O EFEITO DA INVAGINAÇÃO BASILAR TIPO B SOBRE A COLUNA CERVICAL: UM ESTUDO CASO-CONTROLE COM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Coluna vertebral, Invaginação Basilar, Ressonância Magnética
A junção craniovertebral (JCV) compreende a transição entre o crânio e a coluna cervical. É composta pelo clivo, o forame magno do osso occipital, as vértebras atlas (C1) e áxis (C2), os ligamentos atlanto-occipitais e as articulações atlantoaxiais (1). Essa região é contínua com a coluna cervical (C1-C7), que apresenta normalmente uma curvatura côncava anteriormente, denominada de lordose cervical. Dentre os componentes da JCV destaca-se o clivo, que é a inclinação posterior da base do crânio e vai desde o básio (borda anterior do forame magno) até o dorso da sela turca. Durante seu desenvolvimento é dividido em duas partes: basisfenóide e basioccipital, separadas pela sincondrose esfenoccipital. O clivo e o dente da áxis formam o seu pilar central da JCV e são fundamentais para sua biomecânica (2,3). O objetivo do presente estudo foi avaliar parâmetroscraniométricos da base do crânio e coluna cervical superior em indivíduos com e sem IB tipo B. As imagens de ressonância magnética (IRM) utilizadas neste protocolo de estudo foram realizadas em um aparelho Magneton C! (Siemens Medical Solutions, Erlangen, Alemanha), de 0.35T, campo aberto. As medidas foram calculadas na sequência de pulso volumétrico isotrópico T1 sagital, denominada eco rápido gradiente preparado por magnetização (MPRAGE), sendo usada a fase sem contraste intravenoso. Nossos resultados demonstram que as correlações entre as variáveis são mais fracas nos indivíduos sem IB B, quando comparados aos com IB B. Sugerindo que ao passo que ocorre a deformação na base do crânio se intensifica a relação existente entre a JCV e a curvatura da coluna cervical. As alterações decorrentes da IB B geram repercussões clínicas e alterações biomecânicas importantes nos indivíduos. O clivo é a estrutura fundamental para o entendimento das adaptações patológicas e biomecânicas da base do crânio eda coluna cervical em indivíduos com IB B.