Avaliação da presença da infecção pelo papilomavírus humano e da expressão imunohistoquímica da p16INK4a em amostras de tumor de pulmão
Câncer de pulmão; Oncoproteínas; Papilomavirus; humano; p16INK4a.
O câncer de pulmão é uma das principais neoplasias em todo o mundo quando se trata de incidência, ocupando a primeira posição entre os homens e a terceira entre as mulheres. Sabe-se que um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão é o consumo e exposição passiva ao tabaco e estudos vêm apontando associações entre a presença do Papilomavírus humano (HPV) e a carcinogênese pulmonar. O presente estudo avaliou a presença do HPV e expressão imunohistoquímica da p16INK4a em tecido parafinado de tumor de pulmão oriundas de pacientes atendidos na Santa Casa da Misericórdia de Maceió – Alagoas, nos anos de 2020 e 2021. Para isto, a detecção foi feita em amostras de 31 pacientes através da técnica de PCR. Analisando todas as amostras, pode-se observar que em relação ao gênero, 72,7% dos casos eram mulheres. Com relação ao total de amostra, 45,5% dos casos foram de adenocarcinoma, 42,4% carcinoma de células escamosas e para outros tipos de carcinoma foram observados 12,1% dos casos. Sobre o tabagismo, foi observado que os pacientes diagnosticados com adenocarcinoma, 60% não tinham o hábito de fumar. Já os com carcinoma de células escamosas, pouco mais de 70% dos pacientes eram fumantes. Para os casos que se enquadraram em outros carcinomas, pode-se observar que 75% dos casos não tinham o tabagismo como hábito. Com relação a detecção do vírus, analisamos que todas as amostras se apresentaram negativas para o HPV. Com relação a expressão da p16INK4a por imunohistoquímica, houve positividade para as amostras de 2020, onde 75% dos casos foram de pacientes mulheres. Além disso, 56,3% dos casos estavam relacionados ao carcinoma de células escamosas, 37,5% adenocarcinoma e apenas 6,2% a outros carcinomas. Se tratando do tabagismo, observamos que das amostras positivas, 56,2% dos pacientes mantinham o hábito de fumar, enquanto 43,8% não tinham relação direta com o tabaco. Já as amostras de 2021, não houve positividade com relação a expressão da p16INK4a. Apesar dos resultados obtidos não se apresentarem conclusivos para a hipótese inicial, o estudo se mostrou promissor. Sendo assim, faz-se necessário mais estudos sobre essa associação buscando evidenciar a detecção da atividade viral do HPV para assim esclarecer a relação do vírus com a carcinogênese pulmonar.