PPGMedtrop-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: ISABELLA PATRICIA LIMA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISABELLA PATRICIA LIMA SILVA
DATA : 03/09/2021
HORA: 08:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE E FATORES PREDITIVOS DE RESPOSTA DOS NOVOS ANTIVIRAIS DE AÇÃO DIRETA (DAAs) EM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE HEPÁTICO EM CENTROS REFERÊNCIA PARA HEPATITES VIRAIS NA CIDADE DE RECIFE-PE


PALAVRAS-CHAVES:

Hepatite C; transplante hepático; sofosbuvir; antivirais; fibrose hepática.


PÁGINAS: 160
RESUMO:

A hepatite C cônica (HCC) é uma doença sistêmica que leva a fibrose hepática, causando complicações, como cirrose, carcinoma hepatocelular (CHC), resultando na necessidade do transplante hepático. Os antivirais de ação direta (DAAs) de segunda geração representam um importante avanço no tratamento da HCC, mostram ser bem tolerados e seguros com taxas de resposta virológica sustentada (RVS) de mais de 95%. Vários métodos não invasivos são usados com sucesso na predição de fibrose, no entanto, pouco se sabe sobre os efeitos de longo prazo da RVS na redução do risco de progressão da doença hepática. O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade dos DAAs nos transplantados de fígado e avaliar o impacto da RVS na função hepática através dos escores APRI e FIB-4, em um estudo observacional retrospectivo realizado no Nordeste do Brasil. Foram conduzidos dois estudos, com componentes retrospectivo e prospectivo de vida real, descrevendo os achados de forma independente. No primeiro incluímos transplantados de fígado tratados com DAAs, em dois centros de referência, acompanhados por 12 a 24 semanas após RVS. Incluímos 84 transplantados com idade media de 63,4 ± 7,4 anos, sendo o genótipo 1 o mais comum (63,1%), dos quais 22,7% apresentavam fibrose leve (METAVIR <F2) e 41 (48,8%) fibrose (METAVIR ≥ F2). A taxa de RVS foi de 97,6%. No segundo estudo incluímos pacientes com HCC, tratados com os DAAs, e avaliamos dos escores APRI e FIB-4 antes e após RVS. Acompanhamos 137 pacientes com idade media de 62 (± 12) anos. Os genótipos prevalentes foram o 1b (82%) e o 3 (13,9%). Ocorreu diminuição significativa das aminotransferases (ALT, AST) (p <0,001) após RVS12/24. Oitenta e cinco pacientes foram incluídos para avaliação do APRI e oitenta e três para FIB- 4. Os dados mostram que houve uma redução da proporção de pacientes com fibrose significativa pelo APRI após 24 semanas do final do tratamento: 27(31,8%) pacientes apresentavam APRI > 1,5 antes do tratamento, e apenas 3(3,5%) após 24 semanas do final do tratamento, p <0,001. Da mesma forma houve uma redução da proporção de pacientes com fibrose avançada pelo FIB-4, um total de 32(38,6%) apresentavam FIB-4 > 3,25 antes do tratamento, enquanto apenas 17(20,5%) apresentavam FIB-4> 3,25 após 24 semanas do final do tratamento, p <0,011. Diante dos resultados, os estudos mostraram altas taxas de RVS e boa tolerância nos transplantados. Observou-se também normalização dos níveis séricos de enzimas hepáticas e a redução do APRI e FIB4 após RVS em pacientes tratados com DAAS de segunda geração, com e sem transplante hepático, podendo estar relacionada à regressão de fibrose hepática. Estudos com maior número de pacientes e avaliação sorológica seriada por um período maior de acompanhamento podem confirmar esses achados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2134805 - HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
Externa à Instituição - JOELMA CARVALHO SANTOS
Interna - 1134481 - LIBIA CRISTINA ROCHA VILELA MOURA
Externo ao Programa - 3520503 - LUIS HENRIQUE BEZERRA CAVALCANTI SETTE
Externa ao Programa - 1180022 - NORMA ARTEIRO FILGUEIRA
Notícia cadastrada em: 16/08/2021 16:37
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa04.ufpe.br.sigaa04