Banca de DEFESA: LIDIANA DE SOUZA HOLANDA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LIDIANA DE SOUZA HOLANDA
DATA : 28/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: PLATAFORMA VIRTUAL GOOGLE MEETING - 14h:00
TÍTULO:

RISCO, CONTROLE METABÓLICO E (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1 NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

Diabetes mellitus; Controle glicêmico; Segurança alimentar


PÁGINAS: 110
RESUMO:

O objetivo desse estudo foi avaliar os fatores associados ao risco metabólico em crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1, a condição de segurança alimentar e a evolução no controle metabólico após um ano da pandemia de COVID-19. Trata-se de um estudo do tipo série de casos, de delineamento transversal com um módulo de análise retrospectiva. Primeiro, em 2021, o risco metabólico foi avaliado em 118 pacientes entre seis e dezenove anos de idade, atendidos no Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE). O risco foi avaliado pelo somatório do escore z das variáveis: Índice de Massa Corporal (IMC), glicemia média estimada (GME), colesterol total, HDL-c (multiplicado por -1), LDL-c e triglicerídeos. Para caracterizar a situação de IA familiar, foi utilizada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). O modelo conceitual também considerou variáveis sociodemográficas, comportamentais, dietéticas e antropométricas. Para avaliar a evolução desses pacientes após um ano de pandemia, foram resgatados dos prontuários dados antropométricos e exames laboratoriais do período pré pandêmico (dezembro de 2019 a março de 2020). Nesse módulo de análise retrospectiva, o número amostral foi de 98 pacientes, ocorrendo uma perda de 16,9%. Na análise do risco metabólico, a amostra foi composta por 81,4% de adolescentes, com 51,7% do sexo masculino e 61,0% apresentando tempo de diagnóstico ≥ 3 anos. A maior parte dos participantes (68,6%) pertenciam a famílias com renda familiar mensal per capita abaixo de um salário mínimo e 83 famílias (70,3%) receberam algum tipo de benefício do governo durante a pandemia, com predomínio do auxílio emergencial (42,2%). Quanto à alimentação, 57,6% dos participantes relataram mudanças na rotina alimentar, tendo como principais causas o confinamento (38,2%) e as dificuldades financeiras (35,3%), sendo observado também que 85,6% dos pacientes apresentavam algum grau de IA. Na análise com as características sociodemográficas, comportamentais, dietéticas e antropométricas foi evidenciada associação do risco metabólico com os pacientes portadores de IA moderada e grave e aqueles que não referiram a prática de exercício físico. Verificou-se que os participantes que se encontravam em IA moderada a grave apresentavam valores mais elevados da HbA1c, GME e colesterol total. Não foi evidenciado nenhuma correlação entre o risco metabólico e variáveis sociodemográficas, antropométricas, laboratoriais e comportamentais, quando ajustadas por estadiamento puberal e condição de insegurança alimentar. Na avaliação dos dados pré e com um ano de pandemia, foi observado um aumento na média da hemoglobina glicada (HbA1C) e da glicemia média estimada. Conclui-se que a frequência de IA foi bastante elevada, estando associada ao risco metabólico nas suas formas moderada e grave e que houve deterioração no controle metabólico com um ano de pandemia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 334440 - ALCIDES DA SILVA DINIZ
Externa à Instituição - BRUNA MERTEN PADILHA - UFAL
Externa à Instituição - CATARINE SANTOS DA SILVA - UFRN
Externa ao Programa - 586894 - MARIA DA CONCEICAO CHAVES DE LEMOS - nullExterna ao Programa - 3131748 - MARIA GORETTI PESSOA DE ARAUJO BURGOS - null
Notícia cadastrada em: 08/02/2023 17:22
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