Banca de DEFESA: JOAO VITOR DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOAO VITOR DA SILVA
DATA : 01/03/2024
HORA: 08:30
LOCAL: sh2 Departamento de Histologia e Embriologia
TÍTULO:

ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA E NÃO-LINEAR DO ESTÔMAGO, DUODENO E FÍGADO DE RATOS WISTAR HIPERPROLACTINÊMICOS TRATADOS COM MELATONINA EXÓGENA


PALAVRAS-CHAVES:

HIPERPROLACTINEMIA; SISTEMA DIGESTÓRIO; MELATONINA; FRACTAL; HISTOPATOLOGIA


PÁGINAS: 10
RESUMO:

A hiperprolactinemia é uma condição que provém da elevação dos níveis séricos de prolactina (PRL), sendo considerada a alteração endócrina mais comum do segmento hipotalâmico-hipofisário. Na literatura científica, já são bem descritos os efeitos danosos da hiperprolactinemia sobre tecidos e órgãos dos sistemas genitais. No entanto, são escassos estudos que reportem os seus possíveis efeitos negativos sobre os tecidos e órgãos dos demais sistemas e, dentre estes, incluso o sistema digestório, o qual é fundamental para a homeostase do organismo. A melatonina (MEL) consegue transpassar por todos os órgãos e compartimentos subcelulares devido à sua lipossolubilidade, apresentando diversas funções protetoras no organismo, sendo as mais elucidadas relacionadas ao seu potencial antioxidante, anti-inflamatório, antienvelhecimento e antiapoptótico, que ajudam a combater determinadas patologias que acometem o ser humano. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo realizar uma análise histopatológica e não-linear do estômago, duodeno e fígado de ratos Wistar hiperprolactinêmicos tratados com MEL exógena. Para esse propósito, foram utilizados 24 animais, procedentes do Biotério do Centro Acadêmico de Vitória, da Universidade Federal de Pernambuco, distribuídos em três grupos: grupo Controle (N=8); grupo Hiper, induzido à hiperprolactinemia (N=8) e grupo Hiper + MEL, induzido à hiperprolactinemia e tratado com MEL (N=8). A indução à hiperprolactinemia foi realizada via injeção subcutânea de domperidona (DOMP) na dose diária de 4mg/kg. Já o tratamento com MEL foi realizado via injeção subcutânea na dose diária de 200μg por 100g de peso corporal do animal. O período de indução à hiperprolactinemia mais tratamento com MEL foi de 60 dias. Assim que completos os 60 dias, os animais foram anestesiados e, logo em seguida, foi feita a coleta de 1mL de sangue por punção cardíaca para posterior dosagem hormonal de PRL e MEL, prosseguindo com a eutanásia para coleta dos órgãos alvo de estudo, os quais foram submetidos às análises: histopatológica; histoquímica; histomorfométrica; fractal; lacunaridade e imunohistoquímica. Com a finalização deste estudo foi possível identificar que os animais do grupo Hiper apresentaram um maior peso corporal quando em comparação com os dos grupos Controle e Hiper+Mel. Ademais, os animais dos grupos Hiper e Hiper+Mel apresentaram alterações estruturais no duodeno e fígado. No duodeno, os grupos hiperprolactinêmicos demonstraram um aumento na altura das vilosidades e microvilosidades intestinais quando em comparação com o grupo Controle. Já no fígado, os grupos Hiper e Hiper+Mel demonstraram uma redução significativa na contagem de células de Kupffer (KCs) quando comparados ao grupo Controle, assim como um acúmulo de gotículas lipídicas ao longo do tecido hepático. O resultado da análise histoquímica realizada no duodeno revelou que o grupo Hiper apresentou áreas de coloração pelo Ácido Periódico de Schiff significativamente menores quando em comparação com os grupos Controle e Hiper+Mel. O resultado da análise imunohistoquímica realizada no fígado demonstrou que os grupos Hiper e Hiper+Mel apresentaram uma maior marcação para os receptores do antígeno nuclear de proliferação celular (PCNA) quando comparados ao grupo Controle. Já no estômago, o grupo Hiper não apresentou uma maior marcação para os receptores do PCNA quando comparado ao grupo Controle, mas o Hiper+Mel sim, sendo esse um achado intrigante deste estudo. Enquanto que, no duodeno, os grupos Hiper e Hiper+Mel apresentaram uma menor marcação para os receptores do PCNA quando em comparação com o grupo Controle. Na análise morfométrica do fígado, além da contagem de KCs, foi realizada a contagem de hepatócitos binucleados, a qual revelou a tendência de proliferação celular nos grupos hiperprolactinêmicos. A dimensão fractal dos sinusoides hepáticos demonstrou-se consideravelmente maior nos grupos Hiper e Hiper+Mel quando em comparação com o grupo Controle. Com relação ao resultado da dosagem hormonal de PRL, os animais dos grupos Hiper e Hiper+Mel apresentaram níveis séricos mais elevados quando comparados aos do grupo Controle, revelando que a DOMP induz à condição de hiperprolactinemia. Já com relação à dosagem de MEL, os animais do grupo Hiper+Mel demonstraram concentrações séricas mais elevadas quando comparados aos dos grupos Controle e Hiper, confirmando a circulação de MEL exógena no organismo. A MEL exógena, neste estudo, atuou positivamente acerca dos parâmetros peso corporal e histoquímico.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1212831 - BRUNO MENDES TENORIO - nullExterna ao Programa - 1582052 - CARINA SCANONI MAIA - nullPresidente - 1912221 - FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
Interna - 1805809 - JULIANA PINTO DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 20/02/2024 14:52
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