PPGMedtrop-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: FERNANDA CRISTINA GOMES DE LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FERNANDA CRISTINA GOMES DE LIMA
DATA : 10/03/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Auditório Murillo La Greca CCS
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA AÇÃO IN VITRO DA IMUNOGLOBULINA INTRAVENOSA HUMANA ISOLADA E EM COMBINAÇÃO COM MEROPENEM, AMICACINA E COLISTINA EM ISOLADOS MULTIDROGA-RESISTENTES de Acinetobacter baumannii


PALAVRAS-CHAVES:

Acinetobacter baumannii. Imunoglobulinas Intravenosas. Anti-Infecciosos. Microscopia Eletrônica de Varredura. Imunofluorescência Indireta.


PÁGINAS: 114
RESUMO:

Acinetobacter baumannii é um patógeno oportunista associado ao aumento de
Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (IRAS). O uso combinado de antimicrobianos
é uma alternativa para o tratamento de infecções por A. baumannii multidroga-resistentes
(MDR), contudo nem sempre eficazes, por apresentarem efeitos colaterais e toxicicidade para
as células, sendo necessárias alternativas para o tratamento. Estudos mostram resultados
promissores da terapia empírica com preparações imunoglobulina intravenosa (IGIV) e
antimicrobianos para infecções bacterianas, utilizando a ação direta da IgG, invés da
reposição do sistema imunológico. O objetivo deste estudo foi verificar, em isolados clínicos
de A. baumannii, a ação da combinação de antimicrobianos (meropenem, amicacina e
colistina) e descrever as possíveis alterações ultraestruturais induzidas in vitro pela IGIV com
e sem soro humano em associação com os antimicrobianos. A Concentração Inibitória mínima
(CIM) dos antimicrobianos foi determinada em dez isolados de A. baumannii, seguida pela
análise por checkerboard. Quatro isolados foram selecionados e submetidos à 4mg/mL de
IGIV isoladamente e em combinação a diferentes sub-CIM sinérgicas dos antimicrobianos.
Posteriormente, foram processados para microscopia eletrônica de varredura (MEV). Foi
determinada a taxa de fagocitose e a capacidade de ligação da IGIV à célula bacteriana para
dois isolados da A. baumannii submetidos à IGIV humana isoladamente e em combinação
com diferentes sub-CIM sinérgicas dos antimicrobianos. Por fim, estes isolados foram
submetidos à IVIG e aos antimicrobianos, juntamente com soro humano e processados para
MEV. Nove isolados exibiram resistência ao meropenem, dois isolados foram intermediários
à colistina e quatro isolados apresentaram susceptibilidade intermediária para amicacina.
Foram observadas concentrações sinérgicas em cinco dos dez isolados avaliados nas
combinações de meropenem/amicacina e meropenem/colistina. Quando submetidas à IGIV e
a sub-CIM de meropenem, amicacina e colistina, as células bacterianas apresentaram
alterações morfológicas, como alongamento celular, rugosidade de membrana, ruptura celular,
divisão celular incompleta, presença de ―bolhas‖ na superfície celular e ―depressão‖ na
membrana. Não houve diferença estatisticamente significativa nas taxas de fagocitose. Os
isolados bacterianos também apresentaram alterações morfologicas quando submetidos à
IGIV/Soro humano isoladamente e em combinação com antimicrobianos, como: alteração na
forma, enrugamento, depressão da membrana e principalmente ruptura celular com
extravasamento de material citoplasmático. Os isolados apresentaram, visualmente, diferença
na ligação da IGIV à célula bacteriana, com maior florescência no isolado sensível ao

meropenem, amicacina e colistina. Entre os tratamentos, não foram observadas diferenças na
ligação da IGIV à célula bacteriana. A ação combinada da IGIV com meropenem, amicacina
e colistina frente isolados MDR de A. baumannii causa diversos danos à célula bacteriana, e
quando associados ao soro humano, pode ser verificada uma grande destruição de células.
Possibilitando observar in vitro que a IGIV associada ao meropenem, amicacina e colistina
pode ser alternativa promissora no combate de infecções por A. baumannii MDR, visto danos
morfológicos causados, similares aos danos provocados pelas combinações de
antimicrobianos, além de IVIG não apresentar efeitos colaterais e toxicidade as células
humanas. Assim, estes dados dão suporte à continuação do uso empírico e estimula análises in
vivo com IGIV em busca de novas opções terapêuticas para IRAS.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 2377574 - ANA BEATRIZ SOTERO SIQUEIRA
Interna - 1221255 - ANA CATARINA DE SOUZA LOPES
Presidente - 659.639.204-00 - FABIO ANDRE BRAYNER DOS SANTOS - Fiocruz - PE
Externa ao Programa - 1736206 - GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
Externo à Instituição - WAGNER LUÍS MENDES DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 10/03/2022 01:52
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