PPGMedtrop-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: ANDRE LUIZ DE ANDRADE ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDRE LUIZ DE ANDRADE ARAUJO
DATA : 18/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Vídeoconferência
TÍTULO:

FATORES DE RISCO DE MORTALIDADE EM PACIENTES CRÍTICOS INFECTADOS COM BACTÉRIAS MULTIDROGA RESISTENTES


PALAVRAS-CHAVES:

bactérias multidroga resistentes, mortalidade intra-hospitalar, paciente crítico, resistência antimicrobiana, sepse, terapia intensiva. 


PÁGINAS: 77
RESUMO:

Os pacientes críticos infectados por bactérias multidroga resistentes (MDR) constituem uma população específica de internados hospitalares, tanto pelas características peculiares do quadro clínico, quanto pelos patógeno responsáveis pelo problema, frutos da pressão seletiva do meio. Analisar os fatores de risco destes pacientes especificamente, pode não só melhorar os desfechos de mortalidade e diminuir os custos hospitalares, como servir de base para prevenção destas graves infecções. Assim, o presente estudo, com participação estrita de pacientes infectados por bactérias MDR, definidas tomando-se por base o consenso atual de especialistas no tema, buscou descrever e analisar os principais fatores de risco de mortalidade intra-hospitalar clínicos, microbiológicos e da assistência em saúde, 30 dias após o diagnóstico da infecção. Tratou-se de um estudo do tipo caso-controle, com análise bivariada dos pacientes alocados em dois grupos após 30 dias da cultura índice positiva: um grupo com desfecho óbito (O) e o outro com desfecho sobrevivência (S). Foi realizado nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de 03 hospitais públicos do Recife-PE, de agosto de 2020 a julho de 2021. Diferenças foram significantes se p < 0,05 e com um poder de associação  80%, com base em estudo com desenho e objetivos semelhantes. Dos 79 participantes, 46,8% morreram e 53,2% sobreviveram após o acompanhamento. O grupo dos óbitos teve internamento menor (mediana [IIQ] O: 29,62 [18,81] vs. S: 46,31 [18,91] dias) e era mais grave à admissão na UTI (média [DP] O: 24,60 [8,02] vs. S: 21,09 [6,43] pontos no escore APACHE-II). Este grupo também usou acesso venoso periférico menos dias (mediana [IIQ] O: 11,07 [8,84] vs. S: 19,49 [15,49]), mais cateteres de hemodiálise (O: 56,8% vs. S:38,1%), e traqueóstomos por menor período (média [DP] O: 16,00 [8,25] vs. S: 32,31 [13,83] dias). Uso de vasopressores (O: 67,6% vs S: 42,8%) e inotrópicos (O: 37,8% vs S: 14,3%), assim como menos dias de dieta via oral (mediana [IIQ] O: 18,21 [21,63] vs. S: 24,77 [15,74]) ou por sondas enterais (mediana [IIQ] O: 14,59 [13,81] vs. S: 29,63 [17,17]), tiveram associação com mortalidade. Conclui-se, portanto, que características clínicas, permanência hospitalar, dispositivos invasivos, suporte hemodinâmico e nutricional podem estar relacionados à mortalidade dos pacientes críticos infectados por bactérias MDR.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1221255 - ANA CATARINA DE SOUZA LOPES
Externa à Instituição - MICHELE MARIA GONCALVES DE GODOY - UFPE
Externa ao Programa - 1132501 - SYLVIA MARIA DE LEMOS HINRICHSEN
Notícia cadastrada em: 05/08/2022 15:55
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa04.ufpe.br.sigaa04