AFTER NINE SECOND-ORDER ELECTIONS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PESQUISAS SOBRE ELEIÇÕES PARA O PARLAMENTO EUROPEU
Eleições de segunda-ordem, eleições europeias, revisão sistemática, nível de análise
As eleições europeias são de segunda-ordem porque têm um baixo turnout, um aumento nos votos para partidos pequenos e/ou de oposição e são altamente atreladas ao contexto político nacional, sobretudo com relação ao ciclo eleitoral. Isso indica que há “menos em jogo” nessas eleições. Essa teoria foi estabelecida em 1980 por Reif e Schmitt. Todavia, segundo Schmitt et al (2020), os postulados ao nível agregado receberam mais atenção, pois os primeiros testes abrangentes ao nível individual teriam sido publicados apenas no início do século XXI. Destaca-se, então, o possível problema da falácia ecológica, quando dados ao nível agregado são erroneamente interpretados para inferências ao nível individual de análise, levando a deduções e correlações inválidas. Desse modo, visa-se revisar sistematicamente as produções sobre essa teoria desde 1980 até 2021, analisando qualitativamente a agenda dedicada ao nível micro e se esses estudos corroboraram ou não os principais postulados da teoria. Quanto à metodologia, a pesquisa consiste de uma revisão sistemática elaborada segundo Cooper (2016). Para a coleta da literatura, serão feitas buscas no Scopus e no Google Scholar com os termos-chave “second-order elections”, “European elections” e “European Parliament”. Serão coletados artigos, working papers, monografias, dissertações e teses em inglês, espanhol, português e francês. Serão excluídos livros, assim como artigos de revistas que não ocupem o primeiro e o segundo percentis do Scimago Journal Rank, além daqueles publicados em revistas que não adotam revisão cega por pares. As etapas seguintes são: coleta de informações (a partir do quadro de 98 variáveis divididas em três dimensões – formal, metodológica e substantiva), análise dos estudos, interpretação dos dados coletados e apresentação dos resultados.