EFEITO DA INVAGINAÇÃO BASILAR TIPO B NA COLUNA CERVICAL: ESTUDO CASO-CONTROLE POR
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA EM POPULAÇÃO DO SERTÃO DO ESTADO DA PARAÍBA
Invaginação Basilar, coluna cervical, lordose cervical, clivo
Objetivo:Avaliar o efeito da invaginação basilar (IB) tipo B na coluna cervical.
Metodologia: O protocolo de pesquisa utilizou exames de ressonância magnética (RM) de
crânio de 41 participantes com IB tipo B e 158 controles. O critério para IB foi a distância do
ápice do odontóide à linha de Chamberlain (DOCL) igual ou superior a 7 mm. Foram avaliados
o comprimento do clivo (CLI), o ângulo do canal do clivo (ACC), o ângulo basal de Welcker
(ABW), o ângulo de Boogard (ABO), o ângulo da lordose cervical superior (LCS) e o ângulo da
lordose cervical total (LC). A análise descritiva, as comparações entre os grupos e as
correlações entre os parâmetros da base do crânio e da coluna cervical foram realizadas com
intervalo de confiança de 95%.
Resultados:Os participantes com IB tipo B apresentaram menor comprimento do clivo (CLI:
25,7mm±7,3), maior angulação da base do crânio (ABW: 126,5±10,4), maior inclinação do
forame magno (ABO: 151,5±14,5), diminuição do valor do (ACC: 131,6±15) e maiores
angulações do LCS (17,9 ±13,8) e LC (29,7 ±19,9) em comparação ao grupo controle (P<
0,05). O comprimento do clivo e a ACC correlacionaram-se inversamente com o LCS e o LC,
enquanto o ABO correlacionou-se diretamente com o LCS e o LC. A ABW não se
correlacionou com a LC (P< 0,05).
Conclusão:A deformação da base do crânio no IB do tipo B causou, em média, uma
hiperlordose de quase 30 graus no segmento C2-C6. Essa alteração foi de aproximadamente
17º no C2-C4, sendo a hipoplasia de clivo um fator de risco para hiperlordose cervical. Além
disso, a platibasia não foi um fator determinante no aumento da angulação total da lordose
cervical.