PPGMedtrop-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: REBECCA DANTAS THORP

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REBECCA DANTAS THORP
DATA : 31/08/2023
HORA: 09:00
LOCAL: CAAMC
TÍTULO:

Avaliação da fibrose hepática na esquistossomose mansônica utilizando o escore ELF (Enhanced Liver Fibrosis).


PALAVRAS-CHAVES:

esquistossomose mansônica; índices de fibrose hepática; ELF; fibrose periportal;
classificação de Niamey.


PÁGINAS: 99
RESUMO:

Introdução: O diagnóstico da presença e do padrão da fibrose periportal (FPP) na esquistossomose mansoni (EM) é fundamental para diagnóstico das formas clínicas e detecção de pacientes com hipertensão portal. Para tanto, o padrão-ouro tem sido a ultrassonografia, porém requer equipamento sofisticado e operador bem treinado. Índices, como o ELF (Enhanced Liver Fibrosis), marcador direto de fibrose, vêm sendo utilizados em doenças hepáticas com resultados promissores. Contudo, ainda são muito escassos os estudos com o ELF na avaliação da FPP na esquistossomose mansoni.

Objetivo: Avaliar os níveis séricos do ELF conforme os padrões de FPP estabelecidos pela classificação ultrassonográfica de Niamey em pacientes com esquistossomose mansoni.
Pacientes e Método: Estudo analítico transversal e bidirecional, envolvendo pacientes que referiam contato com água contaminada, fizeram tratamento para EM e/ou apresentaram ovos no exame parasitológico de fezes. Os pacientes recrutados na zona endêmica apresentavam padrões mais leves de fibrose, [padrões A e B (FPP ausente/duvidosa), padrão C (FPP leve) e padrão D (FPP moderada)], e no ambulatório de hospital de referência apresentavam padrões mais avançados [padrão D (FPP moderada), padrão E (FPP avançada) e padrão F (FPP muito avançada). Foram colhidos dados clínicos e realizadas ultrassonografias com equipamento GE Healthcare Logic E ou Siemens Acuson S2000, por um único examinador, para avaliar a FPP pela classificação de Niamey. Em seguida, foram colhidos 10 mL de sangue, centrifugado e congelado (–80°C) para aferição do ELF, que foi calculado pelo equipamento, conforme a equação: [ELF = 2.278 + 0.851 ln(HA) + 0.751 ln(PIIINP) + 0.394 ln(TIMP-1)] e expressado em valor numérico sem unidade.

Resultados: Entre 196 pacientes avaliados, 114 (58,2%) eram mulheres, com média de idade 45 ± 15,42 anos. Apresentaram os seguintes padrões de FPP: 18 padrão A+B; 65 padrão C; 55 padrão D; 49 padrão E e 9 padrão F. Os valores do ELF (mediana) foram mais elevados de acordo com a progressão da FPP nestes 5 grupos (p = 0,0021), respectivamente: (A+B = 8,36); (C = 8,40); (D = 8,64); (E = 8,99) e (F = 9,75). O ELF foi capaz de diferenciar estes pacientes em 4 grupos: A+B vs C vs D vs E+F (p = 0,0024), assim como em 3 grupos: A+B vs C+D vs E+F (p = 0,0028), como também o grupo: A+B vs E+F (p = 0,0464) e o grupo: C+D vs E+F (p = 0,0007). Não foi possível separar os grupos: A+B vs C+D. Por fim, o índice foi capaz de diferenciar os pacientes em 2 grandes grupos: A+B+C vs D+E+F (p = 0,0015).

Conclusão: Neste estudo, o ELF demonstrou grande potencial como ferramenta na avaliação da FPP em pacientes com EM, sendo capaz de diferenciar aqueles com pouca fibrose dos que apresentam fibrose moderada ou avançada.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1204271 - CARLOS ALEXANDRE ANTUNES DE BRITO
Externa à Instituição - CLARICE NEUENSCHWANDER LINS DE MORAIS FONSECA
Externa ao Programa - 1180022 - NORMA ARTEIRO FILGUEIRA - null
Notícia cadastrada em: 17/08/2023 11:16
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