Efeito da gestação e amamentação em mães esquistossomóticas na expressão de marcadores e ativação de macrófagos em camundongos descendentes com Carcinoma de Ehrlich
Macrófagos; Imunometabolismo; Tumor; Esquistossomose
O impacto da gestação e amamentação em mães esquistossomóticas no descendente adulto, tem sido foco do nosso grupo de pesquisa. Foi demonstrado que o contato prévio com leite de mães infectadas por S. mansoni promoveu um retardo no crescimento tumoral e melhorou a frequência de macrófagos M1, por outro lado, a gestação em mães infectadas manteve a frequência de macrófagos M2, não inibindo o desenvolvimento tumoral. Contudo, não foi avaliado o envolvimento destas células como fator protetor ou não em tumores, frente ao imunometabolismo lipídico, marcadores pró-fibróticos e diante de células supressoras derivadas de mieloides (MDSCs). Estudos reportam que os macrófagos de perfil M1 quando ativados podem desempenhar capacidade tumoricida, levam à produção de citocinas pró-inflamatórias e de altos níveis de óxido nítrico, enquanto os macrófagos M2 são caracterizados pela expressão de Arg-1, Fizz-1 e de citocinas TGF-β e IL-10 e estão envolvidos com o crescimento tumoral, podendo adquirir lipídeos por meio do receptor CD36, sendo acúmulo e captação de lipídeos intracelular avaliado pelo marcador Bodipy. Associado a isso, as MDSCs exercem ação imunossupressora no sistema imune, desempenhando papel crítico durante a progressão tumoral. Com a associação dos marcadores dos macrófagos será possível analisar os fatores relacionados ao imunometabolismo lipídico no contexto tumoral. Para isso, pretende-se avaliar a associação da expressão dos marcadores Arg, Fizz, TGF-β, IL-10, óxido nítrico (pró e anti-inflamatórios), bem como CD36, bodipy (imunometabolismo lipídico) e MDSCs em camundongos adultos que são gerados e/ou amamentados em mães esquistossomóticas e submetidos a implantação do Carcinoma de Ehrlich.