PPGMedtrop-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: MARCELA FRANKLIN SALVADOR DE MENDONÇA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCELA FRANKLIN SALVADOR DE MENDONÇA
DATA : 05/07/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Videoconferência (participação de membros de outros estados)
TÍTULO:

CO-CIRCULACAO DE DENGUE E FEBRE CHIKUNGUNYA EM PERNAMBUCO NO PERÍODO EPIDÊMICO DE 2015-2018: DISTRIBUICAO ESPACIAL E FATORES ASSOCIADOS AO ÓBITO


PALAVRAS-CHAVES:

Dengue. Febre de Chikungunya. Morte. Epidemiologia. Sobrevida. Análise espacial.


PÁGINAS: 1
RESUMO:

As infecções por dengue e chikungunya são um crescente problema de saúde pública no mundo principalmente
pelo potencial de causar epidemias extensas, e pela ocorrência de grande número de casos graves e óbitos. O
diagnóstico laboratorial positivo para qualquer uma dessas arboviroses, não necessariamente confirma esta
arbovirose como causa do óbito. Portanto, uma investigação completa de outros fatores que podem estar
envolvidos na infecção por dengue e chikungunya é necessária. Para subsidiar políticas de prevenção de doenças
e agravos à saúde pública, a análise espacial tem sido incluída como importante ferramenta. Identificar e
priorizar áreas com números significativos de casos de arboviroses usando o método de estatísticas espaço-
temporais de Kulldorff permite reorientar as ações de vigilância e controle vetorial mais eficaz. Logo, o objetivo
deste estudo foi investigar o tempo até o óbito e os fatores associados aos óbitos por dengue e chikungunya, e
descrever, por meio de análise espacial, os casos dessas arboviroses, durante a primeira epidemia após a
introdução do vírus chikungunya no Nordeste do Brasil. Tratou-se de um estudo de coorte retrospectivo e outro
ecológico realizado em Pernambuco entre 2015 e 2018. A regressão logística foi usada para identificar fatores de
risco independentes. A probabilidade de sobrevida entre indivíduos com diferentes infecções por arbovírus foi
estimada e as curvas de sobrevida foram comparadas usando log-rank teste. Para a análise espacial, o método
estatístico de varredura espaço-temporal de Kulldorff foi adotado para identificar aglomerados espaciais e
fornecer o risco relativo. Para realizar as estatísticas de varredura foi utilizado o modelo de probabilidade de
Poisson, com uma janela de varredura circular; precisão temporal anual e análise retrospectiva. Os coeficientes
de letalidade para os vírus dengue e chikungunya foram 0,08% e 0,35%, respectivamente. A chance de óbito
devido a infecção por chikungunya aumentou progressivamente a partir dos 40 anos de idade. Entre 40-49 anos, a razão de chance foi de 13,83 (IC 95%, 1,80-106,41). Entre 50-59 anos e 60 anos ou mais, a razão de chances foi de 27,63 (IC 95%, 3,70-206,48); e 78,72 (IC 95%, 10,93–566,90), respectivamente. A probabilidade de óbito associada à infecção pelo vírus da dengue aumentou a partir dos 50 anos de idade. Entre indivíduos de 50 a 59 anos e 60 anos ou mais, o odds ratio foi de 4,30 (IC 95%, 1,80–10,30) e 8,97 (IC 95%, 4,00–20,0), respectivamente. Fatores de risco independentes para óbito na dengue foram cefaleia e idade igual ou superior a 50 anos; e cefaleia, náusea, dor nas costas, artralgia intensa, idade de 0 a 9 anos ou 40 anos ou mais, e sexo masculino para óbito na chikungunya. A razão entre as taxas de mortalidade revelou que o tempo até o óbito por dengue foi de 2,1 vezes mais rápido que o da chikungunya (95% CI, 1,57–2,72). A análise espaço-temporal da prevalência no estado de Pernambuco revelou a presença de quatro clusters nos anos de 2015 e 2016. A distribuição espacial da taxa de mortalidade no município de Recife suavizada pelo estimador Bayesiano empírico local permitiu que um padrão espacial fosse identificado no sudoeste e nordeste do município. A análise espaço-temporal da taxa de mortalidade revelou a presença de dois clusters no ano de 2015. Nossos achados revelam que o tempo até o óbito foi menor em pacientes com dengue do que naqueles com chikungunya. A análise espaço-temporal de Kulldorff mostrou-se viável na identificação das áreas de risco para ocorrência de arboviroses, podendo ser incluída nas rotinas de vigilância para otimizar as estratégias de
prevenção durante futuras epidemias.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2134805 - HELOISA RAMOS LACERDA DE MELO
Externa à Instituição - LUCIANA SCARLAZZARI COSTA
Interna - 1134000 - MARIA ROSANGELA CUNHA DUARTE COELHO
Externa à Instituição - TEREZA MACIEL LYRA - Fiocruz - PE
Externo ao Programa - 1807632 - WELLINGTON PINHEIRO DOS SANTOS - null
Notícia cadastrada em: 06/06/2023 12:22
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa03.ufpe.br.sigaa03