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Dissertações |
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CATARINE ARAGONE DE ALBUQUERQUE MELLO
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PERFIL DE CITOCINAS TH1, TH2 E TH17 DE CÉLULAS PBMC INDUZIDAS POR ANTÍGENOS BRUTOS DE Strongyloides venezuelensis DE INDIVÍDUOS COM ALERGIAS RESPIRATÓRIAS (ASMA E/OU RINITE)”
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Orientador : WHEVERTON RICARDO CORREIA DO NASCIMENTO
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MEMBROS DA BANCA :
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LÍVIA ANDRESSA SILVA DO CARMO
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ANDRE DE LIMA AIRES
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VLAUDIA MARIA ASSIS COSTA
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WHEVERTON RICARDO CORREIA DO NASCIMENTO
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Data: 28/02/2024
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A inter-relação entre alergias e helmintos tem sido pesquisada, visto que, em indivíduos alérgicos e ao mesmo tempo parasitados, pode ocorrer atenuação da resposta inflamatória. O Strongyloides venezuelensis pode ser útil para a redução da sintomatologia de doenças inflamatórias, devido a alteração do perfil de citocinas. Poucos estudos investigaram a relação entre alergias e o parasita. Assim, este estudo objetiva avaliar a produção de citocinas Th1, Th2 e Th17 a partir da estimulação com o antígeno de S. Venezuelensis (AgSv) em células de indivíduos com asma e/ou rinite alérgica. Foi realizado estudo transversal, com formação de três grupos: 1) Indivíduos com asma/rinite submetidos a imunoterapia de dessensibilização in vivo (AT; n=24); 2) Indivíduos com asma/rinite tratados com corticoides e anti-histamínicos (ANT; n=56); e 3) Indivíduos não alérgicos (NA; n=27). A formação dos grupos utilizou os questionários “International Study of Asthma and Allergies in Childhood” (ISAAC), “Global Initiative for Asthma” (GINA) e “Asthma Control Test” (ACT). Exames clínicos (teste cutâneo e espirometria) e coleta de sangue para exames laboratoriais (hemograma e IgE total) foram utilizados para comparação entre os grupos. As células mononucleares do sangue periférico (PBMC) foram isoladas do sangue coletado e estimuladas com AgSv em cultura celular para comparação dos níveis de citocinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17A, IL-33, TNF-α e IFN-γ) que foram mensuradas por Cytometric Bead Array (CBA). Foram coletados dados de 107 voluntários, sem diferença significativa em relação a sexo e idade. Considerando os aspectos sociais e econômicos, foi observado que o grupo AT apresentou maior proporção de familiares com alergia e menos convívio com animais domésticos. Em relação aos dados laboratoriais, foi encontrado diferença significativa na dosagem de eosinófilos (entre o grupo NA e ANT) e nos níveis de IgE total (entre o grupo NA e os grupos ANT e AT). O teste cutâneo apresentou maior positividade entre os grupos AT (83,33%) e ANT (64,29%) em comparação com o NA (25,93%), com maior prevalência de positividade contra alérgenos de ácaros. Na dosagem do soro foi observada produções de citocinas basais baixas. O grupo AT produziu níveis estatisticamente maiores de IL-2 e TNF-α . Na dosagem de citocinas a partir do sobrenadante da cultura celular, a produção de citocinas pelo meio não mostrou diferença significativa em relação às células estimuladas com AgSv do mesmo grupo, contudo foi possível observar tendências de produção maior (IL-6 e IL-10 em todos os grupos, e IL-33 apenas no grupo NA) e menor (TNF-α nos grupos NA e AT, e IL-33 nos grupos alérgicos) nas estimuladas pelo antígeno. Os grupos foram ainda subcategorizados (6 grupos) com base na identificação ou não de atopia pelo teste cutâneo para análise do perfil de citocinas. Foi observado também tendências na maior produção de IL-6 e IL-10 em todos os grupos, assim como de IL-17A em grupos não atópicos. A tendência de menor produção, por sua vez, foi identificada para as citocinas IL-17A (grupos NA e ANT atópicos), IL-33 (grupos ANT e AT atópicos), TNF-α (grupos NA e ANT atópicos). Portanto, apesar de não ter sido identificado diferenças significativas, é possível notar que, frente a estimulação com antígeno de S. venezeuelensis, uma tendência de maior produção em todos os grupos de supressores da resposta inflamatória de perfil Th2, como IL-10, e menor produção de estimuladores da resposta Th2, como IFN-γ , TNF-α , IL-33 e IL-17A em indivíduos atópicos. Ou seja, a antígeno pode auxiliar na atenuação da resposta inflamatória em indivíduos alérgicos, sendo necessário mais estudos.
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A inter-relação entre alergias e enteroparasitoses tem sido pesquisada, visto que, em indivíduos alérgicos e ao mesmo tempo parasitados, pode ocorrer atenuação da resposta inflamatória. O Strongyloides stercoralis pode ser útil para o tratamento de doenças autoimunes devido a alteração do perfil de citocinas, atenuação da resposta inflamatória e indução de células T regulatórias (Treg). Poucos estudos investigaram a relação entre alergias e o Strongyloides stercoralis. Vários miRNAs participam da inflamação alérgica regulando células Th2. A relação entre miRNAs e estimulação parasitária, incluindo Strongyloides stercoralis, ainda não foi investigada no contexto de alergias respiratórias. Assim, este estudo objetiva avaliar o potencial imunomodulador in vitro do antígeno de Strongyloides stercoralis (SsAg) em células de indivíduos com asma e/ou rinite alérgica por meio da expressão de fatores epigenéticos como a expressão dos mRNAs (GATA3 e FOXP3) e miRNAs (miR126 e miR323-3p). Será realizado estudo transversal a partir de amostra de conveniência aleatória de estudo prévio. Serão formados três grupos: 1) Indivíduos com asma/rinite submetidos a imunoterapia de dessensibilização in vivo; 2) Indivíduos com asma/rinite tratados com corticoides e anti-histamínicos; e 3) Indivíduos alérgicos sem tratamento (n=40 indivíduos/grupo), total: 120 voluntários. A formação dos grupos utilizará os questionários “International Study of Asthma and Allergies in Childhood” (ISAAC), “Global Initiative for Asthma” (GINA) e “Asthma Control Tes” (ACT). Exames clínicos (teste cutâneo e espirometria) e coleta de sangue para exames laboratoriais (hemograma, IgE total e específicos Anti-Blomia, Anti-Derp e Anti-Ascaris) serão utilizados para comparação entre os grupos. As células mononucleares do sangue periférico (PBMC) serão estimuladas com SsAg em cultura celular para comparação dos níveis de citocinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17A, IL-33, TNF-α e IFN-γ) mensuradas por Cytometric Bead Array (CBA); A quantificação dos níveis de expressão dos mRNAs (GATA3 e FOXP3) e miRNAs (miR126 e miR323-3) serão realizadas por RT-qPCR. Os níveis de citocinas serão correlacionados com a expressão de miRNAs. Espera-se que a estimulação in vitro de células de indivíduos com alergias com SsAg altere a resposta imune celular aumentando a expressão de células Treg, aumentando a produção e secreção da citocina antiinflamatória IL-10, reduzindo a expressão das células Th1, Th2 e Th17 com envolvimento de fatores epigenéticos. Este estudo pode propiciar a obtenção de um novo produto a partir de antígenos parasitários com menores efeitos adversos em relação à terapêutica convencional à base de corticosteroides.
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KARL MARX SANTANA DA SILVA
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EFEITO DA INVAGINAÇÃO BASILAR TIPO B NA COLUNA CERVICAL: ESTUDO CASO-CONTROLE POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM POPULAÇÃO DO SERTÃO DO ESTADO DA PARAÍBA
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Orientador : JULIANA PINTO DE MEDEIROS
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MEMBROS DA BANCA :
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EULAMPIO JOSE DA SILVA NETO
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FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
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JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
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JULIANA PINTO DE MEDEIROS
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Data: 28/02/2024
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Objetivo:Avaliar o efeito da invaginação basilar (IB) tipo B na coluna cervical. Metodologia: O protocolo de pesquisa utilizou exames de ressonância magnética (RM) de crânio de 41 participantes com IB tipo B e 158 controles. O critério para IB foi a distância do ápice do odontóide à linha de Chamberlain (DOCL) igual ou superior a 7 mm. Foram avaliados o comprimento do clivo (CLI), o ângulo do canal do clivo (ACC), o ângulo basal de Welcker (ABW), o ângulo de Boogard (ABO), o ângulo da lordose cervical superior (LCS) e o ângulo da lordose cervical total (LC). A análise descritiva, as comparações entre os grupos e as correlações entre os parâmetros da base do crânio e da coluna cervical foram realizadas com intervalo de confiança de 95%. Resultados:Os participantes com IB tipo B apresentaram menor comprimento do clivo (CLI: 25,7mm±7,3), maior angulação da base do crânio (ABW: 126,5±10,4), maior inclinação do forame magno (ABO: 151,5±14,5), diminuição do valor do (ACC: 131,6±15) e maiores angulações do LCS (17,9 ±13,8) e LC (29,7 ±19,9) em comparação ao grupo controle (P< 0,05). O comprimento do clivo e a ACC correlacionaram-se inversamente com o LCS e o LC, enquanto o ABO correlacionou-se diretamente com o LCS e o LC. A ABW não se correlacionou com a LC (P< 0,05). Conclusão:A deformação da base do crânio no IB do tipo B causou, em média, uma hiperlordose de quase 30 graus no segmento C2-C6. Essa alteração foi de aproximadamente 17º no C2-C4, sendo a hipoplasia de clivo um fator de risco para hiperlordose cervical. Além
disso, a platibasia não foi um fator determinante no aumento da angulação total da lordose cervical.
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A junção craniovertebral (JCV) compreende a transição entre o crânio e a coluna cervical. É composta pelo clivo, o forame magno do osso occipital, as vértebras atlas (C1) e áxis (C2), os ligamentos atlanto-occipitais e as articulações atlantoaxiais (1). Essa região é contínua com a coluna cervical (C1-C7), que apresenta normalmente uma curvatura côncava anteriormente, denominada de lordose cervical. Dentre os componentes da JCV destaca-se o clivo, que é a inclinação posterior da base do crânio e vai desde o básio (borda anterior do forame magno) até o dorso da sela turca. Durante seu desenvolvimento é dividido em duas partes: basisfenóide e basioccipital, separadas pela sincondrose esfenoccipital. O clivo e o dente da áxis formam o seu pilar central da JCV e são fundamentais para sua biomecânica (2,3). O objetivo do presente estudo foi avaliar parâmetroscraniométricos da base do crânio e coluna cervical superior em indivíduos com e sem IB tipo B. As imagens de ressonância magnética (IRM) utilizadas neste protocolo de estudo foram realizadas em um aparelho Magneton C! (Siemens Medical Solutions, Erlangen, Alemanha), de 0.35T, campo aberto. As medidas foram calculadas na sequência de pulso volumétrico isotrópico T1 sagital, denominada eco rápido gradiente preparado por magnetização (MPRAGE), sendo usada a fase sem contraste intravenoso. Nossos resultados demonstram que as correlações entre as variáveis são mais fracas nos indivíduos sem IB B, quando comparados aos com IB B. Sugerindo que ao passo que ocorre a deformação na base do crânio se intensifica a relação existente entre a JCV e a curvatura da coluna cervical. As alterações decorrentes da IB B geram repercussões clínicas e alterações biomecânicas importantes nos indivíduos. O clivo é a estrutura fundamental para o entendimento das adaptações patológicas e biomecânicas da base do crânio eda coluna cervical em indivíduos com IB B.
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JOAO VITOR DA SILVA
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ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA E NÃO-LINEAR DO ESTÔMAGO, DUODENO E FÍGADO DE RATOS WISTAR HIPERPROLACTINÊMICOS TRATADOS COM MELATONINA EXÓGENA
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Orientador : FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
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MEMBROS DA BANCA :
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BRUNO MENDES TENORIO
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CARINA SCANONI MAIA
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FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
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JULIANA PINTO DE MEDEIROS
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Data: 01/03/2024
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A hiperprolactinemia é uma condição que provém da elevação dos níveis séricos de prolactina (PRL), sendo considerada a alteração endócrina mais comum do segmento hipotalâmico-hipofisário. Na literatura científica, já são bem descritos os efeitos danosos da hiperprolactinemia sobre tecidos e órgãos dos sistemas genitais. No entanto, são escassos estudos que reportem os seus possíveis efeitos negativos sobre os tecidos e órgãos dos demais sistemas e, dentre estes, incluso o sistema digestório, o qual é fundamental para a homeostase do organismo. A melatonina (MEL) consegue transpassar por todos os órgãos e compartimentos subcelulares devido à sua lipossolubilidade, apresentando diversas funções protetoras no organismo, sendo as mais elucidadas relacionadas ao seu potencial antioxidante, anti-inflamatório, antienvelhecimento e antiapoptótico, que ajudam a combater determinadas patologias que acometem o ser humano. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo realizar uma análise histopatológica e não-linear do estômago, duodeno e fígado de ratos Wistar hiperprolactinêmicos tratados com MEL exógena. Para esse propósito, foram utilizados 24 animais, procedentes do Biotério do Centro Acadêmico de Vitória, da Universidade Federal de Pernambuco, distribuídos em três grupos: grupo Controle (N=8); grupo Hiper, induzido à hiperprolactinemia (N=8) e grupo Hiper + MEL, induzido à hiperprolactinemia e tratado com MEL (N=8). A indução à hiperprolactinemia foi realizada via injeção subcutânea de domperidona (DOMP) na dose diária de 4mg/kg. Já o tratamento com MEL foi realizado via injeção subcutânea na dose diária de 200μg por 100g de peso corporal do animal. O período de indução à hiperprolactinemia mais tratamento com MEL foi de 60 dias. Assim que completos os 60 dias, os animais foram anestesiados e, logo em seguida, foi feita a coleta de 1mL de sangue por punção cardíaca para posterior dosagem hormonal de PRL e MEL, prosseguindo com a eutanásia para coleta dos órgãos alvo de estudo, os quais foram submetidos às análises: histopatológica; histoquímica; histomorfométrica; fractal; lacunaridade e imunohistoquímica. Com a finalização deste estudo foi possível identificar que os animais do grupo Hiper apresentaram um maior peso corporal quando em comparação com os dos grupos Controle e Hiper+Mel. Ademais, os animais dos grupos Hiper e Hiper+Mel apresentaram alterações estruturais no duodeno e fígado. No duodeno, os grupos hiperprolactinêmicos demonstraram um aumento na altura das vilosidades e microvilosidades intestinais quando em comparação com o grupo Controle. Já no fígado, os grupos Hiper e Hiper+Mel demonstraram uma redução significativa na contagem de células de Kupffer (KCs) quando comparados ao grupo Controle, assim como um acúmulo de gotículas lipídicas ao longo do tecido hepático. O resultado da análise histoquímica realizada no duodeno revelou que o grupo Hiper apresentou áreas de coloração pelo Ácido Periódico de Schiff significativamente menores quando em comparação com os grupos Controle e Hiper+Mel. O resultado da análise imunohistoquímica realizada no fígado demonstrou que os grupos Hiper e Hiper+Mel apresentaram uma maior marcação para os receptores do antígeno nuclear de proliferação celular (PCNA) quando comparados ao grupo Controle. Já no estômago, o grupo Hiper não apresentou uma maior marcação para os receptores do PCNA quando comparado ao grupo Controle, mas o Hiper+Mel sim, sendo esse um achado intrigante deste estudo. Enquanto que, no duodeno, os grupos Hiper e Hiper+Mel apresentaram uma menor marcação para os receptores do PCNA quando em comparação com o grupo Controle. Na análise morfométrica do fígado, além da contagem de KCs, foi realizada a contagem de hepatócitos binucleados, a qual revelou a tendência de proliferação celular nos grupos hiperprolactinêmicos. A dimensão fractal dos sinusoides hepáticos demonstrou-se consideravelmente maior nos grupos Hiper e Hiper+Mel quando em comparação com o grupo Controle. Com relação ao resultado da dosagem hormonal de PRL, os animais dos grupos Hiper e Hiper+Mel apresentaram níveis séricos mais elevados quando comparados aos do grupo Controle, revelando que a DOMP induz à condição de hiperprolactinemia. Já com relação à dosagem de MEL, os animais do grupo Hiper+Mel demonstraram concentrações séricas mais elevadas quando comparados aos dos grupos Controle e Hiper, confirmando a circulação de MEL exógena no organismo. A MEL exógena, neste estudo, atuou positivamente acerca dos parâmetros peso corporal e histoquímico.
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O sistema digestório é constituído por um conjunto de órgãos que tem como função o processamento e transformação do conteúdo alimentar ingerido, cuja finalidade é a absorção de nutrientes através de processos mecânicos e químicos, sendo, nesse sentido, considerado um sistema primordial para a homeostase do organismo. A prolactina (PRL), hormônio sintetizado principalmente pelas células lactotróficas da glândula adeno-hipófise, quando em concentrações normais no organismo, pode atuar positivamente sobre tecidos e órgãos do sistema digestório, exercendo atividade no processo de crescimento e de renovação dos hepatócitos, na expansão da mucosa intestinal, no metabolismo de lipídeos e carboidratos, além de estimular a ação da enzima lipase lipoproteica nas células hepáticas supracitadas. No entanto, quando em níveis alteados, pode atuar negativamente, levando à hiperplasia celular de tecidos e órgãos deste sistema e, possivelmente, ao desenvolvimento de algum tipo de câncer, além de comprometer o processo de regeneração hepática e potencializar os sintomas mais intensos provenientes da síndrome do intestino irritável. Já a melatonina (MEL) é um hormônio produzido precipuamente pela glândula pineal que consegue transpassar todos os órgãos e compartimentos subcelulares, isso devido à sua lipossolubilidade. A MEL apresenta diversas funções protetoras no organismo, sendo as mais elucidadas relacionadas ao seu potencial antioxidante, antiflamatório, antienvelhecimento e antiapoptótico, que ajudam a combater determinadas patologias presentes na sociedade. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo realizar uma análise histopatológica e não-linear de estômago, intestino delgado (duodeno) e fígado de ratos wistar (Rattus norvegicus albinus) induzidos à hiperprolactinemia tratados ou não com melatonina. Serão utilizados 32 animais, com 90 dias de idade, procedentes do Biotério do Centro Acadêmico de Vitória, da Universidade Federal de Pernambuco. A indução à hiperprolactinemia será obtida com a injeção subcutânea de domperidona na dose de 4mg/kg de peso corporal diário do animal. O tratamento com melatonina será realizado via injeção subcutânea de MEL na dose de 200μg/100g de peso corporal diário do animal, durante 60 dias. Ao término do período de tratamento (60 dias), os animais serão anestesiados e, logo em seguida, eutanasiados para captação dos órgãos alvo de estudo, os quais posteriormente passarão por análise histopatológica, histomorfométrica e estatística. Como resultados, espera-se que a hiperprolactinemia atue negativamente na morfologia tecidual do estômago, duodeno e fígado dos animais experimentais, provocando alterações e danos. Além disso, espera-se também que o hormônio MEL, através de seus efeitos protetores já elucidados na literatura, seja capaz de reverter as alterações e danos decorrentes da condição patológica em questão. Desse modo, vislumbra-se uma melhor compreensão acerca da atuação de níveis elevados de PRL sobre a morfologia tecidual de órgãos do sistema digestório, bem como uma nova forma de terapia que possa ser utilizada futuramente no manejo terapêutico da hiperprolactinemia.
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DIANA ISABELA MACHADO CORREA
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ESTUDO COMPORTAMENTAL E HISTOMORFOMÉTRICO EM PROLE DE RATAS WISTAR SUBMETIDA À DIETA HIPERLIPÍDICA E HIPERCALÓRICA MATERNA E/OU À FLUOXETINA NO INÍCIO DA VIDA
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Orientador : JEYMESSON RAPHAEL CARDOSO VIEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ISABELI LINS PINHEIRO
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JEYMESSON RAPHAEL CARDOSO VIEIRA
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JULIANA PINTO DE MEDEIROS
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TASSIA KARIN FERREIRA BORBA
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Data: 26/03/2024
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exposição materna a dieta hiperlipídica e hipercalórica (DHH), durante os períodos de gestação e de lactação, pode reduzir a disponibilidade sináptica de serotonina (5-HT), sendo um fator de risco para o neurodesenvolvimento adverso da prole e posteriormente para transtornos emocionais. No entanto, o uso de inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), como a fluoxetina, podem atenuar os efeitos gerados pela sobrecarga nutricional. Por isso, este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da fluoxetina neonatal sobre o peso corporal (PC), o comportamento semelhante à ansiedade e a adiposidade em prole de ratas alimentada com DHH materna durante a gestação e a lactação. 20 Ratas Wistar foram divididas randomicamente em dois grupos que receberam dieta controle (C, 3,44 kcal/g) ou DHH (4,62 kcal/g) durante a gestação e a lactação. No 1º dia pós-natal (DPN), cada ninhada foi composta por nutriz mais 8 filhotes dos quais 4 receberam salina estéril (S,10µl/g) e 4 fluoxetina (F,10mg/Kg,10µl/g) durante a lactação, constituindo os subgrupos: C-S; C-F; DHH-S e DHH-F. Foram avaliados PC (lactação, 30º e 60º DPN); comportamento semelhante à ansiedade (28º e 58º DPN); tecido adiposo branco retroperitoneal (TABR) (30º e 60º DPN). Do 10º ao 21º e no 30º e 60º DPN, DHH-F e C-F apresentaram menor PC que seus respectivos controles. Em relação ao teste de campo aberto, DHH-F apresentou maior distância percorrida e os tempos na periferia e imobilidade foram inferiores aos do C-F em prole jovem. Na prole adulta, o inverso ocorreu em relação à distância percorrida e ao tempo de imobilidade. Adicionalmente, foi observado maior tempo na periferia e uma velocidade média menor de DHH-F em relação a DHH-S. No 30º DPN, os pesos absoluto (PA) e relativo (PR) do TABR foram menores em DHH-F e C-F que em seus respectivos controles. No 60º DPN o PA do TABR foi menor em DHH-F do que no DHH-S. A área e o perímetro dos adipócitos de DHH-F foram menores que em DHH-S no 30º e 60º DPN. Em suma, a fluoxetina atenuou os efeitos do consumo de DHH materna, promovendo reduções no PC, no acúmulo de TABR e na área e no perímetro dos adipócitos. Ademais, os filhotes jovens que receberam DHH associada a fluoxetina expressaram menor comportamento semelhante à ansiedade do que os filhotes que consumiram dieta controle associada à fluoxetina. Na prole adulta aconteceu o oposto, ou seja, a longo prazo à fluoxetina não foi capaz de responder com a mesma intensidade.
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O consumo de dieta hiperlipídica e hipercalórica (DHH) durante desenvolvimento tem sido associado a alterações metabólicas e comportamentais a longo prazo.A DHH reduz o conteúdo da serotonina,entretanto,a fluoxetina pode atenuar os efeitos da sobrecarga nutricional. Objetivos: Investigar os efeitos da fluoxetina no peso corporal (PC),comportamento semelhante à ansiedade e mesuração de adiposidade em filhotes de ratos. Materiais e Métodos: Ratas receberam Dieta Controle (C) ou DHH durante gestação e lactação.No 1o dia pós-natal (DPN),cada ninhada era composta por mãe mais 8 filhotes,4 receberam salina estéril (S) e 4 fluoxetina (F), constituindo os subgrupos: C-S;C-F;DHH-S e DHH-F.O PC foi mensurado durante a lactação e nos 30o e 60oDPN.O campo aberto foi realizado no 28o e 58oDPN.A remoção do tecido adiposo branco retroperitoneal (TABR) ocorreu no 30o e 60oDPN. Resultados: Do 10o ao 21o e no 30o e 60oDPN, DHH-F e C-F apresentaram menor PC que os respectivos controles.No 28oDPN,o campo aberto mostrou que os tempos na periferia e imobilidade de DHH-F foram inferiores aos de C-F. Entretanto,no 58oDPN,DHH-F apresentou mais imobilidade que C-F.No 30oDPN,os pesos absoluto (PA) e relativo (PR) do TABR foram menores em DHH-F e C-F que os respectivos controles.No 60oDPN o PA do TABR foi menor em DHH-F do que no DHH-S. Conclusões: A fluoxetina atenuou os efeitos do consumo de DHH,promovendo reduções no PC e no acúmulo de TABR.Os filhotes jovens que receberam DHH-F expressaram menos ansiedade e os filhotes adultos mais ansiedade do que o C-F.
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BRUNA STHEPHANY DOS SANTOS MARINHO
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AVALIAÇÃO IN VIVO DA TOXICIDADE AGUDA E DOS EFEITOS BIOLÓGICOS DO EXTRATO ETANÓLICO BRUTO DAS CASCAS DO CAULE DE Lonchocarpus araripensis
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Orientador : ELIETE CAVALCANTI DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILLA VILA NOVA SOARES SILVA
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ELIETE CAVALCANTI DA SILVA
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ROSA VALERIA DA SILVA AMORIM
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SONIA PEREIRA LEITE
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Data: 27/03/2024
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A fitoterapia estuda as funções terapêuticas a partir de compostos bioativos produzido pelas plantas medicinais. Em destaque encontra-se a família Fabaceae. Uma das espécies de Fabaceae que vem sendo estudada é a Lonchocarpus araripensis, que possui propriedades antinociceptivas, anti- inflamatórias, anticancerígenas, antimicrobiana, gastroprotetora, entre outras, nas suas sementes e raízes através de compostos isolados e/ou extratos. No entanto, ainda não há investigações referentes ao potencial terapêutico do extrato etanólico bruto das cascas do caule de L. araripensis (EEBLAL), nem à segurança de seu uso. Portanto, o presente estudo visou avaliar a toxicidade aguda do EEBLAL e os potenciais efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório através de testes in vivo em camundongos Albino swiss. Para isto, os animais foram divididos em grupos. A fim de investigar a segurança quanto ao uso do extrato foi realizada a avaliação da toxicidade aguda segundo a OECD na dosagem de 2.000mg/kg com posteriores análises: hematológicas, bioquímicas e histopatológicas. A atividade antinociceptiva foi avaliada pela resposta a dor induzida por formalina a 2,5%. A atividade anti-inflamatória foi avaliada através da inibição do edema de pata induzido por carragenina (2%) e histamina (1%) e inibição do edema de orelha induzida por óleo de Cróton (2,5%). Através das avaliações foi possível observar que o EEBLAL é considerado seguro quando administrado de forma aguda pois não apresenta efeitos toxicológicos até a dosagem de 2.000m/kg. Possui potencial antinociceptivo dose-dependente, agindo sobre a dor inflamatória e efeito anti-inflamatório dose-dependente inespecífico pois age em diferentes agentes inflamatórios e em diferentes vias de administração: tópica e oral. Este trabalho, portanto, foi realizado a fim de corroborar para o desenvolvimento de novo um fitofármaco.
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A fitoterapia é uma técnica milenar que estuda as funções terapêuticas a partir de compostos bioativos produzido pelas plantas. A diversidade da flora brasileira permite o desenvolvimento desses medicamentos fitoterápicos que são descritos como fármacos que possuem substâncias exclusivas de derivados vegetais. Em destaque encontra-se a família Fabaceae. Uma espécie de Fabaceae que vem sendo utilizada na medicina popular é a Lonchocarpus araripensis, que possui propriedades terapêuticas de suas sementes e raízes para tratamento e alívio de dores e inflamações através de chás e/ou outras extrações, porém a utilização em quantidade não indicada pode vir a ser prejudicial. No entanto, ainda não há estudos referentes à toxicidade do extrato etanólico bruto das cascas do caule de L. araripensis, nem referente ao seu potencial antioxidante, antimicrobiano, analgésico, antipirético ou anti-inflamatório. Portanto, o presente estudo visa investigar tais eficácias para assegurar a utilização do fitofármaco em potencial através de testes in vivo e in vitro. Para isto, o Lonchocarpus araripensis coletado em sítio localizado no Estado de Pernambuco será macerado para obtenção do extrato etanólico bruto, sendo possível a partir disso, iniciar os experimentos in vitro (citotoxicidade, genotoxicidade, antioxidante, antimicrobiano) e in vivo (toxicidade aguda, antinociceptivo e anti-inflamatório) em camundongos Swiss albino providos do biotério do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) que serão mantidos no biotério de experimentação animal do Departamento de Bioquímica, ambos localizados na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Os animais serão divididos em grupos a fim de avaliar: sua toxicidade aguda seguindo a OECD 423; sua atividade analgésica por indução de formalina; sua atividade anti-inflamatória por indução do óleo de cróton para formação de edema na orelha; e indução por carragenina e dextran para formação de edema de pata e comparação das vias de inflamação. Após os testes in vivo, serão realizadas as análises hematológicas, bioquímicas e histopatológicas para detectar possíveis alterações no sistema do animal. Com isso, espera-se encontrar dosagens seguras para o uso do extrato etanólico das cascas do caule de L. araripensis e sua dose efetiva para suas bioatividades a fim de corroborar para o desenvolvimento de novo fitofármaco. Palavras
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LARISSA MARIA QUEIROZ MAGALHAES DOS SANTOS
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AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DO NEURODESENVOLVIMENTO DE EMBRIÕES Gallus gallus domesticus TRATADOS COM FLAVONA E MORINA
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Orientador : ELIETE CAVALCANTI DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILLA VILA NOVA SOARES SILVA
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ELIETE CAVALCANTI DA SILVA
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FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
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SONIA PEREIRA LEITE
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Data: 28/03/2024
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Avaliar a ação da flavona e morina no desenvolvimento embrionário do sistema nervoso central de embriões Gallus gallus domesticus. Métodos: A partir do estudo com culturade células in vitro, foi realizada a fertilização de 60 ovos em estufa a 37oC, por 48 horas com injeção das substâncias em um volume de 100μL. Os ovos foram classificados em três grupos: G1 grupo controle que recebeu PBS, G2 injetado com Flavona e G3 tratado com Morina. Após o tempo de incubação determinado foi observada a embriogênese dos objetos em estudo de acordo com o modelo proposto por Hamburger e Hamilton (1951), quanto às alterações morfológicas do neurodesenvolvimento. Também foi realizado tratamento no sistema Allium cepa a fim de avaliar o potencial citotóxico dos compostos nas células meristemáticas. Resultados: Na classificação dos estágios embrionários, conforme delineado pelo modelo desenvolvido por Hamburger e Hamilton (1951), foi observada uma diminuição dos somitos ao longo do tubo neural no grupo tratado com flavona, enquanto o grupo tratado com morina apresentou o estadiamento esperado na preparação de montagem total. Conclusão: Nas concentrações testadas e nos modelos experimentais, a flavona demonstrou potencial citotóxico, enquanto a morina, independentemente da concentração utilizada, não exibiu efeito deletério.
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As espécies vegetais produzem substâncias primordiais para seu crescimento, desenvolvimento e reprodução. Esses produtos são conhecidos como metabólitos secundários, e entre eles destacam-se os terpenos, alcalóides e compostos fenólicos. As flavonas são as representantes do grupo dos compostos fenólicos utilizadas neste trabalho, uma vez que elas são abundantes em flores e folhas verdes e desempenham como principal função a proteção contra atração de insetos, abelhas e interações das plantas com o meio. Além disso, possui benefícios para a saúde humana, pois quando consumidas por meio dos vegetais, são liberadas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e anticarcinogênicas, porém existem poucos estudos que avaliam a sua ação no desenvolvimento embrionário do sistema nervoso central. Assim, esse trabalho teve por objetivo avaliar a ação desses representantes de flavonóides no desenvolvimento embrionário do sistema nervoso central de embriões Gallus gallus domesticus. A partir do estudo com cultura de células in vitro, será realizada a fertilização de 90 ovos em estufa a 37oC, por 48 e 72 horas com consequente injeção das substâncias através da câmara de ar em um volume de 100μL. Os ovos serão classificados em três grupos: G1 grupo controle que receberá PBS, G2 injetado com Flavona e G3 tratado com Morina. Após o tempo de incubação determinado será observada a embriogênese dos objetos em estudo de acordo com o modelo proposto por Hamburger e Hamilton (1951), quanto às alterações morfológicas do neurodesenvolvimento.
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NATALI DE FRANÇA NIBBERING SANTOS
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“Compostos naftil-tiossemicarbazonicos: avaliação in vitro das atividades antioxidante, citotóxicas e leishmanicida contra Leishmania amazonensis”
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Orientador : IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE DE LIMA AIRES
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IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
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MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
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MARY ANGELA ARANDA DE SOUZA GOMES
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Data: 02/04/2024
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A leishmaniose é uma doença tropical, negligenciada e de caráter crônico, causada por protozoários do gênero Leishmania, onde a transmissão ocorre a partir de flebotomíneos, podendo mamíferos de forma geral. A Leishmaniose é endêmica no Brasil, tendo a região Norte com a maior concentração de casos de Leishmaniose tegumentar, e a região Nordeste com o maior número de casos registrados da Leishmaniose visceral. A terapia utilizada para tratamento da leishmaniose apresenta muitas limitações como: tratamento de longo prazo, efeitos colaterais, via de administração parenteral, alto custo e aparecimento de cepas resistentes. Neste contexto, a busca por novas alternativas para tratamento da Leishmania é fundamental, onde tais fármacos devem apresentar baixo custo de produção, de fácil síntese e que sejam prontamente comercializados A literatura relata que o núcleo tiazol e tiossemicarbazona apresenta versatilidade química e ampla gama de atividades biológicas, com destaque para seu potencial atividade antiparasitária; Nossa proposta consistiu em avaliar 29 compostos, sendo 13 tiossemicarbazonas e 16 tiazois respectivamente. Esses compostos foram submetidos a diferentes atividades biológicas, sendo estas atividades antioxidantes, citotóxicas em células de vertebrados além da atividade leishmanicida in vitro. Os 29 compostos foram avaliados foram cedidos pelo Laboratório de Química e Inovação Terapêutica (LQIT/UFPE) coordenado pela Professora Maria do Carmo Alves de Lima. Os resultados obtidos frente a células de macrófagos (RAW 264,7), fibroblastos de pulão de hamster chinês (V79) e hepatoma (HepG2)., revelaram baixa ou moderada citotoxidade variando de tanto a tanto 81,43 μM a valores maiores que 200 μM. O menor IC 50 frente à Leishmania amazonensis na forma promastigota foi de 16,48 μM pelo tiazol 3-pyridyl e amastigota dos composto tiazol Allyl 50,80 μM. Dentre os compostos que foram considerados como fortes antioxidante podemos classificar em ordem de força: 1f > 1b > 1k > 1i > 2g >1d > 1g > 1m > 1c > 1j respectivamente. Os três substituintes que promoveram maiores atividades foram o 4-metóxifenil seguido de substituintes alil e 4-nitrofenil. Assim, sendo os compostos testados apresentaram potencialidade para continuidade do estudo na busca de fármacos anti parasitários.
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A leishmaniose enquadra-se como uma doença tropical negligenciada, onde os agentes etiológicos são protozoários tripanosomatídeos do gênero Leishmania. A terapia utilizada para tratamento dessa doença apresenta diversos problemas como: tratamento de longo prazo, efeitos colaterais, via de administração parenteral, alto custo e aparecimento de cepas resistentes. Neste contexto, a busca por novas alternativas para tratamento da Leishmania é fundamental, onde tais fármacos devem ter boas propriedades químicas, de fácil síntese e que sejam prontamente comercializados. Em dados ainda não publicados, derivados análogos aos indólicos- tiossemicarbazônicos foram avaliados frente de L. amazonensis e L. infantum , foi percebido que os parasitos tratados com os compostos apresentaram várias alterações estruturais, como encolhimento do corpo celular, encurtamento e perda do flagelo, inchaço mitocondrial intenso e vacuolização do citoplasma, levando o parasito à inviabilidade celular. Desse modo pretendemos contribuir para a melhoria da qualidade de vida, bem como cooperar com o arsenal terapêutico no combate a doenças negligenciadas, principalmente a Leishmania, com a introdução de novos agentes candidatos a fármacos mais seguros, eficazes e menos tóxicos
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ALINE MARIA RODRIGUES DOS SANTOS
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ANÁLISE MORFOLÓGICA DO COMPLEXO SUBMANDIBULAR-SUBLINGUAL DE CAMUNDONGOS BALB/C APÓS INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA (ZIKV)
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Orientador : FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
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MEMBROS DA BANCA :
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BRUNO MENDES TENORIO
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FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
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JULIANA PINTO DE MEDEIROS
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LUCIANA SILVA REGUEIRA
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Data: 03/04/2024
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O vírus Zika é uma arbovirose transmitida pelo mosquito do gênero Aedes aegypti. A transmissão desse vírus pode acontecer por transmissão sexual, transfusão sanguínea e durante o período gestacional. A identificação do mesmo foi feita em amostras biológicas como sangue, leite materno, saliva, urina, mucosas, entre outros tecidos. Dessa forma, O presente trabalho teve como objetivo realizar análise morfológica do complexo submandibular-sublingual de camundongos balb/c após infecção pelo vírus Zika (ZIKV). Foram utilizados 110 camundongos de linhagem balb/C machos, os quais foram imunodeprimidos com dexametasona e infectados com o vírus Zika (n=10/grupo). Após a eutanásia, o complexo submandibularsublingual foi coletado e processado para a realização das análises de peso, histológica, histoquímica, morfométrica e dimensão fractal. O resultado da análise do peso dos animais demonstrou que os animais do grupo tratado com ZIKV e dexametasona apresentaram perda de peso no período 14, 21 e 35 dias pósinfecção. O peso do órgão apresentou maiores médias nos grupos 21, 28 e 42 dias pós-infecção. O índice Organossomático de todos os animais dos grupos ZIKV apresentou maiores médias. Histologicamente, a porção serosa dos grupos 28, 35, 42 dias pós-infecção apresentou ductos tortuosos e menor lúmen ductal. O grupo 42 dias apresentou vacuolização. A porção mucosa apresentou aumento de tecido conjuntivo no espaço interacinar no grupo 14 dias, aumento no número de células nos grupos 21, 28, 35 e 42 dias, além de intensa vacuolização nos grupos 28, 35 e 42 dias. A histoquímica demonstrou aumento na concentração de colágeno nos grupos 21, 28, 35 e 42 dias no ácinos serosos. Na região dos ácinos mucosos houve aumento neste parâmetro nos grupos 21, 28, 35 e 42 dias. A morfometria dos ácinos serosos demonstrou redução do lúmen e aumento na altura do epitélio nos grupos 14, 21, 26, 35 e 42 dias. Os ácinos mucosos os grupos 14, 28, 35 dias apresentaram diminuição da área e os grupos 21 e 42 apresentaram aumento neste parâmetro. Os grupos 14,21,28,35 e 42dias apresentaram aumento no lúmen do ácino mucoso e diminuição na altura do epitélio. A Dimensão Fractal dos grupos 35 e 42 dias teve maiores médias, enquanto que a lacunaridade apresentou menor média no grupo 42dpi. Assim, conclui-se que a infecção por ZIKV provoca alterações morfológicas no complexo submandibular-sublingual alterando a arquitetura das estruturas que compõem esse órgão.
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O zika vírus (ZIKV) é uma arbovirose, doença causada por um grupo de arbovírus, transmitido pelo mosquito do gênero Aedes aegypti. A transmissão desse vírus pode acontecer por transmissão sexual, transfusão sanguínea e durante o período gestacional. Desde que foi o zica vírus foi descoberto, a identificação do mesmo foi feita em amostras biológicas como o sangue, leite materno, saliva, urina, mucosas, entre outros tecidos. As complicações clínicas ocasionadas pela infecção por arboviroses são de larga escala e podem acometer também a cavidade oral em boa porcentagem dos casos, gerando um desafio para a odontologia. Uma vez que ocorre a transmissão transplacentária do ZIKV (transmissão vertical) e já tendo descrito a presença do vírus em fluídos corporais, incluindo a saliva, este projeto tem como objetivo investigar os tecidos das glândulas submandibulares da prole de camundongos Balb/c fêmeas após infecção pelo zica vírus, o que também colabora para esclarecer o mecanismo de transmissão vertical do vírus. Para isso, serão utilizados 171 camundongos de linhagem balb/C machos e fêmeas, a serem utilizados em duas etapas. A etapa 1 consiste no tratamento das mães e acasalamento. A etapa 2 consiste na análise dos filhotes. Na etapa 1 ocorrerá a imunodepressão das fêmeas com dexametasona, infecção pelo zika vírus e acasalamento. A etapa 2 consiste na separação dos filhotes de acordo com o grupo e idades de análise. As fêmeas serão divididas em 3 grupos: Fêmeas controle (10 animais); Fêmeas imunodeprimidas (10 animais); Fêmeas imunodeprimidas e infectadas com vírus Zika (10 animais). Os animais (prole) oriundos dos cruzamentos dos três grupos serão analisados em datas diferentes de desenvolvimento, semanalmente a fim de que seja acompanhado a possível evolução dos efeitos da infecção. Desta forma, os animais serão eutanasiados com 21, 28, 35, 42, 49 e 56 dias de vida. Após a eutanásia, as glândulas submandibulares serão coletadas e processadas para a realização de análises histológicas e imunohistoquímicas. Desta forma, esse projeto se propõe verificar se a infecção pelo zika vírus via transplacentária interfere na organização estrutural dos tecidos das glândulas submandibulares, uma vez que já foi detectado a presença do vírus na saliva de pessoas infectadas, através de análises histológicas, histopatológicas, histométrica e imunohistoquímicas. O estudo fornecerá evidências sobre possíveis mecanismos de ação do vírus no tecido glandular, sendo necessário para aumentar o entendimento dos profissionais de saúde em planejar protocolos clínicos adequados, contribuindo, desta forma, para o emprego das Ciências Morfológicas dentro de um contexto aplicado nas Ciências das Áreas da Saúde.
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LUCIANA RODRIGUES OLIVEIRA DA SILVA
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DESENVOLVIMENTO DE NANOSISEMAS CONTENDO ÓLEO DE SYAGRUS CORONATA (MART.) BECC (ÓLEO DE LICURI) E ESTUDOS DE BIOCOMPATIBILIDADE IN VITRO
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Orientador : NOEMIA PEREIRA DA SILVA SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE DE LIMA AIRES
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MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
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NOEMIA PEREIRA DA SILVA SANTOS
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PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
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Data: 11/06/2024
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Syagrus coronata é uma planta conhecida popularmente como licuri, que faz parte da família Arecaceae, considerada como uma das principais palmeiras nativas do Semiárido brasileiro. O óleo de licuri, extraído do fruto do licurizeiro, é rico em ácidos gordos e é utilizado na gastronomia e na medicina popular para tratar diabetes, micoses, dores e cicatrização de feridas. Estudos mostram que este óleo possui propriedades antioxidantes, antimicrobianas e cicatrizantes. O objetivo deste trabalho foi desenvolver nanocápsulas de poli(ε-caprolactona) (PCL) com núcleo lipídico de óleo de licuri e determinar sua atividade citotóxica e antioxidante para uso tópico. O óleo foi obtido a partir de amêndoas prensadas a frio. Nanocápsulas de PCL contendo óleo de licuri foram desenvolvidas pelo método de deposição interfacial polimérica usando um desenho fatorial de dois fatores variando em dois níveis as concentrações do óleo de licuri (100 e 300 mg) e do surfactante da fase orgânica Span 60 (40 e 60 mg). A citotoxicidade foi determinada contra linhas celulares indiferenciadas. A formulação óptima (237,0 nm, PDI 0,148, -38,2 mV e pH 7,31) foi produzida a partir de 300 mg de óleo de licuri e 40 mg de Span 60 com base no desenho experimental. Os resultados da estabilidade a longo prazo das nanocápsulas de PCL contendo óleo de licuri mostraram que a formulação escolhida permaneceu estável durante 90 dias a uma temperatura de 4°C. Os resultados de SEM evidenciaram a formação de nanocápsulas esféricas contendo o óleo de licuri. As análises de caraterização DSC, TGA e DXR comprovaram a formação e encapsulamento do óleo de licuri nas nanocápsulas de PCL e o seu efeito térmico protetor. Não foi observada citotoxicidade nas concentrações testadas das nanocápsulas obtidas.
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Syagrus coronata é uma planta conhecida popularmente como licuri, que faz parte da família Arecaceae, considerada como uma das principais palmeiras nativas do Semiárido brasileiro. O óleo de licuri, extraído do fruto do licurizeiro, é rico em ácidos gordos e é utilizado na gastronomia e na medicina popular para tratar diabetes, micoses, dores e cicatrização de feridas. Estudos mostram que este óleo possui propriedades antioxidantes, antimicrobianas e cicatrizantes. O objetivo deste trabalho foi desenvolver nanocápsulas de poli(ε-caprolactona) (PCL) com núcleo lipídico de óleo de licuri e determinar sua atividade citotóxica e antioxidante para uso tópico. O óleo foi obtido a partir de amêndoas prensadas a frio. Nanocápsulas de PCL contendo óleo de licuri foram desenvolvidas pelo método de deposição interfacial polimérica usando um desenho fatorial de dois fatores variando em dois níveis as concentrações do óleo de licuri (100 e 300 mg) e do surfactante da fase orgânica Span 60 (40 e 60 mg). A citotoxicidade foi determinada contra linhas celulares indiferenciadas. A formulação óptima (237,0 nm, PDI 0,148, -38,2 mV e pH 7,31) foi produzida a partir de 300 mg de óleo de licuri e 40 mg de Span 60 com base no desenho experimental. Os resultados da estabilidade a longo prazo das nanocápsulas de PCL contendo óleo
de licuri mostraram que a formulação escolhida permaneceu estável durante 90 dias a uma temperatura de 4°C. Os resultados de SEM evidenciaram a formação de nanocápsulas esféricas contendo o óleo de licuri. As análises de caraterização DSC, TGA e DXR comprovaram a formação e encapsulamento do óleo de licuri nas nanocápsulas de PCL e o seu efeito térmico protetor. Não foi observada citotoxicidade nas concentrações testadas das nanocápsulas obtidas.
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NATAN CORDEIRO DA SILVA
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ANÁLISE DA ATIVIDADE BIOESTIMULADORA DE COLÁGENO DA CRAMOLL IMOBILIZADA OU NÃO EM UM GEL DE GALACTOMANANA EM CÉLULAS PROVENIENTES DE RINS DE MACACO VERDE AFRICANO
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Orientador : FERNANDA MIGUEL DE ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
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FERNANDA MIGUEL DE ANDRADE
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MARLLYN MARQUES DA SILVA
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PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
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Data: 27/06/2024
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A pele é o maior órgão do corpo humano e representa uma estrutura vital para a proteção dos órgãos internos. Com o passar dos anos, tende a diminuir a produção de colágeno e com a exposição a agentes externos, como luz solar, o processo é acelerado, levando a formação de rugas e um aumento da flacidez. Busca-se cada vez mais substâncias que sejam capazes de retardar esse processo. A Cramoll 1,4 (Cramol) é uma lectina extraída das sementes de Cratylia mollis que demostrou ser capaz de estimular a produção e o depósito de colágeno tipo I em feridas de camundongos diabéticos. A Cramol foi imobilizada em um gel de Galactomanana extraído das sementes de Cassia grandis, pois, proporciona maior estabilidade a lectina e uma liberação controlada no meio. Este estudo teve o objetivo de analisar o potencial antienvelhecimento cutâneo da Cramol imobilizada ou não em um gel de Galactomanana. Foram utilizados fibroblastos (Vero) provenientes de rim de macaco verde-africano, onde as culturas celulares foram divididas em 7 grupos: Controle (C) - Células Vero e suplementação; Controle Meio (CM) - Meio de cultura; Cra0,2 – Células Vero tratadas com Cramol (0,2mg/ml); Cra0,2+Gal – Células Vero tratadas com Cramol (0,2mg/ml) imobilizada no gel de Galactomanana; Cra0,4 – Células Vero tratadas com Cramol (0,4mg/ml); Cra0,4+Gal – Células Vero tratadas com Cramol (0,4mg/ml) imobilizada no gel de Galactomanana; e CG – Células Vero tratadas com Galactomanana. Após 48 e 72 horas o meio foi corado com o corante Sirus Red (Chondrex) que liga-se especificamente as fibras de colágeno e então quantificado seguindo as orientações do fabricante. A Cramol foi capaz de estimular a síntese de colágeno em todas as concentrações utilizadas, tanto sozinha, quanto imobilizada no gel de galactomanana. Apresentou maior síntese em relação ao tempo de exposição (72 horas). Esses resultados comprovam a atividade bioestimuladora de colágeno dessa lectina, sendo necessário estudos mais aprofundados a fim de compreender qual o mecanismo e como essa lectina se comporta em modelos mais complexos.
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A pele é o maior órgão do corpo humano e representa uma estrutura vital para a proteção dos órgãos internos. Com o passar dos anos tende a diminuir a produção de colágeno e com a exposição a agentes externos como luz solar tende a acelerar esse processo. Com isso perde preenchimento na matriz extracelular, provocando o aparecimento de rugas e um aumento da flacidez, devido à perda das fibras de colágeno. As lectinas são proteínas não imunológicas com capacidade de se ligar reversivelmente a carboidratos e por isso apresentam importantes efeitos biológicos. Estão presentes em diversos organismos vivos, sendo as plantas leguminosas importantes portadoras dessas moléculas. A Cramoll 1,4 é uma lectina extraída das sementes de Cratylia mollis que demostrou ser capaz de estimular a produção e o depósito de colágeno tipo I em feridas de camundongos diabéticos. O aprisionamento de moléculas em géis é uma estratégia para melhorar a absorção cutânea dessas moléculas e também a estabilidade e a liberação controlada. O gel de Galactomanana demostrou ter boa harmonia com o aprisionamento da Cramoll 1,4, o mesmo garante uma estabilidade da solução sem que a Cramoll perda a sua potencial atividade. Este estudo teve o objetivo de analisar o potencial antienvelhecimento cutâneo da Cramoll 1,4 imobilizada ou não em um gel de Galactomanana. Serão utilizados fibroblastos (VERO) provenientes de rim de macaco verde-africano, onde as culturas celulares serão divididas em 5 grupos (G): GC - apenas fibroblastos e suplementação (Controle); GCra0,2 – fibroblastos tratados com Cramoll 1,4 (0,2mg/ml); GCra0,2+Gal – fibroblastos tratados com Cramoll 1,4 (0,2mg/ml) imobilizada no gel de Galactomanana; GCra0,4 – fibroblastos tratados com Cramoll 1,4 (0,4mg/ml); GCra0,4+Gal – fibroblastos tratados com Cramoll 1,4 (0,4mg/ml) imobilizada no gel de Galactomanana. Após 72 horas o meio será corado com o corante sirus red que ligase especificamente ao colágeno e então será analisado seguindo as orientações do fabricante, também será analisado a produção de elastina pelas células após o mesmo período de cultivo através de kit ELISA. Espera-se que a Cramoll 1,4 seja capaz de estimular a produção de colágeno em fibroblastos VERO sendo assim considerada uma substância com um potencial antienvelhecimento.
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ILA MARANHAO DE OLIVEIRA
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CARATERIZAÇÃO FISICO-QUIMICA E BIOLOGICA DAS XILANAS DA MADEIRA DE Dinizia excelsa E SEU POTENCIAL USO PREBIÓTICO FRENTE A Lactobacillus spp.
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Orientador : IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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AMANDA RAFAELA CARNEIRO DE MESQUITA
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IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
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MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
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SONIA PEREIRA LEITE
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Data: 04/10/2024
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Dinizia excelsia, pertencente à família Fabaceae, é uma espécie nativa da floresta amazônica, conhecida popularmente como angelim vermelho, angelim pedra e faveira de ferro. Sua madeira é reconhecida por sua alta resistência mecânica, durabilidade e capacidade de resistir a ataques de agentes xilófagos, características que a tornam amplamente utilizada na construção civil. No entanto, apesar de sua popularidade no setor madeireiro, pouco se conhece sobre seu potencial biológico. As xilanas, polissacarídeos que apresentam uma cadeia estrutural comum de β-(1→4) associada a resíduos de xilose, têm sido objeto de interesse crescente. A literatura aponta que as xilanas possuem atividades antimicrobianas, prebióticas, antitumorais e imunomoduladoras. Curiosamente, esse polissacarídeo, frequentemente descartado pelas indústrias, apresenta um alto potencial como matéria-prima para a produção de suplementos alimentares. Neste trabalho, enfocaremos as atividades prebióticas desses polissacarídeos. Os prebióticos são ingredientes alimentares não digestíveis que promovem a saúde ao estimular o crescimento da microbiota intestinal benéfica. O objetivo deste estudo foi realizar uma avaliação físico-química e biológica, com ênfase nas atividades prebióticas das xilanas extraídas do cerne de Dinizia excelsia. Para isso, a xilana foi extraída de resíduos do cerne através de um processo em cinco etapas. O material foi analisado fisicoquimicamente, incluindo a determinação de monossacarídeos, análise da composição elementar, espectroscopia FTIR, ressonância magnética nuclear 2D e determinação do peso molecular. Em seguida, avaliamos a citotoxicidade, imunomodulação, potencial hemolítico, anticoagulante, propriedades emulsificantes, simulação da degradação em suco gástrico e potencial prebiótico. Os resultados mostraram que as xilanas de Dinizia excelsia apresentaram um rendimento de 28,44% e um peso molecular de 38,32%. A análise elementar revelou os seguintes valores: H = 5,65%, C = 35,03% e O = 59,32%. As leituras de FTIR foram semelhantes às descritas na literatura, e a ressonância magnética 2D identificou grupos funcionais característicos da molécula. Em relação às atividades biológicas, a amostra demonstrou baixa toxicidade frente a linhagens celulares como HepG2, macrófagos J774, fibroblastos V79 e células Vero. Também apresentou baixa atividade hemolítica e anticoagulante em sangue de camundongos. Nos ensaios imunomodulatórios, houve estimulação da produção de citocinas anti-inflamatórias, além de alta capacidade emulsificante e atividade prebiótica significativa nas cepas estudadas. As xilanas também foram avaliadas quanto à sua capacidade de resistir à ação do suco gástrico e à determinação da atividade emulsificante. Assim como a xilana comercial, conseguiram promover o crescimento de cepas de Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus casei e Lactobacillus plantarum. Adicionalmente, apresentaram baixa taxa de degradação em suco gástrico e suco entérico, com atividade emulsificante máxima nas concentrações de 2% e 4% em pH 7. Esses resultados indicam que as xilanas de Dinizia excelsia possuem um amplo potencial para aplicações biomédicas, com ênfase em seu uso nutracêutico como prebióticos.
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Dinizia excelsa, uma árvore amazônica conhecida popularmente como angelin vermelho, angelin pedra e faveira de ferro, é um membro da família Fabaceae e pode atingir até 55 metros de altura. Sua madeira possui alta força mecânica e durabilidade, além de resistência a ataques de agentes xilófagos. Essas características têm permitido a aplicação da madeira na construção civil, sendo utilizada em deques, vigas, pisos, entre outros. Embora se conheça muito sobre a sua aplicação no setor madeireiro, seu potencial farmacológico ainda não está totalmente elucidado. Isso ocorre porque seus extrativos e macromoléculas ainda não foram quimicamente caracterizados, o que é uma etapa crucial para a aplicação. Dentre as macromoléculas, destacam-se as xilanas, polissacarídeos com grande potencial para estudos e aplicações biomédicas. As xilanas são um grupo de polissacarídeos que possuem como cadeia estrutural comum a conformação β-(1→4)-associada a resíduos de xilose. São os principais carboidratos da hemicelulose, sendo consideradas um dos polissacarídeos mais presentes nas paredes celulares, apresentando teores inferiores apenas à celulose. Esses polissacarídeos de xilose conferem resistência mecânica, regulam a pressão osmótica das células e protegem a madeira contra patógenos. Pesquisas recentes, como a de Curry (2023), apontam três eixos de utilização para as xilanas: como matéria-prima para biocombustíveis, biomateriais e para aplicações biomédicas. Como biocombustível, um dos potenciais é utilizar os descartes da indústria de celulose ricos em xiloses. Como material, devido à sua biodegradabilidade, esse produto pode ser aproveitado para a produção de bioplásticos, hidrogéis e biofilmes, além de poder atuar como carregador de fármacos e outras substâncias. As xilanas também demonstraram atividades antimicrobianas, prebióticas, antitumorais e imunomoduladoras. Dentre essas atividades, destacaremos a atividade prebiótica desses polissacarídeos. Prebióticos, de acordo com a Sociedade Internacional Científica, são substratos que, ao serem metabolizados pela microbiota intestinal, proporcionam um efeito positivo à saúde do indivíduo. Smith e Melrose (2022), em seu trabalho de revisão, demonstraram como xilanas e xilo-oligossacarídeos derivados de diversas fontes podem promover saúde e bem-estar quando usados como prebióticos. Esses nutracêuticos à base de xilanas mostraram melhora no prognóstico de doentes críticos, como tratamento nutracêutico para COVID-19 e até para diminuir a quantidade de metano expelida por ruminantes. Este trabalho visa realizar uma avaliação preliminar das xilanas derivadas das folhas e galhos de Dinizia excelsa. Essas amostras são comumente descartadas pelas indústrias, e o uso delas visa reduzir o descarte de material útil. Faz-se necessário avaliar as características específicas das xilanas presentes em Dinizia excelsa para explorar seus potenciais em estudos futuros.
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