AUMENTO NA PERFORMANCE DE CÉLULAS SOLARES PEROVSKITAS A PARTIR DE RESSONÂNCIA PLASMÔNICA DE NANOPARTÍCULAS BIMETÁLICAS Ag-Au
Perovskita Inorgânica, CsPbBr3, Carbono, Efeito Plasmônico, Nanopartículas Bimetálicas.
As explorações espaciais se mostram muito importantes para o desenvolvimento da ciência, levando à obtenção de tecnologias indispensáveis à sociedade. Um exemplo é a pesquisa e desenvolvimento de sondas espaciais, telescópios, veículos geológicos e satélites, que possibilitam o acesso à navegação, internet, telefone, sinal de televisão, estudos climáticos, comunicações, entre outros. Juntamente com os avanços obtidos, surgem questões técnicas que demandam constante aperfeiçoamento e inovação, como o fornecimento de energia para a estação espacial. Para futuras missões é crucial aumentar a potência gerada por unidade de área. Fazendo com que a operação de naves movidas à energia solar seja possível a distâncias ainda maiores que as atuais, bem como mais afastadas do sol. Nesse sentido, o desenvolvimento de novos materiais eficientes e baratos que possam ser aplicados em células solares é de interesse mundial.Dentre os dispositivos que promovem a conversão da energia solar em energia elétrica, as células solares de perovskitas são uma das tecnologias mais promissoras atualmente. Segundo dados do National Renewable Energy Laboratory, as perovskitas possuem eficiência certificada de 25,5%.No entanto, além do objetivo de aumentar ainda mais a eficiência de conversão de energia, a viabilização de aplicação em larga escala, dessa tecnologia, encontra-se desafiada por limitações como instabilidade do material e tempo de vida do dispositivo. Perovskitas inorgânicas, com substituição de cátions orgânicos por outros cátions, como o césio, têm recebido destaque na comunidade cientifica, devido a maiores estabilidades, sendo, no entanto, ainda necessário tratar desse e outros pontos referentes à tecnologia. Uma estratégia para aperfeiçoar os dispositivos, levando à possibilidade de maior geração de fotoelétrons, menor resistência entre camadas e consequente aumento de eficiência, está na incorporação de diferentes materiais, como nanopartículas bimetálicas. Nesse sentido, essa dissertação tem como objetivo a obtenção, caracterização e otimização de células solares de perovskitas inorgânicas de CsPbBr3, para seguir então para a incorporação de nanopartículas bimetálicas de Ag-Au. O intuito é desenvolver um sistema de fabricação e caracterização eletroquímica confiável e reprodutível para os dispositivos fotovoltaicos, além de avaliar o efeito plasmônico das nanopartículas bimetálicas nos parâmetros de caracterização da célula solar, como fator de preenchimento, potencial de circuito aberto, eficiência e densidade de corrente, utilizando um contraeletrodo de carbono. Foi estudado o efeito do tempo, de 10 a 50 minutos, de imersão dos substratos de TiO2 em FTO, com camada de PbBr2, em solução de brometo de césio, para a formação dos filmes de perovskita CsPbBr3. Com o tempo de 20 minutos foi possível preparar células solares com eficiência de até 4,6 %, com densidade de corrente de 10,4 mA/cm2, Voc de 1,06 V e FF de 42%. Observou-se pela análise estatística dos dispositivos que os filmes fabricados com 20 minutos de imersão apresentaram-se reprodutíveis e com interessantes respostas eletroquímicas, bem como de absorção e de cristalinidade, apresentando-se como interessantes dispositivos para a sequência do trabalho e, portanto, para o estudo de efeito plasmônico, pela inserção das nanopartículas bimetálicas de Ag-Au.