COMPRIMENTO DE INSERÇÃO DE SONDA GÁSTRICA EM RECÉM-NASCIDOS: PRÁTICAS DOS ENFERMEIROS
Nutrição enteral. Recém-nascido. Sonda gástrica. Enfermagem Neonatal.
Introdução: Recém-nascidos internados em Unidades de Cuidados Neonatais frequentemente necessitam do uso de sondas gástricas, sobretudo para alimentação. A literatura indica que diversidade de técnicas e de pontos de referência utilizados para estimar o comprimento de sondas gástricas a ser inserido tem contribuído para ocorrência de posicionamentos inadequados. Objetivos: Investigar a prática dos enfermeiros para determinação do comprimento de inserção da sonda gástrica em recém-nascido; de forma mais específica, identificar frequência e variedades ou distorções das estratégias de mensuração de comprimento para inserção de sonda gástrica, além de descrever como tal procedimento está presente nos protocolos das unidades neonatais. Metodologia: Estudo exploratório de corte transversal, realizado de setembro de 2020 a fevereiro de 2021, através da análise das respostas de 67 enfermeiros ao questionário sobre a prática de mensuração de comprimento de sonda gástrica. Resultados: Encontrou-se nove estratégias diferentes para medição da sonda. Apenas 6% dos enfermeiros optaram pelas estratégias de medição de sonda adequadas tanto para inserção da sonda orogástrica quanto para sonda nasogástrica. A medida nariz-orelha-xifoide apareceu como a mais frequente para sondagem nasogástrica assim como nas instruções dos protocolos dos serviços e a medida orelha-nariz-xifoide foi a mais frequente para sondagem orogástrica. Verificou-se que existe divergência na escolha do ponto da sonda por onde se deve iniciar a medição (da extremidade distal ou após os orifícios). A ausculta epigástrica do som do ar injetado por seringa foi o procedimento mais escolhido pelos profissionais para verificar o posicionamento gástrico da sonda e elevado percentual não checa o posicionamento antes de cada uso. Não houve associação significativa entre a escolha das estratégias de medição adequadas com tempo de formação, tempo de experiência em neonatologia, formação complementar ou unidade de atuação. Conclusão: A prática dos enfermeiros para medição de sonda e os manuais de Procedimentos de Operacionais Padrão não estão alinhados às evidências.