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Dissertações |
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ÁDAMO YÉSUS BRITO DA SILVA
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Frequências das Mutações de Resistência e Pressão Seletiva nas Sequências Genômicas do HIV-1 Após a Introdução dos Inibidores de Integrase no Brasil, Estados Unidos e União Europeia.
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Orientador : HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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KLEDOALDO OLIVEIRA DE LIMA
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PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
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VIVIANE MARTHA SANTOS DE MORAIS
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Data: 15/02/2022
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O HIV tem particular importância no Brasil por representar quase metade (46%) das infecções em toda a América Latina. Em particular o subtipo B vem se constituindo o mais prevalente em diversas regiões do país. Como estratégia de combate a TARV com os mais recentes IIN vem sendo empregada desde terapias de resgate à primeira linha em naives. No entanto, estudos tem apontado o surgimento de mutações de resistência que podem levar a falha da terapia. Neste estudo foram avaliadas por análise de recombinação, perfil de aminoácidos e busca por mutações na Integrase as sequências do Brasil, Estados Unidos e União Europeia presentes no Los Alamos HIV database no sentido de traçar as alterações da cadeia de aminoácidos e resistência antirretroviral das sequências do subtipo B do HIV-1 antes e após a introdução dos IIN. Alterações no perfil molecular, polimorfismos e mutações de resistência foram encontradas entre as sequencias dos anos anteriores e as sequências dos anos posteriores à introdução dos IIN.
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O HIV tem particular importância no Brasil por representar quase metade (46%) das infecções em toda a América Latina. Em particular o subtipo B vem se constituindo o mais prevalente em diversas regiões do país. Como estratégia de combate a TARV com os mais recentes IIN vem sendo empregada desde terapias de resgate à primeira linha em naives. No entanto, estudos tem apontado o surgimento de mutações de resistência que podem levar a falha da terapia. Neste estudo foram avaliadas por análise de recombinação, perfil de aminoácidos e busca por mutações na Integrase as sequências do Brasil, Estados Unidos e União Europeia presentes no Los Alamos HIV database no sentido de traçar as alterações da cadeia de aminoácidos e resistência antirretroviral das sequências do subtipo B do HIV-1 antes e após a introdução dos IIN. Alterações no perfil molecular, polimorfismos e mutações de resistência foram encontradas entre as sequencias dos anos anteriores e as sequências dos anos posteriores à introdução dos IIN.
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GABRIEL GALINDO CUNHA
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PREVALÊNCIA DO ANTI-HEV IGG E FATORES DE RISCO EM DOADORES DE SANGUE DO HEMOPE NO ANO DE 2021 A 2022
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Orientador : MARIA ROSANGELA CUNHA DUARTE COELHO
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MEMBROS DA BANCA :
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LIBIA CRISTINA ROCHA VILELA MOURA
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DÉBORA REGINA LOPES DOS SANTOS
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REGINA CELIA MOREIRA
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Data: 22/02/2022
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JOSÉ LUCIANO BRAINER DE FARIAS FILHO
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Detecção molecular de oxacilinases e carbapenemases em isolados de Acinetobacter spp procedentes de um hospital terciário de Recife - Pernambuco.
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Orientador : MARIA AMELIA VIEIRA MACIEL
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA BEATRIZ SOTERO SIQUEIRA
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LIBIA CRISTINA ROCHA VILELA MOURA
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VALDEMIR VICENTE DA SILVA JÚNIOR
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Data: 23/02/2022
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As infecções nosocomiais tem sido um dos mais importantes riscos aos pacientes hospitalizados. Com o advento da constante ampliação das terapias antimicrobianas, é crescente o aparecimento de bactérias multirresistentes aos antibióticos disponíveis. Neste contexto, destaca-se o gênero Acinetobacter spp, microrganismos que por vezes estão presentes em infecções relacionadas à assistência à saúde - IRAS, principalmente em pacientes com internações prolongadas, usam de dispositivos invasivos, gravemente enfermos e imunossuprimidos. Dentre as todas as espécies diferentes compreendidas no gênero Acinetobacter, destaca-se Acinetobacter baumannii. Que têm acumulado resistência a uma ampla gama de antibióticos. O surgimento de cepas resistentes aos carbapenêmicos de Acinetobacter spp dentro do ambiente hospitalar por vezes está associada a enzimas de oxacilinases do tipo OXA carbapenemases. Neste estudo foi caracterizado o perfil de susceptibilidade frente aos antimicrobianos Descreve a ocorrência de genes de oxacilinases, bla OXA-23-like , bla OXA-24-like , blaOXA-51-like , bla OXA-58-like e bla OXA- 143-like. Como também a ocorrência de carbapenemases do tipo KPC, genes de Metalo-ß- lactamases, bla SPM-1, bla IMP e bla VIM. Além de que determina um perfil clonal dos isolados clínicos de Acinetobacter spp provenientes de sítios infecciosos de pacientes de um hospital terciário de Recife-PE, coletados durante os anos de 2019 e 2020.
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MAXIMILIANO HELENO ALEXANDRE CUNHA
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ASSOCIAÇÃO DA POLIPATOLOGIA COM NÍVEIS DE LINFÓCITOS TCD4+, CARGA VIRAL, DURAÇÃO E TIPO DE TERAPIA ANTIRETROVIRAL EM IDOSOS VIVENDO COM HIV/Aids
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Orientador : HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
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EVONIO DE BARROS CAMPELO JUNIOR
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FABIA ALEXANDRA POTTES ALVES
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Data: 24/02/2022
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O número de pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHIV) a partir dos 50 anos tem aumentado progressivamente. Idosos vivendo com HIV têm sido associados à maior prevalência de comorbidades, podendo ocasionar maior frequência de polipatologia. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi verificar a associação entre presença de polipatologia e sua associação com tempo e tipo de terapia antirretroviral e carga viral e nível de linfócitos TCD4+ em idosos vivendo com HIV/AIDS na cidade do Recife no Estado de Pernambuco. Foi realizado um estudo de coorte analisando-se amostra da população de idosos com HIV/AIDS atendidos em dois serviços de referência em HIV no Estado de Pernambuco, Brasil. Um estudo de coorte prospectivo e retrospectivo foi realizamos envolvendo idosos vivendo com HIV com experiência em terapia antirretroviral (TARV) tratados em dois serviços de públicos, Brasil, de 2007 a 2021. Esses pacientes foram investigados quanto as características biológicas (sexo, idade e raça), sociodemográficas, comportamentais e exames clínicos laboratoriais incluindo (níveis de LTCD4+ e carga viral) e a presença de comorbidades e tempo e tipo de antirretrovirais através de dados secundários de prontuários médico e questionário aplicado aos pacientes. Polipatologia (Pp) foi definida como a presença concomitante de ≥2 NICMs, que incluiu doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes mellitus, fraturas ósseas e insuficiência renal e outras. Modelos de regressão logística foram construídos para avaliar preditores associados de NICMs e Pp. Entre os 501 idosos vivendo com HIV, a média de idade foi de 61 anos, 51,90% eram do sexo feminino. A prevalência polipatologia e doença oportunista ou coinfecção foi 68% e 16% respectivamente. As principais comorbidades foram hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e depressão. A análise multivariada revelou que polipatologia esteve associado a naive de CD4 (P=<0.001), a o uso ao longo do tempo de TDF+3TC+DTG (P=0.001) e TDF+3TC+DRV+RTV (P=0.009). A maioria dos idosos vivendo com HIV em uso de tratamento antirretroviral desenvolvem polipatologia. Os resultados mostram que o nível de linfócitos TCD4+ e carga viral tiveram pouca ou nenhuma relação com a presença de polipatologia nessa população, e que o estilo de vida parece contribuir para o aparecimento precoce de polipatologia.
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LAURA EMANUELLE SILVA
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ALTERAÇÕES LABORATORIAIS DE PACIENTES COM COVID-19 INTERNADOS EM HOSPITAL TERCIÁRIO NA CIDADE DO RECIFE, NORDESTE DO BRASIL
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Orientador : CARLOS ALEXANDRE ANTUNES DE BRITO
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MEMBROS DA BANCA :
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HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
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EDMUNDO PESSOA DE ALMEIDA LOPES NETO
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MARIA CYNTHIA BRAGA
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Data: 25/02/2022
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Desde os relatos dos primeiros casos de COVID-19 em dezembro de 2019 na China, a doença se dispersou por todo o mundo, com cerca de 370 milhões de casos e 5.6 milhões de óbitos (Fev 2022). Em 80% dos casos, a doença se apresenta com um quadro leve, com poucos sintomas respiratórios. Porém, nos restantes (20%), a doença pode evoluir para quadros de pneumonia que necessitam de internamento hospitalar, dentre estes, cerca de 5% podem evoluir com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e necessitarem de tratamento em unidades de terapia intensiva (UTI), especialmente nos surtos causados pela cepa original e outras variantes como Alpha, Beta e Gama. Os achados laboratoriais têm sido estudados na avaliação do paciente com COVID-19, nas diferentes formas de apresentação clínica da doença, na tentativa de identificar fatores de risco associado a formas graves da doença, que incluem intensidade de linfopenia, alterações do tempo de protrombina, lactato desidrogenase, níveis de dímero D, transaminases, creatina quinase, uréia e creatinina. As alterações laboratoriais podem variar bastante de paciente para paciente, mas o parâmetro laboratorial pode ter valor prognóstico para monitorar a evolução da doença, além de fatores relacionados à carga e persistência viral, manifestações clínicas e exames específicos avaliando a resposta celular e humoral. Alguns estudos já propuseram a realização de uma correlação entre os achados laboratoriais e a gravidade da doença do coronavírus, juntamente com a ocorrência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), porém sem padronização para utilização na prática clínica. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar o perfil e os fatores laboratoriais associados à evolução da COVID-19 para a forma mais grave da doença e suas devidas complicações. Tratou-se de um estudo observacional analítico prospectivo, conduzido de maio a setembro de 2020, envolvendo pacientes adultos de 18 anos ou mais, diagnosticados e confirmados laboratorialmente para COVID-19, internados no Hospital dos Servidores do Estado, localizado na cidade do Recife, Estado de Pernambuco, Brasil, referência para o atendimento de pacientes com COVID-19. Foram coletados dados demográficos, clínicos e laboratoriais. Os pacientes foram classificados em doença não-grave (leve) e grave (WHO 2021). Foram recrutados 95 casos suspeitos de COVID-19, desses 75 (78%) pacientes foram confirmados para COVID19, sendo 48 (64%) do sexo feminino, com idade de 67,5 ± 12,2 anos (média ± dp), com predomínio da faixa etária acima de 65 anos ou mais (62,7%). Dos 75 pacientes, 31 (45,6%) tinham renda familiar de até 1 salário mínimo e 36 (54.5%) tinham escolaridade até o ensino fundamental. O tempo entre o início dos sintomas e a internação foi uma mediana de 7 (4-11) dias. Na admissão os sintomas gerais mais frequentes foram astenia (74,3%), febre (60,8%), anorexia (57,5%), cefaleia (46,6%), mialgia (36,1%). Entre os sintomas respiratórios tosse seca foi o mais frequente (68,1%), seguido de dispneia (64,8%), tosse produtiva (45,8%), congestão nasal (33,3%), dor de garganta (26,4%), coriza (25%), hemoptise (9,6%). Disgeusia e anosmia esteve presente em 32,5% e 36,4% respectivamente. Dos sintomas gastrointestinais, a diarreia esteve
presente em 37,8% dos casos, seguido de náuseas (41,1%), vômitos (23,3%) e dor abdominal (21,9%). Artralgia e edema articular esteve presente em 21,9% e 8,2% dos casos respectivamente. Outros sintomas incluíram a presença de sonolência (35,6%), aftas (10,9%), rash (5,5%) e confusão mental (2,8%). Dos 75 pacientes, 25 (43,1%) foram classificados como graves. Sete pacientes foram a óbitos (9%). Comparando os sintomas na admissão entre pacientes com doença leve e grave apenas anorexia (p=0,263) e tosse produtiva (p=0.023) apresentaram uma diferença significativa. Na análise da associação da gravidade do caso com as variáveis longitudinais relacionadas a sinais e sintomas (medidas repetidas durante o período de internação) a anorexia permaneceu associada a formas graves (OR 1,817, IC: 1,175 – 2,811; p= 0,007). As comorbidades mais frequentes na amostra foram HAS (66,2%), Diabetes Mellitus (36,9%), asma (11,4%) e DPOC (10,6%). Asma foi mais frequentemente entre o grupo de pacientes graves (75%) do que as formas leves (25%), com significância estatística (p=0.041). Uma tendência também observada na análise longitudinal (OR: 3,91., IC: 0,96 – 15,9; p=0.056). Pacientes com as formas mais graves apresentavam níveis de hematócrito mais baixos, leucócitos mais elevados, neutrofilia, linfopenia, plaquetopenia, dímero D elevado, hipercalemia, e enzimas hepáticas. Porém, na avaliação de associação da gravidade do caso com as variáveis longitudinais relacionadas às medidas laboratoriais (medidas repetidas durante o período de internação), houve associação com formas graves apenas para plaquetopenia (aumento a cada 10.000. OR: 1,009, IC: 1,003 – 1,015, p=0.003), dímero D elevado (OR: 14,07, IC: 1,71 – 9,69, p=0.002), hipercalemia (OR: 3,38, IC: 1,35 – 8,45, p=0.009), TGO (aumento a cada 10 unidades. OR: 1,006, IC: 1,001 – 1,011, p=0.007), GGT aumentada (OR: 3,08, IC: 1,20 – 7,89, p=0.019), BD acima de 2,0 (OR: 2,98, IC: 1,09 – 8,13, p=0.033) ou BD aumento a cada 1 unidade. (OR: 1,039, IC: 11,007 – 1,071, p=0.017). Uma tendência a associação foi observada para fosfatase alcalina (aumento a cada 10 unidades. OR: 1,017, IC: 0,999 – 1,035, p=0.051) e tempo de protrombina (OR: 1,006, IC: 0,999 – 1,014, p=0.085). Na análise multivariada de medidas laboratoriais ao longo do internamento, foram encontrados dois modelos que demonstraram uma associação de alterações laboratoriais com formas graves, com um deles incluindo a plaquetopenia, dímero D elevado, sódio elevado, potássio elevado, GGT aumentada e TGO elevada. O presente estudo foi composto por uma amostra predominantemente de pacientes idosos, perfil da clientela atendida na instituição participante, o que justifica uma maior letalidade comparado aos dados de centros brasileiros. Não se observou diferenças na frequência de comorbidades de formas graves o que pode sugerir que apenas ser portador da doença (variável dicotômica) pode não estar associado ao risco de formas graves, porém a asma esteve estatisticamente associada a gravidade, semelhante a dados da literatura, justificado em virtude do pulmão ser o órgão alvo do processo inflamatório do COVID-19. Na avaliação multivariada de alterações laboratoriais ao longo da internação, observou-se que as alterações de enzimas hepáticas e fatores de coagulação, que estão em parte interrelacionados, representam um importante marcador de gravidade semelhante aos dados da literatura, apesar de resultados nem sempre concordantes. A amostra pequena pode ter limitado o encontro de outras associações.
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MELAYNE ROCHA ACIOLE
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CINÉTICA DO TNF E SEUS RECEPTORES EM PORTADORES DA INFECÇÃO PELA COVID-19, INTERNADOS NA UNIDADE INTENSIVA NA CIDADE DE RECIFE PE
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Orientador : VIRGINIA MARIA BARROS DE LORENA
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MEMBROS DA BANCA :
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LIBIA CRISTINA ROCHA VILELA MOURA
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PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
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HEYTOR VICTOR PEREIRA DA COSTA NECO
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Data: 25/02/2022
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A COVID-19, causada pela SARS-CoV-2, teve seu início no final do ano de 2019 e segue sendo um grande desafio para saúde pública global, afetando mais de 396 milhões de pessoas e acarretando uma mortalidade de mais de 5 milhões de pessoas ao redor do mundo. A infecção pelo coronavírus possui uma importante resposta inflamatória que influencia na progressão da doença, dentro deste perfil, encontramos a citocina TNF, que consiste em uma citocina pró-inflamatória mais polivalente do sistema imune, essencial para a defesa do hospedeiro contra infecções e para a regulação da sobrevivência celular. Os receptores solúveis de TNF (sTNFR1 e sTNFR2) são considerados possíveis antagônicas naturais do TNF e encontram-se elevados em muitas condições inflamatórias e crônicas, mas há relato também do papel agonista desses receptores na estabilidade e disponibilidade do TNF. O objetivo do presente estudo foi verificar os níveis séricos dos receptores solúveis de TNF (sTNFR1 e sTNFR2) em pacientes com COVID-19. Foram incluídos 131 pacientes confirmados para o SARS- CoV-2, sendo separados em três grupos: pacientes internados em enfermaria sem necessidade suporte de O2, grupo A (14); internados em enfermaria com necessidade de suporte de O2, grupo B (85), e internados em unidade de terapia intensiva (UTI), grupo C (32). Os resultados demonstram que os sTNFR1 e sTNFR2, se elevam de forma diretamente proporcional a gravidade de doença, podendo ser um possível grupo de biomarcadores de progressão da doença. Ao avaliar os níveis dos receptores com o grau de acometimento pulmonar, encontramos que no menor grau de acometimento, maior foram os valores de sTNFR1, sugerindo que os processos inflamatórios referentes ao TNF não estejam necessariamente associados ao local primário de infecção e sim a uma inflamação sistêmica, que pode afetar órgãos distais. Ao analisar o grupo de pacientes que foram a óbito em comparação com os recuperados, houve associação com ambos com os receptores. E por fim, identificamos uma correlação positiva, na avaliação dos receptores com os diferentes estágios clínicos da COVID-19 nos grupos B e C, indicando que o aumento de ambos os receptores, sTNFR1e sTNFR2, são diretamente proporcionais, dados estes que fomentam a possibilidade de utilização como biomarcadores. Esses achados sugerem a que os sTNFR1e sTNFR2 estão aumentados em condições graves da COVID-19 e eles podem ser utilizados como biomarcadores de gravidade e mortalidade da doença.
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JULIANA FLORENTINO MANÉ
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Avaliação in situ de FOXP3+ e IL17 em fígado e intestino de camundongos infectados experimentalmente com Schistosoma mansoni e tratados com Bacillus clausii (O/C, N/R, T e SIN)
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Orientador : VLAUDIA MARIA ASSIS COSTA
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MEMBROS DA BANCA :
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VALDENIA MARIA OLIVEIRA DE SOUZA
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FRANCISCA JANAINA SOARES ROCHA
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WHEVERTON RICARDO CORREIA DO NASCIMENTO
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Data: 30/03/2022
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YENER CRISTYELL VALLE ARANDA
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EFEITO IMUNO-MODULADOR DO Bacillus clausii (O/C, N/R, T e SIN) SOBRE OS MARCADORES α-SMA, IL-25, IL-33 NO FÍGADO E INTESTINO DE CAMUNDONGOS COM ESQUISTOSSOMOSE MANSONICA EXPERIMENTAL
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Orientador : VLAUDIA MARIA ASSIS COSTA
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MEMBROS DA BANCA :
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FRANCISCA JANAINA SOARES ROCHA
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VIRGINIA MARIA BARROS DE LORENA
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WHEVERTON RICARDO CORREIA DO NASCIMENTO
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Data: 30/03/2022
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YAN CHARLES DA SILVA BASTOS
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NÍVEIS SÉRICOS DE IP-10, IL-8, MCP-1 E MIG E DADOS LABORATORIAIS EM PACIENTES NA FASE CRÔNICA DA FEBRE CHIKUNGUNYA COM E SEM ARTRITE REUMATOIDE
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Orientador : MARIA ROSANGELA CUNHA DUARTE COELHO
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MEMBROS DA BANCA :
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LIBIA CRISTINA ROCHA VILELA MOURA
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ANDREA NAZARE MONTEIRO RANGEL DA SILVA
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HEYTOR VICTOR PEREIRA DA COSTA NECO
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Data: 29/04/2022
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LEANDRO SOARES DE ANDRADE BARROS
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ALTERAÇÕES ECOCARDIOGRÁFICAS DO VENTRÍCULO DIREITO EM PACIENTES RECUPERADOS DA COVID-19
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Orientador : HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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BRIVALDO MARKMAN FILHO
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CARLOS ROBERTO WEBER SOBRINHO
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PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
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Data: 05/08/2022
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Alterações ecocardiográficas do ventrículo direito na fase aguda da COVID-19 foram relatadas, sendo a disfunção ventricular a principal entre elas. Todavia, a persistência de sequelas cardíacas, a médio e a longo prazo, é incerta. Trata-se um estudo observacional retrospectivo, descritivo com componente analítico. O trabalho objetiva determinar a frequência de alterações ecocardiográficas residuais do ventrículo direito em pacientes adultos recuperados da COVID-19 atendidos nos ambulatórios de três hospitais de referência na cidade do Recife, no Estado de Pernambuco, além de verificar se existe a associação delas com gravidade na fase aguda da infecção. Em um total de 61 pacientes analisados, foram observadas alterações ecocardiográficas do ventrículo direito em 27 (44,3%) deles, sendo a disfunção sistólica a mais frequente. As demais alterações observadas foram dilatação e hipertensão pulmonar. A disponibilidade da ecocardiografia, em relação a outros métodos de imagem, proporciona um método útil para avaliação na fase aguda e o para o seguimento dos pacientes após a recuperação.
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ANDRE LUIZ DE ANDRADE ARAUJO
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FATORES DE RISCO DE MORTALIDADE EM PACIENTES CRÍTICOS INFECTADOS COM BACTÉRIAS MULTIDROGA RESISTENTES
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Orientador : VERA MAGALHAES DA SILVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CATARINA DE SOUZA LOPES
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MICHELE MARIA GONCALVES DE GODOY
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SYLVIA MARIA DE LEMOS HINRICHSEN
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Data: 18/08/2022
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Os pacientes críticos infectados por bactérias multidroga resistentes (MDR) constituem uma população específica de internados hospitalares, tanto pelas características peculiares do quadro clínico, quanto pelos patógeno responsáveis pelo problema, frutos da pressão seletiva do meio. Analisar os fatores de risco destes pacientes especificamente, pode não só melhorar os desfechos de mortalidade e diminuir os custos hospitalares, como servir de base para prevenção destas graves infecções. Assim, o presente estudo, com participação estrita de pacientes infectados por bactérias MDR, definidas tomando-se por base o consenso atual de especialistas no tema, buscou descrever e analisar os principais fatores de risco de mortalidade intra-hospitalar clínicos, microbiológicos e da assistência em saúde, 30 dias após o diagnóstico da infecção. Tratou-se de um estudo do tipo caso-controle, com análise bivariada dos pacientes alocados em dois grupos após 30 dias da cultura índice positiva: um grupo com desfecho óbito (O) e o outro com desfecho sobrevivência (S). Foi realizado nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de 03 hospitais públicos do Recife-PE, de agosto de 2020 a julho de 2021. Diferenças foram significantes se p < 0,05 e com um poder de associação 80%, com base em estudo com desenho e objetivos semelhantes. Dos 79 participantes, 46,8% morreram e 53,2% sobreviveram após o acompanhamento. O grupo dos óbitos teve internamento menor (mediana [IIQ] O: 29,62 [18,81] vs. S: 46,31 [18,91] dias) e era mais grave à admissão na UTI (média [DP] O: 24,60 [8,02] vs. S: 21,09 [6,43] pontos no escore APACHE-II). Este grupo também usou acesso venoso periférico menos dias (mediana [IIQ] O: 11,07 [8,84] vs. S: 19,49 [15,49]), mais cateteres de hemodiálise (O: 56,8% vs. S:38,1%), e traqueóstomos por menor período (média [DP] O: 16,00 [8,25] vs. S: 32,31 [13,83] dias). Uso de vasopressores (O: 67,6% vs S: 42,8%) e inotrópicos (O: 37,8% vs S: 14,3%), assim como menos dias de dieta via oral (mediana [IIQ] O: 18,21 [21,63] vs. S: 24,77 [15,74]) ou por sondas enterais (mediana [IIQ] O: 14,59 [13,81] vs. S: 29,63 [17,17]), tiveram associação com mortalidade. Conclui-se, portanto, que características clínicas, permanência hospitalar, dispositivos invasivos, suporte hemodinâmico e nutricional podem estar relacionados à mortalidade dos pacientes críticos infectados por bactérias MDR.
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JENYFFER SABRYNA COSTA DO NASCIMENTO
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EFEITOS IMUNORREGULATÓRIOS DA AMAMENTAÇÃO EM CAMUNDONGOS ESQUISTOSSOMÓTICOS NOS DESCENDENTES PORTADORES DE DIABETES AUTO-IMUNE
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Orientador : VALDENIA MARIA OLIVEIRA DE SOUZA
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MEMBROS DA BANCA :
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ROECKSON CARLOS PEIXOTO SILVA
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VLAUDIA MARIA ASSIS COSTA
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WHEVERTON RICARDO CORREIA DO NASCIMENTO
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Data: 29/08/2022
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Os estudos da amamentação em camundongos esquistossomóticos demonstraram alteração, estimulando ou suprimindo, na resposta imune dos descendentes para antígenos não-relacionados, na vida adulta. Aqui, avaliou-se o efeito da amamentação na diabetes autoimune, através do acompanhamento glicêmico, produção de citocinas Th1, Th2 e Th17 e frequência de linfócitos T regulatórios em camundongos fêmea adultos, descendentes de mães diabéticas não-obesas (NOD), amamentadas em mães Balb/c infectadas ou não por Schistosoma mansoni. Após o nascimento, foi realizada a amamentação adotiva, em que descendentes de mães NOD foram amamentadas em mães infectadas (NOD-AI) e outro grupo por mães não infectadas (NOD-ANI). Outro grupo de animais nascidos de mães NOD permaneceu amamentando nas próprias mães (NOD). Para grupo CONTROLE, utilizou-se animais nascidos e amamentados em mães não infectadas. Quando adultos, as descendentes tiveram a glicose mensurada da 10ª até a 17ª semana de vida. Nesta última, os animais tiveram os esplenócitos cultivados apenas com meio de cultura ou acrescentado do mitógeno ConA (5 μg/ml). Após 48h, foram dosados nos sobrenadantes a IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17, TNF e IFN-γ e as células usadas para imunofenotipagem, com anticorpos monoclonais ligados a fluorocromos para CD8+CD122+, CD4+IL10+, CD4+IL17+ e CD4+FoxP3. Foi observado que o grupo NOD a partir da 10ª semana já se encontrava pré-diabético (glicose >130mg/dL), enquanto a glicemia os grupos experimentais NOD-AI, NOD-ANI e CONTROLE mantiveram valores considerados normais (<130mg/dL) até a 15ª semana. Na última semana, em relação ao CONTROLE, todos os demais grupos apresentaram-se diabéticos (>200mg/dL), contudo a glicemia do NOD foi o dobro (~518mg/dL) quando comparada com os grupos NOD-AI e NOD-ANI (~259mg/dL). O grupo NOD apresentou alta frequência de CD4+IL17+, enquanto no grupo NOD-AI houve maior frequência de células CD8+CD122+ e CD4+IL-10+. No grupo NOD houve baixa produção de IL-2 e IL-4 e níveis bastante elevados de IL-17. Do contrário, nos animais que receberam leite de mães adotivas (NOD-ANI e NOD-AI) houve maior produção de IL-2 e notável diminuição de IL-17. No grupo NOD-ANI houve menor produção de IFN-γ, acompanhadas de menos IL-6, enquanto no grupo NOD-AI a drástica diminuição IFN-γ foi acompanhada de maiores níveis de IL-10. Não houve diferença na produção de TNF-alfa e frequência de células CD4+FoxP3 nos grupos estudados. Então, a amamentação adotiva em mães esquistossomóticas ou não proporciona uma diminuição nos níveis glicêmicos, mesmo não prevenindo a diabetes, acompanhada de diminuição de citocinas pró-inflamatórias (IFN-y e IL-17), porém a produção de IL-10 e possível efeito regulatório CD8+CD122+ foi determinado pela infecção materna. Mesmo o leite adotivo de não infectadas levando a um redirecionamento de resposta para Th2, a amamentação em mães esquistossomóticas se mostrou melhor capaz de suprimir o perfil Th1/Th17, desviando para uma resposta Th2/IL-10 e consequentemente regular o agravamento e progressão da doença. A origem do leite parece ter relação com o perfil regulatório na diabetes autoimune, sendo capaz de induzir um potencial imunossupressor nos camundongos NOD adultos, previamente amamentados por mães adotivas.
Os estudos da amamentação em camundongos esquistossomóticos demonstraram alteração, estimulando ou suprimindo, na resposta imune dos descendentes para antígenos não-relacionados, na vida adulta. Aqui, avaliou-se o efeito da amamentação na diabetes autoimune, através do acompanhamento glicêmico, produção de citocinas Th1, Th2 e Th17 e frequência de linfócitos T regulatórios em camundongos fêmea adultos, descendentes de mães diabéticas não-obesas (NOD), amamentadas em mães Balb/c infectadas ou não por Schistosoma mansoni. Após o nascimento, foi realizada a amamentação adotiva, em que descendentes de mães NOD foram amamentadas em mães infectadas (NOD-AI) e outro grupo por mães não infectadas (NOD-ANI). Outro grupo de animais nascidos de mães NOD permaneceu amamentando nas próprias mães (NOD). Para grupo CONTROLE, utilizou-se animais nascidos e amamentados em mães não infectadas. Quando adultos, as descendentes tiveram a glicose mensurada da 10ª até a 17ª semana de vida. Nesta última, os animais tiveram os esplenócitos cultivados apenas com meio de cultura ou acrescentado do mitógeno ConA (5 μg/ml). Após 48h, foram dosados nos sobrenadantes a IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17, TNF e IFN-γ e as células usadas para imunofenotipagem, com anticorpos monoclonais ligados a fluorocromos para CD8+CD122+, CD4+IL10+, CD4+IL17+ e CD4+FoxP3. Foi observado que o grupo NOD a partir da 10ª semana já se encontrava pré-diabético (glicose >130mg/dL), enquanto a glicemia os grupos experimentais NOD-AI, NOD-ANI e CONTROLE mantiveram valores considerados normais (<130mg/dL) até a 15ª semana. Na última semana, em relação ao CONTROLE, todos os demais grupos apresentaram-se diabéticos (>200mg/dL), contudo a glicemia do NOD foi o dobro (~518mg/dL) quando comparada com os grupos NOD-AI e NOD-ANI (~259mg/dL). O grupo NOD apresentou alta frequência de CD4+IL17+, enquanto no grupo NOD-AI houve maior frequência de células CD8+CD122+ e CD4+IL-10+. No grupo NOD houve baixa produção de IL-2 e IL-4 e níveis bastante elevados de IL-17. Do contrário, nos animais que receberam leite de mães adotivas (NOD-ANI e NOD-AI) houve maior produção de IL-2 e notável diminuição de IL-17. No grupo NOD-ANI houve menor produção de IFN-γ, acompanhadas de menos IL-6, enquanto no grupo NOD-AI a drástica diminuição IFN-γ foi acompanhada de maiores níveis de IL-10. Não houve diferença na produção de TNF-alfa e frequência de células CD4+FoxP3 nos grupos estudados. Então, a amamentação adotiva em mães esquistossomóticas ou não proporciona uma diminuição nos níveis glicêmicos, mesmo não prevenindo a diabetes, acompanhada de diminuição de citocinas pró-inflamatórias (IFN-y e IL-17), porém a produção de IL-10 e possível efeito regulatório CD8+CD122+ foi determinado pela infecção materna. Mesmo o leite adotivo de não infectadas levando a um redirecionamento de resposta para Th2, a amamentação em mães esquistossomóticas se mostrou melhor capaz de suprimir o perfil Th1/Th17, desviando para uma resposta Th2/IL-10 e consequentemente regular o agravamento e progressão da doença. A origem do leite parece ter relação com o perfil regulatório na diabetes autoimune, sendo capaz de induzir um potencial imunossupressor nos camundongos NOD adultos, previamente amamentados por mães adotivas.
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CAMILA SOARES NEVES
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Desfecho clínico de pacientes infectados por gram negativos multidroga resistentes em Terapia Intensiva tratados com ceftazidima/avibactam e ceftalozona/tazobactam
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Orientador : MARIA AMELIA VIEIRA MACIEL
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MEMBROS DA BANCA :
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DANILO ELIAS XAVIER
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LIBIA CRISTINA ROCHA VILELA MOURA
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VALDEMIR VICENTE DA SILVA JÚNIOR
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Data: 30/08/2022
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Nas unidades de terapia intensiva (UTIs) as taxas de infecções variam entre 18% e 54%, sendo assim, cinco a dez vezes maiores do que os observados em outras unidades hospitalares, acompanhando uma taxa de mortalidade de 9% a 60%. Nas últimas décadas, o padrão de suscetibilidade mudou e as Gram-negativas (BGN) vêm tomando espaço e se tornando uma ameaça devido à grande frequência de multirresistência associado com a escassez às opções terapêuticas. No entanto, as drogas Ceftolozone/Tazobactam(C/T) e Ceftazidima/Avibactam (C/A), estão apresentando boa resposta clínica e microbiológica no tratamento de infecções nosocomiais graves. Nosso estudo avaliou um total de 131 pacientes que receberam tratamento com C/T e C/A devido a infecções por BGN multidroga resistentes (MDR). As principais infecções foram do trato urinário (43,5%) e respiratórias (23,66%). Pseudomonas aeruginosa foi o agente que prevaleceu na avaliação das amostras (34,4%) seguido de Klebsiella pneumoniae (29,56%). 54,96% dos pacientes apresentaram uma resposta favorável, havendo negativação da cultura em 66,4% das amostras, não havendo discrepância das negativações quando comparadas com as idades:67,7% dos jovens apresentaram negativação da cultura e 66% dos idosos. 62,59% dos pacientes apresentaram monoterapia com C/T e C/V, havendo uma melhor resposta com o uso da monoterapia à terapia combinada (58,62%vs41,38%). A taxa de mortalidade geral foi de 45,04%, sendo as infecções por BGN MDR responsáveis por 33,9% dessas mortes e as demais (66,1%) por fatores como doenças oncológicas, hematológicas e neurológicas degenerativas. 35,11% dos pacientes apresentaram alterações hematológicas, sendo destas 28,24% anemia, 4,5% trombocitopenia e 2,5% trombocitose. Ao uso de dispositivos invasivos, observou-se maior mortalidade nos pacientes com uso de ventilação mecânica (52%). Dessa forma, é possível observar que a C/T e C/V apresentam boa resposta no desfecho clínico dos pacientes internados com infecções por bactérias BGN MDR além de se tratar uma droga de administração segura quando avaliado os efeitos adversos.
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MARIA DA CONCEICAO SILVA
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EFEITOS DA INFECÇÃO ESQUISTOSSOMÓTICA NA IMUNIDADE DE CAMUNDONGOS PORTADORES DE CARCINOMA DE EHRLICH E DOS SEUS DESCENDENTES
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Orientador : VALDENIA MARIA OLIVEIRA DE SOUZA
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MEMBROS DA BANCA :
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VALDENIA MARIA OLIVEIRA DE SOUZA
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ANDRE DE LIMA AIRES
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FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
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FLAVIA RAQUEL FERNANDES DO NASCIMENTO
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PATRICIA D EMERY ALVES SANTOS
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Data: 27/01/2022
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ISAURA ROMERO PEIXOTO
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FATORES ASSOCIADOS AO ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO PRECOCE EM PESSOAS IDOSAS COM HIV
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Orientador : HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
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HUGO MOURA DE ALBUQUERQUE MELO
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LADJANE SANTOS WOLMER DE MELO
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LIBIA CRISTINA ROCHA VILELA MOURA
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PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
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Data: 16/02/2022
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A terapia antirretroviral (TARV) transformou a infecção letal pelo HIV em doença crônica, aproximando a expectativa de vida da pessoa infectada à da população geral. Apesar desta conquista, o vírus e seu tratamento promovem envelhecimento biológico precoce, com idade biológica (IB) sobrepujando a idade cronológica (IC) em até dez a quinze anos. A longevidade, outra conquista da humanidade, desafia a ciência por não ter a base biológica do processo de senescência completamente esclarecido. A simultaneidade de processos complexos – pessoa idosa com HIV e em terapia antirretroviral – com compartilhamento de vias de envelhecimento, impõe pesquisas para que o objetivo proposto pela Organização Mundial de Saúde para a pessoa idosa seja promovido, a saber, o envelhecimento bem sucedido. Objetivo: esta pesquisa objetivou primariamente identificar fatores associados ao envelhecimento precoce em pessoas idosas com HIV, empregando a idade biológica estimada por inteligência artificial. Em posse dos dados observamos elevada prevalência de disglicemia (diabetes tipo 2 e prediabetes) e decidimos por avaliar esta doença crônica não transmissível (DCNT) no contexto da pessoa idosa com HIV e sob TARV, buscando identificar sua prevalência e fatores associados. Material e métodos: estudo transversal e analítico, envolvendo 59 pessoas idosas com idade de 60 anos e mais, de ambos os sexos, vivendo com HIV e em terapia antirretroviral, recrutadas por conveniência em dois hospitais de referência em HIV/Aids em Recife (PE), entre maio/2018 e fevereiro/2020. Foram excluídos aqueles com comprometimento da cognição e/ou comunicação, sífilis não tratada e sequela neurológica. Foi aplicado um questionário na forma de entrevista para conhecer o perfil sociodemográfico e de saúde dos participantes. Em prontuário foram coletados dados de exames complementares (carga viral: atual e a maior carga; contagem de linfócitos T CD4+:atual e nadir; dosagens bioquímicas e hematológicas mais recentes, em relação à entrevista) e detalhes acerca da TARV (data de início, número e tipos de esquemas usados). A estimativa da IB ocorreu através da aplicação de algoritmo de inteligência artificial que inclui 19 exames laboratoriais (albumina, glicose, uréia, colesterol total, proteína total, sódio, creatinina, hemoglobina, bilirrubina total, triglicerídeos, HDL, LDL, cálcio, potássio, hemtócrito, CHCM, VCM, plaquetas e eritrócitos), peso, altura e informações sobre tabagismo. A IB é o resultado da subtração entre IC e a idade prevista pela inteligência artificial. Resultado negativo (idade cronológica menor que a prevista), aponta para envelhecimento biológico precoce; opostamente, se o resultado for positivo (idade cronológica maior que a prevista), não há envelhecimento biológico precoce. Resultados: a maioria dos participantes eram homens (66,1%) e o envelhecimento precoce foi identificado em 67,8% dos participantes. Carga viral foi indetectável em 54 (91,5%) participantes e 43 (72,9%) possuíam contagem de linfócitos CD4+ atual > 350. Os participantes foram divididos em três grupos: o grupo com IB ≤ IC (n=15); e os pacientes biologicamente mais velhos (IB>IC), que foram separados em 2 subgrupos: o primeiro com IB>IC em até 4 anos (n=20) e o segundo com IB >IC em 5 anos ou mais (n=19). Inicialmente realizou-se comparação conjunta entre os três grupos. Nessa análise observou-se diferença na contagem de linfócitos CD4+ atual (p=0,004) e nadir de linfócitos CD4+ (p=0,002), mas não houve diferença nos quesitos carga viral atual (p=0,327) ou maior carga viral (p=0,748) entre os grupos. Num segundo
momento foram comparados os mesmos grupos, agora dois a dois. Os níveis de carga viral atual ou carga viral mais elevada continuaram similares na comparação entre os grupos. Entretanto, a verificação das medidas de linfócitos CD4+ atual mostrou diferença quando comparados os grupos: IB > IC (até 4 anos) versus IB > IC (5 ou mais anos) (p-valor = 0,013) e IB > IC (5 ou mais anos) versus IB ≤ IC (p-valor = 0,017), indicando que os pacientes com níveis de linfócitos T CD4+ atual mais baixos apresentam com mais frequência IB > IC (5 ou mais anos). Os achados foram similares quando avaliado o nadir de linfócitos CD4+, mostrando que o menor nadir de linfócitos CD4+ ocorreu no grupo com IB > IC (5 anos ou mais) comparado aos outros dois grupos. O uso de canabis esteve associado ao maior envelhecimento biológico (p-valor = 0,045). Houve elevada prevalência de disglicemia, com 20,33% de diabetes e 35,59% de prediabetes. O escore de Framinghan apresentou maior prevalência de alto risco doença cardiovascular (DCV) no grupo de pacientes diabetes mellitus tipo 2 (91,7%) e prediabetes (52,4%). O teste de homogeneidade foi significativo para a classificação do escore de Framingham (p-valor = 0,020), indicando que o risco de evento cardiovascular difere entre os grupos glicêmicos, sendo maior para os diabéticos. A atividade física apresentou diferença (p=0,01), com igual prevalência de diabetes mellitus tipo 2 e prediabetes (25,6% para ambos) no grupo sedentário. Associados a disglicemia encontramos a doença coronariana (p-valor=0,039), menores níveis de HDL (p- valor=0,038) e maior nível atual de glicemia (p-valor < 0,001). Conclusões: Nossos resultados apontaram que mais da metade das pessoas idosas com HIV e em uso de TARV apresentavam envelhecimento biológico precoce, por inferência de biomarcadores processados por algoritmo de inteligência artificial. A idade biológica suplantou a cronológica quando houve uso de canabis e menor contagem de linfócitos T CD4 atual e nadir. A disglicemia, por sua vez, apresentou expressiva prevalência e associação com doença coronariana, sedentarismo, nível baixo de HDL, última glicemia mais elevada e alto risco de DCV em 10 anos pelo escore de Framingham. Registramos a importância do uso de idade biológica no cuidado a pessoas idosas com HIV. Enfatizamos a importância do diagnóstico e do tratamento precoces para a infecção, evitando assim o baixo nadir e a baixa contagem dos linfócitos T CD4, fatores claramente associados ao envelhecimento biológico precoce. Recomendamos busca ativamente, em pessoas idosas com HIV e TARV, fatores sabidamente atrelados às vias de envelhecimento como contagem de linfócitos T CD4, DCNT (disglicemia, doença coronariana) e estilo de vida (sedentarismo, dieta que geram desequilíbrio metabólico).
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DENISE MARIA DO NASCIMENTO COSTA
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ALTERAÇÕES LABORATORIAIS E HISTOPATOLÓGICAS RENAIS ASSOCIADAS À FEBRE CHIKUNGUNYA
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Orientador : VERA MAGALHAES DA SILVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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GIL EANES SANTANA SILVA
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EMANUEL SAVIO CAVALCANTI SARINHO
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HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
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HENRIQUE DE ATAIDE MARIZ
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VERA MAGALHAES DA SILVEIRA
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Data: 23/02/2022
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A febre Chikungunya (CHIK) foi detectada pela primeira vez no Brasil em 2014. Além de febre e dor articular, a CHIK pode apresentar-se com formas atípicas, incluindo manifestações renais. A injúria renal relacionada a CHIK tem prevalência extremamente variável a depender da população avaliada, acometendo de 0.6 a 69% dos pacientes. Entretanto, foi apenas descrita em fase aguda da infecção e ainda carece de melhor caracterização. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a ocorrência de injúria renal e investigar a presença de antígeno ou RNA viral no tecido renal de pacientes afetados pela CHIK em diferentes estágios da infecção. Tratou-se de um estudo exploratório, conduzido entre 2016 e 2020. Dois grupos foram avaliados: o primeiro grupo foi composto por pacientes com lesão renal comprovada por biópsia estabelecida após CHIK, e o segundo grupo, pacientes com manifestações crônicas articulares pós-CHIK sem lesão renal conhecida. Marcadores de lesão renal foram investigados através da análise da creatinina sérica e exames urinários para detecção de hematúria e proteinúria, sendo indicada biópsia renal conforme protocolo habitual. Material viral foi analisado no tecido renal através de imunohistoquímica, PCR e microscopia eletrônica em tecido renal. Quinze pacientes com idade mediana de 32 anos tiveram injúria renal estabelecida entre 0.5 e 24 meses após CHIK. Não foram detectados antígenos ou RNA virais no tecido renal e os achados histopatológicos mais frequente foram podocitopatias. Alelos de alto risco para desenvolvimento de síndrome hemolítico urêmica e glomeruloesclerose focal e segmentar foram detectados em cinco dos sete pacientes com essas patologias testados para os respectivos genes. Houve progressão para doença renal crônica em 50% dos pacientes. Outros 114 pacientes sem lesão renal conhecida e com manifestações crônicas pós-CHIK foram avaliados quanto a marcadores de lesão renal de forma transversal. A média de idade foi 56.2 anos e o diagnóstico de CHIK havia ocorrido cerca de 35.6 meses antes da avaliação. A média de creatinina foi 0.9 mg/dl e de proteinúria71.5 ± 37.5 mg/dia. Hematúria foi detectada em um dos pacientes. Nenhum desses pacientes apresentou critérios para indicação de biópsia renal. Em conclusão, nossos achados revelam o potencial do CHIKV de desencadear lesões renais com diferentes graus de severidade. Entretanto, a hipótese de que o vírus pode persistir a longo prazo em tecido renal, nos parece improvável.
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CYNTHIA REGINA PEDROSA SOARES
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Fatores relacionados a infecção de corrente sanguínea com patógenos bacterianos multirresistentes, genes de resistência, mortalidade, tempo e custo hospitalar em pacientes oncológicos de hospital especializado
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Orientador : VERA MAGALHAES DA SILVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS ROBERTO WEBER SOBRINHO
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CELIA MARIA MACHADO BARBOSA DE CASTRO
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ISABELLA MACARIO FERRO CAVALCANTI
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PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
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VIRGINIA MARIA BARROS DE LORENA
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Data: 09/06/2022
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Infecções de corrente sanguínea (ICS) são uma das complicações mais frequentes em pacientes
com câncer. Nesta população, a frequência de bacilos Gram-negativos (BGN) produtores de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL) e carbapenemases vêm aumentando nos últimos anos e vêm sendo considerada uma grave ameaça ao êxito do tratamento antimicrobiano. O objetivo do estudo foi descrever os fatores relacionados à ICS, frequência de bactérias e fungos isolados, detecção de genes de resistência, mortalidade, e tempo e custo de internamento hospitalar em pacientes assistidos em hospital de referência para tratamento de câncer no Estado de Pernambuco. As hemoculturas de pacientes com ICS foram submetidas à identificação fenotípica dos microrganismos e posteriormente a confirmação através de testes automatizados. As amostras foram estudadas para detecção de genes de resistência a β-lactamases bla SHV , bla TEM , bla CTX-M , bla KPC , bla GES , bla NDM, bla IMP , bla VIM , bla SPM , bla GIM e bla SIM e as oxicilinases bla OXA-48 e bla OXA- 58 e polimixina mcr em bacilos Gram-negativos e de genes mecA, vanA e vanB em cocos Gram- positivos. Nos isolados que foram resgatados fungos, testes de identificação e suscetibilidade foram realizados. Hemoculturas positivas de quarenta e cinco pacientes foram recuperadas, no período de 2018 a 2020, sendo a maioria dos indivíduos mulheres, com média de idade de 49 anos e apresentando tumores sólidos. A taxa de mortalidade geral, de mortalidade em 30 dias e de letalidade foram respectivamente: 53,3%, 28,8% e 22,2%. O tempo médio de hospitalização foi de 34 dias (1-80 dias), com custo médio hospitalar foi de U$ 21.297,28. De 45 pacientes incluídos na amostra, foram obtidos 55 isolados recuperados de hemoculturas. Dos isolados obtidos, 38 foram por Gram-negativos, 13 por Gram-positivos e quatro espécies de leveduras. Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae foram os BGN mais frequentes e entre estas espécies, os genes mais frequentemente encontrados foram bla OXA-48 e bla SIM . Os genes bla GES , bla NDM e bla KPC foram encontrados na maioria dos BGN. E bla TEM e bla CTX foram os mais comuns entre os ESBL. Foi documentado a ocorrência de infecções polimicrobianas em cinco casos, incluindo as espécies Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter
baumanii, Staphylococcus coagulase negativo e Candida spp. Os genes mecA e vanA foram encontrados em isolados de Staphylococcus spp. e Enterococcus faecium, respectivamente. Espécies de Candida spp. apresentaram alta resistência à voriconazol e fluconazol. Na análise univariada, ICS esteve associada às variáveis: inserção de dispositivos invasivos, comorbidades, quimioterapia, maior tempo de terapia antimicrobiana empírica e, registro de intervenção cirúrgica. Após análise multivariada a condição de apresentar comorbidade permaneceu no modelo, como fator de risco para ICS em pacientes portadores de câncer (p=0,002). Pode-se concluir que indivíduos internados para tratamento de câncer e apresentando comorbidades, tiveram maior risco de apresentar ICS por BGN multirresistentes (MDR) que por sua vez traz impacto negativo nas taxas de mortalidade e, que medidas de identificação e contenção de disseminação através de precauções de contato são importantes, haja vista que a velocidade de emergência destes patógenos vêm apresentando novas moléculas identificadas limitando as opções do arsenal terapêutico.
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BRUNO OLIVEIRA DE VERAS
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Investigação Etnomedicinal, Fitoquimica e Etnofarmacológica do Óleo Essencial de Amburana cearensis (Allemão) A.C. Smith
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Orientador : ANA CATARINA DE SOUZA LOPES
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CATARINA DE SOUZA LOPES
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FERNANDA GRANJA DA SILVA OLIVEIRA
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JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
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KRYSTYNA GORLACH-LIRA
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LIBIA CRISTINA ROCHA VILELA MOURA
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Data: 19/08/2022
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A espécie Amburana cearensis (Allemão) A.C. Smith é conhecida na etnomedicina como “amburana de cheiro” e é utilizada no tratamento de dores, picadas por serpentes, inflamações e infecções. O objetivo desse trabalho foi investigar a composição química do óleo essencial das folhas de A. cearensis, e sua aplicação medicinal como antioxidante, antimicrobiano, modulador, analgésico e anti-inflamatório. O óleo essencial foi obtido por Hidrodestilação (HD) e caracterizado por Cromatografia Gasosa Acoplada à Espectrometria de Massa (CG/EMS) e Detector de Ionização de Chamas (DIC). A atividade antioxidante foi investigada pelos métodos dos radicais ABTS, DPPH, O 2- e OH - . A atividade antimicrobiana e moduladora foi realizada em microplacas utilizando fungos (Candida albicans) e bactérias Gram positiva (Staphylococcus aureus) e Gram negativa (Klebsiella pneumoniae, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa). A toxicidade aguda não clínica do óleo essencial foi investigada em camundongos, pela administração do óleo em quatro doses (5, 50, 300 e 2000 mg/kg/v.o.). O efeito analgésico (antinociceptivo) foi em avaliado em camundongos utilizando três doses do óleo essencial (25, 50 e 100 mg/kg), através os modelos de contorções abdominais induzidas por ácido acético e teste de formalina, sendo selecionado a dose mais efetiva para avaliação dos possíveis mecanismos de ação envolvidos (opioide, colinérgico, adenosinérgico, dopaminérgico e canais de potássio sensíveis a ATP (K-ATP)). O efeito anti-inflamatório agudo foi investigado através dos modelos de edema de pata induzido por carragenina e histamina; peritonite induzida por carragenina e pirexia induzida por leveduras. Como constituintes majoritários do óleo essencial investigado foi observado o germacrone (45,76±0,15%), germacreno B (17,74±0,06%), (E)-cariofileno (5,55±0,04%) e biciclogermacreno (4,13±0,03%). Os ensaios de atividade antioxidante apresentaram valores de IC 50 variando de 183,89 a 324,86 μg/mL. Em relação ao efeito antimicrobiano foi identificada uma CIM que variou de 64 a 1024 μg/mL, frente tanto a gram positiva e gram negativa, e efeito sinérgico com antibióticos amoxilina e fluconazol. No teste de toxicidade aguda, não foi observada mortalidade dos animais, indicando DL 50 superior a 2.000 mg/kg. O efeito antinociceptivo foi estatisticamente igual a morfina. No ensaio da formalina o óleo apresentou atividade analgésica nas fases neurogênica e inflamatória, tendo como mecanismos o sistema colinérgico, adenosinérgico e canais de potássio sensíveis a ATP (K- ATP). Na peritonite foi observado uma redução dos níveis de TNF-α e IL-1β, além da migração leucocitária, semelhante a indometacina. O efeito antipirético foi estatisticamente superior a dipirona. A redução do edema de pata foi estatisticamente superior ao padrão indometacina em ambos modelos. Os métodos empregados possibilitaram pela primeira vez a obtenção e caracterização do óleo essencial, do qual possui uma composição heterogênea em constituintes químicos, possuindo atividades antioxidante, antimicrobiana, moduladora de antibióticos, efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório. Estes achados são atribuídos a espécie na medicina popular, informações estas nunca anteriormente validadas cientificamente. Sendo assim, sugere-se que os resultados encontrados corroboram com as propriedades tradicionalmente atribuídas a esta espécie, podendo seus constituintes ser utilizados como agente terapêutico natural e sustentável.
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FRANCISCO BEZERRA DE ALMEIDA NETO
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O PAPEL DAS CÉLULAS T REGULATÓRIAS CCR5+ (CD4+CD25+FOXP3+CCR5+/+) E DA PRODUÇÃO DAS QUIMIOCINAS CCL2, CCL5, CXCL8, CXCL9 e CXCL10 NA PATOGÊNESE DA HANSENÍASE
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Orientador : VLAUDIA MARIA ASSIS COSTA
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MEMBROS DA BANCA :
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ERYVELTON DE SOUZA FRANCO
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FRANCISCA JANAINA SOARES ROCHA
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IANA RAFAELA FERNANDES SALES PINHEIRO
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VALDENIA MARIA OLIVEIRA DE SOUZA
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VLAUDIA MARIA ASSIS COSTA
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Data: 30/08/2022
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A hanseníase é uma doença caracterizada por respostas imunes antagônicas que envolve a participação de diferentes populações celulares, produção de citocinas e quimiocinas que direcionam os pacientes para os polos de maior ou menor resistência à infecção. Os linfócitos Tregs desempenham um importante papel imunossupressor durante o decurso de várias doenças. A expressão do receptor CCR5 por estas células, demonstra se tratar de um crítico fator nos desfechos observados e nunca antes foi explorado na hanseníase. Este trabalho verificou e comparou por citometria de fluxo, sem estímulo e estimulados com a fitohemaglutinina e o BCG, a expressão desse receptor em pacientes com hanseníase virchowiana e tuberculóide com linfócitos TregCCR5-/- e TH17. Linfócitos TH17 são reconhecidamente linfócitos T efetores capazes de controlar a evolução da doença. Os linfócitos TregCCR5+/+ estabeleceram significativas diferenças quando comparados com os linfócitos TH17, enquanto os linfócitos TregCCR5-/- foram expressos de maneira uniforme entre as formas polares da doença. As quimiocinas em seu conjunto, compõem uma grande família de citocinas que estimulam a movimentação leucocitária e regulam a sua migração para os tecidos. O seu papel é pouco explorado na hanseníase. Utilizando o kit Human Chemokine (BD Biosciences), também por Cytometric Beads Array (CBA), foram avaliadas as quimiocinas CCL2 (MCP-1), CCL5 (RANTES), CXCL-8 (IL-8), CXCL9 (MIG) e CXCL10 (IP-10) em pacientes com hanseníase, de acordo com a classificação clínica de Madrid e operacional estabelecida pela Organização Mundial de Saúde. Da mesma maneira, as amostras foram analisadas sem estímulo e com estímulos pela fitohemaglutinina e BCG. Não houve diferenças significativas na expressão da quimiocina MCP-1 e RANTES ao longo do espectro clínico e operacional da hanseníase, contudo a quimiocina RANTES demonstrou elevadas e uniformes concentrações em todos os pacientes, podendo vir a ser um biomarcador para o diagnóstico de da doença. IL-8, MIG e IP-10 apresentaram diferenças significativas (p < 0.005) entre todos os grupos estudados, também com potencial para serem explorados como biomarcadores. Todos os dados obtidos foram analisados com utilizando-se o software PRISM 9.4.0. Estes achados podem em seu conjunto, contribuir para a investigação de futuras estratégias de diagnóstico, tratamento e quimioprofilaxia para a hanseníase.
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GLEICIERE MAIA SILVA
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Leveduroses em pessoas vivendo com HIV: identificação polifásica, detecção de sensibilidade a antifúngicos e caracterização de biofilme
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Orientador : HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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BRUNO SEVERO GOMES
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DANIELLE PATRICIA CERQUEIRA MACEDO
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LIBIA CRISTINA ROCHA VILELA MOURA
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REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
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SYLVIA MARIA DE LEMOS HINRICHSEN
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Data: 31/08/2022
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Pessoas vivendo com HIV (PVHIV) são frequentemente acometidas com leveduroses levando a um agravamento do quadro clinico podendo levar ao óbito. Espécies de Candida causam uma variedade de infecções e do gênero Cryptococcus causam meningite fúngica, portanto a variabilidade no comportamento dessas leveduras evidencia a necessidade de testes capazes de diagnosticar precocemente e caracterizar a patogenicidade dos isolados. O objetivo do estudo é identificar leveduroses em PVHIV através da comparação polifásica entre o MALDI TOF (VITEK® MS), VITEK®2 e CHROMOagar Candida bem como definir a sensibilidade antifúngica e capacidade de formação de biofilme dos isolados. Foram analisadas 48 PVHIV com suspeita de infecções fúngicas, destas 27 (56,2%) pacientes apresentaram leveduroses. 55,6% foram do sexo masculino e 44,4% do sexo feminino. 55,6% dos pacientes tiveram leveduras isoladas na orofaringe, 14,8% leveduras isoladas no sangue (hemoculturas), 11,1% isolados de liquido cefalorraquidiano (LCR), 7,4% isoladas do LBA (lavado broncoalveolar), 7,4% de secreção traqueal e 3,7% de mielograma. Candida albicans (55,6%) foi a espécie mais prevalente, seguida C. tropicalis (22,2%); Cryptococcus neoformans (7,4%); Cryptococcus gatti (3,7%); Candida parapsilosis (3,7%); Candida ortoparapsilosis (3,7%) e Candida krusei (3,7%). A concordância entre o MALDI TOF (VITEK®MS) e o VITEK® 2 foi de 92,59% e com o CHROMOagarCandida foi 74,07%. Foram realizados testes de sensibilidade com seis antifúngicos: fluconazol, voriconazol, caspofungina, micafungina, anidulafungina e anfotericina B utilizando o protocolo M27-A3 do CLSI. O voriconazol foi droga com maior resistência (18,5%) seguida do fluconazol (14,8%), micafungina (8,3%), anidulafungina (8,3%), caspofungina (4,2%) e sem resistência a anfotericina B. 92,7% das leveduras isoladas formaram biofilme. Destas, 77,7% exibiram uma alta atividade metabólica em 24, 48 e 72 horas Destarte, através desses dados, comprova a necessidade de estudar leveduras patogênicas em PVHIV para auxiliar no diagnóstico e melhores opções terapêuticas.
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FRANCISCO BERNARDINO DA SILVA NETO
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Esporotricose humana na Paraíba: caracterização clínica-epidemiológica, identificação genômica e sensibilidade de isolados do clado patogênico Sporothrix.
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Orientador : REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA
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HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
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JOANNE ELIZABETH FERRAZ DA COSTA
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MANOEL MARQUES EVANGELISTA DE OLIVEIRA
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REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
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Data: 31/08/2022
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A esporotricose é uma micose subcutânea, causada por fungos do clado patogênico Sporothrix, de curso subagudo ou crônico, distribuída em todo o mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais, e que no Brasil tem apresentado intensa expansão geográfica ao passo que a transmissão zoonótica se consolidou como a principal rota responsável por surtos nas áreas endêmicas. O trabalho tem como objetivo descrever as características sociodemográficas, clínicas e epidemiológicas dos casos de esporotricose humana na Paraíba, Nordeste do Brasil, diagnosticados no período de janeiro à março de 2018, identificar genotipicamente as espécies e determinar a sensibilidade in vitro aos principais antifúngicos disponíveis para o tratamento. Trata-se de um estudo prospectivo descritivo que incluiu 148 pacientes com esporotricose acompanhados no ambulatório de referência em doenças infecciosas e parasitárias de um hospital universitário do nordeste brasileiro. A maioria dos pacientes era do sexo feminino (59,4%). A idade dos pacientes variou de 1 a 85 anos. Declararam renda per capita de até um salário-mínimo 46 (31,1%) pacientes, com 135 (91,2%) relatando algum grau de escolaridade. Eram procedentes da capital do estado, João Pessoa, 113 (76,3%) pacientes. Relataram contato no domicílio com gatos doentes 110 (74,3%) pacientes. Metade desses relataram um contato não traumático com o felino. Foi relatado o contato domiciliar com cães por quatro (2,7%) dos pacientes. A forma linfocutânea representou 70,3% dos pacientes, a cutânea fixa 23,0% e oito (5,4%) pacientes apresentaram comprometimento ocular. Manifestações de hipersensibilidade aconteceram apenas em 2,7% dos pacientes com 1 paciente apresentado artrite reativa. Itraconazol foi prescrito para 90,5% dos pacientes. Sporothrix brasiliensis foi a espécie identificada em todos os 20 isolados submetidos à caracterização genética através do sequenciamento parcial do gene da calmodulina. Os testes de sensibilidade antifúngica demonstraram excelente eficácia in vitro do itraconazol e terbinafina, com apenas três isolados resistentes ao itraconazol e nenhum a terbinafina. A esporotricose humana na Paraíba apresenta-se com uma concentração dos casos na capital do estado, tem caráter zoonótico, pela transmissão felino-homem, afetando mais mulheres. Há um predomínio da forma linfocutânea, mas formas extra cutâneas como a ocular devem ser lembradas no contexto atual da esporotricose no estado, o qual se tornou endêmico. A identificação de S. brasiliensis em todos os isolados avaliados pode justificar a transmissão não traumática da esporotricose em percentual semelhante à transmissão traumática por mordedura e/ou arranhadura. A excelente atividade antifúngica in vitro do itraconazol permite mantê-lo como primeira escolha no tratamento da esporotricose.
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KALIENE MARIA ESTEVÃO LEITE
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PROGRESSÃO DE ATEROSCLEROSE, OCORRÊNCIA DE EVENTOS CLÍNICOS CARDIOVASCULARES E PERFIL DE MORTALIDADE ENTRE PESSOAS VIVENDO COM HIV.
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Orientador : HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
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KLEDOALDO OLIVEIRA DE LIMA
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LADJANE SANTOS WOLMER DE MELO
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LIBIA CRISTINA ROCHA VILELA MOURA
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MOACIR BATISTA JUCÁ
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Data: 19/10/2022
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A recomendação para que todas as PVHIV recebam TARV aumentou a expectativa de vida dessa população, aumentando o risco de doenças crônicas relacionadas à idade como a doença cardiovascular. A ampla disponibilidade de tratamento provocou redução da mortalidade por doenças relacionadas à AIDS e as condições não associadas a AIDS como neoplasias, doenças cardiovasculares e causas externas surgem como causas frequentes de morte. Dessa forma, o estudo avaliou incidência e progressão de aterosclerose entre PVHIV, associou a presença de aterosclerose com ocorrência de eventos clínicos cardiovasculares, além de avaliar sobrevida e causas de óbito em PVHIV acompanhadas em dois serviços de referência do Estado de Pernambuco. A mensuração da espessura carotídea foi realizada por ultrassom com Doppler. As dosagens bioquímicas foram feitas com analisador ARCHITECT c8000 (Abbott) e contagem de células T CD4 + por citometria de fluxo. Os registros de óbitos foram baseados em um banco de dados contendo causas de morte registradas com Códigos de Classificação Internacional de Doenças (CID-10) e posteriormente codificados pelo Protocolo de Codificação das Causas de Morte no HIV (CoDe). O software utilizado para a análise foi o STATA versão 14. Participaram da avaliação de progressão de aterosclerose e ocorrência de evento clínico cardiovascular, 134 pacientes, onde a média das medidas da espessura carotídea teve redução estatisticamente significante de 0,123mm. Houve incidência de 14 novos casos de placa aterosclerótica. Ocorreu associação para um maior risco de presença de placa na faixa etária acima de 60 anos, fumante ou histórico de tabagismo, condição de hipertensão, colesterol total e LDL aumentados, tempo de TARV, tempo da infecção pelo HIV e nadir de células T CD4 +. A taxa de incidência de evento clínico cardiovascular na população estudada foi de 6,71. Para notificação de óbito, foram acompanhadas 2.359 PVHIV, sendo a frequência de óbito entre os pesquisados de 20,9%, com taxa de mortalidade de 1,46 óbitos a cada 100 PVHIV por ano. Houve maior risco de óbito para os homens e indivíduos com 50 anos ou mais no momento do diagnóstico. Principais causas de óbito foram doenças relacionadas à AIDS, câncer não relacionado à AIDS, causas externas e doenças cardiovasculares. Houve maior frequência de neoplasias entre as mulheres e em maior faixa etária de idade, além de maior frequência de causas externas entre os homens mais jovens. Os resultados contribuem para prevenção e manejo adequado no tratamento do vírus e das comorbidades a fim reduzir a mortalidade na população vivendo com HIV.
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