PPGMedtrop-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: MELISSA DE MOURA ROLIM

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MELISSA DE MOURA ROLIM
DATA : 13/03/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Aula do Programa de Medicina Tropical
TÍTULO:

ANÁLISE DE SOBREVIDA EM PACIENTES COM ESQUISTOSSOMOSE HEPATOESPLÊNICA E SÍNDROME HEPATOPULMONAR


PALAVRAS-CHAVES:

Síndrome hepatopulmonar; esquistossomose; sobrevida; mortalidade.


PÁGINAS: 28
RESUMO:

 

A esquistossomose mansoni é doença endêmica no Brasil, sendo Pernambuco o Estado com maior taxa de
mortalidade por esta helmintíase. Na sua forma crônica, que evolui com hipertensão portal, a esquistossomose
hepatoesplênica (EHE), várias complicações são descritas, dentre as quais, a síndrome hepatopulmonar (SHP).
Complicação vascular pulmonar que já foi associada ao pior prognóstico e à maior mortalidade, quando avaliada
em pacientes com hipertensão portal por cirrose. Porém, a mortalidade por SHP ainda não foi investigada em
pacientes com EHE. Para tanto, este estudo teve como objetivo avaliar em 121 pacientes com EHE, após dez
anos de estudo transversal prévio, realizado para o diagnóstico da SHP, a taxa de mortalidade e analisar a
sobrevida, de acordo com a presença de SHP. No período de agosto de 2023 a janeiro de 2024 foram analisados
retrospectivamente os dados de prontuário de 121 esquistossomóticos com esta etiologia isoladamente ou em
associação à outra doença hepática, caracterizando nestes últimos a doença hepática mista (DHM). Todos os
dados sobre óbito foram confirmados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), acessado pela
Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco (SES-PE). Dos 121 pacientes oriundos do estudo prévio, oito
foram excluídos da análise por não se obterem informações em quaisquer das etapas de busca. Permaneceram na análise deste estudo, portanto, os dados de 113 pacientes. A média de idade na data final do estudo foi de 63 ± 11,07 anos (33 a 94 anos), sendo a maioria do sexo masculino 63 (55,75%) e com DHM (55,85%). A SHP esteve presente em 39 (34,5%) dos 113 pacientes. A taxa de mortalidade (65/113) foi de 57,5% (IC95%: 48% - 67%), com registro de causa mortis relacionado à doença hepática em 38 (58,5%). Entre os 65 pacientes que foram a óbito, a média de tempo de sobrevida em anos foi inferior no grupo com SHP, quando comparada ao grupo sem SHP (3,37 vs.5,65, respectivamente; p = 0,017). Ao compararmos os grupos de óbito e não óbito, não houve diferenças significativas em relação ao sexo, média de idade, causa da doença hepática ou presença da SHP. A análise de sobrevida nos 113 pacientes, realizada pelo método de Kaplan-Meier, demonstrou que o tempo médio de sobrevida em anos foi inferior no grupo com SHP comparado ao grupo sem SHP (7,80 e 8,45,
respectivamente), mas sem diferenças significativas (HR=1,01, IC95%: 0,59-1,73; p = 0,967). Ao se comparar a curva de sobrevida em anos de acordo com a causa da doença hepática, DHM e EHE, observou-se que o tempo médio de sobrevida foi inferior naqueles com DHM (6,72 vs.10,05 anos, respectivamente; HR=2,17,
IC95%:1,31-3,60; p = 0,003). Neste primeiro estudo que analisou a sobrevida de pacientes com EHE em relação à presença de SHP, observou-se taxa de mortalidade elevada. Quando avaliados os 65 pacientes no grupo de óbitos, o tempo de sobrevida foi inferior naqueles com SHP, embora a análise de sobrevida de Kaplan-Meier para a população total tenha demonstrado diferenças apenas em relação à causa da doença hepática, mas não em relação à presença de SHP.





MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 585051 - ANA LUCIA COUTINHO DOMINGUES
Externo ao Programa - 587939 - BRIVALDO MARKMAN FILHO - nullExterno à Instituição - ULISSES RAMOS MONTARROYOS - UPE
Notícia cadastrada em: 08/03/2024 22:42
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