do Direito, dano à direitos da personalidade, tomando como
exemplo a natureza do credt score e sua relação com a inteligência artificial através da
perfilização, sob o olhar do Código Civil e da Lei Geral de Proteção de dados Pessoais para o
delineamento da responsabilidade civil dos atores que tratam dados pessoais tradicionais e
alternativos para compor uma nota de crédito e utilizá-la para fins econômicos e
discriminatórios na atual sociedade tecnológica resultando em danos à personalidade. A
metodologia é pautada na concatenação entre pesquisa bibliográfica e documental, análise
jurisprudencial e cotejamento entre as legislações nacional e estrangeira para investigar os
danos e a consequente responsabilidade civil. Dessa forma, harmonizando os demais
ordenamentos legais do microssistema da proteção de dados pessoais e com a Constituição
Federal, por uma análise sistemática, buscou-se entender o tipo de responsabilidade civil por
desvio de finalidade da proteção ao crédito no uso do score para fins discriminatórios ao
consumidor. Destaca-se a necessidade de mais transparência das decisões baseadas em dados e
com ênfase no direito à explicação e de explicabilidade aos titulares de dados pessoais. Assim
foram analisadas as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados para identificar a sua
dimensão de proteção e a centralidade dos interesses dos titulares, em oposição a
identificabilidade como elemento normativo central, como também os pilares que regulam o
profiling no ordenamento jurídico brasileiro. Ao final ainda pode- se constatar paralelamente,
três deveres obrigacionais para agentes de tratamento que desejem se utilizar de técnicas de
profiling: uma proteção substantiva a partir do devido processo informacional e o direito a
inferências razoáveis não discriminatórias como forma de buscar regular os resultados gerados
pela perfilização.
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O tratamento de dados pessoais é um dos temas mais estudados na atualidade. O motivo é a dependência da sua utilização por parte da atual economia tecnológica e globalizada, movida a dados pessoais, também chamada de “data driving”. Os dados pessoais são hoje a projeção da personalidade dos indivíduos no ambiente virtual. O uso de técnicas de tratamento automatizado de dados pessoais para avaliar e prever comportamentos humanos vem ganhando cada vez mais escala, dada aí a preocupação refletida na literatura identifica ameaças à preservação da autonomia humana quando sujeitos são afetados por elas. Nessa linha, busca-se entender como a perfilização, representa ameaças aos direitos da personalidade, ao incorporar premissas que tornam obsoleto o agir humano e que impedem o processo de subjetivação em situações de tomada de decisão automatizada. A partir de então o objeto desse estudo é a crescente utilização da tecnologia para o processamento dos dados pessoais com propósito de atingir a máxima eficiência nos processos de diversas áreas. O objetivo central deste trabalho consiste em examinar, à luz do Direito, dano à direitos da personalidade, tomando como exemplo a natureza do credit score e sua relação com a inteligência artificial através da perfilização, sob o olhar do código civil e da Lei Geral de Proteção de dados Pessoais para o delineamento da responsabilidade civil dos atores que tratam dados pessoais tradicionais e alternativos para compor uma nota de crédito e utilizá-la para fins econômicos e discriminatórios na atual sociedade tecnológica resultando em danos à personalidade. A metodologia é pautada na concatenação entre pesquisa bibliográfica e documental, análise jurisprudencial e cotejamento entre as legislações nacional e estrangeira para investigar os danos e a consequente responsabilidade civil no compartilhamento de dados pessoais dos indivíduos com desvio de finalidade resultando em danos aos direitos da personalidade. Dessa forma, harmonizando os demais ordenamentos legais do microssistema da proteção de dados pessoais e com a Constituição Federal, por uma análise sistemática, entendeu-se que a responsabilidade civil por desvio de finalidade da proteção ao crédito no uso do score para fins discriminatórios ao consumidor é objetiva. Destaca-se a necessidade de mais observância ao devido processo legal e mais produtividade em face do grande volume de dados manuseados através do Big Data, posto que constatado o vício do consentimento na sociedade tecnológica é preciso garantir a transparência e com ênfase no direito à explicação e explicabilidade aos titulares de dados pessoais. Assim foram analisadas as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados para identificar a sua dimensão de proteção e a centralidade dos interesses dos titulares, em oposição a identificabilidade como elemento normativo central, como também os pilares que regulam o profiling no ordenamento jurídico brasileiro. Ao final ainda pode- se constatar paralelamente, três deveres obrigacionais para agentes de tratamento que desejem se utilizar de técnicas de profiling: uma proteção substantiva a partir do devido processo informacional e o direito a inferências razoáveis não discriminatórias como forma de buscar regular os resultados gerados pela perfilização.
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SORAYA MENDES RIBEIRO
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OS IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID-19 NO ACORDO DE LIVRE COMÉRCIO ENTRE UNIÃO EUROPEIA E MERCOSUL
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Orientador : MARCELO DE ALMEIDA MEDEIROS
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MEMBROS DA BANCA :
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ADELGÍCIO DE BARROS CORREIA SOBRINHO
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EUGENIA CRISTINA NILSEN RIBEIRO BARZA
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MARCELO DE ALMEIDA MEDEIROS
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WANILZA MARQUES DE ALMEIDA CERQUEIRA FORTUNA
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Data: 31/08/2023
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A pandemia da COVID-19, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março de 2020, modificou a rotina dos países, no âmbito mundial, atingindo, principalmente, as áreas econômica e comercial, com reflexos nas relações internacionais. Considerando a gravidade e amplitude deste episódio foi construída a hipótese de que o evento pandêmico da COVID-19 contribuiu negativamente para a ratificação do Acordo de Livre Comércio entre a União Europeia e MERCOSUL. Este trabalho teve como objetivo analisar os impactos da pandemia na ratificação do Acordo comercial entre os blocos, compreendendo fatores endógenos e exógenos pertinentes. Na perspectiva de contribuir com a discussão sobre o tema e alcance do objetivo proposto foi empregado o método de pesquisa hipotético-dedutivo, dada a necessidade de avaliar as políticas adotadas pelos governos dos países membros dos blocos econômicos estudados, comportamento do mercado de comércio de bens e serviços e a prevalência da celebração de acordos bilaterais de forma independente da atuação do bloco. Pesquisa bibliográfica e análise documental foram realizadas desde o início do processo de negociação do acordo até o ano de 2022. A base de referência teórica se deu por meio de buscas em bancos de dados da CAPES, Scielo, CONPEDI, Jstor, LexML, Google Acadêmico e GlobaLex, além de sites oficiais do MERCOSUL e UE. A abordagem qualitativa foi dada em função do caráter exploratório do objeto do trabalho. Os resultados encontrados apontam que a pandemia de COVID-19 apresentou reflexo na implementação do acordo. Constatou-se que as medidas adotadas e a imposição de barreiras transfronteiriças pelos países membros de ambos os blocos econômicos, com o intuito de reduzir a contaminação e a disseminação do vírus, dificultaram os níveis de conversação para implementação do acordo e ocasionaram a redução do fluxo comercial de bens e serviços entre as regiões. Em contrapartida, o cenário de crise geopolítica, alimentar e energética, pós-pandemia, pode oportunizar o aumento das transações comerciais e a retomada das negociações para ratificação do acordo.
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A pandemia da COVID-19, declarada pela Organização Mundial da Saúde – OMS em março de 2020, modificou a rotina dos países no âmbito mundial atingindo, principalmente, as áreas econômica e comercial, com reflexos nas relações internacionais. A presente pesquisa propõe uma reflexão acerca dos impactos da pandemia no Acordo de Livre Comércio entre a União Europeia – UE e o Mercado Comum do Sul – MERCOSUL. A problematização foi construída sobre a hipótese de que o evento pandêmico da COVID-19 contribuiu negativamente para a ratificação do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o MERCOSUL. Este trabalho teve como objetivo analisar os impactos da pandemia da COVID-19 na ratificação do acordo comercial entre os blocos, compreendendo fatores endógenos e exógenos pertinentes. Na perspectiva de contribuir com a discussão sobre o tema e alcance do objetivo proposto foi empregado o método de pesquisa hipotético-dedutivo, dada a necessidade de avaliar as políticas adotadas pelos governos dos países membros dos blocos econômicos estudados, comportamento do mercado de comércio de bens e serviços e a prevalência da celebração de acordos bilaterais de forma independente da atuação do bloco. Pesquisa bibliográfica e análise documental foram realizadas desde o início do processo de negociação do acordo até o ano de 2022. A base de referência teórica se deu por meio de buscas em bancos de dados da CAPES, Scielo, CONPEDI, Jstor, LexML, Google Acadêmico e GlobaLex, além de sites oficiais do MERCOSUL e UE. A abordagem qualitativa foi dada em função do caráter exploratório do objeto do trabalho. Os resultados preliminares encontrados apontam que a pandemia de COVID-19 apresentou reflexo na implementação do acordo. Constatou-se que as medidas adotadas e a imposição de barreiras transfronteiriças pelos países membros de ambos os blocos econômicos, com o intuito de reduzir a contaminação e a disseminação do vírus, dificultaram os níveis de conversação e ocasionaram a redução do fluxo comercial de bens e serviços entre as regiões. Em contrapartida, o cenário de crise geopolítica, alimentar e energética, pós-pandemia, podem oportunizar o aumento das transações comerciais e a retomada das negociações para ratificação do acordo.
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ARTHUR DE OLIVEIRA XAVIER RAMOS
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O CONCEITO DE POPULISMO EM ERNESTO LACLAU: uma ferramenta de análise para os usos de democracia e representação
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Orientador : MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO
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MEMBROS DA BANCA :
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LEONARDO MONTEIRO CRESPO DE ALMEIDA
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MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO
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TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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Data: 31/08/2023
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O presente projeto tem como objetivo principal a compreensão do conceito de populismo para o pensador argentino Ernesto Laclau. Ao apresentar uma proposta de compreensão do seu projeto de ontologia política, para dar contexto a compreensão do que é populismo para o autor, pretende-se compreender o uso singular das categorias de democracia e representatividade para sua teoria. Neste sentido, busca-se através de uma contextualização biográfica, rastrear o desenvolvimento de suas preocupações que desembocaram no seu projeto de compreensão do político. Isto feito, haverá um desenvolvimento das categorias preliminares para a compreensão da sua teoria, como as ideias de significante vazio, antagonismo, retórica e discurso. Em seguida, será introduzido o seu conceito de populismo, a partir de uma série de matizes teóricas, como as categorias de nomeação e afeto. A partir desse desenvolvimento, pretende-se alcançar um solo estável para introduzir as ideias de democracia e representatividade em Ernesto Laclau, e assim, tecer elaborações sobre o limite da normatividade em sua teoria. Neste ensejo, será introduzida uma discussão que corresponde a suas tratativas da categoria lei.
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O presente projeto tem como objetivo principal a compreensão do conceito de populismo para o pensador argentino Ernesto Laclau. Ao apresentar uma proposta de compreensão do seu projeto de ontologia política, para dar contexto a compreensão do que é populismo para o autor, pretende-se compreender o uso singular das categorias de democracia e representatividade para sua teoria. Neste sentido, busca-se através de uma contextualização biográfica, rastrear o desenvolvimento de suas preocupações que desembocaram no seu projeto de compreensão do político. Isto feito, haverá um desenvolvimento das categorias preliminares para a compreensão da sua teoria, como as ideias de significante vazio, antagonismo, retórica e discurso. Em seguida, será introduzido o seu conceito de populismo, a partir de uma série de matizes teóricas, como as categorias de nomeação e afeto. A partir desse desenvolvimento, pretende-se alcançar um solo estável para introduzir as ideias de democracia e representatividade em Ernesto Laclau, e assim, tecer elaborações sobre o limite da normatividade em sua teoria. Neste ensejo, será introduzida uma discussão que corresponde a suas tratativas da categoria lei.
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VICTOR LUCIO CAVALCANTI POROCA
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O ORÇAMENTO DO COMBATE À PANDEMIA DA COVID-19: UMA ANÁLISE DA SAÚDE E DO AUXÍLIO EMERGENCIAL
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Orientador : LUCIANA GRASSANO DE GOUVEA MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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LUCIANA GRASSANO DE GOUVEA MELO
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CARINA BARBOSA GOUVEA
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NATERCIA SAMPAIO SIQUEIRA
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BASILE GEORGES CAMPOS CHRISTOPOULOS
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Data: 31/08/2023
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A Constituição Federal Brasileira de 1988 promoveu a seguridade social, o sistema de proteção social que consiste na saúde, assistência social e previdência social, ao status de direito social pela primeira vez na história constitucional brasileiro. A saúde torna-se direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Entretanto, apesar do amplo arcabouço constitucional, os direitos sociais não conseguiram ser integralmente efetivados após a promulgação da Constituição de 1988 em função da realidade institucional brasileira. Um dos principais obstáculos para a concretização dos direitos sociais no Brasil, principalmente a partir da crise econômica da segunda década do século XXI, é a hegemonia do neoliberalismo de austeridade. A agenda política e econômica brasileira, a partir de 2016, foi caracterizada por cortes e redução dos recursos públicos para os investimentos sociais, desregulamentação da economia, privatização de bens e serviços públicos, e precarização das relações de trabalho. A imposição das medidas de austeridade foi temporiamente interrompida em razão de um fator externo e imprevisto: o estado de emergência em saúde pública de importância nacional gerado pelo combate ao Coronavírus, que perdurou no Brasil de fevereiro de 2020 até abril de 2022. O problema a ser investigado ao decorrer desta pesquisa inicia-se, então, com a carência de exame mais crítico sobre o orçamento da seguridade social, destacadamente da saúde e do auxílio emergencial, durante o período pandêmico no Brasil diante das limitações com gastos sociais. O método científico utilizado será o hipotético-dedutivo e a técnica de pesquisa adotada teve dupla abordagem: bibliográfica e empírica. Desta forma, o foco dos dois primeiros capítulos se voltou ao estudo do direito à saúde, do financiamento do orçamento da seguridade social, e do federalismo cooperativo previsto na Constituição de 1988; bem como do conceito de austeridade e seus impactos sociais no aumento dos índices de pobreza e de desigualdade social. Em seguida, passou-se a abordar as medidas econômicas promovidas durante os governos dos ex-presidentes Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019). Nos dois últimos capítulos, a pesquisa apresentou dados empíricos coletados do Tribunal de Contas da União, Tesouro Nacional, da Controladoria-Geral da União e do Portal da Transparência do Governo Federal, dentre outros, para analisar os gastos públicos executados durante o período de combate à pandemia da COVID-19, que permitiram verificar quais foram os impactos no orçamento da saúde e do auxílio emergencial na pandemia da COVID-19 diante das limitações impostas pelas medidas de austeridade promovidas pelo governo federal após a crise econômica de 2014; bem como encontrar lições para o desenvolvimento de um orçamento público que esteja preparado para pandemias, epidemias ou outras calamidades públicas que requerem a realização de despesas públicas imprevistas e extraordinárias.
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A Constituição Federal Brasileira de 1988 promoveu a seguridade social, o sistema de proteção social que consiste na saúde, assistência social e previdência social, ao status de direito social pela primeira vez na história constitucional brasileiro. A saúde torna-se direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Entretanto, apesar do amplo arcabouço constitucional, os direitos sociais não conseguiram ser integralmente efetivados após a promulgação da Constituição de 1988 em função da realidade institucional brasileira. Um dos principais obstáculos para a concretização dos direitos sociais no Brasil, principalmente a partir da crise econômica da segunda década do século XXI, é a hegemonia do neoliberalismo de austeridade. A agenda política e econômica brasileira alinhou-se à austeridade e, a partir de 2016, foram promovidas medidas de austeridade caracterizadas por cortes e redução dos recursos públicos para os investimentos sociais, desregulamentação da economia, privatização de bens e serviços públicos, e precarização das relações de trabalho. A imposição das medidas de austeridade foi temporiamente interrompida em razão de um fator externo e imprevisto: o estado de emergência em saúde pública de importância nacional gerado pelo combate ao Coronavírus, que perdurou no Brasil de fevereiro de 2020 até abril de 2022. O problema a ser investigado ao decorrer desta pesquisa inicia-se, então, com a carência de exame mais crítico sobre o orçamento da seguridade social, destacadamente da saúde e do auxílio emergencial, durante o período pandêmico no Brasil diante das limitações de gastos sociais impostas pelas medidas de austeridade promovidas pelo governo federal após a crise econômica de 2014. O método científico utilizado será o hipotético-dedutivo e a técnica de pesquisa adotada teve dupla abordagem: bibliográfica e empírica. Desta forma, o foco dos dois primeiros capítulos se voltou ao estudo do direito à saúde, do financiamento do orçamento da seguridade social, e do federalismo cooperativo previsto na Constituição de 1988; bem como do conceito de austeridade e seus impactos sociais no aumento dos índices de pobreza e de desigualdade social. Em seguida, passou-se a abordar as medidas de austeridade promovidas durante os governos dos ex-presidentes Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019). Nos dois últimos capítulos, a pesquisa apresentou dados empíricos coletados do Tribunal de Contas da União, Tesouro Nacional e do Portal da Transparência para analisar os gastos públicos realizados durante o período de combate à pandemia do Coronavírus para o setor da saúde e para o financiamento do auxílio emergencial, que permitiram verificar elementos positivos e negativos, bem como lições para o desenvolvimento de um orçamento público justo e inclusivo que efetive os direitos sociais constitucionalmente previstos.
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PEDRO HENRIQUE FONTES PINTO DE AZEVEDO
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AS STOCK OPTIONS NAS RELAÇÕES LABORAIS: um estudo quanto à sua natureza jurídica sob a perspectiva da teoria social crítica
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Orientador : HUGO CAVALCANTI MELO FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLO BENITO COSENTINO FILHO
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EVERALDO GASPAR LOPES DE ANDRADE
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HUGO CAVALCANTI MELO FILHO
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REGINA STELA CORREA VIEIRA
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Data: 31/08/2023
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A presente pesquisa tem por objetivo analisar as stock options, mais especificamente quanto à sua natureza jurídica. Tal instituto foi criado nos EUA na década de 40, sendo utilizado por empresas com fito de reter mão de obra qualificada até os dias de hoje. No plano de opção de compra de ações, como é conhecido, a empresa confere ao empregado um lote de ações que poderá ser exercido no fim do período de carência. A doutrina juslaboral clássica e a jurisprudência brasileira classificam o instituto como sendo de natureza mercantil- e não salarial. O presente trabalho adota o método lógico-dedutivo e foi estruturado para analisar o salário, na sua dimensão econômica e na sua esfera jurídica, bem como as stock options, a partir de pesquisas bibliográficas e jurisprudenciais, também utilizando os ensinamentos da teoria social crítica, com o escopo de produzir um debate sobre a possibilidade de enquadrar o plano de opção de compra de ações como sendo de natureza salarial.
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A presente pesquisa tem por objetivo analisar as stock options, mais especificamente a sua natureza jurídica. Tal instituto foi criado nos EUA na década de 40, sendo utilizado por empresas com fito de reter mão de obra qualificada até os dias de hoje. No plano de opção de compra de ações, como é conhecido, a empresa confere ao empregado um lote de ações que poderá ser exercido no fim do período de carência. A doutrina juslaboral clássica e a jurisprudência brasileira classificam o instituto como sendo de natureza mercantil- e não salarial. O presente trabalho adota o método lógico-dedutivo e foi estruturado para analisar o salário, na sua dimensão econômica e na sua esfera jurídica, bem como as stock options, a partir de pesquisas bibliográficas e jurisprudenciais, também utilizando os ensinamentos da teoria social crítica, com o escopo de produzir um debate sobre a possibilidade de enquadrar o plano de opção de compra de ações como sendo de natureza salarial.
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MARKSON VALDO MONTE ROCHA
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DEFERÊNCIA JUDICIAL E JURISDIÇÃO ADMINISTRATIVA: Caminhos possíveis para o diálogo interinstitucional
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Orientador : LEONARDO JOSE RIBEIRO COUTINHO BERARDO CARNEIRO DA CUNHA
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE MARIO WANDERLEY GOMES NETO
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LEONARDO JOSE RIBEIRO COUTINHO BERARDO CARNEIRO DA CUNHA
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LUCAS BURIL DE MACEDO BARROS
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SERGIO TORRES TEIXEIRA
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Data: 31/08/2023
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A presente pesquisa busca identificar os mecanismos de diálogo e convivência entre a jurisdição administrativa e a judicial. Neste intuito, serão revisitadas construções fundamentais da jurisdição como o impacto da teoria da democracia, o conceito de poder, Estado de Direito e soberania, além do entendimento a respeito da teoria da separação de poderes e da inafastabilidade judicial. Utilizando-se destes novos fundamentos é empreendida uma investigação a respeito do conceito de jurisdição e do que é possível compreender por jurisdição administrativa. Ao final, serão sumariados métodos de diálogo entre a jurisdição judicial e a administrativa e propostos mecanismos desenvolvidos pela teoria das capacidades institucionais. O método utilizado é prioritariamente a revisão bibliográfica, mas também a análise jurisprudencial de como o fenômeno condensa-se no Supremo Tribunal Federal. O percurso empreendido é necessário para a compreensão das novas funções do Estado Constitucional e as ferramentas propostas servirão ao desenvolvimento do diálogo interinstitucional.
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A presente pesquisa busca identificar os mecanismos de diálogo e convivência entre a jurisdição administrativa e a judicial. Neste intuito, serão revisitadas construções fundamentais da jurisdição como o impacto da teoria da democracia, o conceito de poder, Estado de Direito e soberania, além do entendimento a respeito da teoria da separação de poderes e da inafastabilidade judicial. Utilizando-se destes novos fundamentos é empreendida uma investigação a respeito do conceito de jurisdição e do que é possível compreender por jurisdição administrativa. Ao final, serão sumariados métodos de diálogo entre a jurisdição judicial e a administrativa e propostos mecanismos desenvolvidos pela teoria das capacidades institucionais. O método utilizado é prioritariamente a revisão bibliográfica, mas também a análise jurisprudencial de como o fenômeno condensa-se no Supremo Tribunal Federal. O percurso empreendido é necessário para a compreensão das novas funções do Estado Constitucional e as ferramentas propostas servirão de fundamento para uma nova concepção da jurisdição.
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RAPHAEL HENRIQUE LINS TIBURTINO DOS SANTOS
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POSITIVISMO JURÍDICO E REGULAÇÃO RESPONSIVA: uma contribuição ao debate sobre o problema do conhecimento do direito.
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Orientador : TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE RONALDO DA MAIA DE FARIAS
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MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO
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TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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Data: 28/09/2023
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O nosso objetivo é contribuir com o debate sobre o problema do conhecimento do direito, apresentando uma alternativa ao positivismo jurídico, especialmente em contextos onde decisões orientadas por regras jurídicas tendem a ser inconsistentes ou pouco confiáveis. Sugerimos que uma alternativa desse tipo pode ser encontrada na teoria de regulação responsiva de Ian Ayres e John Braithwaite, desenvolvida a partir de uma série de estudos e pesquisas de campo empreendidas por este último nas áreas de regulação, fiscalização e compliance. O positivismo jurídico tem como principais características a defesa da separação entre o direito e a moral e a concepção do direito como um conjunto de regras de observância obrigatória. Esse modelo regulatório positivista é adequado para regular fenômenos simples, estáveis e que não despertam grandes interesses econômicos. Em contextos desse tipo, os casos difíceis são episódicos e excepcionais, sendo incapazes de prejudicar a consistência do sistema jurídico como um todo. Na medida em que a complexidade, o dinamismo e o potencial lucrativo do fenômeno regulado aumenta, as regras jurídicas tendem a gradativamente perder consistência, até o ponto em que um modelo regulatório centrado nessas regras se torna inconsistente e pouco confiável. Isso ocorre porque, enquanto a complexidade e o dinamismo levam a um aumento orgânico do número de casos difíceis, o potencial lucrativo de estratégias jurídicas bem-sucedidas estimula os atores econômicos a explorar zonas de incerteza do direito, criando artificialmente novos casos difíceis. A regulação responsiva se apresenta como uma alternativa regulatória, uma vez que tem como premissa a ideia de que os fatores de poder na sociedade moderna estão distribuídos entre as ordens institucionais do estado, do mercado, da comunidade e das associações. As regras jurídicas e os arranjos que gravitam em torno delas são apenas um dos pressupostos para uma regulação exitosa. Nesse sentido, a regulação responsiva envolve uma dose de delegação do poder regulatório do estado em favor das demais ordens institucionais, permitindo o florescimento de uma nova gama de abordagens regulatórias.
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A pesquisa tem como tema central a indeterminação do direito e o desafio legislativo consistente em optar entre regras e princípios como estratégia para enfrentar a elisão fiscal. John Braithwaite sugere que a aplicação de normas específicas, ou regras, é mais consistente quando o padrão de conduta regulado é simples, estável e não desperta grandes interesses econômicos. Em contextos de relativa estabilidade, a zona de penumbra das normas tende a ser menor, sendo os casos difíceis, ou seja, aqueles que geram dúvidas quanto à aplicação de uma norma, uma exceção. Por outro lado, na medida em que o padrão de comportamento se torna complexo, dinâmico e, principalmente, quando a conformidade ao direito é um fator econômico relevante, a ponto de gerar um desequilíbrio concorrencial, como ocorre com os planejamentos tributários, a adoção de normas vagas, ou princípios, propicia maior previsibilidade às decisões jurídicas. Isso porque as vantagens financeiras que advindas da indeterminação do direito servem de incentivo para os grandes atores atuarem proativamente para alargar a zona de penumbra das normas jurídicas, provocando uma multiplicação artificial de casos difíceis. Em um cenário de proliferação de casos difíceis, a aplicação das regras perde consistência, sendo preferível a sua substituição por princípios. Nesse sentido, a pesquisa busca analisar as tentativas fracassadas de regulamentação da norma geral antielisiva no Brasil, criada pela Lei Complementar no 104/2001, confrontando-as à luz das incursões teóricas de Braithwaite. A hipótese levantada na pesquisa é que a justificativa dada para a não conversão em lei dos dispositivos das Medidas Provisórias nos 66/2002 e 685/2015, que pretendiam disciplinar a norma geral antielisiva brasileira, foi de que o caráter principiológico e o excesso de vagueza de tais preceitos aumentariam a insegurança jurídica na regulação de planejamentos tributários, o que vai na absoluta contramão da tese sustentada por Braithwaite.
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OSVALDO TELES LOBO JUNIOR
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CONTROLE JUDICIAL DA REPRESENTATIVIDADE ADEQUADA NO HABEAS CORPUS COLETIVO
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Orientador : CARINA BARBOSA GOUVEA
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MEMBROS DA BANCA :
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THIAGO BALDANI GOMES DE FILIPPO
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CARINA BARBOSA GOUVEA
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CARINA RODRIGUES DE ARAUJO CALABRIA
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GINA GOUVEIA PIRES DE CASTRO
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Data: 27/10/2023
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A pesquisa tem como propósito apresentar critérios para o exercício do controle judicial da representatividade adequada no habeas corpus coletivo. O ponto de inflexão consiste no fato da falta de previsibilidade constitucional e legal do habeas corpus coletivo e, por consequência, dos seus legitimados. Inicialmente, foi delimitada a amplitude da legitimidade ativa no habeas corpus individual em uma perspectiva histórica da legislação brasileira. Reconhecida a necessidade da garantia da tutela jurisdicional de direitos coletivos, o tema da legitimidade foi analisado no campo das ações coletivas no Brasil com base na tipologia dos litígios coletivos desenvolvida por Edilson Vitorelli. Na sequência, foram examinados o cabimento e a legitimidade do habeas corpus coletivo na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Com isso, foi possível, segundo a teoria dos processos representativos, apresentar parâmetros para o controle da representatividade adequada no habeas corpus coletivo com o objetivo de assegurar a tutela mais adequada, a partir dos critérios parametriciais, da liberdade de locomoção de grupos de pessoas.
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A presente pesquisa objetiva analisar a adequação de técnicas processuais do processo coletivo em relação ao habeas corpus coletivo a partir das características do litígio coletivo e da titularidade do direito de liberdade de locomoção violado em razão de ilegalidade ou abuso de poder praticado contra um grupo de pessoas. Para tanto, foi necessário compreender os principais institutos do processo coletivo e das ações coletivas, apresentando seus conceitos fundamentais, os seus escopos, os reflexos procedimentais da tipologia dos litígios coletivos em contraste com a tradicional conceituação dos direitos coletivos no Brasil e o papel do julgador ante os novos desafios da tutela coletiva. Passou-se a examinar a garantia constitucional do habeas corpus, sob o seu aspecto processual, com realce ao seu histórico na ordem constitucional brasileira, suas características, seus elementos e o seu objeto de tutela em uma perspectiva histórica-conceitual e jurisprudencial. Na sequência, foi delimitado o habeas corpus coletivo como ação coletiva e analisados seus elementos estruturantes a partir da titularidade dos grupos afetados pelos litígios coletivos decorrente de ilegalidade e abuso de poder. Conclui-se que é possível delinear um modelo procedimental cujas técnicas sejam adequadas à proteção da liberdade de locomoção de grupos de pessoas a partir do litígio coletivo. No campo teórico, a pesquisa justifica-se pela necessidade de compreender a aplicação do método estruturante do habeas corpus coletivo sob o aspecto procedimental; no campo social, a relevância do habeas corpus coletivo justifica-se pela necessidade, no Estado Democrático de Direito, de proteção à liberdade de locomoção de grupos de pessoas, formados, em sua imensa maioria, por vulneráveis, cujo acesso à justiça ainda permanece sendo um grande obstáculo. A pesquisa adota o método comparativo a fim de a fim de contrastar estudos distintos que tratam da semântica do habeas corpus e do habeas corpus coletivo e se orienta pela contribuição histórica dos conceitos. Tal método distingue conceitos de palavras em virtude de os conceitos serem ricos em significados e que vão lhes sendo atribuídos em distintos contextos históricos, políticos, econômicos e sociais. Este método também leva em consideração a ressignificação de termos que são decisivos na produção de novos horizontes de expectativas normativos. Para tanto, a pesquisa empregou revisão bibliográfica, documental e jurisprudencial pertinentes ao tema. A referida revisão se orientou pela análise crítica das fontes, pelo contraste de posições distintas e com e pelo objetivo de contribuir com trabalhos capazes de complementar a literatura examinada em conformidade com o desenvolvimento da pesquisa.
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GABRIELA MOREIRA D'ASSUMPÇÃO TORRES
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“ELE NÃO ME VIU COM A ROUPA DA ESCOLA?”: MÃES EM MOVIMENTO NA LUTA POR DIREITOS NO ÂMBITO DA ADPF 635
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Orientador : JAYME BENVENUTO LIMA JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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JAYME BENVENUTO LIMA JUNIOR
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MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO
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ROBERTO CORDOVILLE EFREM DE LIMA FILHO
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Data: 31/10/2023
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A presente pesquisa possui como objetivo compreender as mobilizações dos movimentos de mães e familiares de vítimas de violência de Estado na audiência pública da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, também intitulada como ADPF das Favelas – na qual se discutiu a construção de um plano de redução da letalidade policial no Rio de Janeiro. Busca-se, então, analisar como as estratégias políticas mobilizadas pelos movimentos de mães e familiares de vítimas de violência de Estado incidem no enfrentamento da violência policial na Audiência Pública da ADPF 635. Para tanto, são estudadas as ações e procedimentos que precederam a ADPF 635, assim como, seus desdobramentos e os impactos na defesa pela vida, sendo observadas as formas de atuação dos movimentos de mães e familiares vítimas de violência de Estado na Audiência Pública da ADPF 635, assim como, aplicados aos debates orais contidos nesta, o método da Análise de Conteúdo desenvolvido por Laurence Bardin, com a finalidade de verificar como as mães e familiares das vítimas de violência de Estado acionam as seguintes categorias: a) a gramática do sofrimento; b) a demarcação das questões raciais e c) o debate sobre territórios e populações tomadas como perigosas. A partir das categorias de análise manuseadas, a presente pesquisa trabalha com a hipótese de que as mobilizações dos movimentos de mães e familiares de vítimas de violência de Estado no interior da ADPF 635 constituem estratégias políticas capazes de construir saberes e práticas de enfrentamento da violência policial. Desse modo, este trabalho trata-se de uma reflexão em desenvolvimento e tem como expectativa realizar contribuição teórica no campo da segurança pública com ênfase nos movimentos sociais de mães e familiares vítimas de violência de Estado e sua incidência no direito.
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A presente pesquisa tem como objetivo analisar as estratégias políticas utilizadas pelos movimentos sociais, com ênfase no movimento de mães e familiares vítimas de violência de Estado. Para tanto, a pesquisa busca dissecar as peças escritas e debates orais da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no 635 - intitulada ADPF Favelas pela Vida - perante o Supremo Tribunal Federal, estratégia chave dos movimentos de favela para fazer cessar a violência policial e o racismo, em especial nas comunidades do Rio de Janeiro. Ao focar na ADPF no 635, esta pesquisa busca elencar os argumentos que foram expostos perante a Corte, tendo como ponto central o movimento de mães e familiares vítimas da violência do Estado. Com vistas a analisar tais argumentos, o presente trabalho explora a seguinte questão: em que medida as estratégias políticas utilizadas pelo movimento de mães e familiares perante o STF mobilizam o campo jurídico no enfrentamento da violência de Estado. No intuito de responder a presente indagação, utiliza-se o método da análise de conteúdo, de modo que busca-se refletir no âmbito da ADPF no 635, sobre: a) a demarcação das questões raciais na discussão; b) a incidência do conceito de „Necropolítica‟; c) as estratégias políticas utilizadas pelo movimento de mães e familiares para mobilização do direito; d) as respostas e não-respostas entregues pelo judiciário. A hipótese sustentada é a de que as ações mobilizadas pelo movimento constituem um novo fazer jurídico e tem adquirido centralidade nas disputas pelos limites da experiência democrática no contexto brasileiro. O presente trabalho trata-se de uma reflexão em desenvolvimento e tem como expectativa realizar contribuição teórica no campo da segurança pública com foco nos movimentos sociais de mães e familiares e sua incidência no direito.
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LEONARDO ALBUQUERQUE LEITÃO
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TEMPO DE TRABALHO E O DIREITO À DESCONEXÃO SOB UMA PERSPECTIVA CRÍTICA: uma busca pela economia e desaceleração do tempo em meio a uma racionalidade neoliberal e hiperativa.
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Orientador : CARLO BENITO COSENTINO FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ARISTON FLAVIO FREITAS DA COSTA
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CARLO BENITO COSENTINO FILHO
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EVERALDO GASPAR LOPES DE ANDRADE
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HUGO CAVALCANTI MELO FILHO
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Data: 31/10/2023
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O presente estudo tem como objeto a análise do direito ao não trabalho no contexto de uma ordem social dominada pela racionalidade neoliberal, cujo tempo se encontra em aceleração e a distinção entre tempo livre e tempo de trabalho se apresenta cada vez menos evidente. Busca-se evidenciar, através do método dialético, as contradições entre o avanço da técnica na ordem social capitalista contemporânea e o não aumento do tempo livre dos trabalhadores, com a permanência da centralidade do trabalho e a mediação das relações sociais através do trabalho. Será discutido como essa realidade objetiva de sobretrabalho e exploração acontece em uma sociedade em que o avanço das técnicas de produção são notórios, e como se apresenta a aceitação da ideologia dominante pelos seres sociais que compõe essa sociedade. Será tratado não apenas das causas da não desconexão do trabalho, mas também de suas consequências para a vida do trabalhador, sua família e projeto de vida. O estudo parte, então, da apresentação da situação concreta da ordem social capitalista mediada pelo trabalho, em que o valor ainda é quantificado pelo tempo de trabalho (tempo socialmente necessário) e que, dado ao enorme avanço das técnicas de produção, encontra-se em evidente contradição ao suprimir cada vez mais o tempo livre e ampliar tempo de trabalho, sobretudo por meio das novas tecnologias de informação. Será também exposto que, o próprio tempo livre, muitas vezes se apresenta como apêndice do tempo de trabalho, utilizado tão somente para recuperar a força de trabalho. Será demonstrado que essa percepção é típica da alienação da ideologia dominante e que é autoreplicada na cultura. Demonstrar-se-á a imprescindibilidade do combate a essa ideologia, sobretudo com apoio de organizações coletivas, no seio das quais deve ser trabalhado a consciência crítica acerca da realidade social objetiva. Por fim, apontar-se-á o direito à desconexão como limitador dessa sobre-exploração, apesar de ser a forma jurídica, em suas abstratas considerações de liberdade e sujeito de direito, também meios de controle social e legitimadores da ordem social vigente, tal qual existente.
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O presente estudo tem como objeto a análise do direito ao não trabalho no contexto de uma ordem social dominada pela racionalidade neoliberal, cujo tempo se encontra em aceleração e a distinção entre tempo livre e tempo de trabalho se apresenta cada vez menos evidente. Busca-se evidenciar, através do método dialético, as contradições entre o avanço da técnica na ordem social capitalista contemporânea e o não aumento do tempo livre dos trabalhadores, com a permanência da centralidade do trabalho e a mediação das relações sociais através do trabalho. Será discutido como essa realidade objetiva de sobretrabalho e exploração acontece em uma sociedade em que o avanço das técnicas de produção são notórios, e como se apresenta a aceitação da ideologia dominante pelos seres sociais que compõe essa sociedade. Será tratado não apenas das causas da não desconexão do trabalho, mas também de suas consequências para a vida do trabalhador, sua família e projeto de vida. O estudo parte, então, da apresentação da situação concreta da ordem social capitalista mediada pelo trabalho, em que o valor ainda é quantificado pelo tempo de trabalho (tempo socialmente necessário) e que, dado ao enorme avanço das técnicas de produção, encontra-se em evidente contradição ao suprimir cada vez mais o tempo livre e ampliar tempo de trabalho, sobretudo por meio das novas tecnologias de informação. Será também exposto que, o próprio tempo livre, muitas vezes se apresenta como apêndice do tempo de trabalho, utilizado tão somente para recuperar a força de trabalho. Será demonstrado que essa percepção é típica da alienação da ideologia dominante e que é autoreplicada na cultura. Demonstrar-se-á a imprescindibilidade do combate a essa ideologia, sobretudo com apoio de organizações coletivas, no seio das quais deve ser trabalhado a consciência crítica acerca da realidade social objetiva. Por fim, apontar-se-á o direito à desconexão como limitador dessa sobre-exploração, apesar de ser a forma jurídica, em suas abstratas considerações de liberdade e sujeito de direito, também meios de controle social e legitimadores da ordem social vigente, tal qual existente.
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MATHEUS BARBOSA DE MELO
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“PARA EU PERDER AQUILO QUE ME PERTENCE, EU TENHO QUE SER CONSULTADO”: DIREITO À CONSULTA E AO CONSENTIMENTO PRÉVIO, LIVRE E INFORMADO NO CASO COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA
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Orientador : FLAVIANNE FERNANDA BITENCOURT NOBREGA
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MEMBROS DA BANCA :
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SIDDHARTA LEGALE FERREIRA
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FLAVIANNE FERNANDA BITENCOURT NOBREGA
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JAYME BENVENUTO LIMA JUNIOR
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VÂNIA FIALHO
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Data: 20/11/2023
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A pesquisa versa sobre o direito à consulta e ao consentimento prévio, livre e informado (CCPLI), abordando seus principais aspectos e as implicações desse direito sobre o conflito socioambiental envolvendo as comunidades quilombolas de Alcântara, situadas no estado do Maranhão, no Brasil. Na década de 1980, 312 famílias, de 23 povoados, foram removidas de seu território e realocadas em “agrovilas” para a instalação do chamado “Centro de Lançamento de Alcântara” (CLA). Desde então, diversas medidas têm sido adotadas com o intuito de promover a exploração comercial do empreendimento, dentre as quais se destacam os acordos de salvaguardas tecnológicas firmados com a Ucrânia e os Estados Unidos da América. No entanto, alega-se que tais acordos foram adotados sem qualquer observância ao dever de consulta prévia, livre e informada das comunidades quilombolas, assim como ocorreu com diversas outras medidas implementadas em decorrência desses acordos. Ademais, sustenta-se que tais comunidades têm sido vítimas de recorrentes ameaças de remoção de seu território tradicional para a expansão do CLA, o que, em tese, fere o seu direito ao consentimento prévio, livre e informado. Atualmente, o caso é objeto de análise perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que deliberará sobre a responsabilidade internacional do Estado brasileiro pelas alegadas violações. Nessa perspectiva, a pesquisa buscou realizar uma análise da aplicação do direito à CCPLI na América Latina, no Brasil, e no caso concreto, com vista a desvelar os principais obstáculos à sua efetividade. Para a condução da pesquisa empírica foi realizada uma análise qualitativa, de caráter bibliográfica-documental, acompanhada da realização de entrevistas como técnica de coleta de dados. Ao final, foi possível identificar os principais desafios à aplicação do direito à CCPLI no país, assim como induzir em que medida a conduta do Estado brasileiro, no caso analisado, violou os direitos humanos assegurados pelo direito internacional.
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Em 1º de março de 1983 foi inaugurado em Alcântara, no estado do Maranhão, o chamado Centro de Lançamento de Alcântara. Para sua instalação, 312 famílias, de 23 povoados foram remanejadas compulsoriamente para conjuntos habitacionais construídos pelo governo federal. Desde então a população local tem convivido com as consequências do projeto de desenvolvimento, que segue impactando o conjunto de relações sociais desenvolvidas no interior das comunidades e conjuntamente a outros povoados. Tais comunidades se reconhecem como um todo organizado e indivisível, de identidade étnica quilombola, o que lhes assegura o direito à consulta e ao consentimento prévio, livre e informado, nos termos da Convenção nº 169 da OIT. Contudo, a recepção da normativa internacional pelo ordenamento jurídico brasileiro não foi suficiente para assegurar a aplicação da instituição no âmbito interno. Assim, diversas iniciativas têm sido adotadas para viabilizar a exploração comercial do empreendimento, sobretudo através de Acordos de Salvaguardas Tecnológicas – sem que, de outro lado, tenham sido implementadas medidas eficazes para dar efetividade ao direito de consulta. Tendo isso em vista, o presente trabalho se propôs a realizar uma leitura do direito à consulta e ao consentimento prévio, livre e informado, assim como das controvérsias a ele inerentes, tendo por perspectiva sua aplicação no caso Comunidades Quilombolas de Alcântara, atualmente em trâmite perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Trata- se, pois, do primeiro caso a averiguar a responsabilidade internacional do Estado brasileiro pela violação ao direito à consulta e ao consentimento prévio, livre e informado, tornando-se, por assim dizer, paradigmático no âmbito de proteção aos direitos humanos de povos e comunidades tradicionais. Para a condução da pesquisa foi utilizado o método de abordagem hipotético-dedutivo, valendo-se da análise de conteúdo como técnica de pesquisa, acompanhada da realização de entrevistas como técnica de coleta de dados. Ademais, foi utilizado como método de procedimento a análise bibliográfica-documental, mediante a utilização dos seguintes meios de pesquisa: análise doutrinária e o exame da legislação e jurisprudência. Ao fim, confirmou-se a hipótese de pesquisa, reconhecendo-se a aplicabilidade (e violação) do direito à consulta e ao consentimento prévio, livre e informado no caso Comunidades Quilombolas de Alcântara. Além disso, foi possível compreender o sentido e alcance do direito em destaque pelos próprios destinatários da norma jurídica, confirmando-se que o problema da instituição está vinculado não à sua legitimidade, mas à sua aplicação pelos agentes estatais.
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DAVI ARAÚJO DE MELO
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CONTROVÉRSIAS SOBRE A MONOGAMIA: PRINCÍPIO ESTRUTURANTE DO DIREITO DE FAMÍLIA
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Orientador : VENCESLAU TAVARES COSTA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ADISSON TAVEIRA ROCHA LEAL
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LARISSA MARIA DE MORAES LEAL
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ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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VENCESLAU TAVARES COSTA FILHO
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Data: 24/11/2023
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A pesquisa aborda a monogamia como elemento fundamental no Direito de Família, explorando seu papel como princípio estruturante. O estudo examina as implicações jurídicas, sociais e culturais desse princípio, analisando sua aplicação e impacto nas relações familiares. O objetivo é contribuir para uma compreensão mais aprofundada do papel da monogamia no contexto legal e social, proporcionando insights relevantes para o desenvolvimento do Direito de Família.
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A pesquisa aborda a monogamia como elemento fundamental no Direito de Família, explorando seu papel como princípio estruturante. O estudo examina as implicações jurídicas, sociais e culturais desse princípio, analisando sua aplicação e impacto nas relações familiares. O objetivo é contribuir para uma compreensão mais aprofundada do papel da monogamia no contexto legal e social, proporcionando insights relevantes para o desenvolvimento do Direito de Família.
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CARLA ELISANGELA FERREIRA ALVES TEIXEIRA
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O TRABALHO DAS MULHERES NO POLO DE CONFECÇÃO DO AGRESTE DE PERNAMBUCO E SUA EXCLUSÃO DA TUTELA JUSTRABALHISTA: AS RESPOSTAS DA TEORIA JURÍDICA TRABALHISTA CRÍTICA
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Orientador : EVERALDO GASPAR LOPES DE ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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ARISTON FLAVIO FREITAS DA COSTA
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CARLO BENITO COSENTINO FILHO
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EVERALDO GASPAR LOPES DE ANDRADE
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HUGO CAVALCANTI MELO FILHO
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Data: 28/11/2023
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Este estudo dissertativo versou sobre a divisão sexual do trabalho, como base social das desigualdades e precarização nas relações de trabalho do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco. O estudo levantou o processo histórico de reestruturação produtiva do capital, no contexto de exploração das mulheres na indústria de confecção, as causas da precarização no setor, considerando as questões sociais, raciais e gênero. As reflexões teóricas sobre o trabalho feminino foram feitas a partir das lições marxistas sobre o trabalho, à luz da Teoria Social Crítica do Direito do Trabalho e literatura feminista, a qual denuncia o que vem sendo definido como trabalho masculino e trabalho feminino, através da divisão sexual do trabalho que hierarquiza o labor de homens e mulheres. Emerge das reflexões das feministas marxistas a Teoria da Reprodução Social cujos pilares foram imprescindíveis para aprofundamento deste estudo. No intuito de ultrapassar a obsolescência da doutrina trabalhista clássica sobre o tema pesquisado, foi problematizado o papel do Direito Justrabalhista clássico e da Justiça do Trabalho no enfrentamento das questões que contribuem para a desigualdade e precarização do trabalho das mulheres do Polo. Espera-se com este estudo indicar os caminhos que poderão ser trilhados, dentro da Teoria Social do Direito do Trabalho, para superação da precarização do trabalho feminino no segmento de confecções na região pesquisada.
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A presente dissertação analisa a divisão sexual do trabalho, como base social das desigualdades e precarização nas relações de trabalho do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco. Estuda o processo histórico de reestruturação produtiva do capital, no contexto da exploração das mulheres na indústria têxtil, as causas da precarização no setor, considerando as questões sociais, raciais e de gênero. As reflexões teóricas acerca do trabalho das mulheres são feitas a partir do estudo das lições Marxistas sobre o trabalho, da Teoria Social Crítica do Direito do Trabalho e da literatura feminista, que denuncia o que vem sendo definido como trabalho masculino e trabalho feminino, através da divisão sexual do trabalho que hierarquiza o labor de homens e mulheres. Emerge das reflexões das feministas marxistas a Teoria da Reprodução Social, cujos pilares são imprescindíveis para aprofundamento dos estudos da presente pesquisa. No intuito de ultrapassar a obsolescência da doutrina trabalhista clássica sobre o tema pesquisado, será problematizado o papel do Direito Justrabalhista e das Instituições Jurídicas no enfrentamento das questões que contribuem para a desigualdade e precarização do trabalho das mulheres do Pólo. O propósito final da pesquisa é indicar quais os caminhos poderão ser trilhados, dentro da Teoria Social Crítica do Direito do Trabalho, para superação da precarização do trabalho feminino no segmento de confecções da região pesquisada.
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DIEGO RANIER DOS SANTOS SILVA MACEDO
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A PRÁTICA DA ARGUMENTAÇÃO NO DIREITO: OS ELEMENTOS DO MODELO DE TOULMIN NA CARACTERIZAÇÃO DE DECISÕES JUDICIAIS FUNDAMENTADAS NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
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Orientador : PEDRO PARINI MARQUES DE LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE RONALDO DA MAIA DE FARIAS
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ANDREAS JOACHIM KRELL
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PEDRO PARINI MARQUES DE LIMA
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TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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Data: 28/11/2023
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A argumentação jurídica é um tema cada vez mais debatido no contexto brasileiro. Com o advento da Lei no 13.105/2015 trouxe consigo diversas expressões que remetem à tradição da teoria da argumentação, aproximando ainda mais a argumentação jurídica da prática do direito. Durante a pesquisa, verificou-se que os recursos da teoria da argumentação de Toulmin oferecem bons elementos para a avaliação das decisões judiciais. Acredita-se que o modelo de Toulmin oferece critérios suficientes para caracterizar o que seria uma “decisão judicial devidamente fundamentada”, conforme disposto na legislação processual civil, e que os embargos de declaração são uma consequência dessa análise. Sob essa perspectiva, as decisões judiciais podem ser compreendidas à luz dos cinco elementos que compõem o modelo de Toulmin: a “pretensão”, que representa o que o magistrado está decidindo; as “razões”, que explicam por que o magistrado está decidindo daquela forma; a “garantia”, que consiste nos fundamentos que relacionam as razões adotadas à conclusão alcançada; o “respaldo”, que torna explícitos os fundamentos dessa conexão entre os fatos e a pretensão do magistrado; e os “refutadores”, que reconhecem as circunstâncias excepcionais que enfraqueceriam o argumento, possibilitando assim uma conclusão “qualificada” do ato decisório. Portanto, se uma decisão judicial não for devidamente fundamentada, ela será considerada anulável, uma vez que apresenta alguma falácia argumentativa, que na perspectiva do modelo de Toulmin, consiste na ausência de razões, razões irrelevantes, razões incompletas, garantias presumidas, ambiguidades ou quando ocorrem situações de “tolice” ou erros por engano.
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Argumentação jurídica é um tema que cada vez mais tem sido debatido no contexto brasileiro. Aliado a isto, a Lei no 13.105/2015 trouxe consigo diversas expressões que remetem à tradição da teoria da argumentação, o que aproximou ainda mais a argumentação jurídica da prática do direito. Durante a pesquisa pode ser verificado que recursos da teoria da argumentação de Toulmin oferecem bons elementos para a avaliação das decisões judiciais. Adota-se que o modelo de Toulmin oferece critérios suficientes para caracterizar o que seria uma “decisão judicial devidamente fundamentada” disposta na legislação processual civil, e que os embargos de declaração são a consequência dessa análise. Busca-se a pertinência da fundamentação de decisões judiciais, através da construção de paralelo entre os entendimentos da dogmática jurídica e as considerações da lógica informal e argumentação jurídica. Nesse sentido, após introduzida a hipótese e seus eventuais desdobramentos, será realizada a sua aplicação em um caso prático, demonstrando que a configuração de uma decisão judicial fundamentada é a mesma que de um bom argumento no modelo de Toulmin. Nesse prisma, as decisões judiciais podem ser compreendidas na perspectiva dos cinco elementos que compõem o modelo de Toulmin: a “pretensão”, enquanto o que o magistrado está decidindo; as “razões”, sendo o porquê do magistrado decidir daquela forma; a “garantia”, como os fundamentos que correlacionam as razões adotadas com a conclusão alcançada; o “respaldo”, que torna explícitos os fundamentos dessa conexão entre os fatos e a pretensão do magistrado; utilizando os “refutadores” de modo a reconhecer as circunstâncias excepcionais que, se incidissem, enfraqueceriam o argumento, para assim, concluir de forma “qualificada” o ato decisório. Logo, se não for devidamente fundamentada, a decisão judicial é nula ou embargada visto que possui alguma falácia argumentativa, i.e. ser ausente de razões, por ter razões irrelevantes, razões incompletas, garantias presumidas, por ser ambíguas ou, complementando a teoria da argumentação de Toulmin, nas situações de “tolice”, ou quando se erra por engano.
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MARIA LUIZA DE CASTRO NUNES PEREIRA
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AS MULHERES NEGRAS NO MERCADO DE TRABALHO, NO CONTEXTO DA IDEOLOGIA DA EXPLORAÇÃO: as respostas da Teoria Interseccional
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Orientador : EVERALDO GASPAR LOPES DE ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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ARISTON FLAVIO FREITAS DA COSTA
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CARLO BENITO COSENTINO FILHO
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EVERALDO GASPAR LOPES DE ANDRADE
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HUGO CAVALCANTI MELO FILHO
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Data: 28/11/2023
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Este estudo tem como objeto a exploração das dificuldades enfrentadas pelas mulheres negras no mercado de trabalho e leva em consideração o desemprego estrutural e a crise do direito do trabalho. A base teórica encontra-se alicerçada na Teoria Interseccional de Kimberlé Crenshaw e, em especial, teóricas feministas e intelectuais negras. A intersecção de gênero, raça e classe social condicionam estruturalmente alguns grupos, principalmente as mulheres negras, à criação e replicação das discrepâncias sociais no Brasil. Essa desigualdade se apresenta de diversas maneiras nas relações políticas, culturais e sociais brasileiras. A reflexão foi feita a partir da análise de dados secundários a respeito do mercado de trabalho no Brasil, com base nas informações fornecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e na leitura de obras temáticas.
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Este estudo teve como propósito explorar as dificuldades enfrentadas pelas mulheres negras no mercado de trabalho, levando em consideração o desemprego estrutural e a crise do direito do trabalho. A base teórica foi alicerçada na Teoria Interseccional de Kimberlé Crenshaw e, em especial, teóricas, feministas e intelectuais negras. A intersecção de gênero, raça e classe social condicionam estruturalmente alguns grupos, principalmente as mulheres negras, à criação e replicação das discrepâncias sociais no Brasil. Essa desigualdade se apresenta de diversas maneiras nas relações políticas, culturais e sociais brasileiras. A reflexão foi feita a partir da análise de dados secundários a respeito do mercado de trabalho no Brasil com base nas informações fornecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e na leitura de obras temáticas. Dessa forma, trata-se de um estudo exploratório sobre um fenômeno histórico, porém que precisa de atenção constante pelas invisibilidades a que alguns sujeitos estão submetidos. Os resultados apontam que a maioria das mulheres negras ocupa a base da pirâmide social, tendo acesso apenas a empregos informais, com má remuneração e menor exigência de qualificação.
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JADER AURELIO GOUVEIA LEMOS NETO
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A VEDAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS E DIVIDENDOS NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE SOCIEDADES ANÔNIMAS ABERTAS: UMA ANÁLISE
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Orientador : IVANILDO DE FIGUEIREDO ANDRADE DE OLIVEIRA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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HENRIQUE CUNHA BARBOSA
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PEDRO REBELO BORTOLINI
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IVANILDO DE FIGUEIREDO ANDRADE DE OLIVEIRA FILHO
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ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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Data: 30/11/2023
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Esta dissertação tem por objetivo investigar o fenômeno da vedação da distribuição dos dividendos nas recuperações judiciais de sociedades anônimas abertas. Este fenômeno foi concebido pela Lei n. 14.112/2020, a qual alterou a Lei de Recuperação Judicial e Falência, impondo a proibição da distribuição dos dividendos nos processos de recuperação judicial, além de tipificar tal conduta como crime falimentar. Então, a presente dissertação pretende analisar, por meio de uma interpretação dogmática racional, a inspiração, as razões e as finalidades do legislador ao adotar tal medida, perante o sistema das sociedades anônimas abertas e de insolvência vigentes no direito brasileiro, avaliando se ela seria adequada aos objetivos e fins da Lei n. 11.101/2005 e da Lei n. 6.404/76, assim como se ela seria propícia a resolver a problematização proposta que ensejou a constituição legislativa deste expediente legal no ordenamento jurídico pátrio. Com efeito, a partir destas conclusões, esta pesquisa passa a examinar medidas alternativas que, em tese, seriam mais harmônicas com as finalidades da Lei de Recuperação Judicial sem subverter o sistema societário vigente do País.
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Esta dissertação tem por objetivo investigar o fenômeno da vedação da distribuição dos dividendos nas recuperações judiciais de sociedades anônimas. Este fenômeno foi concebido pela Lei n. 14.112/2020, a qual alterou a Lei de Recuperação Judicial e Falência, impondo a proibição da distribuição dos dividendos nos processos de recuperação judicial, além de tipificar tal conduta como crime falimentar. Então, a presente dissertação pretende analisar, por meio de uma interpretação dogmática racional, a inspiração, as razões e as finalidades do legislador ao adotar tal medida, perante o sistema das sociedades anônimas e de insolvência vigentes no direito brasileiro, avaliando se ela seria adequada aos objetivos e fins da Lei n. 11.101/2005, assim como se ela seria propícia a resolver a problematização proposta que ensejou a constituição legislativa deste expediente legal no ordenamento jurídico pátrio. Com efeito, a partir destas conclusões, esta pesquisa passa a examinar medidas alternativas que, em tese, seriam mais harmônicas com as finalidades da Lei de Recuperação Judicial sem subverter o sistema societário vigente do País.
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ANA LUIZA MOUSINHO DA MOTTA E SILVA
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Dever geral de proteção de dados pessoais sensíveis de saúde e meios de prevenção da responsabilidade civil dos médicos e clínicas médicas
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Orientador : VENCESLAU TAVARES COSTA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CLAUDIA BRANDÃO DE BARROS CORREIA
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LARISSA MARIA DE MORAES LEAL
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ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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VENCESLAU TAVARES COSTA FILHO
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Data: 27/12/2023
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Fazendo-se uma revisão legislativa, doutrinária e jurisprudencial da matéria de proteção de dados pessoais, notadamente do especial disciplinamento dos dados sensíveis de saúde, que foram elevados mundialmente a uma categoria especial, pretende-se analisar a matéria através de uma abordagem responsiva adotada pelos legisladores europeus e brasileiros na elaboração das leis protetivas, notadamente o RGPD e a LGPD. Utilizando-se desta breve análise comparativa dos arcabouços legislativos europeu e brasileiro, bem como do entendimento jurisprudencial sobre a matéria, pretende-se elaborar, como forma de prevenção de riscos ou de minimização de danos, propostas de medidas de conformidade com a LGPD para médicos e clínicas médicas, como a elaboração de termo de consentimento livre, informado e inequívoco para tratamento dos dados sensíveis de saúde dos pacientes; os cuidados com o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) ou o Sistema de Registro Eletrônico de Saúde – SRES; as cautelas com a prática da telemedicina e, ainda, a necessidade de elaboração prévia de um relatório de impacto à proteção de dados pessoais.
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IMPACTOS DA LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS (LGPD) NA RESPONSABILIDADE CIVIL DE MÉDICOS E CLÍNICAS MÉDICAS: algumas propostas de medidas de conformidade para a prevenção bilateral de riscos
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JOÃO MAURICIO MALTA CAVALCANTE FILHO
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LIVRE CIRCULAÇÃO DE PESSOAS E IMIGRAÇÃO EM PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: propostas de disciplinamento normativo nos espaços comuns e desafios jurídicos da gestão migratória regional no modelo europeu e mercosulino
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Orientador : EUGENIA CRISTINA NILSEN RIBEIRO BARZA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADELGÍCIO DE BARROS CORREIA SOBRINHO
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ALVARO AUGUSTO SANTOS CALDAS GOUVEIA
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AURELIO AGOSTINHO DA BOAVIAGEM
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EUGENIA CRISTINA NILSEN RIBEIRO BARZA
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PAUL HUGO WEBERBAUER
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WANILZA MARQUES DE ALMEIDA CERQUEIRA FORTUNA
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Data: 10/02/2023
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A tese tem como objeto o disciplinamento normativo da mobilidade humana em processos de integração regional, problematizando os impactos jurídicos da livre circulação de pessoas e da gestão migratória regional na consolidação de espaços integrados. A pesquisa se concentra em duas experiências concretas, o modelo vigente na União Europeia, supranacional e regido pelo Direito Comunitário, em contraposição ao modelo mercosulino, intergovernamental e regido pelo Direito da Integração Regional. A temática é abordada em um panorama internacional marcado pelo incremento da mobilidade humana, em um contexto de globalização e de regionalismo, em que os blocos consolidam sistemas normativos de disciplinamento da mobilidade e das migrações. Partindo deste contexto, tem-se como objetivo geral analisar os efeitos da integração regional no disciplinamento da livre circulação de pessoas e das migrações no espaço integrado europeu e mercosulino. Especificamente, busca-se analisar as normativas que tratam dos direitos de circulação e residência tutelados nos espaços integrados, bem como avaliar seus impactos e desafios para a definição da condição jurídica do estrangeiro e da cidadania regional nos blocos em referência. A partir de revisão bibliográfica, em uma abordagem qualitativa, levantam-se as normativas comunitárias e os acordos regionais pertinentes. Sob marco teórico da Teoria da Integração Econômica, revisam-se os fundamentos do Direito Comunitário e da Integração, em cotejo com os pressupostos da governança migratória regional. Os sistemas regionais analisados formam centros disciplinadores da livre circulação e das migrações, revelando uma teoria jurídica da integração aplicada à mobilidade humana. A liberdade de circulação de pessoas e a gestão migratória regional conduzem à formação de espaços integrados, desde que se garantam competências de atuação dos Estados do bloco, de modo que o arranjo europeu é desafiado a equilibrar atribuições nacionais e comunitárias, enquanto o arranjo mercosulino é instado a prosseguir nas liberdades do mercado comum, harmonizando o tratamento das migrações.
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A tese tem como objeto o disciplinamento normativo da mobilidade humana em processos de integração regional, problematizando os impactos jurídicos da livre circulação de pessoas e da gestão migratória regional na consolidação de espaços integrados. A pesquisa se concentra em duas experiências concretas, o modelo vigente na União Europeia, supranacional e regido pelo Direito Comunitário, em contraposição ao modelo mercosulino, intergovernamental e regido pelo Direito da Integração Regional. A temática é abordada em um panorama internacional marcado pelo incremento da mobilidade humana, em um contexto de globalização e de regionalismo, em que os blocos consolidam sistemas normativos de disciplinamento da mobilidade e das migrações. Partindo deste contexto, tem-se como objetivo geral analisar os efeitos da integração regional no disciplinamento da livre circulação de pessoas e das migrações no espaço integrado europeu e mercosulino. Especificamente, busca-se analisar as normativas que tratam dos direitos de circulação e residência tutelados nos espaços integrados, bem como avaliar seus impactos e desafios para a definição da condição jurídica do estrangeiro e da cidadania regional nos blocos em referência. A partir de revisão bibliográfica, em uma abordagem qualitativa, levantam-se as normativas comunitárias e os acordos regionais pertinentes. Sob marco teórico da Teoria da Integração Econômica, revisam-se os fundamentos do Direito Comunitário e da Integração, em cotejo com os pressupostos da governança migratória regional. Os sistemas regionais analisados formam centros disciplinadores da livre circulação e das migrações, revelando uma teoria jurídica da integração aplicada à mobilidade humana. A liberdade de circulação de pessoas e a gestão migratória regional conduzem à formação de espaços integrados, desde que se garantam competências de atuação dos Estados do bloco, de modo que o arranjo europeu é desafiado a equilibrar atribuições nacionais e comunitárias, enquanto o arranjo mercosulino é instado a prosseguir nas liberdades do mercado comum, harmonizando o tratamento das migrações.
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ALBERTO JONATHAS MAIA DE LIMA
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ARBITRAGEM INTERNACIONAL E ORDEM PÚBLICA
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Orientador : AURELIO AGOSTINHO DA BOAVIAGEM
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MEMBROS DA BANCA :
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ADELGÍCIO DE BARROS CORREIA SOBRINHO
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AURELIO AGOSTINHO DA BOAVIAGEM
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EUGENIA CRISTINA NILSEN RIBEIRO BARZA
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FERNANDO SERGIO TENORIO DE AMORIM
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LUIZ EDMUNDO CELSO BORBA
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WANILZA MARQUES DE ALMEIDA CERQUEIRA FORTUNA
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Data: 03/03/2023
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A ordem pública é tema controverso no Direito Internacional privado ao mesmo tempo em que exerce grande influência na arbitragem tanto no âmbito interno quanto no estrangeiro. A natureza multidisciplinar e transversal da arbitragem também dificulta a interpretação e aplicação do instituto da ordem pública nos conflitos a ela submetidos. Tem-se por objetivo analisar os conceitos e representações da ordem pública e o papel fundamental exercido pelos órgãos jurisdicionais notadamente quanto à sua interpretação quanto aplicação nos casos concretos. Objetiva-se também analisar de que o instituto se manifesta na arbitragem internacional mais especificamente em situações relacionadas à homologação de sentenças arbitrais estrangeiras. Nossa de análise é exploratória e de análise qualitativa, aplicando-se a técnica de pesquisa bibliográfica, normativa, com elementos de empiria a partir de análise jurisprudencial e jurisprudencial nacional, estrangeira e também arbitral para alcançar o propósito do estudo. Inicialmente, faz-se uma análise histórica acerca do instituto. Logo em seguida, analisa-se questões relacionadas à lei aplicável à arbitragem tendo em vista a pluralidade de fontes normativas que podem ser aplicadas em arbitragens internacionais. Posteriormente examina-se as manifestações da ordem pública na arbitragem. Mais adiante apresenta-se considerações gerais e críticas sobre o procedimento arbitral no modelo internacional da UNCITRAL. Posteriormente, explora-se detalhadamente o processo de reconhecimento e homologação de sentenças arbitrais estrangeiras no direito brasileiro com incursões no direito comparado ao final, o estudo evidencia como as cortes arbitrais e judiciais atuaram aplicam a ordem pública internacional nos pedidos de homologação de sentença arbitral estrangeira no âmbito do Superior Tribunal de Justiça. A análise empírica proposta busca evidenciar, através da pesquisa qualitativa de estudos de caso, o que realmente vem acontecendo nesses julgamentos. Como poderemos observar que a interpretação do instituto tem múltiplos vieses que permeiam desde a conformidade com a Constituição e seus preceitos a compatibilidade com a norma interna.
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A ordem pública é tema controverso no Direito Internacional privado ao mesmo tempo em que exerce grande influência na arbitragem tanto no âmbito interno quanto no estrangeiro. A natureza multidisciplinar e transversal da arbitragem também dificulta a interpretação e aplicação do instituto da ordem pública nos conflitos a ela submetidos. Tem-se por objetivo analisar os conceitos e representações da ordem pública e o papel fundamental exercido pelos órgãos jurisdicionais notadamente quanto à sua interpretação quanto aplicação nos casos concretos. Objetiva-se também analisar de que o instituto se manifesta na arbitragem internacional mais especificamente em situações relacionadas à homologação de sentenças arbitrais estrangeiras. Nossa de análise é exploratória e de análise qualitativa, aplicando-se a técnica de pesquisa bibliográfica, normativa, com elementos de empiria a partir de análise jurisprudencial e jurisprudencial nacional, estrangeira e também arbitral para alcançar o propósito do estudo. Inicialmente, faz-se uma análise histórica acerca do instituto. Logo em seguida, analisa-se questões relacionadas à lei aplicável à arbitragem tendo em vista a pluralidade de fontes normativas que podem ser aplicadas em arbitragens internacionais. Posteriormente examina-se as manifestações da ordem pública na arbitragem. Mais adiante apresenta-se considerações gerais e críticas sobre o procedimento arbitral no modelo internacional da UNCITRAL. Posteriormente, explora-se detalhadamente o processo de reconhecimento e homologação de sentenças arbitrais estrangeiras no direito brasileiro com incursões no direito comparado ao final, o estudo evidencia como as cortes arbitrais e judiciais atuaram aplicam a ordem pública internacional nos pedidos de homologação de sentença arbitral estrangeira no âmbito do Superior Tribunal de Justiça. A análise empírica proposta busca evidenciar, através da pesquisa qualitativa de estudos de caso, o que realmente vem acontecendo nesses julgamentos. Como poderemos observar que a interpretação do instituto tem múltiplos vieses que permeiam desde a conformidade com a Constituição e seus preceitos a compatibilidade com a norma interna.
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RAPHAEL FRAEMAM BRAGA VIANA
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TRANSFORMAÇÕES DO MUNDO HIPERCONECTADO NO DIREITO PRIVADO: autonomia da vontade e boa-fé objetiva nas relações jurídicas com manifestações de vontade influenciadas por algoritmos com tecnologia de inteligência artificial
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Orientador : TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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ARTUR STAMFORD DA SILVA
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FABIOLA ALBUQUERQUE LOBO
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MARIA ANTONIETA LYNCH DE MORAES
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ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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SILVANO JOSE GOMES FLUMIGNAN
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TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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Data: 15/03/2023
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A presente tese se propõe a analisar os impactos do mundo hiperconectado pelo uso intenso de algoritmos com tecnologia de inteligência artificial nas relações jurídicas privadas, especificamente a sua influência nas manifestações de vontade com aptidão de produzir efeitos jurídicos no âmbito do Direito Privado. A tese situa as relações jurídicas privadas num mundo modificado pela Era da Hiperconectividade através de pilares tecnológicos como algoritmos, inteligência artificial, Big Data, machine learning e internet das coisas. Partindo da constatação de que o uso indevido de algoritmos com tecnologia de inteligência artificial pode causar graves problemas nas relações privadas, a exemplo da presença de critérios discriminatórios na análise de dados no Big Data, da ausência de transparência algorítmica nos procedimentos de tomada de decisões, da ausência de moralidade no uso da inteligência artificial, além do risco de substituição da autonomia da vontade por decisões do algoritmo, o trabalho procura investigar nos fundamentos do Direito Privado quais ferramentas são oferecidas pelo ordenamento jurídico que possibilitariam a readequação a um sistema jurídico adaptado aos desafios da sociedade de controle. Objetivou-se, com isso, demonstrar que uma nova roupagem do Direito Privado parte de uma necessária ressistematização que a ordem civil é capaz de oferecer por meio da adaptação da autonomia privada e da boa-fé às transformações que o mundo hiperconectado impôs às relações jurídicas privadas. Verifica-se, inclusive, que a boa-fé exerce papel substancial para conduzir os rumos de um Direito Privado habituado à interferência de algoritmos com tecnologia de inteligência artificial através das suas três principais funções: hermenêutica, integrativa e corretora. Assim, as conclusões partiram do estudo de lições já consolidadas da boa-fé ao compará-las com os problemas contemporâneos apresentados pelo uso de algoritmos com tecnologia de inteligência artificial para, assim, apresentar os limites da autonomia da manifestação de vontade dos sujeitos de direito perante à ordem civil inserida no mundo hiperconectado.
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A presente tese se propõe a analisar os impactos do mundo hiperconectado pelo uso intenso de algoritmos com tecnologia de inteligência artificial nas relações jurídicas privadas, especificamente a sua influência nas manifestações de vontade com aptidão de produzir efeitos jurídicos no âmbito do direito privado. Partindo da constatação de que o uso indevido de algoritmos com tecnologia de inteligência artificial pode causar graves problemas nas relações privadas, a exemplo da presença de critérios discriminatórios na análise de dados no Big Data, da ausência de transparência algorítmica acerca do procedimento de tomadas de decisões, da ausência de eticidade no uso da inteligência artificial, além do risco de substituição da autonomia da vontade por decisões do algoritmo, o trabalho procura investigar nos fundamentos do direito privado quais ferramentas são oferecidas pelo ordenamento jurídico que possibilitariam a reconstrução de um sistema jurídico adaptado aos desafios da sociedade de controle. Objetivou-se, com isso, demonstrar que a reconstrução do direito privado parte de uma ressistematização que o direito privado é capaz de oferecer por meio da adaptação da autonomia privada e da boa-fé às transformações das relações jurídicas privadas na sociedade contemporânea. Verifica-se, inclusive, que a boa-fé exerce papel substancial para conduzir os rumos de um direito privado habituado à interferência de algoritmos com tecnologia de inteligência artificial através das suas três principais funções: hermenêutica, integrativa e corretora. Assim, as conclusões partiram do estudo de lições clássicas da boa-fé ao compará-las com os problemas contemporâneos apresentados pelo uso de algoritmos com tecnologia de inteligência artificial para, assim, apresentar os limites da autonomia da manifestação de vontade dos sujeitos de direito perante à ordem civil inserida no mundo hiperconectado.
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LUIS EDUARDO E SILVA LESSA FERREIRA
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OS FUNDAMENTOS DO DIREITO TERAPÊUTICO E AS TUTELAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE NOS CASOS DE EXPOSIÇÃO NÃO CONSENTIDA DA INTIMIDADE SEXUAL.
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Orientador : SILVIO ROMERO BELTRAO
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MEMBROS DA BANCA :
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JULIANO MENDONÇA DOMINGUES DA SILVA
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MARIA ANTONIETA LYNCH DE MORAES
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ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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SERGIO TORRES TEIXEIRA
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SILVIO ROMERO BELTRAO
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TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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Data: 17/03/2023
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A Tese importa aos estudos especializados em Direito Público e Direito Privado, abrangendo de forma direta as garantias individuais e sociais do direito ao acesso à justiça, à justiça restaurativa, à tutela integral da pessoa humana, principalmente se tratando da intimidade e do livre desenvolvimento da personalidade, considerando os casos de danos à pessoa de quem tem a sua intimidade sexual violada. Sob uma perspectiva formal, o objeto é definido pelo exame da construção do direito democrático à livre expressão da sexualidade no âmbito dos direitos humanos, e a construção de um paradigma ontognoseológico de proteção da individualidade em casos de danos que afetam de forma importante a saúde mental e emocional. Investigou-se o conceito de direito terapêutico, os seus princípios e fundamentos, no sentido de uma maior compreensão de como o mesmo pode auxiliar na superação de barreiras para o Acesso à Justiça. Desenvolveu-se um exame por aproximação do método terapêutico do Direito às tutelas específicas previstas no ordenamento jurídico brasileiro, traçando, com base nos seus princípios e fundamentos, juízos de adequação e oportunidade sobre as ferramentas de “Therapeutic Application of the Law”(TAL) e - “Therapeutic design of the Law” (TDL), como descritas por David Wexler. Investigou-se, pelo método analítico-descritivo, qual seria o âmbito do objeto do direito à intimidade sexual no Brasil, quais são os modos e termos dessas tutelas, as formas de articulação e delimitação face às figuras jurídicas que lhe são próximas ou a que guardam afinidade, para assim, finalmente, confrontar-lhe à hipótese dos fatos jurídicos da exposição íntima não consentida. O problema científico a ser esclarecido é a questão de que se há na atual formatação do ordenamento jurídico brasileiro comandos positivos de partida e de chegada suficientes para a tutela efetiva do complexo unitário somático-psíquico e da dimensão relacional da personalidade humana, de acordo com as regras, princípios e fundamentos do Direito Terapêutico, ou se existem oportunidades de - com base nas ferramentas “Therapeutic Application of the Law”(TAL) e - “Therapeutic design of the Law” (TDL) - propor-se inovações ao ordenamento jurídico brasieliro. Os resultados encontrados e principais contribuições demonstram a compatibilidade dos sistemas teóricos, além da existência de oportunidades de inovação legislativa, para fins de proteção suficiente dos bens jurídicos analisados.
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A exposição da intimidade sexual de uma pessoa, sem o seu consentimento, ou contrário à vontade manifesta, sem qualquer finalidade legítima, tem o potencial de causar danos devastadores, imediatos e muitas vezes irreparáveis à vítima. O problema científico desta pesquisa importa aos estudos especializados em Direito Público e Direito Privado, abrangendo de forma direta as garantias individuais e sociais do direito ao acesso à justiça, à justiça restaurativa, à tutela integral da pessoa humana, principalmente se tratando do direito à intimidade e do livre desenvolvimento da personalidade. Sob uma perspectiva formal, o objeto é definido pelo exame por aproximação do método terapêutico do Direito às tutelas específicas previstas no ordenamento jurídico brasileiro, traçando, com base nos seus princípios e fundamentos, juízos de adequação e oportunidade sobre as ferramentas de “Therapeutic Application of the Law”(TAL) e -“Therapeutic design of the Law” (TDL), como descritas por David Wexler. Investigou-se qual seria o âmbito do objeto do direito à liberdade sexual no Brasil, quais são os modos e termos dessas tutelas, as formas de articulação e delimitação face às figuras jurídicas que lhe são próximas ou a que guardam afinidade, para assim, finalmente, confrontar-lhe à hipótese dos fatos jurídicos da exposição íntima não consentida, além das hipóteses de uso abusivo das informações sensíveis do sujeito para agravar a conduta. Desafiou-se a questão de que se há na atual formatação do ordenamento jurídico brasileiro comandos positivos de partida e de chegada suficientes para a tutela efetiva do complexo unitário somático-psíquico e da dimensão relacional da personalidade humana, de acordo com as regras, princípios e fundamentos do Direito Terapêutico, ou se existem hipóteses de -com base no “Therapeutic design of the Law” (TDL), -se propor inovações no ordenamento jurídico. Concluiu-se, após revisão de literatura especializada, e da aplicação do método de inventariação histórica do direito comparado funcional, pela adequação do ordenamento jurídico brasileiro, em perspectiva dogmática, que, além dos fundamentos constitucionais, a hermenêutica do art. 21 do Código Civil é razão de aplicação das tutelas terapêuticas em caso de exposição da intimidade sexual; todavia, em razão da segurança jurídica, algumas medidas dependem de inovações legislativas em razão da observância ao princípio democrático da legalidade.
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FERNANDO BRAGA DAMASCENO
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O SISTEMA BRASILEIRO DE VALORAÇÃO DA PROVA JUDICIAL: UM MODELO MEDIADO PELA CIÊNCIA DO DIREITO PROBATÓRIO QUE LEVA A SÉRIO O ERRO
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Orientador : LEONARDO JOSE RIBEIRO COUTINHO BERARDO CARNEIRO DA CUNHA
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MEMBROS DA BANCA :
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GUSTAVO HENRIQUE RIGHI IVAHY BADARÓ
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ANAMARIA PRATES BARROSO
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BECLAUTE OLIVEIRA SILVA
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FRANCISCO ANTONIO DE BARROS E SILVA NETO
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LEONARDO JOSE RIBEIRO COUTINHO BERARDO CARNEIRO DA CUNHA
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LUCAS BURIL DE MACEDO BARROS
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Data: 21/03/2023
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O presente trabalho consiste na tentativa de construção de um modelo normativo para valoração da prova judicial. Na sua propedêutica, defende-se que a disciplina da prova judicial deve ser vista como uma estrutura garantística do direito fundamental à prova, que definitivamente não pode se resumir a um direito de atuar persuasivamente, abrangendo também o direito a uma cognição adequada, que respeite determinados critérios que limitam a liberdade decisória e condicionam a legitimidade do resultado. Superando o ceticismo paralisante e o argumento de que a averiguação da verdade inexoravelmente transformaria o Sistema de Justiça numa máquina inquisitiva, incompatível com um processo equitativo, e admitindo as limitações da cognição humana, defende-se que os critérios de contenção da liberdade decisória podem ser vistos como critérios de verdade, voltados a um resgate analógico da realidade empírica que ficou no passado, objetivo que manteria a vocação da ordem jurídica de condicionar a realidade, buscando adequar o ser ao dever-ser que estabelece. Propõe-se, então, um modelo estruturado em quatro etapas, onde se agrupariam os critérios destinados à (a) definição sobre a (in)existência de prova, (b) definição sobre a (in)suficiência da prova, (c) expressão e unificação da(s) força(s) probatória(s) e (d) validação dos saberes embasam a valoração da prova. Por fim, buscando-se dar efetividade ao modelo, projeta-se um complemento através de uma disciplina para a motivação do juízo fático probatório, para a atualização dos saberes que permeiam a valoração na praxe judiciária, para um efetivo controle sobre erros e, finalmente, para uma evolução do próprio modelo com base no aprendizado que os erros viabilizam.
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O presente trabalho consiste na construção de um modelo dogmático para valoração da prova judicial. Na sua propedêutica, defende-se que a disciplina da prova judicial deve ser vista como uma estrutura garantística do direito fundamental à prova, que definitivamente não pode se resumir a um direito de atuar persuasivamente, abrangendo também o direito a uma cognição adequada, que respeite determinados critérios que limitam a liberdade decisória e condicionam e legitimidade do resultado. Superando o ceticismo paralisante e o argumento de que a averiguação da verdade inexoravelmente transformaria o processo numa máquina inquisitiva, incompatível com um processo equitativo, e admitindo as limitações da cognição humana, conclui-se que os critérios de contenção da liberdade decisória podem ser vistos como critérios de verdade, voltados a um resgate analógico da realidade empírica que ficou no passado, resultado que manteria a vocação da ordem jurídica de interferir na realidade empírica, condicionando-a, buscando adequar o ser ao dever-ser que estabelece. Propõe-se, então, um modelo estruturado em quatro etapas, onde se agrupariam os critérios destinados à (a) definição sobre a (in)existência de prova, (b) definição sobre a (in)suficiência da prova; (c) expressão e unificação da(s) força(s) da(s) prova(s) e (d) validação dos saberes embasam a valoração da prova. Por fim, buscando-se a efetividade do modelo, projeta-se um complemento através de uma disciplina para a motivação do juízo fático probatório, para a atualização dos saberes que permeiam a valoração na praxe, para um efetivo controle sobre os erros e, finalmente, para uma evolução do próprio modelo com base em estudo de erros.
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DANILO MIRANDA VIEIRA
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ESTADO E INOVAÇÃO: CONTRATAÇÕES PÚBLICAS PARA INOVAÇÃO E O FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO NACIONAL
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Orientador : FRANCISCO DE QUEIROZ BEZERRA CAVALCANTI
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MEMBROS DA BANCA :
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EDILSON PEREIRA NOBRE JUNIOR
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FRANCISCO DE QUEIROZ BEZERRA CAVALCANTI
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GUSTAVO FERREIRA SANTOS
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LUCIANA GRASSANO DE GOUVEA MELO
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MARCELO LABANCA CORREA DE ARAUJO
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WALBER DE MOURA AGRA
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Data: 12/05/2023
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O objeto da presente tese é a análise de alguns dos principais instrumentos legais atualmente existentes no ordenamento jurídico nacional que possibilitam o fomento à ciência, tecnologia e inovação por meio do uso do poder de compra estatal. Inicialmente, avalia-se em linhas gerais a importância da inovação científica e tecnológica para o desenvolvimento nacional sustentável, destacando-se o papel do Estado no contexto de um sistema nacional de inovação, bem como o tratamento da matéria na Constituição Federal. Aborda-se a noção de políticas públicas de inovação “orientadas por missões”, em que se busca promover o avanço científico e tecnológico com foco no alcance de resultados concretos de interesse público. Nessa matéria, analisa-se o uso do poder de compra estatal com essa finalidade, notadamente quanto às chamadas contratações públicas “para inovação”, que exigem a realização de atividade de pesquisa e desenvolvimento pelos contratados para criar uma solução inovadora, em regra inexistente no mercado e com risco de insucesso quanto ao efetivo alcance do resultado buscado (“risco tecnológico”). Diferentemente de compras públicas “de inovação”, que não exigem tal esforço de pesquisa e desenvolvimento, tratando apenas da aquisição de inovações já disponíveis no mercado. É feita uma breve análise das normas sobre o tema existentes na legislação internacional e que serviram de inspiração para a legislação nacional. Em seguida, passa-se a examinar a legislação brasileira sobre a matéria, especialmente no que diz respeito à contratação pública de encomendas tecnológicas (ETECs), prevista na Lei no 10.973/04 e que tem o risco tecnológico como requisito essencial. É analisado, ainda, o contrato público para solução inovadora, previsto na Lei Complementar no 182/21, que também pode ser aplicável a situações com risco tecnológico. Em seguida, examina-se o papel que tais modalidades de contratação podem exercer no fomento à ciência, tecnologia e inovação, bem como sua distinção em relação a modalidades como o diálogo competitivo previsto na Lei no 14.133/21. Aborda-se criticamente também o papel que o controle administrativo interno e externo, com destaque para os tribunais de contas, pode exercer na análise de tais contratações, de modo que tal fiscalização não se converta em obstáculo ao uso do poder de compra estatal com essa finalidade. Em seguida, são analisados alguns casos concretos de utilização dessas modalidades de contratação no Brasil, a exemplo da ETEC realizada pela Fiocruz para o desenvolvimento da vacina contra a COVID-19. À luz de toda a análise realizada, conclui-se que tais contratações públicas “para inovação” têm potencial para se converter cada vez mais em importante instrumento de incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico nacional, com base em uma estratégia de inovação “orientada por missões”. Ao final, são propostas algumas alterações para aprimorar o quadro normativo atualmente existente, sem prejuízo da constatação de que a mera existência de normas adequadas não basta. É necessária a suficiente priorização no orçamento público de ações voltadas à ciência, tecnologia e inovação, bem como a efetiva capacitação da Administração Pública para que o Estado brasileiro exerça seu dever constitucional de promover o desenvolvimento científico e tecnológico, com foco na resolução dos problemas nacionais (art. 218, caput, e § 2o, da CF/88).
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O objeto da presente tese é a análise de alguns dos principais instrumentos legais atualmente existentes no ordenamento jurídico nacional que possibilitam o fomento à ciência, tecnologia e inovação por meio do uso do poder de compra estatal. Inicialmente, avalia-se em linhas gerais a importância da inovação científica e tecnológica para o desenvolvimento nacional sustentável, destacando-se o papel do Estado no contexto de um sistema nacional de inovação, bem como o tratamento da matéria na Constituição Federal. Aborda-se a noção de políticas públicas de inovação “orientadas por missões”, em que se busca promover o avanço científico e tecnológico com foco no alcance de resultados concretos de interesse público. Nessa matéria, analisa-se o uso do poder de compra estatal com essa finalidade, notadamente quanto às chamadas contratações públicas “para inovação”, que exigem a realização de atividade de pesquisa e desenvolvimento pelos contratados para criar uma solução inovadora, em regra inexistente no mercado e com risco de insucesso quanto ao efetivo alcance do resultado buscado (“risco tecnológico”). Diferentemente de compras públicas “de inovação”, que não exigem tal esforço de pesquisa e desenvolvimento, tratando apenas da aquisição de inovações já disponíveis no mercado. É feita uma breve análise das normas sobre o tema existentes na legislação internacional e que serviram de inspiração para a legislação nacional. Em seguida, passa-se a examinar a legislação brasileira sobre a matéria, especialmente no que diz respeito à contratação pública de encomendas tecnológicas (ETECs), prevista na Lei no 10.973/04 e que tem o risco tecnológico como requisito essencial. É analisado, ainda, o contrato público para solução inovadora, previsto na Lei Complementar no 182/21, que também pode ser aplicável a situações com risco tecnológico. Em seguida, examina-se o papel que tais modalidades de contratação podem exercer no fomento à ciência, tecnologia e inovação, bem como sua distinção em relação a modalidades como o diálogo competitivo previsto na Lei no 14.133/21. Aborda-se criticamente também o papel que o controle administrativo interno e externo, com destaque para os tribunais de contas, pode exercer na análise de tais contratações, de modo que tal fiscalização não se converta em obstáculo ao uso do poder de compra estatal com essa finalidade. Em seguida, são analisados alguns casos concretos de utilização dessas modalidades de contratação no Brasil, a exemplo da ETEC realizada pela Fiocruz para o desenvolvimento da vacina contra a COVID-19. À luz de toda a análise realizada, conclui-se que tais contratações públicas “para inovação” têm potencial para se converter cada vez mais em importante instrumento de incentivo ao desenvolvimento científico e tecnológico nacional, com base em uma estratégia de inovação “orientada por missões”. Ao final, são propostas algumas alterações para aprimorar o quadro normativo atualmente existente, sem prejuízo da constatação de que a mera existência de normas adequadas não basta. É necessária a suficiente priorização no orçamento público de ações voltadas à ciência, tecnologia e inovação, bem como a efetiva capacitação da Administração Pública para que o Estado brasileiro exerça seu dever constitucional de promover o desenvolvimento científico e tecnológico, com foco na resolução dos problemas nacionais (art. 218, caput, e § 2o, da CF/88).
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RINALDO MOUZALAS DE SOUZA E SILVA
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AUTOTUTELA PELO PARTICULAR NO DIREITO BRASILEIRO
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Orientador : LEONARDO JOSE RIBEIRO COUTINHO BERARDO CARNEIRO DA CUNHA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA JOSÉ OLIVEIRA CAPELO PINTO DE RESENDE
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ANTONIO DO PASSO CABRAL
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HEITOR VITOR MENDONÇA FRALINO SICA
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LEONARDO JOSE RIBEIRO COUTINHO BERARDO CARNEIRO DA CUNHA
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ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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SERGIO TORRES TEIXEIRA
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Data: 16/05/2023
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A tese tem como principal objetivo a reformulação do conceito de autotutela pelo particular no direito privado brasileiro. A partir de uma pesquisa-ação, realizada de forma indireta, pelo método hipotético-dedutivo, o trabalho apresenta o estado da arte relativo ao tema e analisa os casos típicos e atípicos de autotutela pelo particular no direito privado brasileiro, bem como os institutos assemelhados de uso admitido e proibido. Em seguida, identifica e sistematiza os pressupostos de caracterização e os requisitos necessários ao exercício da autotutela, para, ao fim, além de estabelecer limites, propor a atualização conceitual.
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A tese tem como principal objetivo a reformulação do conceito de autotutela pelo particular no direito privado brasileiro. A partir de uma pesquisa-ação, realizada de forma indireta, pelo método hipotético-dedutivo, o trabalho apresenta o estado da arte relativo ao tema e analisa os casos típicos e atípicos de autotutela pelo particular no direito privado brasileiro, bem como os institutos assemelhados de uso admitido e proibido. Em seguida, identifica e sistematiza os pressupostos de caracterização e os requisitos necessários ao exercício da autotutela, para, ao fim, além de estabelecer limites, propor a atualização conceitual.
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BIANCA MARIA VENTURA CARVALHO DIAS
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INVISIBILIDADE SOCIAL E CONDIÇÃO PRECÁRIA À LUZ DA TEORIA SOCIAL CRÍTICA JUSLABORAL: a maior precarização das relações de trabalho das pessoas trans, no Recife/PE, durante a pandemia de Coronavírus-19, no ano de 2020
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Orientador : MICHEL ZAIDAN FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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MICHEL ZAIDAN FILHO
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CARLO BENITO COSENTINO FILHO
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MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO
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SERGIO TORRES TEIXEIRA
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FERNANDA BARRETO LIRA
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ROGERIA GLADYS SALES GUERRA
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Data: 29/05/2023
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O presente estudo tem como objeto as relações de trabalho de pessoas travestis e transexuais, no ano de 2020, em meio ao auge da pandemia de coronavírus-19. A análise visa a aferir a eventual piora das condições laborais de tal população, por meio da análise de relatórios da organização #VoteLGBT, que entrevistou, nos anos de 2020 e 2021, a população LGBT+ nas cinco regiões do país. A Teoria Social Crítica e sua aplicação ao direito do trabalho servem de pilares para serem averiguados conceitos como condição precária, reconhecimento e a necessidade de ampliação do próprio objeto de estudo do direito do trabalho, o qual, defende-se, necessita, urgentemente, ser alargado, a fim de que se estenda aos trabalhadores não protegidos pelo manto da formalidade.
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O presente estudo tem como objeto as relações de trabalho de pessoas travestis e transexuais, na cidade do Recife/PE, no ano de 2020, em meio ao auge da pandemia de Coronavírus-19. A análise visa a aferir a eventual piora das condições laborais de tal população, por meio da escuta de moradoras de uma casa de acolhimento coletiva, as quais, até o ano de 2019, costumavam abordar, em espaços públicos, pessoas que pudessem contribuir com a manutenção dos gastos das referidas residentes. A Teoria Social Crítica e sua aplicação ao direito do trabalho servem de pilares para serem analisados conceitos como condição precária, reconhecimento e a necessidade de ampliação do próprio objeto de estudo do direito do trabalho, o qual defende-se, necessita, urgentemente, ser alargado, a fim de que se estenda aos trabalhadores não protegidos pelo manto da formalidade.
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JULIANA MELCOP DE CASTRO SCHOR
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DESENVOLVIMENTO DO MERCADO DE ENERGIA EÓLICA OFFSHORE NO BRASIL: Cenário jurídico-regulatório atual e perspectivas futuras
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Orientador : MARCOS ANTONIO RIOS DA NOBREGA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCOS ANTONIO RIOS DA NOBREGA
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HUMBERTO JOAO CARNEIRO FILHO
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ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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LIVIA MEDEIROS AMORIM VELONI
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LUIZ EDUARDO DINIZ ARAUJO
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RENATA OLIVEIRA ALMEIDA MENEZES
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Data: 30/05/2023
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As usinas eólicas offshore, que constituem parques geradores de energia elétrica movidos pelo vento e localizados em áreas marinhas, são uma realidade em diversos países, em especial na Europa. No Brasil, já se constatou a abundância de recursos energéticos para a fonte, com a presença de quase 700 GW disponíveis. Há interesse crescente de investidores na fonte eólica offshore no Brasil, porém inexiste marco jurídico-regulatório claro e com segurança jurídica para tal fim no país, bem como ausência de interesse político efetivo no seu desenvolvimento. O objetivo desta tese consiste em verificar a situação atual do marco jurídico-regulatório para a fonte eólica offshore no país, bem como apontar as próximas etapas a serem estudadas e desenvolvidas caso politicamente opte-se por apoiar a referida indústria, com o fito de permitir o máximo aproveitamento de seus benefícios ao Estado, aos empreendedores e à população. Mediante pesquisa bibliográfica e documental, utilizando o método indutivo-dedutivo, com uma análise qualitativa, pretende-se testar a hipótese de que a legislação e a regulação aplicável ao desenvolvimento de usinas eólicas offshore no Brasil ainda é insatisfatória. Inicialmente, elucida-se o motivo de investir na fonte, para em seguida resgatar-se as premissas históricas da fonte eólica onshore no Brasil e as raízes da fonte offshore na Europa. São analisadas as normas existentes voltadas à cessão de áreas marítimas e os projetos de lei sobre o tema. Há aprofundamento no papel do hidrogênio de baixo carbono como catalisador da fonte, bem como na potencialidade de melhoria da infraestrutura relacionada às usinas eólicas offshore, nomeadamente a indústria portuária, descortinando que o desenvolvimento da geração em ambiente marítimo traz benefícios e sinergias adicionais à produção energética em si. Ao final, examinam-se as políticas adotadas por EUA e Colômbia no desenvolvimento das usinas eólicas offshore, propondo-se que o Brasil adote, ao menos, um quadro jurídico-regulatório claro e com segurança jurídica para atração dos investidores, porém revelando que o êxito na criação de um mercado offshore nacional pressupõe, ainda, envolvimento político e instituição de políticas públicas de fomento.
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As usinas eólicas offshore, que constituem parques geradores de energia elétrica movidos pelo vento e localizados em áreas marinhas, são uma realidade em diversos países, em especial na Europa. No Brasil, já se constatou a abundância de recursos energéticos para a fonte, com a presença de quase 700 GW disponíveis. Há interesse crescente de investidores na fonte eólica offshore no Brasil, porém inexiste marco jurídico-regulatório claro e com segurança jurídica para tal fim no país, bem como ausência de interesse político efetivo no seu desenvolvimento. O objetivo desta tese consiste em verificar a situação atual do marco jurídico-regulatório para a fonte eólica offshore no país, bem como apontar as próximas etapas a serem estudadas e desenvolvidas caso politicamente opte-se por apoiar a referida indústria, com o fito de permitir o máximo aproveitamento de seus benefícios ao Estado, aos empreendedores e à população. Mediante pesquisa bibliográfica e documental, utilizando o método indutivo-dedutivo, com uma análise qualitativa, pretende-se testar a hipótese de que a legislação e a regulação aplicável ao desenvolvimento de usinas eólicas offshore no Brasil ainda é insatisfatória. Inicialmente, elucida-se o motivo de investir na fonte, para em seguida resgatar-se as premissas históricas da fonte eólica onshore no Brasil e as raízes da fonte offshore na Europa. São analisadas as normas existentes voltadas à cessão de áreas marítimas e os projetos de lei sobre o tema. Há aprofundamento no papel do hidrogênio de baixo carbono como catalisador da fonte, bem como na potencialidade de melhoria da infraestrutura relacionada às usinas eólicas offshore, nomeadamente a indústria portuária, descortinando que o desenvolvimento da geração em ambiente marítimo traz benefícios e sinergias adicionais à produção energética em si. Ao final, examinam-se as políticas adotadas por EUA e Colômbia no desenvolvimento das usinas eólicas offshore, propondo-se que o Brasil adote, ao menos, um quadro jurídico-regulatório claro e com segurança jurídica para atração dos investidores, porém revelando que o êxito na criação de um mercado offshore nacional pressupõe, ainda, envolvimento político e instituição de políticas públicas de fomento.
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BRUNO JORGE RIJO LAMENHA LINS
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O MINISTÉRIO PÚBLICO DE 1988: construção, trajetória e mudanças institucionais na fronteira entre o jurídico e o político
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Orientador : JOAO PAULO FERNANDES DE SOUZA ALLAIN TEIXEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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EDILSON PEREIRA NOBRE JUNIOR
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ELA WIECKO VOLKMER DE CASTILHO
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ERNANI RODRIGUES DE CARVALHO NETO
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FLAVIANNE FERNANDA BITENCOURT NOBREGA
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JOAO PAULO FERNANDES DE SOUZA ALLAIN TEIXEIRA
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MARIA TEREZA AINA SADEK
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Data: 31/05/2023
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Este trabalho procura estabelecer uma reflexão sobre a trajetória institucional do Ministério Público de 1988 (MP), orientada pela seguinte pergunta de pesquisa: quais os elementos, eventos e sequências temporais relevantes para explicar a configuração normativa, a visibilidade social e a ampla capacidade de intervenção nas questões de relevo público que hoje caracterizam o Ministério Público brasileiro? Ciente do fato da pluralidade institucional decorrente do modelo federativo brasileiro, propõe-se que há possibilidades e até vantagens analíticas em se promover a discussão aqui pretendida tomando o Ministério Público como uma organização nacional, na medida em que há um marco normativo e uma agenda corporativa compartilhados, além de evidências de um isomorfismo institucional entre os diferentes órgãos ministeriais existentes no País. Para fazer frente a esse empreendimento de pesquisa, nomeadamente em razão da abrangência da discussão a ser desenvolvida, utilizar-se-á o institucionalismo histórico (IH) como marco teórico principal. Essa escolha se justifica em razão da vocação dessa abordagem analítica para a reflexão sobre a capacidade de agência de atores estatais — com a mobilização do fenômeno do pluralismo estatal identificado por Arantes (2015) como uma característica típica do sistema de justiça brasileiro —, e para a construção de explicações causais sobre processos históricos-temporais com base em evidências qualitativas. Nessa perspectiva, a estratégia de pesquisa se propõe à investigação de três momentos-chave para a trajetória do Ministério Público tomado como organização nacional, com o fito de identificar suas implicações no desempenho institucional do órgão: i) o processo de construção institucional que tornou possível o desenho institucional legado pelo Constituinte de 1987/1988; ii) a principal mudança institucional formal no desenho constitucional do órgão, com a criação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), instância de controle externo da atividade ministerial, estabelecida pela EC 45/2004; iii) um processo de mudança institucional gradual amplamente proposto pela literatura especializada, no qual o MP brasileiro teria deixado de priorizar a defesa de direitos difusos, coletivos e institucionais homogêneos em benefício da atuação no âmbito da repressão penal anticorrupção. A metodologia adotada na tese é a de mapeamento de processos (process tracing), tendo como fonte principal um levantamento documental que contempla a consulta de debates legislativos e internos aos órgãos ministeriais, atos normativos relacionados à atuação do MP e do CNMP, além da memória advinda de registros de diferentes espécies e que tenham pertinência com o tema da pesquisa, tais como entrevistas, discursos de posse e documentos produzidos por associações de classe. Além disso, buscou-se empreender uma revisão da literatura específica sobre o MP de 1988, sem pretensão exaustiva e independentemente da adoção da análise institucional como lente de estudo, com o objetivo de estabelecer um certo estado da arte das pesquisas sobre a organização. A hipótese geral da tese é a de que a trajetória do Ministério Público de 1988 e as principais mudanças institucionais ocorridas após a Constituição Federal de 1988 permitem identificar a organização como uma espécie de caixa de ressonância de algumas das principais tensões e ambiguidades decorrentes da solução conciliatória que caracterizou a transição democrática e o processo constituinte de 1987-1988. Essa seria uma das razões principais para um certo mimetismo que tem caracterizado os discursos, a identidade e o desempenho institucional do MP brasileiro nas décadas posteriores à promulgação da Constituição de 1988.
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Este trabalho procura estabelecer uma reflexão sobre a trajetória institucional do Ministério Público de 1988 (MP), orientada por duas perguntas de pesquisa: i) qual o local ocupado por uma organização como o Ministério Público no projeto democrático estabelecido pela Constituição de 1988 (CRFB/88) para a Nova República? ii) o desenho institucional estabelecido na CFRB/88 foi capaz de perseguir adequadamente os objetivos para os quais o MP foi instituído? Ciente do fato da pluralidade institucional decorrente do modelo federativo brasileiro, propõe-se que há possibilidades e até vantagens analíticas em se promover a discussão aqui pretendida tomando o Ministério Público como uma organização nacional, na medida em que há um marco normativo e uma agenda corporativa compartilhados, além de evidências de um isomorfismo institucional entre os diferentes órgãos ministeriais existentes no País. Para fazer frente a esse empreendimento de pesquisa, nomeadamente em razão da abrangência da discussão a ser desenvolvida, utilizar-se-á o institucionalismo histórico (IH) como marco teórico principal. Essa escolha se justifica em razão da vocação dessa abordagem analítica para a reflexão sobre a capacidade de agência de atores estatais — com a mobilização do fenômeno do pluralismo estatal identificado por Arantes (2015) como uma característica típica do sistema de justiça brasileiro —, e para a construção de explicações causais sobre processos históricos-temporais com base em evidências qualitativas. Nessa perspectiva, a estratégia de pesquisa se propõe à investigação de três momentos-chave para a trajetória do Ministério Público tomado como organização nacional, com o fito de identificar suas implicações no desempenho institucional do órgão: i) o processo de construção institucional que tornou possível o desenho institucional legado pelo Constituinte de 1987/1988; ii) a principal mudança institucional formal no desenho constitucional do órgão, com a criação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), instância de controle externo da atividade ministerial, estabelecida pela EC 45/2004; iii) um processo de mudança institucional gradual amplamente proposto pela literatura especializada, no qual o MP brasileiro teria deixado de priorizar a defesa de direitos difusos, coletivos e institucionais homogêneos em benefício da atuação no âmbito da repressão penal anticorrupção. A metodologia adotada na tese é a de mapeamento de processos (process tracing), tendo como fonte principal um levantamento documental que contempla a consulta de debates legislativos e internos aos órgãos ministeriais, atos normativos relacionados à atuação do MP e do CNMP, além da memória advinda de registros de diferentes espécies e que tenham pertinência com o tema da pesquisa, tais como entrevistas, discursos de posse e documentos produzidos por associações de classe. Além disso, buscou-se empreender uma revisão da literatura específica sobre o MP de 1988, sem pretensão exaustiva e independentemente da adoção da análise institucional como lente de estudo, com o objetivo de estabelecer um certo estado da arte das pesquisas sobre a organização. A hipótese geral da tese é a de que o desenho institucional do MP de 1988, em que pese o estabelecimento de uma série de prerrogativas administrativas e funcionais, contribuiu para o desenvolvimento de uma organização de desempenho potencialmente mimético, cuja identidade, discurso e prioridades de atuação são bastante permeáveis à conjuntura interna e externa.
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IGOR BELTRAO CASTRO DE ASSIS
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UMA ARQUEOLOGIA DO FUTURO: domínio imaginário, proibição da degradação e feminismo ético em Drucilla Cornell
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Orientador : TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA WALKÍRIA DE FARO COELHO GUEDES CABRAL
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CARINA BARBOSA GOUVEA
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FLAVIA DANIELLE SANTIAGO LIMA
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GUSTAVO JUST DA COSTA E SILVA
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TORQUATO DA SILVA CASTRO JUNIOR
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Data: 31/05/2023
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Drucilla Cornell foi uma filósofa, advogada e ativista estadunidense, nascida em 1950, integrante da chamada terceira onda da teoria feminista. Sua noção de domínio imaginário como o espaço moral, legal e ético de que os seres humanos corporificados e sexuados precisam para representar suas diferentes personas tem se mostrado útil para repensar, a partir do feminismo, o que é de valor na privacidade, exigindo que todo o discurso do privado e do público seja inteiramente repensado, particularmente devido à fragilidade das nossas vidas como seres humanos corporificados. Segundo a autora, a privacidade, tanto na filosofia anglo- europeia, como na jurisprudência da Suprema Corte dos Estados Unidos sempre se voltou para a noção do indivíduo como um dado e da pessoa legal como expressão dessa ideia de um sujeito autônomo inextrincavelmente ligado à propriedade privada e a espaços literais de abrigo. Em 1995, em um trabalho intitulado The imaginary domain, a autora argumentou, porém, que precisamos de uma retórica política e ética inteiramente nova para defender adequadamente os direitos cruciais pelos quais as feministas lutaram. O domínio imaginário nos permite ser a fonte do nosso próprio imaginário e das narrativas de como nos corporificamos como seres sexuados que inevitavelmente veem a si mesmos por meio de uma imago inconsciente que pode ser infinitamente representada, repreformada e, finalmente, renarrada no infinito projeto de se tornar uma pessoa. A chave para esse argumento é a ideia de que a pessoa não é um dado, mas um projeto que perseguimos ao longo de nossas vidas. Este projeto exige condições mínimas de individuação que devem ser garantidas por meio das muitas formas do chamado “apoio público”. Neste trabalho, pretendo apresentar o conceito de domínio imaginário como tematizado por Cornell, tendo como um fio condutor de algumas suas formas de expressão e inspiração em termos de atuação política e jurídica as questões da distribuição e da produção de pornografia, nesse intuito, que, como penso, podem inspirar caminhos de atuação nessas esferas também no Brasil dos nossos dias.
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Nas últimas décadas, Drucilla Cornell se estabeleceu como uma das principais pensadoras feministas do direito nos Estados Unidos. Ela é também uma das feministas estadunidenses mais bem versadas em termos filosóficos, e de franca orientação teórica na mais recente onda da teoria feminista. Sua noção de domínio imaginário como o espaço moral, legal e ético de que os seres humanos corporificados e sexuados precisam para representar suas diferentes personas tem se mostrado útil para repensar, a partir do feminismo, o que é de valor na privacidade, exigindo que todo o discurso do privado e do público seja inteiramente repensado, particularmente devido à fragilidade das nossas vidas como seres humanos corporificados. Segundo a autora, a privacidade, tanto na filosofia anglo-europeia, como na jurisprudência da Suprema Corte dos Estados Unidos sempre se voltou para a noção do indivíduo como um dado e da pessoa legal como expressão dessa ideia de um sujeito autônomo inextrincavelmente ligado à propriedade privada e a espaços literais de abrigo. Em 1995, em um trabalho intitulado The imaginary domain, a autora argumentou, porém, que precisamos de uma retórica política e ética inteiramente nova para defender adequadamente os direitos cruciais pelos quais as feministas lutaram. O domínio imaginário nos permite ser a fonte do nosso próprio imaginário e das narrativas de como nos corporificamos como seres sexuados que inevitavelmente veem a si mesmos por meio de uma imago inconsciente que pode ser infinitamente representada, re-preformada e, finalmente, renarrada no infinito projeto de se tornar uma pessoa. A chave para esse argumento é a ideia de que a pessoa não é um dado, mas um projeto que perseguimos ao longo de nossas vidas. Este projeto exige condições mínimas de individuação que devem ser garantidas por meio das muitas formas do chamado “apoio público”. Neste trabalho, pretendo apresentar o conceito de domínio imaginário como tematizado por Cornell, tendo como um fio condutor de algumas suas formas de expressão e inspiração em termos de atuação política e jurídica as questões da distribuição e da produção de pornografia, nesse intuito, que, como penso, podem inspirar caminhos de atuação nessas esferas também no Brasil dos nossos dias.
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CARLOS ANDRÉ MACIEL PINHEIRO PEREIRA
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A RECONSTRUÇÃO DA COOPERAÇÃO PROCESSUAL NA PERSPECTIVA DO AGIR COMUNICATIVO: DECISÃO JUDICIAL E RACIONALIDADE COMUNICATIVA
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Orientador : MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO
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MEMBROS DA BANCA :
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RICARDO TINOCO DE GOES
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ALEXANDRE GUSTAVO MELO FRANCO DE MORAES BAHIA
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ANTONELLA BRUNA MACHADO TORRES GALINDO
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MARIANA PIMENTEL FISCHER PACHECO
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SERGIO TORRES TEIXEIRA
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Data: 05/06/2023
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A teoria de Habermas traz elementos contrafáticos que permitem, a partir da metódica reconstrutiva e da razão comunicativa, desvelar potenciais de transformação e emancipação presentes nas sociedades capitalistas. De outro lado, o Código de Processo Civil traz um possível modelo procedimental, consoante a adoção da cooperação processual como uma norma fundamental que guiará o comportamento dos sujeitos processuais. Neste entrementes, a presente tese almeja empregar o método da reconstrução habermasiano na cooperação processual, usando como matriz a teoria do agir comunicativo e seu desdobramento na teoria de uma decisão jurídica procedimental desenvolvida na obra Facticidade e Validade. Tem como objetivo verificar se, a partir da cooperação processual, o direito processual civil cumpre com os requisitos procedimentais habermasianos para produção de decisões judiciais corretas e consistentes. Também pretende analisar se existem circunstâncias emancipatórias que permitam ganhos na legitimidade das decisões judiciais, tanto para o jurisdicionado quanto para a sociedade civil. Como conclusão, a tese compreende que a cooperação processual possibilita, no campo endoprocessual, um acréscimo de legitimidade, em especial no tocante a formação dos precedentes judiciais e, na esfera exoprocessual, permite que seja feito o accountability do julgado, visando combater as figuras de perversão do direito.
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A teoria de Habermas traz elementos contrafáticos que permitem, a partir da metódica reconstrutiva e da razão comunicativa, desvelar potenciais de transformação e emancipação presentes nas sociedades capitalistas. De outro lado, o Código de Processo Civil traz um possível modelo procedimental, consoante a adoção da cooperação processual como uma norma fundamental que guiará o comportamento dos sujeitos processuais. Neste entrementes, a presente tese almeja empregar o método da reconstrução habermasiano na cooperação processual, usando como matriz a teoria do agir comunicativo e seu desdobramento na teoria de uma decisão jurídica procedimental desenvolvida na obra Facticidade e Validade. Tem como objetivo verificar se, a partir da cooperação processual, o direito processual civil cumpre com os requisitos procedimentais habermasianos para produção de decisões judiciais corretas e consistentes. Também pretende analisar se existem circunstâncias emancipatórias que permitam ganhos na legitimidade das decisões judiciais, tanto para o jurisdicionado quanto para a sociedade civil. Como conclusão, a tese compreende que a cooperação processual possibilita, no campo endoprocessual, um acréscimo de legitimidade, em especial no tocante a formação dos precedentes judiciais e, na esfera exoprocessual, permite que seja feito o accountability do julgado, visando combater as figuras de perversão do direito.
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ANDRE FELIPE DE LIMA COSTA
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O GOVERNO LULA E A CRISE DO SINDICALISMO: A BUSCA PELA RECONFIGURAÇÃO DAS LUTAS COLETIVAS E UM NOVO SENTIDO PARA O MOVIMENTO SINDICAL
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Orientador : MICHEL ZAIDAN FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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FERNANDA BARRETO LIRA
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HUGO CAVALCANTI MELO FILHO
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JOAO POLICARPO RODRIGUES LIMA
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JULIANA TEIXEIRA ESTEVES
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MICHEL ZAIDAN FILHO
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Data: 31/07/2023
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Este trabalho analisa a influência do governo Lula (2003 – 2010) na crise do sindicalismo brasileiro e, partindo dessa premissa, a necessidade de se buscar uma nova reconfiguração das lutas coletivas e um novo sentido para o movimento sindical. O corte da pesquisa para a realidade sindical brasileira não rejeita a observação também do cenário internacional, alicerçado por um viés histórico. Faz-se um estudo dos acontecimentos que moldaram o sindicalismo, como o choque das correntes e revoluções liberais, socialistas e anarquistas, pela perspectiva da luta de classes surgidas nas provocações marxianas a partir da Revolução Industrial. Nesse sentido, aprofundar-se-á o que representa economicamente um projeto dirigido pela burguesia, as classes dominantes, e outro pela classe trabalhadora: como a economia se torna um instrumento de captura política ao interesse de quem controla o aparelho estatal. Nesse espeque, imprescindível tratar da narrativa democrática em que mergulham os países ocidentais em concepções teóricas pautadas na liberdade e igualdade que, de certa forma, aliena e faz da democracia apenas uma retórica distante da realidade da maioria, por isso a crise da representatividade democrática. Esse Estado Moderno, herdeiro das revoluções liberais e socialistas, encontra-se em um divã, pois tem como desafio vencer a burocratização e se aproximar de fato de um projeto popular. Abordar-se-á a visão do Estado burocratizado, de uma ineficiência e supressão de liberdade que mesmo os teóricos anarquistas e marxistas não conseguem convencer a transformar essa controversa definição em uma ideia positiva. Por isso, o autor questiona a definição liberal de democracia em que apenas se grita, mas nada se modifica, e sim, pela ótica teórica marxista, possibilitar uma nova vertigem para além das diretrizes da sociedade industrial, coordenada por um neointernacionalismo operário, amalgamado pelo encurtamento geográfico pelo beneplácito da tecnologia. Interromper o ciclo laboral como sobrevivência, não alienar, mas conscientizar. Nesse sentido, será fundamental consolidar e fazer prevalecer o pensamento da luta de classes em detrimento da luta de categoria, afastar a consequência direta do capitalismo, o corporativismo, como moeda de troca eficiente para manter o sistema em favor dos donos do capital. Em seguida, atuar na tentativa de refundar os sindicatos sobre uma nova condição de sindicalismo mais concatenado com movimentos libertários e emancipatórios do século XXI ante uma visão do século passado em que o movimento sindical se tornou refém de guetos laborais sem dialogar de fato com as necessidades libertárias mundiais. Mais adiante, investigar-se-á como a precarização das condições de trabalho, agudizada pela captura da estética neoliberal, faz da cultura do empreendedorismo não uma vocação empresarial, mas uma alienação de quem é trabalhador ou trabalhadora e não se reconhece. Cada vez mais o individualismo demarca o pensamento da classe trabalhadora. No entanto, a organização sindical, entendendo o poder da comunicação das redes sociais e adjacentes, pode se transformar numa ferramenta de reaproximação e empatia com o sofrimento coletivo e não um mote de alienação. Por fim, demonstrar-se-á que um país com gargalos históricos estruturais como o Brasil, alicerçado no escravagismo, racismo estrutural e institucional, não encontrará solução com a tomada do poder político por um partido de centro-esquerda, enquanto o pensamento dos trabalhadores ou trabalhadoras latino-americanos, pautados no complexo, afastados da dignidade, confundirão políticas emancipatórias com políticas conciliatórias, afagados pela economia. Serão vulneráveis para projetos fascistas populistas, os quais atuam em políticas contrárias aos seus interesses, mas atuam nos costumes e fortalecem o complexo da classe trabalhadora. O projeto político sucumbirá sem a resistência que somente a teoria marxista seria capaz de sustentar.
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Este trabalho analisa a influência do governo Lula (2003 – 2010) na crise do sindicalismo brasileiro e, partindo dessa premissa, a necessidade de se buscar uma nova reconfiguração das lutas coletivas e um novo sentido para o movimento sindical. O corte da pesquisa para a realidade sindical brasileira não rejeita a observação também do cenário internacional, alicerçado por um viés histórico. Faz-se um estudo dos acontecimentos que moldaram o sindicalismo, como o choque das correntes e revoluções liberais, socialistas e anarquistas, pela perspectiva da luta de classes surgidas nas provocações marxianas a partir da Revolução Industrial. Nesse sentido, se aprofundará o que representa economicamente um projeto dirigido pela burguesia, as classes dominantes, e outro pela classe trabalhadora: Como a economia se torna um instrumento de captura política ao interesse de quem controla o aparelho Estatal. Nesse espeque, imprescindível tratar da narrativa democrática em que mergulham os países ocidentais em concepções teóricas pautado na liberdade e igualdade que, de certa forma, aliena e faz da democracia apenas uma retórica distante da realidade da maioria, por isso a crise da representatividade democrática. Esse Estado Moderno, herdeiro das revoluções liberais e socialistas, encontra-se em um divã, pois tem como desafio vencer a burocratização e se aproximar de fato de um projeto popular. Após, trabalhar – se - á como o conceito de ditadura do proletariado aproxima essa visão de Estado burocratizado a uma ineficiência e supressão de liberdade que mesmo os teóricos anarquistas e marxistas não conseguem convencer a transformar essa controversa definição em uma ideia positiva. Por isso o autor vislumbra trabalhar o conceito de democracia proletária, não se baseando na definição liberal de democracia em que apenas se grita, mas nada se modifica, e sim, pela ótica teórica marxista possibilitar uma nova vertigem para além das diretrizes da sociedade industrial, coordenado por um neo internacionalismo operário, amalgamado pelo encurtamento geográfico pelo beneplácito da tecnologia. Interromper o ciclo laboral como sobrevivência, não alienar, mas conscientizar. Nesse sentido, será fundamental consolidar e fazer prevalecer o pensamento da luta de classes em detrimento da luta de categoria, afastar a consequência direta do capitalismo, o corporativismo, como moeda de troca eficiente para manter o sistema em favor dos donos do capital. Em seguida, atuar na tentativa de refundar os sindicatos sobre uma nova condição de sindicalismo mais concatenado com movimentos libertários e emancipatórios decoloniais do século XXI ante uma visão pretérita do século passado em que movimento sindical tornou-se refém de guetos laborais sem dialogar de fato com as necessidades libertárias mundiais. Mais adiante, se investigará como a precarização das condições de trabalho e agudizada pela captura da estética neoliberal, faz da cultura do empreendedorismo, não uma vocação empresarial, mas uma alienação de quem é trabalhador ou trabalhadora e não se reconhecem. Tentará se demonstrar como o paradigma tecnológico aproxima pessoas, mas distancia realidades. Cada vez mais o individualismo demarca o pensamento da classe trabalhadora e como a organização sindical, entendendo o poder da comunicação das redes sociais e adjacentes pode se transformar numa ferramenta de reaproximação e empatia com o sofrimento coletivo e não como mote de alienação. Por fim, se demonstrará de que um país com gargalos históricos estruturais como o Brasil, alicerçado no escravagismo e racismo estrutural, não se resolverá com a tomada do poder político por um partido de centro - esquerda, enquanto o pensamento do trabalhador ou trabalhadora latina– americana, pautada no complexo, afastados da dignidade, confundirão políticas emancipatórias com políticas conciliatórias, afagados pela economia. Serão vulneráveis para projetos fascistas populistas os quais atuam em políticas contrárias aos seus interesses, mas atuam nos costumes e fortalecem o complexo da classe trabalhadora. O projeto político sucumbirá sem a resistência que somente a teoria marxista seria capaz de sustentar.
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LORENA BRAGA D'ALMEIDA GUEDES DUARTE
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Divórcio e partilha de bens em face da sociedade empresarial limitada: frutos, administração e avaliação do patrimônio partilhável
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Orientador : LARISSA MARIA DE MORAES LEAL
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MEMBROS DA BANCA :
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INGRID ZANELLA ANDRADE CAMPOS
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LARISSA MARIA DE MORAES LEAL
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ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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ROBERTO PINHEIRO CAMPOS GOUVEIA FILHO
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SERGIO TORRES TEIXEIRA
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VENCESLAU TAVARES COSTA FILHO
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Data: 28/09/2023
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A doutrina brasileira ainda é incipiente quanto à análise dos reflexos da conjugalidade 1 na seara do direito empresarial e societário, não havendo quem tenha se aprofundado no tema quanto à perspectiva retroalimentar da gestão patrimonial familiar e da gestão patrimonial da sociedade empresarial, sobretudo no ínterim que compreende o término da sociedade conjugal até a efetiva partilha. A dualidade entre o conjunto normativo aplicável ao direito de família e aquele próprio do direito empresarial societário dificulta a verticalização da análise no âmbito pragmático quando se pretende aferir a possibilidade de fraude à meação do cônjuge não sócio. Outrossim, como a legislação nacional também não enfrenta a hipótese temática diretamente, confere imprevisibilidade quanto à solução de cada caso que se apresenta em conflito, sujeitando-o à combinação normativa que vier a ser montada em cada ocasião. Tal dissonância normativa permeia o judiciário com posicionamentos pouco uniformes, abrindo espaço para fraudes à partilha de bens e prolongando os conflitos familiares para além do tempo razoável. Tal fato confere importante ineditismo ao tema ora proposto, que pretende analisar a problemática decorrente da dissonância entre o direito de família e o direito empresarial societário em sede de divórcio e partilha, alinhado ao propósito de identificar o mais adequado conjunto normativo aplicável. O problema de partida consiste em identificar se é possível estabelecer um regime de precedência dos interesses dos divorciandos ou ex-cônjuges, quando da partilha, em face dos interesses da sociedade empresarial pluripessoal limitada, sob a perspectiva da eficácia normativa pertinente aos dois principais ramos do direito envolvidos no cenário apontado. Em face do problema de pesquisa, ainda que não seja possível o levantamento de todas as possíveis implicações ensejadas pela temática, ao menos duas hipóteses possuem especial aptidão para reduzir a insegurança jurídica que paira sobre a questão posta: 1) a primeira hipótese afasta a possibilidade de haver equilíbrio entre os polos, pois elege como premissa proteção constitucional dada às famílias e a natureza cogente da regras de regime de bens, que teria o condão de sobrepor o estatuto patrimonial familiar em face dos interesses da sociedade empresarial; 2) em segunda perspectiva, o equilíbrio também não parece atingível em razão de elevar temas também caros à constituição federal, conduzido a solução dos casos às normas protetivas da livre iniciativa, da empresa e, em consequência, de todas as pessoas cujo sustento dela possam depender. O trabalho se desenvolve utilizando-se do método hipotético-dedutivo, a partir de premissas teóricas levantadas.
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A doutrina brasileira ainda é incipiente quanto à análise dos reflexos da conjugalidade1e do divórcio na seara do direito empresarial e societário, não havendo quem tenha enfrentado o tema na perspectiva retroalimentar da gestão patrimonial familiar e da gestão empresarial ao tempo do divórcio e/ou da partilha. A dualidade entre o conjunto normativo aplicável ao direito de família e aquele próprio do direito empresarial societário dificulta a verticalização da análise no âmbito pragmático. Tal dissonância normativa permeia o judiciário com posicionamentos pouco uniformes, abrindo espaço para fraudes à partilha de bens e prolongando os conflitos familiares para além do tempo razoável. Tal fato confere importante ineditismo ao tema ora proposto, que pretende analisar a problemática decorrente da dissonância entre o direito de família e o direito empresarial societário em sede de divórcio e partilha, alinhado ao propósito de identificar o mais adequado conjunto normativo aplicável. O problema de partida consiste em identificar se é possível estabelecer um ponto de equilíbrio entre os interesses dos divorciandos ou ex-cônjuges, quando da partilha, em face dos interesses da sociedade empresarial limitada, sob a perspectiva da eficácia normativa pertinente aos dois principais ramos do direito envolvidos no cenário apontado. Outrossim, como a legislação nacional também não enfrenta a hipótese temática diretamente, confere imprevisibilidade quanto à solução de cada caso que se apresenta em conflito, sujeitando-o à combinação normativa que vier a ser montada em cada ocasião. Ainda que não seja possível o levantamento de todas as possíveis implicações que o tema enseja, ao menos três hipóteses possuem especial aptidão para reduzir a insegurança jurídica que paira sobre o problema delineado: 1) a primeira hipótese afasta a possibilidade de haver equilíbrio entre os polos, pois elege como premissa a hierarquia do direito de família em face do direito empresarial, apoiada precipuamente na proteção constitucional da família; 2) em segunda perspectiva, o equilíbrio também não parece atingível em razão de elevar temas também caros à constituição federal, que poderiam conduzir a solução dos casos às normas protetivas da livre iniciativa, da empresa e, em consequência, de todas as pessoas cujo sustento dela possam depender; 3) já a terceira hipótese trabalha com margem de flexibilidade normativa em busca de estabelecer o equilíbrio entre os interesses da família, da sociedade empresarial e dos sócios, combinando as normas mediante critérios taxativamente dispostos a fim de promover, em simultâneo, soluções mais anatômicas sem abrir mão da previsibilidade tão cara à segurança jurídica. O trabalho se desenvolve utilizando-se do método hipotético-dedutivo, a partir de premissas teóricas levantadas.
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RENATA PERCILIO RODRIGUES
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A NATUREZA SUPERFICIÁRIA DO DIREITO DE LAJE E O PAPEL DA AUTONOMIA DA VONTADE NA HARMONIZAÇÃO DOS MODELOS LEGISLATIVOS
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Orientador : ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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CATARINA ALMEIDA DE OLIVEIRA
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DANTE PONTE DE BRITO
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RAFAEL VEIRA DE AZEVEDO
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ROBERTO PAULINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR
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SILVIO ROMERO BELTRAO
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VENCESLAU TAVARES COSTA FILHO
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Data: 29/09/2023
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O direito de laje entrou no ordenamento jurídico brasileiro através da Medida Provisória no 759, posteriormente convertida na Lei no 13.465/17. Inserido no rol dos direitos reais do Código Civil, acendeu os debates doutrinários por apresentar diversos pontos de contato com o direito de superfície, o que levou ao questionamento acerca dos contornos típicos de cada direito e da existência de uma dupla tipificação. O direito de se ceder o espaço aéreo e o subsolo afim de que se erija uma nova unidade imobiliária levou à percepção de esvaziamento do direito de superfície e para alguma doutrina, da natureza superficiária do direito novo. O direito de laje surge como um instrumento de planificação urbana destinado à dinamização da propriedade que viabiliza um maior índice de verticalização, sendo inclusive uma grande demanda em torno deste instituto a regularização das situações fáticas já existentes nos grandes centros urbanos cujas unidades habitacionais são objeto de transações realizadas sem segurança jurídica. Uma vez consagrado o direito de laje como direito real, na prática, o negócio jurídico de cessão do espaço aéreo esbarra no problema do compartilhamento do suporte fático entre o direito de laje e o direito de superfície. Estabelecido o conflito normativo, importa saber o grau de autonomia das partes negociais na escolha do regramento aplicável ao instrumento de cessão, e, ainda, sendo incidentes ambos os regramentos, qual a real possibilidade de combinação ou harmonização dos modelos legislativos no que diz respeito às disposições negociais.
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O direito de laje entrou no ordenamento jurídico brasileiro através da Medida Provisória no 759, posteriormente convertida na Lei no 13.465/17. Inserido no rol dos direitos reais do Código Civil, acendeu os debates doutrinários por apresentar diversos pontos de contato com o direito de superfície, o que levou ao questionamento acerca dos contornos típicos de cada direito e da existência de uma dupla tipificação. O direito de se ceder o espaço aéreo e o subsolo afim de que se erija uma nova unidade imobiliária levou à percepção de esvaziamento do direito de superfície e para alguma doutrina, da natureza superficiária do direito novo. O direito de laje surge como um instrumento de planificação urbana destinado à dinamização da propriedade que viabiliza um maior índice de verticalização, sendo inclusive uma grande demanda em torno deste instituto a regularização das situações fáticas já existentes nos grandes centros urbanos cujas unidades habitacionais são objeto de transações realizadas sem segurança jurídica. Uma vez consagrado o direito de laje como direito real, na prática, o negócio jurídico de cessão do espaço aéreo esbarra no problema do compartilhamento do suporte fático entre o direito de laje e o direito de superfície. Estabelecido o conflito normativo, importa saber o grau de autonomia das partes negociais na escolha do regramento aplicável ao instrumento de cessão, e, ainda, sendo incidentes ambos os regramentos, qual a real possibilidade de combinação ou harmonização dos modelos legislativos no que diz respeito às disposições negociais.
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JOAO OTAVIO TERCEIRO NETO BERNARDO DE ALBUQUERQUE
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A BOA-FÉ NO PROCESSO CIVIL: HISTÓRIA, TEORIA E DOGMÁTICA
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Orientador : LEONARDO JOSE RIBEIRO COUTINHO BERARDO CARNEIRO DA CUNHA
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MEMBROS DA BANCA :
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FREDIE SOUZA DIDIER JUNIOR
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DANIEL FRANCISCO MITIDIERO
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FRANCISCO ANTONIO DE BARROS E SILVA NETO
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JOSE ROGERIO CRUZ E TUCCI
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LEONARDO JOSE RIBEIRO COUTINHO BERARDO CARNEIRO DA CUNHA
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LUCAS BURIL DE MACEDO BARROS
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Data: 16/11/2023
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A tese estuda a boa-fé objetiva no processo civil e busca delimitar o seu conteúdo, a sua natureza jurídica e os seus efeitos diretos e indiretos sobre o sistema processual civil brasileiro. Nos três primeiros capítulos, analisa-se toda a evolução histórica da boa-fé processual na tradição romano-germânica, desde a sua origem, no direito romano arcaico, até os desenvolvimentos ocorridos no direito alemão contemporâneo, bem como a recepção da boa-fé objetiva (Treu und Glauben) pelo direito processual civil brasileiro, na virada do século XXI. O quarto capítulo estuda as teorias das cláusulas gerais e dos princípios, a fim de identificar o papel de cada uma delas na concretização da boa-fé, estabelecendo conceitos fundamentais para a sua compreensão. Com base nos pressupostos históricos e teóricos fixados antes, o quinto capítulo constitui um estudo sistemático sobre a boa-fé objetiva como norma fundamental do processo civil brasileiro.
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A tese estuda a boa-fé processual objetiva, que constitui norma fundamental do processo civil brasileiro (art. 5º do CPC/2015). Apesar do largo uso da norma pela jurisprudência nacional, desde os últimos anos de vigência do CPC/1973, o estudo do tema pela doutrina ainda é insatisfatório - ao contrário do que ocorre no direito civil, por meio do qual, aliás, as construções germânicas assentadas na boa-fé (Treu und Glauben) chegaram ao Brasil. A falta de um tratamento teórico e dogmático adequado tem gerado incompreensões e incongruências na aplicação da boa-fé objetiva. Neste trabalho, objetiva-se, primeiro, investigar a história da boa-fé no processo civil, desde o direito romano, a fim de melhor compreender a norma em sua configuração atual. Após examinar os elementos jusculturais que contribuíram para a formação da boa-fé contemporânea, a tese busca demonstrar as inconsistências teóricas da tradicional doutrina das cláusulas gerais, em favor da teoria dos princípios, que constitui o referencial teórico adequado para decidir com base na boa-fé. Por fim, de posse desses elementos históricos e teóricos, procede-se ao estudo dogmático da boa-fé objetiva no direito processual civil brasileiro.
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DENARCY SOUZA E SILVA JÚNIOR
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INTEGRIDADE E COERÊNCIA COMO NORMAS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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Orientador : FRANCISCO IVO DANTAS CAVALCANTI
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MEMBROS DA BANCA :
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BECLAUTE OLIVEIRA SILVA
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FRANCISCO IVO DANTAS CAVALCANTI
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LEONARDO JOSE RIBEIRO COUTINHO BERARDO CARNEIRO DA CUNHA
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LUCAS BURIL DE MACEDO BARROS
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MARCIO OLIVEIRA ROCHA
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Data: 29/11/2023
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Buscou-se no presente trabalho a construção de conceitos interpretativos para as normas fundamentais da integridade e da coerência, a refletir seus conteúdos normativos e os deveres deles decorrentes. O trabalho não cuida especificamente de precedentes judiciais, embora deles trate, sempre na intenção de uma relação entre essa compreensão de padrões decisórios com uma teoria da constituição e da legislação que leve o direito a sério. Compreender a integridade e a coerência como normas fundamentais do direito processual civil é não as limitar a um qualquer sistema de precedentes judiciais, ao contrário, é enxergá-las para além da ideia de padrões decisórios vinculantes e para a isso o enfretamento da teoria jurídica de Ronald Dworkin tem destacada relevância, sobretudo em razão da necessidade de uma leitura moral das normas fundamentais e, em especial, do devido processo legal. A teoria do direito como integridade pode ser utilizada como referencial teórico na construção dos conceitos da integridade e da coerência, pois fornece bons argumentos para distingui-las nas dimensões e nas etapas interpretativas. A referida teoria tem um lugar essencial na identificação de aguilhões semânticos na interpretação. O enfretamento das suas premissas se faz necessário para demonstrar a adequabilidade da teoria do jusfilósofo norte-americano ao direito brasileiro e, principalmente, para que se perceba que as convicções do tomador de decisão, aquelas que dão lastro à teoria jurídica que foi utilizada no ato decisório, tem que ser desvelada e considerada na interpretação. Sem essa consideração e desvelamento não há o que se falar em controlabilidade ou resposta correta, sendo certo que esta não se mostra inalcançável por existirem conceitos jurídicos indeterminados ou cláusulas gerais. Divergências autênticas, ou não, sempre existirão, erros devem ser considerados e sopesados, daí a importância da teoria do erro na construção de conceitos contestados. Assim, a construção dos conceitos interpretativos das normas fundamentais da integridade e da coerência e sua compreensão para além de um sistema de precedentes judiciais tem potencial para solucionar problemas interpretativos e ajudar no controle da discricionariedade judicial, afastando um subjetivismo inerente a um paradigma já ultrapassado, que não leva o direito a sério, tampouco dá a devida importância à democracia em parceria (autogoverno e responsabilidade pessoal), descuidando das condições democráticas para a tomada de decisão jurídica, ou seja, o dever do tomador de decisão de tratar a todos com igual consideração e respeito.
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Buscou-se no presente trabalho a construção de conceitos interpretativos para as normas fundamentais da integridade e da coerência, a refletir seus conteúdos normativos e os deveres deles decorrentes. O trabalho não cuida especificamente de precedentes judiais, embora deles trate, sempre na intenção de uma relação entre essa compreensão de padrões decisórios com uma teoria da constituição e da legislação que leve o direito a sério. Compreender a integridade e a coerência como normas fundamentais do direito processual civil é não as limitar a um qualquer sistema de precedentes judiciais, ao contrário, é enxergá-las para além da ideia de padrões decisórios vinculantes e para a isso o enfretamento da teoria jurídica de Ronald Dworkin tem destacada relevância, sobretudo em razão da necessidade de uma leitura moral das normas fundamentais. A teoria do direito como integridade pode ser utilizada como referencial teórico na construção dos conceitos da integridade e da coerência, distinguindo-as, pois ela tem um lugar essencial na identificação de aguilhões semânticos na interpretação normativa. O enfretamento dos postulados do Juiz Hércules, do Romance em Cadeia e, finalmente, da Única Resposta Correta, se mostra necessário com a finalidade não apenas de afastar as compreensões distorcidas sobre eles, mas, principalmente, para que se perceba que as convicções do tomador de decisão, aquelas mesmas que dão lastro à teoria jurídica que foi utilizada no ato decisório, tem que ser desvelada e considerada na interpretação. Sem essa consideração e desvelamento não há o que se falar em controlabilidade ou resposta correta, sendo certo que esta não se mostra impossível por existirem conceitos jurídicos indeterminados ou cláusulas gerais. Divergências autênticas, ou não, sempre existirão, erros devem ser considerados e sopesados, daí a importância da teoria do erro na construção de conceitos contestados. Assim, a construção dos conceitos das normas fundamentais da integridade e da coerência e sua compreensão para além de um sistema de precedentes judiciais tem potencial para solucionar problemas interpretativos e ajudar no controle da discricionariedade judicial, afastando um subjetivismo inerente a um paradigma já ultrapassado, que não leva o direito a sério, tampouco reconhece a existência do dever de tratar a todos com igual consideração e respeito.
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